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DOUTRINA DA PROTEÇÃO INTEGRAL E PRINCÍPIOS INFORMADORES DO DIREITO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE. DOUTRINA DA PROTEÇÃO INTEGRAL A Doutrina da Proteção Integral encontra-se insculpida no artigo 227 da CRFB/88. DOUTRINA DA PROTEÇÃO INTEGRAL Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. (Redação dada Pela Emenda Constitucional nº 65, de 2010) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc65.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc65.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc65.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc65.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc65.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc65.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc65.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc65.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc65.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc65.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc65.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc65.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc65.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc65.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc65.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc65.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc65.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc65.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc65.htm#art2 DOUTRINA DA PROTEÇÃO INTEGRAL O ECA foi promulgado para dar efetividade a norma constitucional, sendo um microssistema aberto de regras e princípios. Tal sistema está fundado em dois pilares básicos: DOUTRINA DA PROTEÇÃO INTEGRAL I – Criança e Adolescente são sujeitos de direito – art. 100; II – Afirmação de sua condição peculiar de pessoa em desenvolvimento (art. 6º); TEORIA DO DESENVOLVIMENTO DE JEAN PIAGET TEORIA DO DESENVOLVIMENTO DE JEAN PIAGET • 1º período: Sensório-motor (0 a 2 anos) (aprender a andar e controlar as mãos); TEORIA DO DESENVOLVIMENTO DE JEAN PIAGET 2º período: Pré-operatório (2 a 7 anos) (fala, pensamento se acelera, respeito por figuras de autoridade, egocentrismo); Fase dos “por quês” TEORIA DO DESENVOLVIMENTO DE JEAN PIAGET • 3º período: Operações Concretas (7 a 11 ou 12 anos) (construção lógica; causa e efeito; sequenciar ideias ou eventos; surgimento da vontade como qualidade superior; autonomia); TEORIA DO DESENVOLVIMENTO DE JEAN PIAGET • 4º período: Operatório Formal - Adolescência(11 ou 12 anos em diante) – pensamento abstrato, capaz de lidar com conceitos como liberdade e justiça, cria teorias sobre o mundo. PSICANÁLISE - APARELHO PSÍQUICO – SIGMUND FREUD PSICANÁLISE - APARELHO PSÍQUICO – SIGMUND FREUD Realidade Psíquica: (diferente de realidade objetiva); PSICANÁLISE - APARELHO PSÍQUICO – SIGMUND FREUD Pulsão: Refere-se a um estado de tensão (stress) que busca através de um objeto a supressão deste estado (Eros – pulsão de vida, sexuais e autoconservação; e Tanatos – pulsão de morte autodestrutiva ou pulsão agressiva ou destrutiva); PSICANÁLISE - APARELHO PSÍQUICO – SIGMUND FREUD Sintoma: É um comportamento ou pensamento, resultante de um conflito psíquico; PSICANÁLISE - APARELHO PSÍQUICO – SIGMUND FREUD Sentimento de Culpa Segundo Kahn (2005), existem três tipos de culpa: a ruidosa, que é explícita e consciente ao sujeito; a reservada, que não se anuncia como culpa; e a culpa silenciosa, a que não dá sinal de alerta, mas que pune através de diversos mecanismos, como o sentimento de infelicidade e menos valia. No entanto, em níveis distintos, todo sentimento de culpa pode ser nocivo para o indivíduo, podendo levá-lo ao adoecimento físico-psíquico. PSICANÁLISE - APARELHO PSÍQUICO – SIGMUND FREUD ID: Onde se localizam as pulsões de vida e de morte, é regido pelo princípio do prazer PSICANÁLISE - APARELHO PSÍQUICO – SIGMUND FREUD Superego: internalização das proibições (moral e os ideais são funções do superego); PSICANÁLISE - APARELHO PSÍQUICO – SIGMUND FREUD Ego: é o sistema do equilíbrio entre as demandas do Id e do Superego é regido pelo princípio da realidade; PSICANÁLISE - APARELHO PSÍQUICO – SIGMUND FREUD PSICANÁLISE - APARELHO PSÍQUICO – SIGMUND FREUD Mecanismos de defesa: A percepção de um acontecimento, do mundo externo ou do mundo interno, pode ser algo muito constrangedor, doloroso, desorganizador. Para evitar este desprazer, a pessoa “deforma” ou suprime a realidade. Ex.: Formação Reativa – mãe em relação ao filho; Regressão – barata; Projeção - fofoca; Racionalização – infidelidade). DESENVOLVIMENTO INFANTIL Freud e Piaget compartilham da ideia de que o desenvolvimento da criança ocorre por meio de estágios cuja sequência evolutiva presume ser invariável de um indivíduo para outro, com a certeza do papel determinante que as experiências da infância têm no desenvolvimento psicológico posterior. “Cada fase deve ser reconhecida como revestida de singularidade e de completude relativa, ou seja, a criança e o adolescente não são seres inacabados, a caminho de uma plenitude a ser consumada na idade adulta, enquanto portadora de responsabilidades pessoais, cívicas e produtivas plenas. Cada etapa é, à sua maneira, um período de plenitude que deve ser compreendida e acatada pelo mundo adulto, ou seja, pela família, pela sociedade e pelo Estado.” (Antônio Carlos Gomes da Costa) PRINCÍPIOS INFORMADORES DO DIREITO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE O QUE É UM PRINCÍPIO? PRINCÍPIO É uma norma com alto grau de abstração que expressa um valor fundamental de uma dada sociedade e, para o ordenamento jurídico, limita as regras que se relacionam com ele, integra as lacunas normativas, serve de parâmetro para a atividade interpretativa e, por possuir eficácia, pode ser, concretizado e gerar direitos subjetivos. PRINCÍPIO DA PRIORIDADE ABSOLUTA Realizar a proteção integral, assegurando primazia – prerrogativa do menor em receber, com prioridade, socorro e proteção em qualquer situação – art. 4º e 100 do ECA; PRINCÍPIO DO MELHOR INTERESSE DO MENOR Primazia das necessidades da criança e do adolescente como critério de interpretação, deslinde de conflitos, ou mesmo na elaboração de novas regras. Por exemplo na discussão sobre a guarda da criança, na forma do ECA, a criança deverá ficar com o que tiver melhor condições de cuidar, e melhor afinidade com a criança. PRINCÍPIO DA MUNICIPALIZAÇÃO Para que se possa atender as necessidades das crianças e dos adolescentes é necessário a municipalização do atendimento, para atender as características específicas de cada região. Além do que, quanto mais próximo dos problemas existentes e com isso conhecendo as causas desses problemas será mais fácil resolvê-los. Art. 88 do ECA PRINCÍPIO DA COOPERAÇÃO O princípio da cooperação decorre de que todos – Estado, família e sociedade – compete o dever de proteção contra a violação dos direitos da criança e do adolescente, enfim, é dever de todos prevenir a ameaça aos direitos do menor. PRINCÍPIO DA BREVIDADE O princípio dabrevidade está relacionado à prática de ato infracional por adolescentes e traduz a ideia de que a medida socioeducativa aplicada ao adolescente infrator deverá ser breve e com o objetivo de educação e ressocialização. PRINCÍPIO DA PREVENÇÃO PREVENÇÃO GERAL – Art. 70 a 83 – A preocupação do legislador em manter crianças e adolescentes a salvo de maus-tratos. Prevenir é evitar a exposição a determinados riscos e aos danos que possam ser causados por estes riscos; PRINCÍPIO DA PREVENÇÃO PREVENÇÃO ESPECIAL – Já a prevenção especial trata da proibição de venda de determinados produtos e serviços a crianças e adolescentes, além da classificação indicativa de filmes e atividades públicas bem como da hospedagem e da autorização para viagem de crianças e adolescente. PRINCÍPIO DA SIGILOSIDADE O princípio da sigilosidade está relacionado com a prática de ato infracional. ART. 143 do ECA Somos o que fazemos, mas somos, principalmente, o que fazemos para mudar o que somos. Eduardo Galeano BIBLIOGRAFIA MACIEL, Kátia Regina Ferreira Lobo Andrade (Coord). Curso de Direito da Criança E do Adolescente: Aspectos Teóricos e Práticos. 6 ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2013. KAHN, Michel. Freud Básico: pensamentos psicanalíticos para o século XXI. Rio de Janeiro: Companhia das Letras, 2005. VILAS-BÔAS, Renata Malta. A doutrina da proteção integral e os Princípios Norteadores do Direito da Infância e Juventude. In: Âmbito Jurídico, Rio Grande, XIV, n. 94, nov 2011. Disponível em: <http://www.ambitojuridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo _id=10588&revista_caderno=12>. Acesso em mar 2016.
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