Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE PAULISTA Campus de Jaboticabal MÓDULO 17 Departamento de Produção Vegetal DISCIPLINA: TEMA: PROFESSORES: Silvicultura Desrama Artificial Sérgio Valiengo Valeri Rinaldo César de Paula 2 0 0 9 DESRAMA ARTIFICIAL DESRAMA ARTIFICIAL OU PODA DOS RAMOS LATERAIS, é uma prática empregada na condução de florestas com objetivo principal de melhorar a qualidade da madeira destinada a fins nobres (laminados e madeiras serradas), evitando-se a formação de nós. SISTEMA DE DESRAMA ADOTADO PARA PINUS TROPICAIS NA REGIÃO DE AGUDOS – SP Altura de Desrama (m) Idade (ano) Época de desrama N o Árvores desramadas por ha Rendimento árvores/ homem/dia Equipamento 2 5 a 6 Antes do 1 o Desbaste todas 460 serrote e cabo 6 9 Após o 1 o Desbaste 500 200 12 12 Após o 3 o Desbaste 300 60 serrote, cabo escada A DESRAMA DEVE SER FEITA EM RAMOS AINDA VERDES, PARA QUE O NÓ PERSISTA NA MADEIRA QUANDO ELA FOR TRABALHADA OUTROS OBJETIVOS DA PRIMEIRA DESRAMA ARTIFICIAL DIFICULTA A OCORRÊNCIA DE INCÊNDIO DE COPA FACILITA A LOCOMOÇÃO NO INTERIOR DA FLORESTA Combate à formiga Inventário Florestal Marcação das Árvores para Desbaste Exploração Florestal unesp FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS 2 Execução da primeira poda em povoamento de Pinus taeda L., aos quatro anos de idade. Fazenda Avenca, Siva-Cifsul, Mafra, SC. Fotografado por Sérgio Ahrens (Fonte: KRONKA et al., 2005). (Fonte: KRONKA et al., 2005). Execução da segunda poda, até 7,0 m de altura, em árvores de um povoamento de Pinus elliotti, em Santa Catarina. Fotografado por Sérgio Ahrens. A poda deve ser realizada quando os ramos ainda estão verdes, fazendo com que o nó persista na madeira quando ela for trabalhada, o que não acontece com o nó resultante da poda do ramo seco. O objetivo básico da desrama artificial é produzir madeira isenta de nós em uma rotação mais curta do que seria possível com a desrama natural. Contudo, a desrama artificial não elimina a presença de nós na madeira, apenas evita a formação de nós soltos. 3 A desrama natural é o processo de eliminação dos galhos por agentes físicos e biológicos do meio. Esse processo ocorre lentamente durante a vida das árvores e compreende três etapas: 1) Morte dos galhos: começa na parte inferior das copas. 2) Queda dos galhos mortos: esta é uma das etapas mais importantes do processo de desrama natural. Tão logo os galhos morrem, eles são atacados por fungos saprófitas e por insetos que os enfraquecem até que eles se quebrem devido ao seu próprio peso ou a outros fatores (chuvas, ventos,...). A atividade dos fungos é o fator mais importante na determinação da taxa de queda dos galhos. 3) Oclusão da ferida: esta etapa é função do diâmetro da árvore e do comprimento do pedaço de galho que ficou preso ao fuste. A velocidade de oclusão não é influenciada pelo diâmetro do pedaço de galho remanescente. 1 – Um nó ocluso, que não apresenta sinais externos visíveis. 2 – Um nó cuja oclusão já se completou, apresentando uma calosidade visível externamente na superfície do tronco. 3 – Nó com uma parte seca externa, decorrente da morte do ramo há muito tempo. 4 – Ramo morto recentemente, indicando nó com pequena porção seca. 5 – Ramos vivos, mostrando que o nó está verde, desde a medula até a casca. Adaptado de Björklund & Lidfeldt (1994), citado por KRONKA et al. (2005). 4 A 1a poda é efetuada normalmente com o uso de pequenas serras comumente denominadas de podões. Antes da 2a poda, uma equipe adequadamente treinada realiza a marcação das 500 melhores árvores do hectare, as quais serão podadas e não serão eliminadas no 2o desbaste. A poda dos ramos é efetuada com o auxílio de uma folha de serra presa na extremidade de uma vara de bambu ou de alumínio, com 4,0 metros de comprimento. A 3a poda é efetuada nas 300 árvores por hectare que serão as remanescentes para o corte final, utilizando-se de uma escada de alumínio de 6,0 metros de altura. Esta escada é fixada ao fuste da árvore e o operador serra o ramo com o podão preso à vara, depois de se fixar no fuste com um cinto de segurança. Se bem conduzida a desrama artificial não causa danos maiores às árvores. Porém, poderá acontecer a formação de bolsas de resinas ou gomas sobre o pedaço de galho que permanece ligado ao tronco após a desrama. Se a desrama é realizada em galhos secos o apodrecimento e a descoloração da madeira serão reduzidos. Para que o crescimento das árvores desramadas não seja prejudicado é aconselhável que a intensidade da desrama não seja alta, normalmente, inferior a 30% da copa. Também para que se obtenham melhores resultados a desrama deve ser aplicada em árvores que estejam crescendo a uma boa taxa diamétrica. Alguns autores recomendam que a desrama deverá iniciar quando houver a diferenciação de copas e logo após o 1 o desbaste, devendo-se fazê-la somente nos melhores “sites” e nas melhores árvores que permanecerão até o corte final, de maneira gradativa até a altura de 10 - 15 metros. Para a sua realização deve-se evitar a época em que a casca esteja solta (primavera - verão: pleno crescimento vegetativo), pois nesta época ocorrem muitas feridas no ato da operação de desrama o que poderá levar ao aparecimento de ataque de insetos e fungos. REFERÊNCIAS E BIBLIOGRAFIA BÁSICA ANÔNIMO. Desbastes. (Apostila de ENF 336 - Técnicas Silviculturais). Universidade Federal de Viçosa. 6p. s.d. KRONKA, J.N., BERTOLANI, F. PONCE, R.H. A cultura do Pinus no Brasil. São Paulo: sociedade Brasileira de Silvicultura. NICOLIELO, N. Aspectos gerais sobre manejo florestal em florestas homogêneas de Pinus spp. In: CURSO DE TREINAMENTO PARA ELABORAÇÃO DE PLANO DE CORTE, São Paulo, SBS, 1981. 14p. (Datilografado). SIMÕES, J.W., BRANDI, R.M., LEITE, N.B., BALLONI, E.A. Formação, manejo e 5 exploração de florestas com espécies de rápido crescimento. Brasília, IBDF, 1981. 131p. VALE, A.B., OLIVEIRA, A.D., FELFILI, J.M., QUINTAES, P.C.G. Desbastes florestais. Brasil Florestal, Brasília, n.59, p.45-57, 1984. VEIGA, A.A. Desbastes em função da área basal. Silvicultura em São Paulo, São Paulo, v.1. n.1, p.61-69, 1962. Testes de Asserção e Razão Responda as questões abaixo, preenchendo os espaços entre parênteses do quadro final de respostas com as letras: (A) Se as duas proposições (P1 e P2) forem corretas e a segunda for justificativa da primeira. Orientação: coloque a palavra porque entre as proposições P1 e P2 para confirmar se P2 é justificativa de P1; (B) Se proposições (P1 e P2) forem corretas e a segunda não for justificativa da primeira; (C) Se a primeira proposição (P1) for correta e a segunda (P2) incorreta; (D) Se a primeira proposição (P1) for incorreta e a segunda (P2) correta; (E) Se a primeira (P1) e a segunda (P2) proposições forem incorretas. 1. (P1) A poda das árvores de Pinus deve ser feita até 6 m de altura em todas as árvores do povoamento. (P2) A desrama dificulta a ocorrência de incêndio de copa. 2. (P1) Desrama artificial deve ser feita quando o ramo já está seco. (P2) Quando o ramo ainda está verde, o nó persiste na madeira quando ela for trabalhada. 3. (P1) A primeira poda dos ramos deve ser feita após o 1 o Desbaste. (P2) Essa poda facilita a locomoção no interior da floresta. 4. (P1) A primeira poda dos ramos deve ser feita antes do 1 o Desbaste. (P2) Essa poda facilita a marcação das árvores a serem retiradas. 5. (P1) A primeira poda dos ramos deve ser feita após o 1 o Desbaste. (P2) Facilita a exploração florestal. Quadro deRespostas 1. ( ) 2. ( ) 3. ( ) 4. ( ) 5. ( ) O Gabarito está apresentado na página 6. 6 Gabarito do Módulos 17 - 2009 Desrama Artificial 1. ( D ) 2. ( D ) 3. ( D ) 4. ( A ) 5. ( D )
Compartilhar