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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA 
“JÚLIO DE MESQUITA FILHO” 
INSTITUTO DE BIOCIÊNCIAS – RIO CLARO 
unesp 
 
 
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ENTOMOLOGIA URBANA:TEORIA E PRÁTICA 
 
 
 
AVALIAÇÃO DE ATRATIVIDADE OU REPELÊNCIA DE SUBSTÂNCIAS 
PRESENTES NAS EXCRETAS E RESTOS DE BARATAS Blatella 
germanica (DICTYOPTERA: BLATTELLIDAE) 
 
PEDRO HENRIQUE HERCULANO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Monografia apresentada ao Instituto de 
Biociências do Campus de Rio Claro, 
Universidade Estadual Paulista, como 
parte dos requisitos para obtenção do 
título de Especialista em Entomologia 
Urbana. 
 12/2010 
 
 
 
 
 
 
 
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ENTOMOLOGIA URBANA:TEORIA E PRÁTICA 
 
 
 
AVALIAÇÃO DE ATRATIVIDADE OU REPELÊNCIA DE SUBSTÂNCIAS 
PRESENTES NAS EXCRETAS E RESTOS DE BARATAS Blatella 
germanica (DICTYOPTERA: BLATTELLIDAE) 
 
PEDRO HENRIQUE HERCULANO 
 
 
 
 
 
 
 
ORIENTADOR: PROFO DR. ODAIR CORREA BUENO 
 
 
 
 
 
 
12/2010 
Monografia apresentada ao Instituto de 
Biociências do Campus de Rio Claro, 
Universidade Estadual Paulista, como 
parte dos requisitos para obtenção do 
título de Especialista em Entomologia 
Urbana. 
 
 
 
INSTITUTO BIOLÓGICO 
AVALIAÇÃO DE ATRATIVIDADE OU REPELÊNCIA DE SUBSTÂNCIAS 
PRESENTES NAS EXCRETAS E RESTOS DE BARATAS Blatella 
germanica (DICTYOPTERA: BLATTELLIDAE) 
 
RESUMO 
 O presente estudo analisou aspectos de biologia e comportamento de Blatella 
germanica, visando uma avaliação a fim de identificar se os extratos orgânicos à base 
de hexano e diclorometano apresentam efeito atrativo ou repelente. O trabalho foi 
conduzido em laboratório, onde teve início com a criação das baratas para obtenção 
do material orgânico (excretas e restos de baratas) e a extração sequencial dos 
extratos. As baratas foram mantidas em condições ambientais controladas, na faixa 23 
a 27ºC de temperatura e 50 a 70% de umidade relativa do ar, e com uma rotina de 
alimentação padronizada e adaptada para laboratório. Os bioensaios foram realizados 
em duas etapas, primeiramente durante os meses de fevereiro / março 2010 com 
extratos orgânicos à base de hexano, na sequência em agosto / setembro 2010 com 
extratos orgânicos à base de diclorometano. Cada extrato foi realizado em três 
concentrações, com seis repetições por tratamento, sendo 50% machos e 50% 
fêmeas. Resultados mais satisfatórios foram obtidos com o extrato diclorometano, pois 
o número médio de visitas no local da aplicação do extrato foi maior quando 
comparado com hexano. A metodologia utilizada mostrou ser eficiente nas análises de 
atratividade para B. germanica; os extratos analisados revelaram significativo aumento 
na atratividade das baratas; novos experimentos partindo do extrato diclorometano 
deverão ser continuados, a fim de identificar e possivelmente isolar o feromônio de 
agregação das baratas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
INSTITUTO BIOLÓGICO 
ATTRACTIVENESS OR REPELLENCE IN EXCRETA AND REMAINS OF 
COCKROACHES Blatella germanica (DICTYOPTERA: BLATTELLIDAE) 
 
ABSTRACT 
This study has analyzed the biological aspects and behavior from Blatella 
germanica for evaluation and recognition if hexane and dichloromethane organics 
extracts show attractive or repellant effect. The project was developed at laboratory 
conditions, which began with the creation of cockroaches for obtaining organics 
extracts (excreta and remains of cockroaches) and sequential extraction. The 
cockroaches were kept under controlled conditions, about 23 to 27ºC and 50 to 70% 
relative humidity and standard routine of feeding adapted for laboratory. The bioassays 
were executed in two steps: from February to March 2010 with hexane organics 
extracts, from August to September 2010 dichloromethane organics extracts. Each 
extract was prepared in three different concentrations and six repetitions by 
processing, being 50% males and 50% females. The most satisfactory result was 
obtained from dichloromethane extracts; since the average number of visits at the 
extracts local application was higher than the other. The methodology has showed 
efficiency in attractiveness assays for B.germanica; the extracts have had significant 
increase in the attractiveness of cockroaches. New experiments on dichloromethane 
extracts must continue in order to identify and perhaps isolate the aggregations 
pheromone of cockroaches. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
INTRODUÇÃO ................................................................................................... 8 
OBJETIVO..........................................................................................................9 
JUSTIFICATIVA..................................................................................................9 
REVISÂO BIBLIOGRÁFICA..............................................................................10 
1 - Blatella germanica ....................................................................................... 10 
2 – MÉTODOS DE CONTROLE ...................................................................... 12 
2.1 - Controle Químico: .................................................................................... 12 
2.2 - Controle Biológico: ................................................................................... 12 
3 – MATERIAL E MÉTODO ............................................................................. 13 
3.1 - Criação de B.germanica ........................................................................... 13 
3.2 - Alimentação ............................................................................................. 14 
3.3 - Condições ambientais para criação ......................................................... 14 
3.4 - Obtenção das excretas e restos de barata ............................................... 14 
3.5 - Obtenção dos extratos ............................................................................. 14 
4 - BIOENSAIOS .............................................................................................. 16 
4.1 - Procedimento Experimental ..................................................................... 16 
4.2 - Avaliações ................................................................................................ 20 
5 – RESULTADOS E DISCUSSÃO .................................................................. 21 
CONCLUSÃO ................................................................................................... 35 
BIBLIOGRAFIA ................................................................................................ 36 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GRÁFICOS 
Gráfico 1 – Frequência média de visitas de baratas no local de aplicação conforme 
cada tempo avaliado extrato hexano. .................................................................. 24 
Gráfico 2 – Frequência média de visitas de baratas no local de aplicação conforme 
cada tempo avaliado extrato hexano. .................................................................. 25 
Gráfico 3 – Frequência média de visitas de baratas no local de aplicação conforme 
cada tempo avaliado extrato hexano. .................................................................. 26 
Gráfico 4 – Frequência total avaliada nos diferentes tratamentos com hexano, fazendo 
um comparativo entre machos e fêmeas, e todas as concentrações avaliadas. .. 26 
Gráfico 5 – Frequência média de visitas de baratas no local de aplicação conforme 
cada tempo avaliado extrato diclorometano. ........................................................ 32 
Gráfico 6 – Frequência média de visitas de baratas no local de aplicação conforme 
cada tempo avaliado extrato diclorometano. ........................................................ 32 
Gráfico 7 – Frequência média de visitas de baratas no local de aplicação conforme 
cada tempo avaliado extrato diclorometano. ........................................................33 
Gráfico 8 – Frequência total avaliada nos diferentes tratamentos com diclorometano, 
fazendo um comparativo entre machos e fêmeas, e todas as concentrações 
avaliadas. ............................................................................................................ 33 
Gráfico 9 – Dados comparativos do total de visitas de indivíduos machos e fêmeas, e 
soma das três concentrações avaliadas entre ..................................................... 34 
 
 
 
 
 
TABELAS 
 
Tabela 1 – Quantidades de baratas que visitaram as iscas nos diferentes tratamentos 
hexano – concentração de 10.000 ppm ............................................................... 22 
Tabela 2 – Quantidades de baratas que visitaram as iscas nos diferentes tratamentos 
hexano – concentração de 1.000 ppm ................................................................. 23 
Tabela 3 – Quantidades de baratas que visitaram as iscas nos diferentes tratamentos 
hexano – concentração de 100 ppm .................................................................... 24 
Tabela 4 – Quantidades de baratas que visitaram as iscas nos diferentes tratamentos 
diclorometano – concentração de 10.000 ppm .................................................... 29 
Tabela 5 – Quantidades de baratas que visitaram as iscas nos diferentes tratamentos 
diclorometano – concentração de 1.000 ppm ...................................................... 30 
Tabela 6 – Quantidades de baratas que visitaram as iscas nos diferentes tratamentos 
diclorometano – concentração de 100 ppm ......................................................... 31 
 
 
 
 
 
FIGURAS 
Figura 1 – Caixas plásticas onde foram mantidas as baratas por 30 dias, com alimento, 
água e abrigo. ...................................................................................................... 13 
Figura 2 – Alimento e água dispostos em placas de Petri 90 x 90 mm. ...................... 14 
Figura 3 – Esquema de extração seqüencial para obtenção dos extratos orgânicos. . 15 
Figura 4 – Arena utilizada nas avaliações dos tratamentos com extratos orgânicos e 
para o tratamento controle. .................................................................................. 16 
Figura 5 – Detalhe na identificação do extrato diclorometano, concentração e repetição 
a ser analisado. ................................................................................................... 17 
Figura 6 – Detalhe na identificação do extrato hexano, concentração e repetição a ser 
analisado. ............................................................................................................ 17 
Figura 7 – Recorte de caixa de ovo usado para abrigo e colocado no centro da arena 
de testes. ............................................................................................................. 18 
Figura 8 – Papel alumínio com centro revestido por papel filtro para absorção da 
amostra. .............................................................................................................. 19 
Figura 9 – Arena montada para realização das avaliações, com as baratas, abrigo e 
extratos a serem analisados. ............................................................................... 20 
Figura 10 – Detalhe do número de visitas das baratas no local de aplicação dos 
extratos. ............................................................................................................... 20 
 
 
 
8 
 
INTRODUÇÃO 
 
 Os insetos são animais extremamente bem sucedidos e afetam muitos 
aspectos de nossas vidas, apesar de seu pequeno tamanho. Todos os tipos de 
ecossistemas naturais e modificados, terrestres e aquáticos, sustentam comunidades 
de insetos que apresentam uma desconcertante variedade de estilos de vida, formas e 
funções (GULLAN, 2007). 
 As baratas constituem um grupo de insetos muito antigo e bem sucedido que 
está no globo terrestre há aproximadamente 350 milhões de anos. São insetos de 
hábitos noturnos saindo em busca de água, alimento e para acasalar, e escondendo-
se em locais escuros durante o dia (PINTO 2007). 
São onívoras, pois comem de tudo, seja de origem animal ou vegetal, 
alimentos doces, gordurosos, queijos, cerveja, cremes, produtos de panificação, colas, 
cadáveres e até lixo e material de esgoto (MARICONI, 1999). 
A presença das baratas comumente é detectada pelo dano que causam e pelo 
material fecal que deixam nos locais mais frequentados. O dano causado pelas 
baratas é maior pela contaminação do que pelo que elas comem. Algumas das 
doenças que elas disseminam são umas das principais razões que as pessoas as 
associem como um estigma social à presença de baratas em suas casas ou em 
qualquer outro lugar (PINTO 2007). 
São insetos de hábito gregário, que vivem em conjunto, contudo, não possuem 
características típicas de outros grupos sociais como as abelhas e os cupins. Desse 
modo, não estão divididos em castas e também não apresentam divisões de tarefas. O 
comportamento de agregação das baratas é regido por feromônios que encontram-se 
presentes na cutícula do inseto (Rivault et al., 1998) ou em suas fezes (Ishii & 
Kuwahara, 1967; Sukuma & Fukami, 1990). 
 Feromônios sexuais de insetos na maioria das vezes são produzidos e emitidos 
como misturas de substâncias químicas relacionadas ao invés de simples 
componentes (ELIYAHU, 2008). 
 
 
 
 
9 
 
 
OBJETIVO 
Verificar se os extratos orgânicos obtidos a partir de excretas e restos de baratas B. 
germanica exercem atividade atrativa ou repelente, em condições de laboratório. 
 
 
JUSTIFICATIVA 
As informações sobre a percepção de feromônios sexuais ou de agregação pelas 
baratas são divergentes, pois alguns autores consideram os feromônios sexuais mais 
importantes e outros os feromônios de agregação. Os dois têm um papel muito 
importante no ciclo de vida das baratas, e a principio a busca nesse trabalho será pela 
agregação em um total. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
 
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 
 
1 - Blatella germanica 
 
As baratas constituem um grupo de insetos muito antigo e bem sucedido que 
está no globo terrestre há aproximadamente 350 milhões de anos. Sua morfologia, 
biologia e comportamento têm permitido varias espécies de explorarem um número 
variado de habitat (PINTO 2007). 
Grande parte das baratas é silvestre e podem ser encontradas em nichos 
ecológicos bastante variados, além de habitarem as residências. As baratas 
domésticas ocorrem em grande número em tubulações de esgoto, fossas e caixas de 
gordura. Podem viver e reproduzir no interior de diversos meios de transporte, como 
embarcações, ônibus, trens, etc, dispersando-se entre localidades remotas (PINTO, 
2007) 
As baratas têm pouca importância para a agricultura; algumas são muito 
importantes do ponto de vista domissanitário, pois se adaptaram aos domicílios, onde 
danificam alimentos e roupas e ainda disseminam doenças (MARICONI, 1999). 
A ordem Dictyoptera, também chamada Blattodea e Blattariae por alguns 
autores, abrange as baratas. Têm, como regra, o corpo achatado e largo. Os adultos, 
com exceções, possuem asas bem desenvolvidas; as anteriores são muito 
características, denominadas tégminas, mas as posteriores são membranosas, 
comuns (MARICONI, 1999). 
O tamanho das baratas varia de alguns milímetros a quase 100 mm. Em geral, 
têm coloração parda, marrom ou negras, mas existem espécies coloridas. Cabeça 
curta, subtriangular; olhos compostos grandes; geralmente, dois ocelos. Antenas 
filiformes ou setáceas inseridas entre os olhos compostos, podendo, às vezes, atingir 
até o dobro do comprimento do corpo e com até uma centena de antenômeros. 
Aparelho bucal mastigador. Pronoto largo, achatado, cobrindo a cabeça; meso e 
metatórax semelhantes entre si. Pernas ambulatoriais, coxas grandes, fêmures e tíbias 
com espinhos; tarsos em geral pentâmeros. Abdomeséssil, alargado e deprimido, em 
geral, com 10 segmentos. Apresentam um par de cercos no último urômero, e um par 
de estilos nos machos. O cheiro característico das baratas é produzido por glândulas 
 
11 
 
situadas entre o 5o e o 6o segmentos abdominais, mais desenvolvidas nos machos 
(GALLO, 2002). 
A espécie Blatella germanica, barata de cozinha, também conhecida como 
francesinha, alemazinha ou paulistinha, dependendo da região, tem sido considerada 
a espécie de maior repercussão econômica e a mais polêmica no Brasil e no mundo, 
sendo frequentemente encontrada em todos os tipos de residências e estruturas, e 
possivelmente a mais difícil de ser controlada entre as baratas domésticas. Essa 
espécie é cosmopolita e suas infestações variam dependendo da posição geográfica e 
das condições sócio-econômicas (PINTO, 2007). 
As baratas desenvolvem-se por metamorfose incompleta passando por três 
estágios de desenvolvimento: ovo, ninfa e adulto. A fase imatura (denominada ninfa) 
assemelha-se aos adultos, exceto pelo tamanho e ausência de alguns caracteres, 
como as asas e genitália desenvolvidas, que aos poucos vão adquirindo com as 
mudanças sucessivas de pele (ecdise) (PINTO, 2007). 
A postura é feita dentro da cripta genital em uma cápsula (ooteca). Os ovos 
ficam dispostos em compartimentos separados por uma membrana (GALLO, 2002). 
A longevidade média dos adultos é de 4 meses para os machos e 6 meses 
para as fêmeas, cada fêmea produz de 4 a 8 ootecas, a duração média do ciclo de 
desenvolvimento de ninfas que originam fêmeas é de 77 dias e de 72 dias para 
machos a 250C e 44 dias para fêmeas e 47 dias para machos a 300C, a razão sexual é 
de 1 fêmea para cada macho, o número médio é de 36 ovos por ooteca e uma 
emergência média de 30 ninfas (ZORZENON, 2006). 
 A B.germanica vive em agregações. No entanto, as fêmeas sexualmente ativas 
liberam um feromônio volátil, blattellaquinone (Nojima ET AL.2005), que atrai machos 
à distância. Quando em contato com as antenas e peças bucais, o macho percebe a 
liberação de feromônio sexual da fêmea e executa uma característica exibição de 
namoro (ELIYAHU, 2008). 
Os feromônios são os semioquimicos mais estudados e podem ser definidos 
como substâncias secretadas por um indivíduo para o exterior e recebida por um 
segundo indivíduo da mesma espécie provocando uma reação especifica 
(comportamento definido), ou um processo de desenvolvimento fisiológico definido 
(VILELA, 2001). 
 
12 
 
Os feromônios podem ser definidos, como infoquímicos mediadores de uma 
interação entre organismos da mesma espécie (ação intraespecífica), produzindo uma 
resposta comportamental ou fisiológica adaptativa favorável ao receptor, ao emissor 
ou a ambos os organismos na interação (VILELA, 2001). 
 
2 – MÉTODOS DE CONTROLE 
2.1 - Controle Químico: 
Apesar dos riscos dos inseticidas convencionais, o seu uso ainda é inevitável; 
contudo, a escolha e a aplicação cuidadosa do produto químico pode reduzir o dano 
ecológico. Doses supressoras cuidadosamente temporizadas podem ser liberadas em 
estágios vulneráveis do ciclo de vida das pragas ou quando uma população de pragas 
está para explodir em quantidade. O uso apropriado e eficiente exige um 
conhecimento completo da biologia de praga no campo e uma avaliação das 
diferenças entre os inseticidas disponíveis (GULLAN, 2007). 
Os inseticidas no Brasil são classificados em dois grandes tipos: os agrotóxicos 
e os domissanitários. Os inseticidas agrotóxicos ou defensivos agrícolas são produtos 
destinados à proteção de lavouras e possuem registro no ministério da agricultura, não 
podendo sob hipótese alguma serem utilizados em centros humanos ou em 
instalações onde vivam ou sejam utilizados por seres humanos. Já os inseticidas 
domissanitários são registrados no ministério da saúde, podem e devem ser utilizados 
onde haja a presença e/ou circulação de humanos (PINTO, 2007). 
2.2 - Controle Biológico: 
O controle biológico clássico envolve a importação e o estabelecimento de 
inimigos naturais de pragas exóticas, com a intenção de que ele atinja o controle da 
praga-alvo com pouca ajuda posterior. Essa forma de controle biológico é apropriada 
quando insetos que se dispersam ou são introduzidos (geralmente por acidente) em 
áreas fora de sua distribuição natural se tornam pragas, em especial por causa da 
ausência de inimigos naturais (GULLAN, 2007). 
 
 
 
 
 
13 
 
3 – MATERIAL E MÉTODO 
 
3.1 - Criação de B.germanica 
As baratas foram mantidas em caixas plásticas nas dimensões aproximadas de 
(45 cm de comprimento x 30 cm de altura x 24 cm de largura) (Figura 1). Estas devem 
conter bandejas de ovos (30 x 23 x 5 cm) e pedaços de cano PVC para servir de 
abrigo. O fundo da caixa foi revestido com papel Kraft. 
 
 
Figura 1 – Caixas plásticas onde foram mantidas as baratas por 30 dias, com alimento, água e abrigo. 
A manutenção da caixa de criação foi realizada 3 vezes por semana com 
reposição de alimento. A reposição de água sempre realizada diariamente. O reforço 
de vaselina foi passado nas laterais das caixas uma vez por semana, para evitar a 
fuga das baratas. 
 
 
 
 
14 
 
3.2 - Alimentação 
As baratas foram alimentadas com ração de roedores, água (embebida em 
algodão hidrófilo) e uma mistura de leite em pó integral e açúcar refinado (em partes 
iguais) (Figura 2). 
 
Figura 2 – Alimento e água dispostos em placas de Petri 90 x 90 mm. 
 
3.3 - Condições ambientais para criação 
A faixa de temperatura nas salas de criação é de 23°C a 27°C, umidade 
relativa do ar de 50 a 70% e fotoperíodo de 12 horas claro/ 12 horas escuro. 
3.4 - Obtenção das excretas e restos de barata 
O lixo das baratas corresponde aos seus dejetos e restos de ecdises liberadas 
durante o desenvolvimento pós-embrionário. 
Inicialmente, as caixas foram limpas por completo com água e detergente 
neutro, álcool 70% e após a secagem montadas conforme o item 3.1. Então foram 
transferidas as baratas e mantidas com alimentação e condições ambientais 
adequadas por 30 dias. Todo material acumulado no fundo das caixas foi coletado, 
obtendo um peso total de 650g. 
3.5 - Obtenção dos extratos 
Cotas de excretas e restos de baratas foram submetidas à extração sequencial, 
segundo modelo esquematizado abaixo (figura 3). 
Esquema : A partir deste esquema, foi realizado os ensaio de atratividade. 
 
15 
 
 
 
Figura 3: Esquema de extração seqüencial para obtenção dos extratos orgânicos.
100 PPM 
 
 EXTRATOS 
RESÍDUO 
SÓLIDO 
RESÍDUO 
LÍQUIDO 
DICLORO 
(10 DIAS) 
10.000 PPM 
 
EXTRATOS 
RESÍDUO 
SÓLIDO 
RESÍDUO 
LÍQUIDO 
HEXANO 
(10 DIAS) 
MATERIAL 
MOIDO 
TRIAGEM 
 E 
PENEIRA 
EXCRETAS 
E RESTOS 
DE BARATAS 
 
1.000 PPM 
100 PPM 
10.000 PPM 
1.000 PPM 
 
16 
 
4 - BIOENSAIOS 
Os ensaios foram realizados nas dependências da empresa “Laboratórios 
Ecolyzer Ltda”, no Laboratório de Entomologia, sob a supervisão do Responsável 
Técnico e estagiários. 
Para realização dos ensaios foram utilizadas arenas plásticas (Figura 4), com 
aproximadamente 1110 cm2, revestidas de papel Kraft ao fundo e reforçada com 
vaselina líquida em todas as laterais para evitar a fuga das baratas. 
 
Figura 3 – Arena utilizada nas avaliações dos tratamentos com extratos orgânicos e para o tratamento controle. 
 
4.1 - Procedimento Experimental 
* Geral: 
 Foram utilizadas 6 repetições para cada tratamento com extrato e 6 repetições 
para o tratamento controle, sendo 20 baratas por repetição, 50% fêmeas ♀ e 50% 
machos ♂, perfazendo as seguintes repetições: R1 = ♂; R2 = ♀; R3 = ♂; R4 = ♀; R5 = 
♂; R6 = ♀; C1 = ♂; C2 = ♀; C3 = ♂; C4 = ♀; C5 = ♂ e C6 = ♀. 
 As arenas para realização dos ensaios foram identificadas em sua parte frontal 
(Figuras 5 e 6), e separadas por sexo, concentrações e tratamentos, que variam de 
acordo com o extrato em análise. 
 
17 
 
 
 
Figura 4 – Detalhe na identificaçãodo extrato diclorometano, concentração e repetição a ser analisado. 
 
 
Figura 5 – Detalhe na identificação do extrato hexano, concentração e repetição a ser analisado. 
 
 
18 
 
* Específico: 
 A temperatura da sala de teste foi mantida entre 23ºC a 27ºC e umidade relativa 
do ar entre 50 a 70%. Vaselina líquida foi espalhada em quantidade suficiente por 
todas as laterais da caixa. Foi utilizado um pedaço de bandeja de ovos para servir de 
abrigo (Figura 7). 
 
Figura 6 – Recorte de caixa de ovo usado para abrigo e colocado no centro da arena de testes. 
 
Para aplicação da amostra a ser analisada, foi utilizada uma micropipeta de volume 
variável. Os extratos e controles foram aplicados na dose de 0,5 ml em recortes de 
papel alumínio quadrado contendo no meio um quadrado menor de papel filtro para 
absorção da amostra (Figura 8). 
Para aplicação dos extratos à base de hexano e diclorometano, os papéis foram 
identificados com a letra “E”. Os controles contendo apenas o solvente hexano e 
diclorometano puros foram identificados com a letra “C” e para os controles onde não 
tinha nenhum tipo de amostra foram identificados como “NADA”. 
 
 
19 
 
 
 
 
Figura 7 – Papel alumínio com centro revestido por papel filtro para absorção da amostra. 
 
 
20 
 
4.2 - Avaliações 
Para avaliar o número de visitas e fazer um comparativo entre extrato e 
solvente puro, ambos foram colocados em lados opostos da arena (Figura 9). Nas 
avaliações do tratamento controle, onde não havia nenhum tipo de extrato ou solvente, 
foram realizados os mesmos procedimentos. 
 
 
Figura 8 – Arena montada para realização das avaliações de atratividade / repelência com B.germanica. 
Cada extrato foi avaliado em 3 concentrações, 10.000, 1.000 e 100 ppm, e para 
cada concentração em análise foram avaliadas 6 repetições por tratamento. 
Foram realizadas avaliações de atratividade/repelência durante um período de 
60 minutos, com intervalos de 5 minutos, realizando-se a contagem total de visitas das 
baratas no local da aplicação dos extratos ou controles (Figura 10). Ao final de cada 
período avaliado, o contador foi zerado e iniciou-se novamente a contagem. 
 
Figura 9 – Detalhe do número de visitas das baratas no local de aplicação dos extratos. 
 
21 
 
5 – RESULTADOS E DISCUSSÃO 
Os ensaios realizados mostram que ambos extratos orgânicos tiveram efeito 
atrativo frente a espécie de barata B. germanica. Uma diferença significativa nas 
avaliações com os tratamentos à base de diclorometano foi notada, com um índice de 
visitas em todas as concentrações avaliadas maior se comparado com os tratamentos 
de hexano. 
No total de visitas para diclorometano, ficou registrado 1.147 indivíduos entre 
machos e fêmeas, sendo que para hexano apenas 463, ou seja, menos que a metade 
do extrato anterior. 
Os resultados estão apresentados em tabelas e gráficos, tais quais sendo de 1 
– 3 tabelas que reúnem valores obtidos nos testes de atratividade para baratas 
(machos e fêmeas) do extrato hexano nas diferentes concentrações, e para 
diclorometano, tabelas de 4 – 6. 
 
22 
 
Tabela 1 – Quantidades de baratas que visitaram as iscas nos diferentes tratamentos hexano – concentração de 10.000 ppm 
Extrato Hexano - 10.000 ppm 
Minutos 
R1 ♂ R2 ♀ R3 ♂ R4 ♀ R5 ♂ R6 ♀ 
E S C E S C E S C E S C E S C E S C 
5 8 4 1 46 18 0 11 8 2 53 23 0 9 8 1 44 21 0 
10 6 3 1 43 11 0 6 5 1 48 21 0 7 6 2 39 13 0 
15 6 1 0 19 6 0 8 7 0 26 9 1 10 6 1 28 12 1 
20 0 2 1 15 3 1 8 2 0 17 7 1 5 4 1 21 7 1 
25 4 6 2 11 1 0 6 2 0 18 11 1 4 1 0 11 8 2 
30 5 2 0 7 0 1 5 1 1 9 5 0 3 2 1 18 6 3 
35 2 1 0 8 1 0 2 0 1 7 0 2 1 3 2 9 10 0 
40 2 1 0 3 2 0 1 0 0 11 2 1 0 1 1 2 2 0 
45 3 1 1 6 3 2 6 1 2 5 2 1 2 0 0 2 1 1 
50 0 0 1 3 2 0 1 4 3 1 1 0 2 0 0 6 0 0 
55 0 1 0 3 1 0 0 1 0 1 2 0 1 1 1 5 1 1 
60 1 2 0 1 1 0 3 1 1 4 0 0 6 2 1 1 2 0 
Total 37 24 7 165 49 4 57 32 11 200 83 7 50 34 11 186 83 9 
 
 R – Repetições E – Extrato S – Solvente C - Controle 
 
 
 
 
23 
 
Tabela 2 – Quantidades de baratas que visitaram as iscas nos diferentes tratamentos hexano – concentração de 1.000 ppm 
Extrato Hexano - 1.000 ppm 
Minutos 
R1 ♂ R2 ♀ R3 ♂ R4 ♀ R5 ♂ R6 ♀ 
E S C E S C E S C E S C E S C E S C 
5 7 1 1 17 2 0 8 2 1 22 6 0 6 1 1 23 7 0 
10 19 3 1 21 8 0 13 5 1 18 9 0 11 2 2 15 1 0 
15 9 6 0 5 1 0 11 5 2 21 4 1 12 4 0 17 3 0 
20 6 2 2 12 1 0 7 4 0 14 4 3 8 0 1 11 4 0 
25 4 1 0 18 3 3 3 7 0 11 5 1 4 0 3 8 4 0 
30 1 0 0 11 0 1 2 0 1 16 2 0 4 2 0 9 1 1 
35 3 0 0 2 1 0 2 1 0 7 0 0 1 1 0 10 0 0 
40 1 1 0 2 1 1 4 0 1 7 1 1 0 1 0 7 1 1 
45 2 1 1 0 3 2 3 2 1 6 3 1 3 3 0 0 5 3 
50 2 1 1 0 0 0 2 3 0 2 1 0 1 1 1 2 1 0 
55 1 0 2 1 0 0 1 1 0 1 1 1 1 1 0 2 1 1 
60 0 1 0 2 0 0 1 1 0 4 2 2 2 1 1 1 0 1 
Total 55 17 8 91 20 7 57 31 7 129 38 10 53 17 9 105 28 7 
 
 R – Repetições E – Extrato S – Solvente C - Controle 
 
 
24 
 
Tabela 3 – Quantidades de baratas que visitaram as iscas nos diferentes tratamentos hexano – concentração de 100 ppm 
Extrato Hexano - 100 ppm 
Minutos 
R1 ♂ R2 ♀ R3 ♂ R4 ♀ R5 ♂ R6 ♀ 
E S C E S C E S C E S C E S C E S C 
5 9 0 0 16 3 1 7 2 0 17 6 0 5 1 1 12 4 0 
10 2 0 0 13 1 1 3 1 0 15 5 1 7 0 1 8 1 0 
15 1 1 0 2 2 0 2 0 0 12 1 1 2 0 0 2 1 0 
20 1 0 1 8 6 0 1 0 1 8 3 2 2 2 0 6 0 1 
25 0 0 0 1 1 1 1 1 0 3 4 0 0 1 0 0 2 1 
30 0 0 0 2 0 2 0 1 2 2 0 0 1 0 0 1 0 0 
35 0 0 0 0 0 1 0 0 0 2 0 0 6 0 0 0 0 1 
40 1 0 2 0 0 0 1 1 0 1 2 0 1 1 0 3 0 1 
45 1 0 0 2 1 0 2 2 0 6 1 1 0 0 0 2 1 0 
50 0 0 0 2 2 0 0 2 1 1 0 1 0 3 0 1 3 1 
55 0 1 1 0 0 1 0 1 0 1 1 0 1 0 1 0 0 1 
60 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 1 2 
Total 15 4 4 46 16 7 17 11 4 68 23 7 25 8 3 35 13 8 
 
 R – Repetições E – Extrato S – Solvente C - Controle 
 
 
 
25 
 
Gráfico 1 – Frequência média de visitas de baratas no local de aplicação 
conforme cada tempo avaliado extrato hexano. 
 
 
 
Gráfico 2 – Frequência média de visitas de baratas no local de aplicação 
conforme cada tempo avaliado extrato hexano. 
 
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
50
Extrato Solvente Controle Extrato Solvente Controle
♂ ♀
N
ú
m
e
ro
 d
e
 v
is
it
as
Repetições
Hexano 10.000 ppm
5 min
10 min
15 min
20 min
25 min
30 min
35 min
40 min
45 min
50 min
55 min
60 min
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
50
Extrato Solvente Controle Extrato Solvente Controle
♂ ♀
N
ú
m
e
ro
 d
e
 v
is
it
as
Repetições
Hexano 1.000 ppm
5 min
10 min
15 min
20 min
25 min
30 min
35 min
40 min
45 min
50 min
55 min
60 min
 
26 
 
Gráfico 3 – Frequência média de visitas de baratas no local de aplicação 
conforme cada tempo avaliado extrato hexano. 
 
 
 
Gráfico 4 – Frequência total avaliada nos diferentes tratamentos com hexano, 
fazendo um comparativo entre machos e fêmeas, e todas as concentrações 
avaliadas. 
 
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
50
Extrato Solvente Controle Extrato Solvente Controle
♂ ♀
N
ú
m
e
ro
 d
e
 v
is
it
as
Repetições
Hexano 100 ppm
5 min
10 min
15 min
20 min
25 min
30 min
35 min
40 min
45 min
50 min
55 min
60 min
E S C E S C
♂ ♀
144
90
29
551
215
20
165
65
24
325
86
24
57
23 11
149
52
22
Total de visitas por tratamento avaliado -
hexano
10.000 ppm 1.000 ppm 100 ppm
 
27 
 
Os dados estatísticos e comparação de freqüência são os seguintes: 
A aplicação do X² sobre os valores obtido para o número de visitas de machos 
e o respectivo controle resultou em X² = 6,154, p = 0,0416, o que indica que o extrato 
hexano afeta o comportamento dos machos resultando numa maior atratividade. 
A aplicação do X² sobre os valores obtidos para o número de visitas de fêmeas 
e o respectivo controle resultou em X² = 7,171, p = 0,0227, o que indica que o extrato 
hexano afeta o comportamento das fêmeas resultando numa maior atratividade. 
A aplicação do X² sobre os valores obtidos para o número de visitas de machos 
e fêmeas nos respectivos controles resultou em X² = 8,626, p = 0,0134,o que indica 
que o solvente hexano afeta mais o comportamento das fêmeas dos que dos machos. 
A aplicação do X² sobre os valores obtidos para o número de visitas de machos 
e fêmeas resultou em X² = 25,103, p < 0,0001, o que indica que as fêmeas foram 
mais atraídas pelo extrato hexano do que os machos. 
 A aplicação do X² sobre os valores obtido para o número de visitas de machos 
e o respectivo controle resultou em X² = 12,043, p = 0,0024, o que indica que o extrato 
diclorometano afeta o comportamento dos machos resultando numa maior 
atratividade. 
A aplicação do X² sobre os valores obtidos para o número de visitas de fêmeas 
e o respectivo controle resultou em X² = 22,751, p < 0,0001, o que indica que o 
extrato diclorometano afeta o comportamento das fêmeas resultando numa maior 
atratividade. 
A aplicação do X² sobre os valores obtidos para o número de visitas de machos 
e fêmeas nos respectivos controles resultou em X² = 60,038, p < 0,0001, o que indica 
que o solvente diclorometano afeta mais o comportamento das fêmeas do que dos 
machos. 
A aplicação do X² sobre os valores obtidos para o número de visitas de machos 
e fêmeas resultou em X² = 69,248, p < 0,0001, o que indica que as fêmeas foram 
mais atraídas pelo extrato hexano do que os machos. 
A aplicação do X² sobre os valores obtidos para o número de visitas dos 
machos nos extratos hexano e diclorometano resultou em X² = 28,573, p< 0,0001, 
indicando que o extrato diclorometano foi mais atrativo para as baratas machos do que 
o extrato hexano. 
 
28 
 
A aplicação do X² sobre os valores obtidos para o número de visitas dos 
fêmeas nos extratos hexano e diclorometano resultou em X² = 59,365, p< 0,0001, 
indicando que o extrato diclorometano foi mais atrativo para as baratas fêmeas do que 
o extrato hexano. 
Hexano teve uma maior atratividade observada nos tratamentos com fêmeas, 
porém, em diclorometano ambos os sexos foram atraentes, e com índices de visitas 
superiores a todos os outros avaliados. 
 
29 
 
Tabela 4 – Quantidades de baratas que visitaram as iscas nos diferentes tratamentos diclorometano – concentração de 10.000 
ppm 
Extrato Diclorometano - 10.000 ppm 
Minutos 
R1 ♂ R2 ♀ R3 ♂ R4 ♀ R5 ♂ R6 ♀ 
E S C E S C E S C E S C E S C E S C 
5 41 35 1 65 53 0 44 33 2 61 46 0 37 19 1 49 33 2 
10 24 14 0 40 32 0 26 14 1 58 33 0 33 18 2 47 24 1 
15 26 6 0 39 16 2 22 9 2 38 21 1 28 11 0 41 19 0 
20 8 0 1 23 12 1 11 2 0 26 19 0 17 9 1 25 13 0 
25 18 7 0 13 6 0 16 3 0 14 4 2 14 6 0 10 7 0 
30 11 6 0 9 1 0 13 1 2 8 6 0 8 5 0 9 6 0 
35 6 2 0 10 0 0 8 4 1 9 0 0 8 2 0 7 10 0 
40 2 0 0 8 3 0 9 0 0 12 1 1 6 0 1 14 3 1 
45 5 1 1 8 1 0 2 2 0 11 4 0 1 0 0 4 3 0 
50 2 2 0 3 0 0 3 1 0 4 2 0 0 2 0 8 1 0 
55 3 1 0 2 1 0 4 1 0 4 2 0 0 1 0 2 0 0 
60 4 1 0 2 2 0 1 0 0 2 1 1 2 0 0 2 1 0 
Total 150 75 3 222 127 3 159 70 8 247 139 5 154 73 5 218 120 4 
 
R – Repetições E – Extrato S – Solvente C - Controle 
 
30 
 
Tabela 5 – Quantidades de baratas que visitaram as iscas nos diferentes tratamentos diclorometano – concentração de 1.000 ppm 
Extrato Diclorometano - 1.000 ppm 
Minutos 
R1 ♂ R2 ♀ R3 ♂ R4 ♀ R5 ♂ R6 ♀ 
E S C E S C E S C E S C E S C E S C 
5 72 27 3 56 22 0 61 22 2 55 20 1 61 31 0 62 29 0 
10 63 29 2 28 10 1 60 24 1 45 13 1 49 22 0 38 17 0 
15 61 29 1 29 11 2 43 15 0 49 11 2 46 23 0 37 15 1 
20 47 12 1 31 6 2 38 9 0 36 6 0 33 11 1 25 9 0 
25 12 7 2 8 2 1 21 7 1 22 2 2 19 6 1 20 11 2 
30 13 1 4 9 3 3 18 2 2 12 1 1 13 2 2 14 10 1 
35 4 1 0 2 0 1 13 0 0 8 0 1 7 2 0 5 3 1 
40 7 2 1 3 0 0 7 0 0 1 0 3 10 3 1 7 3 1 
45 3 1 0 1 1 0 11 2 0 5 3 0 6 4 1 2 1 0 
50 0 2 0 2 1 2 4 1 1 6 1 0 2 1 0 0 0 0 
55 5 1 3 3 0 1 1 3 1 2 2 0 1 0 0 1 0 3 
60 2 1 1 1 2 1 2 1 0 1 4 1 3 2 0 2 1 0 
Total 289 113 18 173 58 14 279 86 8 242 63 12 250 107 6 213 99 9 
 
R – Repetições E – Extrato S – Solvente C - Controle 
 
31 
 
Tabela 6 – Quantidades de baratas que visitaram as iscas nos diferentes tratamentos diclorometano – concentração de 100 ppm 
Extrato Diclorometano - 100 ppm 
Minutos 
R1 ♂ R2 ♀ R3 ♂ R4 ♀ R5 ♂ R6 ♀ 
E S C E S C E S C E S C E S C E S C 
5 41 22 2 33 19 3 37 27 0 29 21 2 44 21 0 39 24 0 
10 40 21 1 21 14 1 26 15 0 28 12 1 36 18 1 33 14 0 
15 24 13 0 25 11 1 13 8 2 18 6 0 33 9 2 22 16 1 
20 18 8 0 24 7 0 12 4 0 11 2 0 16 3 2 14 10 1 
25 11 7 1 19 10 2 8 1 0 8 1 0 7 1 2 14 9 0 
30 9 4 2 11 6 3 6 0 1 7 0 2 6 1 1 6 4 2 
35 8 0 0 6 4 0 2 0 1 3 0 1 2 0 0 7 2 1 
40 10 2 0 6 2 1 0 2 3 0 0 1 0 1 0 8 3 1 
45 6 4 0 2 0 1 1 2 1 1 1 0 1 3 0 4 2 1 
50 1 1 1 3 1 0 2 1 0 1 1 1 3 2 1 2 0 1 
55 2 1 0 1 1 1 2 2 0 1 2 0 2 1 0 0 1 0 
60 4 0 1 2 0 1 1 0 1 2 0 0 2 1 1 1 2 1 
Total 174 83 8 153 75 14 110 62 9 109 46 8 152 61 10 150 87 9 
 
R – Repetições E – Extrato S – Solvente C - Controle 
 
32 
 
Gráfico 5 – Frequência média de visitas de baratas no local de aplicação 
conforme cada tempo avaliado extrato diclorometano. 
 
 
 
Gráfico 6 – Frequência média de visitas de baratas no local de aplicação 
conforme cada tempo avaliado extrato diclorometano. 
 
0
10
20
30
40
50
60
70
Extrato Solvente Controle Extrato Solvente Controle
♂ ♀
N
ú
m
e
ro
 d
e
 v
is
it
as
Repetições
Diclorometano 10.000 ppm
5 min
10 min
15 min
20 min
25 min
30 min
35 min
40 min
45 min
50 min
55 min
60 min
0
10
20
30
40
50
60
70
Extrato Solvente Controle Extrato Solvente Controle
♂ ♀
N
ú
m
e
ro
 d
e
 v
is
it
as
Repetições
Diclorometano 1.000 ppm
5 min
10 min
15 min
20 min
25 min
30 min
35 min
40 min
45 min
50 min
55 min
60 min
 
33 
 
Gráfico 7 – Frequência média de visitas de baratas no local de aplicação 
conforme cada tempo avaliado extrato diclorometano. 
 
 
Gráfico 8 – Frequência total avaliada nos diferentes tratamentos com 
diclorometano, fazendo um comparativo entre machos e fêmeas, e todas as 
concentrações avaliadas. 
 
0
10
20
30
40
50
60
70
Extrato Solvente Controle Extrato Solvente Controle
♂ ♀
N
ú
m
e
ro
 d
e
 v
is
it
as
Repetições
Diclorometano 100 ppm
5 min
10 min
15 min
20 min
25 min
30 min
35 min
40 min
45 min
50 min
55 min
60 min
E
S
C
E
S
C♂
♀
463
218
16
687
386
12
818
306
32
628
220
35
436
206
27
412
208
31
Total de visitas por tratamento avaliado -
diclorometano
10.000 ppm 1.000 ppm 100 ppm
 
34 
 
Gráfico 9 – Dados comparativos do total de visitas de indivíduos machos e fêmeas, e soma das três concentrações avaliadas 
entre os extratos de hexano e diclorometano. 
 
0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600 1800
E
S
C
E
S
C
D
ic
lo
ro
m
et
an
o
h
ex
an
o
Comparativo total de visitas entre os extratos
♀ ♂
 
35 
 
CONCLUSÃO 
 
 Extratos orgânicos à base de hexano e diclorometano possuem uma ação 
atrativa quando avaliados em condições específicas de laboratório. 
 Em todas as concentrações avaliadas com diclorometano, os resultados 
obtidos foram maiores que os com hexano. Portanto, com base nos resultados, 
diclorometano possui uma ação atrativa para Blatella germanica diferencial e mais 
satisfatória quando comparada com hexano. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
36 
 
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