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RelatorioFinal-FernandaTome

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FERNANDA MALAGUTTI TOMÉ 
 
 
 
ATIVIDADE ANTIMICROBIANA, ANTI-INFLAMATÓRIA, 
CITOTOXICIDADE E GENOTOXICIDADE DE EXTRATO 
NATURAL DE Gymnema sylvestre 
 
 
 
Relatório de Pesquisa e atividades apresentado a 
UNESP para Pós-doutorado 
 
Supervisora: Profa. Adj. Luciane Dias de Oliveira 
 
 
 
 
São José dos Campos 
2018 
1 
 
RESUMO 
 
O uso de extratos de plantas na Odontologia ainda é muito restrito, de modo que estudos 
científicos mais específicos precisam ser realizados para promover sua inclusão em 
enxaguatórios bucais, dentifrícios, irrigantes e medicações intracanais, pomadas, entre 
outros, visando direcionar suas indicações terapêuticas. Este estudo verificou in vitro: a) 
atividade antimicrobiana dos extrato natural de Gymnema sylvestre (gimena) sobre 
biofilmes de micro-organismos anaeróbios: Porphyromonas gingivalis, Porphyromonas 
endodontalis, Parvimonas micra e Fusobacterium nucleatum; b) atividade citotóxica e 
genotóxica em macrófagos (RAW 264.7) e fibroblasto L929 e queratinócitos (HaCaT); c) 
ação anti-inflamatória, em culturas de macrófagos (RAW 264.7), fibroblastos L929 e 
queratinócitos (HaCaT), após estímulo com lipopolissacarídeo (LPS) de Escherichia coli, 
analisando a produção de citocinas pró e anti-inflamatórias. Para os biofilmes, suspensões 
padronizadas (107 céls/mL) foram adicionadas em poços de microplacas e após 48 h a 
37°C sob agitação (75 rpm) e foram tratados com os diferentes extratos naturais (tempo 
de contato: 5 min e 24 h). Foram incluídos os grupos controles (solução fisiológica; 
nistatina e clorexidina). Em seguida, os biofilmes foram desagregados e as suspensões 
semeadas em ágar Reinforced Clostridial Medium para bactérias anaeróbias. Após 48 h a 
37oC, foram contadas as unidades formadoras de colônias por mililitro (UFC/mL). A 
atividade anti-inflamatória foi avaliada em culturas de macrófagos, fibroblastos e 
queratinócitos estimuladas com LPS e tratadas com os extratos. Após 24 hs, o 
sobrenadante foi removido e foi realizada a quantificação de citocinas pró-inflamatórias 
(IL-1β, TNF-α, IL-6, Il-17) e anti-inflamatória (IL-10) pelo teste imunoenzimático 
ELISA. A citotoxicidade foi analisada pela atividade mitocondrial (teste MTT) e a 
genotoxicidade pelo teste de micronúcleos. A análise estatística foi realizada por 
ANOVA e teste de Tukey, com significância de 5%. Foi observado no tempo de 5 min 
e com 24 hs de contato dos Biofilmes com o extrato natural de Gymnema sylvestre 
(gimena) alta sensibilidade das bactérias anaeróbias com altos índices de redução. 
O extrato de gimena, no tempo de contato de 5 min, promoveu viabilidade celular 
acima de 70% em macrófagos nas concentrações de 25mg/mL a 0,39 mg/mL, para 
queratinócitos só a concentração de 200 mg/mL foi citotóxica e para fibroblastos 
todas as concetrações foram citotóxicas. Já no período de 24 hs, para macrófagos 
as concentrações não citotóxicas foram 3,19 a 0,39 mg/mL, para queratinócitos de 
12,5 a 3,19 e 0,78 mg/mL; para fibroblastos de 1,76 a 0,39 mg/mL. O extrato de 
gimena modulou a producão de citocinas, de modo que este extrato também tem 
potencial anti-inflamatório que deve ser mais explorado. O extrato de gimena, nas 
concentrações de 50 e 25 mg/mL foi genotóxico para macrófagos e fibroblastos, 
porém não apresentou genotoxicicidade para queratinócitos. 
 
 
 
Palavras-chave: Gymnema sylvestre; Atividade Antimicrobiana; Citotoxicidade; 
Genotoxicidade; Macrófagos; Fibroblastos; Queratinócitos; Atividade Anti-inflamatória. 
1 INTRODUÇÃO 
 
 Estima-se que as plantas produzem cerca de 200.000 metabolitos, a pesquisa de novas 
substâncias naturais que podem ser usados nas indústrias farmacêutica, agroquímica e produção 
agro-industrial de drogas, biopesticidas e aditivos alimentares tem crescido nos últimos anos. O 
mercado mundial de medicamentos derivados de plantas ao longo da última década tem sido 
estimada em cerca de 30,69 bilhões de dólares. Um exemplo relevante de uma planta que é muito 
interessante por suas inúmeras propriedades farmacológicas, que incluem efeitos antidiabético, 
anticarcinogenico e neuroprotetor é Gymnema sylvestre, usado como uma planta medicinal na Ásia 
há milhares de anos. Suas propriedades são atribuídas a saponinas triterpenoides. Di Fabio et al 
(2014) 
 Gymnema sylvestre é uma das plantas medicinais mais importantes e que cresce nas 
florestas tropicais da Índia e Sudeste Asiático. Os seus ingredientes ativos e extratos de folhas e 
raízes são utilizadas na medicina tradicional para o tratamento de várias doenças e que estão 
presentes no mercado farmacêutico incorporado aos produtos farmacêuticos. Di Fabio et al (2015) 
Gymnema sylvestre é uma planta bem conhecida na medicina Ayurvédica para o tratamento 
de Diabetes mellitus tipo 2. Descrições morfológicas e anatômicas, sequenciamentos e análise de 
hidrólise ácida mostraram que amostras de G. sylvestre do Vietnã são distinguíveis daquelas de 
origem indiana e, portanto, sugerem uma dissimilaridade entre amostras de G. sylvestre com 
diferentes distribuições geográficas. Estudos demonstram que triterpenos oleanos 3β-glucuronídeos 
na variedade vietnamita de G. sylvestre levou ao isolamento de quatro compostos conhecidos e nove 
compostos previamente não descritos, denominados gymnemosides ND1-ND9. Nenhum dos 
compostos isolados foi relatado na amostra indiana, apoiando ainda mais a geodiversidade de G. 
sylvestre. Pham et al (2018) 
 Os produtos comerciais à base de substâncias de origem vegetal que são chamados 
geralmente de naturais devem ser submetidos a monitorização a respeito de seus potenciais impactos 
sobre a saúde pública. A monitorização e avaliação destes produtos são críticos porque a linha tênue 
entre uma ação terapêutica e uma atividade funcional ou saudável ainda não foi definido de forma 
clara e inequívoca. Portanto, esses produtos exigem estudos cuidadosos e rigorosos, a fim de usá-los 
como complemento e / ou mesmo a substituição de drogas sintéticas que são caracterizados por 
efeitos colaterais e custos econômicos elevados. Di Fabio et al (2015) 
 Os fitoconstituintes de G. sylvestre responsáveis pela atividade de supressão de açúcar 
inclui saponinas triterpenos conhecidos como ácidos gimnémicos, gimnemasaponinas, e um 
polipeptídeo, gurmarina. A erva exibe uma ampla gama de efeitos terapêuticos como um remédio 
3 
 
natural eficaz para diabetes, além de ser utilizada para artrite, diurético, anemia, osteoporose, 
hipercolesterolemia, cardiopatia, asma, constipação, infecções microbianas, indigestão e anti-
inflamatória. Tiwari & Mishra & Sangwan (2014) 
 As folhas de G. sylvestre contêm saponinas triterpeno, os principais constituintes como 
ácidos gimnémicos e gimnemasaponinas. Foster (2002); Khramov & Spasov & Samokhina (2008). 
Outros incluem fitoconstituintes antraquinonas, flavonas, hentriacontano, eicosano, pentatriacontano 
fitina, resinas, ácido tartárico, ácido fórmico, ácido butírico, lupeol, β-amirina glicosídeos 
relacionados, estigmasterol, e oxalato de cálcio. Sinsheimer & Rao & McIlhenny (1970). A presença 
de alcalóides foram detectados em extratos de plantas. Folhas de G. sylvestre tem glicosídeos e 
antraquinonas ácidos e seus derivados Dateo & Long (1973). Os principais metabolitos secundários 
em Gymnema inclui um grupo de nove glicosídeos ácidos intimamente relacionados, o principal são 
o ácido gimnemico A-D e encontrado em todas as partes da planta. Chakravarti & Debnath (1981) 
 Extratos de folhas metanólicos de G. sylvestre mostrou maior atividade em várias 
concentrações de 25, 50 e 100 mg / mL foram testadas contra infecções dentárias microbianas e foi 
verificado efeito significativamente eficaz contra estas bactéria cariogênicas gram-positivas como S. 
aureus, S. mitis, e S. mutans, e da levedura Candida albicans que de forma semelhante se liga à 
superfície do dente através da secreção de polissacarídeos extracelulares a partir da sucrose e 
metabolizaro açúcar para ácido orgânico ácido láctico, principalmente, resultando na 
desmineralização do esmalte dos dentes. Marsh & Martin (1992). O bom potencial do extrato 
hidroalcoólico da planta leva ao desenvolvimento e fabricação de dentefricios, estas formulações à 
base de plantas oferecem novas perspectivas no tratamento da cárie dentária, uma vez clinicamente 
aprovado pela comunidade científica. Parimala & Ramasubramaniaraja (2010) 
 Determinou-se a atividade antibiótica e antimicrobiana de diferentes extratos de G. 
sylvestre contra uma série de agentes patogênicos, tais como, S. aureus, E. coli e B. subtilis, 
enquanto nenhuma atividade foi observada contra bactérias gram-negativas. Extrato das folhas de G. 
sylvestre mostraram boas perspectivas como um fitoterápico antibiótico. Saumendu at al (2010). A 
atividade antibacteriana dos extratos de G. sylvestre e ácido gimnemico também foi estudada contra 
E. coli e B. cereus e o efeito antimicrobiano foi significativo contra os micro-organismos. Yogisha & 
Raveesha (2009). Bhuvaneswari et al. (2011) demonstraram que os extratos metanólicos de G. 
sylvestre da parte aérea e da raiz separadamente foram avaliados para a atividade antimicrobiana. O 
resultado exibiu que os extratos de metanol na faixa ácida tem boa atividade para todos os agentes 
patogênicos estudados e mostram-se de amplo espectro. Em um estudo similar realizado por Satdive 
& Abhilash & Fulzele (2003), o efeito antimicrobiano do extrato etanólico de G. sylvestre contra 
Bacillus pumilus, B. subtilis, P. aeruginosa e S. aureus mostrou efeito antimicrobiano promisso. 
4 
 
 Arora & Sood (2017) em seu estudo sobre o potencial antimicrobiano in vitro de extratos e 
fitoconstituintes de Gymnema sylvestre R.Br. folhas e sua avaliação de biossegurança, conluíram que 
o extrato aquoso, o extrato orgânico e os fitoconstituintes apresentaram atividade de amplo espectro 
contra todos os patógenos por eles testados, especialmente aqueles com alta importância clínica, 
como Pseudomonas aeruginosa, Escherichia coli, Candida albicans e um patógeno multirresistente 
Staphylococcus aureus resistente à metilcilina, e em seus testes também concluíram que o 
fitoterápico em questão não presenta citoxicicidade e mutagenicidade. Pode-se inferir a partir dos 
estudos aqui citados que o extrato metanólico e etanólico folha de Gymnema sylvestre possui 
atividade antibiótica e antimicrobiana considerável para justificar estudos mais aprofundados. 
 Os componentes bioativos em G. sylvestre conhecidos como taninos e saponinas são 
responsáveis pela atividade anti - inflamatória da planta Diwan & Margaret & Ramakrishna (1995). 
No estudo realizado por Malik & Manvi & Alagawadi (2007), foi induzido Edema de pata em ratos e 
granulomas, e o extrato aquoso de folha G. sylvestre foi investigado pela sua atividade anti - 
inflamatória, nas doses de 200, 300 e 500 mg / kg com droga, fenilbutazona foi utilizado como 
padrão. Verificou-se que o extrato aquoso Gymnema a uma concentração de 300 mg / kg reduziu 
significativamente o volume do edema da pata por 48,5 % dentro de 4 horas após a administração do 
extrato , enquanto a fenilbutazona diminuiu o volume do edema da pata em 57,6 % . Além disso, o 
extrato aquoso a uma concentração de 200 e 300 mg / kg exibiu redução do granuloma quando 
comparado com o grupo de controle. 
G. sylvestre é relatado na literatura como uma planta com potencial imunoestimulante. Gupta 
at al (2010) O extrato aquoso da folha foi testada para atividades imunoestimulantes , em testes com 
C. albicans mortos foi verificado o movimento de neutrófilos, quimiotaxia, fagocitose aumentados 
quando utilizado extrato aquoso da folha de G. sylvestre em 10 , 25 , 50 , 100 e 1000 ug / ml em 
neutrófilos humanos, sob condições in vitro. Malik at al (2009). 
 Os estudos de toxicidade do extrato de Gymnema sylvestre demonstraram segurança 
quando tomado em doses recomendadas. Doses elevadas podem levar a efeitos colaterais, incluindo 
hipoglicemia, fraqueza, tremores, sudorese excessiva, e distrofia muscular. A administração de 1% 
em pó na dieta de ratos Wistar, durante 52 semanas não demonstrou nenhum efeito tóxico e nenhum 
animal morreu durante a experiência. Ogawa at al (2004) 
Contudo, como são muitas as possibilidades terapêuticas dos extratos naturais, seu uso 
precisa ser melhor avaliado por pesquisas científicas que englobem ação antimicrobiana, anti-
inflamatória, bem como avaliação de seus efeitos citotóxicos e genotóxicos. Em especial na 
Odontologia, a utilização de extratos de plantas pode trazer inúmeros benefícios ainda pouco 
explorados, especialmente em micro-organismos anaeróbios. 
5 
 
Muitos extratos de plantas apresentam diferentes finalidades terapêuticas e diante da 
grande diversidade os estudos envolvendo substâncias naturais representam importante campo de 
pesquisa que pode trazer grandes benefícios à terapia odontológica, sendo de grande interesse estudar 
seus efeitos antimicrobianos sobre micro-organismos relevantes na Odontologia, incluindo bactérias 
anaeróbias envolvidas nas infecções periodontais e endodônticas, bem como analisar seus efeitos 
anti-inflamatórios e possíveis efeitos citotóxicos e genotóxicos deste fitoterápicos. 
6 
 
2 OBJETIVOS 
 
Os objetivos deste estudo foram: 
 
a) avaliar a atividade antimicrobiana do extrato natural de Gymnema sylvestre (gimena) 
sobre cepas-padrão de micro-organismos anaeróbicos de interesse odontológico: Porphyromonas 
gingivalis, Porphyromonas endodontalis, Parvimonas micra e Fusobacterium nucleatum em 
Biofilme monotípico; 
 
b) avaliar a citotoxicidade e genotoxicidade do extrato de Gymnema sylvestre em cultura 
de fibroblastos L929, macrófagos (RAW 264.7) e queratinócitos (HaCaT) em ensaio da atividade 
mitocondrial celular pelo método MTT e teste de micronúcleos; 
 
C) avaliar a atividade anti-inflamatória do extrato natural de Gymnema sylvestre em 
macrófagos (RAW 264.7) e fibroblastos L929 e Queratinócitos (HaCaT), estimulados por 
lipopolissacarídeo (LPS) de Escherichia coli, pela produção de citocinas pró e anti-inflamatórias (IL-
1β, TNF-α, IL-6, IL-10, IL-17). 
7 
 
3 MATERIAL E MÉTODOS 
 
O fitoterápico Gymnema sylvestre para a realização do projeto, cuja concentração em 
propilenoglicol foi de 40%, será obtido da empresa Mapric (São Paulo, SP), com os devidos laudos e 
especificações. 
 
3.1 Avaliação da atividade antimicrobiana do extrato de Gymnema sylvestre 
 
A avaliação da atividade antimicrobiana do extrato de Gymnema sylvestre foi avaliada 
sobre cepas de referência (ATCC – American Type Culture Collection) de bactérias anaeróbias: 
Porphyromonas gingivalis (ATCC 33277), Porphyromonas endodontalis (ATCC 35406), 
Parvimonas micra (ATCC 33270) e Fusobacterium nucleatum (ATCC 25586), provenientes do 
Laboratório de Endodontia da faculdade de Odontologia de Bauru – USP. 
 
3.1.1 Avaliação da atividade antimicrobiana do extrato de Gymnema sylvestre sobre biofilmes 
 
Foi avaliada a ação de Gymnema sylvestre sobre biofilmes monotípicos de P. gingivalis, 
P. endodontalis, P. micra e F. nucleatum. 
Foram adicionados em placas de microtitulação de 96 poços (TPP) 200 µL/poço de 
suspensões microbianas padronizadas em espectrofotômetro (Micronal B-582, São Paulo, Brasil) a 
107 UFC/mL em solução fisiológica (NaCl 0,9%). Em seguida, a placa foi submetida à incubação 
(37°C) sob agitação (75 rpm) por 90 min. Posteriormente, o sobrenadante foi descartado e 
adicionado meio de cultura, caldo RCM para as bactérias anaeróbias. Foi realizada incubação (37°C) 
por 48 h, com substituição do meio de cultura após 24 h. 
Passado o período de formação de cada biofilme, este foi colocado em contato com o 
extrato de Gymnema sylvestre, por dois períodos de tempo diferentes: 5 min e 24 h, nas 
concentrações efetivas pré-determinadas (CMM) e superiores. Como controles foram utilizadas 
soluções antimicrobianasconhecidas como clorexidina (para bactérias). Solução salina estéril foi 
utilizada como controle negativo. Posteriormente, estas soluções foram descartadas, o biofilme foi 
lavado com solução fisiológica estéril, e sonicados com homogeneizador ultrassônico, com potência 
de 25% por 30 segundos. Em seguida, a suspensão microbiana foi diluída (1:10; 1:100; e 1:1000) e 
100 µL de cada diluição foram inoculados em duplicata em ágar RCM acrescido de sangue. Após 
incubação de 48 h, foram contadas as unidades formadoras de colônia por mililitro (UFC/mL), em 
placas que continham entre 30 e 300 colônias. 
8 
 
 
3.2 Avaliação da citotoxicidade do extrato de Gymnema sylvestre (Oliveira et al., 2013 e 2014) 
 
A avaliação da citotoxicidade do extrato natural de Gymnema sylvestre foi realizado por 
meio do teste colorimétrico MTT, que analisou a atividade mitocondrial celular, após contato do 
extrato por 5 min e 24 h. Para tanto, foram utilizadas culturas de macrófagos de camundongo (RAW 
264.7), fibroblastos L929 e queratinócitos (HaCaT). 
A cultura de macrófagos de camundongos (RAW 264.7), provenientes do Banco de 
Células do Rio de Janeiro - Associação Técnico Científica Paul Ehrlich (APABCAM – RJ), a cultura 
de fibroblastos L929 e queratinócitos (HaCaT) foram cultivadas em meio de Eagle modificado por 
Dulbecco (DMEM - LGC Biotecnologia, Cotia, Brasil), suplementado com 10% de soro fetal bovino 
(SFB) (Invitrogen, Nova York, EUA) e mantidas em frascos de cultivo celular (TPP, Suíça), 
incubadas em estufa à temperatura de 37°C, com umidade atmosférica, com 5% de CO2. 
O meio de cultura foi trocado a cada 48 h e quando foi observado estado de 
subconfluência das células, caracterizado pela ocupação de mais de 70% do frasco, as células foram 
utilizadas nos testes. Para tanto, a monocamada de células foi desagregada do assoalho do frasco de 
cultura com auxílio de um varredor celular (para RAW 264.7) ou tripsina (L929 e HaCaT). As 
células suspendidas foram centrifugadas por 5 min a 3000 rpm. Foi realizado o teste de exclusão pelo 
azul de Trypan, e o número de células viáveis foi quantificado pelo contador celular automatizado 
(Countess Cell). 
Em microplacas de 96 poços (TPP) foram adicionados 200 µL de meio DMEM + 10% 
SFB contendo 2 x 104 células viáveis. Estas placas foram incubadas (37°C, com 5% de CO2) por 24 
horas para que ocorresse aderência celular nos poços da microplaca. Em seguida, o sobrenadante foi 
descartado, as células foram lavadas com PBS, e foi acrescentado 200 µL/poço de cada extrato, 
separadamente, nas concentrações mais efetivas determinadas no teste de microdiluição. Foram 
utilizados poços-controles, contendo apenas células com meio de cultura. O período de incubação foi 
de 5 min e 24 horas. O n foi igual a 12 para todos os grupos. Após, o extrato foi descartado, e os 
poços foram lavados com PBS para retirar células mortas. 
Em seguida, para verificação da viabilidade da cultura, foi realizada análise da atividade 
mitocondrial das células viáveis pelo método de redução do brometo de 3(4,5-dimetiltiazol-2-yl)2,5-
difeniltetrazólio (MTT) em formazina. A solução de MTT foi preparada a partir da suspensão de 0,5 
mg do pó de MTT (Sigma Aldrich Co., Alemanha) em 1 mL de Phosphate Buffer Saline (PBS) 
(Cultilab, Brasil) estéril. Foram adicionados 100 µL/poço da solução de MTT e as placas foram 
incubadas (37°C, com 5% de CO2) por 1 h, abrigadas da luz. Posteriormente, esta solução foi 
9 
 
descartada e foram adicionados 100 µL/poço de dimetilsulfóxido (DMSO – Sigma) para expor os 
cristais de formazina produzidos, após absorção do sal de MTT, por células viáveis. Após incubação 
de 10 minutos e agitação em shaker, por igual período, a absorbância dos poços foi lida em leitora de 
microplacas com comprimento de onda de 570 nm. As densidades ópticas (DO) obtidas foram 
convertidas em percentual de viabilidade celular empregando-se a seguinte fórmula: 
% Viabilidade = (DO Grupo Tratado x 100) / Média DO Grupo Controle 
 
3.3 Avaliação da atividade anti-inflamatória do extrato de Gymnema sylvestre em macrófagos, 
fibroblastos e queratinócitos 
 
Foram cultivados em placas de 24 poços 5.105 células/mL de macrófagos (RAW 264.7), 
Fibroblastos (L929) e Queratinócitos (HaCaT) por 24 h. Após incubação, o sobrenadante foi 
descartado e foi acrescentado meio fresco (DMEM + 10%SFB) acrescido de concentrações distintas 
de Gymnema sylvestre. Ao mesmo tempo, foi acrescentado lipopolissacarídeo (LPS) de Escherichia 
coli (Sigma) na concentração de 1 µg/mL em cada poço. As placas foram incubadas por 24 h (37°C e 
5% de CO2). 
Posteriormente, o sobrenadante foi coletado e armazenado sob refrigeração (-20°C) para 
posterior quantificação de citocinas pró-inflamatórias (IL-1β, TNF-α, IL-6 e IL-17) e anti-
inflamatória (IL-10), pelo teste imunoenzimático (ELISA). 
 
3.3.1 Quantificação de citocinas - Ensaio imunoenzimático ELISA 
 
Placas de microtitulação de 96 poços (Nunc) foram sensibilizadas com anticorpos de 
captura anti-TNF-α, anti-IL-1β, anti-IL-6, anti IL-10 e anti-IL-17 de camundongo ou de humanos 
(Kits R&D Systems, NE) mantidas overnight em temperatura ambiente. No dia seguinte, as placas 
foram lavadas com PBS contendo Tween 20 (PBS-T) e bloqueadas com soro albumina bovina (BSA, 
0,1%) por 1 hora. Após, as placas foram lavadas com PBS-T e recebeu os sobrenadantes da cultura 
de células (100 µL por poço) e os padrões das citocinas com concentrações conhecidas (curva-
padrão). Os testes foram realizados em duplicata. Após duas horas, as placas foram lavadas (PBS-T) 
e foram acrescentados anticorpos de detecção anti-TNF-α, anti-IL-1β, anti-IL-6, anti IL-10 e anti-IL-
17 marcados com biotina. Após 2 horas, a reação foi revelada com solução contendo substrato 
cromogênico e peróxido de hidrogênio. A reação foi bloqueada após 20 minutos com ácido sulfúrico 
2N. As densidades ópticas (DO) foram lidas no leitor de microplacas (Biotek) com comprimento de 
10 
 
onda de 450 nm. Após obtenção das DO foram determinados os níveis (pg/mL) de anti-TNF-α, anti-
IL-1β, anti-IL-6, anti IL-10 e IL-17 das amostras de sobrenadantes celulares com auxílio do 
programa GraphPad Prism 5.0. 
 
3.4 Avaliação da genotoxicidade do extrato de Gymnema sylvestre (teste de micronúcleos) – 
Camargo et al. (2014) 
 
Os macrófagos (RAW 264.7), fibroblastos (L929) e queratinócitos (HaCaT) foram 
cultivados em meio DMEM (LGC Biotecnologia) suplementado com 10% de soro fetal bovino 
(SFB) (Invitrogen) a 37°C e 5% CO2. Para o teste, 3x105 células foram cultivadas em lâminas de 
vidro em 4 mL de meio celular por 24 h a 37°C em atmosfera de 5% CO2. Após este período, as 
células foram expostas aos extratos diluídos em DMEM + 10% SFB, de acordo com as 
concentrações determinadas no teste microbiológico e ao etilmetano sulfanato EMS; 5 mM (controle 
positivo) por 24h. 
As placas foram lavadas em solução salina tamponada (livre de cálcio e magnésio PBS-
CMF). As células foram fixadas em etanol 100% por 30 min e foram lisadas em 5 N HCl por 40 min, 
lavadas com água deionizada e coradas com reagente SCHIFF (Sigma) por 30 min em temperatura 
ambiente. Após lavagem em sulfato/água por 6 min e em água corrente por 10 min, as células foram 
desidratadas e montadas com Entellan (Merck). Os micronúcleos foram analisados em microscópio 
de imersão (100X), sendo que foram avaliadas 1.000 células/placa por concentração em pelo menos 
dois experimentos independentes. Os micronúcleos foram identificados como estruturas de DNA 
contidas no citoplasma claramente separados do núcleo principal, cercados por uma membrana 
nuclear, e incluindo uma área menor que 1/3 da área do núcleo principal. Somente as células 
mononucleadas contendo menos que cinco micronúcleos foram contadas; células em mitose e que 
exibam fragmentação nuclear por apoptose não foram contadas. 
 
3.5 Análise estatística 
 
Os dados foram analisados estatisticamentepelo método ANOVA complementado pelo 
Teste de Tukey, com nível de significância de 5% (p≤0.05). 
11 
 
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
4.1 Ação dos extratos sobre os biofilmes formados por bactérias anaeróbias 
 
4.1.1. Tempo de contato de 5 min 
Para P. gingivalis W83, pode-se verificar que todos os extratos, no tempo de 5 min, 
promoveram redução significativa do biofilme em relação ao grupo controle (soro fisiológico, 
p<0,05), alcançando índices de cerca de 100% de redução. Não houve diferença estatística entre as 
concentrações de 50, 100 e 200 mg/mL (p>0,05) (Figura 1). 
 
Figura 1 - Porcentual de redução do biofilme de Porphyromonas gingivalis pela ação do extrato de Gimena no 
período de 5 min em comparação ao grupo controle (solução fisiológica) 
 
Para F. nucleatum, as maiores reduções do biofilme foram obtidas o extrato de gimena 
apresentou resultado inverso em relação à concentração, sendo mais efetivo a menor concentração 
avaliada (50 mg/mL) (Figura 2). 
 
12 
 
 
Figura 2 - Porcentual de redução do biofilme de Fusobacterium nucleatum pela ação do extrato de Gimena, no período 
de 5 min em comparação ao grupo controle (solução fisiológica). 
 
Para P. endodontalis, os extratos que promoveram as maiores reduções (acima de 80% 
em relação ao controle) nas 3 concentrações avaliadas no tempo de 5 min quando e contato com 
Gimena (figura 3) 
 
Figura 3 - Porcentual de redução do biofilme de Porphyromonas endodontalis pela ação do extrato de gimena (5 min) 
em comparação ao controle. 
 
Para P. micra, observou-se altos índices de redução microbiana (próximo a 100%) em 
relação ao controle (p<0,05), independente da concentração utilizada (50, 100 ou 200 mg/mL), sendo 
todos os grupos estatisticamente semelhantes entre si (p>0,05) (Figura 4). 
13 
 
 
Figura 4 - Porcentual de redução do biofilme de Parvimonas micra pela ação do extrato de gimena, no período de 5 min 
em comparação ao grupo controle (solução fisiológica). 
 
Com estes resultados, pode-se verificar alta sensibilidade das bactérias anaeróbias ao 
extrato de Gimena, sendo que mesmo em um curto período de contato (5 min), o extrato promoveu 
altos índices de redução dos diferentes biofilmes. P. gingivalis e P. micra foram as mais sensíveis a 
todas as concentrações do extrato. F. nucleatum foi a bactéria que apresentou maior resistência ao 
extrato, embora tenha promovido significativa redução de seu biofilme em relação ao grupo controle. 
Estes resultados concordam com Iauk et al. (2003) que verificaram que diferentes extratos alcoolicos 
de plantas, incluindo Hamamélis virginiana, tiveram ação sobre cultura planctônica de bactérias 
periodontopatogênicas, como P. gingivalis, Prevotella spp. e F. nucleatum. Arbia et al. (2017) 
verificaram efeito antimicrobiano de extratos aquosos de Artemisia herba-alba, Opuntia ficus-indica, 
Camellia sinensis e Phlomis crinita sobre P. gingivalis e P. intermedia, pelo teste de halo de inibição 
(discos). Fani & Kohanteb (2017) verificaram atividade antimicrobiana do óleo de tomilho (T. 
vulgaris) contra 30 isolados clínicos, incluindo P. gingivalis, Aggregatibacter 
actinomycetemcomitans, S. mutans e C. albicans, pelo teste de difusão em ágar e microdiluição em 
caldo. Bardaji et al. (2016) verificaram os efeitos antimicrobianos de Copaifera reticulata oleoresin 
(CRO) sobre F. nucleatum, P. nigrescens, P. gingivalis. Os resultados da presente pesquisa são 
inovadores, pois não são encontrados na literatura estudos sobre a ação rápida (5 min) de extratos de 
plantas sobre biofilmes formados por bactérias anaeróbias periodontopatogênicas. E como os 
resultados foram muito promissores, estudos futuros devem ser direcionados visando a utilização 
clínica do extrato de Gimena, após testes de segurança e eficácia em animais, a fim de gerar 
produtos para promoção da saúde bucal, com correta indicação terapêutica. 
 
4.1.2. Tempo de contato de 24 hs 
 
14 
 
Para P. gingivalis W83, pode-se verificar que o extrato de Gimena, no tempo de 24 hs, 
promoveu redução significativa do biofilme em relação ao grupo controle (meio de cultura, p<0,05), 
em todas as concentrações analisadas (25, 50 e 100 mg/mL), alcançando índices de cerca de 100% de 
redução, especialmente na concentração de 100 mg/mL (Figura 5). 
 
Figura 5 - Porcentual de redução do biofilme de Porphyromonas gingivalis pela ação do extrato de gimena, no período 
de 24 hs em comparação ao grupo controle (meio de cultura). 
 
O extrato de Gimena apresentou índice de redução para o biofilme de F. nucleatum nas 
concentrações de 25 e 50 mg/mL, embora na concentração de 100 mg/mL tenha promovido redução 
próxima a 100% (Figura 6). 
 
Figura 6 - Porcentual de redução do biofilme de Fusobacterium nucleatum pela ação do extrato de gimena, no período 
de 24 hs em comparação ao grupo controle (meio de cultura). 
 
Para P. endodontalis, o extrato de Gimena promoveu significativa redução do biofilme em 
comparação com o controle, em todas as concentrações analisadas (25, 50 e 100 mg/mL), sendo que 
as maiores taxas foram observadas com a concentração de 100 mg/mL, seguido de 50 mg/mL. 
(Figura 7). 
15 
 
 
Figura 7 - Porcentual de redução do biofilme de Porphyromonas endodontalis pela ação do extrato de Gimena, 
no período de 24 hs em comparação ao grupo controle (meio de cultura) 
 
Para P. micra, o extrato de Gimena apresentou altos índices de redução do biofilme em 
relação ao grupo controle (meio de cultura, p<0,05) na concentração de 25 mg/mL (Figura 8). 
 
Figura 8 - Porcentual de redução do biofilme de Parvimonas micra pela ação do extrato de Gimena, 
no período de 24 hs em comparação ao grupo controle (meio de cultura). 
 
Assim como observado no tempo de 5 min, com 24 hs de contato, pode-se verificar alta 
sensibilidade das bactérias anaeróbias ao extrato de Gimena, com altos índices de redução dos 
diferentes biofilmes, especialmente nas concentrações de 50 e 100 mg/mL. Estes resultados 
concordam com Karygianni et al. (2014) que avaliaram extratos naturais de plantas do Mediterrâneo 
e verificaram que os extratos de Mastic gum e Inula viscosa foram efetivos para bactérias anaeróbias 
(P. gingivalis, P. intermedia, F. nucleatum e P. micra). Moreti et al. (2017) também verificaram o 
potencial do extrato de Mikania glomerata e seus compostos sobre P. gingivalis, 
Prevotella nigrescens, A. actinomycetemcomitans. Outros estudos tem demonstrado ação 
antimicrobiana de diferentes extratos de plantas sobre bactérias anaeróbias (Wong et al., 2010; 
Praveen et al., 2014; Pai et al., 2016), no entanto, sobre biofilme os estudos são escassos, de modo 
16 
 
que os resultados do presente estudo são pioneiros e inovadores neste contexto. Como os resultados 
de extrato de Gimena foram muito promissores, as melhores concentrações devem ser selecionadas e 
direcionadas para estudos em animais e clínicos, visando a geração de produtos que tragam 
benefícios à terapêutica clínica odontológica. 
 
4.2 Citotoxicidade dos Extratos - Viabilidade Celular pelo teste MTT 
 
O extrato de Gimena, no tempo de contato de 5 min, promoveu viabilidade celular acima 
de 70% em macrófagos nas concentrações de 25mg/mL a 0,39 mg/mL, para queratinócitos só a 
concentração de 200 mg/mL foi citotóxica e para fibroblastos todas as concetrações foram 
citotóxicas. Já no período de 24 hs, para macrófagos as concentrações não citotóxicas foram 3,19 a 
0,39 mg/mL, para queratinócitos de 12,5 a 3,19 e 0,78 mg/mL; para fibroblastos de 1,76 a 0,39 
mg/mL (Figura 9). 
17 
 
 
Figura 9 - Percentual de viabilidade celular de macrófagos, fibroblastos e queratinócitos tratados com diferentes 
concentrações do extrato glicólico de Gimena pelo período de 5 min e 24 h. 
 
De acordo com estes resultados, pode-se verificar que a citotoxicidade, em geral, está 
relacionada diretamente com a concentração do extrato, sendo as menores concentrações as que 
proporcionam maiorviabilidade celular. Estes resultados concordam com Jesus et al. (2015), que 
verificaram que o extrato glicólico de abacateiro (Persea americana) foi citotóxico para macrófagos 
RAW 264.7 nas concentrações de 200 e 100 mg/mL, enquanto as concentrações menores do extrato 
(50, 25 e 12,5 mg/mL) apresentaram maior viabilidade celular. Como neste teste foram avaliadas 3 
linhagens celulares, pode-se verificar diferenças na sensibilidade celular de acordo com o tipo de 
linhagem, sendo que os fibroblastos foram mais sensíveis à ação citotóxica dos extratos e os 
queratinócitos os mais resistentes. Senthil et al. (2017) verificaram que nanopartículas de prata foram 
menos tóxicas às células HaCaT quando comparada às bactérias (E.coli e S. aureus), demonstrando 
resistência desta linhagem celular. Basar et al. (2015) analisaram os efeitos do extrato de Glycyrrhiza 
 
 
 
18 
 
glabra sobre diferentes linhagens celulares (HaCaT, A549, HepG2) e verificaram variações 
consideráveis nos níveis de citotoxicidade entre as várias amostras de G. glabra. Estes resultados são 
de grande importância para a indicação terapêutica do extrato de Gimena, pois por exemplo, para um 
enxaguatório bucal a ação sobre os queratinócitos é mais relevante, uma vez que estas células terão 
contato mais direto com o extrato. Para esta linhagem, o extrato de Gimena, foi de baixa 
toxicicidade, apresentando viabilidade celular superior a 70% mesmo nas concentrações mais altas. 
 
4.3 Genotoxicidade dos Extratos – Teste micronúcleos 
 
OBS.: Este teste foi realizado em colaboração com a Profa Cristina Pacheco Soares, no laboratório 
de Biologia e Cultura Celular do IP&D da Univap. 
A comparação dos resultados dos micronúcleos foi feita em relação ao controle negativo 
(meio de cultura DMEM) e controle positivo (Ethyl methanesulfonate EMS, 6 µM), analisados 
estatisticamente por kruskall Wallis, complementado pelo teste de Dunn. Ao final da contagem de 
2000 células, em 12 campos microscópicos, pode-se obsevar que a linhagem HaCaT foi mais 
resistente à indução de micronúcleos pelo EMS que as linhagens L929 e macrófagos, sendo que para 
macrófagos foram obtidos 32 micronúcleos, para fibroblastos 31 micronúcleos e para HaCaT 13 
micronúcleos. Já no controle negativo, os resultados foram semelhantes, sendo 2 micronúcleos para 
HaCaT e macrófagos e 3 para fibroblastos. As figuras 10, 11 e 12 demonstram, respectivamente, um 
dos 12 campos microscópicos onde foi realizada a contagem de células e micronúcleos nos grupos 
controles negativo e positivo para queratinócitos (HaCaT), fibroblastos L929 e macrófagos (RAW 
264.7). 
 
19 
 
 
Figura 10 – A) Foto indicando a contagem de células HaCaT por campo fotografado (1/12); B) Foto indicando a 
presença de micronúcleos (setas). 
 
 
20 
 
Figura 11 – A) Foto indicando a contagem de células (fibroblastos L929) por campo fotografado (1/12); B) Foto 
indicando a presença de micronúcleos (setas). 
 
 
 
Figura 12 – A) Foto indicando a contagem de células (macrófagos RAW 264.7) por campo fotografado (1/12); B) Foto 
indicando a presença de micronúcleos (setas). 
 
O extrato de gimena, nas concentrações de 50 e 25 mg/mL foi genotóxico para macrófagos 
(frequência de 85 e 35, respectivamente) e fibroblastos (frequência de 64 e57 micronúcleos, 
respectivamente), com aumento significativo de micronúcleos em relação ao controle negativo, por 
outro lado, para HaCaT a produção de micronúcleos foi semelhante ao grupo controle negativo, não 
apresentando genotoxicidade (Figura 13). 
 
 
21 
 
 
 
 
Figura 13 – A) Gráfico indicando a contagem total de micronúcleos nos 12 campos microscópicos analisados (total 2000 
células); B) Fotos indicando a contagem de células por campo fotografado (1/12) em cada concentração do extrato de 
Gimena (50 e 25 mg/mL) testada; C) fotos com setas indicando a presença de micronúcleos. 
 
Contudo, pode-se verificar que para HaCaT o extrato natural de Gimena não induziu 
produção significativa de micronúcleos, sendo considerado não genotóxico para queratinócitos. Estes 
resultados são de grande importância visando o uso destes extratos na Odontologia como 
enxaguatório bucal, em que o contato é direto com as células epiteliais da mucosa. Estes resultados 
concordam com Almeida et al. (2015), que verificaram ausência de efeitos genotóxicos do extrato da 
folha da planta Castanea sativa (até 0,1 µg/mL) em queratinócitos HaCaT. Não são encontados na 
literatura estudos sobre a genotoxicidade do extrato estudado nesta pesquisa, sendo estes resultados 
pioneiros. Para macrófagos (RAW 264.7), o extrato de gimena (25 e 50 mg/mL) foi genotóxico, com 
indução de 35 e 85 micronúcleos, respectivamente. Oliveira et al. (2017) verificaram que o extrato 
GIM 100 mg/ml 
GIM 50 mg/ml 
GIM 50 mg/ml 
GIM 100 mg/ml 
22 
 
glicólico de Rosmarinus officinalis (alecrim) em concentrações até 100 mg/mL não foi genotóxico 
em macrófagos, com frequência de micronúcleos similar ou menor que o grupo controle não tratado. 
Não são verificados na literatura outros estudos sobre genotoxicidade deste extrato em macrófagos 
tornando difícil a discussão dos resultados, por outro lado, este estudo traz contribuições científicas 
relevantes. 
 
4.4 Avaliação da atividade anti-inflamatória dos extratos 
 
Para o extrato de gimena (G. silvestre), a quantificação da produção das citocinas IL-1β, 
TNF-α, IL-6, IL-17 e IL-10 por macrófagos (RAW 264.7), após exposição por 24 h às concentrações 
de 25 e 50 mg/mL do extrato, está apresentada na Figura 14. Pode-se verificar que o tratamento com 
o extrato de Gimena induziu maior produção de IL-1β em comparação com o grupo LPS, entretanto, 
induziu menor produção de TNF-α e maior produção de IL-10 (citocina anti-inflamatória). A 
concentração de 25 mg/mL induziu diminuição da produção de IL-6 e aumento de IL-17. Com isso, 
pode-se perceber que o extrato de Gimena modulou a producão de citocinas, de modo que este 
extrato também tem potencial anti-inflamatório que deve ser mais explorado. 
 
Figura 14 - Quantificação das citocinas IL-1β, TNF-α, IL-6, IL-17 e IL-10 por macrófagos (RAW 264.7) tratados com 
extrato glicólico de Gymnena silvestre (Gimena) acrescidos de LPS de E. coli pelo período de 24 horas (pg/mL). 
 
23 
 
Sobre a linhagem de queratinócitos humanos (HaCaT), pode-se verificar que o extrato 
nas concentrações analisadas apresentou significativa redução das citocinas pró-inflamatórias TNF-α 
e IL-17. Com isso, a realização de estudos envolvendo mais de uma linhagem celular é de grande 
importância para indicação mais correta do extrato. Os resultados do presente estudo concordam com 
Lim et al. (2015) que verificaram os efeitos anti-inflamatórios do extrato de Chungsimyeonja-eum 
(CSYJE), usado na tradicional medicina oriental em macrófagos de camundongo (RAW 264.7) e 
queratinócitos humano (HaCaT) estimulados por LPS. Seo et al. (2015) também verificaram os 
efeitos anti-inflamatórios do extrato de Gleditsia sinensis em queratinócitos HaCaT e macrófagos 
RAW 264.7 estimulados por LPS. 
 
 
Figura 15 - Quantificação de TNF-α por queratinócitos humanos (HaCaT) tratados com extrato natural de Gymnena 
silvestre (Gimena) acrescidos de LPS de E. coli pelo período de 24 horas (pg/mL). 
 
 
Figura 16 - Quantificação de IL-17 por queratinócitos humanos (HaCaT) tratados com extrato natural de Gymnena 
silvestre (Gimena) acrescidos de LPS de E. coli pelo período de 24 horas (pg/mL). 
 
O efeito anti-inflamatório de diferentes extratos de Thymus spp (T. vulgaris, T. zygis e T. 
hyemalis) foi demonstrado por Ocaña e Reglero (2012), onde após tratamento por 24 h com os 
extratos, houve significativa redução da produção de citocinas pró-inflamatórias (IL-1β, IL-6 e TNF-
α) e aumento da anti-inflamatória (IL-10) por monócitos humanos (THP-1) estimulados por 
lipoproteínas de baixa densidade oxidada (LDL-oxi). Em adição, foi constatado que, após 48 h detratamento, os níveis de IL-1β e TNF-α foram semelhantes ao nível basal das células não ativadas. A 
atividade anti-inflamatória de T. vulgaris L. não se restringe apenas aos seus extratos, uma vez que 
seu óleo essencial também demonstrou efetividade no controle da produção de IL-1β, IL-8 e TNF-α 
24 
 
em THP-1 estimulada por LPS ou Propionibacterium acnes (Tsai et al., 2011). Hu et al. (2016) 
demonstraram que Apigenin-7-O-β-D-glucuronide, isolado de Juglans sigillata, inibiu a produção da 
citocina pró-inflamatória TNF-α em macrófagos (RAW 264.7) estimulados por LPS. El-Boshy et al. 
(2017) demonstraram em ratos os efeitos protetores do extrato de alcachofra (C. scolymus) contra o 
estresse oxidativo induzido pela toxicidade de cádmio, analisando as dosagens séricas IL-1β, TNF-α 
e IL-10. 
Arora & Sood (2017) em seu estudo concluiu qu existe um grande potencial 
antimicrobiano de Gymnema sylvestre (Gimena) para uso medicinal, devido à presença de uma 
grande variedade de fitoconstituintes, proporcionando assim uma base científica importante para seu 
uso comercial. O extrato aquoso, o extrato orgânico e os fitoconstituintes apresentaram atividade de 
amplo espectro contra todos os patógenos testados por eles, especialmente aqueles com grande 
importância clínica, como Pseudomonas aeruginosa, Escherichia coli, Candida albicans e um 
patógeno multirresistente como Staphylococcus aureus resistente à meticilina. Estes compostos 
testados, mesmo na sua forma parcialmente purificada, eram altamente potentes com valores de MIC 
baixos e menor tempo de morte. Importante também, neste estudo foi verificado que o extrato de 
Gimena não se apresentou citotóxico nem mutagênicos. Este estudo, corrobora com os dados 
encontrados no nosso estudo realizado com bactéricas anaeróbicas de interesse na odontologia, bem 
como refirmado sua baixa citotoxicidade e genotoxicidade, além de reafirmado sua importante 
atividade imunomoduladora. 
 
25 
 
5 CONCLUSÃO 
 
a) Assim como observado no tempo de 5 min e com 24 hs de contato com o extrato de Gymnena 
silvestre (Gimena), pode-se verificar alta sensibilidade das bactérias anaeróbias ao extrato, 
com altos índices de redução dos diferentes biofilmes, especialmente nas concentrações de 50 
e 100 mg/mL. 
b) O extrato de Gymnena silvestre (Gimena), no tempo de contato de 5 min, promoveu 
viabilidade celular acima de 70% em macrófagos nas concentrações de 25mg/mL a 0,39 
mg/mL, para queratinócitos só a concentração de 200 mg/mL foi citotóxica e para 
fibroblastos todas as concetrações foram citotóxicas. Já no período de 24 hs, para macrófagos 
as concentrações não citotóxicas foram 3,19 a 0,39 mg/mL, para queratinócitos de 12,5 a 3,19 
e 0,78 mg/mL. O extrato de Gimena, nas concentrações de 50 e 25 mg/mL foi genotóxico 
para macrófagos e fibroblastos, com aumento significativo de micronúcleos em relação ao 
controle negativo, por outro lado, para HaCaT a produção de micronúcleos foi semelhante ao 
grupo controle negativo, não apresentando genotoxicidade. 
c) Diante dos resultados obtidos, foi possível concluir que o extrato de Gymnena silvestre 
(Gimena) (25 e 50 mg/mL) apresentou grande potencial anti-inflamatório para as duas 
linhagens celulares, sendo importante a definição correta da concentração do extrato para ter 
o efeito terapêutico desejado. 
 
Este estudo se mostrou importante e pioneiro para comprovar os diferentes efeitos 
benéficos de Gymnema sylvestre, os quais podem futuramente ser inseridos em formulações de uso 
odontológico, tais como medicações e irrigantes intracanais, enxaguatórios bucais, dentifrícios, gel, 
pomadas, entre outros. 
 
 
26 
 
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to dentistry. BMC Complement Altern Med. 2013;13:208. 
 
Oliveira JR, de Aguiar Almeida RB, das Graças Figueiredo Vilela P, de Oliveira FE, da Rocha 
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Pai BM, Rajesh G, Shenoy R, Rao A. Anti-microbial Efficacy of Soursop Leaf Extract (Annona 
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28 
 
Parimala Devi B, Ramasubramaniaraja R. Pharmacognostical and antimicrobial screening 
of Gymnema sylvestre R.Br, and evaluation of Gurmar herbal tooth paste and powder, composed 
of Gymnema sylvestreR.Br, extracts in dental caries. International Journal of Pharma and Bio 
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Pham HTT, Hoang MC, Ha TKQ, Dang LH, Tran VO, Nguyen TBT, Lee CH, Oh WK. 
Discrimination of different geographic varieties of Gymnema sylvestre, an anti-sweet plant used for 
the treatment of type 2 diabetes. Phytochemistry. 2018 Mar 9;150:12-22. doi: 
10.1016/j.phytochem.2018.02.013. [Epub ahead of print]. 
 
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Antibacterial Efficacy of Pineapple Extract (Bromelain) on Periodontal Pathogens. J Int Oral 
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10.1016/j.jphotobiol.2017.10.010. 
 
Sinsheimer JE, Rao GS, McIlhenny HM. Constuents from Gymnema sylvestre leaves. V: isolation 
and preliminary characterization of the gymnemic acids. Journal of Pharmaceutical 
Sciences. 1970;59(5):622–628. 
 
Tiwari P, Mishra BN, Sangwan NS. Phytochemical and pharmacological properties of Gymnema 
sylvestre: an important medicinal plant. Biomed Res Int. 2014; 2014:830285. 
 
Wong RW, Hägg U, Samaranayake L, Yuen MK, Seneviratne CJ, Kao R. Antimicrobial activity of 
Chinese medicine herbs against common bacteria in oral biofilm. A pilot study. Int J Oral Maxillofac 
Surg. 2010 Jun;39(6):599-605. doi: 10.1016/j.ijom.2010.02.024. 
 
29 
 
DESCRIÇÃO E AVALIAÇÃO DO APOIO INSTITUCIONAL RECEBIDO NO PERÍODO 
 
O presente trabalho recebeu apoio Institucional, uma vez que foi desenvolvido no 
Laboratório de Microbiologia/Imunologia, no Laboratório de Estudo Interdisciplinar em Células 
(LEIC) e no Laboratório de Estudo Multidisciplinar em Imunologia (LEMI), do Departamento de 
Biociências e Diagnóstico Bucal do Instituto de Ciência e Tecnologia do ICT/Unesp-Campus de São 
José dos Campos, utilizando os equipamentos e instalações pertencentes a Universidade Estadual 
Paulista (UNESP), bem como seus recursos humanos (Professores, secretários, técnicos, equipe de 
limpeza). 
 
SUPERVISORA DA PESQUISA 
 
• Profa Adj. Luciane Dias de Oliveira 
Docente das Disciplinas de Farmacologia e Terapêutica Clínica do curso de Odontologia da UNESP 
Docente Credenciada e Coordenadora no Programa de Pós-Graduação em Biopatologia Bucal, Área: 
Microbiologia e Imunologia – UNESP/ICT - São José dos Campos. 
 
30 
 
RESUMO DAS ATIVIDADE DESENVOLVIDAS PELA AUTORA NO PERÍODO DE PÓS-
DOUTORADO (SET/16 – MAR/18) 
 
Artigos publicados em periódicos no período: 
 
- Influence of sucrose on growth and sensitivity of Candida albicans alone and in combination 
with Enterococcus faecalis and Streptococcus mutans to photodynamic therapy. Laser in 
Medical Science. 2017. DOI: 10.1007/s10103-017-2201-2 (primeira autora) 
- Levantamento da conduta alimentar e fatores de risco para o surgimento da osteoporose em 
mulheres no climatério. Journal Health Science Intitute. 2017; 35(3):205-9. (segunda autora, 
trabalho onde atuei como co-orientadora do trabalho de Conclusão de curso da aluna 
Sandra de Paiva Passos do curso de Nutrição da UNIP) 
 
Participação como membro titular de Bancas de Doutorado no período: 
 
- Avaliação dos efeitos probióticos de cepas clínicas de Lactobacillus spp. sobre diferentes 
espécies de Candida. Doutoranda: Rafaella Braga Santos (fev./18). 
- Formação de Biofilmes Monotípicos e Heterotípicos por Enterococcus faecalis e 
Enterococcus faecium em dentina radicular. Doutoranda: Ana Carolina Chipoletti dos Santos 
(fev./18). 
 
Orientações desenvolvidas nos anos de 2016 e 2017: 
 
- Correlação entre hipotireoidismo X hipovitaminose D – Paula de Souza Ventureli (2016)- 
Programa de Iniciação Científica – UNIP 
- Importância da orientação higiênico-sanitária na lavagem de mãos em crianças: uma proposta 
didática. Julia Marcondes Figueiredo (2017) – Programa de Iniciação Científica – UNIP 
- Análise da atividade antimicrobiana do extrato glicólico de Pfaffia paniculata k em biofilme 
heterotípico de C. albicans e S. aureus. Ana Maria Magalhães Ferrari (2017) – TCC – Curso 
de Biomedicina – UNIP (Iniciação Científica desenvolvida na UNESP) 
- Os riscos do baixo consumo de ácido fólico por mulheres em idade fértil que seguem dieta 
glúten-free. Andréia Maria de Carvalho (2017) – TCC - Curso de Nutrição - UNIP 
- Os efeitos da suplementação com resveratrol: uma revisão de literatura. Alessandra Pereira 
Mendes (2017) – TCC - Curso de Nutrição – UNIP 
31 
 
- Uso de bicarbonato de sódio como recurso ergogênico para atletas de alta performance. Paulo 
Ricardo Santos Rodrigues (2017) – TCC - Curso de Nutrição – UNIP 
- Níveis de vitamina D em pacientes de um laboratório de São José dos Campos. Raissa Silva 
Marques (2017) – TCC – Curso de Biomedicina – UNIP 
- Contraceptivos de emergência= Levonorgestrel índices de vendas de pílulas do dia seguinte 
em drogarias do vale do paraíba. Edinéia Aparecida Santos da Silva (2017) – TCC – Curso de 
Farmácia – UNIP 
- Revisão sistemática da literatura sobre o uso de vitamina d e seus análogos no tratamento da 
psoríase. Amanda Totti Vieira (2017) – TCC – Curso de Farmácia – UNIP 
- A influência da alimentação no aumento do risco para infarto agudo do miocárdio: 
comparação entre vegetarianos e onívoro. Tamiris Pereira França (2017) – TCC – Curso de 
Biomedicina – UNIP 
- Análise de vendas dos medicamentos Oxandrolona e Estanozolol em uma farmácia de 
manipulação. Claudia da Gama Moreira Silva (2017) – TCC – Curso de Farmácia – UNIP 
- Estudo do efeito da ação sinérgica do extrato de cúrcuma e Laser de baixa potência com 
comprimento de onde de 470 nm e 400mW sobre o efeito no micro-organismo 
Staphylococcus aureus in vitro. Rosana de Almeida Silva Lemes (2017) – TCC – Curso de 
Biomedicina – UNIP 
- Análise de contaminação microbiológica de bolsa feminina colocada em chão do banheiro de 
hospital. Júlia Maria dos Santos Souza. 
- Marcadores cardiacos: avaliação de niveis de ckmb, cpk e troponinas aumentadas em 
pacientes suspeitos de infarto no ano de 2016 na cidade de São José dos Campos. Luana 
Cristina Ikuta de Souza (2017) – TCC – Curso de Biomedicina - UNIP 
 
Palestra ministrada no período: 
 
- Terapia Fotodinâmica, pesquisase inovações na Engenharia Biomédica. Encontro Acadêmico 
de Biomedicina da Universidade Paulista (out/16). 
 
Consultora Científica no período: 
 
- Journal of Health Science Institute – Atuação como Consultora Científica. 
 
Convite para Palestra em Congresso Internacional: 
32 
 
 
- International Conference On Microbiology & Infectious Diseases de 23 – 25 de julho de 
2018 em Roma, Itália. A Palestra será sobre o artigo publicado na LMS: Influence of 
sucrose on growth and sensitivity of Candida albicans alone and in combination with 
Enterococcus faecalis and Streptococcus mutans to photodynamic therapy. 
 
Disciplinas ministradas na Universidade Paulista no período: 
 
- Professora titular nas disciplinas de Bioquímica Estrutural e Metabólica, Imunologia Básica, 
Microbiologia, Parasitologia, Projeto e Produção de trabalho de Curso. Totalizando 30 horas 
aula/semanal. 
 
33 
 
ANEXO III 
PROGRAMA DE PÓS-DOUTORADO 
 
 
Formulário para ENCERRAMENTO 
 
I – Dados do Pós-Doutor. 
 
Nome (completo): Fernanda Malagutti Tomé 
 
II – Dados do Supervisor Responsável. 
 
Nome (completo): Luciane Dias de Oliveira 
Unidade: Instituto de Ciência e tecnologia – São José dos Campos 
Departamento (por extenso): Biopatologia Bucal – Área de Microbiologia e Imunologia 
 
III – Dados do Programa. 
 
Título do Projeto: ATIVIDADE ANTIMICROBIANA, ANTI-INFLAMATÓRIA, 
CITOTOXICIDADE E GENOTOXICIDADE DE EXTRATO NATURAL DE Gymnema 
sylvestre. 
Período do Relatório: Setembro/2016 – Março/2018 
 
Resumo sucinto das atividades desenvolvidas no período (até 10 linhas): 
A Pós-doutoranda atuou como orientadora de 3 Iniciação Científica concluídas e 2 em andamento 
e 11 Trabalhos de Conclusão de Curso, continuou nas atividades de professora Titular na 
Universidade Paulista, participou de 2 bancas de defesa de doutorado na UNESP, bem como 
publicou 2 artigos em periódicos no período, sendo que devido ao artigo publicado na revista Laser 
Medical Science a mesma recebeu convite para participar como palestrante na Conferência 
Internacional de Microbiologia em Roma na Itália o qual a mesma já encontra-se inscrita e 
acontecerá em julho de 2018, realizou palestra na Semana Acadêmica de Biomedicina, atua como 
Consultora Científica da revista Journal of Health Science Institute. Além das atividades referentes 
à conclusão da pesquisa . 
 
 
Parecer do relatório (supervisor): 
 
O relatório foi muito bem escrito pela pós-doutoranda, apresentando resultados relevantes 
para a área. Além da conclusão da pesquisa, a aluna apresentou um resumo das 
atividades desenvolvidas no período do pós-doutorado, incluindo: Artigos publicados em 
periódicos, Participação como membro titular de Bancas de Doutorado, Orientações 
34 
 
desenvolvidas nos anos de 2016 e 2017, Palestra ministrada, Consultora Científica, 
Convite para Palestra em Congresso Internacional, Disciplinas ministradas na 
Universidade Paulista. 
Assim, considero o relatório aprovado e classifico como satisfatório o desenvolvimento da 
pós-doutoranda.

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