Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
AN02FREV001/REV 4.0 33 PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA Portal Educação CURSO DE NUTRIÇÃO EM ONCOLOGIA Aluno: EaD - Educação a Distância Portal Educação AN02FREV001/REV 4.0 34 CURSO DE NUTRIÇÃO EM ONCOLOGIA MÓDULO III Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização ou distribuição do mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas. AN02FREV001/REV 4.0 35 MÓDULO III 3 TIPOS 3.1 CABEÇA E PESCOÇO BOCA Esse tipo de câncer é mais frequente em pessoas brancas, atinge a cavidade interna oral e os lábios, ocorrendo normalmente no lábio inferior. Na parte bucal interior, devem-se observar bochechas, gengivas, língua (especialmente nas extremidades), assoalho (debaixo da língua) e palato duro (céu da boca). Prevenção O tumor bucal manifesta-se mais nos homens com idade superior a 40 anos. Os elementos de risco mais conhecidos neste tipo de tumor são: 1- Cigarro: segundo a OMS, cerca de 90% dos pacientes com diagnóstico de tumor eram fumantes. O tabaco desempenha o maior elemento de risco para a evolução dessa doença, e o risco é proporcional ao consumo. Isto é, quanto maior o consumo, maior a probabilidade de desenvolvimento de tumor bucal. 2- Alcoolismo: a frequente ingestão de bebidas alcoólicas amplia a probabilidade de desenvolvimento do tumor bucal. A combinação entre tabaco e álcool eleva muito o risco para este tipo de câncer. AN02FREV001/REV 4.0 36 3- Vírus HPV: estudos mostram que, em alguns casos, o vírus HPV tem relação com o tumor bucal. 4- Radiação solar: a falta de proteção quando há exposição ao sol, também é um elemento de risco para um tumor nos lábios. Além destes elementos, podemos observar que os pacientes com tumor de boca apresentam uma deficiência em higiene bucal e uma alimentação rica em gordura e carente de vitaminas, proteínas e minerais. Sintomas Deve-se observar os principais indícios, que são: - gânglios (nódulos) no pescoço; - erupções/manchas esbranquiçadas ou vermelhas nas gengivas, parte interna das bochechas, palato duro e língua; - constante disfonia; - ferimentos na mucosa bucal ou lábios que permanecem por mais de 15 dias. Em casos mais adiantados, percebe-se: - dificuldade na linguagem, - dificuldade de mastigar e deglutir, - impressão de ter algo agarrado na garganta. Detecção precoce Ante a uma ferida que não cicatriza em um prazo de 15 dias, é aconselhável a procura de um médico ou dentista para avaliação completa da boca. A visita constante ao dentista colabora para um diagnóstico prematuro do tumor bucal, pois é possível detectar ferimentos suspeitos. O cuidado deve ser dobrado para as pessoas tabagistas e as que consomem álcool por possuírem um maior risco de desenvolvimento do tumor bucal. AN02FREV001/REV 4.0 37 Tratamento Cerca de 80% dos casos de câncer de boca, quando diagnosticado precocemente e de maneira correta, tem cura. Normalmente, o tratamento envolve cirurgia e/ou radioterapia. Ambos podendo ser utilizados de maneira independente ou combinada. Por apresentarem resultados positivos em lesões iniciais (limitadas ao local de origem), a recomendação dependerá do local da doença neoplásica e das adulterações funcionais que podem ocorrer durante o tratamento. - LARINGE O tumor de laringe é o mais frequente (aproximadamente 25% dos tumores malignos da área e 2% de todas as enfermidades malignas) dentre os que acometem a área do pescoço e cabeça e, atingem principalmente os homens. O órgão se divide em três porções: supraglótica, glote e subglote e, a enfermidade pode ocorrer em qualquer uma dessas. Cerca de 2/3 das neoplasias aparecem na corda vocal verdadeira, situada na glote, e 1/3 agride a porção supraglótica (acima das cordas vocais). O carcinoma epidermoide é o tipo de tumor mais comum, sendo cerca de 90% dos doentes. Os fatores de risco principais relacionados ao câncer de laringe são o tabagismo e consumo bebidas alcoólicas, porém outros fatores como exposição a cancerígenos como o amianto, os ácidos inorgânicos fortes, a poeira de cimento e a sílica cristalina livre também contribuem para o surgimento da doença. Referente à dieta alimentar o consumo de carne salgada e gorduras também está relacionado com excesso de risco de câncer de laringe. Em contrapartida, vários estudos confirmam que frutas, vegetais crus e legumes protegem e ajudam a minimizar os riscos contra este câncer. Muitos casos de câncer na família, particularmente de tumores de cabeça e pescoço, aumenta o risco de câncer da laringe. AN02FREV001/REV 4.0 38 Programas de controle do tabagismo e políticas para redução do consumo excessivo de álcool, bem como a vigilância de exposições a cancerígenos ocupacionais, se fazem necessários e serão medidas benéficas para a prevenção do câncer de laringe. Diagnóstico O diagnóstico do carcinoma de laringe é histopatológico. Anteriormente a qualquer projeto terapêutico, é obrigatória a realização da biópsia, porque a laringe apresenta diversos tipos de lesões benignas que são aparentemente malignas. Há duas maneiras de realizar a biópsia: sob anestesia local (utilizando endoscópios flexíveis) ou sob anestesia geral (realizando uma laringoscopia direta). O estágio e as características em que as células neoplásicas se encontram irão determinar o melhor tipo de tratamento oncológico e funcional. Prevenção A bebida alcoólica e o cigarro são os maiores oponentes da laringe. A probabilidade de fumantes desenvolverem um carcinoma de laringe é dez vezes maior do que aqueles não fumantes. As pessoas que combinam o tabaco com o álcool aumentam essa probabilidade para 43. Uma alimentação imprópria, utilização incorreta da voz e o estresse também são fatores nocivos. A alimentação adequada precisa associar a proteína (de preferência, peixe ou frango) junto a verduras, legumes, sais minerais e frutas ricas em vitaminas (principalmente, A, B2, C e E). Alimentos gordurosos e muito temperados devem ser evitados, assim como líquidos muito quentes e frios. Pacientes com o carcinoma de laringe que permanecem fumando e bebendo aumentam a probabilidade de surgimento de um segundo tumor na região da cabeça e pescoço e, diminuem as chances de cura. Sintomas O local da lesão está diretamente ligado aos sintomas. Por exemplo, uma dor de garganta pode indicar um câncer supraglótico, já uma disfonia (rouquidão) AN02FREV001/REV 4.0 39 pode sugerir um câncer glótico ou subglótico. O tumor supraglótico normalmente é associado a outros sinais, como uma variação na propriedade da voz, impressão de “caroço” na garganta e dificuldade de engolir. Além da disfonia, os tumores avançados das cordas vocais, podem apresentar outros sintomas, tais como: dificuldade para respirar e engolir, falta de ar e dor de garganta. Tratamento Dependendo do local e extensão do tumor, o tratamento pode ser realizado com cirurgia e/ou radioterapia; quimioterapia combinada com a radioterapia. Quanto mais antecipado for realizado o diagnóstico, menor será a probabilidade de problemas psicossociais e deformações corporais; visto que o tratamento dos tumores da cabeça e pescoço podem acarretar problemas nos dentes, deglutição e linguagem. A remoção total da laringe (laringectomia) e a traqueostomia definitiva provoca a perda da voz fisiológica. Para prevenir a voz, em alguns momentos, a radioterapiaé indicada primeiro, deixando a cirurgia apenas para quando a mesma não for eficaz para o controle do câncer. A combinação entre a radio e a quimioterapia, tem apresentado resultados positivos e, é indicada em protocolos para preservar órgãos, criados para cânceres mais avançados. Novas técnicas cirúrgicas foram inventadas a fim de preservar a função da laringe, mesmo em cânceres moderadamente avançados. Vale lembrar que, mesmo sendo submetidos a uma laringectomia total, os pacientes podem reabilitar a voz por próteses traqueoesofageanas fonatórias. 3.2 LEUCEMIA A leucemia é uma neoplasia maligna que atinge os glóbulos brancos (leucócitos) e, geralmente, sua origem é desconhecida. Sua principal característica é um elevado número de células novas anômalas presentes na medula óssea (local onde são formadas as células sanguíneas, conhecida também por tutano), que sobrepõem às células normais do sangue. AN02FREV001/REV 4.0 40 Diagnóstico Na pesquisa laboratorial, o exame de sangue (hemograma) irá apresentar alterações, mas, o diagnóstico só será comprovado com a realização do mielograma (exame da medula óssea). Nesse exame, uma amostra pequena de material esponjoso é retirada e, assim, analisado as células ali localizadas. Prevenção Apesar de as causas ainda não estarem determinadas, há uma grande suspeita de que a combinação de alguns fatores com os riscos aumentem o desenvolvimento de determinados tipos: - Fumo: leucemia mielogênica aguda; - Benzeno (substância encontrada na fumaça do cigarro e indústrias químicas) e, Radiação: leucemia mielogênica aguda e crônica e leucemia linfoblástica aguda; - Enfermidades hereditárias, Síndrome de Down: leucemia aguda; - Síndrome mielodisplásica e demais desordens do sangue e, Quimioterapia: leucemia mielogênica aguda e leucemia linfoblástica aguda. Sintomas Os principais sintomas provêm do elevado número de células anômalas na medula óssea, atrapalhando ou impossibilitando a fabricação das hemácias (acarretando anemia e, consequentemente cansaço e palpitação), leucócitos (facilitando as infecções do organismo) e das plaquetas (gerando manchas cutâneas roxas ou avermelhadas, sangramentos gengivais e pelo nariz). Linfonodos inchados, porém sem dor, especialmente na região das axilas e do pescoço, podem ser apresentados pelo paciente; além de febre ou sudorese noturna; diminuição do peso sem motivos manifestos; dores nas articulações e nos ossos; desconforto no abdômen (devido ao inchaço do fígado ou baço). Caso a doença atinja o SNC, podem aparecer sintomas como: cefaleia, enjoos, vômitos, AN02FREV001/REV 4.0 41 desnorteação e visão dupla. Depois de instalada, a doença se desenvolve muito rápido, exigindo o início do tratamento assim que diagnosticado e classificado qual tipo de leucemia. Tratamento Tem por finalidade a destruição das células leucêmicas, a fim de que a medula volte a fabricar células normais. O maior avanço para se conseguir uma cura total da leucemia foi atingido com a combinação de remédios (poliquimioterapia), contenção das complicações inflamatórias e hemorrágicas e, prevenção ou combate da enfermidade no SNC (medula espinal e cérebro). Em determinados casos, há indicação de transplante de medula óssea. O tratamento é realizado em fases. A primeira tem por objetivo a obtenção de um estado de aparente regularidade depois da poliquimioterapia, isto é, uma absolvição completa. Essa resposta é atingida depois de um a dois meses do tratamento iniciado, assim que os exames (sanguíneo e da medula óssea) não apresentarem células anômalas. Porém, estudos confirmam que para não haver uma recaída, deve-se continuar o tratamento, pois ainda sobram no corpo bastantes células leucêmicas (doença por resíduos). Nas fases posteriores, o tratamento vai de acordo com o tipo de célula que foi atingida pela leucemia, por exemplo: nas células linfoides pode ter duração superior a dois anos; enquanto nas mieloides, com período inferior a um ano. São três etapas: consolidação (tratamento intenso com elementos não utilizados anteriormente); reindução (repetição das substâncias empregadas na etapa de indução da remissão) e; conservação (o tratamento é mais suave e ininterrupto durante alguns meses). Por ser uma poliquimioterapia, quando há casos de infecções que decorrem da diminuição dos leucócitos normais devido ao próprio tratamento, é recomendada a internação do paciente. AN02FREV001/REV 4.0 42 3.2.1 Fígado As neoplasias malignas que ocorrem no fígado podem ser divididas em dois tipos: neoplasia primária (originada no próprio órgão) e metastática/secundária (atinge o fígado, porém sua origem é em um outro órgão). Dentre as neoplasias provindas do fígado, a mais comum é o carcinoma hepatocelular ou hepatocarcinoma. Destrutivo, em mais de 80% das ocorrências. Outros tipos de neoplasias primárias de fígado são: o hepatoblastoma, neoplasia maligna rara que afeta os bebês e crianças nos primeiros anos de vida, o colangiocarcinoma (origem nos dutos biliares do mesmo) e o angiossarcoma (tumor raro que é originado nos vasos sanguíneos do fígado). Diagnóstico Em virtude a rápida evolução do hepatocarcinoma, normalmente, quando realizado o diagnóstico, o tumor se encontra em estado avançado. A duplicação do volume da massa será dada, em média, de quatro meses. Os exames que irão ajudar o médico no diagnóstico são: Tomografia computadorizada: Utilizada para encontrar os tumores, técnica na qual há uma produção de imagens como se fosse um “recorte” do corpo. Ressonância Nuclear Magnética (RNM): Não há diferença da tomografia, pois também é capaz de detectar as neoplasias hepáticas primárias ou metastáticas. Porém, esse exame pode determinar com um pouco mais de precisão o tamanho da neoplasia apresentada pelos pacientes com cirrose hepática. Laparoscopia: Possibilita uma observação clara do órgão e a biópsia (retirada de um pequeno pedaço de tecido para exame laboratorial que vai definir se AN02FREV001/REV 4.0 43 é uma neoplasia benigna ou não). É mais eficiente quando relacionada à ultrassonografia videolaparoscópica. Prevenção Hepatocarcinoma Metade das ocorrências de hepatocarcinoma teve procedência de cirrose hepática. Essa, por sua vez, está relacionada ao excesso de bebida alcoólica ou a hepatite crônica, do qual o motivo mais frequente é a contaminação pelos vírus da hepatite B ou C. A quantidade de álcool consumida deve ser controlada, pois assim não se desenvolve a cirrose, jamais ultrapassar duas doses diárias. Já o contágio do vírus da hepatite B pode ser prevenido pela vacina. Uma dieta com pequena quantidade de gordura saturada e elevada quantidade de fibras (cereais, grãos, hortaliças, legumes e frutas) evita muitos tipos de tumores malignos conhecidos por provocar metástase para o fígado, como por exemplo: mama, pulmão, reto e os de intestino. No entanto, é necessária cautela em relação à origem de cereais e grão, uma vez que quando guardados em locais inapropriados e com bastante umidade podem ser infectados pelo fungo Aspergillus flavus (produtor de uma substância cancerígena aflatoxina, um fator de risco para o hepatocarcinoma). Colangiocarcinoma Está associado a inflamações das vias biliares, especialmente devido à invasão de um parasita do aparelho digestivo (clonorchis sinensis), comumente encontrado nos países asiáticos e africanos. Angiocarcinoma Relacionado à potencialidade carcinogênica de elementos químicos como cloreto de vinil, utilizado para fabricação de algumas variedades de plástico, os arsênicos inorgânicos e o Thorotraste (solução de dióxido de tório). AN02FREV001/REV 4.0 44 Tratamento A retirada cirúrgica é o tratamento mais aconselhadoquando se encontra limitado a uma parte do fígado (ou seja, neoplasia primária) e também nas neoplasias metastáticas de fígado na qual a lesão primária foi/é passível de ser ressecada de maneira curativa. Sintomas Hepatocarcinoma Dor e aumento da massa abdominal, estiramento, falta de apetite, inexplicável perda de peso, indisposição, icterícia (tonalidade amarelada na pele e nos olhos) e ascite (excesso de líquido no abdômen). 3.2.2 Estômago Podendo ser chamado, também, de carcinoma gástrico, apresentam-se em três tipos: linfoma (com diagnóstico em 3% dos casos), leiomiossarcoma (originado nos tecidos iniciais dos músculos e dos ossos) e, adenocarcinoma (aproximadamente 95% dos tumores). Apresenta-se em sua maioria, em homens de mais ou menos 70 anos. Em média, 65% dos pacientes com diagnóstico de tumor maligno de estômago possuem mais de 50 anos. No país, essas neoplasias aparecem em 3º lugar na ocorrência com homens e, em 5º com mulheres. Dados estatísticos apontam que há uma diminuição da ocorrência no resto do mundo, principalmente nos EUA, Inglaterra e diversos países desenvolvidos. A elevada letalidade tem sido registrada ultimamente na América Latina, sobretudo na Colômbia, Costa Rica e Chile. Contudo, o maior número de ocorrências está localizado no Japão, no qual são identificados 780 doentes a cada 100.000 habitantes. AN02FREV001/REV 4.0 45 Diagnóstico O exame radiológico contrastado do estômago e a endoscopia digestora alta, o procedimento mais eficaz, são os dois exames recomendados. A endoscopia é um exame, efetuado sob sedação e anestesia, no qual é introduzido um tubo flexível com uma microcâmera pela boca e levado até ao estômago. Esse exame proporciona a análise visual do tumor, a efetuação de biópsias e a análise citológica. Já na radiografia contrastada, há um esboço da parte interna do esôfago e estômago no qual o médico busca por extensões incomuns ou tumores. Por não terem sintomas particulares, especialmente nas etapas iniciais, a maioria dos casos de neoplasia maligna de estômago, é diagnosticada em estágio adiantado. Por meio da ultrassonografia endoscópica, é possível a análise do grau de comprometimento da parede do estômago e o desenvolvimento das células tumorais para as proximidades do órgão e gânglios linfáticos. Prevenção Uma alimentação balanceada, desde a infância, constituída por frutas cítricas, vegetais crus e alimentos ricos em fibras é essencial para prevenção do câncer de estômago. A vitamina C (ácido ascórbico) e o betacaroteno (precursor da vitamina A), presentes em frutas e hortaliças frescas, impedem que conservantes presentes nos alimentos industrializados (nitritos) se convertam a nitrosaminas, atuando assim, como protetores da neoplasia maligna de estômago. Do mesmo modo, é imprescindível o combate ao fumo e a redução do consumo de álcool. Os fatores de risco para esse tipo de neoplasia maligna são: elevada ingestão de alimentos enlatados, defumados, conservados em sal e com corantes; pobre em vitaminas A e C e, carnes e peixes. O número de casos de tumores malignos aumenta expressivamente em determinadas regiões brasileiras, pois os alimentos não são conservados em geladeira e sua manutenção é desfavorável. Determinadas enfermidades preexistentes podem ter forte ligação com esse tipo de tumor, como por exemplo: anemia perniciosa, gastrite atrófica e metaplasia intestinal (lesões pré-cancerosas) e contaminação pela bactéria H. pylori. Essa AN02FREV001/REV 4.0 46 bactéria é encontrada em alimentos e água potável, é considerada a segunda mais comum, sendo superada apenas pelas cáries e, é predominante nas regiões socioeconomicamente inferiores. Estima-se que ela viva no estômago de 70% dos brasileiros, mas apenas as pessoas geneticamente propensas são afetadas. O tratamento, contra a bactéria, por meio de antimicrobianos é eficaz em 95% dos casos. Essa bactéria causa gastrite crônica e quando sem tratamento, há uma evolução para gastrite atrófica e atrofia gástrica. Portanto, uma lesão pré-cancerosa demora cerca de 20 anos para evoluir e se tornar um tumor maligno. Pessoas com histórico familiar e, tabagistas que consomem álcool ou que já tenham sido submetidos a cirurgias no estômago têm maior possibilidade de desenvolver esse tipo de tumor. Sintomas O câncer de estômago não apresenta sintomas particulares. Contudo, determinados sinais como diminuição do peso, falta de apetite, cansaço, sensação de estômago cheio, vômitos, enjoos e constate desconforto no abdômen podem ser indícios de uma enfermidade benigna (úlcera, gastrite, etc.) ou até mesmo tumor de estômago. Indícios de estágio adiantado da enfermidade são: presença de nódulos em torno do umbigo e íngua na parte inferior esquerda do pescoço, massa palpável na parte superior abdominal e acréscimo da dimensão do fígado. Sangramentos estomacais são raros em lesões malignas, porém, o vômito com presença de sangue acontece entre 10 e 15% dos casos de tumor maligno de estômago. Podendo aparecer sangue nas fezes, além de apresentar fezes escuras, visguentas e com cheiro muito forte (indício de sangue digerido). O paciente com tumor maligno, durante a palpação no exame físico, pode sentir dor no estômago. AN02FREV001/REV 4.0 47 Tratamento A principal opção terapêutica e única possibilidade de cura é o tratamento intervencionista, removendo parcial ou totalmente o estômago, além dos nódulos linfáticos próximos. Para estabelecer a melhor técnica cirúrgica, deve-se levar em conta o local, dimensão, padrão e comprimento da disseminação e tipo histológico da neoplasia. Para poder ter uma melhor resposta cirúrgica, a radio e a quimioterapia são considerados tratamentos secundários. 3.2.3 Colorretal O tumor maligno colorretal abrange tumores que agridem uma parte do intestino grosso e o reto. Quando detectado precocemente (antes de atingir outros órgãos), é tratável e grande parte das vezes tem cura. A maioria dessas neoplasias tem início a partir de pólipos, lesões benignas que podem se desenvolver na borda interior do intestino grosso. A detecção e retirada dos pólipos antes de se tornarem malignos, é uma forma de prevenção do surgimento das neoplasias. Diagnóstico Para um diagnóstico preciso é necessário uma biópsia (retirada de um fragmento do tecido que possui a lesão). Essa retirada é realizada pela introdução retal de um aparelho (endoscópio). AN02FREV001/REV 4.0 48 Prevenção Além da realização de atividades físicas, a prevenção do tumor colorretal se dá por uma boa alimentação, rica em laticínios e vegetais, evitando o excesso de carne vermelha e desprovida de gordura (em especial, a saturada). Alguns elementos elevam o risco de evolução da doença, como por exemplo: sedentarismo, idade superior a 50 anos, histórico pessoal, baixa ingestão de cálcio e excesso de peso. Outros fatores de risco são: enfermidades hereditárias (por exemplo: polipose adenomatosa familiar e tumor maligno colorretal hereditário sem polipose), assim como enfermidades infecciosas do intestino (por exemplo: inflamação ulcerativa crônica do reto e cólon e, doença de Crohn). O fator ambiental, principalmente a dieta alimentar da população é significante fator na incidência do câncer de cólon e reto, segundo estudos realizados. O modo ao qual ocorre essa relação da dieta com o surgimento do câncer é explicado da seguinte maneira: a atividade da microflora intestinal é influenciada pela dieta, e sendo esta predominantemente de muita gordura e pouca fibra, favorecerá a proliferação de bactérias e consequente degradação dos ácidos biliares, sendo produzidos agentes carcinogênicos. A dieta quando pobre em fibra ocasiona retardamento da função intestinal,o que fará com que os agentes carcinogênicos no bolo fecal ficarão por mais tempo em contato com a mucosa intestinal. Nos locais do intestino onde as fezes costumam se estagnar, região do início do cólon ascendente, cólon distal e reto. São locais em que evidenciaram a predominância de tumores do intestino. Este fato sugere que a indução do tumor está relacionada com o prolongado tempo de contato das fezes e a mucosa intestinal. Pesquisas reforçam a evidência de que enfermidades do trato intestinal, destacadamente hemorroidas, colite ulcerativa, apendicite, diverticulite e câncer de cólon e reto, são muito raros em comunidades rurais Africanas. AN02FREV001/REV 4.0 49 Importantes estudos realizados nos países em desenvolvimento demonstraram que o consumo de cereais integrais é reduzido na medida em que o processo de urbanização vai crescendo, o que ocasiona uma redução nos teores de fibra na dieta. Considerando o surgimento do processo de moagem, a introdução do processamento dos alimentos, toda mudança advinda da tecnologia, são fatores que contribuem para diminuição no consumo de fibra alimentar. Nos Estados Unidos, foi realizado um trabalho que comparou o teor de fibra presente na dieta de vegetarianos puros e ovo-lacto vegetarianos, os resultados demonstraram que ambos os grupos consumiam altos teores de fibras. Relacionando este dado com a inexistência de incidência de distúrbios gastrintestinais, conclui-se que existe uma relação positiva entre o alto consumo de fibra e a ausência de doenças intestinais. Estudos realizados pela American Cancer Society, em pessoas com faixa etária entre 40 e 79 anos, nos Estados Unidos, entre 1959 a 1969, levantando dados sobre os hábitos alimentares, verificou-se a diferença no tipo de alimentação consumida pela população do norte e do sul do país. A população do norte consumia arroz em menos quantidade comparado à população do sul e, havia uma predominância do câncer do cólon e reto em relação ao sul. Em outro estudo comparativo realizado entre as mesmas regiões dos Estados Unidos, confirma tal conclusão de maior incidência na região norte do país (pessoas brancas) revelando que essa população tinha em seu padrão alimentar maior consumo de carnes e gordura comparado a população do sul (pessoas negras). Estudos realizados nos Estados Unidos, onde as taxas de incidência de câncer de cólon e reto são elevadas, verificou-se o oposto em uma região chamada Utah, por influência da religião, em que a prática da dieta balanceada é recomendada por questões doutrinárias e tem como base o consumo de grãos integrais, frutas frescas e vegetais e moderação ao comer carnes. Observaram-se nessa população menores índices de câncer do intestino grosso. Todas essas pesquisas evidenciam a presença de um fator comum de grande influência na incidência de câncer – o fator alimentar – principalmente de dieta com menos fibras e mais gorduras. Os estudos epidemiológicos da doença, associado ao conhecimento do hábito alimentar da população se torna muito AN02FREV001/REV 4.0 50 importante na ampliação das pesquisas sobre a carcinogênese do cólon e reto, ainda mais no Brasil, onde se encontra uma variedade grande de raças e religiões, assim como imigrantes de diversos locais. Sintomas Pessoas acima de 50 anos com anemia de origem indefinida e que apresentem desconfiança de perda crônica de sangue no exame sanguíneo precisam submeter-se a uma endoscopia gastrintestinal superior e inferior. São sinais de alerta: alteração habitual do intestino (diarreia ou prisão de ventre), desconforto no abdômen com flatulências ou cólicas, presença de sangue nas fezes, sangramento no ânus e impressão de que o intestino não se esvaziou após a evacuação. Podendo ocorrer, também, diminuição do peso sem razão aparente, fadiga, fezes pastosas de cor escura, enjoos, vômitos e sensação dolorosa na região do ânus, com esforço inútil para defecar. Procurar orientação médica caso apresente esses sintomas. Tratamento O tratamento inicial se dá por uma cirurgia, na qual remove a parte comprometida do intestino e os nódulos linfáticos nas proximidades da região. Logo após, utiliza-se da radioterapia, combinada ou não com a quimioterapia, a fim de diminuir a probabilidade do regresso do tumor. O tratamento depende especialmente da dimensão, posição e comprimento do tumor. Quando há metástases para outros órgãos, a possibilidade de cura diminui. AN02FREV001/REV 4.0 51 3.2.4 Pulmão É a neoplasia maligna mais frequente de todas, apresentando uma elevação de ocorrência mundial de 2% ao ano. Cerca de 90% dos casos apresentados, o tumor no pulmão está ligado à utilização do cigarro e suas substâncias. Em 2008, no Brasil, 20.662 pessoas morreram com esse tipo de câncer. Extremamente fatal, a média de sobrevivência nos últimos cinco anos, varia de 13 a 21% nos países desenvolvidos e de 7 a 10% em países em desenvolvimento. No final do séc. XX, o tumor maligno pulmonar, tornou-se um dos principais motivos de óbitos evitáveis. Comprovações bibliográficas indicam que pacientes com tumor maligno de pulmão apresentam risco elevado para surgimento de outros tumores de pulmão e que, familiares de pessoas que tiveram/têm esse tumor apresentam risco ligeiramente elevados para o surgimento do mesmo. Contudo, é complicado assegurar o quanto desse maior risco advém de causas hereditárias e o quanto se dá pelo uso do cigarro. Diagnóstico O raio-X é a melhor forma para o diagnóstico do tumor de pulmão, sendo complementado por uma tomografia. Para possibilitar casualmente uma biópsia, antes deve ser realizada uma broncoscopia (endoscopia respiratória) que tem por finalidade analisar a árvore traqueobrônquica. É essencial uma precisão de diagnóstico, seja pela citologia ou patologia. Confirmada a enfermidade, é realizado um estadiamento, no qual há uma análise da fase de progresso, isto é, averígua se a enfermidade está limitada ao pulmão ou espalhada por outros órgãos. Esse estadiamento é realizado por múltiplos exames sanguíneos e radiológicos, como dosagens enzimáticas e ultrassonografia, nesta ordem. AN02FREV001/REV 4.0 52 Prevenção Como o consumo de substâncias provindas do cigarro está na origem de 90% dos casos, independente do gênero, não fumar é a principal forma de prevenção da doença. O ato proporciona uma diminuição da quantidade de casos (incidência) e de letalidade. Equiparados aos não tabagistas, os fumantes possuem entre 20 e 30 vezes mais a probabilidade de desenvolverem câncer de pulmão. Geralmente, essas taxas que incidem sobre certo país demonstram seu consumo de tabaco. É aconselhável manter elevado o consumo de hortaliças e frutas e, evitar o contato com alguns agentes químicos encontrados especialmente em ambientes de ocupação, como por exemplo: o arsênico, asbesto, berílio, cádmio, cloreto de vinila, cromo, éter de clorometil, gás de mostarda, níquel, radônio, urânio. Alguns fatores que favorecem o desenvolvimento desse tipo de câncer são: histórico na família, carência e excesso de vitamina A, fator genético (que predeterminam uma ação carcinogênica de hidrocarbonetos policíclicos aromáticos e compostos inorgânicos de asbesto), exposição a ar poluído, inflamações pulmonares frequentes, enfisema pulmonar e bronquite crônica. Sintomas Sangramento pelas vias respiratórias e tosse, são os indícios mais habituais do câncer de pulmão. Nos tabagistas, o ritmo comum da tosse é modificado e surgem crises em horários infrequentes para o paciente. Pneumonia recorrente pode ser também um indício inicial da enfermidade. AN02FREV001/REV 4.0 53 3.2.5 Mama O câncer de mama é o segundo tipo mais comum no mundo e o mais frequente entreas mulheres, correspondendo a 22% dos casos anuais. Quando descoberto e tratado de forma favorável, tem-se um prognóstico relativamente bom. As taxas de obituário decorrentes do câncer de mama continuam altas, no Brasil, possivelmente por ser diagnosticada em estágios avançados. No mundo, a sobrevivência após cinco anos é, em média, de 61%. Antes dos 35 anos, a doença, é relativamente rara, após esta faixa etária sua ocorrência aumenta súbita e progressivamente. Estatísticas apontam uma elevação de sua ocorrência tanto em países desenvolvidos quanto em desenvolvimento. Conforme a OMS, nas décadas de 60 e 70 houve um aumento nos Registros de Câncer de Base Populacional de diversos continentes de 10 vezes nos percentuais de casos ajustados por idade. Depois de diagnosticado o câncer de mama, a mulher tem necessidade de alterações em sua vida, havendo particularidades conforme a fase da doença, que deverão ser levadas em consideração no planejamento das intervenções dos profissionais de saúde. São constituídos de quatro momentos a progressão do câncer: diagnóstico, tratamento, reabilitação e terminalidade. A cirurgia para retirada do tumor, à quimioterapia e a radioterapia fazem parte do tratamento inicial (geralmente primeiro ano) e, às vezes, a hormonioterapia, em alguns casos. Após esse período é necessária à realização de exames para verificação de sua condição clínica, durante os cinco anos seguintes, o retorno ao médico deverá ser frequente para certificar possibilidade de metástase ou possível recidiva da doença. Havendo a remissão ou período livre da doença, os retornos para exames serão mais espaçados e a frequência do retorno para controle passa a ser anual. O câncer de mama é o tipo mais frequente no mundo. Os fatores de risco principais são: AN02FREV001/REV 4.0 54 - o aumento da idade, sendo a incidência dobrada a cada dez anos até a menopausa; - a etnia, pois no ocidente os casos são maiores que no oriente; - a menarca precoce; - menopausa tardia; - primeiro parto em mulheres com idade avançada; - nuliparidade (mulheres que nunca geraram); - casos de câncer de mama na família antes de completar 40 anos (herança genética); - a exposição à radiação ionizante; - o sobrepeso na pós-menopausa; - ingestão de álcool. Porém dieta rica em gordura e tabagismo não parece ter influência no surgimento da doença; - uso de contraceptivos orais e até depois de 10 anos de desuso; - terapia de reposição hormonal com combinação de progesterona e estrogênio. Prevenção A recomendação básica para prevenção do câncer de mama é a prática de atividades físicas e uma alimentação equilibrada para evitar a obesidade, visto que o sobrepeso eleva o risco de desenvolvimento da doença. Por ser um fator de risco para esse tipo de neoplasia, o consumo de álcool é contraindicado, mesmo em quantidade moderada, bem como, em idade inferior a 35 anos, a exposição a radiações ionizantes. A associação da utilização de pílulas anticoncepcionais com a elevação do risco para o câncer de mama ainda é incerta. Podem estar mais propensas a desenvolverem a doença mulheres que fizeram uso de contraceptivos orais com altas dosagens de estrogênio, que utilizaram a medicação por um longo tempo e as que usaram anticoncepcionais anteriormente à primeira gravidez. AN02FREV001/REV 4.0 55 A principal prevenção desse tumor até esse momento não é completamente possível devido à variedade dos fatores de risco e das propriedades genéticas que estão envolvidas na sua origem. Autoexame das Mamas: O autoexame das mamas é um método isolado de detecção prematura do tumor maligno de mama, não estimulado pelo INCA. A indicação é que o exame das mamas realizado pela própria mulher faça parte dos procedimentos de educação para a saúde que contemplem a percepção do próprio corpo. Comprovações científicas indicam que o autoexame das mamas não é eficaz para a detecção prematura e não auxilia para a redução de óbitos por câncer de mama. Além disso, trazem implicações negativas, como elevação do número de biópsias em lesões benignas, falsa impressão de segurança nos exames falsamente negativos e abalo psicológico negativo nos exames falsamente positivos. Logo, o autoexame das mamas não substitui o exame realizado por um médico ou enfermeiro qualificado para essa atividade. Sintomas Podem aparecer modificações na pele recobrindo a mama, como por exemplo, abaulamentos ou compressões, inclusive no mamilo, ou aparência igual a casca de laranja. Outro sinal de alerta é secreção no mamilo. O indício palpável do tumor é o nódulo no seio, seguido ou não de dor mamária. Nódulos palpáveis na axila também podem aparecer. 3.2.6 Colo do útero O tumor maligno do colo do útero, também conhecido como cervical, demora muito tempo para se desenvolver. As modificações celulares que podem provocar o tumor são reveladas facilmente no Papanicolau (preventivo), por esse motivo é fundamental sua recorrente efetuação. A principal mudança que pode causar esse AN02FREV001/REV 4.0 56 tipo de tumor maligno é a contaminação por alguns subtipos de alto risco do HPV (papiloma vírus humano) relacionados ao câncer. Atrás somente do câncer de mama, é a segunda neoplasia mais comum na população feminina e, a quarta causa de óbito dentre as mulheres brasileiras com câncer. Anualmente, 18430 novos casos são apresentados, sendo 4800 fatais. A comprovação de que o Brasil progrediu na sua capacidade de realização diagnóstica precoce é que na década de 90, 70% dos casos diagnosticados eram do estágio mais invasiva da doença, enquanto nos dias de hoje, 44% dos casos são de lesão precursora do tumor maligno, conhecida como in situ. Um tipo de lesão localizada. Mulheres com diagnóstico precoce da doença, quando tratadas de forma apropriada, possuem praticamente 100% de chance de cura. O principal fator de risco é a infecção pelo vírus HPV (Papiloma Virus Humano) que ocorre por meio de relações sexuais. Em quase todos os casos de câncer de colo de útero esse vírus se faz presente, porém a progressão das lesões pré-invasivas ocorre em conjunto a outros fatores como: tabagismo, vários parceiros sexuais, uso de contraceptivos orais, vários filhos, baixa ingestão de vitaminas, precoce iniciação da vida sexual, e infecção somado a vírus HIV. Diagnóstico Anamnese: Deve ser conduzida especialmente aos sintomas e sinais e aos fatores de risco relacionados ao tumor maligno. Exame físico: Quando se deparar com a doença avançada, para exclusão de metástases, deve conter palpação do fígado, regiões inguinais e supraclaviculares. Exame especular: Pode comprovar uma lesão exofítica, endofítica, ulcerativa ou polipoide, mas, se a neoplasia tem por origem o epitélio glandular no canal cervical, a ectocérvice pode aparentar normal macroscopicamente. A dimensão da cérvice é mais bem verificada por meio do toque retal, a qual também é necessária para identificação da dimensão da enfermidade ao paramétrio. AN02FREV001/REV 4.0 57 Citologia oncótica: É a principal técnica para rastrear o tumor maligno cervical, apesar do sangramento, do tecido necrótico e das células inflamatórias atrapalharem na visualização de células neoplásicas. O percentual de falso negativo da citologia pode ir além de 50%. Dessa forma, nunca se deve considerar um resultado definitivo em um esfregaço negativo de uma paciente sintomática. Colposcopia e biópsia dirigida: são fases essenciais na propedêutica do carcinoma agressor inicial do colo uterino, tendo como principal objetivo a demarcação da dimensão da doença no colo e na vagina e o segundo a confirmação diagnóstica. Quando o exame histopatológico confirma lesões claramente agressivas, a biópsia torna-se relevante, pois há a necessidade de complementotoda vez que a profundidade de invasão for menor do que 5 mm e a dimensão inferior a 7 mm (microinvasão). Nesses casos, será indicada a biópsia alargada, a conização ou a exérese da zona de transformação (EZT), na dependência da característica macroscópica e/ou colposcópica. Deve ser realizado pelo médico o preenchimento de um prontuário com a representação gráfica da lesão, local, dimensão e tamanho da mesma, além da informação dos locais onde as biópsias foram realizadas. Prevenção Um importante papel no desenvolvimento do câncer de colo de útero é a contaminação persistente pelo HPV. Pesquisas mostram que em mais de 90% dos casos de câncer cervical tem o vírus presente. A utilização de camisinha durante a relação sexual, para impedir a contaminação pelo HPV é uma forma preventiva. AN02FREV001/REV 4.0 58 O início precoce da atividade sexual e a multiplicidade de parceiros são os principais fatores de riscos. O cigarro e o uso prolongado de pílulas contraceptivas são costumes ligados também a um maior risco de desenvolvimento deste tipo de tumor. Tratamento Geralmente esse câncer tem início quando há uma lesão pré-invasiva no local, e pode progredir lentamente por 10 a 20 anos até atingir o estágio de invasão, onde a cura se torna mais difícil. Cada caso deve ser analisado para que um tratamento adequado seja indicado pelo médico. Dentre os mais frequentes para esse tipo de tumor estão a intervenção cirúrgica e a radioterapia. O tipo de tratamento irá depender do estágio da doença, dimensão do tumor e fatores particulares, como idade e vontade de ter filhos. Sintomas Por ser uma doença de desenvolvimento lento que pode cursar silenciosamente na fase inicial e progredir para quadros de sangramento vaginal descontínuo ou depois da relação sexual, secreção vaginal irregular e dor no abdômen combinada a reclamações urinárias ou intestinais nos casos mais adiantados. AN02FREV001/REV 4.0 59 3.2.7 Próstata Localizada na parte inferior abdominal, a próstata é uma glândula que apenas o homem possui. É um órgão muito pequeno, com formato de uma maçã e se situa logo abaixo da bexiga e dianteira do reto. A próstata abrange a porção inicial da uretra (canal pelo qual a urina guardada na bexiga é excretada). A próstata é responsável por parte da produção do sêmen (líquido que contém os espermatozoides e é liberado durante a relação sexual). O tumor maligno de próstata é o segundo mais frequente nos homens brasileiros (atrás somente do câncer de pele não melanoma). Em valores absolutos, representando 10% do total de tumores malignos, é o sexto tipo mais frequente no mundo e o mais prevalente em homens. Seu percentual de ocorrência é seis vezes maior nos países desenvolvidos em relação aos países em desenvolvimento. É considerado um tumor da terceira idade, mas do que qualquer outro tipo, posto que 75% dos casos mundiais acontecem a partir dos 65 anos. A observável elevação nos percentuais de ocorrência no país pode ser explicada pelo progresso dos procedimentos diagnósticos, pela melhora na qualidade dos sistemas informativos do Brasil e pela elevação na expectativa de vida. Umas dessas neoplasias podem desenvolver de forma acelerada, expandindo-se para outros órgãos e podendo levar ao óbito. A grande maioria, no entanto, desenvolve-se de forma tão ligeira (demorando 15 anos para chegar a 1 cm³) que não chega a sinalizar durante a vida e nem ameaçar a saúde do homem. Prevenção Evidências mostram que uma alimentação menos gordurosa (especialmente as de procedência animal) e, rica em grãos e cereais integrais, frutas, hortaliças e legumes ajudam a diminuir probabilidade do desenvolvimento de enfermidades AN02FREV001/REV 4.0 60 crônicas não transmissíveis e também do câncer. Desse modo, são indicados alguns hábitos saudáveis, como: mínimo de 30 minutos de exercício físico por dia, manutenção do peso apropriado à altura, reduzir o consumo de álcool e não fumar. A ocorrência de óbito eleva significativamente após os 50 anos, portanto a idade é um fator de risco fundamental para o tumor maligno de próstata. O risco de ter a doença aumenta de 3 a 10 vezes, em comparação à população geral, quando o pai ou irmão desenvolve o câncer de próstata antes dos 60 anos; podendo refletir tanto fatores hereditários, hábitos alimentares e costumes de vida de uma família. Sintomas O câncer da próstata, em seu período inicial, tem uma evolução silenciosa. Muitos pacientes não apresentam sintoma algum ou, quando apresentam, são idênticos aos do aumento benigno da próstata (como por exemplo: dificuldade de urinar, necessidade de urinar mais vezes durante o dia ou à noite). Na fase avançada, pode acarretar dores nos ossos, indícios urinários ou, quando mais grave, insuficiência renal ou até mesmo infecção generalizada. Tratamento Para a doença limitada ao local, são oferecidos: intervenção cirúrgica, radioterapia e até mesmo observação vigilante (em determinadas ocorrências especiais). Para a doença localmente avançada, a radioterapia ou a cirurgia associada com tratamento hormonal têm sido utilizadas. Para a doença com metástase, o tratamento preferencial é a terapia hormonal. Após uma conversa junto ao médico discutindo quais os riscos e benefícios do tratamento, a escolha mais apropriada deve ser individual. AN02FREV001/REV 4.0 61 3.2.8 Pele Um dos tipos de câncer de pele é o melanoma cutâneo, que tem por sua origem as células produtoras de melanina (os melanócitos), é de alta gravidade em virtude da grande probabilidade de metástase e, seu predomínio é em adultos brancos. Apesar do tumor de pele ser o mais comum no país e representar aproximadamente 25% de todas as neoplasias malignas registradas, o melanoma corresponde somente a 4% dos tumores malignos do órgão. Quando constatado nos estágios iniciais, o prognóstico desse tipo de tumor pode ser classificado como bom. Ultimamente, com a constatação prematura do câncer, houve uma enorme melhora na sobrevida dos pacientes com melanoma. Diagnóstico A pigmentação pode alterar de castanho-claro passando por diversas tonalidades atingindo até à cor negra (melanoma típico) ou aparecer área com despigmentação (melanoma com área de regressão natural). O desenvolvimento ou alteração do formato é gradativo e se faz no sentido horizontal ou vertical. Na fase de desenvolvimento horizontal (superficial), o tumor invade a camada mais superficial da pele (epiderme), atingindo ou não a camada intermediária (derme superior). Já na fase vertical, seu desenvolvimento é acelerado por meio da grossura da pele, formando nódulos aparentes e apalpáveis. AN02FREV001/REV 4.0 62 Prevenção Evitar a exposição ao sol entre os horários de 10h as 16h, momento de raios mais agressivos, é a forma indispensável para a prevenção do melanoma e outros tipos de tumor de pele, visto que o principal fator de risco para o seu aparecimento é a sensibilidade ao sol (queimadura e não bronzeamento). Seja qual for o período de exposição ao sol, é sempre recomendada à utilização de proteção, como: filtro solares com fator de proteção 15 ou superior, óculos escuros, chapéu e guarda-sol. Outros fatores de risco são: exposição demasiada ao sol; histórico familiar de melanoma; caso anterior de tumor de pele; pinta escura; pele clara; doença congênita na qual há intolerância total de contato da pele com o sol; maturidade (depois dos 15 anos a predisposição para este tipo de tumor é maior) e; lesões escuras de pele com modificações celulares pré-cancerosas. Sintomas A partir da pele normal ou de uma lesão pigmentada tem-se o início do melanoma. O aparecimento da doençana pele normal se dá depois de surgir de uma pinta escura de margens irregulares seguida de prurido e descamação. Já nos casos de lesão pigmentada preexistente, há um aumento na dimensão, modificação na pigmentação e na forma da lesão, que passa a exibir margens irregulares. AN02FREV001/REV 4.0 63 Tratamento O tratamento mais aconselhado é o cirúrgico. Dependendo do estágio do tumor, a radioterapia e a quimioterapia também são utilizadas. Quando há metástase, o melanoma, na maior parte dos casos, não tem cura. Em casos avançados, o tratamento tem por finalidade aliviar os sintomas e dar melhor qualidade de vida ao paciente. 3.2.9 Linfoma Linfoma de Hodgkin Chamada também de doença de Hodgkin, esse tipo de tumor tem por origem os gânglios (linfonodos) do sistema linfático, no qual tem por objetivo a produção das células responsáveis pelos vasos e imunidade que as transportam pelo corpo. Apesar de ter maior ocorrência em adultos jovens, de 25 a 30 anos, o linfoma pode aparecer em qualquer faixa etária. A doença se desenvolve quando um linfócito se transforma em célula maligna, capaz de se multiplicar descontroladamente e se alastrar. A célula maligna produz nos linfonodos cópias iguais (também conhecidas por clones). No decorrer do tempo, há um grande risco dessas células malignas se espalharem para tecidos vizinhos e, se não tiver um tratamento, alcançar outras partes do corpo. O número de casos, nos últimos 50 anos, permaneceu estável, enquanto a taxa de óbito diminuiu mais de 60% desde o início dos anos 70 por consequência dos progressos no tratamento. Grande parte do pacientes com linfoma de Hodgkin pode ter cura caso haja um tratamento apropriado. AN02FREV001/REV 4.0 64 Prevenção Pessoas com o sistema imunológico comprometido, por consequência de enfermidades geneticamente hereditárias, contaminação pelo HIV e/ou consumo de drogas imunossupressoras, apresentam um pequeno aumento de risco de desenvolver a doença de Hodgkin. O histórico familiar, também, é um fator de risco para o desenvolvimento da doença. Sintomas O linfoma de Hodgkin pode ter sua origem em qualquer parte do corpo e os sintomas variam de acordo com sua localização. Caso apareça nos gânglios superficiais do pescoço, axilas e virilhas há uma formação de ínguas indolores nesses locais. Se a doença surge na região torácica, sintomas como tosse, dispneia e dor no tórax podem se manifestar. Já os sintomas de sensação de estômago cheio e distensão do abdômen são indicações da doença apresentada na pelve e no abdômen. Outros sinais indicativos são febre, cansaço, suor noturno, diminuição do peso sem motivo aparente e prurido na pele. Tratamento O linfoma de Hodgkin tem cura quando tratado de maneira adequada. O tratamento habitual é a poliquimioterapia (quimioterapia com outras drogas), com ou sem combinação com a radioterapia. Para pacientes reincidentes da doença, as opções vão depender da forma introdutória de tratamento. As alternativas utilizadas AN02FREV001/REV 4.0 65 frequentemente, e com recomendações relativamente precisas, são a poliquimioterapia e o transplante de medula. Após o tratamento, os pacientes devem ser seguidos sempre, com consultas recorrentes, cujas intermitências podem ir aumentando progressivamente. Linfoma não Hodgkin Os linfomas são tumores malignos, originados do linfonodos, elementos fundamentais no combate a infecções. Existe mais de 20 tipos distintos de linfoma não-Hodgkin. Esse é o tipo mais incidente na infância, dentre os linfomas. Por motivos ainda desconhecidos, nos últimos 25 anos o número de casos duplicou, principalmente entre pessoas acima de 60 anos. Diagnóstico São análises para a detecção do linfoma não-Hodgkin: a biópsia (remoção de pequena porção de tecido para exame em laboratório de análise patológica), tomografia computadorizada, punção lombar e ressonância magnética. Depois de confirmado o diagnóstico, a doença é qualificada de acordo com o tipo de linfoma e o estágio em que se encontra. 40% dos linfomas não são agressivos, enquanto os 60% restantes são invasivos. Prevenção Assim como em outras formas de tumores, uma alimentação rica em hortaliças e frutas podem ter efeito preventivo contra o linfomas não-Hodgkin. O comprometimento do sistema imune e a exposição química e/ou a elevadas doses de radiação, são fatores de risco para o desenvolvimento da doença. AN02FREV001/REV 4.0 66 Pessoas com carência de imunidade, devido a enfermidades hereditárias, o consumo de drogas imunossupressoras e a contaminação pelo HIV, têm maior probabilidade de desenvolver linfomas. Já os pacientes portadores da bactéria H- pylori e dos vírus Epstein-Barr e HTLV1, têm um aumento da possibilidade de desenvolvimento de alguns tipos de linfoma. Em pesquisas realizadas com agricultores e outros grupos que se expõem a produtos químicos, comprovam que a exposição a certos agentes, incluindo pesticidas, solventes, fertilizantes, herbicidas e inseticidas estão associados ao desenvolvimento de linfomas. Sintomas Linfonodos inchados na região das axilas, do pescoço e/ou virilha, podem ser apresentados pelo paciente e devem ser investigados pelo médico; além de febre ou sudorese noturna; diminuição do peso sem motivos manifestos e, prurido na pele. Tratamento Os linfomas são tratados, em sua maioria, com a quimioterapia, a radioterapia ou uma combinação de ambas. A quimioterapia se baseia na associação de duas ou mais drogas. A radioterapia é uma forma de radiação utilizada que tem por finalidade a diminuição da carga tumoral em partes específicas, para suavizar os sintomas, ou também para fortalecer o tratamento de quimioterapia, reduzindo as possibilidades de retorno da enfermidade em localizações mais propícias à recaída. Dependendo da recomendação médica, em caso de linfomas não agressivos, as alternativas de tratamento variam de observação clínica a tratamentos bastante intensos. AN02FREV001/REV 4.0 67 Já nos casos de linfomas com maior probabilidade risco de invasão do SNC (cérebro e medula espinhal), realiza-se uma terapia preventiva (radioterapia que englobe o cérebro e a medula e/ou aplicação de drogas quimioterápicas diretamente no líquido cérebro-espinhal). Em pacientes já com o SNC comprometido ou os que desenvolvem essa complicação no decorrer do tratamento, são efetuados os mesmos tratamentos. Ultimamente, a imunoterapia está sendo ainda mais associada ao tratamento, combinada ou não à quimioterapia. 3.2.10 Câncer Infantil O tumor maligno infantil assemelha-se a um conjunto de enfermidades que possuem em comum o aumento descontrolado de células anômalas e que pode surgir em qualquer parte do corpo. As doenças neoplásicas infanto-juvenis mais comuns são: linfomas (no sistema linfático), leucemia (nos leucócitos) e no sistema nervoso central. Também atacam as crianças e os adolescentes os tumores das células do sistema nervoso periférico (neuroblastoma, com frequência no abdômen); tumor de Wilms (tipo de doença neoplásica renal); tumor da retina (retinoblastoma); tumor das células que originam os testículos e ovários; tumor das células ósseas e, tumor das partes moles (conhecidos como sarcomas). No Brasil, bem como nos países desenvolvidos, o câncer corresponde como a principal causa de óbitos por enfermidades entre crianças e adolescentes (1-19 anos). Nas últimas décadas, a evolução no tratamento dos tumores infanto-juvenis foi extremamente significativa. Atualmente, quando diagnosticados precocemente e tratados em locais especializados, cerca de 70% das crianças e adolescentes acometidas por um tumor podem ser curadas. Grande parte deles,após um tratamento apropriado, terá boa qualidade de vida. http://www.inca.gov.br/conteudo_view.asp?ID=104 AN02FREV001/REV 4.0 68 Diagnóstico Devido a diversos fatores, como desinformação dos pais e médicos e, o medo de comprovação do diagnóstico de câncer, muitas crianças e adolescentes com tumor chegam a um local especializado de tratamento com a doença já em estágio adiantado. Por apresentarem sinais clínicos semelhantes a doenças frequentes na infância, muitas vezes, o diagnóstico é feito tardiamente. Dessa forma, o conhecimento do pediatra sobre o câncer é decisivo para um diagnóstico confiável e acelerado. Prevenção e Detecção Precoce Até então, não existem comprovações científicas de que há uma ligação entre as neoplasias infanto-juvenis e os fatores ambientais. Portanto, a prevenção é um desafio para o futuro. A atenção atual deve ser dada ao diagnóstico prematuro e a condução terapêutica de qualidade. Tratamento O câncer na infância e adolescência normalmente atinge as células sanguíneas e os tecidos de sustentação, distintamente do tumor do adulto. Por terem uma predominância de natureza embrionária, tumores infanto-juvenis são formados por células indiferenciadas, o que, normalmente, possibilitam uma melhor resposta aos tratamentos modernos. Um diagnóstico correto é o início do tratamento do câncer. Para isso, há necessidade de um laboratório seguro e a análise de imagens. Por ser complexo, o tratamento deve ser realizado em um local especializado. Envolve três modalidades AN02FREV001/REV 4.0 69 principais: quimioterapia, cirurgia e radioterapia, sendo realizado de forma racional e individualizado para cada tumor específico e conforme a dimensão da doença. O trabalho multidisciplinar coordenado (psicólogos, nutricionistas, farmacêuticos, oncologistas pediatras, radioterapeutas, cirurgiões pediatras, patologistas, enfermeiros, assistentes sociais, radiologistas) também é decisivo para o sucesso do tratamento. Visto que as crianças e os jovens enfermos devem receber uma dedicação integral, no contexto familiar, é tão essencial quanto o tratamento em si, a atenção oferecida aos aspectos sociais da doença. A cura deve abranger também, o bem- estar e a qualidade de vida do paciente e, não somente a recuperação biológica. Nesse sentido, o apoio psicossocial não deve faltar ao paciente e à sua família desde o começo do tratamento. Sintomas Os pais devem ter atenção, pois crianças não inventam sintomas. Com o indício de alguma irregularidade, levar os filhos para uma análise do médico. Em grande parte, os sintomas relacionam-se com enfermidades normais na infância, porém não é motivo para desconsiderar uma avaliação médica. Os sintomas de tumores na infância e adolescência podem não se diferenciar muito de enfermidades benignas (sem grande seriedade) normais nessa faixa etária. Em muitas ocasiões, a avaliação médica é essencial, pois a criança ou adolescente apresenta-se em condições razoáveis, no princípio da enfermidade. Algumas maneiras de tumores infantis se apresentarem são: • Devido à invasão da medula óssea por células anômalas, na leucemia, a criança fica mais vulnerável a infecções, podendo apresentar palidez, sangramentos e dores nos ossos. • O "reflexo do olho do gato" é um indício considerável para o retinoblastoma; é o embranquecimento da pupila quando exposta à luz. Podendo proporcionar, também, fotofobia (sensibilidade exagerada à luz) ou estrabismo (olhar AN02FREV001/REV 4.0 70 vesgo). Na maioria das vezes, agride as crianças antes de três anos de idade. Hoje em dia, o estudo desse reflexo pode ser realizado desde recém-nascido. • Elevação do volume ou aparecimento de massa abdominal pode ser indício de neuroblastoma ou tumor de Wilms (atinge os rins). • Tumores sólidos podem causar dores nos membros, por se manifestarem de forma visível ou não a formação de massa. Esse sintoma é comum, por exemplo, no tumor do osso em crescimento (osteossarcoma), mais frequente em adolescentes. • Os sintomas do tumor do sistema nervoso central são: cefaleia, náuseas, variações motoras, paralisia de nervos e variações comportamentais. FIM DO MÓDULO III
Compartilhar