Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Curso: Medicina, 3º período. Matéria: Sistemas Orgânicos Integrados (SOI-III). Discente: Paula França Ferreira. Atividade: TIC – Mecanismo ação - antimicrobianos. Envie aqui um detalhamento sobre o mecanismo de ação dos antimicrobianos. Os antimicrobianos podem ser inativados por diferentes mecanismos de espécies bacterianas diferentes. Contudo, de forma geral, para que um antimicrobiano possa exercer sua ação de inibição ou destruição de um microrganismo, ele deve atravessar a parede e a membrana celular da bactéria e então fixar-se ao seu alvo, ocasionando com isso à rápida despolarização do potencial de membrana, o que determina a inibição da síntese de proteínas, DNA e RNA, além do extravasamento de conteúdo citoplasmático e, consequentemente, a morte da bactéria. Entretendo, é importante conhecer as cinco classes de antimicrobianos que possuem diferentes mecanismos de ação. A primeira classe é representada pelos β- lactâmicos, os quais têm a habilidade de interferir na síntese do peptideoglicano, o qual é responsável por manter a integridade da parede celular bacteriana. Para isso, os β- lactâmicos devem penetrar na bactéria através das porinas presentes na membrana externa da parede celular bacteriana para se ligar as proteínas ligadoras de penicilina (PLP) responsáveis pela fase final da síntese da parede bacteriana, resultando na inibição da síntese. Já a classe representada pelos aminoglicosídeos, tetraciclinas, anfenicóis, macrolídeos, lincosamidas e oxazolinidonas, é responsável pela inibição da síntese proteica. Dado que, esses antimicrobianos agem nos ribossomos das bactérias, organelas responsáveis pela síntese de proteínas. Esses ribossomos das células procariontes são formados por subunidades 50S e 30S, o que permite aos antimicrobianos a seletividade de ação, inibindo a síntese proteica apenas nas bactérias. A classe representada pelas quinolonas e fluoroquinolonas, atuam na inibição da síntese dos ácidos nucleicos. A partir da ação inibitória da DNA girase e topoisomerase IV bacterinas, enzimas essenciais para a sobrevivência da bactéria. Como resultado da inibição enzimática, a replicação da molécula de DNA é comprometida, resultando na morte celular. https://www.infoescola.com/farmacologia/tetraciclinas/ https://www.infoescola.com/bioquimica/sintese-de-proteinas/ https://www.infoescola.com/biologia/procariontes/ https://www.infoescola.com/farmacologia/quinolonas/ https://www.infoescola.com/biologia/dna/ https://www.infoescola.com/biologia/inibicao-enzimatica/ https://www.infoescola.com/genetica/replicacao/ https://www.infoescola.com/citologia/morte-celular/ Já as polimixinas e colistina atuam destruição da membrana plasmática da célula bacteriana, haja visto que essas moléculas interagem com os lipopolissacarídeos (LPS) presentes na membrana celular, retirando o cálcio e magnésio que tem a função de estabilizar a membrana. Com a desestabilização, há o aumento da permeabilidade e morte celular. E por fim, a classe das sulfonamidas e da trimetoprima é responsavel pela inibição da síntese de folato (têm ação como cofatores para as enzimas envolvidas na biossíntese da purina, pirimidina e de aminoácidos, essenciais para a célula). De forma simplificada, a síntese de folato tem início com a formação do ácido di-hidropteroico, formado a partir da junção da piperidina e do ácido p-aminobenzóico (PABA). A reação é catalisada pela enzima di-hidropteroatosintetases, sulfonamidas que tem como alvo a enzima di-hidropteroatosintetase, atuando como análogos do PABA. Desta forma, competem com o PABA pela enzima di-hidropteroatosintetase, impedindo a síntese do ácido di-didrofólico. Por esta ação, são considerados como fármacos bacteriostáticos. https://www.infoescola.com/bioquimica/aminoacidos/ REFERÊNCIAS ANTIMICROBIANOS - BASES TEÓRICAS E USO CLÍNICO. Disponível em: https://www.anvisa.gov.br/servicosaude/controle/rede_rm/cursos/rm_controle/opas_we b/modulo1/lactamicos2.htm. Acesso em: 6 mar. 2022. SCHERER, C. Mecanismos de ação de antimicrobianos e resistência bacteriana Antimicrobial mechanisms of action and bacterial resistance Medvep Dermato -Revista de Educação Continuada em Dermatologia e Alergologia Veterinária (2017); 4(13); 12-20. Revista de Educação Continuada em Dermatologia e Alergologia Veterinária. [s.l: s.n.]. Disponível em: https://medvep.com.br/wp-content/uploads/2020/09/Mecanismos-de- a%C3%A7%C3%A3o-de-antimicrobianos-e-resist%C3%AAncia-bacteriana.pdf.
Compartilhar