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matemática paiva componente curricular: matemática Manoel Paiva Ensino M éd io 1 manual do professor Manoel Paiva Licenciado em Matemática pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Santo André. Mestre em Educação Matemática pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Professor em escolas particulares por 29 anos. Componente curricular: MateMátiCa MateMática Paiva ensino Médio 3a edição São Paulo, 2015 1 MANUAL DO PROFESSOR 1 3 5 7 9 10 8 6 4 2 Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. Todos os direitos reservados EDITORA MODERNA LTDA. Rua Padre Adelino, 758 - Belenzinho São Paulo - SP - Brasil - CEP 03303-904 Vendas e Atendimento: Tel. (0_ _11) 2602-5510 Fax (0_ _11) 2790-1501 www.moderna.com.br 2016 Impresso no Brasil Coordenação editorial: Fabio Martins de Leonardo, Mara Regina Garcia Gay Edição de texto: Everton José Luciano, Marcos Gasparetto de Oliveira, Patrícia Nakata Assistência editorial: Adriana Soares Netto Preparação de texto: Renato da Rocha Gerência de design e produção gráfica: Sandra Botelho de Carvalho Homma Coordenação de produção: Everson de Paula Suporte administrativo editorial: Maria de Lourdes Rodrigues (coord.) Coordenação de design e projetos visuais: Marta Cerqueira Leite Projeto gráfico: Marta Cerqueira Leite, Otávio dos Santos, Rafael Mazzari Capa: Mariza de Souza Porto Foto: Micrografia de olho composto de inseto © Science Faction/SuperStock/Glow Images Coordenação de arte: Wilson Gazzoni Agostinho Edição de arte: Denis Torquato Editoração eletrônica: Formato Comunicação Ltda. Edição de infografia: Luiz Iria, Priscilla Boffo, Otávio Cohen Ilustrações de vinhetas: Otávio dos Santos Coordenação de revisão: Adriana Bairrada Revisão: Rita de Cássia Sam, Vânia Bruno, Viviane Mendes de Almeida Coordenação de pesquisa iconográfica: Luciano Baneza Gabarron Pesquisa iconográfica: Carol Böck, Junior Rozzo Coordenação de bureau: Américo Jesus Tratamento de imagens: Denise Feitoza Maciel, Marina M. Buzzinaro, Rubens M. Rodrigues Pré-impressão: Alexandre Petreca, Everton L. de Oliveira, Hélio P. de Souza Filho, Marcio H. Kamoto, Vitória Sousa Coordenação de produção industrial: Viviane Pavani Impressão e acabamento: Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Paiva, Manoel Matemática : Paiva / Manoel Paiva . — 3. ed. — São Paulo : Moderna, 2015. Obra em 3 v. “Componente curricular : Matemática”. Bibliografia. 1. Matemática (Ensino médio) I. Título. 15-01700 CDD-510.7 Índices para catálogo sistemático: 1. Matemática : Ensino médio 510.7 Conheça seu livro Este livro foi elaborado para oferecer, de forma clara e objetiva, conteúdos matemáticos fundamentais para o Ensino Médio. IL U ST RA Ç Ã O : M A IS A S H IG EM AT SU Erro insignificante O valor encontrado por Eratóstenes foi apenas 15% maior do que o real, o que é bastante razoável pelo método usado na época. O erro ocorreu por duas razões: a distância entre Siena e Alexandria não era exatamente 5.000 estádios, nem as duas cidades se localizavam no mesmo meridiano. Se esses dois fatos fossem verdadeiros, o erro seria de aproximadamente 2%. Medida do ângulo Eratóstenes verificou que a medida a do ângulo A BDB determinado pela vareta e pelo raio de Sol era 1 50 da medida do ângulo correspondente a um círculo e que o ângulo DBCS, determinado pelas duas varetas, tinha a mesma medida. M E a Ângulos congruentes Como os ângulos ABDB e DBCS tinham mesma medida e a distância entre as duas cidades era de 5.000 estádios, Eratóstenes multiplicou essa distância por 50, obtendo 250.000 estádios como comprimento da circunferência da Terra. Â C ti d RealEratóstenes 91 Além da teoriaAAllAAA 1. Calcule a medida , em grau. 2. Por que os ângulos AåDB e DåCS tinham a mesma medida? 3. Sabendo que 1 estádio equivale a 185 metros, calcule o comprimento, em quilômetro, da circunferência da Terra obtido por Eratóstenes. Representação sem escala, uso de cores-fantasia. Um feito notável há 2.200 anos Com varetas, olhos, pés e cérebro, Eratóstenes (276-195 a.C.), por volta de 240 a.C., foi a primeira pessoa a calcular o comprimento da circunferência da Terra com bastante precisão. Em Siena, ao meio- -dia, a vareta não produzia sombra. Em Alexandria, nesse mesmo horário, a vareta produzia sombra. Sombras desiguais Eratóstenes percebeu que em Siena a sombra de uma vareta vertical era invisível, por coincidir mas, no mesmo momento, em Alexandria uma vareta vertical projetava uma sombra visível. IL U ST RA Ç Ã O : M A IS A S H IG EM AT SU So Er qu d Alexandria Siena (Aswen) Geometria plana: circunferência, círculo e cálculos de áreas CAPÍTULOCA PÍÍTTÍ UULLOO 4 90 • Adicionando um mesmo número a ambos os membros de uma desigualdade ou subtrain- do um mesmo número de ambos os membros, a desigualdade se mantém. • Dividindo ou multiplicando ambos os membros de uma desigualdade por um mesmo número positivo, a desigualdade se mantém. • Dividindo ou multiplicando por um mesmo número negativo ambos os membros de uma desigualdade do tipo ., >, , ou <, a desigualdade inverte o sentido. 4 Considerando como universo o conjunto dos números naturais, determinar o conjunto solução da inequação: 5x 2 8 , 3x 1 12 Resolução Adicionando 8 a cada membro da inequação e subtrain- do 3x de cada membro, obtemos: 5x 2 3x , 12 1 8 Æ 2x , 20 Dividindo ambos os membros da inequação por 2, obte- mos: x , 20 2 Æ x , 10 No universo considerado (N), o conjunto dos valores de x que satisfazem a inequação é o conjunto solução S tal que S 5 {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9}. (Nota: Se o universo do exercício fosse o conjunto dos números reais, não seria possível explicitar, um a um, todos os números reais menores que 10. Por isso, o con- junto solução S seria representado simplesmente por: S 5 {x [ R x , 10}) 5 (Covest-PE) Um provedor de acesso à internet oferece dois planos para seus assinantes: Plano A – Assinatura mensal de R$ 8,00 mais R$ 0,03 por minuto de conexão durante o mês. Plano B – Assinatura mensal de R$ 10,00 mais R$ 0,02 por minuto de conexão durante o mês. Acima de quantos minutos de conexão por mês é mais econômico optar pelo plano B? a) 160 b) 180 c) 200 d) 220 Resolução Sendo x o número de minutos de conexão por mês, a opção pelo plano B será mais econômica que pelo plano A se 10 1 0,02x , 8 1 0,03x, ou seja: 10 2 8 , 0,03x 2 0,02x Æ 2 , 0,01x [ x . 200 Logo, a opção pelo plano B será mais econômica para mais de 200 minutos de conexão mensal. EXERCÍCIOS RESOLVIDOS Resolva o exercício complementar 3. 8 Considerando o universo dos números inteiros, determi- ne o conjunto solução das inequações. a) 9x 2 5(3 2 2x) . 7x 1 9 b) 4y 2 5 , 2( y 1 3) 1 5y c) 6t 2 (5t 1 8) < 1 2 2(5 2 t) 9 Resolva as inequações a seguir, no universo R. a) 2x 5 2 1 x 10 1 3x 8 b) 4k 2 3(k 1 2) 4 , 1 2 1 2(1 2 3k) c) 2a 2 a 2 42 % 1 10 (FGV-SP) As tarifas praticadas por duas agências de lo- cação de automóveis para veículos idênticos são: IL U S T R A Ç Õ E S : W A G N E R W IL LI A N EXERCÍCIOS PROPOSTOS Faça as atividades no caderno. Em que condição é mais vantajoso alugar um carro na agência A do que na agência B? O conjunto solução de uma inequação pode ser vazio? 47 R ep ro du çã o pr oi bi da . A rt . 1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . ingerir 120 g de proteínas por dia, alimentando-se apenas com os dois produtos A e B. Se num certo dia a pessoa alimentou-se com 420 g desses produtos, a quantidade do alimento B que ingeriu nesse dia foi: a) 248 g b) 220 g c) 250 g d) 300 g e) 308 g 5 Resolva, em R, a equação: 0,2x2 2 2,614x 1 8,0822 5 0 6 Para vender sua produção de 100 pneus, um empresário estabeleceu que o preço por pneu dependeda quantidade adquirida pelo comprador, ou seja, para cada x unidades vendidas, o preço unitário, em real, é 40 2 x 5 . a) Se um comprador adquirir toda a produção, quanto pagará por pneu e quanto pagará por toda a produção? b) Se um comprador adquirir um lote de 30 pneus, quan- to pagará por pneu e quanto pagará por todo o lote? c) Se um comprador adquirir um lote de pneus por R$ 1.500,00, qual será o preço pago por pneu? 1 Desde o instante em que inicia a entrada em um túnel até o instante em que sai inteiramente desse túnel, um trem percorre 780 m. Sabendo que o comprimento do túnel tem 260 m a mais que o triplo do comprimento do trem, calcule o comprimento do trem. 2 (UFV-MG) Uma certa quantidade de livros será embalada em caixas. Se forem colocados 3 livros por caixa, todas as caixas serão usadas e sobrará 1 livro. Se forem colocados 4 livros por caixa, sobrará uma caixa vazia. O número de livros é: a) 20 b) 16 c) 24 d) 12 e) 15 3 Para um espetáculo teatral foram vendidos 260 ingressos, distribuídos em apenas dois tipos, A e B, a preços de R$ 40,00 e R$ 20,00, respectivamente. Sabendo que o total arrecadado com essa venda superou R$ 9.000,00, qual o menor número possível de ingressos do tipo A que podem ter sido vendidos? 4 Em cada porção de 100 g de um alimento A há 35 g de proteínas, e em cada porção de 100 g de um alimento B há 26 g de proteínas. Uma pessoa, seguindo uma dieta, deve 43 Para acabar com o estoque, um comerciante deu 12% de desconto sobre o preço p de um produto, que passou a custar p1. Por falta de compradores, ele então descontou 5% do preço p1, e o novo preço passou a ser p2. Depois ainda descontou 3% do preço p2. a) Qual foi o preço final do produto após esses três descontos sucessivos? b) Qual foi o percentual de desconto sobre o preço inicial p após os três descontos sucessivos? Resolva os exercícios complementares 15 a 20. A lei do crescimento orgânico No século XVII, o matemático suíço Jacques Bernoulli (1654-1705) propôs o seguinte pro- blema: “Qual é a lei segundo a qual cresce um capital aplicado a juro composto quando o juro é acrescido ao capital instantaneamente?”. Observe que esse problema propõe que se calcule a taxa de juro composto, não ano a ano, ou mês a mês, ou dia a dia, ou hora a hora, ou segundo a segundo, mas instantaneamente a partir do momento da aplicação. Bernoulli talvez não imaginasse a importância da lei geral a que chegaria. Conhecida atual- mente como lei do crescimento orgânico, o resultado desse estudo é aplicado em diversas áreas além da Matemática, como Biologia, Física, Astronomia, Química, Economia, Geografia etc. Enfim, essa lei é aplicada a todas as situações em que se deseja calcular a variação instan- tânea de uma grandeza que cresce ou decresce através do produto por uma taxa constante. MENTES BRILHANTES EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES Faça as atividades no caderno. 59 R ep ro du çã o pr oi bi da . A rt . 1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 9 Uma agência de turismo fretou um ônibus de 40 poltronas para uma viagem. Cada passageiro pagará R$ 20,00 mais uma taxa de R$ 2,00 por poltrona não ocupada. a) Qual é a receita máxima que a agência pode arrecadar com essa viagem? b) Qual deve ser o número de passageiros para que a receita seja máxima? 10 Em um mês de 30 dias, em certo país, os valores E e I, em milhão de dólares, das exportações e importações, respec- tivamente, acumulados até o dia t, podem ser descritos pelas funções E(t) 5 t 2 8 1 t 4 e I(t) 5 3t. Considerando o valor da balança comercial até o final de cada dia, responda às questões. a) Durante quantos dias desse mês a balança comercial desse país esteve em déficit? b) Em algum dia desse mês a balança comercial desse país esteve em superávit acima dos 13 milhões de dólares? Em caso afirmativo, quais foram esses dias? (Nota: A balança comercial de um país, em determinado período, é a diferença entre o valor monetário total das exportações e o das importações, nessa ordem.) 11 Uma única dose de medicamento foi injetada na circu- lação sanguínea de um paciente. A concentração C desse medicamento no sangue do paciente, em miligrama por litro, em função do tempo t, em hora, a partir do instante em que foi injetado, pode ser calculada pela função: C(t) 5 t t 2 1 7 Durante quantas horas, após a injeção, a concentração do medicamento na circulação sanguínea será de pelo menos 0,125 mg/L? Responda às questões a seguir, cuja finalidade é rever os principais conceitos necessários para o desenvolvimento da teoria e das atividades do Capítulo 8. 1 Sendo x um número real qualquer, classifique em verda- deira ou falsa cada uma das afirmações. a) Se x 5 23, então o número 2x é positivo. b) A expressão 2x representa um número positivo se x 0. c) A expressão 2x representa um número negativo para qualquer valor de x. d) A expressão x representa um número positivo para qualquer valor de x. e) Para qualquer valor não negativo de x, tem-se que √z x2 5 x. f ) Para qualquer valor de x, tem-se que √z x2 5 x. 2 Desenhe em seu caderno um eixo real de origem O cuja unidade adotada seja o centímetro. Depois, assinale nesse eixo: a) dois pontos de abscissa positiva tal que a distância en- tre eles seja 6 cm; b) dois pontos, um de abscissa positiva e outro de abscissa negativa, tal que a distância entre eles seja 8 cm; c) dois pontos de abscissa negativa tal que a distância entre eles seja 4 cm; d) dois pontos distintos que equidistem da origem O. 3 Considere os conjuntos A, B, C e D, a seguir, contidos em um eixo real de origem O cuja unidade adotada é o centímetro: • A, formado por todos os pontos de abscissa x, com 25 x 5; • B, formado por todos os pontos de abscissa x, com 25 x 5; PRÉ-REQUISITOS PARA O CAPÍTULO 8 Faça as atividades no caderno. • C, formado por todos os pontos de abscissa x, com x 25 ou x 5; • D, formado por todos os pontos de abscissa x, com x 25 ou x 5. Classifique em verdadeira ou falsa cada uma das afirma- ções a seguir. a) Há exatamente dois pontos distintos pertencentes a A que distam 4 cm da origem O. b) Há apenas um ponto pertencente a A que dista 4 cm da origem O. c) Todos os pontos pertencentes a A distam menos de 5 cm da origem O. d) Todos os pontos pertencentes a A distam 5 cm ou me- nos da origem O. e) Há exatamente dois pontos distintos pertencentes a B que distam 5 cm da origem O. f ) Há exatamente dois pontos distintos pertencentes a C que distam 6 cm da origem O. g) Há apenas um ponto pertencente a C que dista 6 cm da origem O. h) Todos os pontos pertencentes a C distam 5 cm ou mais da origem O. i) Todos os pontos pertencentes a D distam mais de 5 cm da origem O. j) Há exatamente dois pontos distintos pertencentes a D que distam 5 cm da origem O. 195 R ep ro du çã o pr oi bi da . A rt . 1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 4 (Enem) A parte interior de uma taça foi gerada pela rota- ção de uma parábola em torno de um eixo z, conforme mostra a figura. x (cm) y (cm) C V Eixo de rotação (z) A função real que expressa a parábola, no plano cartesiano da figura, é dada pela lei f (x) 5 3x 2 2 2 6x 1 C, onde C é a medida da altura do líquido contido na taça, em centímetro. Sabe-se que o ponto V, na figura, representa o vértice da parábola, localizado sobre o eixo x. Nessas condições, a altura do líquido contido na taça, em centímetros, é: a) 1 b) 2 c) 4 d) 5 e) 6 5 No mesmo plano cartesiano, construa os gráficos das fun- ções y 5 x2 2 3x 1 2 e y 5 2x 1 5 e determine as coordena- das dos pontos comuns aos dois gráficos. 6 Esboce o gráfico da função. f (x) 5 x2 2 9, se x < 4 7, se 4 , x < 6 x 1 1, se x . 6 Resolva os exercícios complementares 1 a 6. Inspirando-se nos exercícios propostos 2 a 4, elaborem e resolvam um problemasobre a função polinomial do 2o grau que envolva uma situação do cotidiano. CRIANDO PROBLEMAS Usando o Winplot, programa de construção de gráficos já instalado no computador (veja a atividade Conectado na página 165 do capítulo 6), faça o que se pede. a) Construa o gráfico de uma função polinomial do 2o grau y 5 ax2 1 bx 1 c, escolhendo quaisquer valores reais para a, b e c, com a 0. b) No mesmo plano cartesiano (ou seja, na mesma tela), construa o gráfico das funções: I. y 5 ax2 1 bx 1 c 1 3 II. y 5 ax2 1 bx 1 c 2 3 III. y 5 a(x 1 3)2 1 b(x 1 3) 1 c IV. y 5 a(x 2 3)2 1 b(x 2 3) 1 c Para cada um dos subitens (I), (II), (III) e (IV), redija um texto explicando a transformação que sofreu o gráfico em relação ao gráfico original, construído no item a. Tente generalizar suas conclusões. CONECTADO 3 Otimização da função quadrática Um fabricante pretende lançar no mercado peças de queijo prato na forma de blocos retangu- lares com 600 cm3 de volume. Como essas peças terão um revestimento plástico, foi necessária uma avaliação de custos da embalagem. O departamento de projetos propôs as três possibilidades a seguir para as dimensões das peças de queijo. JA CE K/ KI NO Projeto A 10 cm 10 cm 6 cm Projeto B 8 cm 15 cm 5 cm Projeto C 10 cm 12 cm 5 cm IL U S T R A Ç Õ E S : F A U S T IN O 184 R ep ro du çã o pr oi bi da . A rt . 1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . Trabalhando em equipe R ep ro du çã o pr oi bi da . A rt . 1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 196 Discos parabólicos usados para captar energia solar no Arizona, Estados Unidos. Foto de 2010. B R IA N G R E E N /A LA M Y /G LO W IM A G E S MATEMÁTICA SEM FRONTEIRAS O paraboloide Ao girar uma parábola em torno de seu eixo de simetria, obtemos uma figura chamada paraboloide de revolução. Resolução O custo unitário mínimo, em real, é o valor da ordenada yv do vértice da parábola que representa a função C: yv = – 4a = – (–410) 2 – 4 . 10 . 4.500 4 . 10 => yV = 297,5 Logo, o custo unitário mínimo de produção é R$ 297,50. Nos objetos do cotidiano com a forma de um paraboloide, os raios de luz que atingem a superfície côncava, parale- lamente ao eixo de simetria, refletem-se passando por um ponto chamado foco da paraboloide e, reciprocamente, os raios de luz gerados no foco são refletidos pela superfície côncava paralelamente ao eixo de simetria. Essa propriedade dos paraboloides vale também para outros tipos de onda. ANÁLISE DA RESOLUÇÃO Componha uma equipe com alguns colegas e discutam as seções a seguir. “Se todos estão indo adiante juntos, então o sucesso encarrega-se de si mesmo.” Henry Ford, fundador da Ford Motor Company. Um aluno resolveu o exercício conforme a reprodução a seguir. Um erro foi cometido. Apontem o erro e refaçam a resolução no caderno, corrigindo-a. Exercício O departamento de planejamento de uma indústria de motores para piscina estimou que o custo unitário de produção, C, em real, de um tipo de motor decresce em função do número x de unidades fabricadas por dia, de acordo com a função C(x) 5 10x 2 2 410x 1 4.500, com x . 0. Qual é o custo unitário mínimo para a produção desse tipo de motor? FA U S T IN O Os Exercícios resolvidos acompanham a teoria ajudando na compreensão dos conceitos. Os Exercícios propostos têm o objetivo de verificar o aprendizado, propondo uma aplicação mais imediata dos conteúdos, além de algumas conexões com o cotidiano. Questões para reflexão são apresentadas com o objetivo de estimular o aluno a argumentar sobre os conteúdos estudados. A seção Pré-requisitos para o capítulo seguinte propõe exercícios para rever conceitos importantes ao desenvolvimento do capítulo seguinte. A seção Trabalhando em equipe propõe uma das principais competências exigidas pelo mundo moderno, que é saber trabalhar em equipe. Dentro dessa seção temos dois itens: Análise da resolução, que possibilita a reflexão sobre erros comuns na resolução de exercícios, além de mostrar sua correção; e Matemática sem fronteiras, que traz textos interessantes, com situações que aplicam conceitos trabalhados no capítulo. A seção Criando problemas tem o objetivo de incentivar a elaboração de problemas. Na seção Conectado, são propostas atividades usando a internet. Há ainda as atividades com Calculadora, Pesquisa e Atividades que podem ser feitas em dupla ou grupo. Na seção Mentes brilhantes, são apresentados feitos de pessoas que revolucionaram a Matemática ou a Ciência em sua época. Os Exercícios complementares oferecem questões de aprofundamento dos assuntos abordados. Trabalhando em equipe 235 R ep ro du çã o pr oi bi da . A rt . 1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . CIÊNCIA E TECNOLOGIA Na abertura deste capítulo, você leu sobre a evolução tecnológica da informática. A fabricação de chips é uma área que caminha em direção à nanotecnologia. Aqui há uma dança dos números: enquan- to o tamanho dos chips converge a medidas extremamente pequenas, a quantidade deles em um mi- croprocessador é dada por números astronômicos. Agora, você e seu grupo vão pesquisar o mundo dos números microscópicos. Fio de cabelo. Imagem obtida por microscopia eletrônica de varredura, colorizada artificialmente e ampliada 540 vezes, aproximadamente. Justificativa A manipulação de matéria em nível atômico já tem um papel significativo em áreas tão diversas como tecnologia, medicina, computação, agronegócio, têxtil, energia, química, entre outras, e em um futuro próximo ela será imprescindível ao ser humano. Objetivo Pesquisar o mundo microscópio e as unidades de medida a ele relacionadas. Apresentação Painel expositivo apresentando textos e imagens ampliadas de organismos visíveis somente ao microscópio, acompanhadas de informações sobre suas medidas e as correspondentes unidades. Questões para pensar em grupo 1. Pesquisem e expliquem a importância do mundo microscópico. 2. O que é nanotecnologia? 3. Que unidades de medida são adequadas a tamanhos tão pequenos? Como elas se relacionam com as unidades de medida que vocês já conhecem? A notação científica é a mais útil para expressar essas relações? 4. Convém expor no painel a tabela de prefixos usados nas unidades de medida e definidos no Sistema Internacional de Unidades (SI)? 5. Onde obter as imagens ampliadas? O que convém colocar nas legendas? 6. Seria interessante acrescentar imagens de corpos visíveis a olho nu para o estabelecimento de comparações? 7. Como organizar no painel as informações coletadas? Organização do trabalho • Escrevam as etapas necessárias para o desenvolvimento desse trabalho e as distribuam criterio- samente entre os elementos do grupo. • Façam um cronograma para a realização do trabalho que contemple o prazo estabelecido. S U S U M U N IS H IN A G A /S C IE N C E P H O TO LI B R A R Y /L AT IN S TO C K 235 Ainda dentro da seção Trabalhando em equipe, em alguns capítulos temos a proposta de elaboração de uma pesquisa, em geral, sobre temas do cotidiano, incentivando uma discussão entre os alunos A abertura estimula a reflexão sobre um problema contextualizado. Traz questões para avaliar os conhecimentos prévios ou que poderão ser resolvidas após o estudo do capítulo. O conjunto solução de uma equação pode ser vazio? Uma introdução à linguagem Capítulo 1 dos conjuntos 6 1 A origem da teoria dos conjuntos ............................... 8 2 Os conceitos primitivos da teoria dos conjuntos ...... 8 3 Representação de um conjunto ................................... 9 4 Conjunto unitário e conjunto vazio ............................. 10 5 Conjunto finito e conjunto infinito .............................. 10 6 Subconjunto.................................................................... 11 7 Igualdade de conjuntos ................................................... 12 8 Conjunto universo .......................................................... 12 9 Operações entre conjuntos .......................................... 14 10 Conjunto diferença ........................................................ 17 11 Conjunto complementar ............................................... 19 12 Problemas sobre quantidades de elementos de conjuntos finitos ............................................................. 20 13 Conjuntos numéricos ..................................................... 24 14 O eixo real ........................................................................ 34 z Exercícios complementares ..................................... 36 z Pré-requisitos para o capítulo 2 ............................. 38 z Trabalhando em equipe ............................................. 39 Análise da resolução ................................................... 39 Matemática sem fronteiras ........................................ 40 Temas básicos da Álgebra Capítulo 2 e Matemática financeira 42 1 Equações polinomiais do 1o grau ................................. 44 2 Inequações polinomiais do 1o grau ............................. 46 3 Sistemas de equações polinomiais do 1o grau .......... 48 4 Equações polinomiais do 2o grau ................................ 49 5 Matemática financeira ................................................... 52 z Exercícios complementares ..................................... 59 z Pré-requisitos para o capítulo 3 ............................. 61 z Trabalhando em equipe ............................................. 62 Análise da resolução ................................................... 62 Matemática sem fronteiras ........................................ 63 Consumo e orçamento doméstico ............................ 64 Geometria plana: triângulos Capítulo 3 e proporcionalidade 65 1 As origens da Geometria ............................................... 66 2 Polígonos ......................................................................... 66 3 Triângulos ......................................................................... 68 4 Propriedades dos triângulos ......................................... 72 5 Proporcionalidade entre segmentos de reta ............. 75 6 Semelhança de figuras planas ...................................... 77 7 Semelhança de triângulos ............................................ 77 8 Relações métricas no triângulo retângulo ................. 80 z Exercícios complementares ..................................... 84 z Pré-requisitos para o capítulo 4 ............................. 86 z Trabalhando em equipe ............................................. 87 Análise da resolução ................................................... 87 Matemática sem fronteiras ........................................ 88 Planejamento e execução .......................................... 89 Geometria plana: circunferência, Capítulo 4 círculo e cálculos de áreas 90 1 Circunferência e círculo ................................................ 92 2 Posições relativas entre reta e circunferência .............................................................. 94 3 Posições relativas entre duas circunferências ............................................................... 95 4 Ângulos na circunferência ............................................ 97 5 Perímetro da circunferência ......................................... 100 6 Cálculo de áreas ............................................................. 102 7 Cálculo da área de algumas figuras planas .................................................................. 104 z Exercícios complementares ...................................... 113 z Pré-requisitos para o capítulo 5 ............................. 114 z Trabalhando em equipe ............................................. 115 Análise da resolução ................................................... 115 Matemática sem fronteiras ........................................ 116 A linguagem das funções 118 1 Sistema de coordenadas no dia a dia ......................... 119 2 O conceito de função .................................................... 122 3 Formas de representação de uma função ................................................................ 125 4 Imagem de x pela função f ........................................... 128 5 Função real de variável real ......................................... 135 6 Zero (ou raiz) de uma função ....................................... 137 7 Variação de uma função ................................................ 139 8 Funções inversas ............................................................ 145 z Exercícios complementares ..................................... 149 z Pré-requisitos para o capítulo 6 ............................. 153 z Trabalhando em equipe ............................................. 154 Análise da resolução ................................................... 154 Matemática sem fronteiras ........................................ 155 Capítulo 5 Sumário R ep ro du çã o pr oi bi da . A rt . 1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . Indicação de leituras complementares ........................................................................................................................................ 259 Respostas ................................................................................................................................................................................................... 261 Lista de siglas .......................................................................................................................................................................................... 278 Bibliografia ............................................................................................................................................................................................... 279 Capítulo 7 Função polinomial do 1o grau Capítulo 6 ou função afim 156 1 Função polinomial do 1o grau ou função afim ................................................................ 157 2 Gráfico da função polinomial do 1o grau ......................................................................... 158 3 Funções definidas por mais de uma sentença ............................................................ 166 4 Variação de sinal da função afim ....................................... 168 5 Inequação-produto ........................................................ 170 6 Inequação-quociente .................................................... 171 z Exercícios complementares ...................................... 172 z Pré-requisitos para o capítulo 7 ............................. 174 z Trabalhando em equipe .............................................. 175 Análise da resolução ................................................... 175 Matemática sem fronteiras ........................................ 176 Capítulo 8 Função polinomial do 2o grau Capítulo 7 ou função quadrática 177 1 Função polinomial do 2o grau ou função quadrática ..................................................... 178 2 Gráfico da função quadrática ....................................... 178 3 Otimização da função quadrática ............................... 184 4 Variação de sinal da função quadrática ..................... 188 5 Inequações polinomiais do 2o grau ............................. 191 z Exercícios complementares ..................................... 193 z Pré-requisitospara o capítulo 8 ............................. 195 z Trabalhando em equipe ............................................. 196 Análise da resolução ................................................... 196 Matemática sem fronteiras ........................................ 196 Função modular 198 1 Distância entre dois pontos do eixo real ................... 199 2 Módulo, equações e inequações modulares ............ 199 Capítulo 8 3 Função modular .............................................................. 207 z Exercícios complementares ..................................... 210 z Pré-requisitos para o capítulo 9 ............................. 211 z Trabalhando em equipe ............................................. 212 Análise da resolução ................................................... 212 Matemática sem fronteiras ........................................ 213 Capítulo 9 Função exponencial 214 1 Introdução ....................................................................... 216 2 Potenciação e radiciação .............................................. 217 3 A função exponencial .................................................... 225 4 Equação exponencial ..................................................... 229 z Exercícios complementares ..................................... 231 z Pré-requisitos para o capítulo 10 ........................... 232 z Trabalhando em equipe ............................................. 233 Análise da resolução ................................................... 233 Matemática sem fronteiras ........................................ 234 Ciência e tecnologia ................................................... 235 Capítulo 10 Função logarítmica 236 1 Os fundamentos da teoria dos logaritmos ............................................................... 238 2 O conceito de logaritmo ............................................... 238 3 Função logarítmica ........................................................ 247 4 Equações logarítmicas ................................................... 252 z Exercícios complementares ..................................... 256 z Trabalhando em equipe ............................................. 257 Análise da resolução ................................................... 257 Matemática sem fronteiras ........................................ 258 R ep ro du çã o pr oi bi da . A rt . 1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . Big Bang Primeiros vermes Primeiros ancestrais dos elefantes O2 na atmosfera Calendário cósmico Estamos habituados com números que representam grandezas do nosso cotidiano, como o preço de uma caneta, a duração de um dia e a massa de um pacote de café. Mas temos dificuldade em estabelecer comparações entre grandes valores numéricos. Dados obtidos em: SAGAN, Carl. Os dragões do éden. São Paulo: Francisco Alves, 1980. Um dia Às 22 h 30 min do dia 31 de dezembro surgiram os primeiros seres humanos, e às 23 h 46 min os seres humanos dominaram o fogo. Um minuto No último segundo do último minuto desse ano, ocorreu amplo desenvolvimento da Ciência e Tecnologia, exploração do espaço, além dos acontecimentos da atualidade. Um mês Destacando o mês de dezembro, podemos notar que os primeiros insetos surgiram no dia 21, e os dinossauros foram extintos no dia 28. Um ano Para comparar grandes valores, como a idade do Universo e a idade do planeta Terra, estimadas, respectivamente, em 15 bilhões de anos e 4,5 bilhões de anos, podemos representar a idade do Universo pelo intervalo de um ano. A formação do planeta Terra teria, então, ocorrido no dia 14 do mês de setembro. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Além da teoria Considerando o calendário cósmico, em que representamos a idade do Universo pelo intervalo de 1 ano (365 dias), responda às questões. 1. Uma hora corresponde a quantos anos, aproximadamente? 2. Um minuto corresponde a quantos anos, aproximadamente? 3. Observando o horário em que surgiram os primeiros seres humanos, calcule há quantos anos a Terra é habitada por humanos. 1.712.329 anos 28.539 anos 2.568.494 anos IL U S T R A Ç Ã O : S A T T U CAPÍTULO 1 Uma introdução à linguagem dos conjuntos 6 CAPÍTULO 1 Uma introdução à linguagem dos conjuntos 6 Formação da Terra 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 0 10 20 30 40 50 60 Via Láctea Primeiros dinossauros Primeiros humanos Primeiros felinos Morrem os últimos neandertais Agricultura Avanços científicos e tecnológicos, exploração do espaço Domínio do fogo Primeiros mamíferos Extinção dos dinossauros Formação do Sistema Solar Surge a vida na Terra Seres unicelulares Primeiros insetos IL U S T R A Ç Õ E S : S AT T U 24 JAN FEV MAR ABR MAIO JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ Ver sugestões para o desenvolvimento do infográfico no Suplemento com orientações para o professor. 77 1 A origem da teoria dos conjuntos Até quanto é possível contar? Para qualquer número atingido na contagem, sempre existirão nú- meros maiores, que poderão ser contados. Por isso, dizemos que os números resultantes de contagens são infinitos. Analogamente, metade de 1 é 1 2 , a metade de 1 2 é 1 4 , a metade de 1 4 é 1 8 e assim por diante. Repetindo esse procedimento, isto é, calculando sempre a metade da fração resultante da operação ante- rior, qual será a menor fração a que podemos chegar? Não existe a menor fração a que podemos chegar com esse proce- dimento, pois, obtida uma fração, sempre podemos dividi-la por 2, conseguindo uma fração menor. Por isso, dizemos que as frações re- sultantes desse processo são infinitas. O conceito de infinito, claramente presente nessas duas situações, motivou intensos debates científicos, filosóficos e teo lógicos no decor- rer dos séculos, desde a Antiguidade grega (cerca de 450 a.C.) até a segunda metade do século XIX, quando os matemáticos George Cantor (1845-1918) e Richard Dedekind (1831-1916) defi- niram precisamente esse conceito. Para isso, utilizaram a nova teoria criada por Cantor em 1872: a teoria dos conjuntos. A definição de infinito foi um dos principais objetivos dessa nova teoria. Isso, aliás, pode ser observado no primeiro artigo publicado sobre o assunto, em que Cantor trata da comparação de coleções infinitas. Além da definição rigorosa de infinito e de muitas outras contribuições, a teoria dos conjuntos unificou a linguagem em todos os ramos da Matemática. 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, ... FA U S T IN O B R U N O M O TA Modelo de uma molécula de água. Os primeiros registros históricos sobre debates e tentativas de definir o conceito de infinito datam da Antiguidade grega, com os filósofos Zenão de Eleia (cerca de 490 a.C.-430 a.C.), Demócrito (cerca de 460 a.C.-370 a.C.), Aristóteles (384 a.C.-322 a.C.) e Arquimedes (287 a.C.-212 a.C.). Os argumentos mais famosos sobre esses debates são, sem dúvida, os paradoxos de Zenão, com os quais ele pretendia provar a inconsistência do conceito de infinito (relacionado ao movimento, ao espaço e ao tempo) adotado até então. Pesquise na internet “paradoxos de Zenão” e redija um breve texto sobre o paradoxo conhe- cido como “Aquiles e a tartaruga”. (A palavra paradoxo refere-se a uma ideia aparentemente absurda, contraditória.) CONECTADO FÁ B IO C O R T E Z R E IS George Cantor. H H O 2 Os conceitos primitivos da teoria dos conjuntos Os conceitos que iniciam determinada teoria são aceitos sem definição, pois, não existindo ainda a teoria, não há como defini-los; por isso são chamados de conceitos primitivos. Na teoria dos conjuntos, esses conceitos são: conjunto, elementode um conjunto e pertinência entre elemento e conjunto. A ideia de conjunto é a mesma de coleção, conforme mostram os exemplos a seguir. Exemplos a) Uma coleção de revistas é um conjunto. Cada uma dessas revistas é um elemento que pertence ao conjunto. b) Os alunos de sua sala de aula formam um conjunto. Você é um elemento que pertence a esse conjunto. c) Uma molécula de água (H2O) é um conjunto formado por três átomos: dois de hidrogênio e um de oxigênio. Ver Suplemento com orientações para o professor. 8 R ep ro du çã o pr oi bi da . A rt . 1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 3 Representação de um conjunto É usual dar nomes aos conjuntos usando letras maiúsculas (A, B, C, D etc.) e representar os elementos por letras minúsculas (a, b, c, d etc.). Destacamos a seguir as três formas fundamentais de representação de um conjunto. Representação tabular Na representação tabular de um conjunto, os elementos são apresentados entre chaves e separados por vírgula ou por ponto e vírgula. Exemplos a) A 5 {a, e, i, o, u} b) B 5 {1, 2, 3, 4} c) C 5 {3,2; 4,5; 8,9} Note que, nos exemplos acima, u é elemento do conjunto A, mas não é elemento do conjun- to B. Esses fatos são indicados, respectivamente, por: u A (lê-se: “u pertence a A“) u B (lê-se: “u não pertence a B “) Representação por um diagrama de Venn Na representação de um conjunto por um diagrama de Venn, os elementos são simbolizados por pontos interiores a uma região plana, delimitada por uma linha fechada que não se entrelaça. Exemplos a) a e i o u A b) 1 2 3 5 4 0 B c) 1 C Representação por uma propriedade Na representação de um conjunto A por meio de uma propriedade, os elementos são descri- tos por uma propriedade que os determina. Representa-se o conjunto A por: A 5 {x | x tem a propriedade p} (lê-se: “A é o conjunto de todos os elementos x, tal que x tem a propriedade p”) IL U S T R A Ç Õ E S : F A U S T IN O John Venn (1834-1923), criador dos famosos diagramas de Venn, que ultrapassam as fronteiras das ciências e são aplicados na Lógica, na Matemática, na Informática etc. FÁ B IO C O R T E Z R E IS Exemplos a) A 5 {x | x é país da América do Sul} Entenda bem: o conjunto A é formado por todos os países da América do Sul. b) B 5 {x | x é planeta do Sistema Solar} O conjunto B é formado por todos os planetas do Sistema Solar. propriedade p propriedade p M A R T IN K O M N M E S S E R /IN T E R N AT IO N A L A S T R O N O M IC A L U N IO N A N D E R S O N D E A N D R A D E P IM E N T E L Na forma tabular, usa- -se ponto e vírgula para separar números deci- mais, como no exem- plo c, pois a vírgula poderia ser confundi- da com a vírgula que separa as casas deci- mais de cada número. Se necessário, explicar que o Sol e os planetas têm órbitas diferen- tes, não se mantendo alinhados. Os planetas do Sistema Solar são: Mércurio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno. BRASIL URUGUAI ARGENTINA PARAGUAICHILE OCEANO ATLÂNTICO OCEANO PACÍFICO BOLÍVIA PERU COLÔMBIA EQUADOR VENEZUELA América do Sul GUIANA SURINAME GUIANA FRANCESA (FRA) FERREIRA, Graça M. L. Moderno atlas geográfico. São Paulo: Moderna, 2013. 1.390 km Representação artística do Sol com os planetas alinhados. 9 R ep ro du çã o pr oi bi da . A rt . 1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 4 Conjunto unitário e conjunto vazio Nas situações abaixo, cada uma das letras (A, B e C) representa o conjunto das peças sobre o respectivo tabuleiro. A B C C la u D Io G e n n a r I/ s h u t t e r s to C K F o to s a e B : C o s M a / s h u t t e r s to C K Quantos elementos tem cada um desses conjuntos? Observando que sobre o primeiro tabuleiro da esquerda há 32 peças, sobre o segundo há apenas uma peça e sobre o terceiro não há peças, concluímos que o conjunto A tem 32 elementos, B tem 1 elemento e C não tem elementos. Dizemos que B é um conjunto unitário e C é um conjunto vazio. Conjunto unitário é aquele formado por um único elemento. Conjunto vazio, representado por [ ou { }, é aquele que não possui elemento algum. Exemplos a) O conjunto A 5 {x | x é um número e x ? 5 5 15} é unitário, pois A é formado por um único elemento, isto é, A 5 {3}. b) O conjunto B 5 {x | x é estrela do Sistema Solar} é unitário, pois o Sistema Solar possui uma única estrela: o Sol. Logo, B 5 {Sol}. c) O conjunto C 5 {x | x é um número e x ? 0 5 15} é vazio, pois, como não existe número que satisfaça essa condição, C não possui elemento algum, isto é, C 5 [. d) O conjunto D 5 {x | x é estado da região Centro-Oeste brasileira e é banhado pelo mar} é va- zio, pois nenhum estado da região Centro-Oeste do Brasil é banhado pelo mar, isto é, D 5 [. 5 Conjunto finito e conjunto infinito Um conjunto é finito se for vazio ou se, ao contar seus elementos um a um, chega-se ao fim da contagem. Um conjunto é infinito quando, por mais que se avance na contagem de seus elemen- tos, sempre haverá elementos a serem contados. Exemplos a) O conjunto A 5 {a, b, c, d, e, f } é um conjunto finito, pois podemos contar seus elementos e chegar ao fim da contagem. OCEANO ATLÂNTICO OCEANO PACÍFICO NORTE CENTRO- -OESTE SUDESTE SUL NORDESTE RIO GRANDE DO SUL SANTA CATARINA PARANÁ SÃO PAULO RIO DE JANEIRO ESPÍRITO SANTO MINAS GERAIS BAHIA GOIÁS DF MATO GROSSO MATO GROSSO DO SUL AMAZONAS ACRE RONDÔNIA RORAIMA AMAPÁ PARÁ TOCANTINS SERGIPE ALAGOAS PERNAMBUCO PIAUÍ MARANHÃO CEARÁ PARAÍBA RIO GRANDE DO NORTE Brasil: divisão por regiões a n D e r s o n D e a n D r a D e P IM e n t e l SIMIELLI, Maria Elena. Geoatlas. São Paulo: Ática, 2012. 720 km 10 R ep ro du çã o pr oi bi da . A rt . 1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . b) O conjunto B 5 {x | x é pessoa brasileira} é um conjunto finito, pois podemos contar seus elementos e chegar ao fim da contagem. c) O conjunto C 5 [ é um conjunto finito, pois é vazio. d) Um importante conjunto infinito que vamos usar como referência neste capítulo é o con- junto dos números naturais: N 5 {0, 1, 2, 3, 4, ...} e) Outro importante conjunto infinito que também será usado como referência é o conjunto dos números inteiros: Z 5 {..., 23, 22, 21, 0, 1, 2, 3, ...} 6 Subconjunto Considere o conjunto B formado pela população brasileira. Com os elementos de B, podemos formar o conjunto H, de todos os homens brasileiros, e o conjunto M, de todas as mulheres brasi- leiras. Os conjuntos formados, H e M, são subconjuntos de B. Se um conjunto T de pessoas possui como elemento pelo menos uma pessoa que não seja brasileira, dizemos que T não é subconjunto de B. Indicamos esses fatos por: H B (lê-se: “H está contido em B”) M B (lê-se: “M está contido em B”) T B (lê-se: “T não está contido em B”) Dizer que um conjunto B é subconjunto de um conjunto A equivale a afirmar que, se x é elemento de B, então x é elemento de A. Observe que a definição de subconjunto (B A) não exige que B possua algum elemento, mas que, se possuir, todo elemento de B deverá pertencer a A. A sentença B A equivale à sentença A B (lê-se: “A contém B”), e a sentença B A equivale à sentença A B (lê-se: “A não contém B”). Exemplos a) {2, 5, 3} {2, 5, 3, 8, 9} b) {2, 5, 3} {2, 5, 3} c) {2, 5, 3} {2, 5, 7, 9} d) {2, 5, 3, 8, 9} {2, 5, 3} e) {2, 5, 7, 9} {2, 5, 3} f ) O conjunto de letras {k, w, y} está contido no conjunto das letras do alfabeto da língua portuguesa. g) {cachorro, gato} {x | x é animal mamífero} Propriedades P1. O conjunto vazio é subconjunto de qualquer conjunto. [ - A, ? A P2. Todo conjunto é subconjunto de si mesmo. A - A, ? A Exemplos a) [ {5, 4, 3} b) {5, 4, 3} {5, 4, 3} c) [ [ er M o la e v a le x a n D e r /s h u t t e r s to C K O símbolo ? é lido “qualquer que seja”. Escrevendo todos os subconjuntos do conjunto M 5 {a, b, c}, observa-se que ele tem oito subconjuntos: ~, {a}, {b}, {c}, {a, b}, {a, c}, {b, c} e {a, b, c}. É possível calcular o número de sub- conjuntos do conjunto M sem precisar escrever todos eles? Ver Suplemento com orientações para o professor. 11 R ep ro du çã o pr oi bi da . A rt . 1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 7 Igualdade de conjuntos Observe que todo elemento do conjunto {1, 2, 3} também pertence ao conjunto {3, 2, 1} e que todo elemento de {3, 2, 1} também pertence a {1, 2, 3}. Por isso, dizemos que: {1, 2, 3} 5 {3, 2, 1} Dois conjuntos A e B são iguais (A 5 B) se, e somente se, A B e B A. Exemplos a) {b, c, d, e} 5 {e, b, d, c} b) [ 5 [ Notas: 1. Indicamos que dois conjuntos A e B não são iguais por A B (lê-se: “A é diferente de B ”). 2. Observe que {4, 5} 5 {4, 4, 4, 5, 5}, pois todo elemento do primeiro conjunto pertence ao segundo e todo elemento do segundo pertence ao primeiro. Por isso, convencionamos não repetir elementos em um conjunto. 8 Conjunto universo Na linguagem cotidiana, usamos a palavra “universo” com vários significados. Um deles é o de conjunto de seres ou ideias que, em determinada circunstância, é tomado como referência. Por exemplo, o universo da Biologia é o conjunto dos seres vivos; o universo do Direito é o conjunto de regras que disciplinam as relações em sociedade. Na Matemática, a palavra “universo” assume significado semelhante. Conjunto universo de um estudo, representado por U, é aquele ao qual pertencem todos os elementos relacionados com esse estudo. Exemplos a) Quando estudamos métodos de contagem, o conjunto universo é U 5 {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, ...}, ou seja, é o conjunto dos números que podem resultar de uma contagem. b) No estudo das figuras geométricas planas como conjuntos de pontos, o conjunto universo é o plano. c) No estudo das figuras geométricas espaciais como conjuntos de pontos, o conjunto uni- verso é o espaço tridimensional. 1 Um automóvel é fabricado em cinco modelos diferentes, 1, 2, 3, 4 e 5, e cada modelo apresenta uma destas três cores: azul, vermelha ou preta. Na tabela abaixo, as quadrículas assinaladas com um X indicam a disponibilidade de modelo e de cor desse automóvel em uma concessionária. Cor Modelo Azul Vermelha Preta 1 X 2 X 3 X X 4 X X X 5 X a) Indicando por A, V e P os conjuntos de automóveis nas cores azul, vermelha e preta, res- pectivamente, representar por um diagrama de Venn os modelos disponíveis em cada cor nessa concessionária. exercício resolvido 12 R ep ro du çã o pr oi bi da . A rt . 1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 1 Represente, na forma tabular, os seguintes conjuntos: a) A 5 {x Z | 23 < x < 3} b) B 5 {x Z | x2 5 9} c) C 5 {x N | x2 5 9} d) D 5 {x N | 9 < x , 100} e) E 5 {x N | x . 54} 2 Classifique cada um dos conjuntos a seguir em finito ou infinito. a) A 5 {x Z | x , 0} c) C 5 {x N | 0 ? x 5 0} b) B 5 {x N | x , 0} d) D 5 {x N | 0 ? x 5 x} 3 Para uma aula de laboratório, o professor de Química pre- tende separar os 36 alunos do 1o ano B em conjuntos com o mesmo número de alunos cada um. Ele planeja formar pelo menos 3 conjuntos, e que cada conjunto tenha pelo menos 4 elementos. a) Quantos conjuntos podem ser formados? b) Quantos elementos pode ter cada conjunto? 4 Observando o diagrama, classifique, no caderno, cada uma das afirmações em verdadeira ou falsa. a) 3 A b) 3 A e 3 B c) 3 A ou 3 B d) 5 A ou 5 B e) 5 A e 5 B f) {5, 8} A g) {5, 8} B h) {6, 8} B i) {8, 4, 9} A j) Se A 5 {5, x, y}, então x 5 3 e y 5 8. 5 Após o teste de um novo medicamento em dez ratos, numerados de 1 a 10, verificaram-se, como efeitos colaterais, os sintomas A, B e C. O pesquisador responsá- vel pela equipe que realizou a experiên cia registrou em seu relató- rio o diagrama ao lado, que descre- ve o sintoma de cada rato submeti- do ao teste. A, B e C representam, respectivamente, os conjuntos dos ratos com os sintomas A, B e C. A 5 {23, 22, 21, 0, 1, 2, 3} B 5 {23, 3} C 5 {3} D 5 {9, 10, 11, 12, ..., 98, 99} E 5 {55, 56, 57, 58, ...} a) Represente, na forma tabular, cada um dos conjuntos A, B e C. b) Em vez de usar o diagrama, o pesquisador poderia orga- nizar esses dados em uma tabela, em que no cruzamento da linha “sintoma (A, B ou C)” com a coluna rato (1, 2, 3, ..., 10) ele assinalaria um X, indicando que tal sintoma foi observado em tal rato. Construa uma ta- bela como essa. 6 A linguagem dos conjuntos é usada em todos os ramos da Matemática. Neste exercício, aplicaremos essa linguagem à Geometria. Para isso, vamos recordar que: • Pontos são nomeados por letras maiúsculas: A, B, C, D etc. • Retas são nomeadas por letras minúsculas: a, b, c, r, s, t etc. Uma reta é um conjunto de pontos; logo, cada um de seus pontos é elemento da reta. • Um segmento de reta de extremos A e B é representa- do por TAB ou TBA. Um segmento de reta é um conjunto de pontos; logo, cada um de seus pontos é elemento do segmento de reta. • Uma semirreta de origem A que passa por B é repre- sentada por AB -. Uma semirreta é um conjunto de pontos; logo, cada um de seus pontos é elemento da semirreta. Considerando a figura, classifiquem em verdadeira ou falsa cada afirmação a seguir. B A C D E s r a) A r b) A - r c) {A} - r d) AB - r e) AB - - r f ) DE - - AE - g) A TAC h) A - TAC verdadeira falsa verdadeira verdadeira verdadeira IL U S T R A Ç Õ E S : F A U S T IN O EXERCÍCIOS PROPOSTOS Faça as atividades no caderno. 22 conjuntos verdadeira verdadeira verdadeira verdadeira verdadeira verdadeira verdadeira falsa falsa falsa 12; 9; 6; 4 a) A 5 {..., 24, 23, 22, 21} (infinito) b) B 5 [ (finito) 5. b) rato sintoma 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 A X X X X X B X X X X X X X X C X X X X X X 3 8 4 9 6 5 A B b) Se a concessionária apresentasse todos os modelos nas três cores, quantas possibilidades de escolha te- ria um comprador? Resolução a) A tabela informa que: • o modelo 1 está disponível apenas na cor vermelha; • o modelo 2 está disponível apenas na cor azul; • o modelo 3 está disponível apenas nas cores azul e vermelha; • o modelo 4 está disponível nas três cores; • o modelo 5 está disponível apenas na cor preta. Assim, é possível montar o diagrama a seguir. 3 2 4 1 5 A V P b) Na tabela, as quadrículas disponíveis para assinalar as disponibilidades formam 3 linhas e 5 colunas; logo, há 5 ? 3 possibilidades de escolha, isto é, 15 possibili- dades de escolha. c) C 5 {0, 1, 2, 3, ...} 5 N (infinito) d) D 5 {0} (finito) 3 8 4 9 6 5 A B C 1 10 2 7 a) A 5 {1, 4, 6, 9, 10} B 5 {1, 2, 4, 5, 6, 7, 8, 9} verdadeira falsa falsa C 5 {3, 4, 5, 6, 7, 9} 13 R ep ro du çã o pr oi bi da . A rt . 1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 9 Operações entre conjuntos União (ou reunião) de conjuntos O departamento de Recursos Humanos de um centro de diagnósticos abriu inscrições para um concurso que pretende selecionar novos profissionais para a ampliação do quadro de funcionários da empresa. Exige-se do candidato formação em Medicina ou em Enfermagem. Gustavo é formado apenas em Medicina, Rodrigo é formado apenas em Enfermagem, e Camila, em Medicina e em Enfermagem. Qual dos três pode participar do concurso do centro de diagnósticos? Os três preenchem os requisitos exigidos pela empresa, pois cada um deles é médico ou enfer- meiro. Assim, os três podem se inscrever para a seleção. Note que o conectivo “ou” nesse texto tem um sentido inclusivo, isto é, ele inclui no conjunto das pessoas que podem participar daseleção todas as que têm apenas uma das formações exigidas e todas as que têm as duas formações. O conectivo “ou”, com sentido inclusivo, é usado na definição de união (ou reunião) de con- juntos, conforme segue: A união de dois conjuntos, A e B, que indicaremos por A B, é o conjunto cujos elemen- tos são todos aqueles que pertencem a A ou a B. A B 5 {x | x A ou x B } Exemplos a) Sendo A 5 {7, 8, 9} e B 5 {10, 11}, temos: A B 5 {7, 8, 9, 10, 11} b) Sendo C 5 {7, 8, 9, 10} e D 5 {9, 10, 11, 12, 13}, temos: C D 5 {7, 8, 9, 10, 11, 12, 13} c) Sendo E 5 {4, 5, 6} e F 5 {2, 3, 4, 5, 6, 7}, temos: E F 5 {2, 3, 4, 5, 6, 7} d) A tabela abaixo mostra a composição química de cada molécula de alguns gases. As letras C, H, O e N representam átomos de carbono, hidrogênio, oxigênio e nitrogênio, respecti- vamente. O número subscrito à direita de cada letra indica o número de átomos represen- tados pela letra, que compõem a molécula. Por exemplo, cada molécula do metano é for- mada por um átomo de carbono e 4 de hidrogênio. Gás Composição Metano CH 4 Etano C 2 H 6 Propano C 3 H 8 Dióxido de carbono CO 2 Nitrogênio N 2 Oxigênio O 2 Em relação ao universo dos gases dessa tabela, se M é o conjunto dos gases que possuem carbono em sua composição e N é o conjunto dos gases que possuem oxigênio, então: M N 5 {metano, etano, propano, dióxido de carbono, oxigênio} Isso significa que os gases do conjunto M N são aqueles da tabela que possuem carbono ou oxigênio em sua composição. S S u a p h o to S /S h u t t e r S to c k O dióxido de carbono proveniente da queima de combustíveis fósseis e das queimadas na lavoura tem efeito danoso sobre o clima do planeta e a qualidade do ar. Inspirando-se no exercício resolvido 1 e no exercício proposto 5, elaborem uma tabela sobre uma situação fictícia. Em seguida, representem os dados da tabela em um diagrama de Venn. Criando problemas Resposta pessoal. A B é lido como “A união B ”. 14 R ep ro du çã o pr oi bi da . A rt . 1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . IL U S T R A Ç Õ E S : F A U S T IN O B R U N O M O TA Representação da união de conjuntos por diagramas de Venn Toda a região hachurada Toda a região hachurada Toda a região hachurada representa A B. representa C D. representa E F. Propriedades da união de conjuntos Sendo A, B e C conjuntos quaisquer, temos: P1. Se B é subconjunto de A, então A B 5 A; e, se A B 5 A, então B é subconjunto de A. Ou seja: B A X A B 5 A P2. A B 5 B A P3. (A B) C 5 A (B C ) Nota: O símbolo X (lê-se: “se, e somente se”) representa a relação de equivalência, que é a implicação mútua entre duas proposições. Assim, a sentença B A X A B 5 A significa que: B A Æ A B 5 A e A B 5 A Æ B A Como consequência da propriedade P1, vem: A 5 A e A A 5 A E, como consequência da propriedade P3, a união de mais de dois conjuntos A1, A2, A3, ..., An pode ser definida da seguinte maneira: A1 A2 A3 ... An 5 {x | x A1 ou x A2 ou x A3 ou ... ou x An} Intersecção de conjuntos Seja A o conjunto dos professores de uma escola e B o conjunto dos membros do sindicato dos professores. Se Pedro é professor dessa escola e é membro do sindicato, dizemos que Pedro pertence a A e pertence a B. O conectivo “e”, com o sentido de simultaneidade, conforme usado acima, é adotado na definição de intersecção de conjuntos: A intersecção de dois conjuntos, A e B, que indicaremos por A B, é o conjunto cujos elementos são todos aqueles que pertencem a A e a B. A B 5 {x | x A e x B } Se a intersecção entre os conjuntos A e B é o conjunto vazio, dizemos que A e B são disjuntos. Exemplos a) Sendo A 5 {5, 6, 7, 8} e B 5 {7, 8, 9, 10}, temos: A B 5 {7, 8} b) Sendo C 5 {3, 4, 5} e D 5 {8, 9}, temos: C D 5 c) Sendo E 5 {b, c, d, e} e F 5 {a, b, c, d, e, f }, temos: E F 5 {b, c, d, e} d) Retomando a tabela da composição química de alguns gases, apresentada no exemplo d da página 14, temos que, em relação ao universo dos gases da tabela: M N 5 {dióxido de carbono} Isso significa que o dióxido de carbono é o único gás da tabela que possui carbono e oxi- gênio em sua composição. A B é lido como “A intersecção B ”. Note que, no exemplo b, os conjuntos C e D são disjuntos. 15 R ep ro du çã o pr oi bi da . A rt . 1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 7 São dados os conjuntos: A 5 {x Z | 24 , x < 2} B 5 {x N | x < 3} C 5 {x Z | 22 , x , 5} D 5 {x Z | 3 < x < 8} Determine: a) A B f) A B C b) A B g) A B C D c) A D h) (A D) (B C ) d) A D i) (A D) (B C ) e) A B D 8 Sabendo que S T 5 {a, b, d}, S 5 {a, b, c, d} e S < T 5 {a, b, c, d, e, f, g}, copie o diagrama abaixo no ca- derno e represente nele os elementos dos conjuntos S e T. TS 9 Os três círculos abaixo simbolizam os conjuntos A, B e C. A região hachurada representa: a) (B A) C d) B (A C ) b) (B A) C e) B (A C ) c) (B C ) A 10 Os diagramas de Venn sintetizam informações, facilitando a visão global das relações entre conjuntos. Por exemplo, com o auxílio desses diagramas, podemos entender facil- mente a distinção entre Inglaterra, Grã-Bretanha e Reino Unido. exercícios ProPostos Faça as atividades no caderno. P5. Propriedade distributiva da união em relação à intersecção: A (B C ) 5 (A B) (A C ) P4. Propriedade distributiva da inter- secção em relação à união: A (B C ) 5 (A B) (A C ) S T e f a b c d g 8. 7. a) A B 5 {23, 22, 21, 0, 1, 2, 3} b) A B 5 {0, 1, 2} c) A D 5 {23, 22, 21, 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8} d) A D 5 [ e) A B D 5 {23, 22, 21, 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8} f) A B C 5 {0, 1, 2} g) A B C D 5 [ h) (A D) (B C) 5 5 {21, 0, 1, 2, 3, 4} i) (A D) (B C) 5 {0, 1, 2, 3} alternativa d Representação da intersecção de conjuntos por diagramas de Venn Toda a região hachurada representa A B. Os conjuntos C e D são disjuntos, isto é: C D 5 [ Toda a região hachurada representa E F. B A C D F E Propriedades da intersecção de conjuntos Sendo A, B e C conjuntos quaisquer, temos: P1. Se B é subconjunto de A, então A B 5 B; e, se A B 5 B, então B é subconjunto de A. Ou seja: B A ≤ A B 5 B P2. A B 5 B A P3. (A B) C 5 A (B C ) Como consequência da propriedade P1, vem: [ A 5 [ e A A 5 A E, como consequência da propriedade P3, a intersecção de mais de dois conjuntos A1, A2, A3, ..., An pode ser definida da seguinte maneira: A1 A2 A3 ... An 5 {x | x A1 e x A2 e x A3 e ... e x An} Lembre-se: Não escreva no livro! Il u s t r a ç õ e s : F a u s t In o 16 R ep ro du çã o pr oi bi da . A rt . 1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . O diagrama abaixo apresenta os conjuntos: R 5 {x | x é nação do Reino Unido} I 5 {y | y é nação da Ilha da Irlanda} G 5 {z | z é nação da Grã-Bretanha} República da Irlanda Irlanda do Norte Escócia Inglaterra País de Gales GI R Com base no diagrama, responda às questões. a) Quais são as nações que formam o Reino Unido? b) Quais são as nações que formam a Grã-Bretanha? c) Determine o conjunto G > I. d) Represente, na forma tabular, o conjunto R > I. e) Represente, na forma tabular, o conjunto R ø I. f ) Represente, na forma tabular, o conjunto (R ø I) > G. 11 Considere o conjunto universo U dos cidadãos brasilei- ros e os conjuntos abaixo. A 5 {x U | x nasceu na região Sul do Brasil} B 5 {y U | y nasceu na região Sudeste do Brasil} C 5 {z U | z nasceu na região Centro-Oeste do Brasil} D 5 { p U | p nasceu na região Nordeste do Brasil} E 5 { q U | q nasceu na região Norte do Brasil} OCEANO ATLÂNTICO OCEANO PACÍFICO REGIÃO NORTE REGIÃO CENTRO--OESTE REGIÃO SUDESTE REGIÃO SUL REGIÃO NORDESTE RIO GRANDE DO SUL SANTA CATARINA PARANÁ SÃO PAULO RIO DE JANEIRO ESPÍRITO SANTO MINAS GERAIS BAHIA GOIÁS DF MATO GROSSO MATO GROSSO DO SUL AMAZONAS ACRE RONDÔNIA RORAIMA AMAPÁ PARÁ TOCANTINS SERGIPE ALAGOAS PERNAMBUCO PIAUÍ MARANHÃO CEARÁ PARAÍBA RIO GRANDE DO NORTE Brasil: divisão por regiões SIMIELLI, Maria Elena. Geoatlas. São Paulo: Ática, 2012. 10 Conjunto diferença Paula e Roberto são alunos de salas diferentes do 1o ano do Ensino Médio de um mesmo colégio. Em uma época de provas bimestrais, Paula perguntou a Roberto: — Você já fez todas as provas desse bimestre? Roberto respondeu: — Todas, menos a de História e a de Geografia. Observe que, nessa resposta, Roberto usou uma espécie de subtração. Ele tirou {História, Geo- grafia} do conjunto {Matemática, Português, Biologia, Física, Inglês, Química, História, Geografia} de todas as disciplinas ensinadas no colégio. Logo, entende-se que Roberto já havia feito todas as provas do conjunto {Matemática, Português, Biologia, Física, Inglês, Química}. Classifique em verdadeira ou falsa cada uma das afirma- ções a seguir, supondo que todas as pessoas mencionadas nasceram no Brasil. a) Se Pedro nasceu em Minas Gerais, então ele pertence a B. b) Se Maria nasceu em Santa Catarina, então ela pertence a A. c) Se Apolinário nasceu no Piauí, então ele pertence a E. d) Se Bartolomeu é amazonense, então ele pertence a E. e) Se Carlos pertence a E, então ele é amazonense. f ) Se Lucas não pertence a (A B C), então ele não é gaúcho. g) Se Luíza não pertence a (C D E), então ela não é carioca. h) Se José não pertence a (A D) > (B D), então ele não é baiano. 12 A figura a seguir apresenta quatro pontos distintos, A, B, C e D, pertencentes a uma reta r. D r C B A Classifiquem em verdadeira ou falsa cada afirmação a seguir. a) TAB TBC 5 TAC b) TAC > TBD 5 TBC c) BC - TAB 5 AC - d) BC - CB - 5 r e) BC - > CB - 5 r f ) TAD > TBC 5 TBC g) TAD TBC 5 TBC h) CD - BD - 5 TBD IL U S T R A Ç Õ E S : F A U S T IN O verdadeira verdadeira verdadeira verdadeira falsa verdadeira falsa falsa verdadeira verdadeira 10. a) Escócia, inglaterra, País de Gales e Irlanda do Norte. b) Escócia, Inglaterra e País de Gales. c) G I 5 Ö verdadeira verdadeira verdadeira falsa falsa falsa A N D E R S O N D E A N D R A D E P IM E N T E L d ) R I 5 {Irlanda do Norte} e) R I 5 {Escócia, inglaterra, País de Gales, Irlanda do Norte, República da Irlanda} f ) (R I ) G 5 {Escócia, Inglaterra, País de Gales} Lembre-se: Não escreva no livro! 700 km 17 R ep ro du çã o pr oi bi da . A rt . 1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . Propriedades da diferença de conjuntos Sendo A e B conjuntos quaisquer, temos: P1. B A à B 2 A 5 P2. A B 5 à A 2 B 5 A P3. A Þ B à A 2 B Þ B 2 A B A Toda a região hachurada representa B 2 A. C D Como D C, temos: D 2 C 5 A B Toda a região hachurada representa A 2 B. Toda a região hachurada representa C 2 D. E F Toda a região hachurada representa E 2 F. IL U S T R A Ç Õ E S : F A U S T IN O Essa ideia de subtração, tão utilizada no dia a dia, é aplicada na definição de diferença de conjuntos: A diferença de dois conjuntos, A e B, nessa ordem, que indicamos por A 2 B, é o con- junto cujos elementos são todos aqueles que pertencem a A e não pertencem a B. A 2 B 5 {x | x A e x B} Exemplos a) Sendo A 5 {1, 2, 3, 4, 5} e B 5 {4, 5, 6, 7, 8, 9}, temos: A 2 B 5 {1, 2, 3} e B 2 A 5 {6, 7, 8, 9} b) Sendo C 5 {1, 2, 3, 4, 5, 6} e D 5 {3, 4, 5}, temos: C 2 D 5 {1, 2, 6} e D 2 C 5 c) Sendo E 5 {1, 2, 3} e F 5 {4, 5, 6}, temos: E 2 F 5 E e F 2 E 5 F Representação da diferença de conjuntos em diagramas de Venn E F Toda a região hachurada representa F 2 E. B A B A A B B A 18 R ep ro du çã o pr oi bi da . A rt . 1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . A B 2 Determinar os conjuntos A e B tais que: A 2 B 5 {5, 8, 2}, B 2 A 5 {3, 6} e A B 5 {1, 2, 3, 5, 6, 7, 8}. Resolução Considerando o diagrama ao lado: I. Inicialmente, representamos os elementos de A 2 B, que são aqueles que pertencem a A e não pertencem a B. II. Depois, representamos os elementos de B 2 A, que são aqueles que pertencem a B e não pertencem a A. III. Finalmente, representamos os elementos de A B, que são aqueles que pertencem a A B e não foram representados nem em I nem em II. Portanto: A 5 {1, 7, 2, 8, 5} e B 5 {1, 7, 3, 6}. exercício resolvido Il u s t r a ç õ e s : F a u s t In o 11 Conjunto complementar Provavelmente, em sua infância, você montou um quebra-cabeça (puzzle) e formou, assim, uma imagem com peças encaixantes, como mostra a ilustração ao lado. Vamos usar essa ilustração para entender a ideia de complementar. Note que, encaixando as peças A e B nas posições vazias do quadro, completamos a imagem. Por isso, dizemos que essas peças são o complemento das peças que já foram colocadas para com- pletar a imagem. Assim, o complemento é aquilo que se inclui em uma parte para completar o todo. Exatamente essa ideia é aplicada na definição de conjunto complementar, apresentada a seguir. Sejam A e B dois conjuntos tais que A B. Chama-se complementar de A em relação a B, que indicamos por B A (lê-se: “complementar de A em relação a B ”), o conjunto cujos elementos são todos aqueles que pertencem a B e não pertencem a A. A B ≤ B A 5 {x | x B e x A} Nota: O conjunto {x | x B e x A} é exatamente a diferença B 2 A. Assim, temos: A B ≤ B A 5 B 2 A A condição necessária e suficiente para que exista B A é que A B. Caso contrário, dizemos que não existe complementar de A em relação a B. Exemplos a) Sendo A 5 {1, 2, 3} e B 5 {1, 2, 3, 4, 5}, temos A B; logo, existe complementar de A em relação a B, que é igual a B 2 A, isto é: B A 5 B 2 A 5 {4, 5} b) Sendo D 5 {1, 2, 3, 4} e E 5 {3, 4, 6, 7}, temos D E; logo, não existe E D. Representação do complementar de um conjunto em diagramas de Venn Toda a região hachurada representa B A. A B 19 R ep ro du çã o pr oi bi da . A rt . 1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 12 Problemas sobre quantidades de elementos de conjuntos finitos Neste tópico, resolveremos problemas que relacionam as operações entre conjuntos finitos com as quantidades de elementos desses conjuntos. 3 Considerando os conjuntos A e B representados no diagrama ao lado, determinar (A B) A B . Resolução Como A B é subconjunto de A B, dizemos que existe o conjunto (A B) A B e que este é formado pelos elementos que pertencem a A B e não pertencem a A B. Logo: (A B) A B 5 {4, 7, 5, 6, 8} exercício resolvido A 4 1 2 3 7 5 6 8 B Complementar de um conjunto A em relação a um universo U Quando tivermos um conjunto universo U, previamente fixado, indicaremos o complementar de A em relação a U simplesmente por A’ ou por TA, em vez de U A. Toda a região hachurada representa U A, que será indicado por A’ ou A y. A U A’ ou tA 13 Dados os conjuntos E 5 {3, 8, 6, 4}, F 5 {1, 2, 3, 8, 6, 4, 9} e G 5 {4, 5, 6, 7, 8}, determine: a) F 2 E b) G 2 E c) (E G ) 2 F d) (F 2 G ) (G 2 F ) e) E F f ) (E G) F g) G F h) E E i) [ F 14 O diagrama a seguir representa três conjuntos, A, B e C, tais que: A B C 5 {0, 6, 8}, A B 5 {0, 6, 8, 1}, A C 5 {0, 6, 8, 12}, B C 5 {0, 6, 8, 2, 3}, B 2 A 5 {2, 3}, C 2 B 5 {12} e A 2 B 5 {12, 15}. Copie em seu cader- no esse diagrama e complete-o com os elementos de cada conjunto. exercícios ProPostos Faça as atividades no caderno. C BA 15 Sendo U o conjunto universo de todos os estudantes de sua escola, considere osseguintes conjuntos: A 5 {x 9 U | x é do sexo masculino} B 5 {y 9 U | y tem no mínimo 1,6 m de altura} C 5 {z 9 U | z tem no máximo 1,7 m de altura} Indicando por TX o complementar de X em relação a U, representem cada conjunto a seguir por meio de uma propriedade que determine seus elementos. a) TA b) TB c) TC d) TB C e) TB TC C BA 15 1 0 8 612 3 2 {1, 2, 9} {1, 2, 9} {5, 7} {5, 7} {1, 2, 3, 5, 7, 9} {1, 2, 3, 9} Não existe, pois G F. {1, 2, 3, 4, 6, 8, 9} Ö Ver Suplemento com orientações para o professor. Il u s t r a ç õ e s : F a u s t In o Lembre-se: Não escreva no livro! 20 R ep ro du çã o pr oi bi da . A rt . 1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . (2) O conjunto A é o das pessoas que conhecem o pro- duto A. Tal conjunto possui 280 elementos; porém, na parte (1), já foram consideradas 80 pessoas desse total, faltando, portanto, 200 pessoas para completar o conjunto. O número 200 deve ser escrito na região que corresponde a A 2 B: 4 Foi realizada uma pesquisa com 350 pessoas para avaliar a eficácia de um anúncio na divulgação de dois produtos novos, A e B. Ao final da pesquisa, constatou-se que, dos entrevistados, precisamente: • 280 conheciam o produto A; • 80 conheciam os dois produtos; • 20 não conheciam nenhum dos dois pro dutos. De acordo com esses dados, quantas pessoas entrevistadas conheciam apenas o produto B? Resolução Sejam: • U o conjunto universo das pessoas entrevistadas; • A o conjunto das pessoas entrevistadas que conhecem o produto A; • B o conjunto das pessoas entrevistadas que conhecem o produto B. (1) Primeiro vamos considerar o conjunto A > B, aquele das pessoas que conhecem os dois produ- tos. Essa intersecção possui 80 elementos. Para nos orientar, vamos escrever o número 80 na região correspondente a A B: (3) A região que corresponde a (A B)l é a das pessoas que não conhecem nenhum dos dois produtos. Nessa região, escrevemos o número 20: (4) A região que corresponde ao conjunto B 2 A é a das pessoas que conhecem apenas o produto B. Seja x o número de elementos desse conjunto: Como o número de elementos do universo é 350, temos: 20 1 200 1 80 1 x 5 350 Ou seja, x 5 50; portanto, o número de elementos do conjunto B 2 A é 50. Logo, 50 pessoas conheciam apenas o produto B. 5 Dos 180 funcionários que trabalham no escritório de uma empresa, precisamente: • 108 falam inglês; • 68 falam espanhol; • 32 não falam inglês nem espanhol. Quantos funcionários desse escritório falam as duas línguas (inglês e espanhol)? F e r n a n D o F a v o r e t to /C r Ia r IM a G e M D U 200 80 A exercícios resolvidos Il u s t r a ç õ e s : F a u s t In o Il u s t r a ç õ e s : F a u s t In o Do you speak English? Lo siento, no lo entiendo. Hablo Español. s e r r a lh e Ir o 21 R ep ro du çã o pr oi bi da . A rt . 1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . Resolução Sejam: • U o conjunto dos 180 funcionários; • I o conjunto dos funcionários que falam inglês; • E o conjunto dos funcionários que falam espanhol. (1) Convém, nesse tipo de problema, indicar inicialmente o número de elementos da intersecção I E. Como esse número é exatamente o que o problema pede, va- mos indicá-lo por x: I x E U (2) O conjunto I tem 108 elementos. Como já admitimos que x desses elementos estão em I, faltam 108 2 x ele- mentos em I, que devem ser indicados na região I 2 E: I x108 � x E U (3) O conjunto E tem 68 elementos. Como já admitimos que x desses elementos estão em E, faltam 68 2 x ele- mentos em E, que devem ser indicados na região E 2 I: I x 68 � x108 � x E U (4) Se 32 funcionários não falam inglês nem espanhol, o conjunto (I E)’ deve ter 32 elementos: I x 68 x 32 108 x E U Como o conjunto U tem 180 elementos, fazemos: 32 1 108 2 x 1 x 1 68 2 x 5 180, ou seja, x 5 28 Concluímos que 28 funcionários do escritório falam as duas línguas (inglês e espanhol). 6 Uma indústria de artigos esportivos fez uma pesquisa de mercado com 1.500 pessoas, que deveriam responder “sim” ou “não” a cada uma das seguintes perguntas: I. Você pratica caminhada? II. Você pratica corrida? III. Você pratica ginástica? O resultado da pesquisa foi apresentado na tabela: Resposta “sim” Número de pessoas à pergunta I 800 à pergunta II 332 à pergunta III 618 às perguntas I e II simultaneamente 118 às perguntas I e III simultaneamente 172 às perguntas II e III simultaneamente 110 às perguntas I, II e III simultaneamente 70 De acordo com esses dados, quantas pessoas responderam “não” a todas as perguntas? Resolução Sejam: • U o conjunto das 1.500 pessoas entrevistadas; • A o conjunto das pessoas que responderam “sim” à pergunta I; • B o conjunto das pessoas que responderam “sim” à pergunta II; • C o conjunto das pessoas que responderam “sim” à pergunta III. (1) Indicaremos, inicialmente, o número de elementos da intersecção dos conjuntos. Como 70 pessoas respon- deram “sim” às perguntas I, II e III simultaneamente, escrevemos o número 70 na região que corresponde a A B C: A B C70 U (2) Em seguida, indicamos o número de elementos das intersecções dos conjuntos dois a dois. Como 118 pessoas responderam “sim” às perguntas I e II simulta- neamente e já indicamos 70 elementos nessa intersec- ção, faltam 48 elementos em A B; como 172 pessoas responderam “sim” às perguntas I e III simultanea- mente e já indicamos 70 elementos nessa intersecção, faltam 102 elementos em A C; como 110 pessoas responderam “sim” às perguntas II e III simultanea- D Is C P IC t u r e /a la M y /G lo w IM a G e s Il u s t r a ç õ e s : F a u s t In o R ep ro du çã o pr oi bi da . A rt . 1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 22 Inspirando-se nos exercícios propostos 16 a 20, elaborem e resolvam um problema sobre a quantidade de elementos de conjuntos finitos que envolva uma situação do cotidiano. Criando problemas 16 Em uma festa, 29 pessoas discutiam dois filmes, A e B. Dessas pessoas, precisamente: • 13 assistiram ao filme A; • 5 assistiram aos dois filmes; • 6 não assistiram a nenhum dos dois filmes. Sabendo que todas as 29 pessoas opinaram, responda: quantas pessoas assistiram ao filme B? 17 De uma pesquisa realizada pela Secretaria de Turismo do Estado com 2.200 pessoas, pôde-se concluir que: • exatamente 816 dessas pessoas já estiveram na região Nordeste do Brasil; • exatamente 602 dessas pessoas já estiveram na região Norte do Brasil; • exatamente 206 dessas pessoas já estiveram nas duas regiões. Quantas das pessoas entrevistadas nunca estiveram em nenhuma das duas regiões? 18 Para avaliar o conhecimento dos 32 alunos de uma classe no início do ano letivo, um professor de História fez as seguintes perguntas: 1a pergunta: “Quem já estudou, na Antiguidade Oriental, a história do Egito?” 2a pergunta: “Quem já estudou, na Antiguidade Ociden- tal, a história do mundo grego?” Após a contagem, o professor constatou que exatamente 18 alunos responderam “sim” à primeira pergunta, 21 responderam “sim” à segunda pergunta e 3 responderam “não” a ambas. Quantos alunos dessa classe já haviam estudado a história do Egito e a história do mundo grego? 19 Uma pesquisa foi feita com 40 alunos. As questões foram as seguintes: 1. Você conhece a região A do Brasil? 2. Você conhece a região B do Brasil? 3. Você conhece a região C do Brasil? Feito o levantamento de dados, constatou-se que: • 19 alunos conheciam a região A; • 20 alunos conheciam a região B; • 19 alunos conheciam a região C; • 7 alunos não conheciam nenhuma das três regiões; • 10 alunos conheciam as regiões A e C; • 12 alunos conheciam as regiões B e C; • 11 alunos conheciam as regiões A e B. O número de alunos que conheciam