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BRASIL IMPERIAL (1822-1889)

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Brasil Imperial
1° reinado (1822-1831)
 ● Esse período de 1° Reinado no Brasil começa oficialmente em 7 de setembro de 1822 quando D Pedro
deu o grito de independência as margens do Ipiranga, mas é resultado de um processo que começou
muito antes com a insatisfação do povo com a coroa portuguesa.. A partir desse momento o Brasil colô-
nia se tornou um império, cujo imperador era D Pedro 1.
 ● O Brasil foi o único caso na América Latina a ser uma monarquia depois de ganhar a independência,monarquia depois de ganhar a independência,monarquia depois de ganhar a independência,
normalmente os países se tornavam repúblicas, mas aqui no Brasil, principalmente a elite letrada, optou
por essa forma de governo.
 ● Depois da independência, o país precisava de uma constituição, sua própria lei, mas para isso era ne-
cessário organizar uma Assembleia Constituinte, e as eleições para essa assembleia já estavam previstas
desde antes.
 ● Como já explicado no resumo sobre Independência do Bra-
sil, a elite foi fundamental para que ela acontecesse de fato,
mas durante o 1° reinado eles entram em conflito com o impe-
rador muitas vezes. A elite que ajudou a erguer a monarquia
no Brasil vai levar a sua primeira rasteira aqui quando D PedroD PedroD Pedro
resolve dissolver a Assembleia Constituinte resolve dissolver a Assembleia Constituinte resolve dissolver a Assembleia Constituinte porque ele acredi-
tava que não seriam feitas leis “dignas dele”., enquanto o povo
queria mais liberdades individuais, ele queria poderes ilimitados
 ● Essa primeira Constituição que não deu certo ficou conhecida como Constituição da Mandioca (1823)Constituição da Mandioca (1823)Constituição da Mandioca (1823),
justamente por esse motivo., e no lugar dela D Pedro outorgou a Constituição de 1824D Pedro outorgou a Constituição de 1824D Pedro outorgou a Constituição de 1824
A Constituição de 182418241824
 ● A Constituição de 1824 ficou vigente durante todo o período imperial do Brasil. Ela deu muita treta, pri-
meiro porque ela é outorgada e não promulgada democraticamente, ela foi imposta ao povo pelo Rei.
 ● Ela constituiu o governo como monárquico, hereditário e constitucionalmonárquico, hereditário e constitucionalmonárquico, hereditário e constitucional (uma monarquia hereditária sob
uma Constituição)
 ● Ainda definiu que o Império teria uma nobreza mas não uma aristocracia, ou seja, havia títulos de no-
breza como duque, visconde, etc, mas não era hereditário, isso foi feito para que não fosse uma ameaça
ao poder do rei.
 ● Ela também definiu o catolicismo como religião oficial do país
 ● O poder legislativopoder legislativopoder legislativo era dividido em câmara e senadocâmara e senadocâmara e senado, o cargo de senador era vitalíciosenador era vitalíciosenador era vitalício (escolhido pelo
imperador), o voto era indireto censitário (os eleitores votavam num corpo eleitoral que definia quem
ocuparia o cargo e censitário porque só tinha direito ao voto e a se candidatar a cargos quem cumpria al-
guns requisitos econômicos principalmente).
 ● As mulheres eram excluídas da política (só tiveram direito ao voto em 1934)
 ● A Constituição permitia o voto a analfabetos (a educação era muito restrita)
 ● O Brasil foi dividido em províncias governada por um presidente escolhido pelo imperador
 ● Ela criou o poder Moderadorpoder Moderadorpoder Moderador, e era disso que D Pedro estava falando quando falou das leis dignas dele.
Ele queria um mecanismo que lhe desse o direito de interferir diretamente na política e esse mecanismo
foi o poder Moderador, que dava ao Rei o poder do veto caso não gostasse de alguma lei, podia dissolver
a Assembleia, podia aprovar ou vetar as considerações do Senado, convocar novas eleições, além de tudo
a figura do imperador foi considerada inviolável e sagrada, ele não tinha que responder pelos seus atos,
mandava e desmandava em tudo..
 ● É claro que a população estava muito insatisfeita, principalmente a elite econômica da época, seu go-
verno estava cada vez mais desgastado., e aconteceu então a 1° revolta dentro do primeiro reinado.
Confederação do Equador
1824
 ● Mais uma vez os pernambucanospernambucanospernambucanos que tinham um regionalismo muito
forte tentam se separar do Brasil, um movimento com muitos ideais re-
publicanos. Seis províncias apoiaram a revolta, três delas (Paraíba, RioParaíba, RioParaíba, Rio
Grande do Norte e CearáGrande do Norte e CearáGrande do Norte e Ceará) forneceram tropas a Pernambuco, justamente
pelo apoio dessas três províncias a bandeira de Pernambuco tem três es-
trelas
 ● A repressão a essa revolta foi muito violenta, vários líderes foram presos, 17 pessoas foram condena-
das à morte, o mais famosos deles Frei CanecaFrei CanecaFrei Caneca
 ● Cipriano Barata e Frei CanecaCipriano Barata e Frei CanecaCipriano Barata e Frei Caneca eram famosos críticos do governo, veiculavam suas opiniões nos jornais
da região. Frei Caneca foi condenado à forca, mas ele era tão popular que o homem responsável por sua
morte se recusou a fazê-lo, e ele acabou fuzilado.
Guerra da Cisplatina
(1825-1828)
 ● A região da Cisplatina era motivo de tensão desde o período colônial.
 ● Essa região tinham um comércio riquíssimocomércio riquíssimocomércio riquíssimo, prin-
cipalmente na banda oriental (atual Uruguai) e come-
çou a ser disputado pela Coroa portuguesa no Brasil
e os espanhóis com as Províncias Unidas do Rio daProvíncias Unidas do Rio daProvíncias Unidas do Rio da
PrataPrataPrata (atual Argentina).
 ● Em represália a Espanha por abrir seu território
para os franceses invadirem Portugal, depois da vin-
da corte portuguesa para o Brasil, D João VI orde-
nou a invasão da região e anexação dela ao Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves.
 ● Mas a tensão na região continuou depois da ocupação portuguesa, pois o comandante das tropas se
indispôs bastante com a população local. Por causa dessa tensão permanente, uma rebelião se iniciou emrebelião se iniciou emrebelião se iniciou em
1825, separando a Cisplatina do Brasil 1825, separando a Cisplatina do Brasil 1825, separando a Cisplatina do Brasil e vinculando ela as Províncias Unidas do Rio da Prata que sempre a
apoiaram material e financeiramente.
 ● A guerra acabouguerra acabouguerra acabou quando foi assinado um acordo entre o Brasil e as Províncias Unidas onde ambos
abriram mão da província Cisplatinaabriram mão da província Cisplatinaabriram mão da província Cisplatina e isso anulou de vez a popularidade do imperador.
 ● Assim em 182818281828 foi reconhecida a independência da República Oriental do Uruguai.República Oriental do Uruguai.República Oriental do Uruguai.
Noite das Garrafadas
1831
 ● Libero BadaróLibero BadaróLibero Badaró, ferrenho opositor de D Pedro 1, foi assassi-
nado misteriorisamente no Rio de Janeiro.. Logo a população
tomou como sendo autoria do imperador, e ele organizou
uma comitiva em busca de apoiadores em outras províncias.
Foi primeiramente a Ouro Preto, mas foi recebido com hosti-
lidade e retornou a capital onde foi recebido pelos lusitanos
apoiadores com uma grande festa
 ● Isso indignou os brasileiros que começaram a hostilizar os
portugueses chamando-os de “estrangeiros” ou gritando “morte aos pés de chumbo”. Em pouco tempo a
cidade virou um caos violento com brasileiros atacando lusitanos com garrafa, cacos de vidro e pedras.
 ● Esse foi um dos últimos eventos que antecederam a retirada de D Pedro
Chutaram o pau da barraca (ou do Brasil)
 ● Todas essas questões desgastavam muito o governo de D Pedro, até mesmo seu exército estavaexército estavaexército estava
descontentedescontentedescontente, pois, as condições de vida deles não eram das melhores, seus soldos vinham sempre atrasa-
dos ou parcelados, ainda tinham que aguentar portugueses nos cargos mais altos do exército, etc.
 ● Além disso, ainda havia a questão econômica, pois, o Banco do BrasilBanco do BrasilBanco do Brasil que foi fundado em 1808 quando
a família real esteve aqui, quando D João VI teve que retornar a Portugal,ele levou todo o ouro do ban-
co, e os gastos militares aumentaram muito com a guerra da Cisplatina e o banco teve que emitir cada
vez mais moedas, logo o custo de vida aumentou, as falsificações de dinheiro também, a inflação inflação inflação como
um todo disparou, até que em 1929 ele decretou falência e fechou as portas1929 ele decretou falência e fechou as portas1929 ele decretou falência e fechou as portas.
 ● A política era dividida em Liberais e Absolutistas, esse último era a favor do fortalecimento da imagem
do imperador, tinham medo de que a liberdade excessiva prejudicasse seus previlégios. Os liberais tam-
bém defendiam a propriedade, hierarquia social, mas tinham ressalvas quanto a atuação do imperador e
acreditavam que ele deveria se submeter as leis.
 ● Um fator agravante para a abdicação de D Pedro foi a sua imagem pessoal, ele tinha um coportamen-
te agressivo, dava grandes bailes, passava dos limites, sua vida pessoal era muito aberta, todo mundo sabia
de seus casos extraconjugais, o mais famosos era sua amante Domitila, a qual ele deu um título de nobre-
za (Marquesa de Santoa) e ainda a nomeou como dama de companhia de Leopoldina. Se isso seria um
escândalo hoje, imagina no século XIX.
 ● E Leopoldina era muito amada pelo povo, foi ela inclusive quem assinou
a independência do Brasil, ela quem ficava como regente quando D Pedro
estava fora. E tudo piorou muito quando a imperatriz morreu. Não se sabe
ao certo a causa da morte, mas havia muitos boatos de que o rei a violen-
tava e que foi isso que causou a doença que a matou. Ela estava grávida
quando morreu.
 ● Domitila, a amante, foi muito atacada quando a rainha morreu. Depois D
Pedro se casou de novo e Domitila foi embora do Rio de Janeiro. A ima-
gem do rei foi seriamente afetada com todos esses acontecimentos.
 ● Em 1831 depois da Noite das Garrafadas D Pedro sabia que a população
não deixaria mais que ele governasse, então ele abdicou do trono. abdicou do trono. abdicou do trono.
 ● Antes disso, em Portugal, o rei D João VI morreu, e o herdeiro do trono era D Pedro 1, mas como ele
era imperador aqui no Brasil, ele abdicou do trono para sua filha Maria da Glória, mas ela ainda era uma cri-
ança, então ele arranjou para que ela se casasse com o irmão dele que seria o regente até ela ter idade
suficiente para se tornar rainha. Só que esse irmão dele tirou a Maria do poder e se autoproclamou rei
absoluto e como o casamento não havia sido consumado ainda ele foi anulado.
 ● Esse foi mais um motivo para D Pedro sair do Brasil, o trono de sua filha estava ameaçado em Portu-
gal.. No dia 7 de abril de 1831 D Pedro 1 abdicou do trono no Brasil 7 de abril de 1831 D Pedro 1 abdicou do trono no Brasil 7 de abril de 1831 D Pedro 1 abdicou do trono no Brasil e foi embora para Portugal, onde ele
não é conhecido como Pedro 1 e sim Pedro IV, muito amado pelo povo justamente por tirar o golpista do
poder.
 ● Acabou oficialmente o 1° Reinado, mas D Pedro 1 deixou seu filho Pedro de apenas 5 anos aqui no Brasil
e só poderia ser coroado imperador quando completasse a maioridade, nesse meio tempo começa o pe-
ríodo regencial
Período Regencial
(1831-1840)
 ● Na ausência de um rei três regentes deveriam estar no seu lugar, mas o país passa por uma disputa
política, existiam 3 grupos principais:
 ● Liberais exaltados:Liberais exaltados:Liberais exaltados: Republicanos
 ● Liberais moderadosLiberais moderadosLiberais moderados: Defendiam a monarquia constitucional
 ● Restauradores:Restauradores:Restauradores: Defendiam o retorno de D Pedro 1
 ● Esse período foi extremamente conturbado política e socialmenteconturbado política e socialmenteconturbado política e socialmente, e foi dividido em regências: Regên-
cia Trina Provisória, Regência Trina Permanente, Regência Una de Feijó e Regência Una de Araújo Lima
● Durante a Regência Trina Permanente (1831-1834)Regência Trina Permanente (1831-1834)Regência Trina Permanente (1831-1834) houve a criação da Guarda NacionalGuarda NacionalGuarda Nacional, que era respon-
sável por manter a ordem, e quem comandava esse pessoal era a elite agrária da época, extremamente
conservadora e escravista, principalmente aqueles produtores de café (momento em que o café come-
çou a despontar) eles compravam a patente de Coronel, organizam grupos de guardas locais, e todos es-
ses grupos vão ser chamados de Guarda Nacional, isso é a origem do que na República Velha nós conhe-
cemos como coronelismo.
 ● Também houve uma reforma no Poder Moderador, retirando um pouco suas atribuições e dando mai-
ores possibilidades a senadores e deputados.
 ● A regência trina também não deu conta de assegurar os rumos da política nacional, os conflitos entre
Moderados, Exaltados e Restauradores só pioravam, o que deu em uma revolta (Cabanada) em 1832
 ● Diogo Antônio FeijóDiogo Antônio FeijóDiogo Antônio Feijó, que era o ministro da justiça, queria ampliar sua atuação política e organizou um
golpe para se tornar regente único.
 ● Em 1834, por pressão dos liberais, aconteceu o Ato Adicional de 1834Ato Adicional de 1834Ato Adicional de 1834, que fazia algumas aterações na
Constituição de 1824, algumas delas por exemplo era a suspensão do Poder Moderador, criação de as-
sembleias legislativas provinciais, aumento dos poderes dos presidentes de província, substituição de re-
gência trina por regência una..
 ● Essa eleição de um regente para governar o país foi a experiência mais republicana que nós tivemos
antes da república de fato.
 ● Com eleições realizadas em 1835, Feijó foi eleito regente uno.Feijó foi eleito regente uno.Feijó foi eleito regente uno. Sua regência foi marcada pela Cabana-
gem no Pará e a Revolta dos Farrapos no Rio Grande do Sul. Porém, Feijó era muito esquentadinho, en-
controu forte oposição em todas as frentes políticas e isso causou seu afastamente. Novas eleições fo-
ram realizadas e Pedro de Araújo Lima foi eleitoPedro de Araújo Lima foi eleitoPedro de Araújo Lima foi eleito
 ● A regência de Araújo Lima foi marcada pelas medidas regressistasA regência de Araújo Lima foi marcada pelas medidas regressistasA regência de Araújo Lima foi marcada pelas medidas regressistas. Ele acreditava que as revoltas pro-
vinciais eram por causa do governo descentralizado e a política liberal. Por isso sua principal ação foi alterar
medidas do Ato Adicional de 1834 revogando a autonomia adiministrativa das províncias. Mas ele também
criou algumas instituições importantes no aspecto cultural do Rio de Janeiro, como o Colégio Pedro 11, o
Arquivo Público Nacional e o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro
O fim do período regencial
 ● Num ponto do período regencial, a disputa já estava apenas entre liberais e conservadores, os liberais
insatisfeitos com a regência do conservador Araújo Lima.
 ● A maneira que os liberais conseguiram de retornar ao poder foi o Golpe da MaioridadeGolpe da MaioridadeGolpe da Maioridade (liderado por
Antônio Carlos de Andrada), quando declararam a maioridade de Pedro
11 aos 14 anos, a fim de acabar com o período regencial e retomar a es-
tabilidade política do Brasil. A isso os conservadores não poderiam se
opor, afinal D Pedro 11 era o herdeiro do trono..
 ● Pedro 11 em 1840, foi coroado imperador do Brasil aos 14 anosPedro 11 em 1840, foi coroado imperador do Brasil aos 14 anosPedro 11 em 1840, foi coroado imperador do Brasil aos 14 anos de
idade, se tornou D Pedro 11 e iniciou o Segundo Reinado.
Segundo Reinado
1840-1889
 ● D Pedro 11 ficou no poder 40 anos a mais que seu pai D Pedro 1.
Política
 ● D Pedro 11 exerceu uma política chamada de parlamentarismo às avessasparlamentarismo às avessasparlamentarismo às avessas, ele criou um cargo equiva-
lente a um primeiro ministro, funcionava como um esqueleto de monarquia parlamentarista.
 ● Os partidos políticos que atuaram durante o Segundo Reinado se formaram ainda no período regencial,
que era o Partido Liberal (progressistas) e o Partido Conservador (regressistas). A disputa entre os dois
partidos gerava muita instabilidadena política brasileira, e por isso o imperador resolveu fazer um reveza-
mento entre liberais e conservadores nesse cargo de “primeiro-ministro”
 ● Conservadores:Conservadores:Conservadores: defendiam a centralização do poder nas mãos do imperador, eles sustentavam-se
na aliança da burocracia com o grande comércio e a grande lavoura de exportação
 ● Liberais:Liberais:Liberais: defendiam maior autonomia local para as províncias, eram profissionais liberais urbanos uni-
dos à agricultura de mercado interno.
 ● Porém, na prática os interesses dos dois partidos não eram muito bem definidos, porque o que os dois
queriam apenas era estar no poder. Na época se dizia que não havia nada mais parecido com um conser-
vador que um liberal no poder, é daí que surgem aquelas frases clichês “político é tudo farinha do mesmo
saco”, etc.
 ● São por esses motivos que durante o segundo reinado
houve certa estabilidade política, D Pedro estava sempre no
centro do poder e os dois partidos disputando por cargos
importantes., mas Pedro sabia trabalhar bem isso.
 ● Mas não só de disputa política vive o Segundo Reinado.
Economia
 ● Em 1844 foi criada a Tarifa Alves BrancoTarifa Alves BrancoTarifa Alves Branco que aumentou as tarifas alfandegárias sobre os produtos im-
portados, o que fez o mercado interno muito mais interessante.
 ● Aqui o grande destaque é a economia cafeeiraeconomia cafeeiraeconomia cafeeira, que se consolidou durante o Segundo Reinado se tor-
nando o principal meio de produção da economia brasileira e começou a importar mão de obra assalaria-mão de obra assalaria-mão de obra assalaria-
da alemã e italiana.da alemã e italiana.da alemã e italiana.
 ● Os principais centros produtores de café foram: Va-Va-Va-
le do Paraíba (SP/RJ), Oeste Paulista (SP) e Zona dale do Paraíba (SP/RJ), Oeste Paulista (SP) e Zona dale do Paraíba (SP/RJ), Oeste Paulista (SP) e Zona da
Mata (MG),Mata (MG),Mata (MG), e segundo era o mais importante pelo solo
de terra roxa bastante fértil
 ● O Brasil chegou a exportar 50% do café consumido
mundialmente, tanto que ficou dependente do produto
 ● O crescimento econômico da época também é muito atribuído a Lei Eusébio de Queirós (1850)Lei Eusébio de Queirós (1850)Lei Eusébio de Queirós (1850) que
proibia o tráfico negreiro, os recursos antes utilizados para esse fim passaram para outras áreas, como as
estradas de ferro por exemplo.. Um grande responsável pelo surto industrial do Brasilsurto industrial do Brasilsurto industrial do Brasil nessa época foi o
Visconde e Barão de MauáVisconde e Barão de MauáVisconde e Barão de Mauá com apoio de banqueiros ingleses.banqueiros ingleses.banqueiros ingleses.
 ● Nesse momento também houve a primeira Lei de Terras (1850)Lei de Terras (1850)Lei de Terras (1850) as terras
devolutas só poderiam ser adquiridas através de compra
 Era Mauá
 ● Um jovem gaúcho chamado Irineu Evangelista de Sousa, Irineu Evangelista de Sousa, Irineu Evangelista de Sousa, de berço humilde,
saiu cedo de casa para trabalhar, conseguiu emprego em uma empresa de im-
portação onde aprendeu inglês e viajava para a Inglaterra a trabalho, o berço
da Revolução Industrial. Teve contato com os valores e a lógica do capitalismo
industrial que fervilhava, observou as teorias liberais e voltou para o Brasil em busca de oportunidades que
orbitavam fora da ordem agroexportadora.
 ● Quando retornou ao Brasil comprou uma pequena Fundição no Rio de Janeiro, e depois conseguiu or-
ganizar o maior estaleiro de construção naval do império. Pouco tempo depois criou a Companhia de Re-
bocadores da Barra do Rio Grande que tinha concessão do tráfico do Rio Amazonas, paralelamente sua
empresa de siderurgia fabricava lampiões e tubos para rios e pontes.
 ● Em 1851 começou a instalar um serviço de iluminação a gás
pelas principais ruas da capital. No ano seguinte iniciou a cons-
trução de uma ferrovia que ligava o Rio de Janeiro ao Vale doferrovia que ligava o Rio de Janeiro ao Vale doferrovia que ligava o Rio de Janeiro ao Vale do
Paraíba Paraíba Paraíba (14km de linha férrea entre o porto de Mauá, na baía
de guanabara, e a estação de Fragoso, na serra da estrela). O
objetivo da construção das ferrovias era a agilidade no escoa-
mento da produção de café de onde era produzido para os
portos onde era exportado.
 ● Por essa obra ferroviária e outras, o visionário empresário Irineu conseguiu o título de Barão de Mauá
e depois ainda o de Visconde. Mas trabalhador como era, ainda investiu em bondes de tração animal, telé-telé-telé-
grafo submarino que ligava Brasil a Europagrafo submarino que ligava Brasil a Europagrafo submarino que ligava Brasil a Europa, financiou a criação do Banco Mauá Banco Mauá Banco Mauá e cia, abriu dezenas de fili-
ais no exterior, além de ser deputadodeputadodeputado no Rio Grande do Sul
 ● Mas ele não teve um declínio, ele teve um pé na bunda e tanto. Em 1857 sua empresa Ponta de Areia,
aquele estaleiro e fundição, foi alvo de um incêndio. Pouco tempo depois a vantajosa Tarifa Alves Branco
foi abandonada
 ● Em 1875 decretou falência decretou falência decretou falência e vendeu suas propriedades para liquidar as dívidas. Em 1877 Ponta de Areia
fechou as portas e o governo imperial se negou a dar auxilio financeiro a seu banco. Na década de 1880,
Barão de Mauá abandonou seus empreendimentos e morreu pouco menos de um mês antes da procla-
mação da república em 1889
 ● Detalhe MUITO importante: o Barão de Mauá era contra a escravidãoBarão de Mauá era contra a escravidãoBarão de Mauá era contra a escravidão, pois, a escravidão não é com-
pativél com a industrialização, menos ainda aliado aos interesses ingleses., e por isso ele era confrontado
pela elite agrária escravista
Guerra do Paraguai
1865-1870
 ● O Paraguai tinha planos de se industrializar, mas não tinha acesso ao oceano atlântico e tinha que pas-
sar pela bacia do rio da prata (região de conflito desde a colônia) e para isso pagava impostos a Argentina,
Uruguai e o Brasil. para conseguir exportar os seus produtos..
 ● A solução encontrada pelo Paraguai foi conquistar regiões que lhe dessem acesso
direto ao oceano. Então o Brasil, Uruguai e ArgentinaBrasil, Uruguai e ArgentinaBrasil, Uruguai e Argentina se unem na Triplice AliançaTriplice AliançaTriplice Aliança (fi-
nanciados pela Inglaterra) contra os paraguaios governados pelo ditador Solano Lopez.
 ● O início se deu quando os paraguaios aprisionaram uma embarcação brasileira
(Marquês de OlindaMarquês de OlindaMarquês de Olinda) que navegava pelo rio Paraguai em direção a Cuiabá, e a invasão ao Mato Grosso
(atual Mato Grosso do Sul)
 ● No primeiro ano da guerra o Brasil apanhou feio, nós tínhamos apenas a Guarda Nacional que era mui-
to básica, formada por fazendeiros e não dava conta. Por isso foi criado o Exército Brasileirocriado o Exército Brasileirocriado o Exército Brasileiro, sob o co-
mando de Duque de Caxias.Duque de Caxias.Duque de Caxias.
 ● Também foi criado um grupo chamado de Voluntários daVoluntários daVoluntários da
PátriaPátriaPátria, escravos que se voluntariassem para lutar na Guerra
teriam a liberdade garantida, afinal, a maior parte da popula-
ção era escrava
 ● O Paraguai sofreu sucessivas derrotas e esgotamento. De-
pois da conquista de Assunção, a guerra se transformou numa caçada a Solano Lopez. Em maio de 1870,
soldados brasileiros encontraram e mataram o ex ditador paraguaio marcando o fim do conflito.
 ● Só que aqueles Voluntários da Pátria que agora são soldados assalariados, olham para suas famílias ainda
escravizadas e veem como é uma situação contraditória, e isso vai fomentar o movimento abolicionista
Abolição da escravatura
1888
 ● Como já mencionado anteriormente, a abolição da escravatura vai acontecendo gradualmente no Bra-
sil, pois o país era extremamente dependente da escravidão..
 ● Durante todo o século XIX, esse tema foi discutido por algumas personalidades, mas só tomou alguma
forma a partir da Lei Eusébio de Queirós (1850) que proibia o tráfico negreiro.
 ● Nos anos 1860 apenasBrasil, Porto Rico e Cuba ainda eram escravis-
tas na América.
 ● Depois da Guerra do Paraguai, os movimentos abolicionistas foram in-
tensificados, e conforme isso acontecia os grupos escravocratas tam-
bém se articulavam para barrar os abolicionistas. Mas algumas leis foram
aprovadas até a abolição de fato acontecer:
 Lei do Ventre Livre (1871) Lei do Ventre Livre (1871) Lei do Ventre Livre (1871) Todo filho de escravos nascidos a partir da data dessa lei seria livre, desde
que cumprisse um tempo de serviço, sendo liberto aos oito anos (com indenização do Estado ao senhor)
ou aos 21 anos (sem indenização)
Lei dos sexagenários (1885)Lei dos sexagenários (1885)Lei dos sexagenários (1885) concedeu a liberdade a escravos de 60 anos ou mais Caso eles não ti-
vessem dinheiro para comprar a liberdade, poderia trabalhar até os 65 anos. Detalhe: dificilmente um es-
cravo chegava aos 60 anos., a expectativa de vida dos escravos era de 35 anos.
Lei Áurea (1888)Lei Áurea (1888)Lei Áurea (1888) a lei assinada pela princesa Isabel que aboliu a
escravidão no Brasil por lei, porém, não foi um ato de humanidade
ou porque a princesa era boazinha como ela foi retratada historica-
mente, a abolição aconteceu com muita luta, muitos morreram para
que isso fosse possível, a mobilização dos escravos, a adesão de di-
ferentes grupos, a situação toda se tornou insustentável.
 ● O Brasil foi a última nação independente na América a abolir a escravidão
A crise do segundo reinado
 ● O Brasil era católico, desde a Constituição de 1824, e a Igreja Católica proibiu a prática da maçonaria no
mundo, e D Pedro 11 deveria julgar os maçons brasileiros, mas ele foi “isentão”, pois, aqui no Brasil tinha
uma elite maçom que o apoiava, então ele perdeu o apoio da igreja católica e consequentemente seus
fiéis.
 ● O imperador também teve a relação com a elite agrária escravista abalada com o fim da escravidão
 ● O crescimento da imprensa liberal e o desejo por mudanças fez aumentar a oposição a monarquia,
apesar da imprensa ser controlada por D Pedro 11
 ● Houve também a questão militarquestão militarquestão militar, o exército estava muito descontente com o governo desde o fim da
Guerra do Paraguai, sob a liderança de Marechal Deodoro da FonsecaMarechal Deodoro da FonsecaMarechal Deodoro da Fonseca através dos ideais positivistas de
“ordem e progresso” e proclamam a republica com um golpe de estado em 1889
 ● Marechal Deodoro da Fonseca era amigo pessoal de D Pedro 11, e antes da proclamação Deodoro en-
trou em contato com D Pedro, que estava fora do Brasil, e o aconselhou a não retornar para o Brasil

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