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SISCOMEX Marilza Aparecida Pavesi © 2020 por Editora e Distribuidora Educacional S.A. Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida ou transmitida de qualquer modo ou por qualquer outro meio, eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação ou qualquer outro tipo de sistema de armazenamento e transmissão de informação, sem prévia autorização, por escrito, da Editora e Distribuidora Educacional S.A. Imagens Adaptadas de Shutterstock. Todos os esforços foram empregados para localizar os detentores dos direitos autorais das imagens reproduzidas neste livro; qualquer eventual omissão será corrigida em futuras edições. Conteúdo em websites Os endereços de websites listados neste livro podem ser alterados ou desativados a qualquer momento pelos seus mantenedores. Sendo assim, a Editora não se responsabiliza pelo conteúdo de terceiros. Presidência Rodrigo Galindo Vice-Presidência de Produto, Gestão e Expansão Julia Gonçalves Vice-Presidência Acadêmica Marcos Lemos Diretoria de Produção e Responsabilidade Social Camilla Veiga 2020 Editora e Distribuidora Educacional S.A. Avenida Paris, 675 – Parque Residencial João Piza CEP: 86041-100 — Londrina — PR e-mail: editora.educacional@kroton.com.br Homepage: http://www.kroton.com.br/ Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Pavesi, Marilza Aparecida P337s Siscomex / Marilza Aparecida Pavesi. – Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2020. 192 p. ISBN 978-85-522-1678-0 1. SISCOMEX. 2. Comércio Exterior. 3. Internacionalização da empresa. I. Título. CDD 382 Jorge Eduardo de Almeida CRB-8/8753 Gerência Editorial Fernanda Migliorança Editoração Gráfica e Eletrônica Renata Galdino Luana Mercurio Supervisão da Disciplina Vaine Fermoseli Vilga Revisão Técnica Stephanie Akemi Raminelli Vaine Fermoseli Vilga mailto:editora.educacional@kroton.com.br http://www.kroton.com.br/ Sumário Unidade 1 Sistemática de Comércio Exterior ............................................................... 7 Seção 1 SISCOMEX .......................................................................................... 9 Seção 2 SISCOMEX Importação ..................................................................20 Seção 3 SISCOMEX exportação ...................................................................32 Unidade 2 Regimes especiais e modalidades de pagamento ....................................51 Seção 1 Regimes especiais .............................................................................52 Seção 2 Modalidades de pagamento internacionais ..................................70 Seção 3 Aduana ...............................................................................................86 Unidade 3 Regime cambial.........................................................................................105 Seção 1 Ordem monetária mundial ..........................................................106 Seção 2 Política cambial brasileira .............................................................118 Seção 3 Operações cambiais .......................................................................129 Unidade 4 Internacionalização de produtos e o SISCOMEX ................................145 Seção 1 Composto de marketing e internacionalização .........................147 Seção 2 Internacionalização de negócios ..................................................159 Seção 3 Canais de distribuição em marketing internacional .................175 Palavras do autor Caro aluno, seja bem-vindo ao estudo do Sistema Integrado de Comércio Exterior (SISCOMEX) que, embora receba esse nome, o Sistema Integrado de Comércio Exterior é apenas parte do conteúdo que você conhecerá nesta disciplina. Estudaremos o comércio exterior, incluindo o processo de habilitação, divulgação e atuação no comércio internacional. Para começar, levantamos as seguintes questões: você sabe o que é comércio exterior e como ingressar nesse universo? Qual a importância dele para os países, suas organizações e seus cidadãos? Você sabia que atuar no comércio internacional é possível a qualquer empresa ou indivíduo? Além disso, sabe como iniciar a atuação nesse mercado e quais são as variáveis envolvidas (questões fiscais, mercado cambial e legislação aduaneira)? Por meio deste estudo, você terá respostas a essas e outras questões que poderão surgir. Para isso, este livro foi dividido em quatro unidades, sendo que a Unidade 1 discorre sobre o Sistema Integrado de Comércio Exterior, apresentando o Portal Único do Comércio Exterior. Nela, você terá contato com o processo de habilitação como empresa importadora e exportadora, com documentos relacionados a esses processos, e a política do comércio exterior brasileiro. Já na Unidade 2, serão tratados temas fundamentais para o comércio internacional, como regimes especiais, modalidades de pagamento internacionais e, fechando a unidade, discutiremos os sistemas aduaneiros. Na sequência, o câmbio será o objeto de estudo da Unidade 3, em que discutiremos a ordem monetária mundial, a política cambial brasi- leira e as operações cambiais. Por fim, na Unidade 4, distanciando-nos dos processos administrativos, nos aprofundaremos no novo e evolutivo campo do marketing internacional e internacionalização de empresas. A partir desses conteúdos, você certamente estará apto a atuar no campo do comércio exterior, que se mantém em constante evolução. Bons estudos! Unidade 1 Sistemática de Comércio Exterior Convite ao estudo Caro aluno, se você entrar em um supermercado e comprar bananas cultivadas no Equador, café brasileiro e uma garrafa de vinho sul-africano, estará experimentando os efeitos do comércio internacional, que nos permite expandir nosso consumo de bens e serviços para muito além das fronteiras de nosso país. O comércio internacional é a razão pela qual você pode escolher entre um carro brasileiro, um japonês, um americano ou de qualquer outra nacionalidade. Como resultado, as empresas enfrentam maior concorrência, tendo de praticar preços mais competitivos e oferecer produtos com maior qualidade e evoluídos tecnologicamente. Essa globalização também possibi- lita o suprimento das carências nacionais, seja em termos de produtos, bens, serviços ou matérias-primas. É nesse contexto que duas grandes multinacionais do setor químico (a KLM International e a OPQ International) criaram uma nova empresa, a partir de uma joint venture, chamada Union Poulet, cujo objetivo é abastecer o mercado nacional com suplementos que não são fabricados no Brasil e são fundamentais para a produção de ração para aves. Joint venture nada mais é do que uma empresa constituída por duas ou mais entidades empresariais, que tem como meta desenvolver um projeto ou outra ativi- dade comercial ou industrial. A razão para a sua criação é, geralmente, algum projeto específico, como duas empresas concorrentes atuarem em parceria (unindo recursos), empresas que dominam parte da tecnologia necessária para o negócio unirem forças e expertises complementares, entre outros objetivos (só para exemplificar, em 2016, uma grande fabricante de automóveis e uma companhia de serviços de transporte privado urbano de aplicativo anunciaram que formariam uma joint venture para produzir carros autônomos, que não necessitam de condutor). Como a Union Poulet é uma empresa recém-criada, ela não está autorizada a atuar no mercado internacional, precisando, para isso, providenciar sua habilitação. O sr. Helder, gerente de comércio exterior, foi encarregado de providenciar essa habilitação e você será um estagiário da área, auxiliando-o nesse processo. Dessa forma, na Unidade 1, estaremos ao lado do sr. Helder, acompanhan- do-o nos passos iniciais para que a Union Poulet se internacionalize, ou seja, para que possa atuar no comércio internacional,tanto no setor de importação quanto no setor de exportação. Para isso, inicialmente, conheceremos o Sistema Integrado de Comércio Exterior, o SISCOMEX, e compreenderemos como a empresa deve agir para se inserir nesse sistema. Também aprenderemos como proceder às habilita- ções como importador e como exportador. Pronto para o desafio? 9 Seção 1 SISCOMEX Diálogo aberto Na atualidade, com a globalização de mercado, cada vez mais as organi- zações estão internacionalizando os seus negócios. Para que isso aconteça, essas empresas precisam fazer uso do SISCOMEX, por isso, é muito impor- tante entender o máximo possível sobre esse sistema. Diante dessa realidade, esta seção o ajudará a entender o que é o SISCOMEX e qual seu papel no dia a dia das organizações que atuam no mercado internacional. A partir desta seção, você, como estagiário da área de comércio exterior, poderá acompanhar o sr. Helder no processo de ingressar a Union Poulet nesse ambiente, desvendando as ferramentas do Portal Único do Comércio Exterior e entendendo como é feita a habilitação para operar no sistema. Diante disso, esta seção o ajudará a entender o que é o SISCOMEX e qual o papel dele no dia a dia das organizações que atuam no mercado internacional. Como trata-se de uma empresa recém-criada, a Union Poulet não está autorizada a atuar no mercado internacional, precisando, para isso, providen- ciar sua habilitação. Após habilitar a companhia a transacionar seus produtos internacionalmente, o sr. Helder precisa que você saiba usar as ferramentas do sistema. Como você conseguirá fazê-lo, sem nunca antes ter trabalhado na área de comércio exterior? De que forma você pode se capacitar para utilizar o SISCOMEX de forma precisa, no seu cotidiano de trabalho? Assim, ao final desta seção, espera-se que você esteja totalmente familia- rizado com o SISCOMEX e que seja capaz de fornecer as respostas que a Union Poulet procura. É importante que você faça a leitura do texto Não pode faltar, para compreender os conceitos introdutórios para a continuidade da nossa caminhada pelo SISCOMEX. Não pode faltar Inicialmente, faremos uma breve observação sobre os termos normal- mente utilizados nas relações internacionais de comércio. Comércio exterior e comércio internacional são rotineiramente utilizados para denominar esse campo. Sendo assim, qualquer um deles poderá ser utilizado para descrever as relações internacionais de comércio, pois, embora alguns autores os 10 considerem termos relacionados, mas não sinônimos, em nosso livro, ambos poderão ser utilizados para tratar do comércio entre as nações. Agora, conheceremos efetivamente o SISCOMEX. No Brasil, toda e qualquer operação de comércio que ultrapasse as fronteiras do país, ou de seu território aduaneiro, seja para internalização ou externalização de produtos ou serviços, precisa ser registrada no Sistema Integrado de Comércio Exterior (SISCOMEX). Assimile Você sabe qual é o território aduaneiro do Brasil? Segundo o Decreto nº 6.759, de 5 de fevereiro de 2009, da Secretaria da Receita Federal, em seu artigo 2º, o território aduaneiro é todo o espaço que se localiza dentro do território nacional brasileiro (BRASIL, 2009). Quanto ao SISCOMEX, ele é um sistema criado por meio do Decreto nº 660, de 25 de setembro de 1992 (BRASIL, 1992), pelo governo federal brasi- leiro, que permite a esse uma supervisão completa do comércio internacional do país. Por meio do SISCOMEX, o governo pode implantar novas leis no comércio internacional e controlar o cumprimento das atuais. À medida que o país implementou novos sistemas relacionados à impor- tação e exportação de mercadorias, o SISCOMEX se tornou um polo de integração de diferentes sistemas, e estes estão divididos nas seguintes categorias (SISCOMEX, 2019): • Cadastro e habilitação: para sistemas relacionados ao registro e à constituição de empresas e pessoas envolvidas nos processos de importação e exportação. • Importação: para sistemas relacionados às importações para o Brasil. • Exportação: para sistemas e processos de exportações do Brasil. • Cargas e logística (Siscarga): sistema de controle da movimentação de embarcações, cargas e contêineres vazios transportados na via aquaviária, em portos brasileiros. • Controle de Carga e Trânsito (CCT): o sistema CCT já está dispo- nível para utilização e, ao final de sua implantação, substituirá integralmente o sistema MANTRA, que será desativado. O novo sistema faz o controle de movimentação de cargas de exportação e importação, entre as diversas etapas do despacho aduaneiro, cujo controle se dá por meio de funcionalidades específicas do novo sistema. Com a implantação do CCT, o transportador tem a obrigação 11 de informar à Receita Federal, os dados de todos os veículos e cargas que entram e saem do Brasil. O cruzamento dessas informações com os controles de importações e exportações possibilitará a conferência da veracidade das declarações prestadas por todos os participantes do processo, contribuindo para maior conformidade dessas operações. • Operações financeiras (Sisbacen): sistema utilizado pelo Banco Central na condução de seus processos de trabalho. • Regimes especiais: para sistemas ligados a regimes especiais, como drawback e transit. • Visão integrada: que consiste em um sistema com um status geral de todas as operações em todos os sistemas. Como notamos, por meio do SISCOMEX, o usuário terá acesso a prati- camente todos os procedimentos necessários para iniciar, dar andamento e concluir um processo de importação ou exportação. Além disso, o sistema permite a busca de orientações sobre regimes especiais, processos logísticos e, também, a busca de dados estatísticos relacionados tanto à exportação, como à importação, iniciando-se pela habilitação no sistema, por meio de um fluxo único e harmonizado de dados, que veremos ainda nesta seção. Dessa forma, todas as licenças, autorizações ou exigências incidentes sobre operações de negócios internacionais deverão ser solicitadas direta- mente no Portal SISCOMEX. Ainda, as organizações terão, em suas opera- ções de comércio internacional, acesso às pendências e demandas necessárias para concluir seus negócios, e todas as normas que incidam sobre operações internacionais serão implementadas pelo SISCOMEX. Entidades e órgãos envolvidos no SISCOMEX Existem dois tipos diferentes de órgãos do governo federal que intervêm no sistema: as entidades administradoras e as entidades autorizadas. Como entidades administradoras (também chamadas de órgãos gestores) estão os órgãos intervenientes e mantenedores, que são responsáveis pela adminis- tração, pela manutenção e pela melhoria do SISCOMEX, que são: • A Secretaria da Receita Federal, responsável pelos setores tributário e aduaneiro. • A Secretaria de Comércio Exterior (Secex), responsável pela área administrativa. • O Banco Central do Brasil (Bacen), responsável pelo controle cambial. 12 Além dos órgãos intervenientes, há os órgãos anuentes, que são os respon- sáveis pela análise e pela autorização de processos específicos de importação ou exportação de mercadorias especiais ou controladas , como é o caso, por exemplo, de produtos da fauna, flora, medicamentos, alimentos, equipa- mentos radioativos, entre outros. Exemplificando Para o controle administrativo da entrada e saída de produtos específicos em território aduaneiro brasileiro, existem diversos órgãos anuentes (ou seja, instituições que aprovam, dão consentimento, liberam transa- ções comerciais de importação e exportação). Por exemplo, dentre as responsabilidades desses órgãos, está a averiguação da mercadoria (a ser exportada/importada) a fim de confirmar se ela está em conformi- dade com requisitos e normas internacionais, bem como atestar que não há proibição de determinada mercadoria ser exportada/importada pelo Brasil (CONHEÇA..., 2019). A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), por exemplo, é um órgão anuenteque protege a saúde da população, por intermédio da avaliação das características de produtos como: alimentos, medica- mentos, cosméticos, produtos hospitalares etc. Já o Departamento de Polícia Federal é o órgão que fiscaliza a entrada de qualquer produto químico que poderia ser destinado à produção ilícita de entorpecentes. Dessa forma, cada órgão anuente atua sobre determinado grupo de produtos, havendo diversos outros responsáveis pela fiscalização de: obras cinematográficas, serviços de energia elétrica, petróleo e derivados, materiais radioativos, armas, animais e plantas vivos, brinquedos, agrotóxicos, produtos químicos etc. Para acessar o SISCOMEX você deve ir ao endereço do SISCOMEX na internet. A partir da página inicial, o sistema é autoexplicativo, e você terá facilidade de navegação, iniciando-se pela habilitação. Vamos conhecer como ela é feita? Para se habilitar a importar/exportar mercadorias, a organização ou pessoa física precisa cadastrar-se no SISCOMEX. Esse cadastro pode ser feito diretamente pelo interessado ou com o suporte de uma empresa especiali- zada, sempre se baseando nas Instruções Normativas da Receita Federal e em todas as normas que regulam esse registro. Até o início do ano de 2015, habilitar-se no SISCOMEX era um processo bastante complexo, com exigência de uma gama de documentos diversos 13 e mais o preenchimento de uma dezena de formulários e cadastros. No entanto, com a edição da Instrução Normativa IN RFB 1.603/2015 (BRASIL, 2015), esse procedimento se tornou bem mais acessível. Vários documentos exigidos anteriormente foram excluídos e o cadastro passou a ser realizado pelo Portal Habilita, dentro do Portal Único SISCOMEX. No sistema, o usuário deverá entrar em PORTAL ÚNICO e, na sequência, na aba “Habilitar empresa” – “Como habilitar minha empresa”. A partir daí você terá acesso ao manual de habilitação no Registro e Rastreamento da Atuação dos Intervenientes Aduaneiros (Radar) do SISCOMEX, que fornece todas as orientações para a habilitação. Podem se habilitar tanto pessoas físicas quanto jurídicas, desde que cumpridas as exigências fixadas pela Instrução Normativa 1.603/2015 (BRASIL, 2015). Reflita O sistema Radar armazena e unifica todos os dados relacionados com quaisquer práticas de comércio internacional. Será que a obrigação dessa habilitação no Radar de qualquer empresa que exporte/importe mercadorias é importante para coibir fraudes fiscais como a do contra- bando? Reflita sobre o assunto. Há a opção de se cadastrar em uma das quatro modalidades possíveis: Radar Pessoa Física, Radar Expresso, Radar Limitado e Radar Ilimitado. Para o Radar Pessoa Física e para o Radar Expresso , a habilitação é feita diretamente no Portal Habilita, com pouquíssimas exigências. Para iniciar o processo, basta que o representante legal da empresa adquira um e-CPF, que se trata do seu CPF em versão digital, que será habilitado por qualquer empresa certificadora digital. Para as modalidades do Radar Limitado e Ilimitado, haverá uma análise mais criteriosa no banco de dados da Receita Federal, podendo ser liberada de imediato ou haver a exigência de comprovação de dados por meio de documentos físicos conforme dita a Instrução nº 1.603/2015. Para solicitar a liberação do Radar diretamente no SISCOMEX, sem suporte de nenhum profissional da área, não há nenhum tipo de custo. Entretanto, algumas empresas optam por contratar despachantes aduaneiros ou advogado especializado, havendo, nesse caso, os custos relativos à consultoria. 14 Assimile Providências necessárias anteriores à habilitação Antes de dar entrada no processo de habilitação no Radar, a empresa precisa tomar algumas providências sequenciais, sem as quais não será possível a habilitação. São elas: 1. Não é possível se habilitar no Radar utilizando o CNPJ da empresa. Somente o e-CPF de seu responsável legal é autorizado a represen- tá-la na habilitação (portanto, ele deve ser providenciado). 2. Cadastrar a instituição no Centro Virtual de Atendimento ao Contri- buinte (e-CAC), da Receita Federal. O cadastro no e-CAC facilita a comunicação entre você e a Receita Federal, pois por ele serão enviados resultados de processos e comunicação de pendências com a Receita Federal. 3. Aderir ao Domicílio Tributário Eletrônico (DTE). A “adesão ao DTE permite que sua Caixa Postal no e-CAC também seja conside- rada seu Domicílio Tributário perante a Administração Tributária Federal” (RECEITA FEDERAL, 2019, [s.p.]). Para adotar o DTE, o contribuinte deverá estar no Portal e-CAC e clicar em: “Serviços disponíveis no Portal e-CAC”; “Outros”; e “Opção pelo Domicílio Tributário Eletrônico”. Tomadas as providências listadas acima, a empresa estará pronta para se habilitar no Radar e adquirir sua certificação digital. O detalhamento de cada uma das modalidades de habilitação será feito na próxima seção, quando conversaremos sobre o SISCOMEX Importação e sobre suas peculiaridades, uma vez que essas modalidades estão relacio- nadas, principalmente, aos valores permitidos para importação dentro de cada uma delas, sendo que os valores de exportação sempre serão ilimitados. Exemplificando Imagine que um produtor de produtos artesanais feitos de capim dourado tenha acabado de abrir uma empresa como Microempreen- dedor Individual (MEI), e que essa empresa tenha interesse em exportar seus produtos para o exterior. Para isso, o empreendedor deverá, incialmente, habilitar o seu repre- sentante no e-CPF; posteriormente, deverá cadastrar a instituição no e-CAC. O terceiro passo será aderir ao DTE. De posse de todos esses acessos, ele estará apto à habilitação no Radar. Como trata-se de um microempreendedor, a própria legislação para os limites de fatura- 15 mento desse tipo de empresa não permitirá que ele se habilite em outra categoria que não seja a do Radar Expresso. Veja, a seguir, as exigências documentais para cada modalidade e será possível concluir que, para a habilitação nas categorias “Limitado” e “Ilimitado”, as exigências documentais são maiores em relação à Pessoa Física e Radar Expresso, isso se explica pelo fato de que essas duas categorias envolvem transações em valores mais vultosos que as outras duas modali- dades e, por essa razão, a exigência maior. O Quadro 1.1 traz a relação de documentos a serem apresentados segundo cada modalidade: Quadro 1.1 | Documentos exigidos para cada modalidade radar Pessoa física e Radar Expresso Radar Limitado e Ilimitado • RG e CPF do representante legal. • Contrato social. • Adesão ao e-Cac e Termo do DTE. • RG e CPF do representante legal. • Contrato social. • Adesão ao e-Cac e termo do DTE. • Certificado Simplificado da Junta Comercial do Estado. • Certidão Negativa junto à Receita Federal de Débito e Crédito Fiscal (DCTF). Fonte: adaptado de Receita Federal (2018). Cabe salientar que nas modalidades de radar “Limitado” e “Ilimitado”, há a liberalidade da Receita Federal de solicitar documentos complementares, caso considere necessário. A relação dos documentos solicitados dependerá do tipo de empresa, do tipo de produto que ela comercializa e da negociação a ser feita. Pode-se pedir, por exemplo, o histórico de todas as alterações contratuais, caso haja algum questionamento sobre a formação societária atual da empresa, ou até, em outros casos, um atestado negativo de débitos fiscais, se houver algum indício de tentativa de burlar a Receita Federal. As regras relativas aos processos de importação e exportação, bem como as orientações relativas à habilitação, navegação e documentação, são regular- mente revistas pelos Órgãos Anuentes. Sendo assim, após sua habilitação, a empresa precisa manter-se informada sobre as atualizações do sistema, consultando, principalmente, o Manual de habilitação no sistema. 16 Ambiente de treinamento Como há constantes atualizações no SISCOMEX, o sistema conta com um ambiente de treinamento que permite aos operadores conhecerem essasinovações e simularem lançamentos no sistema (sendo que as operações realizadas no ambiente de treinamento não são contabilizadas para efeitos tributários, aduaneiros e/ou administrativos). Dessa forma, no ambiente de treinamento, que é de acesso público, ou seja, qualquer cidadão poderá usufruir dessa facilidade, o usuário poderá proceder à simulação de qualquer processo de exportação ou importação. Poderá simular uma Declaração de Exportação, uma Licença de Importação, uma retificação de registro de exportação ou importação, bem como simular um tratamento administrativo ou o registro de uma carga. Sendo assim, antes de realizar qualquer operação real no sistema, é aconselhável que sejam feitos processos simulados para eliminar qualquer dúvida que possa surgir. Sem medo de errar Você, como estagiário no setor de comércio exterior contratado pela Union Poulet, entendeu o que é Radar SISCOMEX e como se habilitar nele. Agora, para fixar os conteúdos e ter certeza de que a empresa seguirá tranqui- lamente em sua caminhada, você deve utilizar o ambiente de treinamento para se certificar de que tudo está correndo como deveria, aprendendo a manusear a plataforma. O ambiente de treinamento permite simular o funcionamento do sistema. Assim, os usuários terão acesso a todas as funcionalidades do SISCOMEX, mas em um ambiente de teste, em que as operações realizadas não serão contabilizadas para efeitos administrativos, tributários ou aduaneiros. Tudo o que envolve o uso do SISCOMEX para exportação e importação de uma mercadoria poderá ser simulado: uma Declaração de Exportação, uma Licença de Importação, uma retificação de registro de exportação ou impor- tação, bem como um tratamento administrativo ou o registro de uma carga. Para tratamentos administrativos, você deve utilizar a funcionalidade “Simular tratamento administrativo” no menu “Tratamento administra- tivo”, também disponível no perfil de “Acesso público” (SISCOMEX, 2019). Dessa forma, você começará a se familiarizar com o uso do SISCOMEX, podendo tornar-se uma peça muito importante dentro da Union Poulet, nesse momento em que ela está partindo para uma internacionalização de suas transações comerciais. 17 Avançando na prática Excesso de oferta e busca por novos mercados Você é o proprietário de uma empresa especializada na fabricação de produtos eletrônicos. Atualmente, 100% de seus produtos são comerciali- zados no mercado nacional e, com a retração da economia e baixo cresci- mento do Produto Interno Bruto (PIB), você decidiu ampliar seu campo de atuação, buscando novos mercados (fora do país) para seus produtos, bem como quer passar a importar alguns insumos para baratear os produtos que fabrica. A questão da internacionalização é um aspecto muito importante para as empresas e, segundo Kotler (2014, p. 672), “muitos fatores estão levando mais e mais empresas ao mercado internacional”. Para que uma empresa tenha sucesso no mercado internacional, é muito importante a questão do seu preparo no que diz respeito aos processos que devem ser realizados para as atividades de exportação. Dessa forma, o que você precisa fazer para habilitar a empresa para exportar os produtos eletrô- nicos e importar os insumos? Quais etapas você deve cumprir nesse processo? Resolução da situação-problema O primeiro passo para implantação de qualquer processo de interna- cionalização é habilitar a empresa no SISCOMEX. Como trata-se de uma empresa já consolidada no mercado, certamente você não terá dificul- dades em realizar sua habilitação. Assim, para habilitar sua empresa a fazer transações comerciais internacionais, basta entrar no site do SISCOMEX e, no PORTAL ÚNICO, clicar em “Habilitar empresa” e em “Como habilitar minha empresa”, onde você terá acesso a todas as informações que precisa no Manual de Habilitação do Radar. Nessa habilitação, você precisará escolher a modalidade (Radar Expresso, Radar Limitado, ou Radar Ilimitado) para a qual está pedindo habilitação a fim de atuar no mercado internacional, apresentando a documentação pedida (lembre-se de que, se a escolha for pela modalidade Limitada ou pela Ilimitada, pode ser que a empresa precise apresentar os documentos fisicamente). Nesse processo, cabe destacar que sem o e-CPF, o cadastro no e-CAC e a adesão ao DTE, a empresa não conseguirá dar sequência àqueles passos apresentados anteriormente sobre a Habilitação no SISCOMEX. 18 Faça valer a pena 1. O SISCOMEX é um sistema criado por meio do Decreto nº 660, de 25 de setembro de 1992 (BRASIL, 1992), pelo governo federal brasileiro, que permite a este uma supervisão completa do comércio internacional do país. Por meio do SISCOMEX, o governo pode implantar novas leis no comércio internacional e controlar o cumprimento das atuais. À medida que o país implementou novos sistemas relacionados à importação e à exportação de mercadorias, o SISCOMEX se tornou um polo de integração de diferentes sistemas, que estão divididos em algumas categorias. Considerando as informações apresentadas, analise as afirmativas a seguir: I. O Siscomex Carga, conhecido como Siscarga, é um sistema de controle da movimentação de embarcações, cargas e contêineres vazios transportados na via aquaviária, em portos brasileiros. II. O Sisbacen é utilizado pelo Banco Central na condução de seus processos de trabalho. III. O CCT faz o controle de movimentação de cargas de exportação e importação, entre as diversas etapas do despacho aduaneiro. É correto o que se afirma em: a. I, apenas. b. I e II, apenas. c. I, II e III. d. II e III, apenas. e. I e III, apenas. 2. Para sobreviver em um mercado globalizado e extremamente concor- rido, cada vez mais as organizações estão internacionalizando seus negócios e, por isso, é muito importante entender como se inserir nesse mundo complexo e desafiador. Sobre esse tema, leia as afirmativas a seguir e selecione a correta: a. Todas as licenças, autorizações ou exigências incidentes sobre opera- ções de negócios internacionais deverão ser solicitadas diretamente na Receita Federal do Brasil. b. O SISCOMEX tem como único objetivo a supervisão, pelo governo federal, do comércio internacional do país. 19 c. As entidades administradoras, que são os órgãos intervenientes e mantenedores, são responsáveis pela administração, pela manutenção e pela melhoria do SISCOMEX. d. Para se tornar um importador/exportador, somente as instituições jurídicas precisam se habilitar no SISCOMEX. Pessoas físicas não têm essa obrigação. e. Os órgãos anuentes são acionados pelos órgãos gestores quando há a identificação de qualquer irregularidade em um processo de expor- tação/importação. 3. Existem dois tipos diferentes de órgãos do governo federal que intervêm no comércio exterior do país: as entidades administradoras e as entidades autorizadas. Como entidades administradoras (também chamadas de órgãos gestores) estão os órgãos intervenientes e mantenedores, que são responsá- veis pela administração, pela manutenção e pela melhoria do SISCOMEX. Além dos órgãos intervenientes, há os órgãos anuentes, que são os respon- sáveis pela análise e pela autorização de processos específicos de importação ou exportação de mercadorias especiais ou controladas, como é o caso, por exemplo, de produtos da fauna, flora, medicamentos, alimentos, equipa- mentos radioativos, entre outros. São órgãos intervenientes: a. SECEX, ANVISA e INMETRO. b. Secretaria da Receita Federal, BACEN e ANVISA. c. BACEN, SUFRAMA e INMETRO. d. Secretaria da Receita Federal, SECEX e BACEN. e. Secretaria da Receita Federal, CAMEX e INMETRO. 20 Seção 2 SISCOMEX Importação Diálogo aberto Caro aluno, se você já fez uma viagem internacional ou assistiu a algum programa que tratasse do assunto, deve ter percebido que há produtos que não podem ser trazidos do exterior ou levados para fora do Brasil em sua bagagem, havendo uma fiscalização alfandegária para controlar isso. Da mesma forma, quandouma empresa ou pessoa vai importar algum produto, existem normas a serem cumpridas para que não haja problemas relativos a esse processo. Assim, nesta seção, falaremos especificamente do processo de importação e de como uma organização deve proceder para atuar como importador. Inicialmente, relembremos a situação-problema da seção anterior. A Union Poulet é uma joint venture que foi aberta recentemente, tendo como sócias as multinacionais KLM International e OPQ International, que estão no mercado brasileiro há mais de 30 anos. Após receber sua ajuda, o sr. Helder, gerente de comércio exterior da empresa, conseguiu concluir a habilitação da Union Poulet no SISCOMEX. No entanto, esse é apenas o começo, pois as duas multinacionais criaram a joint venture com um objetivo muito específico: abastecer o mercado nacional com suplementos que não são fabricados no Brasil. Para isso, após a habilitação, a empresa ainda precisa entender quais são os procedimentos necessários para atuar como importa- dora, já que pretende importar insumos para a fabricação de ração para aves, e você, como estagiário do departamento de comércio exterior, terá como missão ajudar o sr. Helder nessa etapa. Assim, após estudos feitos pela equipe do sr. Helder, da qual você faz parte, foi estimado que a empresa pretende importar semestralmente, cerca de US$ 2 milhões em insumos. Diante dessa informação, você acha que a Union Poulet, por ser uma empresa recém-criada, conseguirá sua habilitação para esse volume de importação? Que tipo de habilitação ela precisa tentar obter? Além disso, de qual outra autorização a organização pode precisar para importar esses insumos para a fabricação da ração? Saiba que, ao final desta seção, você será capaz de identificar uma Licença de Importação (LI), diferenciá-la de uma Declaração de Importação (DI), bem como, se familiarizar com a Nomenclatura Comum do MERCOSUL (NCM) e com os conceitos e normas da Tarifa Externa Comum (TEC), além 21 de perceber o quanto esses conceitos são importantes para o importador. Isso não é ótimo? Vamos, então, ajudar o Sr. Helder nessa missão? Não pode faltar Em períodos de crise, importar uma mercadoria mais barata do que a similar vendida no mercado nacional ou mesmo suprir uma carência nacional pode ser determinante para o sucesso de um negócio. Nesta seção, teremos como foco a análise no SISCOMEX Importação, entendendo tudo o que é exigido para a aquisição de uma mercadoria ou serviço de uma outra nação. Antes de tratarmos das exigências do SISCOMEX Importação, você já refletiu sobre o motivo que leva uma empresa a decidir importar? As causas são diversas: preço, prazo de pagamento, qualidade ou a aquisição de um produto que ainda não é produzido/oferecido dentro do país. No entanto, será que, após ter encontrado um fornecedor internacional para importar algum bem, basta o importador enviar o dinheiro ao exterior e receber a mercadoria? A resposta é não. Sem a habilitação da empresa no Radar SISCOMEX não é possível realizar qualquer processo de importação. Após estar habilitada a importar, a empresa precisa identificar os tipos de habilitação existentes, tendo de escolher um deles para se enquadrar. Atualmente, a habilitação é escalonada de acordo com os objetivos do interessado, conforme Quadro 1.2, a seguir. Quadro 1.2 | Tipos de habilitação no Radar (SISCOMEX Importação, 2019) Tipo de habilitação Características Radar para microempreendedor Habilitação para microempreendedor que deseja iniciar uma atividade de importação e/ou exportação. Há um limite de US$ 50 mil por semestre para importações e é ilimitado para exportações. Radar Expresso Habilitação para pequenas e médias empresas que dese- jam iniciar uma atividade de importação e/ou exporta- ção. Da mesma forma que o tipo anterior, o limite regu- lamentar de importação é de US$ 50 mil por semestre e é ilimitado para exportações. Esse tipo de habilitação foi a grande inovação na IN nº 1.603/2015 (BRASIL, 2015), que reduziu drasticamente as exigências documentais para essa categoria, facilitando muito a operação para aquelas empresas que tinham pouca habitualidade para atuar no comércio internacional. 22 Tipo de habilitação Características Radar Limitado Habilitação para empresas iniciantes em importa- ção e exportação. O limite regulamentar é fixado em US$ 150 mil por semestre para importações e é ilimitado para exportações. A Receita Federal trava o sistema se o importador ultrapassar o limite preestabe- lecido, obrigando a empresa a solicitar a mudança de tipo de habilitação, cumprindo todas as exigências para isso, como aporte de documentação e demais dados que forem solicitados. Radar Ilimitado O Radar Ilimitado é destinado às empresas que preten- dem importar acima de US$ 150 mil semestrais, man- tendo-se, sempre, as exportações como ilimitadas. As empresas inseridas nessa categoria são constantemente seguidas pela Receita Federal, que acompanha seus comportamentos no mercado internacional. Qualquer indício de irregularidade será motivo de investigação e, se for o caso, as devidas sanções legais serão impostas. Fonte: adaptado de Brasil (2015). Declaração de importação e licença de importação Com a habilitação deferida, a empresa está apta a registrar suas importa- ções. A maioria das operações de importação no Brasil está isenta de licen- ciamento de importação. Em grande parte dos processos, basta que o impor- tador registre uma Declaração de Importação (DI) no SISCOMEX para cada uma das operações que for realizar. A DI nada mais é do que um formulário específico destinado à declaração de importações que estão livres da necessidade de solicitar o licenciamento de importação. Para encontrar o ambiente de preenchimento, o represen- tante legal da empresa acessará, no Portal SISCOMEX, o ambiente de impor- tação, por meio de uma certificação digital, e deverá preencher todos os campos do formulário da DI. Após o preenchimento dessas informações, serão gerados os dados para quitação dos possíveis impostos e taxas devidos. Quando a DI estiver vinculada a uma licença de importação não automática (de que falaremos a seguir), os campos relativos aos bens que estão sendo importados serão preenchidos automaticamente. Caso seja um bem contem- plado com o licenciamento automático, todos os dados deverão ser preen- chidos manualmente. Em alguns casos, as pessoas física e jurídica estarão dispensadas da habili- tação no SISCOMEX, e, consequentemente, não obrigadas a registrarem suas importações, como é o caso da importação realizada por intermédio da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) ou de empresa de 23 transporte expresso internacional, desde que não configure atividade comer- cial, além de bagagens desacompanhadas (RECEITA FEDERAL, 2018). Outro tipo de importação que não exige registro no SISCOMEX é o Regime de Tributação Simplificada (RTS), que foi criado para facilitar os processos de importação realizados via remessa postal ou encomenda aérea, que não ultrapassem o valor de US$ 3 mil ou o equivalente em outra moeda e pode ser utilizado tanto por pessoas físicas quanto jurídicas. Entretanto, essa facilidade provoca um alto custo para o importador, pois sobre ela incide um imposto de importação com alíquota de 60% (sessenta por cento), desconsi- derando a classificação da mercadoria conforme o NCM. No RTS, parte dos demais impostos, que, normalmente, são incidentes sobre os produtos importados, não serão aplicados, ou seja, são isentos de cobrança. São eles: Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), Programa de Integração Social/Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PIS/PASEP) e Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS). Entretanto, nesses casos, a isenção não alcança o Imposto Estadual sobre circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), sendo necessário que o impor- tador consulte a alíquota de cada estado para ter ciência da cargatributária total da mercadoria. Os únicos produtos isentos do imposto de importação na tributação simplificada são os medicamentos importados por pessoas físicas. Produtos derivados de fumo e bebidas alcoólicas não se beneficiam dessa modalidade de tributação. Será utilizado como base de cálculo, o valor aduaneiro das mercadorias, ou seja, o preço da aquisição, acrescido dos custos logísticos e de seguro até o local final de entrega. Caso haja alguma irregularidade quanto ao valor final dos bens importados ou em relação ao tipo de produto importado pelo RTS, o procedimento de nacionalização acontecerá por meio do procedimento comum e estará sujeito a todos os trâmites legais a ele relacionados. Por outro lado, visando proteger a indústria nacional e os consumidores, para a importação de alguns produtos (alimentos, medicamentos, brinquedos, dentre vários outros), é necessário obter um licenciamento específico, denomi- nado Licença de Importação (LI), da qual falaremos a seguir. Como obter uma Licença de Importação A Licença de Importação é um documento que contém informações sobre as mercadorias que serão importadas e a operação de importação em geral. Penalidades podem ser aplicadas em caso de falta de licença ou se a LI for solicitada após o embarque, no caso do licenciamento não automático. 24 Reflita A LI é uma autorização que facilita o controle administrativo do governo daquilo que entra (e da forma que entra) no país. Como a expedição dessas Licenças de Importação ajuda a proteger a indústria nacional e os consumidores do país? Reflita sobre esse assunto. Quando a operação de importação requer uma LI, o importador deverá fornecer as informações ao SISCOMEX. Essas informações incluem a identificação de importadores e exportadores, o país de origem, descrição detalhada e classificação das mercadorias, segundo a Nomenclatura Comum do MERCOSUL (NCM), regime fiscal para o imposto de importação, carac- terização da operação, a conversão de moeda, dados sobre o transporte e o Incoterm, entre outras informações sobre o licenciamento das mercadorias envolvidas no processo. Para saber se a importação é sujeita à requisição da LI ou não, o impor- tador deve consultar o bem pelo seu código NCM (Nomenclatura Comum do MERCOSUL), no módulo “Tratamento administrativo”, no SISCOMEX (SISCOMEX TRATAMENTO, [s.d.]). Assimile A Nomenclatura Comum do MERCOSUL (NCM) foi adotada pelos países que integram o bloco (Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai) para fomentar o crescimento do comércio internacional, facilitar a geração de dados estatísticos (pela padronização das informações) e, acima de tudo, criar tarifas comuns entre os países do MERCOSUL, além de fornecer outras informações relevantes ao comércio internacional. O NCM se baseia em um sistema denominado Sistema Harmonizado de Classificação e Codificação de Mercadorias, ou simplesmente Sistema Harmonizado (SH). Trata-se de um método internacional de classificação de produtos baseado em uma estrutura de código e descrições relacionadas. O acordo existente entre os países que compõem o MERCOSUL é de que seus membros deverão praticar, em negociações com países fora do bloco, tarifas comuns, considerando uma relação de categorias. Quando de uma negociação com países externos ao MERCOSUL, a tarifa de imposto será determinada baseando-se na classificação NCM das mercadorias que forem objeto da negociação. Sendo assim, foi criada a Tarifa Externa Comum (TEC), a partir de 1995, com base na NCM, com os impostos de importação incidentes sobre cada um dos seus itens. O SH é um código composto de seis dígitos que se baseia em um princípio fundamental de que as mercadorias são classificadas de acordo com 25 sua espécie, por suas características específicas, como origem, material componente e aplicação (BRASIL, [s.d.]). Os produtos são organizados, hierarquicamente, em uma ordem numérica lógica, considerados pelo seu grau de processamento e sofisticação (BRASIL, [s.d.]). O SH tem 21 seções e 96 capítulos, contando, também, com notas de seção, notas de capítulo e notas de subposições. Da mesma forma, os capítulos também têm posições e subposições, para os quais atribu- íram-se códigos numéricos. O Capítulo 77 não está sendo utilizado e mantém-se reservado para eventuais inclusões, enquanto os Capítulos 98 e 99 são destinados a especificidades de cada estado membro. O Brasil, por exemplo, usa o Capítulo 99 para registrar operações especiais de exportação (BRASIL, [s.d.]). Cada NCM é composto de oito dígitos: os primeiros seis são determi- nados pelo Sistema Harmonizado, os dois últimos são utilizados para determinar especificidades de cada subseção e foram estabelecidos pelos membros do bloco (SISCOMEX NCM, [s.d.]). Assim, a classificação dos produtos obedece à seguinte ordem: • Capítulo: os dois primeiros dígitos do SH. • Posição: são os quatro primeiros dígitos do SH. • Subposição: são os seis primeiros dígitos do SH. • Item: é o sétimo dígito da NCM. • Subitem: é o oitavo dígito da NCM. Exemplificando Uma empresa do setor químico pretende importar um suplemento químico para a produção de ração para aves. Então, localizaremos o nosso produto na tabela NCM. Os produtos químicos fazem parte da Seção VI: “Produtos das indústrias químicas ou das indústrias conexas”. Dentro da Seção VI, o Capítulo 38 trata dos “Produtos diversos das indústrias químicas”. A Posição é 3824, que trata dos “Aglutinantes preparados para moldes ou para núcleos de fundição; produtos químicos e preparações das indústrias químicas ou das indústrias conexas (incluindo os constituídos por misturas de produtos naturais), não especificados nem compreen- didos noutras posições”. A subposição é a 3824907: “Produtos e preparações à base de elementos químicos ou de seus compostos inorgânicos, não especificados nem compreendidos noutras posições”. 26 Finalmente, o item 3824.90.79 é “Outros”, pois trata-se de um produto muito específico, que não é eleito com um número exclusivo. A seguir, classificaremos uma ovelha prenha de raça pura, que estaria sendo importada por um fazendeiro. Seção I: animais vivos e produtos do reino animal. Capítulo 01: animais vivos. Posição 0104: animais vivos das espécies ovina e caprina. Subposição 0104.10: ovinos. Item 0104.10.1: reprodutores de raça pura. Subitem 0104.10.11: prenhes ou com cria ao pé. A Licença de Importação pode ser automática ou não automática. Vamos conhecê-las? • Licenças automáticas As licenças automáticas são as mais comuns em nossa legislação e são concedidas à maioria das importações brasileiras. Elas podem, inclusive, ser solicitadas pelo SISCOMEX após o embarque das mercadorias no exterior, mas sempre antes do desembaraço aduaneiro ou da internalização, ou seja, antes da nacionalização dos produtos importados. Esse licenciamento ocorrerá automaticamente no sistema, no momento do registro da DI. • Licenças não automáticas Licenças não automáticas são necessárias quando a natureza intrínseca dos bens requer a autorização de outras autoridades públicas, os órgãos anuentes, que são aqueles que dão suporte aos órgãos gestores, segundo sua especifici- dade, tratando-se, em sua maioria, de ministérios ou agências reguladoras. As LIs de liberação não automática precisam ser solicitadas no SISCOMEX, sempre antes do embarque (ou seja, essa LI precisa ser conce- dida antes da data prevista para o embarque da importação, o que exige um planejamento bem preciso por parte do importador). Entretanto, em alguns casos, elas podem ser obtidas após o embarque das mercadorias, da mesma forma que o licenciamento automático, mas sempre antes do desembaraço aduaneiro. De forma resumida, os casos em que são permitidos esses proce- dimentos são: • Importação de matérias-primas direcionadas à Zona Franca de Manaus ou outras zonas comerciais, exceto quando o produto exigir uma licença de importação não automática. • Importações que precisem da aprovação doCNPq. 27 • Mercadorias que entraram no país por meio de armazém de regime aduaneiro ou armazém industrial. • Embarque em casos de nacionalização de unidades de carga, seus equipamentos e acessórios, utilizados, desde que em contê- ineres rígidos. Atenção Caso a LI seja composta de múltiplas anuências (ou seja, mais de um órgão anuente precise autorizar aquela importação), prevalecerá o tratamento administrativo mais restritivo, isto é, se um dos órgãos anuentes indicar a necessidade de LI não automática, esta precisará ser obtida (MACEDO, 2014). Cabe destacar também que alguns gêneros de produtos têm sua impor- tação proibida, sob a alegação de qualquer natureza como, por exemplo (BRASIL, 2009): • Cigarros e bebidas fabricados no Brasil e destinados à venda exclusiva no exterior. • Resíduos de qualquer tipo e produtos usados, como pneus de segunda mão. • Produtos falsificados ou pirateados. • Bens que ofendem a moralidade, a tradição, a saúde ou a ordem pública. • Narcóticos e outras substâncias ilegais. Sem medo de errar Com a sua ajuda, o sr. Helder deu mais um passo para alcançar os objetivos propostos com a criação da Union Poulet, que é importar insumos para a fabricação de ração para aves. Nesta seção, você tinha a missão de mostrar a ele como a organização deveria proceder para se tornar capacitada a atuar como empresa importadora e, também, quais são os documentos necessários para se oficializar um processo de importação. Agora que já percorremos esse caminho, fixaremos melhor esses conteúdos. Como a Union Poulet já está habilitada no SISCOMEX, para começar a importar, o próximo passo burocrático é definir em qual tipo de habilitação no SISCOMEX a empresa pedirá enquadramento: Radar Microempreendedor; Radar Express; Radar Limitado; ou Radar Ilimitado. 28 Obviamente, a Union Poulet não poderá ser enquadrada como Radar Microempreendedor, pois ela não é uma microempresa. Sobre as outras modalidades, lembre-se de que o Radar Express é destinado à habilitação para pequenas e médias empresas que desejam iniciar uma atividade de Importação e/ou Exportação, como limite máximo de importação de US$ 50 mil por semestre. Já o Radar Limitado é ideal para empresas iniciantes em importação, com limite regulamentar fixado em US$ 150 mil por semestre para importações. Finalmente, o Radar Ilimitado é destinado às empresas que pretendem importar acima de US$ 150 mil semestrais. As empresas inseridas nessa categoria são constantemente acompanhadas pela Receita Federal, que segue seus compor- tamentos no mercado internacional. Qualquer indício de irregularidade será motivo de investigação e, se for o caso, as devidas sanções legais serão tomadas. Como o volume pretendido de importação semestral pela Union Poulet é em torno de US$ 2 milhões, a empresa deve pedir o seu enquadramento na modalidade Radar Ilimitado. Nessa categoria, a Receita Federal analisará a capacidade financeira da empresa, baseando-se em seu recolhimento de tributos dos últimos cinco anos. Embora a Union Poulet seja uma empresa recém-criada, as empresas base, as multinacionais KLM International e OPQ International (que estão no mercado brasileiro há mais de 30 anos) é que terão os números analisados para a liberação do Radar Ilimitado para a companhia em questão. Selecionando a modalidade mais adequada para a Union Poulet (no caso, o Radar Ilimitado), você e o sr. Hélder devem analisar, também, se será neces- sária a emissão de Licença de Importação, ou se somente a Declaração de Importação atenderá às importações de insumo que a empresa pretende fazer. Avançando na prática Trâmite de Importação A empresa Importa Mais precisa importar um equipamento no valor de US$ 2.500,00 e quer simplificar o trâmite de importação. O Paulo Ricardo, seu proprietário, obteve a informação de que há opções de importação que não exigem o registro no SISCOMEX. Como ele não é um importador rotineiro, não gostaria de se submeter a todo o processo de habilitação no SISCOMEX. Além disso, ele está com dúvida de como vai pagar os tributos dessa impor- tação. Sendo assim, você está convocado a subsidiar o Paulo Ricardo para responder o seguinte questionamento: ele pode importar este equipamento sem o recolhimento de tributos? 29 Resolução da situação-problema Pelo valor da importação que será realizada pela Importa Mais, não há necessidade de habilitação no SISCOMEX, uma vez que realizar importações não é uma atividade rotineira para Paulo Ricardo. O Regime de Tributação Simplificado (RTS) foi criado justamente para esses casos, ou seja, para importações que são realizadas via remessa postal ou encomenda aérea, com valores inferiores a US$ 3 mil, sendo que este pode ser utilizado tanto por pessoas físicas quanto por pessoas jurídicas. Mesmo com essa facilidade, a empresa não poderá deixar de recolher os tributos, pois, sobre essa modalidade de importação, há a incidência da alíquota de 60% de Imposto de Importação, independentemente de sua classificação NCM. Além do Imposto de Importação, a Importa Mais deverá recolher o ICMS, o que leva Paulo Ricardo a precisar consultar a alíquota do seu estado para conhecer a carga tributária total sobre sua importação. Faça valer a pena 1. Foi adotada pelos países que integram o Bloco Econômico composto por Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai, com o objetivo de fomentar o cresci- mento do comércio internacional, facilitar a geração de dados estatísticos e, acima de tudo, criar tarifas comuns entre os país que compõem o bloco, além de fornecer outras informações relevantes ao comércio internacional. O Brasil também adota essa classificação, que é feita por meio de códigos numéricos, de modo que, em qualquer parte do mundo, todos saibam que tipo de mercadoria está sendo transacionada. A figura a seguir demonstra os parâmetros de classificação de uma mercadoria: Figura | Parâmetros de classificação de uma mercadoria 8703.24.10 Subitem Item Subposição de 2º nível Subposição de 1º nível Posição Capítulo Fonte: adaptada de http://www.investexportbrasil.gov.br. Acesso em: 7 jul. 2018. http://www.investexportbrasil.gov.br 30 De que classificação estamos falando? a. Da CUCI – Classificação Uniforme para o Comércio Internacional. b. Do SISCOMEX – Sistema Integrado de Comércio Exterior. c. Da NBM – Nomenclatura Brasileira de Mercadorias. d. Da NCM – Nomenclatura Comum do MERCOSUL. e. Do SH – Sistema Harmonizado. 2. João Pedro é um empresário conhecido em sua cidade. Após dar entrada no SISCOMEX das informações sobre a importação de um produto, ele constatou que mais de um órgão anuente precisa autorizar aquela compra internacional. Como essa Licença de Importação (LI) é composta de múltiplas anuências, então prevalecerá: a. O tratamento administrativo mais restritivo, isto é, se um dos órgãos anuentes indicar a necessidade de LI não automática, esta precisará ser obtida. b. O tratamento administrativo menos restritivo, isto é, se um dos órgãos anuentes indicar a necessidade de LI não automática, esta precisará ser obtida. c. O tratamento administrativo indicado pelo órgão regulador respon- sável, que está, hierarquicamente, acima dos órgãos anuentes. d. O tratamento administrativo indicado pelo primeiro órgão anuente que apresentar o seu parecer. e. O tratamento administrativo escolhido pela empresa de João Pedro. 3. A maioria das operações de importação no Brasil é realizada de forma simplificada, utilizando-se apenas de registro da importação no SISCOMEX. O preenchimento desse formulário foi a forma que o governo brasileiro encontrou para facilitar o processo para aquelas empresas que desejam importar produtos que não estão sob o controle de outros órgãos. De que documento (formulário) estamos falando? a. Licença de Importação automática. b. Licença de Importação não automática. c. Declaração de Importação. 31 d. Isenção de importação. e. Importação simplificada. 32 Seção 3 SISCOMEX exportaçãoDiálogo aberto Prezado aluno, Atuar no mercado internacional pode ser considerado um dos principais passos para que uma organização se consolide como um negócio bem-su- cedido. Mas, essa atuação não é vantajosa apenas para as organizações, já que ela também ajuda as economias nacionais a crescerem e se expandirem, principalmente quando falamos do mercado de exportação, pois exportar significa trazer divisas para o país. Além disso, quando suas empresas são fortes no mercado internacional, os governos veem suas economias se fortalecerem proporcionalmente, uma vez que nenhum país é autossuficiente. Por exemplo, enquanto alguns países são ricos em minerais, metais preciosos ou combustíveis fósseis, outros estão enfrentando uma escassez desses recursos. Em contrapartida, outras nações têm infraestruturas ou sistemas educacionais altamente desenvolvidos, enquanto outros, não. A partir do momento em que os países começam a exportar seus excessos de mercadorias ou serviços, importando o que lhes falta, suas economias tendem a se estabilizar e crescer. Essa dinâmica de importação e exportação não é benéfica apenas para empresas e governos, sendo relevante, também, para os consumidores, que irão se beneficiar de mercadorias, serviços ou componentes que não são produzidos localmente, mas estão disponíveis para seu consumo. Considerando as vantagens que o mercado de exportação proporciona ao país, o governo brasileiro possui diversos programas de incentivo às empresas que exportam. Diante desse cenário tão atrativo, as multinacionais KLM International e OPQ International criaram a Union Poulet com uma visão de futuro audaciosa, que envolve fazer uso dos benefícios que o governo brasileiro oferece a empresas que atuem no comércio internacional como exporta- doras. Mas, para se beneficiar futuramente desses programas, a empresa precisa, também, se familiarizar com o ambiente de exportação. Como a Union Poulet deve iniciar o processo de exportação no Siscomex? Assim como acontece com as importações, as exportações da Union Poulet também serão controladas pelos órgãos reguladores e anuentes? 33 Ao concluir os estudos desta seção, você será capaz de delimitar todos os elementos que compõem um processo de exportação no âmbito do Siscomex, bem como conhecer a política do comércio exterior brasileiro, identificando as regras de tratamento administrativo conforme o tipo de documento de exportação e, ainda, conhecer as premissas que permitem uma exportação temporária. Isso não é ótimo? Como estagiário na Union Poulet, que tal ajudar o Sr. Helder, gerente de comércio exterior da empresa, nessa missão? Não pode faltar Caro aluno, em primeiro lugar, vamos deixar claro que as exportações, da mesma forma que no processo de importação, estão sujeitas às regras e vigilância de três organismos governamentais: importação, estão sujeitas às regras e vigilância de três organismos governamentais: 1. a Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), que determina as regras e procedimentos administrativos que os exportadores devem seguir. 2. a Secretaria da Receita Federal (RFB), que fiscaliza a entrada e saída de produtos e de recursos originados do comércio exterior 3. e o Banco Central do Brasil (BACEN), que regulamenta o mercado de câmbio brasileiro. Exemplificando A exportação de diamantes ou de qualquer outra pedra natural brasi- leira, por exemplo, deverá receber a anuência da Agência Nacional de Mineração (ANM), que regula a atuação das entidades, físicas ou jurídicas, que queiram exportar ou importar algum desses produtos. Está sob a égide da ANM, emitir licenças, permissões, certificados e outros, no módulo LPCO do Siscomex, para os produtos identificados como pedras naturais, que estão organizados por categoria, de acordo com sua classificação na Nomenclaturas Comuns do Mercosul (NCMs). A correlação entre os produtos e as relativas NCMs é encontrada nos simuladores de exportação e importação. A exportação de diamantes está regulamentada pela seguinte legislação: • Lei nº 10.743, de 9 de outubro de 2003 (BRASIL, 2003). • Portaria Conjunta DNPM/SRF nº 397, de 13 de outubro de 2003 (BRASIL, 2003a). • Portaria nº 192, de 25 de maio de 2007 (BRASIL, 2007). 34 O processo de exportação é operacionalizado no Siscomex, que começou a operar, em 1993, para as exportações e, em 1997, para as importações. Hoje, seus processos estão totalmente integrados e disponibilizam, eletro- nicamente, ambientes para o cumprimento de todas as etapas necessárias para se iniciar, tramitar e concluir um procedimento relativo ao comércio exterior, pois ele interliga os diversos órgãos envolvidos nos trâmites de cada operação, o que simplifica, sobremaneira, as atividades das empresas. Além disso, os operadores do comércio internacional contam com infor- mações atualizadas, em tempo real, das normas que regem as importações e exportações brasileiras, organizadas por órgão responsável pela edição ou gestão da norma em questão. É nessa plataforma que os exportadores e/ou seus representantes legais realizam a inserção das informações e o acompanhamento dos processos junto aos órgãos reguladores e anuentes. A partir de 2017, o exportador brasileiro passou a ter a facilidade de registrar todas as suas exportações por meio da Declaração Única de Exportação (DU-E), que foi instituída pela Portaria Conjunta RFB/SECEX nº 349, de 21 de março de 2017 (RECEITA FEDERAL, 2017), que consiste em um documento eletrônico que define o enquadramento da operação de exportação e subsidia o despacho aduaneiro de exportação . Com a adoção da DU-E, foram extintas a Declaração de Exportação (DE), a Declaração Simplificada de Exportação (DSE) e o Registro de Exportação (RE). Nesse novo modelo, em um mesmo documento, são fornecidas infor- mações de natureza aduaneira, administrativa, comercial, financeira, fiscal e logística, que caracterizam a operação de exportação dos bens por ela amparados (BRASIL, 2017). Na elaboração da DU-E, o exportador irá inserir as informações necessá- rias ao controle da operação de exportação, de acordo com: I. A forma de exportação escolhida pelo exportador. II. Os bens integrantes da DU-E. III. As circunstâncias da operação (BRASIL, 2017). A DU-E se baseia nos dados da nota fiscal eletrônica que ampara a operação de exportação , exceto nas hipóteses de exportação com base em nota fiscal em papel, ou nos casos em que a legislação dispensa a emissão desse documento, como o envio de bagagens, em geral, desacompanhadas; retorno de mercadorias ao exterior antes do registro da DI; bens de viajantes não incluídos no conceito de bagagem; bens de uso militar; entre outros 35 itens. Todos os dados necessários à elaboração da DU-E deverão ser forne- cidos pelo declarante. Há a possibilidade de optar entre três formas de realização da exportação por meio da DU-E: I. Exportação própria. II. Exportação por meio de operador de remessa expressa ou postal. III. Exportação por conta e ordem de terceiro (BRASIL, 2017). Vamos conhecer um pouco essas formas de exportação por meio da DU-E? Na exportação própria, a própria empresa é a responsável pela expor- tação (ou seja, ela é a fabricante/comerciante, exportadora e embarcadora). A exportação por meio de operador de remessa expressa ou postal é aquela feita via Correios ou Operador Expresso, como DHL, FEDEX, entre outros. Esse tipo de exportação é feito por meio de transporte aéreo, em que o operador realiza o processo de porta a porta, responsabilizando-se por todos os trâmites. Já na exportação por conta e ordem de terceiro, uma empresa específica é contratada para realizar a operação de exportação e, nesse caso, o declarante é um agenciador contratado para realizar a operação de expor- tação em nome do exportador, funcionando como se fosse um transportador especializado. Ou seja, trata-se de um prestador de serviços, assim como os operadores logísticos e qualquer outra empresa que queiraoferecer esse serviço, desde que ela esteja habilitada para operar no Siscomex. O expor- tador é sempre o emissor da nota fiscal de exportação e o declarante não se confunde com o representante legal da empresa exportadora. Exemplificando Vamos imaginar uma empresa fabricante de vinhos finos, sendo que ela mesma exporta os produtos que produz. Nessa situação, teremos um exemplo de exportação própria, já que é o próprio fabricante que fará o processo de exportação, ou seja, o produto exportado é faturado pelo próprio produtor, ao importador. Esse tipo de operação exige da empresa o conhecimento do processo de exportação em toda a sua extensão. Na exportação por meio de remessa expressa ou postal, por exemplo, um exportador de clipes de plástico coloridos, que exporta para países da Europa quantidades em torno de 10.000 clipes/mês, deve utilizar os serviços dos Correios ou de empresas de remessa expressa (FEDEX, HDL, entre outros) para a operação, pois a localização do impor- tador, as características de volume e peso dos produtos permitem esta operação, configurando a exportação por meio de operador de remessa expressa ou postal. 36 Já na exportação realizada por conta e ordem de terceiro, um pequeno fabricante de chinelos artesanais, que não tem volume e tampouco valor de exportação que justifique a realização de uma exportação própria, pois os custos não seriam compensadores, contrata um agenciador, que providenciará todos os trâmites do processo, colocando sempre em nome do exportador. Nesse caso, o agenciador poderá fazer esse processo simultâneo para várias empresas e providenciar somente uma remessa, diminuindo custos logísticos, por exemplo. Assimile A exportação por conta e ordem foi criada pela Lei nº 12.995/2014 (BRASIL, 2014) que, em seu art. 8º efetuou alterações e oficializou a MP 2.158-35 (...) e reza: Art. 81-A. No caso de exportação por conta e ordem, consi- dera-se, para efeitos fiscais, que a mercadoria foi expor- tada pelo produtor ou revendedor contratante da expor- tação por conta e ordem. § 1º A exportação da mercadoria deverá ocorrer no prazo de 30 (trinta) dias, contado da contratação da pessoa jurídica exportadora por conta e ordem. § 2º Considera-se data de exportação a data de apresen- tação da declaração de exportação pela pessoa jurídica exportadora por conta e ordem. § 3º A pessoa jurídica exportadora e o produtor ou reven- dedor contratante da exportação por conta e ordem são solidariamente responsáveis pelos tributos devidos e pelas penalidades aplicáveis caso não seja observado o prazo estabelecido no § 1º. § 4º Não se considera exportação por conta e ordem de terceiro a operação de venda de mercadorias para pessoa jurídica exportadora. (BRASIL, 2014, [s.p.]) O despacho da mercadoria se inicia com a apresentação da carga para despacho (ACD). Via de regra, esta apresentação acontece quando a nota fiscal eletrônica é vinculada à DU-E e essa nota é registrada no módulo de controle de carga e trânsito, no Siscomex. Imediatamente após o registro da ACD, ocorre a análise de risco da operação de exportação, que será determi- nante para seleção do canal de conferência aduaneira aplicável (verde, laranja ou vermelho), sendo que cada um deles possui as seguintes características: 37 • Canal verde, em que a mercadoria é desembaraçada, ou seja, liberada para embarque automaticamente, sem qualquer verificação documental e da mercadoria. • Canal laranja, em que há conferência apenas dos documentos, sem a verificação da mercadoria. • Canal vermelho, em que é feita a verificação dos documentos e a conferência física da mercadoria. Você sabe o que deve ser feito caso a DU-E de uma mercadoria seja selecionada para um canal de conferência diferente do verde? A exportação será submetida às exigências do canal selecionado por meio do módulo de conferência aduaneira. As DU-Es registradas no Siscomex serão analisadas, via sistema, tanto pelos órgãos gestores quanto pelos órgãos anuentes, que estabelecem regras específicas para o desembaraço de mercadorias dentro de sua área de competência. Após o seu desembaraço, a carga de exportação está liberada para embarcar ao exterior ou ser transportada até o local de embarque, sob o regime de trânsito aduaneiro, para, em seguida, embarcar ao exterior. Todo esse processo, após o preenchimento da DU-E, é feito automaticamente, sem necessidade de qualquer ação do usuário. Pela política de comércio exterior do Brasil, da mesma forma que nos processos de importação, alguns bens, na exportação, necessitam da anuência dos respectivos órgãos. A partir da publicação da Portaria SECEX nº 19, a atuação dos órgãos anuentes se tornou automática, conforme veremos a seguir. Portaria SECEX nº 19, de 03 de julho de 2019: módulo LPCO Dentro do Siscomex, o módulo de Licenças, Permissões, Certificados e Outros Documentos de Exportação (LPCO) é o canal de relacionamento do exportador com os órgãos anuentes e intervenientes responsáveis pela emissão de licenças, permissões, certificados e outros documentos neces- sários à exportação, para aquelas mercadorias que possuem restrições ou exigências especiais no tratamento administrativo. No momento do registro da DU-E, o módulo LPCO verifica o controle administrativo (ou seja, o controle governamental feito com o objetivo de verificar a consonância da operação pretendida em relação às normas sanitá- rias, ambientais, técnicas etc.) aplicável àquela mercadoria e, caso sejam neces- sárias, as eventuais licenças, permissões, certificados ou quaisquer outros controles exigíveis para uma exportação são requeridos e concedidos por esse módulo do Siscomex, implantado por meio da Portaria SECEX nº 19, de 03 38 de julho de 2019 (BRASIL, 2019). As licenças e permissões para exportação podem ser concedidas por operação e por período e/ou quantidade. Cada órgão anuente é responsável por dispor sobre os procedimentos e requisitos administrativos necessários para a liberação das licenças, permis- sões ou certificados. Na possibilidade de ser necessária, para um mesmo processo de exportação, a anuência de dois ou mais órgãos, deverá haver a vinculação de cada documento, de forma independente, à DU-E. Antes que os documentos de exportação emitidos por meio do LPCO sejam vincu- lados à DU-E, não poderá haver o embarque da mercadoria para o exterior quando a legislação impuser a obrigatoriedade da obtenção desse documento de exportação para a saída da mercadoria do território aduaneiro. Alguns LPCOs são emitidos por meio de ofício e, portanto, não são preenchidos pelo exportador. Mas, como isso funciona? Nesses casos, o órgão anuente responsável emitirá o LPCO de ofício, com base no requerimento enviado pelo exportador diretamente ao órgão. Elementos da fauna brasi- leira, por exemplo, são incluídos nessa categoria, cujas licenças deverão ser emitidas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), a partir das informações prestadas em seu sistema. Em todas as situações até aqui descritas, pode-se solicitar o regime especial de exportação temporária, que é aquele utilizado quando um bem será exportado temporariamente e, dentro de um prazo pré-determinado, será reimportado ao país, conforme veremos a seguir. Exportação temporária O regime de exportação temporária é aquele que autoriza a saída do terri- tório aduaneiro com suspensão do pagamento do imposto de exportação, de mercadoria nacional ou nacionalizada, com obrigação de reimportação num prazo máximo de doze meses, prorrogável automaticamente por mais doze, num total de vinte e quatro meses (RECEITA FEDERAL, [2014]2019). A concessão desse regime deverá ser pedida na autoridade aduaneira que juris- dicione o exportador, o porto seco de armazenagem, ou o porto, aeroporto ou ponto de fronteira de saída dos bens para o exterior, conforme as normas ditadas pela Secretaria da Receita Federal do Brasil. Cabe destacar que, narealidade, o principal benefício desse regime é o retorno das mercadorias sem o pagamento de tributos na operação de reimportação, desde que os mesmos retornem no mesmo estado em que foram exportados (para isso, é muito importante que o despacho de reimportação seja feito na mesma repartição onde foi registrada a exportação temporária). 39 Vale salientar que, embora não seja comum, algumas mercadorias, na exportação temporária, têm, também, o imposto de exportação suspenso e não apenas os impostos internos, pois, as exportações de determinadas mercadorias estão sujeitas à incidência do Imposto de Exportação, ficando a cargo do Poder Executivo a determinação de quais produtos estarão sujeitos ao imposto. A alíquota incidente é de 30%, facultado ao Poder Executivo reduzi-la ou aumentá-la para atender aos objetivos da política cambial e do comércio exterior e, em caso de elevação, a alíquota do imposto não poderá ser superior 150%, ou seja, a cinco vezes o valor previamente fixado de 30%. Geralmente, as mercadorias sujeitas à taxação são aquelas cuja disponibi- lidade no país não excede o consumo interno ou produtos considerados supérfluos ou de segurança nacional, como peles naturais, cigarros, armas e munições. Armas, munições e cigarros normalmente são taxadas com o imposto limítrofe de 150%. No regime aduaneiro especial de exportação temporária, o Imposto de Exportação incidente sobre as exportações de tais mercadorias fica com sua exigibilidade suspensa e, caso a reimportação não ocorra, será exigido o recolhimento dos impostos relativos. É importante dizer também que, se a exportação temporária estiver relacionada a uso militar e apoio logístico às tropas brasileiras designadas para integrar força de paz no exterior e bens destinados à assistência e salva- mento em situações de calamidade ou acidentes, o prazo será estabelecido de acordo com o período da missão no exterior. Reflita A maioria dos produtos exportados no Brasil não paga Imposto de Exportação. Por qual motivo isso acontece? Será que o estímulo do governo para as empresas brasileiras exportarem está relacionado com essa isenção? Reflita sobre o assunto! Os seguintes bens serão objeto do regime de exportação temporária, sendo este concedido com base na DU-E: I - bens destinados a eventos científicos, técnicos, educa- cionais, religiosos, artísticos culturais, esportivos, políticos, comerciais ou industriais; II - bens destinados às atividades de pesquisa científica e desenvolvimento tecnológico aprovadas pelo CNPq ou pela Finep; III - bens destinados a pastoreio, adestramento, cobertura e cuidados da medicina veterinária; 40 IV - bens destinados a promoção comercial, inclusive amostras sem destinação comercial e mostruários de representantes comerciais, representantes legais, colabo- radores ou prepostos das empresas solicitantes do regime; V - bens destinados ao emprego militar e apoio logístico às tropas brasileiras designadas para integrar força de paz em território estrangeiro; VI - bens destinados a assistência e salvamento em situa- ções de calamidade ou de acidentes de que decorra dano ou ameaça de dano à coletividade ou ao meio ambiente; VII - bens destinados à prestação de assistência técnica a produtos exportados, em virtude de garantia; VIII - bens destinados à substituição de outro bem ou produto nacional, ou suas partes e peças, anteriormente exportado definitivamente, que deva retornar ao País para reparo ou substituição, em virtude de defeito técnico que exija sua devolução; IX - bens destinados a homologação, ensaios, testes de funcionamento ou resistência, ou ainda a serem utilizados no desenvolvimento de produtos ou protótipos; X - bens destinados a execução de contrato de arrenda- mento operacional, de aluguel, de empréstimo ou de prestação de serviços, no exterior; XI - bens destinados a atividades relacionadas com a intercomparação de padrões metrológicos, aprovadas pelo Inmetro; XII - veículos terrestres ou embarcações de esporte e recreio, inclusive motos aquáticas, destinadas ao uso de seu proprietário ou possuidor, transportados ao amparo de conhecimento de carga; XIII - bens integrantes de bagagem desacompanhada de residente. (RECEITA FEDERAL, [2014]2019, [s.p.]) Em alguns casos, será adotado o regime simplificado de despacho aduaneiro, como, por exemplo: • Bens destinados a projetos ou eventos de caráter cultural. • Bens destinados à pesquisa científica e desenvolvimento tecnológico. • Bens destinados à manutenção e reparo na central nuclear almirante Álvaro Alberto, em Angra dos Reis (RJ). 41 • Bens destinados às atividades de lançamento de satélites. • Bens destinados a atividades relacionadas com a intercomparação de padrões metrológicos. O regime de exportação temporária será concedido de forma automática, sendo dispensados o registro de declaração ou qualquer outra formalidade, nas seguintes situações: I - veículos para uso de seu proprietário ou possuidor, quando saírem do País por seus próprios meios; II - veículos de transporte comercial brasileiros, conduzindo carga ou passageiros; III - veículos terrestres, embarcações e aeronaves oficiais ou de uso militar; IV - unidades de carga nacionais, seus equipamentos e acessórios, ainda que desacompanhados das unidades de carga a que se destinam; e V - os bens reutilizáveis destinados ao transporte, acondicionamento, segurança, localização, preser- vação, manuseio ou registro de condições de tempe- ratura ou umidade de outros bens. (RECEITA FEDERAL, [2014]2019, [s.p.]) O descumprimento do regime de exportação temporária ocasionará multa de 5% do preço normal da mercadoria, além da incidência dos impostos suspensos e das demais penalidades cabíveis. Como descumpri- mento devemos entender a quebra de qualquer das regras já relacionadas. Exemplificando Vamos imaginar que uma empresa importe para consumo, peças de um equipamento (que, obviamente, vai sofrer desgaste pelo seu uso constante). Passado algum tempo, a empresa reenvia ao exterior, para reparo, as peças desgastadas sob a forma de exportação temporária, o que é permitido pela legislação. Entretanto, o saldo residual dessas peças será reprocessado no exterior e gerará uma nova peça, que utilizou a matéria prima da peça antiga e que será importada novamente. Trata-se de um descumprimento da legislação, pois a peça antiga, desgastada, não voltou para o país (o que retornará ao Brasil será somente a matéria prima enviada, na forma de uma nova peça, não se enquadrando no regime de exportação temporária). Nesse caso, serão 42 cobrados todos os encargos que incidem sobre a importação daquela peça, mais a multa de 5%. Sem medo de errar Como abordado no início da seção, a Union Poulet tem uma visão audaciosa de futuro, que envolve fazer uso dos benefícios oferecidos pelo governo brasileiro a empresas que atuem no comércio internacional como exportadoras. Dessa forma, verifica-se que a empresa tem ambição de cresci- mento, de conquistar clientes, aumentar seus lucros e assim potencializar a riqueza dos envolvidos nos negócios. Para isso, é necessário aproveitar-se de um contexto de oportunidades para buscar esses resultados por meio de outros mercados, ou seja, a Union Poulet precisa se tornar uma empresa exportadora. Nesse sentido, a proposta é que você, estagiário na Union Poulet, e o Sr. Helder, gerente de comércio exterior, indiquem que a empresa pode atuar, concomi- tantemente, como importadora e como exportadora, sendo que, em ambos os casos, ela está sob a vigilância dos órgãos gestores e anuentes. Para que um processo de exportação tenha início, a empresa deve demons- trar suas intenções, registrando sua exportação por meio da Declaração Única de Exportação (DU-E), que simplifica sobremaneira essa atividade, uma vez que um único documento atende a todas as exigências relacionadas às operações dessa natureza, condensando informações aduaneiras, adminis- trativas, comerciais, financeiras,
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