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Gastroenterologia Luiza – TV TUMORES GÁSTRICOS BENIGNOS Pólipos gástricos • Achado incidental em endoscopias. • HIPERPLÁSICOS: Mais frequentes, tem < de 1,5cm de extensão e estão associados a gastrite crônica atrófica (H.pylori). o Raramente maligniza (2%). o Polipectomia endoscópica. • ADENOMATOSOS: (displásico de origem) – 10% dos pólipos gástricos, geralmente no antro e sésseis. o Risco > p/ Neo com histologia vilosa e tamanho maior. o CA focal em 30% dos adenomas vilosos. o Cirurgia nos pólipos c/ invasão da parede, >2,0cm e hemorrágicos. • PÓLIPO DE GLÂNDULAS FÚNDICAS: o Tipo de pólipo muito presente atualmente. o Associado ao uso contínuo de inibidores da bomba de prótons. o Risco muito baixo de malignização (0,6%). Classificação de Yamada (EDA) ADENOCARCINOMA GÁSTRICO • Câncer gástrico mais comum. • Representa 95% dos tumores gástricos malignos. • Variações geográficas: o Japão, Chile, China, Costa Rica • Sexo masculino. • Mais frequente na raça negra. • Tipo sanguíneo A • Idade – 60 a 70 anos. • A partir de 1990 a incidência vem aumentando em pacientes entre 30 e 50 anos, representando ao redor de 30% nos dias atuais. (redução dos casos em idosos – geralmente CA distal em idosos) • Apresenta pior prognóstico que o câncer gástrico tardio, que vem caindo expressivamente, pela abstinência ao fumo, controle do refluxo ácido e erradicação do H. pylori. • Câncer gástrico em jovens não está ligado aos fatores de risco tradicionais e está presente em todos grupos étnicos. (fenômeno universal) • Maior frequência em homens, não brancos e tem localização proximal. Localização 1. Canal pilórico e antro – 45% (incisura angularis) 2. Corpo – 20% 3. Cárdia – 35% (transição esofagogástrica) – jovens. Fatores de risco • Inflamação crônica o Anemia perniciosa (falta de fator intrinsico gástrico → impede absorção de B12) o Infecção pelo H. Pylori • Tabagismo • Baixo nível socioeconômico • História familiar de câncer gástrico • Alimentos defumados – liberam nitritos → causa de CA gástrico • Conservação em sal → gastrite atrófica → colonização pelo H. pylori • Gastrectomias a BII após 15 anos → coto gástrico banhado pelo refluxo bilio-pancreático Gastroenterologia Luiza – TV → inflamação crônica da mucosa → gastrite atrófica, metaplasia intestinal e displasia • Pólipos adenomatosos Classificação de Lauren (microscópica) Tipo intestinal • Histologia glandular • Idosos • Estômago distal (antro) • H. Pylori • Gastrite atrófica • Disseminação hematogênica • Cascata de Correa -> progressão histológica da mucosa normal para o câncer gástrico. A cascata se inicia com a infecção pelo Helicobacter pylori. 1. Gastrite crônica não atrófica 2. Gastrite atrófica 3. Metaplasia intestinal 4. Displasia • Em qualquer destes estágios a incidência do câncer gástrico é maior do que na população em geral. Tipo difuso • Estômago proximal • Extensão submucosa • Transmural • Metástases por contiguidade e via linfática • Pacientes mais jovens do sexo masculino • Células em anel de Sinete (núcleo deslocado para periferia) o Mais agressivo (pacientes jovens) • Linitis plástica – difuso mais extenso • Tem pior prognóstico Classificação de Bormann (macroscópica) • Tipo I – lesão polipóide ou vegetante, bem delimitada. • Tipo II – lesão ulcerada, bem delimitada, com bordas elevadas. • Tipo III – lesão ulcerada, infiltrativa (de parede gástrica) em parte ou em todas as suas bordas. • Tipo IV – lesões difusamente infiltrativas, não se notando limite entre o tumor e a mucosa normal. Quadro Clínico • Perda de peso – 75% • Saciedade precoce • Dor epigástrica – vaga, constante – 70% • Dispepsia • Hematêmese • Melena • Anemia • Massa epigástrica palpável (tu de antro) • Disfagia (Tu de cárdia) • Linfadenopatia o Virchow – supraclavicular esquerdo (doença avançada) o Irmã Maria José – periumbilical o Prateleira de Blumer – linfonodos peritoneais – exame retal o Nódulo de Irish – linfonodo axilar anterior E o Tumor de Krukenberg – metástases ovarianas • Sinal de Troisier: Virchow + CA gástrico Diagnóstico • Marcadores Tumorais (somente para controle de cura) o CA 19-9 – para corroborar diagnóstico e evolução terapêutica o CA 72-4 - específico para monitorar tratamento e eventuais recidivas – mais sensível o CEA – elevado em 15% a 30% dos adenoCa gástricos Exames complementares • Endoscopia digestiva alta (padrão-ouro) o Biópsias o Localiza lesão e confirma o diagnóstico o R-X EED com duplo contraste -> diagnostica em 80% a 90% dos casos • TC de abdome e pélvis o Doença metastática (fígado e baço) Gastroenterologia Luiza – TV • Ultrassom endoscópico o Estadiamento – invasão de parede, adenomegalias e estruturas adjacentes o PET-TC o Suspeita de metástase ou recidiva • Laparoscopia diagnóstica o Citologia do líquido peritoneal o Metástases hepáticas o Implantes peritoneais Tratamento • Ressecção cirúrgica com margem de 5 a 6 cm o Único tratamento curativo o Lesão proximal Gastrectomia total o Lesão distal Gastrectomia subtotal (4/5) o Tumor de piloro Gastrectomia parcial (1/2) LESÕES NEOPLÁSICAS DA JUNÇÃO ESOFAGOGÁSTRICA Adenocarcinoma da cárdia • Classificação de Siewert Tipo I: esôfago distal (30 – 35%) Tipo II: cárdia (20 a 30%) Tipo III: sub-cárdico (40 a 45%) Fatores biomoleculares • Na carcinogênese gástrica, os genes supressores tumorais com alterações são P53, P73, Bcl-2 e APC. • Os genes que reparam o dano do DNA são responsáveis por detectar e reparar alterações em outros genes. • Alterações em sua função desencadeia instabilidade genômica, proliferação celular descontrolada e um desenvolvimento do tumor gástrico. Adenocarcinoma da cárdia • Tem maior morbimortalidade • Tipo I abordagem toracoabdominal • Tipo II e III abordagem abdominal • Tto Neoadjuvante (boa indicação nos tumores de cárdia) o Tumores localmente avançados Vantagens: -Redução do tamanho do tumor, facilitando o índice de ressecção “R0” -Trata precocemente as possíveis micrometásteses -Seleção dos pacientes -Permite maior tolerabilidade ao tratamento quimioterápico antes do trauma cirúrgico o Desvantagens: -Eventual perda da chance cirúrgica do paciente (por surgimento de eventual metástase) o Realiza-se reavaliação após tratamento quimioterápico com novo estadiamento. • Tratamento cirúrgico o Siewert I – Esofagectomia subtotal o Siewert II – Gastrectomia total + Esofagectomia distal Gastroenterologia Luiza – TV o Siewert III – Gastrectomia total • Extensão da ressecção o D0 – ressecção tumoral o D1 – ressecção dos linfonodos (LN) perigástricos o D2 – LN das grandes artérias do estômago o D3 – LN do ligamento hepatoduodenal, cabeça do pâncreas e mesentério o D4 – LN para-aórticos • Quimioterapia neoadjuvante o Tumores localmente avançados • Quimioterapia adjuvante – com ou sem RXT o LNS positivos ou T mais avançados • Doença metastática o Dilatação endoscópica o Stent o Bypass cirúrgico • Adjuvância: o Quimioterapia Adjuvante – linfonodos positivos ou T mais avançados (acometimento de serosa ou orgaso adjacentes) o Radioterapia Adjuvante – incerto (?) – tumores avançados e/ou presença de sangramento o A taxa de recorrência após gastrectomia varia de 40 a 80%, principalmente nos primeiros 3 aos após a cirurgia. • Tratamentos paliativos o Quadros obstrutivos - Gastrojejunoanastomose - Jejunostomia o Hemorragia refratária - Ablação endoscópica com argônio - Embolização arterial - Radioterapia hemostática
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