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ATIVIDADE CONTEXTUALIZADA - PATOLOGIA DA NUTRIÇÃO E DIETOTERAPIA

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ATIVIDADE CONTEXTUALIZADA
Desirée Silvera Guimarães
Matrícula: 01513987
Curso: Nutrição
A nutrição enteral é uma via alternativa de alimentação que conserva a mucosa do trato gastrintestinal, reduzindo o risco de infecção, a deslocação bacteriana, possui custos menores, além de diminuir a resposta inflamatória na fase aguda e a múltipla falência orgânica. Esta via de alimentação tem o intuito de manter ou recuperar o estado nutricional dos indivíduos que possuem o trato gastrintestinal íntegro para o processo digestório, porém sua ingestão oral encontra-se parcial ou totalmente comprometida. ( SANT’ANA, MENDONCA, MARSHALL, 2013)
A indicação de Nutrição enteral (NE) deve estar associada ao funcionamento do trato gastrointestinal (TGI); a ingestão via oral (IVO) insuficiente; ao grau de desnutrição, catabolismo e percentual de perda de peso; e a presença de disfagia. A escolha do tipo de acesso que será utilizado para a nutrição enteral leva em consideração a anatomia e função do trato gastrointestinal, no risco potencial da ocorrência de efeitos colaterais e no tempo de permanência da terapia. (BIBLIOTECA ANTIGA, 2008)
As indicações específicas para nutrição enteral são várias, dentre elas pode-se citar: Incapacidade de alimentação por via oral em decorrência de traumas na cabeça ou no pescoço; Paciente inconsciente ou com queda do nível de consciência; Anorexia prolongada; Disfagia neuromuscular; Desnutrição proteico-calórica grave; Falência hepática; Obstrução trato gastrointestinal superior; Doenças críticas que ocasionam estresse metabólico; Preparo para cirurgia intestinal em pacientes críticos ou desnutridos; Aumento da demanda nutricional; Má absorção ou disfunção do trato gastrointestinal. ( MANUAL MSD, 2022)
Existem algumas contraindicações relacionadas a utilização da nutrição enteral que necessitam de atenção, dentre elas pode-se citar: Obstrução intestinal; Íleo paralítico; Diarreia intratável; Necessidade de agentes inotrópicos positivos em doses altas; Vômitos intratáveis; Peritonite difusa; Isquemia gastrointestinal; Recusa do paciente. ( MANUAL MSD, 2022)
Em pacientes hospitalizados ocorre um aumento de morbimortalidade, do tempo de hospitalização e custos com os cuidados à saúde, em decorrência da menor infusão de volume de dieta enteral do que o prescrito. Isso faz com que contribua para os casos de desnutrição desses pacientes. Algumas estratégias devem ser adotadas para garantir que não ocorra essa diferença entre o volume energético prescrito na conduta nutricional e o volume administrado na prática, são elas: observar se o paciente apresenta disfunção do trato gastrintestinal, como náusea, vômitos, diarréia e resíduo gástrico aumentado; instabilidade clínica; evitar que ocorra um jejum muito prolongado, mesmo quando esses pacientes necessitarem para realização de procedimentos diagnósticos e terapêuticos; observar a ocorrência da remoção da sonda, acidentalmente ou não, caso ocorra, reinseri-la o mais rápido possível. É de suma importância não ocorrer interrupções da dieta, pois pode influenciar para a não administração total da dieta prescrita. ( ASSIS, 2010 )
A síndrome de realimentação (SR) é uma complicação que acontece em pacientes desnutridos ou após processos catabólicos graves, logo após um jejum prolongado. Nas primeiras 72 horas após o início da dieta enteral ou parenteral pode ocorrer a SR, pois esses pacientes apresentam baixo índice de massa corporal (IMC), perda de peso não intencional, baixo ou nenhum aporte calórico por pelo menos 5 dias ou distúrbios eletrolíticos de base, que são fatores de risco para o desenvolvimento dessa síndrome. (SAD, 2019)
Usualmente a prescrição optada na nutrição de pacientes hospitalizados é de 30 calorias por quilograma de peso corporal ao dia (kcal/kg/dia)11, tendo variação entre 25 a 35kcal/kg/dia, e de 0,8 a 1,2g/kg/dia de proteínas. Em indivíduos com desnutrição grave, a progressão da nutrição enteral deve acontecer de maneira mais lenta, para assim impedir que aconteça a SR. O fornecimento de energia não deve ultrapassar 40kcal/kg/dia. A evolução do suporte nutricional poderá ser dificultado pela Distensão e dor abdominal; resíduo gástrico e vômitos. (LUFT, 2008)
Para evitar que a SR ocorra em pacientes em risco, deve-se ter alguns cuidados, antes do início da dieta, é necessária a prescrição de tiamina intravenosa (100-300 mg/dia) e a reposição de dosagem de eletrólitos, como fósforo, potássio e magnésio. O início e a progressão da terapia nutricional deve acontecer de forma gradual e a oferta da quantidade de calorias deve ser reduzida nos primeiros dias, necessitando de monitorização diária de eletrólitos. No caso de ocorrer queda nos valores de eletrólitos, mais especificamente de hipofosfatemia, será necessário diminuir a infusão de dieta e progredir de maneira lenta ao longo de 48 horas. Desta forma, deve-se ter cuidado na prescrição nutricional e um monitoramento criterioso dos pacientes submetidos à terapia nutricional enteral, observando a tolerância pelo paciente e possíveis complicações. (SAD, 2019)
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ASSIS, Michelli Cristina Silva de et al. Nutrição enteral: diferenças entre volume, calorias e proteínas prescritos e administrados em adultos. Revista Brasileira Ter Intensiva. 2010; 22(4):346-350. 
BIBLIOTECA ANTIGA, 2008. Terapia Nutrológica Oral e Enteral em Pacientes com Risco Nutricional. Disponível em: <https://amb.org.br/files/_BibliotecaAntiga/terapia-nutrologica-oral-e-enteral-em-pacientes-com-risco-nutricional.pdf> Acesso em: 17/02/2023 às 15h
LUFT, Vivian Cristine et al. Suprimento de micronutrientes, adequação energética e progressão da dieta enteral em adultos hospitalizados. Rev. Nutr., Campinas, 21(5):513-523, set./out., 2008. 
MANUAL MSD, 2022. Nutrição enteral por sonda. Disponível em: <https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-nutricionais/suporte-nutricional/nutri%C3%A7%C3%A3o-enteral-por-sonda > Acesso em: 17/02/2023 às 15h10
SANT’ANA, Ilma Edinalva Silva, MENDONCA, Simone Sotero, MARSHALL, Norma Guimarães. Adequação energético-proteica e fatores determinantes na oferta adequada de nutrição enteral em pacientes críticos. Com. Ciências Saúde. 2013; 22(4):47-56. 
SAD, Matheus Horta at al. Manejo nutricional em pacientes com risco de síndrome de realimentação. BRASPEN J 2019; 34 (4): 414-7

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