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MODELO ENVIO DISCENTE - ATIVIDADE CONTEXTUALIZADA (1)

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Racismo e xenofobia
Enfermagem
O migrante congolês Moïse Kabagambe, de 24 anos, foi assassinado após ter cobrado dois dias de trabalho em um quiosque em que ele trabalhava na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro. A família só teve conhecimento do ocorrido no dia seguinte. Moïse veio para o Brasil em 2014 com a mãe e os irmãos, como refugiado político, para fugir da guerra e da fome. 
O Brasil é um país que desde o seu descobrimento teve contato com diversas culturas e possui uma bagagem cultural extensa, atraindo muitos imigrantes, que vem em busca de um mínimo existencial para sobreviver. Com o preconceito enraizado de uma população insegura, devido a precariedade de sua condição social, que comumente enxerga esse crescimento migratório como uma ameaça. A hostilidade e o repúdio contra indivíduos de outros países costuma ser uma reação ao medo, fortalecendo a xenofobia e o racismo. No bairro que abriga uma série de empreendimentos superlativos, como shoppings, casas de shows e condomínios fechados com mansões e onde se estabeleceu uma elite chamada de “emergente” (LEMOS, 2004), formada sobretudo por “executivos, por pequenos e médios empresários do setor formal e informal, atletas de destaque, artistas de televisão, dirigentes esportivos etc.” (LEMOS, 2004, P.06), a morte de um imigrante congolês expôs a densidade com a qual o racismo se estrutura no Brasil.
O fato de pessoas negras estarem alcançando uma qualidade de vida social estável financeiramente e estarem ocupando lugares que pessoas da cor branca ocupam, tem trazido muitos desconfortos, e muitos casos de xenofobia e racismo estão relacionados ao fato das pessoas se sentirem superiores culturalmente, o que mostra o grande equívoco de grande parte da população. Vemos discursos que ameniza ou nega o preconceito racial e xenofóbico no nosso país, porém, o que ainda vemos é a diferença no tratamento de pessoas que se consideram superiores a essa classe tão discriminada, como a diferença no tratamento por parte da justiça de brancos e negros. Que são tratados com mais severidade, desde a instância até o tribunal.
Assim, de acordo com a lei 9.459/1997, serão punidos os crimes resultantes de disciminação ou preconceito de raça, cor e etnia, religião ou procedência nacional.

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