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Unidade 4

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Afetividade e Sexualidade 
na Educação Especial
Responsável pelo Conteúdo:
Prof.ª Dr.ª Célia Regina da Silva Rocha
Revisão Textual:
Prof.ª Aline Gonçalves 
Análise das Questões Relacionadas ao Estigma e Preconceito 
Frente à Vivência da Sexualidade das Pessoas com Deficiência 
Análise das Questões Relacionadas ao 
Estigma e Preconceito Frente à Vivência 
da Sexualidade das Pessoas com Deficiência 
 
 
• Distinguir as questões referentes à presença do estigma e do preconceito frente à sexuali-
dade da pessoa com deficiência;
• Reconhecer os comportamentos e as atitudes sociais de estigma e preconceito perante a 
sexualidade da pessoa com deficiência. 
OBJETIVOS DE APRENDIZADO 
• Introdução;
• Preconceito e Estigma;
• A Questão da Sexualidade da Pessoa com Deficiência.
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem 
aproveitado e haja uma maior aplicabilidade na sua 
formação acadêmica e atuação profissional, siga 
algumas recomendações básicas: 
Assim:
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e 
horário fixos como o seu “momento do estudo”.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar, lembre-se de que uma 
alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo.
No material de cada Unidade, há leituras indicadas. Entre elas: artigos científicos, livros, vídeos e 
sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você também 
encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua 
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados.
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discussão, 
pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o contato 
com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e aprendizagem.
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Determine um 
horário fixo 
para estudar.
Aproveite as 
indicações 
de Material 
Complementar.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar, lembre-se de que uma 
Não se esqueça 
de se alimentar 
e se manter 
hidratado.
Aproveite as 
Conserve seu 
material e local de 
estudos sempre 
organizados.
Procure manter 
contato com seus 
colegas e tutores 
para trocar ideias! 
Isso amplia a 
aprendizagem.
Seja original! 
Nunca plagie 
trabalhos.
UNIDADE Análise das Questões Relacionadas ao Estigma e Preconceito 
Frente à Vivência da Sexualidade das Pessoas com Deficiência
Introdução
A deficiência pode nos acometer em qualquer fase da nossa vida, algumas pessoas já 
nascem nessa condição, outras adquirem no transcorrer da vida como consequência de 
uma doença ou acidentes. O nascimento de uma criança altera a estrutura e a dinâmica 
familiar, o simples fato do nascimento de um filho já é grande gerador de mudanças no 
convívio do casal (MILBRATH et al., 2008), experiência a qual demanda que o casal 
reformule essa ligação, deslocando a afabilidade, modificando a díade do vínculo para 
um vínculo formado a três. Assim, ao nascer, o filho traz com ele aquilo que edificou o 
encontro dos pais e a história familiar do casal (SÁ; RABINOVICH, 2006). 
No entanto, quando a criança tem algum tipo de deficiência, muitos casais acabam 
sucumbindo, contribuindo para o afastamento e separação do casal. Algumas reações 
emocionais são sentidas pelos pais assim que recebem a notícia da deficiência. Primei-
ramente, temos que pensar na elaboração do luto pelo filho idealizado que não acon-
teceu. O estado psíquico, vivenciado pelos pais, é o sentimento de morte, ou seja, é a 
perda do filho idealizado, aquele filho tão sonhado e desejado. Portanto, para que esse 
filho real venha a ser aceito e amado, é necessário que os pais e a família, vivenciem 
o processo de luto do filho perdido (BARBOSA; CHAUD; GOMES, 2008). Durante 
o período gestacional, o casal vai criando expectativas acerca do nascimento do filho: 
com quem irá parecer? Qual o sexo? Cor do cabelo e dos olhos? Não podemos genera-
lizar que todos os pais reagirão dessa forma, mesmo porque os sentimentos possuem 
características subjetivas e independem do estado sensorial das sensações, de pensa-
mentos ou representações que o importunam (APA, 2010). 
Os autores mencionados afirmam que a descoberta da deficiência de um filho, 
geralmente, é uma vivência traumática, que possibilita a alteração do nível emocional 
não somente nos pais, mas de todos os integrantes da família, e de como essa criança 
será vista pela família (BARBOSA et al., 2009). Esse período é muito delicado, muda o 
status da criança para os pais, carregando nela o estigma de anormal, o qual virá a ser 
impossibilitado de se realizar os sonhos projetados anteriormente ao nascimento, ani-
quilando as esperanças depositadas no filho pelos seus pais. Trata-se de um momento 
de muita fragilidade, difícil de ser vivenciado, a família inteira se mobiliza visando a 
uma adaptação para reconquistar o equilíbrio. Assim, deficiência do filho remete toda 
a família ao sofrimento, todos os membros são afetados. 
Coll, Marchesi e Palacios (2004) enfatizam que enfrentar a questão da deficiência 
de um filho implica um longo caminho a percorrer, no qual os pais passam por vá-
rias fases desde a constatação da deficiência até a sua aceitação:
Fase de choque: acontece no momento em que é transmitido o diagnóstico da 
deficiência, provocando o choque, a dor, configurando-se em um trauma para toda 
a família.
• Fase de negação: alguns pais tendem a ignorar o problema, como se este não fos-
se real; ora questionam a veracidade do diagnóstico, ora questionam a competência 
dos profissionais, acreditam fielmente que houve um engano no diagnóstico;
8
9
• Fase de reação: nesta fase, os pais vivenciam sentimentos e emoções variados, 
aparecem a irritação, a culpa, a depressão e, com menor frequência, podem 
surgir as reações de desapego, ansiedade e sentimentos de fracasso;
• Fase de adaptação (aceitação): os pais atingem certa calma emocional, obtêm 
uma visão mais prática e realista, focando em metas de como fazer para ajudar 
a criança (COLL; MARCHESI; PALACIOS, 2004).
Em nossa cultura, é esperado que as pessoas vivenciem o planejamento do filho 
tão sonhado, mas quando isso não acontece vêm a frustração e os sentimentos an-
teriormente abordados. Frente a isso, os pais poderão se sentir frustrados consigo 
mesmo e com a sociedade (MACEDO, 2008), sentindo-se envergonhados e descon-
fortáveis. Frente a nova realidade, os pais, à custa de muito sofrimento, vivenciam 
sentimentos de medo, raiva, desespero e conflito interno, e se sentem obrigados 
a modificar seus próprios caminhos (FERRARI; ZAHER; GONÇALVES, 2010). 
Deparam-se com uma ocorrência inesperada: a deficiência, essa edificação pode ser 
abalada. Exige deles uma modificação completa em seu estilo de vida (MILBRATH 
et al., 2008). Sendo que, na maioria das vezes, os períodos de sofrimento são tem-
porários, os quais vão e vêm rapidamente, são eventos vistos como normais dentro 
do ciclo da vida. Porém, o sofrimento acerca da deficiência é uma dor inevitável a 
qual não poderá ser esquecida, tampouco modificada, mas algo com o qual se deve 
aprender a conviver e modificar sua maneira de viver habitual e seus sentimentos, 
com o objetivo de adequá-los, pois nunca poderão escapar dele, estarão sempre 
presentes (BUSCAGLIA, 2010). Pela necessidade de novas adaptações e inversão de 
papéis, poderá se intensificar os problemas entre os membros da família.
A mulher acaba assumindo as responsabilidades pelos cuidados e criação do filho, 
com isso, passa a ser apenas mãe e cuidadora. Embora a face mais visível dos cuida-
dos e proteção dos filhos com deficiência seja a rotina doscuidados diários, o esforço 
físico das atividades e os altos custos financeiros próprios do ato de cuidar, segundo 
Bogo, Cagnini e Raduenz (2014), cabe dedicar-se a compreender a dinâmica desen-
volvida pelas mães nesse papel social e na identificação de outras questões relativas 
à convivência diária com um filho com deficiência e a necessidade de autocuidados, 
na perspectiva de identificar suportes e apoios importantes às cuidadoras mães para 
favorecer a compatibilização dos cuidados com o filho e o cuidar de si. 
A deficiência caracteriza-se por uma diminuição ou desaparecimento do funciona-
mento de um ou mais órgãos ou tecidos do organismo do indivíduo (DICIONÁRIO 
LAROUSSE, 2005). Define-se pela perda ou anormalidade de uma estrutura, fun-
ção psicológica, fisiológica ou anatômica que gere incapacidade para o desenvolvi-
mento da criança e desempenho de atividades dentro dos padrões da normalidade 
(BRASIL, 1989). 
São pessoas que possuem limitações de natureza física, intelectual ou sensorial, as 
quais as impedem de participar em igualdade de condições na sociedade. Clemente 
(2014) afirma que, para além das diferenças como cor, sexo, religião, idade, idioma, 
etnia, todos nós possuímos também características genéticas, físicas e de persona-
lidade que, na interação com o meio familiar, social e cultural em que vivemos, nos 
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UNIDADE Análise das Questões Relacionadas ao Estigma e Preconceito 
Frente à Vivência da Sexualidade das Pessoas com Deficiência
constituem como pessoas únicas, singulares, assim, somos todos diferentes, mas as 
pessoas tendem a se aproximar dos seus iguais e, nesse movimento, alguns grupos 
são excluídos. As pessoas com deficiência fazem parte do grupo que ainda sofre pre-
conceito e é discriminado pela sociedade. O autor salienta que, apesar de as pessoas 
confundirem os termos, é necessário esclarecer que deficiência não é doença.
A aceitação da diferença significa estar aberto a essas variações como modos de 
que algumas pessoas com deficiência dispõem para se realizar no contexto de gênero 
e sexualidade ou raça. 
Conheça a história de Larissa, bebê com microcefalia que foi adotada. 
Disponível em: https://bit.ly/2BLu5A7 
Ao nascer, a criança, com ou sem deficiência, vai fazer parte de um mundo que 
está pronto, com suas regras e normas, que se constituirão no processo de sociali-
zação, e a internalização dessas terão importância fundamental e contribuirão para 
que os indivíduos possam elaborar a própria identidade. 
Figura 1 – Tal qual a criança que nasce sem deficiência, a que nasce com deficiência 
vivenciará o mesmo processo de interação e internalização de regras sociais
Fonte: Getty Images
Segundo Bruns (2016), a história da civilização se repete sempre na educação de 
cada criança, quando se espera que ela se ajuste de modo satisfatório às normas e 
às leis sociais. Em virtude desses padrões socialmente impostos à pessoa com defi-
ciência, vemos que ao longo da história da humanidade as atitudes e ações frente a 
elas se repetem; geralmente, são marginalizadas, carregam o estigma de incapazes e 
“coitadinhos”, consequentemente, não representam os modelos estéticos e de beleza 
estabelecidos pelo grupo social, tendem a ser excluídos. 
Por outro lado, o nascimento de uma criança com deficiência, inevitavelmente, 
nos remete a uma condição na qual a convivência com a deficiência significa também 
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conviver com a busca por explicações, “por que eu?”, ao sentimento de culpa, quase 
sempre vinculado a muita falta de informação, algumas construções sociais sobre 
conceitos e concepções, valores, preconceitos, vinculações religiosas, colocando que 
Deus sabe das coisas, que Deus quis assim, Deus enviou a criança com deficiência 
como uma missão para ela cumprir. Dessa forma, parece-nos que essas mães acei-
tam mais facilmente a condição do filho. 
Para Munhóz (2003), é importante destacar a influência que esse momento pode 
ter para os pais, positiva ou negativamente, para propiciar ou não o vínculo afeti-
vo com seu filho. Os pais são os primeiros responsáveis a proporcionar condições 
para que seu filho seja compreendido pela sociedade em sua condição especial de 
ser (MUNHOZ, 2003), pois a criança, desde o nascimento, depende totalmente dos 
pais, de seus conhecimentos, de sua dedicação e do cuidado, do amor e carinho para 
que possa desenvolver-se plenamente, resultará da interação que eles estabelecerão 
com a criança, e servirão de base para estimular o desenvolvimento do filho.
Por outro lado, os profissionais das áreas médicas e da Psicologia poderão ter 
um papel de fundamental importância, à medida que oferecem suporte emocional e 
social para esses pais, traduzidos em benefícios, tais como: diminuição do estresse e 
da depressão, contribuindo para um relacionamento familiar mais positivo, um maior 
sentido e ajustamento na aptidão parental, adequando-os aos seus papéis, diminuin-
do a sobrecarga, a preocupação, proporcionando-lhes uma vida mais tranquila e 
suavizando as dificuldades na relação com a criança (CAMPOS, 2002). 
Nessa questão, também é preciso desenvolver um trabalho junto a essas mães 
para que voltem a exercer os seus outros papéis (mãe dos outros filhos, esposa, 
amiga, filha, profissional), que ficam relegados a um segundo plano porque sua prio-
ridade passa a ser a cuidadora do filho com deficiência, para viver exclusivamente o 
papel de protetora do filho com deficiência. 
Preconceito e Estigma
O termo estigma, segundo Goffman (1988), era atribuído pelos gregos aos sinais 
feitos no corpo como uma forma de marcar uma pessoa referenciando atributos 
depreciativos. Nem sempre os atributos são desejáveis, como quando atribuímos ao 
deficiente o atributo de alguém muito especial, ou quando damos à família da criança 
com deficiência também o atributo de “família especial”. Ao invés de pensarmos em 
atributos, devemos sempre pensar nas relações estabelecidas com as pessoas. 
A partir da própria experiência com a deficiência, as pessoas ressignificam, acatan-
do ou não a forma como os outros percebem e lidam com a deficiência. Para a pessoa 
sentir-se deficiente é necessário que o contexto social e a trajetória pessoal da expe-
riência com a deficiência contribuam para a aceitação desses atributos (MARTINS; 
BARSAGLINI, 2011). 
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UNIDADE Análise das Questões Relacionadas ao Estigma e Preconceito 
Frente à Vivência da Sexualidade das Pessoas com Deficiência
Acesse uma charge que pode exemplificar bem a falta de abertura a pessoas com deficiên-
cia na sociedade. Disponível em: https://bit.ly/3ieLORa
Segundo Sá (2015), no Brasil, durante muito tempo, a temática da deficiência 
ficou restrita à ótica da caridade e do saber médico, haja visto que as instituições que 
acolhiam pessoas com deficiência eram filantrópicas e não raramente ligadas a gru-
pos religiosos. Considerava-se importante que a criança estivesse em instituições que 
sanassem e corrigissem a deficiência. Mesmo com a influência do modelo social da 
deficiência no nosso país e com as mudanças legais que visam à inclusão, acessibili-
dade física e assistência social, a deficiência ainda é abordada pela ótica da patologia 
e não da diversidade humana (ALMEIDA; SÁ, 2005). 
Figura 2 – A sexualidade de pessoas com deficiência ainda é vista com estigmas
Fonte: Getty Images
Com isso, inevitavelmente, frente à deficiência, tendemos a “normalizar” a atitu-
des que respondem a uma ideia preconceituosa, que as inferioriza e que as adjetivam 
frequentemente como inferiores e/ou incapazes, na tentativa consciente e/ou incons-
ciente de homogeneizá-las, atitude que ignora a diferença e contribui amplamente 
para a perpetuação dos estereótipos e estigma que as acompanha. 
O estigma, por sua vez, é entendido como uma construção social, na qual os 
atributos pessoais que desqualificam as pessoas variam a depender do período 
sócio-histórico-cultural, podendo interferir na dinâmica das interações sociais e 
exacerbar as consequências da deficiência(MARTINS; BARSAGLINI; SIQUEIRA; 
CARDOSO, 2011). A sociedade, por sua vez, por não saber conviver com a 
diferença, tende a isolar e marginalizar aquele que é diferente do padrão imposto 
por ela, assim, Goffman (1988) afirma que o normal e o estigmatizado não são 
pessoas, mas perspectivas geradas em situações sociais.
12
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Figura 3 – A falta de convívio leva a sociedade a isolar e excluir as pessoas com defi ciência
Fonte: Getty Images
Amaral (1995) afirma que a matéria-prima do preconceito é o desconhecimento e 
a desinformação, sendo, portanto, uma atitude hostil de medo frente a aquilo que o 
ameaça – a diferença/deficiência, o desconhecido. Segundo a autora, o preconceito 
em relação a essas pessoas é um mecanismo de negação social, que nos impede de 
perceber que por trás do estereótipo da deficiência há uma pessoa com sentimentos, 
sonhos e desejos como qualquer um de nós. O preconceito que a acompanha não 
afeta apenas, segundo AMARAL (1995), a ideia de incapacidade, de impossibilidade 
e de dependência presente no imaginário social quando nos referimos à deficiência, 
não é pessoal: é fruto de uma construção social, uma herança intergeracional que 
vem carregada de significados negativos. 
A Questão da Sexualidade 
da Pessoa com Deficiência
Quando se tornam adolescentes ou adultos isso se acentua ainda mais, porque 
não terão a oportunidade de se relacionar com os pares, namorar, se envolver se-
xualmente com outra pessoa. Vemos, nesse processo de vivenciar a sexualidade, 
que os tabus, preconceitos e estigmas se fazem presentes nos atos, gestos e atitudes 
expressos nos modos de ser e de aparecer, materializam e tornam-se práticas cons-
tantes no grupo social no qual a pessoa está inserida. A cristalização desses aspectos 
podem, como afirma Bruns (2016), ser observados no modo como se relacionam 
com esses padrões, normas e valores, ou seja, como expressam a própria sexuali-
dade, isso poderá facilitar e/ou dificultar a prática da sexualidade, suas experiências, 
desejos, fantasias e frustrações.
13
UNIDADE Análise das Questões Relacionadas ao Estigma e Preconceito 
Frente à Vivência da Sexualidade das Pessoas com Deficiência
Ricardo Ferraz criou uma charge que ilustra as atitudes de preconceituosas em relação à 
sexualidade de pessoas com deficiência. Disponível em: https://bit.ly/33fLb4S
Quando o assunto é sexualidade, apesar dos avanços e da exposição que tem tido 
na mídia, ainda não é suficiente para sensibilizar os pais a tratar desse tema com os 
filhos. No estudo realizado por Bruns (2016), foi possível perceber que não existe di-
álogo acerca da sexualidade com os filhos com deficiência porque há a dificuldade de 
abordar o tema e porque, para os pais e familiares, persiste a ideia bastante comum 
de que o filho é assexuado. Assim, reprimem duramente toda e qualquer iniciativa 
ou atitude do filho em relação ao exercício saudável da sexualidade, imprimindo nos 
seus filhos jovens, que são incapazes, “coitadinhos”, com a conivência do grupo so-
cial, portanto incapazes de administrar sua vida. 
Leandra Migotto Certeza tem deficiência física e quebra preconceitos ao explorar sua sexu-
alidade. Disponível em: https://bit.ly/2Ogy9uQ
A sexualidade é a forma pela qual o humano realiza a existência de seu corpo, 
modo esse pelo qual entramos em contato com o mundo e como nos percebemos 
“sendo”. Não há outro meio de conhecer o corpo humano senão vivenciando-o. Por 
isso, ao falarmos de sexualidade, remetemos nosso pensamento ao corpo. A sexua-
lidade é a parte integrante do nosso self, a dimensão que mais abrange a sua totali-
dade. Ela é a expressão do ser que deseja, que escolhe, que ama, que se comunica 
com o mundo e com o outro (ARANHA; MARTINS, 1981, p. 348). 
Figura 4 – Casamento entre pessoas com deficiência intelectual
Fonte: globalnpo.org
Para Merleau-Ponty, a sexualidade é o que faz com que o homem tenha uma 
história. Se a história sexual de um homem dá a chave de sua vida, é porque na 
14
15
sexualidade do homem se projeta sua maneira de ser com relação ao mundo, isto é, 
com relação ao tempo e aos outros homens (1971, p. 168). 
Os familiares, no entanto, ainda têm dificuldades para se despirem de seus pre-
conceitos em relação à sexualidade dos filhos com deficiência. Segundo Gesser e 
Nuernberg (2014), de um modo geral, a história da civilização se repete sempre na 
educação de cada criança, quando se espera que ela se ajuste de modo satisfatório às 
normas e às leis sociais. Segundo os autores, a perspectiva do modelo social sugere 
que o problema da sexualidade da pessoa com deficiência é menos “como fazer” e 
mais “com quem fazê-lo”. Como podemos definir a deficiência?
A deficiência pode nos acometer em qualquer fase da nossa vida, algumas pesso-
as já nascem nessa condição, outras adquirem no transcorrer da vida como consequ-
ência de uma doença ou acidentes. O nascimento de uma criança altera a estrutura 
e a dinâmica familiar, muitos casais acabam sucumbindo a isso, contribuindo para o 
afastamento e separação do casal. A mulher acaba assumindo as responsabilidades 
pelos cuidados e criação do filho, com isso passa a ser apenas mãe e cuidadora. 
Embora a face mais visível dos cuidados e proteção dos filhos com deficiência seja 
a rotina dos cuidados diários, o esforço físico das atividades e os altos custos finan-
ceiros próprios do ato de cuidar, segundo Bogo, Cagnini e Raduenz (2014), cabe 
dedicar-se a compreender a dinâmica desenvolvida pelas mães nesse papel social e 
na identificação de outras questões relativas à convivência diária com um filho com 
deficiência, e a necessidade de autocuidados, na perspectiva de identificar suportes 
e apoios importantes às cuidadoras mães para favorecer a compatibilização dos cui-
dados com o filho e o cuidar de si própria. 
Primeiramente, temos que salientar que, apesar de as pessoas ainda confundi-
rem os termos, é necessário esclarecer que deficiência não é doença. A deficiência 
caracteriza-se por uma diminuição ou desaparecimento do funcionamento de um 
ou mais órgãos ou tecidos do organismo do indivíduo (DICIONÁRIO LAROUSSE, 
2005). Define-se pela perda ou anormalidade de uma estrutura, função psicológica, 
fisiológica ou anatômica que gere incapacidade para o desenvolvimento da criança 
e desempenho de atividades dentro dos padrões da normalidade (BRASIL, 1989). 
Na década de 1990, o termo deficiência foi trocado pela nomenclatura “necessi-
dades especiais” sendo mais usada a expressão “portadores de necessidades espe-
ciais”, e no ano de 2000 foi proclamada a substituição desse termo para “pessoa 
com deficiência” pela compreensão de que o sujeito que possui uma deficiência 
apresenta uma condição, diferentemente de quem porta algo agora e posteriormente 
poderá não mais portar (SASSAKI, 2003).
Clemente (2014) afirma que, para além das diferenças como cor, sexo, religião, 
idade, idioma e etnia, todos nós possuímos também características genéticas, físicas 
e de personalidade que, na interação com o meio familiar, social e cultural em que 
vivemos, nos constituem como pessoas únicas, singulares, assim, somos todos dife-
rentes, mas as pessoas tendem a se aproximar dos seus iguais e, nesse movimento, 
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UNIDADE Análise das Questões Relacionadas ao Estigma e Preconceito 
Frente à Vivência da Sexualidade das Pessoas com Deficiência
alguns grupos são excluídos. As pessoas com deficiência fazem parte do grupo que 
ainda sofre preconceito e é discriminado pela sociedade. 
A aceitação da diferença/deficiência significa estar aberto a essas variações como 
modos de que algumas pessoas com deficiência dispõem para se realizar no con-
texto de gênero e sexualidade ou alcançar intimidade ou vida familiar (GESSER; 
NUERNBERG, (2014). Em vez de impor a normalidade ou expectativas normais às 
pessoas com deficiência, é preciso a abertura à diferença, a oferta de um potencial de 
expansão, que é possível para todos nessas áreas (SHAKESPEARE, 1998, p. 55-56). 
Concluímos que o nascimento deuma criança altera a dinâmica e a estrutura 
familiar. A família constitui-se em um recurso muito importante para a formação do 
indivíduo, representa o fio condutor para a organização do primeiro espaço social, 
além de constituir-se em lugar de aprendizagem e convivência, mas, principalmen-
te, para oportunizar à criança experienciar a cooperação, a solidariedade, o amor 
parental, filial e fraternal, enraizando a pessoa mediante as relações de parentesco, 
campo experimental de aprendizagem entre pais, filhos e irmãos, a perceber suas 
capacidades e aprofundar sua singularidade, além de ser lugar de transmissão de 
modos de vida e de valores. 
Quando a criança nasce com algum tipo de deficiência, os pais, frente à notícia da 
deficiência, reagem de diferentes formas. A sociedade, por sua vez, possui padrões 
que são impostos aos indivíduos que se submetem, sofrendo as consequências tais 
como a estima e o preconceito. À medida que a criança vai se desenvolvendo, outras 
questões e preocupações vão acontecendo, dificuldades surgem frente às manifesta-
ções da sexualidade do filho, que, por ter dada deficiência, não é visto como sendo 
capaz de vivenciar de forma plena a sua sexualidade. 
A sociedade avançou em diversos aspectos, mas essa questão permanece per-
meada pelos mitos, estigma e preconceito, cabe a cada um de nós revermos nossas 
atitudes e ações frente aos desejos e às necessidades da pessoa com deficiência, que, 
como qualquer outra pessoa, quer apenas ser feliz e ter uma vida plena. 
16
17
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Livros
Diferente mas não desigual: a sexualidade no deficiente mental
GHERPELLI, M. H. B. V. Diferente mas não desigual: a sexualidade no deficiente 
mental. 2. ed. São Paulo: Gente, 1995.
 Vídeos
A sexualidade de alunos com deficiência
Maria Helena Vilela, blogueira especialista em educação social, tira dúvidas e 
comenta a respeito de mitos que permeiam a sexualidade de pessoas deficientes. 
https://youtu.be/rq8onTulZ80
Sem Tabus – A sexualidade de pessoas com deficiência
O programa Sem Tabus aborda questões relacionadas à sexualidade de 
pessoas deficientes. 
https://youtu.be/7C8ovwXvfpE
 Filmes
Minha vida em cor-de-rosa
https://youtu.be/VQcFMz-5i4A
 Leitura
Autopercepção de pessoas com deficiência intelectual sobre deficiência, estigma e preconceito
Autopercepção de pessoas com deficiência intelectual sobre deficiência, estigma 
e preconceito.
https://bit.ly/31tg0BW
Dialogando com Goffman: contribuições e limites sobre a deficiência
https://bit.ly/2BRciY0
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UNIDADE Análise das Questões Relacionadas ao Estigma e Preconceito 
Frente à Vivência da Sexualidade das Pessoas com Deficiência
Referências
AMERICAN PSYCHOLOGICAL ASSOCIATION. Publication Manual of the 
American Psychological Association. 6. ed. Washington, DC: Author, 2010.
ALMEIDA, J. R. de S. et al. Oficinas de promoção de saúde com adolescentes: 
relato de experiência. Northeast Network Nursing Journal, Fortaleza, v. 12, p. 
1052-1058, 2011. 
AMARAL, L. A. Conhecendo a deficiência (em companhia de Hércules). São 
Paulo: Robe, 1995. 
ARANHA, M. L. de A. MARTINS, M. H. P. Filosofando: introdução à filosofia. São 
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