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ITU - infecções do trato urinário

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1 Laís Flauzino | NEFROLOGIA | 7°P MEDICINA 
ITU 
4M1 – INFECÇÕES DO TRATO URINÁRIO 
Caso: 
Paciente 19 anos, chega ao Pronto Socorro com 
queixa de dor ao urinar, dor supra púbica, e tenesmo 
vesical há 3 dias. Refere que urina está com cheiro 
mais forte. Nega outros sintomas. 
HPP sem alterações, EF e SSVV sem alterações. 
• Não se deve pedir EAS e cultura de urina para 
essa paciente. 
• Não é um caso clássico de pielonefrite, ou seja, 
não se deve iniciar antibioticoterapia empírica. 
• Ciprofloxacino não é a melhor opção para o 
tratamento dessa paciente. 
 
Disuria = dificuldade para urinar. 
Tenesmo vesical = vontade de fazer xixi e não saí nada 
 
CISTITE: 
• Disúria 
• Alteração de cor e cheiro 
• Tenesmo vesical 
• Dor supra púbica 
 
PIELONEFRITE: 
• Febre 
• Náusea e vomito 
• Dor abdominal 
• Hematúria 
• Alteração de cor e cheiro 
Repercussão sistêmica. 
 
EXAMES PARA DIAGNOSTICAR: 
• EAS 
Piócitos (leucócitos do xixi – células de defesa da 
urina); bilirrubina; hemácias; nitrito, cristais. 
• Hemograma 
Se tiver infecção sistêmica aparece. 
• Urina de 24 horas 
• Ultrassonografia 
• TC de vias urinárias – aumentado em inflamações 
• Ureia 
• Creatinina 
• Cultura de urina – principalmente se o pct for 
internado, se der itu de repetição. 
Não pede exames para todos os pacientes. 
O diagnóstico de cistite é clínico, o de pielonefrite é 
clínico laboratorial. 
 
BACTERIÚRIA ASSINTOMÁTICA: 
• Bactéria na urina 
• Mulheres → 1000 UFC/mL 
• Homens→ 100.000 UFC/mL 
• Cateter Vesical → 100 UFC/mL 
• Punção Suprapúbica → qualquer valor. 
 
EAS alterado, mas paciente não sente nada. 
 
Trata ou não? 
Depende! 
Não trata, a não ser que: 
• Gestante 
• Pré-operatório urológico 
• Paciente com doenças potencialmente 
agravadoras (DPOC, DM) 
• Primeiros meses de Transplante Renal (há 
controversas – pct pode agravar pq é 
imunossuprimido) 
 
ITU DE REPETIÇÃO: 
• 3 ou mais em um ano 
• 2 ou mais em 6 meses 
 
Precisa tratar e precisa pedir exames e cultura. 
 
O que faz repetir tanto? Fatores de risco: 
 
 
Para itu de repetição pode usar ATB de uso contínuo 
durante 6 meses. 
 
Paciente chega o no PS com disuria, dor em flanco 
direito e febre. 
Suspeito de pielonefrite. 
Solicitei um EAS e veio com Nitrito positivo. 
Significa que a bactéria é gram -. 
 
Nitrito positivo indica bactéria gram -. 
 
BACTÉRIAS MAIS COMUNS: 
• E. coli: 85% (gram -) 
• Gram + 
• Staphylococcus saprophyticus: 10% das 
mulheres sexualmente ativas. 
• Streptococcus B e D 
• Gram- 
• Klebsiella 
• Proteus – Urease - Fosfato 
• Enterobacter 
• Nosocomiais: 
• Pseudomonas 
• Serratia 
 
De onde vem essas bactérias? Onde se tem gram – no 
corpo é no Ânus – transloca para a bexiga; não é 
porque não limpa, é o fato de ficar em pé muito 
tempo etc. 
 
2 Laís Flauzino | NEFROLOGIA | 7°P MEDICINA 
Infecção de urina em homens é bem pior. 
 
TRATAMENTO: 
Tratar todas sintomáticas. 
Tratar as exceções das assintomáticas. 
 
Com o que tratar: 
 
Nitrofurantoína e fosfomicina são as melhores opções. 
Classe: quinolonas. 
Ciprofloxacino – bactérias estão resistentes. 
Cefalexina – (cefalosporina 1ª geração) usar em 
gestantes e crianças. 
Amoxicilina (penicilina) clavulanato (inibidor da 
betalactamase) 
Estudar as classes. 
SMT + TMP (bactrin) – não usado, pq tem mais de 90% 
de resistência. 
 
 
Medicamentos mais fortes. 
Cipro e levo – quinolonas. 
Ceftriaxona é uma cefalosporina de 3ª geração. 
Aminoglicosídeo pode ser associado a ceftriaxona se 
pct tem fatores de risco (DPOC, diabetes). 
Piperacinila + tazobactan: tazocim, é bem forte, 
escalona. 
 
SEPSE: 
Se virar sepse – protocolo de sepse! 
• Se Comunitária 
• Quinolona ou Cefalosporina de 3° 
geração (ceftriaxona) 
• Se nosocomial 
• Cefalosporina de 4° geração ou 
Carbapenêmico (meropenem) 
 
 
Pielonefrite: 
Cipro e levo são recomendados – são mais fortes. 
Levo é melhor. 
Ceftriaxona – cefalosporina 3ª geração. 
Pode associar ceftriaxona a um aminoglicosidio – 
fatores de risco (DPOC, diabetes). 
Piperacinila + tazobactan – é bem forte.

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