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Questão 1 Incorreto Atingiu 0,00 de 1,00 Questão 2 Incorreto Atingiu 0,00 de 1,00 A avaliação socioeconômica utiliza preços sombra para incorporar as considerações de eficiência econômica, contemplando todos os agentes econômicos da sociedade – indivíduos, empresas e governo. O viés utilitarista da metodologia busca maximizar a eficiência do investimento, ou seja, a maior quantidade de benefícios para o menor custo – value for money. Ao fazê-lo, não lida, necessariamente, com a distribuição dos custos e benefícios associados ao projeto entre grupos da sociedade. Dessa forma, a análise distributiva se apresenta instrumental para identificar e realizar adequações caso sejam necessárias. Sobre a análise distributiva, podemos afirmar: Assinale a única alternativa incorreta: Escolha uma opção: a. A análise distributiva é realizada apenas quando o projeto é muito grande. b. Cabe identificar como os diversos efeitos do projeto são distribuídos entre os diferentes grupos da sociedade. c. Caso necessário, eventuais compensações podem ser endereçadas para melhor distribuir os frutos do projeto entre grupos sociais. d. A distribuição da renda mais igualitária gera segurança, satisfação, economia de escala e outros ganhos intangíveis. e. O projeto não deve promover políticas regressivas que prejudiquem grupos menos favorecidos. Sua resposta está incorreta. Todos os projetos avaliados socioeconomicamente devem conduzir análise distributiva, independente do seu porte. De forma geral, ao longo da elaboração da ACB, dados e informações sobre os stakeholders já são tipicamente coletados – bastando serem descritos e articulados em relação aos efeitos específicos que auferem relativos aos custos, benefícios e externalidades. Para sumarizar os efeitos decorrentes do projeto, pode-se desenvolver uma matriz conectando cada efeito do projeto aos setores e/ou stakeholders por eles afetados. Chamamos essa ferramenta de matriz de stakeholders, que também é conhecida por tabela de incidência de benefícios. Sobre a matriz de stakeholders e seu uso, podemos afirmar: Assinale a única alternativa incorreta: Escolha uma opção: a. Requer integrar os valores tratados na análise socioeconômica com a avaliação financeira, identificando as transferências entre agentes econômicos. b. Permite avaliar, sob a ótica comparativa, as consequências distributivas do projeto, mapeando então seus ganhadores e perdedores. c. Caso o ∆VSPL do grupo de baixa renda seja negativo, mas o ∆VSPL do projeto como um todo seja positivo, o projeto pode ser aprovado sem adequações. d. Permite identificar eventuais gaps de viabilidade financeira que podem ser supridos, por exemplo, pelas contraprestações de PPP. e. Como exemplos de stakeholders, temos usuários de baixa renda, demais usuários, não usuários, operador de serviço e governo. Sua resposta está incorreta. A situação descrita na opção C ilustra um conflito de escolha – trade-off – de eficiência: nesse caso, o grupo de baixa renda está arcando com os custos, e não se deve, portanto, aprovar o projeto sem adequações. Nessa situação, o projeto gera benefícios líquidos suficientemente grandes para que sejam distribuídos de forma que todos os grupos ganhem ou, ao menos, não percam! Deve-se abrir mão de certa eficiência em prol da equidade, o que pode se dar com a cobrança de tarifa do grupo de maior renda, via concessão de menor tarifa para o grupo de baixa renda, ou mesmo via transferência direta. Questão 3 Incorreto Atingiu 0,00 de 1,00 Questão 4 Incorreto Atingiu 0,00 de 1,00 O arranjo contratual escolhido para construção e operação da infraestrutura tem implicações sobre o retorno socioeconômico do projeto, e por isso as alternativas de contratação devem ser consideradas na ACB. Particularmente, existem três tipos de efeitos sobre os custos e/ou benefícios socioeconômicos que dependem do arranjo contratual da alternativa avaliada. Sobre esses efeitos, podemos afirmar: Assinale a única alternativa incorreta: Escolha uma opção: a. Ineficiências de execução das obras ou na prestação do serviço podem comprometer a geração de benefícios ou aumentar os custos do projeto. b. Quanto mais risco é transferido do setor público ao contratado, maior será o custo total por ele cobrado. c. Fluxos de ou para o governo devem considerar o peso morto do gasto público. d. Quando o histórico de uma tipologia de obra pública demonstra sobrecustos frequentes, deve-se sempre aumentar o Capex em 10% de forma a considerar a situação. e. A cobrança pelo serviço prestado pode afugentar alguns dos beneficiários, reduzindo a demanda total pelo projeto e, consequentemente, o montante de benefícios. Sua resposta está incorreta. Caso o histórico de uma determinada tipologia de obra pública demonstre que há atrasos ou sobrecustos na grande maioria dos casos, uma previsão similar deve ser diretamente incorporada às variações de estimativas de custos considerados na ACB – e geralmente será acima de 10%, muito menos fixa nesse percentual, pois variará setor a setor. Minimamente, espera-se que essas projeções sejam incorporadas na análise de sensibilidade de cada alternativa. De preferência, outros arranjos contratuais devem ser testados via ACB, podendo-se desvendar, por exemplo, que uma PPP seria mais vantajosa. Cada projeto de investimento de interesse público é único e demanda sua cuidadosa análise quanto à melhor alternativa de implementação. A ACB se apresenta como a metodologia ideal para explicitar e racionalizar tais conflitos de escolha, permitindo primar pelos resultados efetivos que serão entregues à sociedade. Sobre parcerias e obras públicas, podemos afirmar: Assinale a única alternativa incorreta: Escolha uma opção: a. Parcerias são associadas à maior eficiência, menores custos e maior qualidade dos serviços. b. Contratos em que um contratado constrói e outro contratado opera não trazem risco de qualidade, pois cada contratado persegue o melhor para o projeto como um todo. c. Parcerias reduzem a pressão sobre o orçamento público. d. Contratos em que um mesmo contratado concebe, constrói, opera e mantém a infraestrutura; apresentam alinhamento de incentivos entre a construção e operação. e. Parcerias exigem maiores custos de supervisão e regulação, por parte do contratante, do que obras públicas. Sua resposta está incorreta. A opção B apresenta um desalinhamento de incentivos, no qual cada contratado irá perseguir o que lhe trouxer maior retorno financeiro de forma isolada, no contexto de cada contrato. Ou seja, o risco de se ter um ativo de pior qualidade e/ou mesmo que não atenda a todas as especificações necessárias para a boa operação é maior do que nas contratações em que há o alinhamento de incentivos.
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