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ARTIGO THAYS FAVENI

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FACULDADE VENDA NOVA DO IMIGRANTE (FAVENI)
ENFERMAGEM DO TRABALHO
THAYS PEREIRA DA SILVA
LITERATURA NA ESCOLA: REFLEXÕES SOBRE IMPORTÂNCIAS, DESAFIOS E POSSIBILIDADES DA LEITURA E DO LETRAMENTO LITERÁRIO NA FORMAÇÃO ESCOLAR 
PORANGATU/GO
		
2022
Atendimento pré-hospitalar (aph) de parada CADIORRESPIRATÓRIA (pcr) feitas por pessoas leigas em empresas privadas
Thays Pereira da Silva[footnoteRef:1] [1: E-mail: thays8647@gmail.com] 
Declaro que sou autor¹ deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que o mesmo foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja parcial ou integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas e corretamente referenciadas ao longo do trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de investigações empíricas por mim realizadas para fins de produção deste trabalho.
Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de plágio ou violação aos direitos autorais.
RESUMO: Os primeiros socorros caracterizam-se como os processos iniciais e ágeis que objetivam auxiliar vítimas, seja de acidentes ou algum mal súbito. A urgência é uma ocorrência que não pode ser adiada, necessitando de resolução rápida. Deste modo, apesar dos avanços na prevenção e terapêutica nos últimos anos, ainda acontecem inúmeros óbitos por Parada Cardiorrespiratória (PCR), súbita no Brasil. Logo, é muito importante que os colaboradores de uma empresa sejam treinados para desempenhar as práticas de suporte básico de vida, SBV. Este estudo objetiva avaliar como o Atendimento Pré-Hospitalar (APH) de PCR feito por pessoas leigas a fim de favorecer a sobrevida de colaboradores em empresas privadas. Uma vez que, a atenção a urgência e emergência desperta certo receio por parte das pessoas leigas pois, ainda há um grande despreparo quanto aos conhecimentos de primeiros socorros, o que muitas vezes impede colaboradores de manter a sobrevida, e assim diminuir os danos causados por acidentes e patologias repentinas que os afetam no ambiente de trabalho. Esta pesquisa tem como meta ainda, expor medidas de treinamento, qualificação e educação continuada para que indivíduos leigos possam prestar os primeiros socorros de forma eficiente. Esta pesquisa justifica-se, diante do crescente número de casos de óbitos ocasionados, dentre outros fatores, pelo atraso no início da Ressuscitação Cardiopulmonar (RCP), procedimento que muitos indivíduos desconhecem; impedindo assim, a realização das compressões torácicas no APH. Este estudo é do tipo bibliográfico, descritivo, narrativo tendo a meta principal a busca pelo conhecimento através da formação de acervo bibliográfico.
Palavras-chave: Atendimento Pré-Hospitalar (APH). Parada Cardiorrespiratória (PCR). Suporte Básico de Vida (SBV).
ABSTRACT: First aid is characterized as the initial and agile processes that aim to help victims, whether from accidents or sudden illness. Urgency is an occurrence that cannot be postponed, requiring quick resolution. Thus, despite advances in prevention and therapy in recent years, there are still countless deaths from sudden cardiopulmonary arrest (CPA) in Brazil. Therefore, it is very important that employees of a company are trained to perform basic life support practices, SBV. This study aims to evaluate how the Pre-Hospital Care (PHC) of CPA performed by lay people in order to favor the survival of employees in private companies. Since, attention to urgency and emergency arouses a certain fear on the part of lay people, because there is still a great lack of knowledge about first aid, which often prevents employees from maintaining survival, and thus reducing the damage caused by sudden accidents and pathologies that affect them in the work environment. This research also aims to expose measures of training, qualification and continuing education so that lay individuals can provide first aid efficiently. This research is justified, given the growing number of cases of death caused, among other factors, by the delay in the start of Cardiopulmonary Resuscitation (CPR), a procedure that many individuals are unaware of; thus preventing the performance of chest compressions in the APH. This study is of the bibliographic, descriptive, narrative type, with the main goal being the search for knowledge through the formation of a bibliographic collection.
KEYWORDS: Pre-Hospital Care (APH). Cardiorespiratory Arrest (CPA). Basic Life Support (SBV).
1 INTRODUÇÃO
A Parada Cardiorrespiratória (PCR) caracterizada como a interrupção das funções cardíacas, circulatórias e respiratórias, também reconhecida como insuficiência ou ausência de pulso ou sinais circulatórios, simboliza um importante desafio e impacto para os indivíduos que a assistem. 
Apesar dos avanços na prevenção e tratamento nos últimos anos, ainda ocorrem muitas mortes por PCR súbita no Brasil. Para realizar o suporte básico de vida (SBV) com eficácia, compressões torácicas adequadas necessitam ser realizadas para identificar e realizar manobras de ressuscitação cardiopulmonar (RCP) rapidamente. Além da interrupção repentina da atividade ventricular efetiva, a PCR também inclui parada respiratória.
Para evitar esse colapso, foi criado um processo de ressuscitação cardiopulmonar (RCP), que envolve tentativas de restaurar a circulação espontânea, sendo seu emprego universal, independentemente da causa subjacente da PCR, no qual, são realizadas atualizações sistemáticas desse protocolo. (SILVA et al, 2017).
Sabe-se, que as crises devido a uma patologia ou acidente podem acontecer em qualquer ambiente e no caso das empresas privadas, mesmo com todas os cuidados adotados para a proteção do colaborador. Deste modo, o principal objetivo dos primeiros socorros é afastar o indivíduo dos riscos imediatos, prever e impedir maiores danos e consequentemente alocar o indivíduo para assistência médica o mais rápido possível (ROSA et al, 2001).
Dessa maneira, a elaboração de tal pesquisa parte do seguinte problema: Como o Atendimento Pré-Hospitalar (APH) de Parada Cardiorrespiratória (PCR) realizado por pessoas leigas podem favorecer a sobrevida de trabalhadores em empresas privadas?
Visto que, ultimamente a atenção a urgência e emergência gera certa apreensão por parte da sociedade leiga pois, ainda há um grande despreparo quanto aos conhecimentos de primeiros socorros, fato este que muitas vezes impede trabalhadores de preservar a saúde e integridade física, e assim reduzir os danos provocados por acidentes, enfermidades repentinas e pelas patologias que os afetam no ambiente de trabalho.
Portanto, apenas com uma adequada organização e implantação dos Primeiros Socorros é possível reduzir a morbimortalidade dos trabalhadores. Sendo que, as etapas de tal organização devem englobar a capacitação e ensinamento de todos os funcionários de determinada empresa, sendo importante também, o recrutamento e ensino de socorristas, bem como, a obtenção de material e acomodações apropriadas, além do incentivo ao companheirismo e espírito de equipe.
Logo, este artigo objetiva analisar a importância do conhecimento sobre o SBV por parte de pessoas leigas que trabalham em empresas privadas. Diante disso, este estudo almeja ainda expor medidas de treinamento, qualificação e educação continuada para que indivíduos leigos possam prestar os primeiros socorros como RCP em casos de PCR, visando mantar a vida da vítima até que o socorro chegue.
Sendo assim, este estudo justifica-se, perante o crescente número de casos de óbitos ocasionados, dentre outros fatores, pelo atraso no início da Ressuscitação Cardiopulmonar (RCP), procedimento simples do qual muitas pessoas desconhecem, impedindo a realização das compressões torácicas no Atendimento Pré-Hospitalar (APH), dificultando ou bloqueando desse modo, o atendimento imediato da vítima (ROSA et al, 2001).
2 DESENVOLVIMENTO
2.1 Atendimento Pré-Hospitalar:Suporte Básico de Vida (SBV)/Primeiros Socorros
As condutas realizadas nos primeiros socorros, ou o Suporte Básico de Vida (SBV) são fatores determinantes entre a vida e morte da vítima. Sendo caracterizados como um grupo de meios e metodologias técnicas tendo como meta manter o apoio a vida do indivíduo até que o socorro chegue. 
Deste modo, os primeiros socorros representam os processos iniciais e de forma ágil que objetivam auxiliar vítimas, seja de acidentes ou algum mal súbito. Os primeiros socorros possuem como meta conservar os sinais vitais estáveis, impedindo assim, maiores danos até chegar assistência especializada, podendo ser realizada pessoas leigas devidamente treinadas e não somente por profissionais de saúde (MACIEL; ROSENO, 2019).
Urgência pode ser qualificada como a indigência imediata. Ou seja, é uma ocorrência que não pode ser adiada, necessitando de resolução ágil, Visto que caso haja atraso, tem-se o risco agravos à saúde e até mesmo de óbito. Já Emergência é a situação que demanda intervenção imediata. Sendo assim, em casos de emergência, a vítima deve ser avaliada maneira prática e efetiva (DAST, 2018).
Como em outras situações, qualquer pessoa no decorrer do exercício de seu trabalho corre o risco de sofrer acidentes ou mesmo, patologias de diferentes espécies emergenciais, sendo ocupacionais ou não. 
Deste modo, ainda segundo Dast (2018), é de suma importância que os colaboradores de uma instituição saibam sobre as práticas de suporte básico de vida, SBV, que envolvem o rápido reconhecimento de vítimas apresentando os primeiros sinais de PCR. Para que deste modo, possa iniciar as manobras de RCP nas vítimas.
Assim sendo, (ROSA et al, 2001, p. 15) aborda que:
Primeiros Socorros consistem em medidas iniciais e imediatas aplicadas a uma vítima fora de um ambiente hospitalar, executada por qualquer pessoa, antes de um atendimento especializado (médico ou técnico em saúde) no sentido de suportar a vida ou evitar o agravamento de lesões existentes (pré-existentes ou que passaram a existir no momento do evento emergencial).
Portanto, os primeiros socorros podem ser conceituados como todas aquelas condutas realizadas no atendimento imediato, prestados por pessoas leigas ou com algum tipo de treinamento, visando reduzir danos e sofrimento de vítimas tanto de mal inesperado, quanto de algum acidente, objetivando reduzir dor e a seriedade dos danos e suas consequências, até que o atendimento especializado chegue.
Desta forma, sabe-se que, sem conhecimento suficiente, o desejo de buscar ajuda, bem como a ânsia de prestar assistência acabam prejudicando, ao invés de reduzir a dor e os ferimentos da pessoa que necessita dos primeiros socorros. (PERGOLA; ARAÚJO, 2008). 
Logo, primeiros socorros caracterizam-se como a assistência correta prestada imediatamente após um acidente ou mal repentino, podendo representar a distinção entre a vida e a morte, ou a recuperação total e rápida e a diferença entre a incapacidade parcial ou completa.  “Define-se primeiros socorros como atendimento imediato providenciado à pessoa doente ou ferida e que pode ser realizado pela população em geral” (PERGOLA; ARAÚJO, 2008, p. 02). 
Geralmente, os serviços de primeiros socorros são fornecidos onde aconteceu, até a chegada do atendimento médico especializado. Sendo que, os serviços de SBV foram desenvolvidos para salvar vidas em risco e prevenir a piora das condições de saúde.
2.2 A Importância da Capacitação de Leigos em Primeiros Socorros
Nem todas as pessoas que precisam dos primeiros socorros são vítimas de lesões acidentais, muitas podem sofrer pelo agravamento de determinada patologia repentinamente. Portanto, se comparado com pessoas que receberam um adequado treinamento, pessoas sem treinamento correto têm uma redução de 95% em sua capacidade de reconhecer as reais emergências da vítima.
 Contudo, na maioria das vezes, a vítima e as pessoas em sua volta não conseguem reconhecer os principais sinais e sintomas que podem até ser fatais e, se detectados a tempo, podem ser revertidos ou estabilizados até o socorro chegar (ROSA et al, 2001).
A importância da cadeia de sobrevivência no APH, deve ser utilizado por socorrista treinado e leigos, sendo assim a cadeia de sobrevivência envolve o reconhecimento precoce da PCR, ativação do serviço de emergência, início imediato da RCP, com ênfase nas compressões torácicas, desfibrilação precoce, suporte avançado e vida eficaz, cuidados pós ressuscitação (SOUZA; CARVALHO, 2016, p. 06).
Em relação a incidentes de saúde envolvendo colaboradores de uma instituição, é importante que se capacite todos os funcionários e selecione um ou mais para se tornar socorristas. Entretanto, poucas instituições realizam esta capacitação, acompanhadas por médicos e enfermeiros. Pode acontecer do trabalho da enfermagem ser realizado durante o dia e os incidentes ocorrem à noite.
 Sendo assim, a equipe de resgate deve estar organizada para atuar só, e momentaneamente sem a ajuda do pessoal mais competente, devendo prestar os primeiros socorros com tranquilidade, bom senso e de forma criativa. Quando a equipe médica chegar, iniciarão os procedimentos do segundo socorro. No qual, o primeiro socorrista se aproxima da vítima e faz alguma coisa para ajudar, mesmo que seja reconfortar, e acalmar a vítima para assegurar que ela não entre em pânico (SOUZA; CARVALHO, 2016).
O SBV realizado rapidamente pode melhorar as taxas de sobrevivência e reduzir possíveis sequelas de vítimas de PCR, incluindo etapas que podem ser praticadas por leigos devidamente treinados fora do ambiente hospitalar, demonstrando deste modo, a significante atuação dos leigos no reconhecimento do CRP (PERGOLA; ARAÚJO, 2008). 
Segundo Rosa et al, (2001) a expansão da capacitação dos Primeiros Socorros a toda equipe de colaboradores, além da escolha do socorrista, certamente é uma prática de suma importância, sendo um compromisso obrigatório dos âmbitos de saúde e segurança ocupacional, quando existentes, tanto no decorrer da Semana Interna de Prevenção de Acidentes, SIPA, quanto em qualquer outro período.
Portanto, o APH, necessita ser feito por socorrista e leigos treinados, no qual, a sobrevivência da vítima abrange o reconhecimento e assistência precoce da PCR, assim como, o acionamento do socorro de emergência, rápido início das manobras de RCP (SILVA, 2018).
De acordo com a Portaria GM/MS nº 2.048, de 2002 do Ministério da Saúde, (BRASIL, 2002), foi criado o Regulamento Técnico dos Sistemas Estaduais de Urgência e Emergência, sendo ponderado o setor de urgência e emergência como sendo um elemento de grande importância para a assistência à saúde. Portanto, tal regulamento instituiu preceitos e regras, que normatiza o atendimento às urgências e emergências, instituindo também, os centros de ensino em urgência.
Em 1985 ocorreu a convenção de número 161, na qual o Brasil é signatário, sendo que a mesma propõe sobre os papéis e como funciona os o atendimento de saúde no ambiente de trabalho, enfatizando sobre a organização da assistência a emergência e aos primeiros socorros. 
Sendo assim, esta obrigatoriedade no Brasil, é estabelecida no Capítulo V da Consolidação das Leis do Trabalho (Lei 6514, de 22 de dezembro de 1977), determinando no parágrafo 4 do artigo 168 que o empregador sustentará na instituição, o que for preciso para a assistência à saúde, como medidas de primeiros socorros, tudo conforme o grau de risco da atividade laboral a ser realizada (ROSA et al, 2001).
Diante do exposto, compreende-se a apreensão por parte das autoridades nacionais e internacionais com relação a disposição dos serviços de primeiros socorros em todos os ambientes com trabalhadores, independente dos riscos ao qual estão expostos, instituindo normas a serem seguidas sob amparo de rigorosas sanções e penalidades.
	
2.3 Ressuscitação Cardiopulmonar (RCP) e a Parada Cardiorrespiratória (PCR)
A Parada Cardiorrespiratória (PCR) caracteriza-se como a suspensão do fluxo sanguíneo, bem como, da ventilação, resultante de uma súbita cessaçãoou deficiência nos batimentos do coração e pulso (SILVA, et al, 2017). Logo, para reestabelecer a circulação sanguínea e a ventilação pulmonar é necessário realizar o mais rápido possível e com eficiência, as manobras de Ressuscitação Cardiopulmonar (RCP).
Sendo que, a PCR representa o término de uma sequência de panoramas clínicos que podem levar a danos cerebrais irreparáveis, caso as manobras de RCP não sejam realizadas no tempo e de modo certo. “A PCR é a interrupção das atividades cardíacas, da circulação e respiração, ocorrendo de forma inesperada, sendo identificada quando a pessoa se encontra inconsciente, sem pulso e sem expansão torácica.” (MACIEL; ROSENO, 2019, p. 04).
A RCP é fundamentada na efetivação de procedimentos básicos específicos do SBV inicial, envolvendo a identificação e tentativa de reverter imediatamente as falhas do sistema respiratório e ou cardiovascular até a chegada de uma equipe profissional (CUNHA, 2015).
Portanto, a adoção das medidas de SBV reforçam expressivamente a eficácia na taxa de sobrevida durante a PCR, entretanto somente uma reduzida porcentagem, em torno de 30%, são eficazes e fornecem assistência imediata a essas vítimas, o que pode levar a danos neurológicos irreparáveis e até mesmo ao óbito. Logo, compreende-se que a correta assistência, tanto em ambiente extra-hospitalar, como em uma empresa privada, eleva de duas a três vezes a chance destes agravos, contudo poucos indivíduos que presenciam a PCR conseguem identificar adequadamente e realizar os primeiros socorros (CARVALHO, 2019).
Diante disso, compreende-se, a importância e a necessidade de treinar e capacitar a população, nesse caso, em particular os colaboradores de uma instituição privada, para atuarem em casos de emergência, principalmente em uma PCR, uma vez que, muitas vezes por medo, ou falta de conhecimento sobre as manobras de RCP, acabam fazendo algo que não deveria. Logo, a pessoa leiga, desde que devidamente capacitada, pode identificar e realizar este e outros procedimentos de SBV; sendo este um ato de suma importância, frente aos altos índices de óbitos repentinos por patologias cardiovasculares 
Segundo Silva, et al, (2017) no Brasil, mais de 630 mil óbitos ocorrem de forma repentina devido a arritmia e infarto agudo do miocárdio a cada ano. Aproximadamente 50% das mortes acontecem antes que a vítima consiga chegar ao hospital ou receber assistência médica. Portanto, a realização de 100 a 120 compressões por minuto de massagem cardíaca em vítimas adultas, pode auxiliar a salvar vidas. Vale ressaltar que 50% dos casos de PCR acontecem na presença de pessoas leigas, ficando clara a importância de capacitar essas pessoas corretamente para a identificação e operação precoce da RCP. Ainda de acordo com Silva:
Quando ocorre a identificação precoce da PCR e a instituição precisa e rápida do SBV, as chances de sobrevida da vítima tendem a aumentar. Após 4 minutos de PCR sem qualquer intervenção, os danos aos tecidos cerebrais surgem, e em média 10 minutos de anóxia pode ocorrer à morte cerebral (SILVA, et al, 2017, p. 54).
Deste modo, assim que acontece o rápido reconhecimento da PCR e consequentemente a realização concisa e ágil do SBV, as chances de sobrevivência da vítima se elevam. Sendo que, depois de 4 minutos de PCR sem nenhuma intercessão, aparecem agravos aos tecidos cerebrais, e em torno de 10 minutos de ausência de oxigênio, anóxia, pode acontecer morte cerebral. Assim sendo, “Todo ano, 400 mil pessoas morrem de infarto no Brasil. Cerca de 90% das vítimas de PCR (Paradas Cardíacas ou Paradas Cardiorrespiratórias) vão à óbito antes de chegarem a uma unidade de saúde” (CUNHA, 2015, p. 21).
Sendo assim, quando acontece a perda repentina dos batimentos cardíacos e função respiratória é fundamental que se identifique a PCR rapidamente e posteriormente se inicie as manobras de RCP, visto que, quando a vítima está nessas condições sua taxa de sobrevivência cai 7 a 10%, por isso os primeiros socorros necessitam ser eficaz e no momento imediato do incidente para diminuir as chances de maiores danos (MACIEL; ROSENO, 2019).
A fim de tornar padrão o atendimento de pessoas leigas e profissionais em RCP, existem diretrizes as de RCP, emitidas pelo ILCOR (International Committee on Resuscitation-Federação Internacional de Comitês de Ressuscitação), e aprovadas por instituições como AHA (American Heart Association) e ECR (Conselho Europeu de Ressuscitação). 
De acordo com as diretrizes, tanto para leigos como para profissionais de saúde, a RCP adequada necessita adotar a cadeia de sobrevivência e seus cinco elos, que incluem: rápida identificação de parada cardíaca e ativação de serviços de emergência; bem como, RCP, enfatizando as compressões torácicas, SBV; desfibrilação rápida com auxílio de DEA (desfibrilador externo automático); e eficaz assistência no pós parada cardiorrespiratória, Contudo, o uso do DEA e os cuidados pós parada dependem da chegada da equipe de resgate (CUNHA, 2015).
Logo, há dois tipos de capacitação para assistência à vítima de PCR atualmente, sendo eles, os cursos básicos para as pessoas leigas e os cursos mais avançados, indicados para profissionais de saúde. No qual, a RCP feita por leigos abrange somente as compressões torácicas adequadas e ininterruptas, até que chegue o socorro especializado.
Segundo uma reportagem feita por Cunha, (2015) no ano de 2010, as diretrizes ABC foram alteradas principalmente para elevar o número de vidas salvas. Sendo que a maior alteração se deu na sequência dos procedimentos, de ABC (via aérea, respiração e compressões torácicas) para adultos, crianças e lactentes para CAB (compressão torácica, via aérea e respiração), denominado RCP apenas com compressão.
A sequência CAB colabora com a assistência de leigos, que podem se sentir despreparados quanto a ventilação ou não conseguem verificar o pulso adequadamente. Assim sendo, diante destas alterações qualquer indivíduo pode começar as manobras de RCP até que chegue o resgate, aumentando deste modo, as chances de sobrevida da vítima.
3 CONCLUSÃO
A realização desta pesquisa possibilitou o aprimoramento dos saberes técnicos e científicos, a respeito do Atendimento Pré-Hospitalar (APH) de Parada Cardiorrespiratória (PCR) realizado por pessoas leigas em instituições privadas.
Sendo assim, por meio da realização deste estudo, percebe-se que, quando uma pessoa leiga devidamente treinada se depara com uma parada cardiorrespiratória e rapidamente começa as manobras de RCP, as chances de sobrevivência da vítima se elevam expressivamente.
Desse modo, compreende-se, que é de fundamental importância que se capacite e treine a população para agir diante de emergência, principalmente em uma PCR, uma vez que, na maior parte das vezes as pessoas leigas deixam de fazer as manobras de ressuscitação por falta de preparo ou até mesmo, receio de fazer algum procedimento errado. 
Diante disso, compreende-se que o leigo, a partir do momento que é treinado, pode reconhecer e realizar os procedimentos de SBV, sendo assim, é possível reconhecer a importância da capacitação da população, em particular, neste estudo, de colaboradores de empresas privadas; uma vez que, são altos os índices de mortes súbitas por doenças cardiovasculares, bem como, por incidentes envolvendo PCR dentro de empresas privadas.
Uma vez que, sem o devido treinamento a equipe se sente despreparada para agir em situações de emergência; deixando de prestar os primeiros socorros iniciais, que são decisivos para a manutenção, recuperação e sobrevida da vítima até a chegada ao atendimento especializado.
Portanto, a elaboração desta pesquisa, possibilitou observar que é necessário que a empresa realize treinamentos de primeiros socorros e SBV, reciclagem e capacitação de qualidade para todos os colaboradores, a fim de prevenir lesões mais graves e até mesmo letais à sua equipe. Logo, a escolha de um ou mais funcionários que tenham bom perfil de socorrista, como, tranquilidade, foco e assertividade, colabora para a sobrevida de eventuais vítimas.Compreende-se então, que a assistência prestada por leigos devidamente treinados as vítimas de PCR reduzem possíveis sequelas e aumentam as chances de sobrevivência que estão diretamente ligadas ao tempo e à qualidade do atendimento inicial prestado.
4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL, Ministério da Saúde. PORTARIA Nº 2048, DE 5 DE NOVEMBRO DE 2002. 2002. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2002/prt2048_05_11_2002.html Acesso em: 01 de agosto de 2022.
CARVALHO, Lorena Rodrigues de. Fatores associados ao conhecimento de pessoas leigas sobre suporte básico de vida. REVENF. 38 ed. Janeiro, 2020. 2019. Disponível em:https://www.scielo.sa.cr/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S140945682020000100163 Acesso em: 01 de agosto 2022.
CUNHA, Luana. Liga Acadêmica de Trauma e Emergência do MA. Reportagem, Manobra que Salva Vidas. 2015. Disponível em: https://www.sobrasa.org/new_sobrasa/arquivos/artigos/Especial%20Dezembro%202015%20RCP%20Artigo%20Completo.pdf Acesso em: 01 de agosto 2022.
DAST, Departamento de Atenção à Saúde do Trabalhador. Noções de Primeiros Socorros em Ambientes de Saúde. UFMG. 2018. Disponível em: https://www.ufmg.br/prorh/wp-content/uploads/2018/02/Apostila-de-Primeiros-Socorros-DAST.pdf Acesso em: 01 de agosto 2021.
MACIEL, Aline Oliveira; ROSENO, Bárbara Rodrigues. Avaliação do conhecimento a respeito de parada cardiorrespiratória e engasgo entre professores e estudantes de uma escola pública do Distrito Federal. 2019. Disponível em: https://dspace.uniceplac.edu.br/bitstream/123456789/269/1/Aline%20Maciel_0002600_B%C3%A1rbara%20Roseno_0002461.pdf Acesso em: 02 de agosto 2022.
PERGOLA, Aline Maino; ARAUJO, Izilda Esmenia Muglia. O leigo em emergência. 2008. Disponível em: https://www.scielo.br/j/reeusp/a/N3HGt6gcZvRv5q6kKR7hZPL/abstract/?lang=pt Acesso em: 01 de agosto de 2022.
ROSA, Daniela de Oliveira. et al. Organização de Primeiros Socorros na Empresa. 2001. Disponível em: https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/104979/Organiza%C3%A7%C3%A3o%20de%20primeiros%20socorros%20na%20empresa.pdf?sequence=1 Acesso em: 02 de agosto de 2022.
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