NOÇÕES DE ORGANIZAÇÃO

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Técnico em administração
Noções de organização: conceito, tipologia,
classificação, natureza jurídica e
organograma (estrutura e níveis)
As organizações, além de satisfazerem as necessidades dos consumidores
com produtos ou serviços, também proporcionam o sustento daqueles que integram
as equipes envolvidas na sua produção.
Entre os produtos ou serviços oferecidos pelas organizações, estão: serviços
de saúde, de transporte e de educação; distribuição de produtos e de alimentos;
roupas; artigos de higiene. 
As organizações são classificadas por tipos, e os critérios utilizados para essa
classificação são tamanho, natureza jurídica e área de atuação. Quanto à área de
atuação, normalmente as organizações são segmentadas da seguinte maneira:
governo, empresas em geral e terceiro setor.
Neste material, abordaremos as ações referentes às rotinas de admissão e
demissão, as quais podem ser diferentes dependendo do tipo de organização.
Para começar, vamos relembrar quais são os tipos de organizações. Veja:
Governo: trata-se do primeiro setor. São as organizações públicas que prestam
serviços à sociedade em geral.
Empresas: trata-se do segundo setor. São instituições cuja principal característica é
a busca pelo lucro na comercialização de produtos ou serviços.
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Sociedade civil organizada: compreende as organizações de utilidade pública originadas
de iniciativas da área privada. Este setor atua em áreas de interesse público, apesar da sua
origem.
Tipos de organizações existentes no Brasil:
Primeiro setor – Governo (federal, estadual, municipal). Exemplos: bombeiros,
polícia, prefeituras. Segundo setor – Organizações com fins lucrativos. Exemplos:
agricultura, indústria do comércio. Terceiro setor – Sociedade civil organizada.
Exemplos: ONGs, institutos, fundações.
É necessário diferenciar os tipos de processos utilizados por empresas
privadas e órgãos públicos nas rotinas administrativas referentes à admissão e à
demissão de colaboradores.
Órgãos públicos
O provimento de cargos públicos respeita o artigo 8.º da Lei n.º 8.112, de 11 de
dezembro de 1990. Segundo essa lei, são estas as formas existentes de provimento
de cargo:
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Nomeação
Promoção
Readaptação
Reversão
Aproveitamento
Reintegração
Recondução
Segundo o artigo 9.º da referida lei, a nomeação pode ser feita em caráter
efetivo (provimento de cargo de carreira) ou em comissão (cargos de confiança). A
nomeação para cargo de carreira depende de prévia habilitação em concurso
público de provas ou de provas e títulos, obedecidos o prazo de sua validade e a
ordem de classificação dos candidatos.
O servidor público pode perder o seu cargo se não satisfizer as condições do
estágio probatório ou se não respeitar o prazo previamente estabelecido para
assumir o cargo. Em função de confiança, pode ser dispensado; e, em cargo em
comissão, pode ser exonerado. Também pode o próprio servidor pedir sua
exoneração ou sua dispensa. 
Empresas privadas e do terceiro setor
As empresas privadas e as que integram o terceiro setor devem respeitar o
artigo 29 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), Decreto-Lei 5.452/43, no que
se refere aos critérios que envolvem a contratação de colaboradores. 
Quanto à rescisão do contrato de forma indireta (empregado rompe o contrato
de trabalho e solicita indenização), é algo que se permite nas seguintes situações,
conforme o artigo 483 da CLT:
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Exigência de serviços superiores à força do trabalhador, contrários aos
bons costumes ou alheios ao contrato
Tratamento com rigor excessivo por parte dos superiores
Perigo de mal considerável
Não cumprimento das obrigações do contrato por parte do empregador
Prática de ato lesivo à honra e à boa fama do empregado por parte do
empregador
Ofensa física por parte do empregador
Redução do salário, quando por peça ou tarefa, afetando
sensivelmente a importância do salário
Tarefas inadequadas legalmente com o cumprimento da tarefa
Caso de morte do empregador individual
Com a rescisão indireta (justa causa do empregador) declarada, o trabalhador
terá direito a obter o contrato rescindido e receberá: saldo de salário; aviso prévio;
13.º salário proporcional ao período trabalhado no ano; férias simples e vencidas,
acrescidas de um terço, se for o caso; férias proporcionais acrescidas de um terço;
levantamento do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço); multa de 40%
sobre o FGTS; guias para recebimento do seguro-desemprego.
Reforma trabalhista e processo de demissão
Antes da reforma: quando o trabalhador pede demissão ou é demitido por justa
causa, ele não tem direito à multa de 40% sobre o saldo do FGTS nem à retirada do
fundo. Com relação ao aviso prévio, a empresa pode avisar o trabalhador sobre a
demissão com 30 dias de antecedência ou pagar o salário referente ao mês sem
que o funcionário precise trabalhar.
Depois da reforma: o contrato de trabalho pode ser extinto de comum acordo, com
pagamento de metade do aviso prévio e metade da multa de 40% sobre o saldo do
FGTS. O empregado pode ainda movimentar até 80% do valor depositado pela
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empresa na conta do FGTS, mas não tem direito ao seguro-desemprego.
As rotinas de demissão a serem consideradas para empresas privadas e para
o terceiro setor serão tratadas em outro momento, no material sobre processo de
demissão.
Organograma
Quando se trata de organizações, é importante destacar o organograma. Ele
evidencia a estrutura de uma empresa e os níveis existentes nela. 
Conforme Cury (2000, p. 219), “o organograma tem como finalidade
representar: os órgãos componentes da empresa; tanto quanto possível, de forma
genérica, as funções desenvolvidas pelos órgãos; as vinculações e/ou relações de
interdependências entre os órgãos; os níveis administrativos que compõem a
organização e a via hierárquica”.
Observe a figura.
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Figura 1 – Organograma de uma organização
O nível hierárquico do organograma apresenta a presidência no topo. Abaixo
dela, estão as diretorias setoriais: diretor financeiro, diretor de projetos, diretor de
recursos humanos e diretor de marketing. Abaixo das diretorias, estão os conselhos
administrativo e fiscal. Tanto setores quanto conselhos respondem diretamente à
presidência.
Dessa forma, percebe-se que o organograma é a representação gráfica da
estrutura organizacional de uma empresa. Analisando a figura 1, é possível ver que o
organograma é um gráfico que mostra como a empresa está hierarquicamente
organizada. Ele representa a divisão de todos os setores ou departamentos e
cargos que existem na empresa e tem o papel de deixar claro para os
colaboradores e os stakeholders (pessoas ou grupo de pessoas que têm interesse
em investir na empresa) como estes estão dentro da organização e com que áreas
ou pessoas estão ligados.
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A estrutura organizacional pode ser entendida como a disposição ou a inter-
relação entre as partes componentes e os cargos de uma organização. Em outras
palavras, a estrutura organizacional especifica a divisão do trabalho existente e
mostra como as diferentes funções ou atividades estão interligadas, além de
identificar a estrutura hierárquica de uma organização.
As organizações são formadas por pessoas, e a estrutura organizacional nada
mais é do que a forma como essas pessoas estão dispostas dentro da empresa, ou
seja, a inter-relação entre todos os níveis hierárquicos.
Perceba no organograma a ligação entre as diferentes atividades ou funções.
Portanto, organizar uma estrutura é dividir as tarefas entre os diferentes
departamentos ou setores. Cada setor ou departamento tem tarefas específicas.
Paramanter os processos de comunicação eficientes dentro de uma empresa,
é importante que o organograma esteja estruturado e que todos conheçam os
diferentes departamentos ou setores; assim, a comunicação e o desenvolvimento
dos processos na empresa acontecem, efetivamente, de forma sistêmica.
Por fim, saiba que a escolha da estrutura organizacional dependerá de alguns
elementos, tais como: porte da organização, pessoal disponível, tecnologia e
estratégias utilizadas.