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O que é Hemodiálise? HEMODIÁLISE ▪ A hemodiálise é utilizada em pacientes que estão extremamente doentes e que necessitam de diálise a curto prazo, durante alguns dias a semanas, até a recuperação da função renal, bem como em pacientes com DRC avançada e DRT, que necessitam de terapia de substituição renal a longo prazo ou permanente. ▪ Evita a morte, mas não se trata de cura para doença renal COMO É REALIZADA? MECANISMO ▪ A hemodiálise tem por objetivo extrair as substâncias nitrogenadas tóxicas do sangue e remover o excesso de líquido. ▪ O dialisador (também conhecido como rim artificial) é uma membrana semipermeável sintética através da qual o sangue é filtrado para remover toxinas urêmicas e uma quantidade desejada de líquido. ▪ Na hemodiálise, o sangue carregado de toxinas é desviado do paciente para uma máquina por meio do uso de uma bomba de sangue até o dialisador, no qual as toxinas são filtradas e removidas do sangue, sendo o sangue, então, devolvido ao paciente. MECANISMO ▪ Difusão: Toxinas deslocam-se de uma área de maior concentração no sangue para uma área de menor concentração no dialisado*. ▪ Osmose: O excesso de líquido é removido do sangue, em que a água se move de uma área de baixo potencial de concentração (o sangue) para uma área de alto potencial de concentração (o banho do dialisado) ▪ Ultrafiltração: O líquido se move sob alta pressão para uma área de menor pressão. Esse processo é muito mais eficiente do que a osmose na remoção da água e é realizado pela aplicação de pressão negativa ou de uma força de sucção à membrana de diálise. ▪ *Dialisado: solução que circula através do dialisador, composta de todos os eletrólitos em suas concentrações extracelulares ideais DIALISADORES ▪ Os dialisadores são dispositivos de fibras ocas contendo milhares de minúsculos tubos capilares, que transportam o sangue através do rim artificial. ▪ Os tubos são porosos e atuam como membrana semipermeável, possibilitando a passagem de toxinas, líquido e eletrólitos pela membrana. FUNCIONAMENTO DA DIÁLISE FUNCIONAMENTO DA DIÁLISE ACESSO VASCULAR ▪ DISPOSITIVOS DE ACESSO VASCULAR ▪ Inserção de um cateter de grande calibre, duplo lúmen na veia subclávia, jugular interna ou femoral pelo médico SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEFROLOGIA ACESSO VASCULAR ▪ FÍSTULA ARTERIOVENOSA (FAV) ▪ Método preferido, criada por meios cirúrgicos (em geral, no antebraço) pela união (anastomose) de uma artéria com uma veia ▪ 2 a 3 meses para “amadurecer”e dilatar ▪ Acomoda duas grandes agulhas (14, 16) ACESSO VASCULAR ▪ ENXERTO ARTERIOVENOSO ▪ Interposição subcutânea de um material de enxerto biológico, semibiológico ou sintético entre uma artéria e uma veia ▪ Cria-se um enxerto quando os vasos do paciente não são apropriados para a criação de uma FAV ▪ Os pacientes com comprometimento do sistema vascular (p. ex., devido ao diabetes melito) frequentemente necessitam de um enxerto QUAIS AS POSSÍVEIS COMPLICAÇÕES? ▪ Embora possa prolongar a vida, a hemodiálise não altera a evolução natural da DRC subjacente, nem substitui por completo a função renal. ▪ Distúrbios do metabolismo dos lipídios (hipertrigliceridemia) são acentuados e contribuem para as complicações cardiovasculares. ▪ Insuficiência cardíaca, doença da artéria coronária, angina, acidente vascular encefálico e doença vascular periférica, podendo incapacitar o paciente. ▪ A doença cardiovascular continua sendo a principal causa de morte em pacientes submetidos à diálise ▪ Anemia é agravada pela perda de sangue que ocorre durante a hemodiálise ▪ Os pacientes com uremia relatam gosto metálico e ocorrência de náuseas quando necessitam de diálise ▪ Vômitos – rápido deslocamento de líquido e hipotensão → desnutrição ▪ Dispneia, à medida que o líquido se acumula entre os tratamentos ▪ Embolia gasosa é rara, mas pode ocorrer se houver entrada de ar no sistema vascular ▪ Dor torácica em pacientes com anemia ou com cardiopatia arteriosclerótica TERAPIAS DE SUBSTITUIÇÃO RENAL CONTÍNUA (TSRC) TSRC ▪ As terapias de substituição renal contínua (TSRC) podem ser indicadas para pacientes com doença renal aguda ou crônica, que estão clinicamente muito instáveis para a realização de hemodiálise tradicional, para pacientes com sobrecarga hídrica secundária à doença renal oligúrica (débito urinário baixo), e para pacientes cujos rins são incapazes de atender às necessidades metabólicas ou nutricionais extremamente altas. ▪ Amplamente utilizados em UTI’s DIÁLISE PERITONEAL (DP) DP ▪ Objetivos: Remover as substâncias tóxicas e os produtos de degradação metabólicos e em restabelecer o equilíbrio hidreletrolítico normal. ▪ A DP pode constituir o tratamento de escolha para pacientes com doença renal, que são incapazes ou que não têm vontade de se submeter à hemodiálise ou ao transplante renal. ▪ Os pacientes que são suscetíveis às rápidas alterações hidroeletrolíticas e metabólicas, as quais ocorrem durante a hemodiálise, exibem uma quantidade menor destes problemas com a velocidade mais lenta da DP. DP ▪ Na DP, a membrana peritoneal atua como membrana semipermeável. ▪ O líquido do dialisado é introduzido na cavidade peritoneal por meio de um cateter abdominal a determinados intervalos. ▪ Quando a solução estéril se encontra na cavidade peritoneal, as toxinas começam a ser depuradas do sangue. ▪ Ocorrem difusão e osmose, à medida que os produtos de degradação se movem de uma área de concentração mais elevada (a corrente sanguínea) para uma área de menor concentração (o líquido do dialisado) por meio de uma membrana semipermeável (o peritônio). REFERÊNCIA ●HINKLE, J.L. Brunner & Suddarth - Tratado de Enfermagem Médico-Cirúrgica - 2 Vols. 14. ed. - Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2020. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9 788527736954/. Capítulo: 54, p 1593. https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527736954/