Buscar

TCC - Nayane e Bia (2)

Prévia do material em texto

1 
 
 
OS EFEITOS DA SUPLEMENTAÇÃO DO TRIPTOFANO NA ANSIEDADE: 
UMA REVISÃO INTEGRATIVA1 
 
Beatriz Brito Marques de Mendonça² 
Nayane Azevedo de Araújo² 
Fabiana Maria Coimbra de Carvalho Serquiz³ 
 
RESUMO 
 
O comportamento alimentar pode ser bastante afetado pelas emoções, visto que as suas 
escolhas alimentares, as quantidades ingeridas e a frequência das refeições dependem de 
vários fatores, sendo um deles as emoções e não apenas as suas necessidades fisiológicas . 
Desta forma, é possível afirmar-se que aquele sofre alterações de acordo com o estado 
emocional. Um dos estados emocionais que mais exerce influência sobre o comportamento 
alimentar é a ansiedade, que surge quando o sujeito entende que, de uma perspectiva mais 
cognitiva, se encontra perante uma ameaça ou em perigo. Nesse contexto, estudos 
associaram a patologia aos sistemas neurotransmissores que aparecem em disfunção, mais 
especificamente o L-Triptofano (TRP), que se trata de aminoácido essencial aromático, 
cuja principal função é ser precursor do neurotransmissor Serotonina ou 5-
Hidroxitriptamina (5-HT). Diante disso, com base nos dados de estudos científicos, a atual 
pesquisa teve como finalidade analisar por meio de uma revisão integrativa a influência da 
suplementação de TRP na ansiedade. Assim, obedecendo aos seguintes critérios de 
inclusão, os artigos foram selecionados considerando os que mencionaram triptofano 
(“tryptophan”), L-triptofano (L-tryptophan), ansiedade (“anxiety”), humor (“mood”), 
emocional (“emotional”), sendo combinados pelo operador booleano “AND”, que 
estivessem indexados nas bases de dados pré-selecionadas, que fossem publicados em 
inglês e português entre 2010 e 2022, estivessem disponíveis na íntegra e o tipo de artigo 
se enquadrasse como ensaio clínico ou teste controlado e aleatório. Ao final da pesquisa, 
foram encontrados 34 artigos na plataforma Pubmed, contudo foram excluídos 26 desses 
estudos por serem artigos que fugiam do foco do tema proposto, não relacionando o uso do 
triptofano na melhora da ansiedade/humor, restando 8 artigos de pesquisa. Na plataforma 
do Google Acadêmico foram encontrados 2.780 resultados, mas apenas 2 artigos se 
encaixavam nos critérios de pesquisa, sendo os demais descartados por se tratar de revisões 
integrativas ou por não abordar de forma clara o assunto requerido. Dessa forma, 10 estudos 
se enquadraram nos critérios de inclusão declarados. Verificou-se que os mecanismos do 
triptofano (TRP) acontecem através do seu consumo/suplementação, onde ele é hidroxilado 
ao intermediário 5-hidroxitriptofano, e assim, nos neurônios ele passa pelo processo de 
descarboxilação, transformando-se em 5-HT. Evidencia-se também que o TRP reduz 
visivelmente os níveis de ansiedade como também auxilia na melhora do humor, pois 
resulta no aumento da atividade serotoninérgica e na redução dos níveis de cortisol. 
 Palavras-chave: Triptofano (TRP), L- Triptofano, Ansiedade, Humor, Serotonina (5-HT) 
 
1Artigo apresentado à Universidade Potiguar – UNP, como parte dos requisitos para obtenção de nota para 
conclusão do curso de Nutrição. 
²Graduanda em Nutrição pela Universidade Potiguar. E-mail: biabritu@gmail.com 
²Graduanda em Nutrição pela Universidade Potiguar. E-mail: nayaneazevedo98@gmail.com 
³Orientadora Nutricionista clínica e esportiva funcional. Mestre em Nutrição. Doutora em Bioquímica. 
Professora da Universidade Potiguar. E-mail: Fabiana.serquiz@ulife.com.br 
 
2 
 
 
THE EFFECTS OF TRYPTOPHAN SUPPLEMENTATION ON ANXIETY: AN 
INTEGRATIVE REVIEW 
 
ABSTRACT 
 
Eating behavior can be greatly affected by emotions, since their food choices, the amounts 
ingested and the frequency of meals depend on several factors, one of them being 
emotions and not just their physiological needs. In this way, it is possible to say that it 
undergoes changes according to the emotional state. One of the emotional states that most 
influence eating behavior is anxiety, which arises when the subject understands that, from 
a more cognitive perspective, he is faced with a threat or in danger . In this context, studies 
have linked the pathology to neurotransmitter systems that appear in dysfunction, more 
specifically L-Tryptophan (TRP), which is an aromatic essential amino acid whose main 
function is to be a precursor of the neurotransmitter Serotonin or 5-Hydroxytryptamine 
(5-HT). Therefore, based on data from scientific studies, the current research aimed to 
analyze through an integrative review the influence of TRP supplementation on anxiety. 
Thus, according to the following inclusion criteria, the articles were selected considering 
those that mentioned tryptophan, L-tryptophan, anxiety, mood, emotional, being 
combined by the Boolean operator “AND”, that were indexed in the pre-selected 
databases, that were published in English and Portuguese between 2010 and 2022, were 
available in full and the type of article fit as a clinical trial or randomized controlled test. 
At the end of the research, 34 articles were found on the Pubmed platform, however, 26 
of these studies were excluded because they were articles that were outside the focus of 
the proposed theme, not relating the use of tryptophan to improve anxiety/mood, leaving 
8 research articles. In the Google Scholar platform, 2,780 results were found, but only 2 
articles fit the search criteria, and the others were discarded because they were 
integrative reviews or because they did not clearly address the required subject. Thus, 10 
studies met the stated inclusion criteria. It was found that the mechanisms of tryptophan 
(TRP) occur through its consumption/supplementation, where it is hydroxylated to the 
intermediate 5-hydroxytryptophan, and thus, in neurons it goes through the 
decarboxylation process, turning into 5-HT. It is also evidenced that TRP visibly reduces 
anxiety levels as well as helping to improve mood, as it results in increased serotonergic 
activity and reduced cortisol levels. 
 
Keywords: Tryptophan (TPR), L-tryptophan, Anxiety, Mood, Serotonin (5-HT) 
3 
 
1. INTRODUÇÃO 
O comportamento alimentar pode ser bastante afetado pelas emoções, visto que as 
suas escolhas alimentares, as quantidades ingeridas e a frequência das refeições dependem de 
vários fatores, sendo um deles as emoções e não apenas as suas necessidades fisiológicas 
(LOURENÇO, 2016). Desta forma, é possível afirmar-se que aquele sofre alterações de acordo 
com o estado emocional. 
Um dos estados emocionais que mais exerce influência sobre o comportamento 
alimentar é a ansiedade, que surge quando o sujeito entende que, de uma perspectiva mais 
cognitiva, se encontra perante uma ameaça ou em perigo (BARLOW et al., 2015). 
Os transtornos ansiosos apresentam como sintomas reações fisiológicas, como 
taquicardia, sudorese ou tontura, falta de memória e atenção, irritação, desespero, excesso de 
preocupação, retraimento social, diminuição do rendimento escolar ou profissional (SOUZA, 
2013). 
Estudos associam a patologia aos sistemas neurotransmissores que aparecem em 
disfunção (ROWLAND; PEDLEY, 2011). Estes correspondem a substâncias químicas 
mensageiras que enviam sinais pela fenda sináptica entre as células nervosas encontradas em 
todo o corpo humano. Um dos motivos para diminuir, distorcer ou cessar a transmissão dos 
sinais nervosos é seu nível alterado (GUYTON; HALL, 2011). 
Os neurotransmissores são formados a partir de aminoácidos, vitaminas e cofatores 
minerais. A maioria dos neurotransmissores do Sistema Nervoso Central (SNC) é sintetizada a 
partir de aminoácidos que são obtidos pela dieta. O L-Triptofano (TRP) é um aminoácido 
essencial aromático, cuja principal função é ser precursor do neurotransmissor Serotonina ou 
5-Hidroxitriptamina (5-HT). Com o aumento da produção da 5-HT nas células neurológicas, 
promove-se uma diminuição da 5-HTproduzida e degredada organicamente no intestino 
(OLSZEWER, 2008). 
O TRP é obtido através da dieta porque não pode ser sintetizado pelo organismo (SOH 
& WALTER, 2011); e, como resultado, “fatores dietéticos que influenciam os níveis 
sanguíneos de TRP e outros aminoácidos podem modificar a sua captação no cérebro e, 
consequentemente, a taxa de formação de serotonina” (FERNSTROM, 1985). No entanto, o 
consumo dietético de TRP tem sido questionado como tendo um efeito na ansiedade, depressão 
ou humor, especialmente em indivíduos saudáveis (FERNSTROM, 2013; SOH & WALTER, 
2011; WURTMAN & WURTMAN, 1995). 
Diante disso, com base nos dados de estudos científicos, a atual pesquisa teve como 
finalidade analisar por meio de uma revisão integrativa a influência da suplementação de TRP 
4 
 
na ansiedade. Tal investigação justifica-se para conhecimento e interpretação da produção 
sobre o tema com a finalidade de contribuir para o desenvolvimento de futuras pesquisas. 
 
2. METODOLOGIA 
 
Sendo assim, considerando a importância de discutir sobre “os efeitos da suplementação 
do TRP na ansiedade”, o presente artigo propõe abordar essa temática por meio de uma revisão 
sistematicamente organizada e integrativa. As revisões do tipo integrativas compõem-se em 
seis etapas, em que primeiramente decide-se a hipótese ou a pergunta do estudo. 
Posteriormente, devem-se selecionar os artigos científicos a serem revisados, seguido da 
categorização e avaliação desses estudos. Assim, a interpretação dos resultados e apresentação 
da revisão ou da síntese do conhecimento são as últimas etapas desse processo 
(WHITTEMORE & KNAFL, 2005). 
Desse modo, para guiar este estudo, elaborou-se a seguinte questão “o TRP tem a 
capacidade de reduzir/inibir os sintomas da ansiedade?”. Assim, obedecendo aos seguintes 
critérios de inclusão, os artigos foram selecionados considerando os que mencionaram 
triptofano (“tryptophan”), L-triptofano (L-tryptophan), ansiedade (“anxiety”), humor 
(“mood”), emocional (“emotional”), sendo combinados pelo operador booleano “AND”, que 
estivessem indexados nas bases de dados pré-selecionadas, que fossem publicados em inglês e 
português entre 2010 e 2022, estivessem disponíveis na íntegra e o tipo de artigo se enquadrasse 
como ensaio clínico ou teste controlado e aleatório. Em contrapartida, foram excluídos todos 
os artigos que não atendessem os critérios de inclusão. 
Acrescenta-se que os artigos foram eleitos utilizando as bases de dados Pubmed, Scielo, 
Lilacs, Google acadêmico, por meio dos seguintes descritores (Decs): Triptofano, humor, 
emocional, ansiedade. Para essa seleção realizou-se a leitura dos títulos e dos respectivos 
resumos, com a finalidade de verificar apropriação do estudo com a questão norteadora 
levantada para investigação. Ao final da pesquisa, foram encontrados 34 artigos na plataforma 
Pubmed (Descritores: L-Tryptophan AND mood AND emotional), contudo foram excluídos 
26 desses estudos por serem artigos que fugiam do foco do tema proposto, não relacionando o 
uso do triptofano na melhora da ansiedade/humor, restando 8 artigos de pesquisa. Na 
plataforma do Google Acadêmico (Descritores: Triptofano E ansiedade) foram encontrados 
2.780 resultados, mas apenas 2 artigos se encaixavam nos critérios de pesquisa, sendo os 
demais descartados por se tratarem de revisões integrativas ou por não abordar de forma clara 
5 
 
o assunto requerido. Dessa forma, 10 estudos se enquadraram nos critérios de inclusão 
resultados. 
Para a extração de dados dos artigos incluídos foi investigada a sua identificação, 
características do método abordado nos estudos, avaliação do rigor metodológico, intervenções 
estudadas e resultados encontrados. A apresentação dos dados e a discussão foram feitas de 
forma descritiva, possibilitando a aplicabilidade desta revisão na abordagem do TRP sobre a 
ansiedade. 
 
3. CARACTERIZAÇÃO DO TRIPTOFANO 
 
O TRP é um aminoácido essencial, o que significa dizer que o nosso organismo não é 
capaz de sintetizá-lo, sendo obtido exclusivamente através da alimentação, por meio do 
consumo de ovos, leite, carnes, peixes, frutos do mar, ameixa, nozes, cacau, soja, cereais, batata 
inglesa, brócolis, couve-flor, banana, kiwi e tomate (FREITAS et al., 2020). 
Segundo Lindseth et al. (2015) o TRP, aminoácido precursor da serotonina 
(“hormônio da felicidade”), possui efeito na regulação do humor e da ansiedade, visto que a 
baixa concentração de serotonina cerebral é capaz de favorecer o aumento da ansiedade. 
A serotonina (5-HT) é um neurotransmissor, ou seja, uma substância química que faz 
com que os neurônios passem sinais entre si, desempenhando diversas funções no sistema 
nervoso central (SNC), dentre elas a liberação de alguns hormônios que irão regular o apetite, 
o humor, o sono, temperatura corporal, atividade motora, comportamento sexual e funções 
cognitivas (memória, atenção e processamento de informações). Os níveis adequados deste 
neurotransmissor no cérebro dependem da ingestão alimentar de TRP (SEZINI et al., 2014). 
A concentração plasmática do TRP é determinada pelo balanço entre a ingestão 
dietética e sua remoção do plasma pela síntese proteica (SEZINI et al., 2014). O TRP é 
hidrolisado pela ação da enzima triptofano hidroxilase (TPH) em 5-hidroxitriptofano (5-HTP), 
que é rapidamente metabolizado a 5-HT. A serotonina é armazenada em vesículas sinápticas, 
nos neurônios serotoninérgicos, até a sua utilização e/ou metabolização em ácido 5-hidroxi-
indoleacético (5-HIAA) (GIBSON et al., 2014) 
A quantidade de TRP disponível no cérebro para conversão em 5-HT depende não 
somente da quantidade de TRP no plasma, mas também da razão entre TRP plasmático e outros 
5 aminoácidos neutros (LNAAs): L-Tirosina, L-Fenilalanina, L-Leucina, L-Isoleucina e L-
Valina. Por isso, apenas uma pequena parte do TRP consegue atravessar a barreira 
hemoencefálica, obtendo o resultado de uma baixa disponibilidade do TRP, em comparação 
6 
 
aos outros aminoácidos e, consequentemente, uma baixa produção de serotonina (PÓVOA et 
al., 2005. Para tanto, a associação com o carboidrato irá estimular a passagem do TRP pela 
barreira hematoencefálica, favorecendo a relação TRP/LNAAs (HUDSON et al., 2007) 
Vitaminas do complexo B (B3, B6, B12, B9) e os minerais magnésio e cálcio atuam 
como cofatores na conversão do TRP para 5-HT de forma satisfatória (OKIGAMI; MONÇÃO, 
2011). A vitamina C também será requerida nesse processo, inibindo a conversão do TRP no 
trato gastrointestinal (OLSZEWER, 2008). 
 
4. CARACTERIZAÇÃO DA ANSIEDADE 
 
A ansiedade é considerada um fenômeno bastante presente em nossas sociedades 
contemporâneas (DADDS et al., 2000). Pode-se dizer que ela se manifesta toda vez que o 
sujeito se vê ameaçado por eventos que ele sente como perigosos e surge novamente quando a 
sensação de perigo se repete (FREUD, 1976). Os níveis de ansiedade tendem a aumentar em 
razão das profundas transformações vividas em nossas sociedades contemporâneas nas últimas 
décadas do século XX e nessas duas primeiras décadas do século XXI, que impactam 
fortemente a vida dos sujeitos (LENHARDTK & CALVETTI, 2017). 
No Brasil, o transtorno de ansiedade se encontra no topo do grupo de doenças que 
afetam a saúde mental da população nas últimas décadas, ocupando o quarto lugar entre os 
países que é mais prevalente no mundo, sendo considerada uma doença frequente ao longo da 
vida. Tendo como fatores determinantes o sexo, sendo mais prevalente entre as mulheres, com 
o dobro de chances quando comparado aos homens (MANGOLINE et al., 2019). 
Os indícios e sintomas dos transtornos de ansiedade podem ser descritos como 
sensações físicas de alterações dos batimentos cardíacos, aceleramento respiratório, diarreia, 
polaquiúria, ausência de forças nas pernas, relaxamento ou contrações musculares faciais, 
palidez, temores, sudorese (GOMES et al., 2011). 
Os sintomas podem serdiferenciados entre somáticos, somáticos atrasados e motores. 
Nas manifestações somáticas podem se destacar: boca seca, suor excessivo, respiração curta, 
aumento da pressão arterial, frequência cardíaca acelerada, dificuldade ao respirar e tensões 
musculares. Já nos somáticos atrasados os sintomas são resultantes de uma tensão ou 
estimulação contínua, como fraqueza muscular, dores de cabeça, pressão alta e cólica intestinal. 
Os sinais motores são destacados através de inquietação, dores musculares e o tamborilar dos 
dedos. Na ansiedade há uma ligação entre os sintomas físicos e psíquicos, onde os sinais físicos 
7 
 
aparecem em atribuição das características psicológicas do indivíduo (STRIEDER, 2009; 
ZUARDI, 2017). 
É considerada por muitos estudiosos o mal do século, é um estado emocional que está 
voltado sempre ao futuro. Ela passa a ser patológica quando acontece sem nenhum motivo 
específico ao qual se direcione. De um modo geral, pode-se diferenciar a ansiedade normal da 
patológica, fazendo uma avaliação da reação ansiosa, que é de curta duração, autolimitada e 
relacionada ao estímulo do momento ou não (BERNIK et al., 2011). 
Segundo as elucidações de Barlow e Durand (2015) a ansiedade é produzida pelas 
seguintes contribuições: 
● Contribuições Biológicas: Existe uma tendência hereditária a suscetibilidade de 
diversos genes à ansiedade, valendo salientar que a “vulnerabilidade genética” não é 
prenuncio de problemas com o excesso de ansiedade, mas o meio onde se vive e o 
estresse podem acionar tais genes. Ela pode ainda está relacionada ao sistema de 
neurotransmissores noradrenérgicos e serotoninérgicos, onde a serotonina tem um 
importante papel na sua regulação; 
● Contribuições Psicológicas: Quando uma pessoa é privada de viver determinadas 
experiências de vida em sua infância, devido a superproteção dos pais, por vezes, elas 
não desenvolvem seu senso de controle e acabam por ficarem mais vulneráveis à 
ansiedade frente as adversidades que encontram; 
● Contribuições Sociais: O estresse causado pelos fatos sociais como, casamentos, 
pressões no trabalho (ou escola), morte de pessoas queridas, até enfermidades ou lesões, 
podem desencadear reações emocionais como a ansiedade. 
Portanto, a ansiedade é acionada por multifatores, desde o estresse da vida cotidiana 
e pode até ser geneticamente herdada. E quando ela é excessiva ou surge sem causa aparente, 
pode significar uma maior vulnerabilidade tanto de ordem biológica como psicológica 
específica e também psicológica generalizada (exagerada), desencadeando assim o transtorno 
da ansiedade (BERNIK et al., 2011). 
 
5. EFEITOS DA SUPLEMENTAÇÃO DO TRIPTOFANO NA ANSIEDADE 
Analisando o efeito da suplementação do triptofano na ansiedade, muitos trabalhos 
têm apresentado a relação da melhora da ansiedade ocasionada pela utilização da 
suplementação do mesmo, desse modo como resultado da busca utilizando descritores (DeCS) 
e MeSH: Triptofano, humor, emocional, ansiedade nas bases de dados Pubmed, Medline, 
8 
 
Google acadêmico e Scielo foi possível agrupar 10 estudos que relatassem essas diversas 
aplicações (Tabela 1). 
Neste estudo foram incluídos 10 artigos que atenderam aos critérios de inclusão 
previamente estabelecidos e assim distribuídos nas bases de dados selecionadas nas seguintes 
bases de dados, PUBMED: 34 artigos com 8 incluídos e Google Acadêmico: 2780 artigos com 
2 incluídos. 
No trabalho de Zanello (2012) foram avaliadas mulheres adultas saudáveis, em que a 
suplementação de TRP mostrou-se eficaz na melhora da ansiedade, compulsão e diminuição 
da ingestão alimentar, apesar de não atingir de forma significativa a escolha alimentar das 
participantes, conseguiu atingir na última semana uma mudança positiva. A ingestão 
apresentou alteração, sendo diminuída com a utilização de TRP e aumentada com aminoácidos 
neutros. A variação de serotonina não teve significância estatística, mas gerou uma oscilação 
esperada, podendo ter influenciado nos resultados. 
De acordo com o estudo de Kroes et al. (2014), foram apresentados resultados de 
plasma sanguíneo, questionários subjetivos de humor e atividade cerebral sugerindo 
coletivamente que os alimentos destinados a aumentar os níveis de TRP e aminoácidos neutros 
pode melhorar o humor e afetar o processamento neural em neurocircuitos implicados na 
regulação do humor. Trata-se de um suporte empírico inicial para a suposição comum de que 
a comida pode melhorar o humor, afetando função cerebral através de um mecanismo mediado 
pela serotonina. 
Capello et al. (2014) examinou o efeito da exposição ao estresse, na resposta ao 
estresse e alimentação emocional após a suplementação subcrônica de TRP em indivíduos 
diferindo no genótipo 5-HTTLPR e neuroticismo. Os indivíduos foram monitorados para 
alterações na saliva, cortisol, humor e apetite, bem como ingestão de lanche pós-estresse e 
preferência. O estudo mostrou que a suplementação repetida de TRP pode prevenir o aumento 
de apetite induzido pelo estresse, especificamente em portadores de S/S com alto traço N, em 
decorrência dos efeitos estimulantes do TRP na síntese e liberação de 5-HT hipotalâmica 
(MARKUS, 2008; OROSCO et al., 2004) e a capacidade da 5-HT hipotalâmica de controlar o 
apetite (LEI BOWITZ e ALEXANDER, 1998). 
Em Gonzalez et al. (2021) foi realizada uma análise baseada em polimorfismo da 
população saudável revelando uma distribuição de resposta diferentes em dois polimorfismos 
funcionais. Tanto o MAOA quanto o MAOB poliformismos foram identificados como 
comprometedores da melhoria do humor associada ao TRP. Nesse estudo não foi possível 
9 
 
determinar completamente o efeito direto da suplementação de TRP no humor da população, 
embora houvesse uma tendência geral à melhoria. 
O trabalho de Lindseth et al. (2014) foi planejado para determinar diferenças em 
escores de ansiedade, humor e depressão de participantes que receberam dietas com baixos e 
altos níveis de teor de TRP, sendo constatado que aqueles que consumiram níveis maiores de 
triptofano tiveram significativamente menos depressão, irritabilidade e ansiedade diminuída 
em comparação àqueles que consumiram níveis mais baixos de TRP. Esse achado pôde ser 
explicado por outros resultados que indicam que o triptofano dietético pode afetar os níveis de 
neurotransmissores da serotonina no cérebro e, por sua vez, influenciar a ocorrência de 
comportamento depressivo nos participantes (BADRASAWI et al., 2013). 
Tanto em Feder et al (2010) quanto em Bruce et al. (2009), foi aplicada a depleção 
aguda de triptofano (ATD), em que é utilizada uma manipulação dietética para produzir 
reduções transitórias de TRP, aminoácido precursor da serotonina. Os participantes ingerem 
uma mistura de aminoácido que não contém triptofano, o que induz a produção de proteínas. 
À medida que o TRP é incorporado às proteínas, seu nível no sangue e nos tecidos diminui 
acentuadamente e, como resultado, ocorre o declínio na síntese central de serotonina. No 
primeiro estudo foram analisados jovens adultos sem histórico psiquiátrico, sendo separados 
em 2 grupos baseados na história familiar; os indivíduos assintomáticos com alto risco familiar 
para depressão apresentaram anormalidades no processamento emocional durante a depleção 
de triptofano induzida experimentalmente. No segundo estudo, foram avaliadas respostas 
bioquímicas e de humor em mulheres bulímicas e não bulímicas, sendo observado que um 
aumento subjetivo da compulsão após ATD em participantes bulímicas usando medicamentos 
serotoninérgicos. 
Firk et al (2009). e Gibson et al. (2014) utilizaram um método que foi desenvolvido 
para aumentar a disponibilidade de TRP para o cérebro e, assim, potencializar a função da 5-
HT, ao administrar proteínas dietéticas hidrolisadas ricas em TRP (HP). O trabalho de Firk et 
al. (2009) teve por objetivo avaliar o efeito da ingestão de HP sobre o humore estresse em 
indivíduos adultos saudáveis bem como se os sujeitos com alta reação cognitiva (CR) seriam 
mais responsivos aos efeitos benéficos da HP. Já no trabalho de Gibson et al. (2014) foi 
avaliado o efeito da ingestão de HP sobre o humor e funcionamento emocional em mulheres 
mais velhas, por serem mais propensas a sofrer de ansiedade e depressão ao longo da vida do 
que os homens e há evidências de que as mulheres podem ser mais sensíveis aos efeitos 
comportamentais das manipulações de 5-HT. 
10 
 
Os resultados encontrados demonstraram um aumento no humor positivo após a 
administração de HP, em decorrência do aumento substancial na proporção TRP/aminoácidos 
neutros, que deve aumentar a entrada do TRP no cérebro e, por consequência, estimular a 
síntese de 5-HT. 
No último estudo analisado, de Andrade et al. (2018), foi administrado via oral a 
associação do L-triptofano, ômega 3, magnésio e vitaminas do complexo B para mulheres 
adultas saudáveis, tendo sido constatada sua eficiência na redução dos sintomas da ansiedade 
na amostra estudada. Foi utilizada a Escala Hospitalar de Ansiedade e Depressão (HAD) para 
avaliar a ansiedade em diferentes níveis, correlacionando com o bem-estar emocional, físico e 
funcional de um indivíduo. 
 
Tabela 1 – Resultados da busca de estudos sobre a influência da suplementação de 
triptofano na ansiedade. 
Estudo Objetivos Metodologia Resultados 
Gonzalez et al. 
(2021) 
Avaliar a eficácia da 
suplementação do 
Triptofano (TRP) na 
melhora do humor. 
O estudo foi composto por 138 
indivíduos saudáveis, usando o 
questionário de Perfil de Estados 
de Humor para determinar os 
efeitos de uma suplementação 
diária de 1g de TRP ou PLC. 
Amostras de DNA bucal foram 
fornecidas e TPH1(rs1800532) 
,MAOA(rs3788862 e 
rs979605),MAOB (rs3027452), 
eCOMT(rs6269 e rs4680) foram 
genotipadas. 
Não foram observadas 
diferenças nos níveis basais 
dos grupos placebo ou TRP 
para qualquer uma das 
variáveis calculadas a partir 
dos testes POMS e CGH-28, 
foi sugerido que o benefício 
potencial da suplementação 
foi desigual e quanto menor o 
ponto de partida melhor a 
recuperação do humor. A alta 
variância encontrada nos 
resultados sugere que o 
tratamento pode não ter sido 
igualmente eficaz entre os 
diferentes voluntários. 
Andrade et al. (2018) Investigar o 
potencial ansiolítico 
do L-triptofano, 
ômega 3, magnésio e 
das vitaminas do 
complexo B em 
estudantes 
universitárias com 
ansiedade. 
Estudo clínico randomizado, de 
abordagem quali-quantitativa. 
Foi composto por 16 estudantes 
que foram divididas em dois 
grupos, o controle (GC) que 
recebeu o tratamento, e o grupo 
placebo (GP) que recebeu 
apenas ômega 3. Para avaliar o 
nível de ansiedade aplicou-se a 
escala Hospitalar de Ansiedade e 
Depressão (HAD) antes e dias 
antes do término de 35 dias com 
os nutrientes em questão. 
Os estudos mostraram que 
antes do tratamento 100% das 
acadêmicas do GC 
apresentaram provável 
quadro de ansiedade e 43% 
com possível ansiedade. Em 
relação ao GP observou-se 
que antes do tratamento 
nenhuma das estudantes 
foram classificadas com 
improvável ansiedade e após 
o tratamento 57% foram 
classificadas nessa categoria. 
11 
 
Capello et al. (2014) Avaliar o efeito da 
suplementação 
subcrônica de 
triptofano (TRP) no 
cortisol e apetite, 
induzidos pelo 
estresse em 
individuos que 
diferem no genótipo 
de 5-HTTLPR e no 
traço neuroticismo 
Ensaio clínico, controlado por 
placebos entre sujeitos, de um 
banco de dados já existente de 
estudantes universitários 
genotipados com 5-HTTLPR, 
sendo selecionados 118 
indivíduos (99 mulheres), 
duração de sete dias, com auto-
administração de 3g de TRP ou 
PLC ao dia, preenchimento de 
diários, incluindo medidas de 
saúde geral, qualidade do sono, 
humor, aborrecimentos e 
ingestão alimentar, também 
forneceram amostras diárias de 
saliva matinal, para analisar as 
concentrações de proteínas. 
Os resultados revelaram que o 
tratamento com TRP causou 
uma clara redução nos níveis 
de cortisol induzidos pelo 
estresse exclusivamente em 
portadores de alelos S/S e 
preveniu um aumento 
induzido pelo estresse no 
apetite apenas em portadores 
de alelos S/S com alto traço de 
neurocitismo. Foi revelado um 
efeito vantajoso do tratamento 
subcrônico de TRP na 
experiencia de estresse e no 
apetite, dependendo dos níveis 
de cortisol e da 
vulnerabilidade 
serotoninérgica (genética). 
Gibson et al. (2014) Testar a eficácia do 
tratamento agudo 
com uma proteína 
hidrolisada rica em 
triptofano nos 
aminoácidos 
plasmáticos, humor e 
funcionamento 
emocional em 
mulheres idosas. 
Estudo duplo-cego, randomizado 
e controlado com tratamento 
entre os sujeitos. Com 
participação de 60 mulheres 
saudáveis com idades entre 45 e 
65 anos. Cada participante 
recebeu uma dose única do 
suplemento hidrolisado de 
proteína da clara de ovo ou 
hidrolisado de caseína como 
controle de proteína, no dia do 
teste de tratamento. A função 
cognitiva e emocional, o humor e 
as sensações físicas foram 
avaliadas no inicio (dia da 
triagem) e entre 60 e 180 minutos 
após o consumo do suplemento. 
O hidrolisado de proteína rica 
em TRP produziu o aumento 
dependente da dose esperado 
na proporção de TRP 
plasmático para grandes 
aminoácidos neutro 
concorrentes. O hidrolisado de 
proteína rico em TRP 
preveniu tanto o declínio no 
bem estar quanto o aumento 
da fadiga observado durante a 
sessão de teste no grupo 
controle. Essa dose de 
tratamento resultou em uma 
mudança significativa no 
processamento emocional 
para palavras positivas e 
reduziu os viés negativos na 
avaliação de expressões 
faciais negativas. 
Kroes et al. (2014) Analisar a eficácia de 
alimentos contendo 
triptofano (TRP) no 
aumento dos níveis 
de serotonina no 
cérebro e alteração 
do processamento 
neural nos 
neurocircuitos 
reguladores do 
humor. 
Estudo cruzado, em jovens 
mulheres saudáveis, controlado 
por placebo (N=32), analisando 
bebida com proporção favorável 
de TRP/aminoácidos neutros. na 
melhora do humor e modulação 
de processos cerebrais 
específicos, conforme avaliado 
por ressonância magnética 
funcional (fMRI). Os dados 
foram analisados e processados 
usando o pacote de software 
Considerando os resultados, o 
aumento das proporções de 
TRP/aminoáciodos neutros 
pode elevar o humor, afetando 
os neurocircuitos reguladores 
do humor e aumento da 
conectividade pré-frontal-
lateral ventro medial em 
condições de estado de 
repouso. 
12 
 
estatístico SPM5 (Wellcome 
Trust Center for Neuroimaging, 
Londres, Reino Unido). 
Lindseth et al. (2014) Analisar os efeitos de 
uma dieta rica em 
triptofano-TRP em 
distúrbios afetivos, 
como depressão e 
ansiedade. 
Estudo cruzado randomizado, 25 
adultos jovens saudáveis, foram 
examinados quanto as diferenças 
de ansiedade, depressão e humor 
após consumir uma dieta rica em 
triptofano e uma dieta baixa em 
TRP por 4 dias cada. Teve um 
intervalo de 2 semanas entre as 
dietas. Cada participante teve 
acompanhamento de um 
psicólogo e foram feitos testes. 
Uma análise dentro da 
oscilação do humor dos 
participantes indicou 
significativamente escores de 
afeto mais positivos após 
consumir uma dieta rica em 
triptofano em comparação 
com uma dieta baixa em TRP. 
As diferenças de afeto 
negativo entre as dietas não 
foram estatisticamente 
significativas. O alto consumo 
de triptofano resultou em 
menos sintomas depressivos e 
diminuição da ansiedade. 
Zanello (2012) Analisar os efeitos da 
suplementação do L-
triptofano sobre a 
ansiedade, 
compulsão e escolha 
alimentar. 
Estudo randomizado, dois grupos 
de cinco participantes, 
TRIPTOFANO (TRP) e 
CONTROLE (placebo), duração 
de cinco semanas. Três etapas, 
suplementação de TRP, 
questionários,comparando os 
efeitos sobre ansiedade e 
compulsão alimentar, exame 
sanguíneo para verificar o nível 
plasmático de serotonina total. 
Considerando a análise do 
comportamento das variáveis 
qualitativas ‘’ansiedade, 
compulsão e escolha 
alimentar’’ revelaram padrões 
diferenciados entre os grupos 
controle e triptofano. Os 
aminoácidos neutros 
aumentaram a ansiedade e 
compulsão alimentar nos 
indivíduos, diferente do grupo 
controle. No período da 
suplementação do TRP as 
variáveis analisadas 
obtiveram uma queda 
significativa. 
Feder et al. (2010) Comparar os efeitos 
da depleção aguda do 
triptofano (ATD) em 
um processamento 
emocional e uma 
tarefa de 
planejamento em 
voluntários 
saudáveis nunca 
deprimidos com alto 
e baixo risco familiar 
de depressão. 
Estudo ATD cruzado, 
randomizado, duplo-cego e 
controlado por placebo. Adultos 
jovens sem história psiquiátrica 
pessoal, foram estratificados em 
dois grupos HR e LR foram 
pareados por ordem de 
tratamento. Amostras de sangue 
para o triptofano plasmático 
foram obtidas na linha de base 
(T0) e 6 horas (T6) e 8 horas (T8) 
após a ingestão da cápsula. A 
resposta de diminuição do humor 
foi avaliada por auto-relato com 
escalas analógicas visuais em 
Durante a depleção aguda de 
triptofano, o grupo de alto 
risco fez mais respostas 
inadequadas a distrações 
tristes durante bloqueios de 
alvos tristes, uma diferença 
que se aproximou da 
significância. No grupo de 
baixo risco, as respostas aos 
distratores durante a depleção 
aguda de triptofano não 
diferiram significativamente 
pela valência. Não houve 
achados significativos durante 
a condição placebo. 
13 
 
(T0), 5 horas após a ingestão da 
capsula (T5) e (T8). 
Bruce et al. (2009) Investigar o humor e 
outras consequências 
da depleção aguda de 
triptofano (DAT) em 
mulheres com 
bulimia nervosa que 
estavam ou não 
usando 
medicamentos 
serotoninérgicos 
concomitantes em 
comparação a 
mulheres sem 
bulimia. 
O estudo foi realizado em 
mulheres autorreferidas para 
tratamento de bulimia que não 
estavam usando medicamentos 
psicoativos no momento, ou que 
estavam usando exclusivamente 
medicamentos inibidores de 
recaptação de serotonina, bem 
como mulheres controle 
comedores normais sem 
medicação preencheram 
entrevistas e questionários 
avaliando alimentação e 
psicopatologia comorbida e, em 
seguida, participaram de um 
procedimento ATD envolvendo 
condições equilibradas e 
depleção do triptofano. 
Foi observado que na 
condição de depleção do 
triptofano, os grupos 
apresentaram decréscimos 
semelhantes e significativos 
nos níveis plasmáticos de 
triptofano e humor. Mulheres 
com bulimia que estavam 
usando inibidores da 
recaptação de serotonina, mas 
não os outros grupos, também 
relataram um aumento do 
desejo de comer 
compulsivamente na condição 
de depleção do triptofano. 
Firk et al. (2009) Investigar os efeitos 
de uma proteína 
hidrolisada (HP) rica 
em TRP no 
enfrentamento do 
estresse e explorar se 
os efeitos do HP no 
humor e no 
enfrentamento do 
estresse são medidas 
pela RC. 
Estudo cruzado, duplo-cego, 
controlado por placebo. Durante 
duas sessões experimentais 
matinais, o humor e o cortisol dos 
participantes foram avaliados 
antes e após a exposição aguda ao 
estresse após a exposição aguda 
ao estresse após ingestão de HP 
ou uma proteína caseína padrão 
(CP) como condição de controle. 
A ordem de apresentação da 
condição HP e CP foi 
contrabalançada dentro dos 
grupos e ambas as sessões 
experimentais foram separadas 
por pelo menos 1 semana. 
Foi observado que o HP 
aumentou significativamente 
o humor positivo em todos os 
indivíduos e amorteceu a 
resposta do cortisol ao estresse 
agudo. Não foram encontradas 
diferenças entre indivíduos 
com RC alta e baixa. 
 
6. CONCLUSÃO 
 
 Verifica-se que os mecanismos do triptofano (TRP) acontecem através do seu 
consumo/suplementação, onde o mesmo é hidroxilado ao intermediário 5-
hidroxitriptofano, e assim, nos neurônios ele passa pelo processo de descarboxilação, se 
transformando em 5-HT. Evidencia-se também que o TRP reduz visivelmente os níveis de 
ansiedade e também auxilia na melhora do humor, pois resulta no aumento da atividade 
serotoninérgica e na redução dos níveis de cortisol. 
14 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
ANDRADE, E.A.F., et al. L-Triptofano, ômega 3, magnésio evitaminas do complexo B na 
diminuição dos sintomas de ansiedade. Id on Line Revista Multidisciplinar e de Psicologia. 
V.12, N.40. 2018. 
 
BRUCE, K. R., et al. Impact of acute tryptophan depletion on mood and eating-related 
urges in bulimic and nonbulimic women. J Psychiatry Neurosci. 2009. 
 
CAPELLO, A.E.M; MARKUS, C.R. Effect of sub chronic tryptophan supplementation on 
stress-induced cortisol and appetite in subjects differing in 5-HTTLPR genotype and trait 
neuroticism. Departament of Neuropsychology, Faculty of Psychology and Neuroscience, 
Maastricht University. 2014. 
 
FEDER, A., et al. Tryptophan Depletion and Emotional Processing in Healthy Volunteers 
at High Risk for Depression. Society of Biological Psychiatry. 2011. 
 
FREITAS, F. F., et al. Benefícios da alimentação para reduzir a ansiedade em tempos de 
covid-19. Abr, 2020. 
 
FIRK, C.; MARKUS, C.R. Mood and cortisol responses following tryptophan-rich 
hydrolyzed protein and acute stress in healthy subjects with high and low cognitive 
reactivity to depression. 2009. 
 
GIBSON, E.L., et al. Effects of acute treatment with a tryptophan-rich protein hydrolysate 
on plasma amino acids, mood and emotional functioning in older women. 
Psychopharmacology (Berl). Maio, 2014. 
 
GONZALEZ, I., et al. MAOB rs3027452 Modifies Mood Improvement After Tryptophan 
Supplementation. International Journal of General Medicine. Maio, 2021. 
 
HUDSON C., Hudson S., Mackenzie J. Protein-source tryptophan as an efficacious 
treatment for social anxiety disorder: a pilot study. Canadian Journal Physiology & 
Pharmacology, v. 85, p. 928–932, 2007. 
 
KAYE W.H.; BARBARICH N.C.; PUTNAM K. et al. Anxiolytic effects of acute tryptophan 
depletion in anorexia nervosa. International Journal of Eating Disorders, v. 33, p. 257–270, 
2003. 
 
KROES, M.C.W, et al. Food can lift mood by affecting mood-regulating neurocircuits via 
a serotonergic mechanism. 2013. 
 
LINDSETH, G.,et al. The Effects of Dietary Tryptophan on Affective Disorders. Archives 
of Psychiatric Nursing. 2014. 
 
OKIGAMI, H.; MONÇÃO, C.P. A busca pelo caminho bioquímico. São Paulo: Fapes, 2011. 
15 
 
 
OLSZEWER, E. Neurotransmissores em medicina: da clínica à prática ortomolecular em 
doenças afetivas e obesidade. 2ª ed. São Paulo: Ícone, 2008. 
 
PÓVOA, H.; AYER, L.; CALLEGARO, J. Nutrição cerebral. Rio Janeiro: Objetiva, 2005. 
 
RUDDICK, J. P., et al. Tryptophan metabolism in the central nervous system: medical 
implications. Expert reviews in molecular medicine, v.8, n.20, p.1-27, 2006. 
 
SEZINI, Ângela et al. Nutrientes e depressão. Revista Vita et Sanitas, v. 8, ed. 1, p. 39-57, 
2014. 
 
WHITTEMORE, R.; KNAFL, K. The integrative review: updated methodology. J Adv 
Nurs, v. 52, n. 5, p. 546-53. 2005. 
 
ZANELLO, D.R.P. Efeitos do L-Triptofano sobre ansiedade, compulsão e escolha 
alimentar. Brasília, 2012.

Continue navegando

Outros materiais