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Resumo introdução ao Direito

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Unidade 1 - Noções de Direito
● A noção da teoria geral do Estado, pode se dizer que ela é uma disciplina de
síntese, que sistematiza conhecimentos jurídicos, filosóficos, sociológicos, políticos,
históricos, antropológicos, econômicos, psicológicos, valendo-se de tais
conhecimentos para buscar o aperfeiçoamento do Estado, concebendo-o, ao mesmo
tempo, como um fato social é uma ordem, que procura atingir os seus fins com
eficácia e com justiça.
● Aparece no fim do século XIX.
● A grande revolução dos estudos políticos, com abandono dos fundamentos
teológicos e a busca de generalizações a partir da própria realidade, ocorreu com
Maquiavel no início do século XVI. Em ignorar os valores humanos, inclusive os
valores morais e religiosos, o notável florentino faz uma observação aguda de tudo
quanto ocorria na sua época em termos de organização e atuação do Estado.
● Vieram, depois, autores como Hobbes, Locke, Montesquieu, Rousseau,
influenciados pela idéia de um Direito natural, mas procurando o fundamento desse
direito, assim como da organização social e do poder político, na própria natureza
humana e na vida social, como verdadeiros precursores da antropologia cultural
aplicada ao estudo do Estado.
● “ O Estado é de interesse central para política, sendo ele próprio um locus para o
exercício do poder, um produtor de decisões e a comunidade política primária para
muitos seres humanos, no mundo contemporâneo" . O Estado age através de
indivíduos e grupos organizados de pessoas , que tomam e implementam decisões
em nome do Estado e que, ao decidir, alegam que são agentes ou órgãos do
Estado.
● Nesse dado é que se apóiam todas as teorias que sustentam a limitação jurídica do
poder do Estado, bem como o reconhecimento do Estado como sujeito de direitos e
de obrigações jurídicas. O poder do Estado é, portanto, poder jurídico, sem perder
seu caráter político.
● Quanto ao objeto da Teoria Geral do Estado pode-se dizer, de maneira ampla, que é
o estudo do Estado sob todos os aspectos, incluindo a origem, a organização, o
funcionamento e as finalidades, compreendo-se no seu âmbito tudo o que se
considere existindo no Estado e influindo sobre ele.
● Assim, pois, verifica-se que, não obstante a possibilidade de se destacar, para fins
meramente didáticos, um ou aspecto do Estado, a Teoria Geral do estado sempre o
considera na totalidade de seus aspectos, apreciando-o como um conjunto de fatos
integrados numa ordem e ligados a fundamentos e fins, em permanente movimento.
Unidade 2: Do Estado
● A denominação Estado ( latim status = estar firme), significando situação
permanente de convivência e ligada à sociedade política, aparece pela primeira vez
em “O Príncipe” de Maquiavel em 1513.
● Para eles, o argumento de que o nome Estado só pode ser aplicado com
propriedade à sociedade política dotada de certas características bem definidas bem
definidas.
● Para muitos autores, o Estado, assim como a própria sociedade, existiu sempre,
pois desde que o homem vive sobre a Terra acha-se integrado numa organização
social, dotada de poder e com autoridade para determinar o comportamento de todo
o grupo.
● Uma segunda ordem de autores admite que a sociedade humana existiu sem
Estado durante um certo período. Este foi constituído para atender às necessidades
ou às conveniências dos grupos sociais
● Só admitem como Estado a sociedade política dotada de certas características muito
bem definidas.
● Outro defensor desse ponto de vista, Balladore pallieri, indica mesmo, com absoluta
precisão, o ano do nascimento do Estado, escrevendo que “a data oficial em que o
mundo ocidental se apresenta organizado em Estados é a de 1648, ano em que foi
assinada a paz de Westfália”
● Causas determinantes do aparecimento do Estado, as teorias não-contratualistas
mais expressivas podem ser agrupadas:
● Origem Familial ou Patriarcal- Estas teorias situam o núcleo social fundamental na
família. Segundo essa explicação, defendida principalmente por Robert Filmer, cada
família primitiva se ampliou e deu origem a um Estado.
● Origem em atos de força, de violência ou de conquista- Com pequenas variantes,
essas teorias sustentam, em síntese, que a superioridade de força de um grupo
social permitiu-lhe submeter um grupo mais fraco, nascendo o Estado dessa
conjunção de dominantes e dominados. Entre os adeptos dessa teoria situa-se
Oppenheimer, que, afirmando ter sido criado o Estado para regular as relações entre
vencedores e vencidos, acrescenta que essa dominação teve por finalidade a
exploração econômica do grupo vencido pelo vencedor.
● Origem em causas econômicas ou patrimoniais- Há quem pretenda que essa tenha
sido a origem indicada por Platão, quando nos diálogos no Livro II de “ A República",
assim se expressa: “Um Estado nasce das necessidades dos homens; ninguém
basta a si mesmo, mas todos nós precisamos de muitas coisas” E logo depois: “
como temos muitas necessidades e fazem-se mister numerosas pessoas para
supri-las, cada um vai recorrendo à ajuda deste para tal fim e daquele para tal outro;
e, quando esses associados e auxiliares se reúnem todos numa só habitação, o
conjunto dos habitantes recebe o nome de cidade ou Estado”. Dessa forma, o
Estado teria se formado para se aproveitarem os benefícios da divisão do trabalho,
integrando-se às diferentes atividades profissionais, caracterizando-se, assim, o
motivo econômico.Nessa mesma ordem de ideias coloca-se Heller, dizendo que a
posse da terra gerou o poder e a propriedade gerou o Estado, e Preuss, sustentando
que a característica fundamental do Estado é a soberania territorial.
● As teorias que sustentam a Origem do Estado por motivos econômicos , a de maior
repercussão prática foi e continua sendo a de Marx e Engels. (Expressada por
Engels em “ A Origem da Família, da Propriedade Privada e do Estado”). Além de
negar que o Estado tenha nascido com a sociedade, Engels afirma que ele “é antes
um produto da sociedade, quando ela chega a determinado grau de
desenvolvimento”.
● A crença nessa origem tem reflexo imediato em dois pontos fundamentais da teoria
marxista do Estado: a qualificação deste como um instrumento da burguesia para
exploração do proletariado e a afirmação de que, não tendo existido nos primeiros
tempos da sociedade humana, o Estado poderá ser extinto no futuro, uma vez que
foi uma criação puramente artificial para satisfação dos interesses de uma pequena
minoria.
● Não há, portanto, a influência de fatores externos à sociedade, inclusive de interesse
de indivíduos ou de grupos, mas é o próprio desenvolvimento espontâneo da
sociedade que dá origem ao Estado.
● Quanto ao momento em que se considera criado um novo Estado, não há uma regra
uniforme. Evidentemente, a maneira mais definida de se afirmar a criação é o
reconhecimento pelos demais Estados. Sendo mais importante que o novo Estado,
apresentando todas as características que são comuns aos Estados, tenha
viabilidade, conseguindo agir com independência e manter, internamente, uma
ordem jurídica eficaz.
Estado Antigo
● Os autores se referem a formas de Estado mais recuadas no tempo, que apenas
começavam a definir-se entre as antigas civilizações do Oriente ou do Mediterraneo.
Gettel disse que a família, a religião, o Estado, a organização econômica formavam
um conjunto confuso, sem diferenciação aparente, em consequência, não se
distingue o pensamento político da religião da moral, da filosofia ou das doutrinas
econômicas.
● Entretanto, há duas marcas fundamentais, características do Estado desse período:
a natureza unitária e a religiosidade. 1° o Estado Antigo sempre a aparece como
uma unidade geral, não admitindo qualquer divisão interior, nem territorial, nem de
funções. 2° O fator Religioso é tão marcante que é entendido que o estado desse
período pode ser qualificado como Estado Teocrático. Afirmando a autoridade dos
governantes e as normas comportamentais individuais e dos coletivos como
expressões da vontade de um poder divino. Há uma estreita relação entre o Estado
e a divindade. Ogovernante é considerado um representante do poder divino. O
Estado é submetido a um poder estranho e superior a ele= o Poder Divino.
Estado Grego
● Não se tem notícia da existência de um Estado único, englobando toda a civilização
helênica. A característica fundamental é a cidade-Estado, ou seja, a polis, como
sociedade política de maior expressão. O ideal visado era a auto-suficiência, a
autarquia. Fazendo com que, mesmo quando esses Estados efetuarem conquistas e
dominaram outros povos, não se efetivasse expansão territorial e não se procurasse
a integração de vencedores e vencidos numa ordem comum.
● Assim, pois, mesmo quando o governo era tido como democrático, isto significa que
uma faixa restrita da população- os cidadãos- é que participativa das decisões
políticas, o Estado, pois a ampliação excessiva tornaria inviável a manutenção do
controle por um pequeno número.
Estado Romano
● Uma das peculiaridades mais importantes do Estado Romano é a base familiar da
organização, a razão pela qual sempre se concederam privilégios especiais aos
membros das famílias patrícias, compostas pelos descendentes dos fundadores do
Estado. Assim como no Estado grego, também no Estado romano, durante muitos
séculos, o povo participava diretamente do governo, mas a noção de povo era muito
restrita, compreendendo apenas a faixa estreita da população.
● Iniciava uma fase de transição, dina,izada com o Edito de Milão, do ano 313, através
do qual Constantino assegurou a liberdade religiosa do império, desaparecendo, por
influência do crsitianismo, a noção de superioridade dos romanos, que fora a base
da unidade do Estado Romano.
Estado Medieval
● A própria Igreja vai estimular a afirmação do Império como unidade política,
pensando, obviamente, no Império da Cristandade.
● Caracterizado pelo cristianismo, as invasões dos bárbaros e o feudalismo.
Revelando um intenso fracionamento do poder e uma nebulosa noção de
autoridade, está presente uma aspiração à unidade.
● Papa Leão III confere a Carlos Magno, no ano de 800, o título de Imperador. Porém,
dois fatores de perturbação iriam influir nesses planos: 1° uma infinita multiplicidade
de centros de poder, como os reinos, os senhorios, as comunas, as organizações
religiosas, as corporações de ofícios, todos ciosos de sua autoridade e sua
independência, jamais se submetendo, de fato, à autoridade do Imperador. 2° O
próprio Imperador recusando submeter-se à autoridade da Igreja, havendo
imperadores que pretenderam influir em assuntos eclesiásticos, bem como inúmeros
papas que pretenderam o comando, não só dos assuntos de ordem espiritual, mas
também de todos os assuntos de ordem temporal.
● Dentro desse quadro é que se encontram os fatores de transformação, que,
despertando aspirações e criando novas condições, irão determinar as
características do Estado Moderno. Desde logo se percebe que, no Estado
Medieval, a ordem era sempre bastante precária, pela improvisação das chefias,
pelo abandono ou pela transformação de padrões tradicionais, pela presença de
uma burocracia voraz e quase sempre todo-poderosa, pela constante situação de
guerra, e, inevitavelmente, pela própria indefinição das fronteiras políticas.
● Para caracterização do estado medieval, a influência do feudalismo. Invasões e as
guerras internas tornaram difícil o desenvolvimento do comércio. Em consequência,
valoriza-se enormemente a posse da terra, de onde todos, ricos ou pobres,
poderosos ou não, deverão tirar os meios de subsistência. Assim, pois, toda a vida
social passa a depender da propriedade ou da posse da terra, desenvolvendo-se um
sistema administrativo e uma organização militar estreitamente ligados à situação
patrimonial.
● Conjugados os três fatores que acabamos de analisar, o cristianismo, a invasão dos
bárbaros e o feudalismo, resulta a caracterização do Estado Medieval. Uma
permanente instabilidade política, econômica e social, gerando uma intensa
necessidade de ordem e autoridade, que seria o germe de criação do Estado
Moderno.
Estado Moderno
● Afirmação de um poder soberano, no sentido de supremo, reconhecido como o mais
alto de todos dentro como mais alto de todos dentro de uma precisa delimitação
territorial.
● A Paz de Westfália definiu que, a partir daquele momento, haveria um
equilíbrio internacional de poderes, assegurando a anti-hegemonia. Outra
mudança imposta pelos tratados era o fim dos impérios e dinastias e o
nascimento do Estado Moderno.
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