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Ectoscopia (Exame Físico Geral)

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SEMIOTÉCNICA
Estado de vigília
A percepção consciente do mundo exterior e de si
mesmo.
Estado de sonolência
O paciente é facilmente despertado, responde mais
ou menos apropriadamente, mas logo volta a dormir
Estado de obnubilação
Quando o nível de consciência é pouco
comprometido, permanecendo o paciente em estado
de alerta ainda que algo diminuído
Estado de confusão mental
Configura-se por perda de atenção, o pensamento
não é claro, as respostas são lentas e não há uma
percepção temporoespacial normal 
Estado de torpor estupor
Quando a alteração de consciência for mais
pronunciada, mas o paciente ainda é capaz de ser
despertado por estímulos mais fortes e tem
movimentos espontâneos 
EctoscopiaEctoscopia
EXAME FISICO GERAL
Também chamada de Exame Físico Geral
ou Somatoscopia, a Ectoscopia costuma ser
a primeira etapa do exame físico. Nela são
obtidos dados gerais, independentemente
dos vários sistemas orgânicos ou
segmentos corporais, obtendo-se, com isso,
uma visão global do paciente. 
O paciente deve ser examinado em
ortostase e na posição sentada, bem como
caminhando. Para melhor conforto do
paciente e melhor sistematização do exame
físico geral, deve-se examiná-lo
primeiramente sentado na beira do leito ou
na mesa de exame, ou ainda deitado, caso
essa posição seja mais confortável para ele.
Em um segundo momento, pede-se para o
paciente ficar de pé ou andando, conforme
a necessidade
É uma avaliação subjetiva com base no
conjunto de dados exibidos pelo paciente e
interpretados pelo examinador. É o que o
paciente aparenta visto em sua totalidade. 
Esse estado inclui aspectos quantitativos e
qualitativos. Na ectoscopia, avaliamos os
aspectos quantitativos que consistem no
nível de consciência e suas alterações. São
alterações do nível de consciência:
Bom Estado Geral (BEG)
Regular Estado Geral (REG)
Mau Estado Geral (MEG)
Estado de coma 
Quando o paciente não for despertado por estímulos
fortes e não tiver movimentos espontâneos.
ESTADO GERAL
NÍVEL DE CONSCIÊNCIA
Consciência pode ser definida como um
estado de total percepção ou conhecimento
de si mesmo e do meio ambiente.
Coma é um estado de inconsciência,
habitualmente prolongado (com duração
de horas, dias ou meses), do qual o paciente
pode ou não emergir. 
A escala de coma de Glasgow, instrumento
mais utilizado para determinar alterações
de nível de consciência, consiste na análise
de três parâmetros: abertura ocular,
resposta verbal e resposta motora.
Os extremos da escala, ou seja, valores
próximos a 15 ou 3 pontos, caracterizam a
normalidade (15 pontos) ou o estado de
coma grave (3 pontos).
COMA
MED RESUMOS
Abertura 
Ocular
Espontânea 4
Ao comando verbal 3
À dor 2
Sem resposta 1
Ao comando verbal
À dor - localizar
6
5
Resposta 
Motora
Flexão normal do 
membro estimulado
Flexão anormal
Extensão
Sem resposta
4
3
2
1
Resposta 
Verbal
Orientada
Confusa
Inapropriada
Incompreensível
Sem resposta
5
4
3
2
1
Entre os dois extremos, encontram-se
vários graus de comprometimento de nível
de consciência, sendo que abaixo de 8
pontos, corresponde ao estado de coma 
Escala de Coma de Glasgow
Resposta a uma ordem simples – “feche
os olhos e mostre a língua”
Orientação no tempo e no espaço –
“onde está e que dia é hoje?”
Execução de um cálculo simples –
“quanto é 2 + 2?”
A avaliação do nível de consciência pode ser
feita também pela exploração da
perceptividade e da reatividade.
 A perceptividade pode ser analisada da
seguinte maneira:
Se veio à consulta sozinho; 
Acompanhado;
Em cadeira de rodas;
De muletas ou bengalas.
Os extremos da escala, ou seja, valores
próximos a 15 ou 3 pontos, caracterizam a
normalidade (15 pontos) ou o estado de
coma grave (3 pontos).
Perceptividade e reatividade
Nomear seis flores.
 A reatividade pode ser analisada por:
Reação de orientação e de alerta – o
examinador provoca um ruído e
observa se o paciente o localiza com os
olhos, com abertura e movimentação
Reação de piscamento à ameaça de
atingir os olhos
Reação à dor – aplicação de estímulos
dolorosos leves.
DEPENDÊNCIA
FALA E LINGUAGEM
Disfonia ou afonia: alteração do timbre
da voz causada por alguma alteração
no órgão fonador. A voz pode tornar-se
rouca, fanhosa ou bitonal
Dislalia: termo usado para designar
alterações menores da fala, comuns
em crianças, como a troca de letra
(“tasa” por “casa”)
Disartria: decorre de alterações nos
músculos da fonação, incoordenação
cerebral (voz arrastada, escandida),
hipertonia no parkinsonismo (voz baixa,
monótona e lenta) ou perda do
controle piramidal (paralisia
pseudobulbar)
Avaliar a voz, avaliar a lógica do discurso, se
há distúrbios de articulação das palavras,
de troca de letras ou se fala o nome dos
objetos corretamente.
Avaliar a voz, avaliar a lógica do discurso, se
há distúrbios de articulação das palavras, de
troca de letras ou se fala o nome dos
objetos corretamente.
 As alterações da fala classificam-se,
basicamente, da seguinte maneira:
MED RESUMOS
Disfasia: aparece com total
normalidade do órgão fonador e dos
músculos da fonação e depende de um
distúrbio na elaboração cortical da fala.
Há diversos graus de disfasia, desde
mínimas alterações até perda total da
fala.
Outros distúrbios: incluem retardo no
desenvolvimento da fala na criança, a
disgrafia (perda da capacidade de
escrever) e a dislexia (perda da
capacidade de ler) 
ESTADO DE HIDRATAÇÃO
Alteração abrupta de peso
Alterações de pele quanto à umidade,
elasticidade e turgor 
Alterações das mucosas quanto à
umidade
Fontanelas (no caso de criança)
Alterações oculares 
Estado Geral
Avalia-se o estado de hidratação do
paciente levando-se em conta os seguintes
parâmetros:
 Na prática clínica, os parâmetros
usualmente avaliados são a umidade das
mucosas, principalmente da língua e da
mucosa oral, e o turgor da pele(pesquisa do
sinal da prega). Em indivíduo hidratado, as
mucosas devem estar úmidas e brilhantes,
e o sinal da prega, ausente.
Dificuldade da técnica: A avaliação do
estado de hidratação é comumente mais
complicada em idosos que normalmente
apresentam boca seca e diminuição do
turgor da pele, características do processo
de envelhecimento, sem apresentar
desidratação.
O paciente é classificado em hidratado ou
desidratado. Se desidratado, deve ser
graduado subjetivamente em cruzes
variando de 1 (+) a 4 (++++).
O esquema abaixo ilustra alguns sinais e
sintomas de desidratação, de acordo com ta
intensidade: 
 
ESTADO DE NUTRIÇÃO
NUTRIDO/BEM NUTRIDO 
SUBNUTRIDO
HIPONUTRIDO/DESNUTRIDO
EXCESSO DE PESO
Esta é uma avaliação também subjetiva
que leva em consideração a avaliação de
alguns parâmetros: peso, musculatura,
panículo adiposo, desenvolvimento físico,
estado geral, pele, pelos e olhos. Classifica-
se o paciente como:
Peso abaixo do peso mínimo normal
Musculatura hipotrófica
Panículo adiposo escasso
Pele seca e rugosa (aspecto de lixa)
Cabelos e unhas finos, secos e
quebradiços
Xeroftalmia e fotofobia
É de grande importância clínica saber
identificar os sinais de subnutrição
/desnutrição.
Sinais clínicos de subnutrição/desnutrição:
MED RESUMOS
BIOTIPO
 
BREVILÍNEO (ÂNGULO DE CHARPY >90O)
Comparado ao Sancho Pança, pescoço
curto e grosso, tórax alargado e volumoso,
membros curtos e relação ao tronco,
tendência para baixa estatura, musculatura
desenvolvida e panículo adiposo espesso.
NORMOLÍNEO/ MEDIOLÍNEO (=90º)
Apresenta equilíbrio entre os membros e
tronco, desenvolvimento harmônico da
musculatura e do panículo adiposo.
LONGILÍNEO (<90º)
Comparado ao D. Quixote, pescoço longo e
delgado, tórax afilado e chato, membros
alongados com franco predomínio sobre o
tronco, musculatura delgada e panículo
adiposo pouco desenvolvido, tendência
para estatura elevada.
MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS
1. ALTURA/ESTATURA
A altura total ou medida planta-vértice é
mais comumente utilizada. Sua
verificação é importante para o controle
do crescimento e avaliação do grau de
nutrição. Em pacientes adultos não
acamados, sua medida é feita com o
paciente ereto, sem calçados e pés
justapostos.Dificuldade da técnica: Nos pacientes
acamados, a determinação da altura pelo
método tradicional torna-se inviável. Uma
alternativa é medir a envergadura, que
consiste na distância compreendida entre
os extremos dos membros superiores,
estando o indivíduo com os braços
abertos, em abdução de 90°, pois,
normalmente, a envergadura equivale à
altura.
2. PESO
Subir na plataforma da balança e ficar
parado;
Levantar o “grande peso” suavemente
sobre a barra e movê-lo lentamente para
a direita, observando a seta na
extremidade direita da trave de
equilíbrio, parando de mover o peso
quando a seta estiver nivelada;
Mover o “peso menor” na barra
lentamente para a direita e parar
quando a seta estiver nivelada;
Adicionar os números indicados nas
aberturas ou por pequenas setas em
ambos os pesos para chegar ao seu peso
corporal;
Mover ambos os pesos de volta para a
esquerda e descer da balança.
A verificação do peso é de grande
importância para se avaliar a perda ou
ganho ponderal e o estado nutricional. A
melhor maneira de se medir o peso é
através da balança antropométrica, pois
esta possui maior precisão. Para obter
valores mais fidedignos, idealmente, o
paciente deve estar despido
O peso na idade adulta é classificado da
seguinte maneira:
Peso Ideal: para determinar, aplica-se a
regra simples de Broca. O peso ideal se
aproxima do número de centímetros que
excede um metro de altura e se expressa
em kg. Para o sexo feminino, subtraem-se
5% do valor encontrado.
MED RESUMOS
Sexo masculino, 1,70m. Peso ideal = 70
kg
Sexo feminino, 1,70m. Peso ideal = 70 –
5% = 66,5kg
Exemplo:
3. ÍNDICE DE MASSA CORPOREA (IMC)
IMC 
 
PESO
ALTURA=
INTERPRETAÇÃO IMC
< 18,5 Desnutrição
18,5 - 24,9 Normal
25 - 29,9 Sobrepeso
30 - 34,9 Obesidade grau I
35 - 39,9 Obesidade grau II
> 40 Obesidade grau III (mórbida)
4. RELAÇÃO CINTURA/QUADRIL
PERÍMETRO DA CINTURA (CM)
RCQ = PERÍMETRO DO QUADRIL (CM)
Este indicador é utilizado para relacionar a
gordura localizada na região abdominal e
no quadril. É um indicativo indireto da
quantidade de gordura visceral, a gordura
que envolve os órgãos intra-abdominais. 
Com o seu auxílio, estabelecem-se alguns
padrões de obesidade: obesidade tipo
androide ou “forma de maça” e obesidade
tipo ginecoide ou “forma de pera”. A
primeira refere-se à concentração de
gordura na região abdominal, enquanto a
segunda, à concentração no quadril.
Estudos demonstram que pessoas com
“forma de maçã” têm maior risco de
desenvolver doenças cardiovasculares
Mulheres: RCQ < 0,85
Homens: RCQ < 0,90
Localize a espinha ilíaca anterossuperior
e a parte inferior das suas costelas;
Os valores considerados normais são:
Como medir o perímetro da cintura:
Coloque uma fita métrica no local que
fica no meio do caminho entre esses
dois pontos citados acima;
Habitualmente, localiza-se cerca de 3 cm
acima da linha do umbigo.
Ao nível do trocânter maior do fêmur,
cerca de 20 cm abaixo da cintura.
Como medir o perímetro do quadril:
 
Circunferência
Abdominal 
≥ 94 cm 
(H)
 
≥ 80 cm
(M)
Aumentado
≥ 102 cm 
(H)
 
≥ 88 cm
(M)
Substancialmente 
Aumentado 
INDICADOR VALORES DE CORTE
RISCO DE 
COMPLICAÇÕES 
METABÓLICAS
5. CIRCUNFERÊNCIA DA PANTURRILHA (CP)
Menor que 35 cm: deve-se realizar
acompanhamento de
De 31 a 34 cm: exige vigilância
nutricional ao idoso (atenção);
Menor que 31 cm: caracteriza depleção
de massa muscular (sarcopenia)
(necessária intervenção). 
Medida importante para acompanhar o
estado nutricional de pacientes
hospitalizados, principalmente os
acamados, pois permite avaliar a depleção
da massa muscular. É utilizada também no
rastreamento de sarcopenia em idosos. Os
pontos de corte de CP para idosos
brasileiros são:
rotina;
A medida da CP deve ser feita com o
indivíduo sentado, com os pés
aproximadamente a 20 cm do corpo, joelho
em ângulo de 90°, sendo considerada a
medida mais larga da panturrilha da perna
esquerda.
MED RESUMOS
6. PERÍMETRO CEFÁLICO
Realizada logo após o nascimento, e
importante para acompanhamento da
criança até os 2 anos de idade. Em crianças
com algum déficit, deve ser medido até os 5
anos de idade. Para diagnóstico da
microcefalia, o valor do PC deve ser inferior
a 33 cm na criança a termo. A medida é
realizada com fita inextensível, observando
os pontos anatômicos das bordas
supraorbitárias (arco das sobrancelhas) e a
proeminência occipital em seu ponto mais
saliente, na parte posterior.
FÁCIES
É o conjunto de dados exibidos na face do
paciente, e a resultado dos traços
anatômicos + a expressão fisionômica. Não
apenas os elementos estáticos, mas, e
principalmente, a expressão do olhar, os
movimentos das asas do nariz e aposição da
boca.
Certas doenças imprimem na face traços
característicos, e algumas vezes, o
diagnostico nasce da simples observação do
rosto do paciente. Os principais tipos de
fácies são:
FÁCIES NORMAL OU ATÍPICA
Expressão individual que não sugere
distúrbio. É importante identificar, no rosto
do paciente, sinais indicativos de tristeza,
ansiedade, medo, indiferença e de
apreensão.
FÁCIES HIPOCRÁTICA 
Expressão caracterizada por palidez,
discreta cianose labial, olhos fundos,
parados e inexpressivos, o nariz afila-se e os
lábios se tornam adelgaçados. Esse tipo de
fácies indica doença grave e é quase
sempre presente nos estados agônicos das
afecções que evoluem de modo lento.
FÁCIES RENAL
Tem como elemento característico o
edema que predomina ao redor dos olhos,
completando o quadro com a palidez
cutânea. É observada nas doenças renais,
particularmente na síndrome nefrótica e na
glomerulonefrite aguda.
FÁCIES TETÂNICA
Observa-se contratura muscular da face,
com acentuação dos sulcos naturais,
enrugamento da região frontal (lábios
distendidos transversalmente como para
sorrir = riso cínico/sorriso forçado. Sensação
de dor crônica permanente.
MED RESUMOS
A pele espessa é sede de grande número
de lepromas de tamanhos variados e
confluentes, em maior número na fronte.
Os supercílios caem, o nariz se espessa e se
alarga. Os lábios tornam-se mais grossos e
proeminentes. As bochechas e o mento se
deformam pelo aparecimento de nódulos.
A barba escasseia ou desaparece. Conferem
ao rosto do paciente um aspecto de cara de
leão. Tais alterações que a compõem são
produzidas pelas lesões da hanseniana.
FÁCIES LEONINA
FÁCIES ADENOIDIANA
Caracterizada por nariz pequeno e afilado e
a boca sempre entreaberta. Aparece nos
indivíduos com hipertrofia das adenoides, as
quais dificultam a respiração pelo nariz ao
obstruírem os orifícios posteriores das fossas
nasais.
FÁCIES PARKINSONIANA
A cabeça inclina-se um pouco para frente e
permanece imóvel nesta posição. O olhar
fixo, os supercílios elevados e a fronte
enrugada conferem ao paciente uma
expressão de espanto. Chama a atenção,
também, a falta de expressividade facial. A
fácies parkinsoniana é observada na
síndrome ou na doença de Parkinson.
FÁCIES BASEDOWIANA
Seu traço mais característico reside nos
olhos e no olhar. Os olhos são salientes
(exoftalmia) e brilhantes, destacando-se
sobremaneira no rosto magro. A expressão
fisionômica indica vivacidade. Contudo, às
vezes, tem um aspecto de espanto e
ansiedade. Outro elemento que salienta as
características da fácies basedowiana é o
bócio. Indica hipertireoidismo.
MED RESUMOS
FÁCIES MIXEDEMATOSA
Constituída por um rosto arredondado,
nariz e lábios grossos, pele seca, espessada
e com acentuação de seus sulcos. As
pálpebras tornam-se infiltradas e
enrugadas. Destaca-se uma expressão
fisionômica indicativa de desânimo e apatia.
Esse tipo de fácies aparece no
hipotireoidismo ou mixedema.
FÁCIES ACROMEGÁLICA
caracteriza-se pela saliência das arcadas
supraorbitárias, proeminência das maçãs do
rosto e maior desenvolvimento do maxilar
inferior, além do aumento do tamanho do
nariz, lábios e orelhas. Nesse conjunto de
estruturas hipertrofiadas, os olhos parecem
pequenos.
FÁCIES CUSHINGOIDE
Ou Lua Cheia. Como a própria
denominação revela, chama a atenção de
imediato o arredondamento do rosto, com
atenuação dos traços faciais. Estetipo de
fácies é observado nos casos de síndrome
de Cushing por hiperfunção do córtex
suprarrenal. Pode ocorrer também nos
pacientes que fazem uso prolongado de
corticosteroides.
FÁCIES MONGOLOIDE
Está na fenda palpebral seu elemento
característico, uma prega cutânea
(epicanto) que torna os olhos oblíquos, bem
distantes um do outro. Acessoriamente,
nota-se um rosto redondo, boca quase
sempre entreaberta e uma expressão
fisionômica de pouca inteligência ou
mesmo de completa idiotia. É observada no
mongolismo, trissomia do par 21 ou
síndrome de Down.
FÁCIES DE DEPRESSÃO
As principais características estão na
expressividade do rosto. Cabisbaixo, os
olhos com pouco brilho e fixos em um
ponto distante. O sulco nasolabial se
acentua e o canto da boca se rebaixa. O
conjunto fisionômico denota indiferença,
tristeza e sofrimento emocional. É
observada nos transtornos depressivos.
MED RESUMOS
FÁCIES PSEUDOBULBAR
Tem como principal característica súbitas
crises de choro ou riso, involuntárias, mas
conscientes, que levam o paciente a tentar
contê-las, dando um aspecto espasmódico
à fácies. Aparece geralmente na paralisia
pseudobulbar.
FÁCIES DA PARALISIA FACIAL PERIFÉRICA
Chama a atenção a assimetria da face, com
impossibilidade de fechar as pálpebras,
além de repuxamento da boca para o lado
são e apagamento do sulco nasolabial.
FÁCIES MIASTÊNICA
Ou fácies de Hutchinson. Caracterizada por
ptose palpebral bilateral que obriga o
paciente a franzir a testa e levantar a
cabeça. Ocorre na miastenia grave e em
outras miopatias que comprometem os
músculos da pálpebra superior.
FÁCIES DO DEFICIENTE MENTAL
Os traços faciais são apagados e grosseiros;
a boca constantemente entreaberta, às
vezes com salivação. Hipertelorismo e
estrabismo, quando presentes, acentuam
essas características morfológicas. Todavia,
o elemento fundamental desse tipo de
fácies está na expressão fisionômica. O olhar
é desprovido de objetivo, e os olhos se
movimentam sem se fixarem em nada,
traduzindo um constante alheamento ao
meio ambiente. É comum que tais
pacientes tenham sempre nos lábios um
meio sorriso sem motivação e que se
acentua em resposta a qualquer solicitação.
Acompanha tudo isso uma voz grave
percebida por um falar de meias palavras,
às vezes substituído por um simples
ronronar.
FÁCIES ETÍLICA
Chamam a atenção os olhos avermelhados
e certa ruborização da face. O hálito etílico, a
voz pastosa e um sorriso meio indefinido
completam a fácies etílica.
MED RESUMOS
FÁCIES ESCLERODÉRMICA
Denominada também fácies de múmia,
justamente porque sua característica
fundamental é a imobilidade facial. Isso se
deve às alterações da pele, que se torna
apergaminhada, endurecida e aderente aos
planos profundos, com repuxamento dos
lábios, afinamento do nariz e imobilização
das pálpebras. A fisionomia é inexpressiva,
parada e imutável.
ATITUDE E DECÚBITO PREFERIDO NO 
LEITO
Define-se atitude como a posição adotada
pelo paciente no leito ou fora dele, por
comodidade, hábito ou com o objetivo de
conseguir alívio para al- gum padecimento.
Algumas posições são conscientemente
procuradas pelo paciente (voluntárias),
enquanto outras independem de sua
vontade ou são resultantes de estímulos ce-
rebrais (involuntárias). Só têm valor
diagnóstico as atitudes involuntárias ou as
que proporcionam alívio para algum
sintoma. Se isso não for ob- servado, pode-
se dizer que o pacien- te não tem uma
atitude específica ou que ela é indiferente.
As atitudes voluntárias compreendem a
ortopneica, a genupeitoral, a posição de
cócoras, a parkinsoniana e os diferentes
decúbitos.
As atitudes involuntárias incluem a atitude
passiva, o ortótono, o opistó- tono, o
emprostótono, o pleurostóto- no e a posição
em gatilho e torcicolo e mão pêndula da
paralisia radial.
EXAME DAS MUCOSAS
Coloração: a coloração normal é róseo-
avermelhada e a nomenclatura habitual
é: mucosas coradas. A diminuição ou a
perda da cor designa-se como mucosas
descoradas ou palidez das mucosas. É
um achado semiológico de grande valor
prático, pois indica a existência de
anemia. Procura-se fazer também uma
avaliação quantitativa usando-se a
escala de uma a quatro cruzes. Mucosas
hipercoradas significam acentuação da
coloração normal e traduzem aumento
das hemácias naquela área, como
ocorre nas inflamações (conjuntivites,
glossites, gengivites) e nas policitemias.
A cianose consiste na coloração azulada
das mucosas. Na icterícia as mucosas
tornam-se amarelas ou amarelo-
esverdeadas.
Umidade: em condições normais as
mucosas são úmidas, traduzindo bom
estado de hidratação. As mucosas secas
perdem o brilho, os lábios e a língua
ficam pardacentos, e todas essas
mucosas adquirem aspecto ressequido.
Presença de lesões.
As mucosas facilmente examináveis a olho
nu e sem auxílio de qualquer aparelho são
as mucosas conjuntivais (olhos) e as
mucosas labiobucal, lingual e gengival. O
método de exame é a inspeção, coadjuvado
por manobras singelas que exponham as
mucosas à visão do examinador. Os
seguintes parâmetros devem ser
analisados:
MED RESUMOS
POSTURA OU ATITUDE NA POSIÇÃO 
DE PÉ
A postura pode ser classificada da seguinte
maneira:
Boa postura: Cabeça ereta ou ligeiramente
inclinada para diante; Peito erguido,
fazendo adiantar ao máximo essa parte do
corpo; Abdome inferior achatado ou
levemente retraído; Curvas posteriores nos
limites normais. 
Postura sofrível: Cabeça levemente
inclinada para diante; Peito achatado;
Abdome algo protruso, passando a ser a
parte mais saliente do corpo; Curvas
posteriores exageradas. 
Má postura: Cabeça acentuadamente
inclinada para diante; Peito deprimido;
Abdome saliente e relaxado; Curvas
posteriores extremamente exageradas.
MARCHA
Deve ser analisada solicitando-se ao
paciente que caminhe certa distância,
descalço, de preferência com calção, com
olhos abertos e fechados, indo e voltando
sob a observação do examinador. 
A marcha normal pode sofrer variações em
relação a particularidades individuais, ou
em razão de transtornos do aparelho
locomotor. As marchas anormais incluem a
marcha helicópode, ceifante ou
hemiplégica, a marcha anserina, a marcha
parkinsoniana e a marcha claudicante. 
SINAIS VITAIS
1. TEMPERATURA
Normal: entre 35 oC e 37 oC
Febre leve ou febrícula: até 37,5 oC
Febre moderada: 37,5 - 38,5 oC
Febre alta ou elevada: > 38,6 oC
Hipertermia: >41 oC
Hipotermia: abaixo de 35 oC
2. PRESSÃO ARTERIAL
Localizar pulsações da artéria braquial
Colocar o manguito 2-3 cm acima da
dobra do cotovelo.
Palpar o pulso radial (também pode ser
feito na artéria braquial).
Inflar o manguito até o
desaparecimento do pulso; em
seguida, desinflar o manguito
lentamente.
Quando reaparecer o pulso, será obtido
o valor da pressão sistólica.
Colocar o estetoscópio sobre a artéria
braquial e insuflar o manguito cerca de
30 mmHg acima do valor encontrada
para pressão sistólica pelo método
palpatório.
PASSO A PASSO PARA AFERIR: 
CLASSIFICAÇÃO PRESSÃO ARTERIAL
Sistólica Diastólica
Normal < 120 < 80
Pré-hipertensão (limítrofe) 121 - 139 81 - 89
Hipertensão, estágio I (leve) 140 - 159 90 - 99
160 - 179 100 - 109Hipertensão, estágio II (moderada)
> 180 > 110Hipertensão, estágio III (grave)
3. FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA
Normal: entre 16 a 20
Bradipneia: abaixo de 16
Taquipneia: acima de 20
MED RESUMOS
4. FREQUÊNCIA CARDÍACA
5. PULSOS
Avaliar se estão presentes, simétricos com
frequência regular e rítmicos. 
Normal: 60 - 100 bpm

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