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Rebeka Freitas Exame Físico Geral - O exame físico pode ser dividido em duas etapas: exame físico geral (somatoscopia ou ectosopia); exame dos diferentes sistemas e aparelhos. • Considerações acerca do exame físico geral: -O exame físico geral nos traz uma visão do paciente como um todo. - O paciente deve ser examinado nas posições de decúbito, sentada, em pé e andando - Atenção especial deve ser dada a harmonia entre os segmentos do corpo. • Exame físico geral: pontos 1. Estado geral; 2. Nível de consciência; 3. Fala e linguagem; 4. Estado de hidratação; 5. Fácies (alterações no rosto ou corpo); 6. Estado de nutrição; 7. Desenvolvimento físico; 8. Dados antropométricos; 9. Sinais vitais; 10. Atitude e decúbito preferido; 11. Mucosas; 12. Pele e fâneros; 13. Linfonodos; 14. Edema; 15. Marcha; 16. Movimentos anormais. Estado geral - Traduz a impressão geral do paciente ao examinador, fornecendo uma ideia objetiva do estado de saúde do indivíduo; é o que aparenta o paciente. - O médico percebe com a avaliação do estado geral, até que ponto a doença atingiu o organismo visto como um todo. - “Meu paciente está com cara de doente?” - Estado geral: bom (BEG), regular (REG) ou precário./mau (MEG). - Exemplo: a manutenção de bom estado geral, na presença de uma doença sabidamente grave, indica uma boa capacidade de reação do organismo, o que tem, inclusive, valor prognóstico. Nível de consciência - Alerta: integridade da vigília; percepção consciente do mundo exterior e de si mesmo. -Sonolento: letárgico, abre os olhos, responde às perguntas coerentemente e volta a dormir. - Obnubilado: sonolento, abre os olhos, responde de forma lenta, com algum grau de confusão, e, logo que cessa o estímulo, volta a dormir. -Confusão mental: configura-se por perda de atenção, o pensamento não é claro, as respostas são lentas e não há uma percepção temporoespacial normal -Estupor/Torpor: acordado somente por estímulos dolorosos, as respostas verbais são lentas ou até mesmo inexistentes. - Coma: não acorda e permanece com os olhos fechados mesmo ao estímulo doloroso. O coma é a expressão de falência das funções encefálicas, podendo ser determinado por lesões estruturais do parênquima encefálico, disfunções metabólicas e intoxicações exógenas com repercussão no sistema nervoso central. -A escala de coma de Glasgow e a exploração da perceptividade e reatividade são instrumentos para determinar níveis de consciência. Fala e linguagem - A fala depende de mecanismos complexos que compreendem a laringe (órgão fonador), os músculos da fonação e a elaboração cerebral. - Classificação das alterações da fala: -> Disfonia ou Afonia: alteração no timbre ou na intensidade da voz causada por alguma alteração no órgão fonador; paciente rouco; afonia- ausência total. -> Dislalia: dificuldade em articular as palavras pela má pronunciação; alterações menores da fala, comuns em crianças, como a troca de letra; uma forma especial é a disritmolalia, que compreende distúrbios no ritmo da fala, incluindo a gagueira e a taquilalia Rebeka Freitas -> Disartria: incapacidade de articular as palavras por uma alteração motora (músculo); decorre de alterações nos músculos da fonação, incoordenação cerebral (voz arrastada, escandida), hipertonia no parkinsonismo (voz baixa, monótona e lenta) ou perda do controle piramidal (paralisia pseudobulbar). -> Disfasia: aparece com total normalidade do órgão fonador e dos músculos da fonação e depende de um distúrbio na elaboração cortical da fala. Há diversos graus de disfasia, desde mínimas alterações até perda total da fala. -> Outros distúrbios: retardo no desenvolvimento da fala. -> Disgrafia: perda da capacidade de escrever; alteração neurológica. -> Dislexia: perda da capacidade de ler Grau de hidratação - Um paciente estará normalmente hidratado quando a oferta de líquidos e eletrólitos for feita de acordo com as necessidades do organismo, sem perdas extras. -O estado de hidratação do paciente é avaliado tendo-se em conta os seguintes parâmetros: alteração abrupta do peso, alterações da pele quanto a umidade, elasticidade e turgor, alterações das mucosas quanto à umidade, fontanelas (no caso de crianças), alterações oculares, estado geral. -Desidratação, como o próprio nome indica, é a diminuição de água e eletrólitos totais do organismo, caracterizando-se pelos seguintes elementos: ■ Sede ■ Diminuição abrupta do peso ■ Pele seca, com elasticidade e turgor diminuídos ■ Mucosas secas ■ Olhos afundados (enoftalmia) e hipotônicos ■ Fontanelas deprimidas no caso de crianças ■ Estado geral comprometido ■ Excitação psíquica ou abatimento ■ Oligúria. Fácies - Fácies: é o conjunto de dados exibidos na face do paciente. É a resultante dos traços anatômicos além da expressão fisionômica. Normal (atípica); Hipocrática (desnutrição): olhos fundos, parados, inexpressíveis, palidez cutânea, lábios adelgaçados com discreta cianose; costuma-se observar batimentos de asa de nariz, o qual afila- se; quase sempre o rosto está coberto de suor. Renal: edema periorbital (ao redor dos olhos), palidez cutânea, equimoses (mancha na pele, de coloração variável, produzida por extravasamento de sangue). Leonina: encontrada na hanseníase; pele espessa, com rarefação do terço distal de supercílios e sobrancelhas; a pele, além de espessa, é sede de grande número de lepromas de tamanhos variados e confluentes, em maior número na fronte; o nariz se espessa e se alarga; os lábios tornam-se mais grossos e proeminentes; as bochechas e o mento se deformam pelo aparecimento de nódulos. Adenoideana: nariz pequeno e afilado, boca entreaberta, portadores de hipertrofia de adenoides, as quais dificultam a respiração pelo nariz ao obstruírem os orifícios posteriores das fossas nasais. Parkinsoniana: a cabeça inclina-se um pouco para frente e permanece imóvel nesta posição; o olhar fixo, os supercílios elevados e a fronte enrugada conferem ao paciente uma expressão de espanto; falta de expressividade facial. Rebeka Freitas Basedowiana (Graves): indica hipertireoidismo; seu traço mais característico reside nos olhos e no olhar; os olhos são salientes (exoftalmia) e brilhantes, destacando-se sobremaneira no rosto magro; às vezes, tem um aspecto de espanto e ansiedade; bócio Mixedematosa (Hipotireoidismo): rosto arredondado, nariz grosso, pele seca e com acentuação de seus sulcos, apatia e desânimo; língua espessada; as pálpebras tornam-se infiltradas e enrugadas; os supercílios são escassos e os cabelos secos e sem brilho. Acromegálica: caracteriza-se pela saliência das arcadas supraorbitárias, proeminência das maçãs do rosto e maior desenvolvimento do maxilar inferior, além do aumento do tamanho do nariz, lábios, orelhas, pés e mãos; nesse conjunto de estruturas hipertrofiadas, os olhos parecem pequenos Cushingoide: rosto arredondado, acne, hirsutismo (Crescimento indesejado de pelos com padrão masculino no rosto, no peito e nas costas de uma mulher), obesidade central (abdome); crescimento de pelos em locais atípicos; este tipo de fácies é observado nos casos de síndrome de Cushing por hiperfunção do córtex suprarrenal; pode ocorrer também nos pacientes que fazem uso prolongado de corticosteroides. Depressão: as principais características estão na expressividade do rosto. Cabisbaixo, os olhos com pouco brilho e fixos em um ponto distante; o sulco nasolabial se acentua e o canto da boca se rebaixa; o conjunto fisionômico denota indiferença, tristeza e sofrimento emocional Mongolóide (deficiência mental): boca entreaberta, implantação baixa da orelha, alteração da implantação do cabelo; fenda palpebral com uma prega cutânea (epicanto) que tornaos olhos oblíquos, bem distantes um do outro. . Pseudobulbar (alteração neurológica): tem como principal característica súbitas crises de choro ou riso, involuntárias, mas conscientes, que levam o paciente a tentar contê-la (aspecto espamódico) Paralisia facial periférica: chama a atenção a assimetria da face, com impossibilidade de fechar as pálpebras, além de repuxamento da boca para o lado são e apagamento do sulco nasolabial. Miastênica (fraqueza muscular): caracterizada por ptose palpebral bilateral que obriga o paciente a franzir a testa e levantar a cabeça; ocorre na miastenia grave e em outras miopatias que comprometem os músculos da pálpebra superior. Deficiente mental: Os traços faciais são apagados e grosseiros; a boca constantemente entreaberta, às vezes com salivação; olhar é desprovido de objetivo, e os olhos se movimentam sem se fixarem em nada, traduzindo um constante alheamento ao meio ambiente; comum que tais pacientes tenham sempre nos lábios um meio sorriso sem motivação e que se acentua em resposta a qualquer solicitação; voz grave percebida por um falar de meias palavras, às vezes substituído por um simples ronronar. Rebeka Freitas Etílica: chamam a atenção os olhos avermelhados e certa ruborização da face. O hálito etílico, a voz pastosa e um sorriso meio indefinido completam a fácies etílica. Esclerodérmica: alterações da pele, que se torna apergaminhada, endurecida e aderente aos planos profundos, com repuxamento dos lábios, afinamento do nariz e imobilização das pálpebras. A fisionomia é inexpressiva, parada e imutável. Estado de nutrição - O estado nutricional deve ser avaliado de acordo com os seguintes parâmetros: peso; musculatura, panículo adiposo, desenvolvimento físico, estado geral pele, pelos e olhos. • Estado nutricional normal: limites normais. • Excesso de Peso: peso está acima do normal, o panículo adiposo ultrapassa os limites da normalidade e o desenvolvimento físico está acima dos valores máximos considerados em relação à etnia, ao sexo e à idade. • Obesidade ou Sobrepeso: acúmulo excessivo de gordura corporal em extensão tal que acarreta prejuízos à saúde dos indivíduos, além de favorecer o surgimento de enfermidades graves como dislipidemias, doenças cardiovasculares, diabetes tipo II, hipertensão arterial. • Desnutrição ou Hiponutrição: peso está abaixo dos valores mínimos normais, a musculatura é hipotrófica e o panículo adiposo, escasso. A pele torna-se seca e rugosa ao tato. -A desnutrição proteica faz com que os cabelos e os pelos mudem de cor e se tornem finos, secos e quebradiços. Nas formas graves, podem-se arrancar facilmente, com pouca tração, tufos de pelos com suas raízes. - Nos olhos podem-se observar sequidão da conjuntiva bulbar, perda do reflexo à luz, falta ou diminuição das lágrimas, além de fotofobia e dificuldade de acomodação em ambiente pouco iluminado. - O estado de desnutrição ou hiponutrição pode ser classificado de acordo com o déficit de peso, em relação ao padrão normal para a idade e o sexo: ■ Desnutrição de 1o grau: déficit de peso superior a 10% ■ Desnutrição de 2o grau: déficit de peso superior a 25% ■ Desnutrição de 3o grau: déficit de peso superior a 40%. Desenvolvimento físico - Desenvolvimento normal - Hiperdesenvolvimento (gigantismo) - Hipodesenvolvimento (nanismo) - Hábito grácil (constituição corpórea frágil, delgada, ossatura fina, musculatura pouco desenvolvida) - Infantilismo (refere-se à persistência anormal das características infantis na idade adulta. Biótipos - Brevilíneo: • Pescoço curto e grosso • Tórax alargado e volumoso • Membros curtos em relação ao tronco • Ângulo de Charpy maior que 90° (junção das rebordas costais com o apêndice xifoide) • Musculatura desenvolvida e panículo adiposo espesso • Tendência para baixa estatura - Normolíneo ou Mediolíneo: • Equilíbrio entre os membros e o tronco; • Desenvolvimento harmônico da musculatura e do panículo adiposo; • Ângulo de Charpy em torno de 90°. - Longilíneo: • Pescoço longo e delgado • Tórax afilado e chato • Membros alongados com franco predomínio sobre o tronco • Ângulo de Charpy menor que 90° • Musculatura delgada e panículo adiposo pouco desenvolvido • Tendência para estatura elevada. Dados antropométricos - Peso; altura; IMC (peso/altura2); relação cintura/quadril; circunferência abdominal; envergadura. Rebeka Freitas - Antropometria: Ciência que estuda e avalia o tamanho, o peso e as proporções do corpo humano, através de medidas de rápida e fácil realização, não necessitando equipamentos sofisticados e de alto custo financeiro; - Anthropos = homem / Metria = justa proporção. -> Peso: -Material: balança manual ou digital; - Semiotécnica: o paciente deve ser pesado descalço, com a menor quantidade de roupa possível, posicionado no centro da balança, com os braços ao longo do corpo. - O peso ideal é calculado levandose em consideração alguns parâmetros, tais como idade, biotipo, sexo e altura. Mesmo levando em conta todos estes parâmetros, o peso ideal pode variar 10% para baixo ou para cima do peso teórico, obtido em estudos populacionais. -> Altura: medida da distância em linha reta entre os planos, um tangente à planta e dos pés e outro ao ponto mais alto da cabeça (vértice), estando o indivíduo em pé. -Em pé, descalço, calcanhares juntos, costas retas e os braços estendidos ao lado do corpo. - Material: estadiômetro; balança ergométrica. -> Índice de Massa Corporal (IMC) -> Relação Cintura-Quadril: - Nos homens: Gordura predomina no abdome; obesidade adenoide; morfologia corporal=maçã - Nas mulheres: gordura predomina no quadril e coxas; obesidade genoide; morfologia corporal: pêra. -A CC reflete o conteúdo de gordura visceral, ou seja, aquela aderida aos órgãos internos, como intestinos e fígado. Essa gordura apresenta associação com a gordura corporal total, sendo o tipo de obesidade mais comumente associada à síndrome metabólica e às doenças cardiovasculares. º Índice Cintura-Quadril (ICQ): avaliação quanto à distribuição de gordura: esse teste é uma das formas de quantificar o risco à saúde de homens e mulheres de acordo com os depósitos de gorduras. -> Circunferência abdominal: ponto médio entre a última costela e a espinha ilíaca anterossuperior (crista ilíaca); material: fita métrica. - Medida de circunferência abdominal: 1. Tire a camisa e afrouxe o cinto; 2. Posicione a fita métrica entre a borda inferior das costelas e a borda superior do osso do quadril; 3. Relaxe o abdome e expire no momento de medir; 4. Registre a medida. -> Envergadura: é a maior distância medida entre as pontas dos dedos médios de cada mão, estando o indivíduo de braços abertos e em abdução de 90º; material: fita métrica. Sinais vitais - Planeje o seu exame; Observe o paciente desde o momento em que ele entra no consultório; Explique ao paciente o que vai ser feito; Escute com atenção a todas as intervenções feitas pelo seu paciente; Lave as mãos e as aqueça antes de tocar no paciente. - Os sinais vitais podem ser observados, medidos, e monitorados para acessar o nível físico de atividade de um indivíduo. Os valores normais Rebeka Freitas da medição dos sinais vitais variam conforme a idade e o estado da pessoa. - Sinais vitais: temperatura; frequência respiratória; pulso radial; pressão arterial. TEMPERATURA - A temperatura corporal é a diferença entre a quantidade de calor produzida pelos processos corporais e a quantidade de calor perdida para o ambiente externo. Indica atividade metabólica. - É regulada quase inteiramente por mecanismos nervosos de retroalimentação que operam por meio do centro termorregulador, localizado no hipotálamo. - Trauma:temperaturas mais baixas; Infecções: temperaturas mais elevadas; - Pode apresentar variações na dependência do local em que será procedida a sua mensuração: axila, cavidade oral, ampola retal e membrana timpânica. •Temp. axilar: 35,5 a 37ºC, com média de 36 a 36,5º C; •Temp. bucal: 36 a 37,4ºC; •Temp. retal: 36 a 37,5ºC, ou seja, 0,5ºC > a temp. axilar. -A temperatura corporal é a diferença entre a quantidade de calor produzida pelos processos corporais e a quantidade de calor perdida para o ambiente externo. Indica atividade metabólica. - Medida no cavado axila: zerar o termômetro antes de utilizá-lo; secar a axila; colocar o termômetro em contato direto com a pele; pode variar durante o dia: 35.8ºC a 37.3ºC. - Febre: a partir de 37.8ºC. - Convulsão febril: mudança abrupta de temperatura. - Quadros infecciosos: medição da temperatura de 4 em 4 horas (geralmente em pediatria). - Terapia intensiva: medição de 2 em 2 horas. - Enfermaria: medição de 6 em 6 horas. - Febre alta: 38.7/38.8ºC FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA - Inspeção visual ou mão sobre o tórax do paciente: - Frequência ideal: 12 a 20 incursões por minuto. - Traquipneia: mais de 20 incursões por minuto. - Bradipneia: menos de 12 incursões por minuto. PRESSÃO ARTERIAL - É definido como qualquer flutuação periférica no sistema, causada pelo coração. É decorrente, principalmente, de alterações da pressão intravascular; - Localização: a avaliação dos pulsos deve ser realizada em todos os locais onde eles podem ser palpados: Carotídeo; Temporal; Braquial; Radial; Ulnar; Abdominal; Femoral; Poplíteo; Tibial Posterior; Pedioso. -Pulso Radial: • Frequência: 60 a 100 bpm • Ritmo: regular ou irregular; • Simetria: percepção da amplitude dos pulsos palpáveis em comparação com o mesmo pulso contralateral; • Amplitude: ampla; média; pequena. Inspiração Expiração Rebeka Freitas - A avaliação da pressão arterial deve ser realizada em toda avaliação de saúde por médicos de todas as especialidades e demais profissionais de saúde; método: indireto, auscultatório; todos os aparelhos devem ser calibrados a cada 6 meses. - Pressão sanguínea é a medição da força aplicada às paredes das artérias. -PA = Débito Cardíaco x Resistência Periférica - Débito cardíaco componente sistólico; - Resistência vascular componente diastólico. - População idosa: endurecimento, aumento da resistência das artérias -> pressão arterial elevada. -Material necessário: Estetoscópio; Tensiômetro: aneróide/ mercúrio/ digital; -Procedimentos recomendados para a medida da PA: • Explicar o procedimento ao paciente e deixá-lo em repouso de 3 a 5 minutos em ambiente calmo. • Paciente deve ser instruído a não conversar durante a medida. Possíveis dúvidas devem ser esclarecidas antes ou após o procedimento. • Certificar-se de que o paciente NÃO: Está de bexiga cheia; Ingeriu bebidas alcoólicas, café ou alimentos; Praticou exercícios físicos há pelo menos 60 minutos; Fumou nos 30 minutos anteriores. •Posicionamento do paciente: O paciente deve estar sentado, com pernas descruzadas, pés apoiados no chão, dorso recostado na cadeira e relaxado; O braço deve estar na altura do coração, apoiado, com a palma da mão voltada para cima e as roupas não devem garrotear o membro. As medidas nas posições ortostática e supina devem ser feitas pelo menos na primeira avaliação em todos os indivíduos. - Obter a circunferência aproximadamente no meio do braço; após a medida, selecionar o manguito de tamanho adequado ao braço (largura 40% do braço, comprimento: 80%); - Dimensões do manguito de acordo com a circunferências do membro: - Etapas para a realização da medição: 1) Determinar a circunferência do braço no ponto médio entre acrômio e olécrano; 2) Selecionar o manguito de tamanho adequado ao braço; 3) Colocar o manguito, sem deixar folgas, 2 a 3 cm acima da fossa cubital; 4) Centralizar o meio da parte compressiva do manguito sobre a artéria braquial; 5) Estimar o nível da PAS pela palpação do pulso radial; 6) Palpar a artéria braquial na fossa cubital e colocar a campânula ou o diafragma do estetoscópio sem compressão excessiva; 7) Inflar rapidamente até ultrapassar 20 a 30 mmHg o nível estimado da PAS obtido pela palpação; 8) Proceder à deflação lentamente (velocidade de 2 mmHg por segundo); 9) Determinar a PAS pela ausculta do primeiro som (fase I de Korotkoff) e, após, aumentar ligeiramente a velocidade de deflação; 10) Determinar a PAD no desaparecimento dos sons (fase V de Korotkoff); 11) Auscultar cerca de 20 a 30 mmHg abaixo do último som para confirmar seu desaparecimento e depois proceder à deflação rápida e completa; 12) Se os batimentos persistirem até o nível zero, determinar a PAD no abafamento dos sons (fase IV de Korotkoff) e anotar valores da PAS/PAD/zero; 13) Realizar pelo menos duas medições, com intervalo em torno de um minuto. Medições adicionais deverão ser realizadas se as duas primeiras forem muito diferentes. Caso julgue adequado, considere a média das medidas; 14) Medir a pressão em ambos os braços na primeira consulta e usar o valor do braço onde foi obtida a maior pressão como referência; 15) Informar o valor de PA obtido para o paciente; e 16) Anotar os valores exatos sem “arredondamentos” e o braço em que a PA foi medida. - Itens realizados exclusivamente na técnica auscultatória; reforça- se a necessidade do uso de equipamento validado e periodicamente calibrado; Manômetro Manguito Pera