METODOLOGIA DO ENSINO DOS ESPORTES COLETIVOS - Teoria e Metodologia do Voleibol

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07/03/2023, 23:13 Teoria e metodologia do voleibol
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Teoria e metodologia
do voleibol
Prof Marcelo Luiz Silva Corso
Descrição
Os aspectos evolutivos, técnicos e táticos do voleibol de quadra e de praia.
Propósito
O conhecimento da história do esporte em geral e do voleibol em específico, assim como o
aprofundamento das questões técnicas e táticas são aspectos fundamentais para a atuação do
profissional de educação física.
Objetivos
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Módulo 1
História, evolução e regras do voleibol
Reconhecer o histórico, a evolução e as principais regras do voleibol.
Módulo 2
A técnica e os fundamentos do voleibol
Reconhecer os fundamentos e a técnica do voleibol.
Módulo 3
A tática do voleibol
Analisar as principais táticas do voleibol.
Módulo 4
O vôlei de praia
Reconhecer os principais aspectos relacionados ao vôlei de praia.
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Introdução
O povo brasileiro tem uma íntima relação com os esportes coletivos. O futebol é o principal deles,
pois movimenta grandes massas e cifras exorbitantes, tanto nacionalmente, quanto
internacionalmente. Neste mesmo cenário, encontra-se o voleibol, que nas últimas décadas
ascendeu de forma muito significativa, principalmente após conquistas internacionais de grande
relevância pelas seleções brasileiras masculina e feminina.
O voleibol, na atualidade, é um esporte amplamente difundido na esfera escolar em aulas de
educação física curricular, em atividades extraclasse e em competições estudantis; em clubes de
formação de atletas e em atividades de lazer e de recreação. No mesmo contexto, está inserido o
vôlei de praia que, mesmo com a necessidade de uma quadra específica com areia, conta com
diversas competições estudantis. Além disso, a explosão da popularidade do vôlei de quadra,
aliado ao belo e extenso litoral brasileiro foi a receita perfeita para o desenvolvimento do vôlei de
praia nacionalmente.
Nesse conteúdo, você será inserido no mundo do voleibol, desde a sua concepção como esporte
nos Estados Unidos há mais de um século, passando pela vasta e rica evolução histórica do vôlei
mundial e brasileiro. Em seguida, apresentaremos os principais fundamentos e como desenvolver
os aspectos técnicos e táticos essenciais, desde os mais simples aos mais complexos. Por fim,
veremos como se desenvolveu o vôlei de praia, apresentando as principais diferenças em relação
ao praticado na quadra.
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1 - História, evolução e regras do voleibol
Ao �nal deste módulo, você será capaz de reconhecer o histórico, a evolução e as
principais regras do voleibol.
Origem do voleibol
Apesar de haver registros históricos de jogos semelhantes, o voleibol foi criado oficialmente no ano
de 1895, pelo professor William George Morgan (1870-1942) da Associação Cristã de Moços (ACM)
de Massachusetts, EUA. Após contato com James Naismith, inventor do basquetebol, Morgan viu-
se estimulado a criar um esporte com uma característica fundamental: não haver tanto contato
físico, de modo a diversificar o programa esportivo da ACM, da qual era diretor de educação física.
Baseado nos seus métodos de ensino e em sua experiência prática, pensou no tênis. Mas o tênis
teria a necessidade de equipamentos especiais, como as raquetes, e foi descartado. No entanto, o
uso da rede de tênis era uma possibilidade viável. Elevou a rede a quase dois metros de altura e
usou uma câmara de bola de basquete, mas considerou-a leve demais para a proposta.
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William George Morgan.
Usar a própria bola de basquete não era uma ideia, por ser muito pesada. Foi, então, que solicitou à
fabricante de bolas A. G. Spalding & Bros uma bola com características específicas de peso e
circunferência.
Assim nascia o mintonette, primeiro nome adotado para o voleibol.
Em uma conferência entre as ACMs norte-americanas, William Morgan fez uma breve
demonstração do esporte que havia acabado de inventar. Depois de ver a demonstração e ouvir as
considerações, o professor Alfred T. Halstead propôs que o nome mintonette fosse substituído por
volley ball, devido aos constantes voos da bola, ideia prontamente aceita.
O voleibol rapidamente foi difundido pelo mundo, passando por Canadá, Finlândia, China, Japão e
diversos outros países. Em 1916, a National Collegiate Athletic Association (NCAA) publicou suas
regras e uma série de artigos, contribuindo para o rápido crescimento do voleibol no âmbito
universitário. Veja algumas:
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As regras foram adaptadas e reformuladas conforme o tempo passava. Contudo, a criação das
federações internacionais esportivas foi a consolidação e estruturação do esporte em âmbito
mundial. Em 1947, foi criada a Fédération Internationale de Volleyball (Federação Internacional de
Voleibol – a FIVB), em Paris, França, tendo Paul Libaud como seu primeiro presidente.
Em 1949, foi realizado o primeiro campeonato mundial, em Praga, vencido pela extinta União das
Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS). Três anos depois, em 1952, foi realizado o primeiro
campeonato mundial feminino, em Moscou, vencido também pela URSS, consolidando esse país
como uma potência mundial no esporte.
Saiba mais
Somente em 1964, o voleibol foi incluído nos Jogos Olímpicos de Verão, realizados em Tóquio, no
Japão. Participaram da competição dez equipes masculinas e apenas seis equipes femininas. O
torneio masculino foi vencido pela URSS e o torneio feminino pela equipe da casa.
Em 1998, houve uma modificação marcante nas regras do vôlei, uma vez que alterou de forma
muito significativa a dinâmica do jogo e reduziu o tempo de realização de uma partida, favorecendo
a realização de acordos comerciais e de transmissão televisiva. Até aquele ano, ao conquistar o
direito de sacar, a equipe não pontuava, mas era obtida uma condição denominada vantagem.
Somente em condição de vantagem era possível anotar pontos.
1918
O número de jogadores por equipe era limitado a seis.
1922
O número máximo de contatos autorizados com a bola foi fixado em três.
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Em jogos de alto nível, era muito comum a troca de vantagens, sem que nenhuma equipe anotasse
um único ponto, o que tornava o jogo moroso e menos atrativo aos olhos do público, pois uma
equipe precisava conquistar 15 deles para vencer um set. A condição de vantagem não existia no
tie break, ou set de desempate.
A partir da modificação de 1998, todas as disputas de bola passaram a valer 1 ponto sem
vantagens e a pontuação para vencer um set foi aumentada para 25 pontos, sistema adotado até a
atualidade.
História do vôlei brasileiro
Os primeiros registros de partidas de voleibol em território brasileiro são de 1915, no Colégio
Marista de Recife. Difundiu-se de forma mais efusiva pela ACM de São Paulo, entre os anos de
1916 e 1917. Mas somente em 1954 foi criada a Confederação Brasileira de Voleibol (CBV), que
rege o voleibol no Brasil, até os dias de hoje.
Alguns eventos marcantes favoreceram o desenvolvimento do voleibol nacional.
Na década de 1960, mais precisamente em dezembro de 1966, o Botafogo de Futebol e Regatas da
cidade do Rio de Janeiro, venceu o Spartak, uma equipe formada pela base da seleção campeã
mundial em 1956, da extinta Tchecoslováquia.
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Equipe do Botafogo que jogou contra o Spartak, em 1966.
Mas foi nas décadas de 1980 e 1990 que o voleibol brasileiro se consolidou no cenário nacional
como esporte de massa, e mundial como uma das maiores potências. Veja!
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Pro�ssionalização
Houve uma entrada de diversas empresas patrocinadoras de equipes no início da
década de 1980 que, em muitas ocasiões, tinha seu nome associado ao nome do
clube. Isso gerou um aporte financeiro significativo para investimentos. Ainda nos
anos 1980 foi realizado no Rio de Janeiro o Mundialito de vôlei, uma competição que
reuniu grandes seleções mundiais, consagrando a equipe masculina brasileira como
campeã.
O Grande Desa�o de Vôlei – Brasil X URSS
Realizado no Maracanã, em julho de 1983. O Maracanã era apelidado como “O maior
do mundo”, uma vez que nele foram registrados os maiores públicos em partidas de
futebol no planeta, com até quase 200 mil pessoas presentes. No desafio não foi
diferente. Mesmo sob forte chuva, 95.887 pessoas estiveram presentes para assistir
à vitória do Brasil sobre a URSS por 3 sets a 1.
Geração de prata
Dominavam o cenário mundial, no início dos anos 1980, duas equipes masculinas:
URSS e EUA. Em 1984, os Jogos Olímpicos foram realizados em Los Angeles, jogos
marcados por um boicote da URSS em resposta ao boicote americano quatro anos
antes nos Jogos de Moscou. Esse cenário abriu caminho para uma seleção
emergente, a brasileira, que enfrentou a seleção anfitriã na final, firmando-se como
vice-campeã daquele torneio. Muitos jogadores dessa seleção participavam de
eventos na praia, o que contribuiu fortemente para o desenvolvimento do vôlei de
praia na década de 1980.
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Geração de ouro
Durante os Jogos Olímpicos de Barcelona, em 1992, o Brasil sagrou-se campeão
olímpico pela primeira vez com a seleção masculina, ao derrotar a equipe da Holanda
na final. Apesar de outras medalhas importantes até então, essa foi a primeira em
um esporte coletivo que, no Brasil, de certa forma, é mais apreciado pelo público em
geral.
Jogos Olímpicos de 1996
Realizados em Atlanta. Na ocasião, a equipe de voleibol feminina obteve grande êxito
e ficou em terceiro lugar, repetindo o feito em Sidney, 2000. A vencedora foi a grande
potência da época, a equipe de Cuba.
Anos 2000
Podem ser considerados os anos dourados do voleibol brasileiro. Além do sucesso
em competições importantes de vôlei de praia, as seleções masculina e feminina de
quadra apresentaram-se entre as três melhores seleções do mundo em praticamente
todas as competições durante muitos anos. Inclusive, muitos estudiosos do voleibol
consideram a seleção masculina que disputou os Jogos de Atenas, em 2004, como a
melhor equipe de todos os tempos, campeã em todos os torneios que participou.
Outro título marcante foi o ouro olímpico nos Jogos do Rio de Janeiro, no
emblemático ginásio do Maracanãzinho. A equipe feminina não ficou muito distante.
Diversos títulos internacionais foram conquistados, inclusive o bicampeonato nos
Jogos Olímpicos, em Pequim (2008) e Londres (2012).
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Regras do voleibol
Principais regras do voleibol
O livro de regras oficiais do voleibol é dividido em oito capítulos. Não é objetivo aqui esmiuçá-lo,
mas apresentar as regras que identificam o jogo e possibilitem a atuação do profissional de
educação física com esse esporte. No entanto, apesar de não haver necessidade de graduação em
educação física, muitos profissionais graduados nessa área atuam como árbitros oficiais. Para tal,
há necessidade de realizar um curso específico oferecido pelas federações locais ou confederação.
A quadra
O jogo é desenvolvido em uma quadra com 18 x 9 metros e uma rede no centro. As linhas que
demarcam os limites da quadra são as linhas laterais e as linhas de fundo. No centro, encontra-se a
linha central, que divide a quadra em duas: o lado da equipe A e o lado da equipe B. Sobre essa a
linha passa a rede, com sua altura variando, de acordo com a categoria e o sexo. Veja!
Categoria               Masculino              Feminino              
Sub-14 (Mirim) 2,35 2,20
Sub-16 (Infantil) 2,35 2,20
Sub-18 (Infanto) 2,43 2,24
Adulto 2,43 2,24
Altura da rede de vôlei conforme categoria e sexo, de acordo com a Federação de Voleibol do Estado do Rio de Janeiro.
Marcelo Corso.
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A exatos 3 metros da linha central, podemos observar outra linha que possui extensões tracejadas
para além da linha lateral, a linha de 3 metros ou linha de ataque. A função dessa linha é separar a
quadra em duas zonas distintas: a zona de ataque, que corresponde ao espaço entre a linha de 3
metros e a linha central; e a zona de defesa, que corresponde ao espaço entre a linha de 3 metros e
a linha de fundo. As especificidades dessas zonas serão detalhadas adiante. Observe o desenho da
quadra do voleibol.
Diagrama da quadra de vôlei com detalhamento das dimensões.
Participantes, formato do jogo e posições
Uma equipe é composta por até 12 jogadores. Em quadra, participam 6. Todos devem usar
uniformes iguais, diferenciados apenas pelos números das camisas. Até 2 atletas usam um
uniforme diferenciado: os líberos, que são jogadores que participam apenas do sistema defensivo.
O papel do líbero será detalhado adiante.
Atenção!
Para marcar um ponto uma equipe deve atingir com a bola o campo adversário, se o adversário
direciona a bola para fora dos limites da quadra, se o adversário comete alguma penalidade. Para
vencer uma partida, uma equipe deve vencer sets (comumente três) de 25 pontos, ou ter 2 pontos
de diferença, no caso de empate em 24 pontos.
Os 6 jogadores participantes ocupam posições específicas em quadra, numeradas de 1 a 6 em
sentido anti-horário, que devem ser mantidas antes do saque, e podem ser alteradas conforme a
necessidade após o saque. Essas posições são especificadas de acordo com a posição de um
jogador em relação ao outro. Esse é um ponto fundamental para compreensão das táticas do
voleibol. O profissional de educação física que deseja atuar com voleibol deve conhecer essas
posições de cor. Veja com muita atenção!
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Posição 1
Jogador posicionado atrás de 2 e à direita de 6.
Posição 2
Jogador posicionado à frente de 1 e à direita de 3.
Posição 3
Jogador posicionado à frente de 6, à direita de 4 e à esquerda de 2.
Posição 4
Jogador posicionado à frente de 5 e à esquerda de 3.
Posição 5
Jogador posicionado atrás de 4 e à esquerda de 6.
Posição 6
Jogador posicionado atrás de 3, à direita de 5 e à esquerda de 1.
Veja essa distribuição na imagem!
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Posições dos jogadores de 1 a 6.
Note que uma seta pontilhada determina o rodízio dos jogadores, que ocorre no sentido inverso da
numeração.
A posição 4 é conhecida como entrada de rede, pois no rodízio é a posição em que o jogador fica
próximo à rede na zona de ataque pela primeira vez, e a posição 2 é conhecida como saída de rede,
pois é dela que o jogador sai da rede para jogar na zona de defesa.
O rodízio ocorre toda vez que uma equipe conquista o direito de realizar o saque. Ou seja, o jogador
que ocupava a posição 1, passa a ocupar a posição 6, o da 6 ocupa a posição 5, o da 5 a 4 e assim
sucessivamente.
Caso uma equipe cometa algum erro nesse rodízio, é conferido um ponto ao adversário.
Nesse ponto, fica maisfácil identificar a função da linha de 3 metros. Relembrando: a linha de 3
metros divide a quadra em zona de defesa (atrás dela) e zona de ataque (à frente dela). Note que
três jogadores estão posicionados na defesa, as posições 1, 6 e 5; e outros três jogadores no
ataque, as posições 2, 3 e 4. Isso determina suas ações em jogo! Somente os jogadores de ataque
(2, 3 e 4) podem realizar ações de ataque (cortada) em qualquer lugar da quadra e de bloqueio. Os
jogadores de defesa (1, 5 e 6) podem realizar a cortada, desde que salte antes da linha de 3 metros
para realizá-la. A esses jogadores o bloqueio não é permitido.
A disputa de um ponto chama-se rally. O rally tem início quando uma equipe dirige a bola à quadra
adversária a partir de um movimento atrás da linha de fundo. A equipe que recebe essa bola tem
direito a três toques individuais nela, de forma que o terceiro seja direcionado à quadra adversária.
Os pontos são conferidos de acordo com o que acontece no rally, como já especificado.
A história e as regras do voleibol
Confira o vídeo sobre a origem do vôlei, a história do vôlei brasileiro e as principais regras.
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Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
O voleibol é um esporte que apresenta particularidades em relação aos outros. Na sua
concepção, foi desenvolvido com um objetivo específico. Assinale a alternativa que apresenta
a principal justificativa para que William George Morgan criasse o voleibol.
A Rivalizar com outras ACMs nos campeonatos desenvolvidos entre elas.
B Confrontar com James Naismith, que acabara de criar o basquete.
C
Entrar para a história como alguém que criou um esporte mundialmente
conhecido.
D Estimular a participação, a partir de um jogo sem contato físico.
E Estimular a participação de mulheres e idosos.
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Parabéns! A alternativa D está correta.
William George Morgan tinha a finalidade de aumentar a oferta de atividades na ACM que
dirigia, com a oferta de um jogo de contato físico reduzido, o que configurava o vôlei em um
esporte menos violento.
Questão 2
Conhecer as posições dos jogadores é fundamental ao profissional de educação física que
pretende atuar com voleibol. Sabendo que as posições estabelecem relação com o local
ocupado pelos jogadores, assinale a alternativa correta a respeito da posição 3.
Parabéns! A alternativa B está correta.
A Atrás de 4, à frente de 2.
B Entre 2 e 4, à frente de 6.
C Entre 1 e 5, à frente de 6.
D À direita de 6, atrás de 2.
E À esquerda de 2, à frente de 6.
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A posição 3 está localizada na zona de ataque à esquerda de 2, à direita de 4 e à frente de 6.
Reconhecer essas posições é fundamental para aplicação das regras e das táticas de jogo,
desde as mais básicas às mais avançadas.
2 - A técnica e os fundamentos do voleibol
Ao �nal deste módulo, você será capaz de reconhecer os fundamentos e a técnica do
voleibol.
Técnica do voleibol
Posição de expectativa e movimentação básica
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A posição de expectativa é uma posição assumida pelo jogador de voleibol com o objetivo de
aumentar a prontidão e a predisposição para executar um movimento específico de jogo. Essa
posição é uma semiflexão dos joelhos e do tronco, com os braços posicionados à frente do corpo.
Ela é adotada, pois facilita o deslocamento em velocidade e a execução dos fundamentos básicos
do voleibol.
Observe na imagem: enquanto três jogadores saltam e executam seus movimentos no alto, os
outros permanecem embaixo em posição de expectativa, acompanhando o lance.
O professor ou técnico deve estar atento e orientar o modo correto.
Atenção!
Permanecer na posição de expectativa causa alguma fadiga e, por isso, muitas vezes, é
negligenciada, principalmente pelos iniciantes, ao mesmo tempo em que alguns alunos e atletas a
realizam de forma e em momento inadequados.
A posição de expectativa pode ter três variações: posição baixa, média e alta. Essas posições
variam conforme o grau de flexão dos joelhos adotado. Na imagem anterior, é possível ver os
jogadores em posições variadas. A posição mais baixa, geralmente é usada para defesa de ataques
e saques com maior potência.
A movimentação básica de um jogador envolve seu deslocamento pela quadra de jogo.
Obviamente, a bola não vai em direção a um jogador específico, são os jogadores que devem ir em
direção à bola. A movimentação básica é executada após a posição de expectativa, tão logo o
aluno/atleta saiba para aonde se deslocar e qual fundamento realizar. De acordo com Bizzocchi
(2008), citamos algumas ações de movimentação básica:
Corrida
T t d id l h á i l id d d d l t
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Trata-se de uma corrida normal para ganhar a máxima velocidade de deslocamento,
comumente usada para a busca de bolas distantes.
Galope
Deslocamento lateral curto, sem cruzar as pernas, para ajustes e deslocamentos
curtos.
Passada cruzada
Deslocamento lateral com cruzamento das pernas para cobrir uma maior distância
em relação ao galope.
Recepção
Para receber um saque é totalmente desaconselhável executar qualquer tipo de
passada cruzada, pois a recepção deve ser realizada com o máximo equilíbrio do
corpo.
Ataque
É o movimento para a execução do ataque ou cortada. Essa movimentação depende
do tipo de ataque que será realizado.
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Todos os movimentos inerentes ao voleibol são complexos de serem ensinados, uma vez que as
habilidades necessárias para a sua aprendizagem não se valem de movimentos naturais, como
saltar, correr e arremessar. Em outras palavras: os movimentos necessários aos fundamentos do
voleibol são aprendidos.
Uma dificuldade adicional imposta ao aprendizado do voleibol reside em
suas próprias regras. O fato de uma pessoa não poder reter a bola consigo,
diminui a sua possibilidade de desenvolver as suas habilidades. Afinal, em
um rally, a participação de um jogador se resume a um, no máximo dois
toques na bola. Cabe ao professor saber lidar com esses aspectos e saber o
momento individual e aprendizagem.
Bloqueio
O bloqueio é um fundamento que depende muito de deslocamentos paralelos à rede.
As passadas são laterais do tipo galope ou cruzada, dependendo da posição
ocupada pelo bloqueador.
Defesa
Utiliza-se o mesmo deslocamento para a recepção, no entanto, as passadas devem
ser muito curtas, partindo de uma posição de expectativa mais baixa.
Recuperação de bolas e cobertura
Para essas ações, depende da posição inicial e da direção da bola. Muitas vezes, é
necessário um misto de passadas, alternando corridas e passadas mais curtas.
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Para a aprendizagem do voleibol, não há uma idade recomendada. No entanto, como em qualquer
atividade, quanto antes a pessoa for estimulada, melhor. Bizzocchi (2008) faz recomendações
sobre o processo ensino-aprendizagem do voleibol. Confira!
7 a 10 anos de idade
Habilidades básicas e combinada.
Variações na forma de rebate.
Jogos adaptados de rebater.
10 a 12 anos de idade
Habilidades não específicas adaptadas às necessidades do voleibol.
Combinação de habilidadesbásicas de rebater.
Maior complexidade nas combinações.
Jogos adaptados sobre a rede.
12 a 16 anos de idade
Início da aprendizagem das habilidades específicas do voleibol.
Ênfase nas formas básicas.
Evolução nas formas de jogo.
Reforço do raciocínio tático.
16 a 19 anos de idade
Combinação e variação de fundamentos.
Raciocínio tático mais elaborado.
Formas mais concretas e elaboradas de jogo.
Correções técnicas constantes.
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Início da especialização.
A partir dos 19 anos de idade
Formação de um jogador pronto.
Manutenção técnica.
Amadurecimento técnico, tático e psicológico.
Adaptação técnica específica para a função tática.
Especialização.
Fundamentos de jogo
Fundamentos do voleibol
Os fundamentos de um jogo são as ações realizadas para que o jogo se desenvolva: toque,
manchete, ataque ou cortada, saque e bloqueio.
Toque
O toque é usado para bolas vindas na altura da cabeça ou acima. Por isso, no deslocamento, o
jogador posiciona-se abaixo da bola para a execução.
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Toque.
As mãos ficam lado a lado, de forma que os dedos façam o formato da bola, com os polegares e
indicadores formando a base. Um movimento para absorver a bola pelos dedos deve ser realizado.
Após isso, a bola deve ser impulsionada com uma extensão completa dos cotovelos. O movimento
dos braços pode ser combinado com um movimento de extensão de quadris e joelhos. O toque é o
fundamento de maior precisão.
O toque pode ser de várias formas: de frente, de lado, de costas, do chão ou em suspensão (com
um salto). Em todas elas, o movimento das mãos é o mesmo, contudo, para o toque de costas há
necessidade de um arqueamento da coluna vertebral para facilitar o direcionamento da bola.
Toque de costas.
Manchete
A manchete é utilizada para as bolas mais baixas, principalmente na recepção de um saque ou
defesa de uma cortada. É realizada posicionando as mãos uma sobre a outra, com a palma de uma
das mãos encostada no dorso da outra; as duas mãos se fecham e os polegares ficam
posicionados lado a lado; os cotovelos ficam completamente estendidos e antebraços paralelos; os
joelhos e quadris permanecem flexionados, assim como o tronco; por fim, não é feito nenhum tipo
de movimento com os braços para a execução da manchete (a não ser que se deseje dar um
impulso adicional à bola).
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O movimento de recepção ou defesa deve ser realizado levantando-se da posição agachada dos
membros inferiores, com a bola tocando o antebraço.
Os jogadores devem ser orientados a se posicionarem atrás da bola, de modo que o antebraço
entre embaixo dela.
Manchete.
Pode ser realizada nas posições de frente, de lado e de costas. Para a manchete de costas, os
ombros ficam flexionados de modo que os antebraços estejam posicionados para trás no final do
movimento. Pode ser realizada apenas com um dos braços quando o uso dos dois braços não é
possível, como um último recurso para bolas muito longas ou rápidas, com um mergulho de frente
(peixinho) ou em queda lateral com ou sem um rolamento, mas isso é ensinado em estágios mais
avançados do aprendizado, dada a complexidade de execução.
Manchete com queda lateral.
Saque
O saque é o fundamento que coloca a bola em jogo para início de um rally. O jogador se posiciona
atrás da linha de fundo, sem que os pés toquem a linha ou parte dela e somente pode ser realizado
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mediante autorização do árbitro de partida. Pode ser por baixo, por cima ou em suspensão,
conhecido também como saque viagem. Veja cada um deles a seguir:
Saque por baixo.
Saque por baixo
Para a realização desse saque, o jogador posiciona-se atrás da linha de fundo, com um pé à
frente do outro, joelhos, quadris e tronco semiflexionados. O jogador segura a bola com uma das
mãos, e com a outra a golpeia de mãos fechadas, em posição supinada, após a realização de um
balanço para trás. Importante: o pé posicionado à frente deve ser o do lado oposto ao braço que
realizará o golpe na bola. Esse tipo de saque é utilizado na iniciação.
Saque por cima.
Saque por cima
No saque por cima, o jogador segura a bola à frente do corpo com a mão oposta à qual efetuará
o golpe e com o pé do mesmo lado à frente. A mão que executa o saque fica espalmada de
forma bem firme, com os dedos unidos, à exceção do polegar. A bola deve ser lançada para cima
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e um golpe ser realizado com a palma da mão. Um passo pode ser dado com o pé que está à
frente para aumentar a potência do movimento.
Saque em suspensão ou viagem.
Saque em suspensão
O saque em suspensão é realizado atrás da linha de fundo. Ele pode ser potente, quando imprime
um golpe violento na bola e causa o efeito de uma trajetória descendente em direção a quadra
adversária, ou com um toque mais leve, quando não causa nenhum efeito na bola. Visualmente, a
bola não se movimenta em torno do seu próprio eixo e isso faz com que pareça “flutuar” no ar,
dando a impressão ao passador de que a bola vai cair, mas não cai, causando dificuldades. Por
esse motivo, esse saque também é chamado de saque flutuante.
Cortada
A cortada é um movimento complexo constituído de diferentes fases:

Passada

Salto
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
Preparação para o ataque

Ataque
Vamos aprofundar cada um desses passos a seguir!
A passada varia se um indivíduo é destro ou canhoto. Aqui, descreveremos o movimento de um
indivíduo destro. Para canhotos, basta inverter o lado dos movimentos. Inicia com uma passada
curta e lenta com a perna esquerda, seguida de uma passada longa e veloz com a perna direita. Em
seguida, os pés direito e esquerdo se encontram para a preparação para o salto. Ao mesmo tempo
em que a passada longa é realizada, os dois braços devem ser deslocados para trás em um
movimento amplo e veloz.
Passada para a cortada de um jogador destro.
O salto é realizado lançando os dois braços, que antes foram deslocados para trás, para frente e
para cima, em um movimento amplo e rápido. Os braços devem ser mantidos acima da cabeça até
que se atinja o ponto mais alto do salto.
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Na fase de preparação para o ataque os dois braços encontram-se esticados acima da cabeça.
No ponto mais alto do salto, o braço de ataque desce para posicioná-lo para trás para realização da
cortada, enquanto o outro permanece acima da cabeça. Confira na imagem a preparação para o
ataque.
Muitos jogadores realizam um arqueamento do tronco para trás para que a musculatura flexora do
tronco atue na cortada para maior potência.
O ataque é a realização do golpe na bola em direção à quadra adversária. Atletas de grande
habilidade podem realizar um toque sutil na bola para ludibriar o defensor. No ataque, o braço que
antes encontrava-se estendido acima da cabeça, nesse momento desce, enquanto o braço que
golpeia a bola realiza um movimento amplo de extensão do ombro com o cotovelo bem esticado,
de modo a atingir a bola no ponto mais alto.
Ataque.
Bloqueio
O bloqueio só pode ser realizado pelos jogadores das posições 2, 3 e 4. Pode ser individual, duplo,
ou triplo, com a participação dos três jogadores. A técnica de bloqueio depende do deslocamento
que o jogador efetua para realizá-lo.
A Posição inicial para ambas as técnicas é amesma: pés paralelos, joelhos semiflexionados e mão
à frente do rosto próximas à rede. Veja mais sobre as técnicas com a passada em galope e com a
passada cruzada:
Técnica com a passada em galope
R li d d j d f d l t l l j t
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No salto, com o fim das passadas, os braços são estendidos simultaneamente, na largura dos
ombros, ao mesmo tempo em que se realiza um salto com o máximo vigor possível; quando as
mãos ultrapassam o bordo superior da rede, os braços invadem o campo adversário para direcionar
a bola à quadra adversária; após o ataque adversário, os braços são recolhidos para a queda.
Bloqueio duplo.
Realizada quando o jogador faz uma passada lateral em galope para ajustar a sua
posição em relação ao atacante. Da posição inicial, movimenta-se lateralmente com
a perna do mesmo lado em que se desloca. Em seguida, a outra perna se aproxima
da que se deslocou lateralmente, até que o corpo esteja na mesma postura adotada
na posição inicial de forma equilibrada para o salto.
Técnica com a passada cruzada
Usada quando há necessidade de um deslocamento lateral maior. Imagine um
deslocamento de um bloqueador da esquerda para a direita. Partindo da posição
inicial, a perna direita se desloca em uma passada curta para a direita; em seguida, a
perna esquerda realiza uma longa passada cruzada, passando pela direita; após isso,
a perna direita realiza uma nova passada lateral, até que o jogador assuma uma
posição idêntica à posição inicial. Importante: durante a passada cruzada, deve-se
recolher os braços e mantê-los próximos ao corpo, para que as mãos não toquem a
rede por acidente.
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Os fundamentos do voleibol
Veja agora os fundamentos do voleibol e sua aplicabilidade.

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Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
Os fundamentos de jogo são ações realizadas para que o jogo se desenvolva. Assinale a
alternativa que apresenta os cinco fundamentos do voleibol.
A Passe, cortada, levantamento, saque e bloqueio.
B Toque, manchete, saque, cortada e bloqueio.
C Manchete, cortada, levantamento, saque e bloqueio.
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Parabéns! A alternativa B está correta.
Os fundamentos do voleibol são cinco: toque, manchete, saque, cortada e bloqueio. Passe e
levantamento são ações de jogo realizadas pelos fundamentos, e não o fundamento
propriamente dito.
Questão 2
Analise a situação de jogo a seguir:
O time A executa um saque para o time B. O jogador 1 do time B passa a bola a um
companheiro (jogador 2) com uma manchete. A bola se desloca perfeitamente e alta, até o
jogador 2. Este passa a bola para o jogador 3 com um levantamento, e o jogador 3 realiza um
ataque. De acordo com a sua análise, assinale a alternativa com o fundamento a ser realizado
pelo jogador 2 e a justificativa correta.
D Passe, cortada, toque, saque e bloqueio.
E Passe, cortada, manchete, saque e bloqueio.
A Toque, pois é o fundamento que deve ser utilizado para um levantamento.
B Manchete, para uma trajetória adequada ao jogador 3.
C Toque, pois é utilizado para surpreender o adversário.
D
Manchete, pois o levantamento é executado prioritariamente por uma
manchete.
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Parabéns! A alternativa E está correta.
De acordo com a descrição, o toque é o mais recomendado por dois motivos: o toque é usado
para bolas altas e, apesar de ser possível o uso da manchete nessa condição, é recomendável
que o toque seja utilizado por ser mais preciso.
3 - A tática do voleibol
Ao �nal deste módulo, você será capaz de analisar as principais táticas do voleibol.
Vôlei na miniquadra
E Toque, pois é um fundamento preciso e a bola chegou alta ao jogador 2.
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Minivôlei
As táticas são ações coletivas, treináveis e coordenadas, utilizadas para aumentar a eficiência de
uma equipe. No voleibol, a tática a ser adotada depende do nível dos jogadores, da competição e
das características dos jogadores. Existem táticas bem simples e outras complexas.
Atenção!
O minivôlei é uma ótima opção para desenvolver os aspectos táticos e técnicos do voleibol. Além
de possibilitar a vivência de uma partida de voleibol, trata-se de uma estratégia extremamente rica e
motivante. O minivôlei é um jogo de voleibol adaptado para uma miniquadra, com rede mais baixa,
com as regras adaptadas ou não, e que pode ser realizado com uma bola mais leve e mais lenta.
Existe no mercado um material específico para o minivôlei, mas esse recurso também pode ser
utilizado com um material muito simples e barato. Por exemplo, um elástico pode ser preso e
esticado longitudinalmente em uma quadra, ou um espaço qualquer, e diversas miniquadras podem
ser desenhadas com giz ou pintadas, ou delimitadas com cones. O minivôlei pode ser realizado no
sistema 1x1, 2x2, 3x3 e 4x4.
Minivôlei 1x1
O minivôlei 1x1 é a forma mais básica de aplicação. Trata-se de uma disputa individual entre dois
jogadores. Nesse estágio, recomenda-se uma progressão, desde as regras adaptadas, até um jogo
mais parecido com as regras oficiais. Essas adaptações podem ser utilizadas em todos os
sistemas de minivôlei. Veja!
Jogar segurando a bola e arremessando-a para a quadra adversária por cima da rede,
na tentativa de acertar a quadra adversária.
Jogar segurando a bola e jogando-a para a quadra adversária por cima da rede, por
meio de um fundamento qualquer, na tentativa de acertar a quadra adversária.
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Veja, a seguir, o modelo para o minivôlei 1x1.
Minivôlei 2x2
O minivôlei 2x2 torna-se um jogo coletivo e introduz a presença de um levantador, que deve se
posicionar mais para a direita. A bola deve ser recepcionada prioritariamente por quem está atrás
(vermelho), passada ao levantador (azul), que retorna um levantamento ao seu companheiro
(vermelho). Veja!
Jogar dando dois toques na bola por meio dos fundamentos antes do terceiro toque,
para jogar à quadra adversária. Após cada toque, é permitido segurar a bola.
Jogar dando dois toques na bola, por meio dos fundamentos antes do terceiro toque,
para jogar à quadra adversária, sendo permitido segurar a bola proveniente do
adversário.
Jogar vôlei 1x1 podendo, cada jogador, dar três toques na bola.
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Modelo para o minivôlei 2x2.
Minivôlei 3x3
No minivôlei 3x3 temos um ou dois jogadores para receber a bola do adversário (lilás ou vermelho)
e encaminhar ao levantador (azul) e um atacante (lilás). À medida que a habilidade progride, o
jogador vermelho também pode atuar como segundo atacante. Veja!
Modelo para o minivôlei 3x3.
Minivôlei 4x4
No minivôlei 4x4 temos um, dois ou três jogadores para receber a bola do adversário (vermelho,
lilás ou verde) e encaminhar ao levantador (azul) e um atacante (verde), que também pode passar a
bola ao levantador. À medida que a habilidade progride, os jogadores vermelho e lilás também
podem atuar como segundo e terceiro atacantes. Veja!
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Modelo para o minivôlei 4x4.
Sistemas simples
Sistema 6 – 0
Antes de pontuarsobre os sistemas táticos é preciso falar sobre um jogador em específico que
pode atuar em qualquer sistema: o líbero, uma espécie de sétimo jogador, que atua apenas na zona
de defesa no lugar de outros dois jogadores em diagonal. Ele entra em quadra na posição 1 após a
perda do direito de sacar, e sai do rodízio na posição 4. Em seguida, ele torna a entrar na quadra na
diagonal do jogador anterior, ou seja, na posição 1.
Levantador na posição 3.
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O líbero faz as ações de passe e defesa e pode fazer as vezes de um levantador, caso este execute
o primeiro toque na bola. Dentro da zona de ataque, o levantamento executado pelo líbero deve ser
realizado de manchete.
Sobre o sistema tático 6 – 0, podemos dizer que é o mais simples de todos. No entanto, é
recomendável que todos os jogadores tenham domínio dos fundamentos para que o sistema
funcione. Consiste em 6 jogadores e 0 levantadores fixos. O levantador é o jogador que, a cada
rodízio, passa pela posição 3.
Em todos os sistemas, há um raciocínio lógico em esconder o levantador para que ele não receba a
primeira bola e estar em uma posição adequada para fazer um levantamento aos atacantes
(posições 3 e 4).
Em geral, a recepção em qualquer esquema pode ser feita com 3, 4 ou 5 jogadores, porém, a mais
elementar é a formação com 5 jogadores em formato de W. Os jogadores das posições 2, 4 e 6 se
posicionam próximos à linha de 3 metros e são responsáveis pelas bolas que caem na sua posição
ou à sua frente, enquanto os jogadores das posições 1 e 5 cobrem o fundo da quadra. Veja!
Recepção em w.
Se ao passar a bola para o campo do adversário não for configurado um ponto, os jogadores das
posições 2 e 4 avançam para perto da rede para o bloqueio. Os bloqueios podem ser simples nas
posições 2, 3 e 4; duplo, com os jogadores da 2 e 3 na saída de rede, ou com os jogadores 3 e 4 na
entrada de rede; ou triplo em qualquer posição.
Sistema 4 – 2 simples
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A partir do sistema 4 – 2 simples, os jogadores passam a ter funções específicas em quadra, nesse
caso, são 4 atacantes e 2 levantadores fixos.
Para que esse esquema funcione, na formação inicial, os jogadores de mesma posição devem estar
em diagonal, ou seja, quando um chegar à entrada de rede, o outro está saindo dela para o fundo. A
partir daí, as posições se alteram, de acordo com a posição inicial do levantador. Se eles estiverem
na posição 3, o sistema permanece idêntico ao 6 – 0.
No entanto, quando eles chegam às posições 2 e 4, algumas adaptações são necessárias. Mas
lembre-se de que a relação entre os jogadores, já estudada, deve ser mantida.
Posição inicial do sistema 4 – 2 simples.
Na imagem, o passe deve ser direcionado ao levantador (azul) na posição 2, que faz um
levantamento aos atacantes 1 da posição 3 (vermelho) ou 4 da posição 4 (verde). Confira!
Formação inicial e recepção no sistema 4 – 2 com o levantador na posição 2.
Se o levantador estiver na posição 4, deve se deslocar até a posição 3 quando for realizado o
saque, para onde será direcionado o passe. Em seguida, deve realizar um levantamento para os
atacantes na posição 2 (1 – vermelho) ou 4 (4 – verde). Veja!
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Formação inicial e recepção no sistema 4 – 2 com o levantador na posição 4.
Sistemas com in�ltração
Sistema 4 – 2 com in�ltração
A formação do sistema 4 – 2 com infiltração é idêntica ao sistema simples. No entanto, o
levantador responsável pelo levantamento é, obrigatoriamente, aquele que se encontra no fundo de
quadra que, no momento do saque, deve infiltrar na zona de ataque para fazer o levantamento.
A vantagem desse sistema é que sempre haverá 3 atacantes disponíveis na rede, mais aqueles que,
porventura, sabem atacar antes da linha de 3 metros. Esse sistema somente faz sentido se os
levantadores possuírem habilidade suficiente para atacar. Além disso, caso a posse de bola de um
time não se configure em um ponto, o levantador retorna à defesa, mas na posição 1, pois a
infiltração a partir dali é mais fácil. Veja nas imagens a formação inicial e a recepção com o
levantador infiltrando pelas posições 1, 6 e 5.
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Formação inicial e recepção no sistema 4 – 2 com o levantador infiltrando pela posição 1.
Formação inicial e recepção no sistema 4 – 2 com o levantador infiltrando pela posição 6.
Formação inicial e recepção no sistema 4 – 2 com o levantador infiltrando pela posição 5.
Sistema 5 – 1
Entre os sistemas de jogo, o 5 – 1 é o mais complexo e utilizado no voleibol de alto nível. São 5
atacantes e apenas 1 levantador. Esse sistema só faz sentido se, dentro da equipe, pelo menos um
jogador souber atacar antes da linha de 3 metros. Os jogadores são o levantador, 2 atacantes de
ponta ou ponteiros, 2 atacantes de meio ou centrais e 1 jogador denominado de oposto ou diagonal
do levantador. Cada um desses jogadores deve possuir atributos específicos para atuação nessas
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posições. O líbero ocupa a posição dos centrais. Observe as características necessárias de cada
jogador:
Levantador
Deve possuir bom toque e senso de distribuição de bolas.
Ponta
Devem possuir um bom passe de manchete, boa velocidade e senso de
posicionamento para o bloqueio. A capacidade de ataque é fundamental,
principalmente pela entrada de rede. Geralmente, a posição é ocupada por jogadores
destros.
Centrais
São os jogadores mais altos. Atacam pela posição 3, em geral as bolas rápidas.
Devem ser bons bloqueadores, pois atuam nesse fundamento em todas as bolas.
Não participam do passe, por isso, essa capacidade, muitas vezes, não é tão
desenvolvida desde a base.
Oposto
Podem participar do passe ou não. São atacantes decisivos pela saída de rede antes
e depois da linha de 3 metros. Jogadores canhotos têm mais facilidade para atuar
nessa posição e, por isso, são deslocados para ela desde a formação de base.
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O jogo no sistema 5 – 1 se desenvolve da seguinte forma: formação inicial com os jogadores
posicionados de acordo com o rodízio; e formação final, após a perda da posse de bola. A
formação inicial depende do rodízio. Já a formação final é sempre a mesma, dependendo se o
levantador está na zona de ataque ou de defesa. Confira!
Levantador na zona de ataque
Na rede – o levantador desloca-se para a saída de rede, centrais para o meio e ponteiros para
entrada. No fundo – oposto para a posição 1, ponteiro para a posição 6 e líbero para a posição
5.
Levantador na zona de defesa
A distribuição é a mesma, contudo com o levantador em posição invertida com o oposto.
Veja, a seguir, a ilustração com o levantador na zona de ataque e na zona de defesa.
Formação final com levantador na zona de ataque (à esquerda) e formação final com levantador na zona de defesa (à direita).
A partir de agora serão descritas as formações iniciais de recepção no sistema 5 – 1, de acordo
com a posição do levantador:

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Recepção do sistema 5 – 1 com o levantador na posição 1.
Recepção com o levantador na posição 1
Formação com apenas 3 passadores, sendo os dois ponteiros e o líbero. Nessa condição, o
oposto ataca pela entrada de rede e o ponteiro pela saída.
Recepção do sistema 5 – 1 com o levantador na posição 6.
Recepçãocom o levantador na posição 6
Apenas 3 jogadores participam do passe, sendo os dois ponteiros e o líbero. O levantador infiltra
da posição 6, o oposto desce à saída de rede e o central desloca-se para o centro para atacar a
bola rápida. Importante ressaltar que o oposto deve estar entre o levantador e o central, e o líbero
atrás do ponta da posição 4.
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Recepção do sistema 5 – 1 com o levantador na posição 5.
Recepção com o levantador na posição 5
Sistema com 3 passadores, sendo os pontas e os líberos. O ponta da posição 3 recua para o
passe e o da posição 6 deve se posicionar mais atrás em relação a ele para manter a relação
inicial. O levantador infiltra, o central desloca-se para o centro para a bola rápida e o oposto recua
para atacar pela saída de rede.
Recepção do sistema 5 – 1 com o levantador na posição 4.
Recepção com o levantador na posição 4
Sistema com três passadores, sendo os pontas e o líbero. Nesse esquema, os três jogadores de
rede se aproximam em uma condição denominada rede fechada. O levantador infiltra, o central
desloca-se para o centro na bola rápida, o ponta da posição 2 ataca pela entrada de rede e o
oposto ataca pela linha dos 3 metros pela saída de rede.
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Recepção do sistema 5 – 1 com o levantador na posição 3.
Recepção com o levantador na posição 3
Sistema com três passadores, sendo os pontas e o líbero. O central desloca-se para o centro para
atacar a bola rápida. O oposto desloca-se para atacar pela saída atrás da linha de 3 metros.
Importante ressaltar a posição do oposto, que deve ser entre o líbero e o ponteiro. Assim como o
ponteiro da posição 4 não pode estar na mesma linha ou atrás do seu oposto, o ponteiro da
posição 1.
Recepção do sistema 5 – 1 com o levantador na posição 2.
Recepção com o levantador na posição 2
Sistema com três passadores, sendo os pontas e o líbero. O oposto desloca-se para atacar atrás
da linha de 3 metros pela saída, o levantador infiltra, o central desloca-se para o centro e ataca a
bola rápida. Importante ressaltar a posição inicial do oposto à esquerda do ponteiro e a relação
entre os dois ponteiros, que não podem estar na mesma linha, com o da posição 3 à frente do da
posição 6.
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Sistemas táticos do voleibol
Veja agora como ensinar e trabalhar os sistemas táticos do voleibol.

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Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
Em uma partida de voleibol podem ser utilizadas diversas variações táticas. Sobre o sistema
tático 6 – 0 assinale a alternativa correta:
A É um sistema difícil de ser executado e o levantador é o jogador da posição 1.
B É um sistema em que a posição do levantador é variável.
C É um sistema simples, com um jogador fixado na posição 3.
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Parabéns! A alternativa D está correta.
O sistema tático 6 – 0 é o mais simples. Não há um levantador fixo, pois o levantador é todo
jogador que passa pela posição 3 dentro do rodízio de jogo.
Questão 2
Os sistemas táticos do voleibol podem ser subdivididos em esquemas em que o levantador se
desloca da zona de defesa para a zona de ataque ou não. Assinale a alternativa que apresenta
somente esquemas em que há o deslocamento do levantador:
Parabéns! A alternativa E está correta.
D É o mais simples e o levantador é o jogador da posição 3.
E É um sistema simples com o levantador fixado na posição 1.
A Sistema 6 – 0.
B Sistema 4 – 2.
C Sistema 3 – 3.
D Sistema 6 – 3.
E Sistema 5 – 1.
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O deslocamento do levantador chama-se infiltração, característica apenas dos sistemas 4 – 2
com infiltração, e 5 – 1. Todos os outros sistemas são mais simples e independem de
infiltração do levantador.
4 - O vôlei de praia
Ao �nal deste módulo, você será capaz de reconhecer os principais aspectos
relacionados ao vôlei de praia.
História e regras da praia
O primeiro jogo de vôlei de praia para duas pessoas foi jogado e registrado em Santa Monica, na
Califórnia, na década de 1920. No Brasil, a partir da década de 1930, o vôlei se difundiu pelas praias
da zona sul da cidade do Rio de Janeiro, principalmente Copacabana e Ipanema, onde ocorreu o
primeiro torneio, com promoção de um tradicional jornal carioca: o Jornal dos Sports.
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No entanto, foi na década de 1980, que o vôlei de praia brasileiro cresceu exponencialmente por
meio de eventos promocionais, torneios realizados no verão, e disputas emocionantes com a
participação de muitos jogadores estrangeiros, em diversas cidades litorâneas.
O vôlei de praia alcançou uma notoriedade mundial, de forma que, em 1996, foi disputado pela
primeira vez nos Jogos Olímpicos de Verão, realizados na cidade de Atlanta. O Brasil mostrou toda
a sua força nesse evento.
A final feminina foi composta por duas duplas brasileiras: Adriana e Mônica x Sandra e Jacqueline,
sendo estas últimas as vencedoras do confronto.
As duplas vencedoras Adriana e Mônica, Sandra e Jacqueline.
De lá para cá, em todas as edições, as duplas brasileiras figuram entre as favoritas. O vôlei de praia
masculino já conquistou duas medalhas de ouro, com Ricardo e Emanuel em Atenas (2004) e Bruno
e Alison, no Rio de Janeiro (2016), outras quatro de prata e uma de bronze. Nas duplas femininas, o
já citado ouro de 1996, além de outras quatro medalhas de prata e uma de bronze.
De maneira geral, o vôlei de praia é muito similar ao voleibol desenvolvido na
quadra, em que os atletas utilizam os mesmos fundamentos para as
mesmas finalidades.
No entanto, algumas mudanças podem ser observadas. As dimensões da quadra de vôlei de praia
já foram idênticas às do voleibol indoor, mas na atualidade, os jogos se desenvolvem em quadras
com tamanho de 16x8 metros.
As diferenças não param por aí:
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O jogo se desenvolve, não necessariamente em uma praia, mas o piso deve ser a
areia.
As regras para o levantamento de toque são diferentes no que diz respeito a duas
infrações: os toques duplos ou dois toques são avaliados e considerados pela
arbitragem com mais rigidez, entretanto, há maior tolerância com as conduções.
Na praia, o bloqueio conta como o primeiro toque de uma equipe. Portanto, caso a
bola toque no bloqueador, sua equipe só poderá tocar na bola mais duas vezes. É
permitido ao jogador que tocou a bola no bloqueio fazer o toque seguinte.
Não existem erros de posicionamento de rodízio na praia, os jogadores podem trocar
de posição, de acordo com a necessidade.
Durante os dois primeiros sets, as equipes trocam de lados da quadra a cada sete
pontos disputados. Essa é uma variação utilizada para manter as influências
climáticas de forma igualitária. Durante o set de desempate, a troca ocorre a cada
cinco pontos.
C d i t di it did d t d t i t d d t
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As equipes são formadas de duplas do mesmo sexo. No entanto, em alguns eventos promocionais,
duplas mistas e até mesmo quartetos já foram utilizados. No país, a principal competição é o
Circuito Brasileiro de Vôleide Praia, organizado pela Confederação Brasileira de Voleibol (CBV).
Internacionalmente, as principais competições são o Circuito Mundial, o Campeonato Mundial e os
Jogos Olímpicos.
Cada equipe tem direito a um pedido de tempo de trinta segundos em cada set.
A invasão por baixo da rede não é considerada falta, caso não atrapalhe a jogada do
rival. A quadra é formada somente pelas linhas lateral e de fundo, não havendo,
portanto, a linha central para essa infração.
O recurso do pingo (ameaça de um ataque potente, com um leve toque sobre o
bloqueio), não pode ser realizado com a ponta dos dedos, como na quadra, mas com
um movimento suave com a palma das mãos.
Ganha o jogo a equipe que vencer os sets de 21 pontos ou com diferença de dois
pontos após empate de 20 a 20.
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Partida de vôlei de praia recreacional em quartetos.
Um dos grandes desafios é lidar com a exposição ao clima. Por ser realizado em local aberto, as
precauções são muito importantes: cuidados quanto à incidência de raios UV, reidratação
constante e uso de roupas adequadas, que facilitem a evaporação do suor transpirado. Mesmo em
partidas oficiais, é permitido o uso de óculos de sol e viseiras ou bonés.
Aprendizagem no vôlei de praia
Os fundamentos do vôlei de praia são os mesmos: toque, manchete, saque, cortada e bloqueio. No
entanto, é muito comum no voleibol de quadra que os jogadores não desenvolvam todos eles com
a mesma proficiência. Isso decorre do processo de especialização e dos aspectos táticos. Por
exemplo, o central tem por hábito atacar as bolas rápidas, as chamadas bolas de tempo, após um
levantamento curto. Sendo assim, esse tipo de jogada é exaustivamente treinado em detrimento de
outras. Além disso, vimos na tática 5 – 1 que os centrais não participam do passe, por isso, o
fundamento manchete para realização do passe também é um pouco negligenciado.
Atenção!
No vôlei de praia, os jogadores, pelas circunstâncias, precisam ser mais completos quanto ao
desenvolvimento dos fundamentos, pois como o jogo é de duplas, em algum momento um jogador
se verá na obrigação de executar ações diversas em jogo.
As diferenças no piso devem ser consideradas. No vôlei de praia é recomendável a execução de
exercícios de adaptação ao piso. Afinal, deslocar-se na areia fofa não é uma tarefa fácil para quem
não tem o hábito de executá-la. No vôlei de praia, o minivôlei continua sendo uma estratégia
extremamente motivante e eficaz. A metodologia pode ser a mesma da apresentada anteriormente,
com a evolução do 1 x 1 até o 4 x 4, assim como as adaptações nas regras. No entanto, a dinâmica
do jogo de duplas deve ser ensinada.
Mas o que é essa dinâmica?
Em um jogo de duplas, não há possibilidade de saber onde o adversário realizará o saque. Portanto,
os jogadores que farão a recepção desse saque devem estar alinhados lado a lado, de modo a
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distribuir de forma bem equilibrada os espaços da quadra. Se o saque é direcionado a um local
coberto pelo jogador A, o jogador B desloca-se para próximo da rede, já sabendo que será
exatamente ali que a bola será passada. Desse momento em diante, é realizado um levantamento
pelo próprio jogador B, em direção jogador A para realizar o ataque. A situação se inverte se o
saque é realizado no outro jogador. Veja na ilustração a movimentação de um saque no jogador A!
Movimentação dos jogadores após recepção de um saque.
A dupla que defende um ataque se constitui em um bloqueador e um defensor. O bloqueador B é
definido previamente e, em condições de normalidade, raramente muda durante o jogo. O defensor
D se posiciona, em geral, na diagonal do ataque, mas sabendo que deverá reagir, caso o ataque seja
realizado na paralela ou corredor. De certa forma, um ataque realizado nessa região, deverá ser
proveniente de uma bola mais lenta sobre o bloqueio, pois seguirá para uma área protegida por ele.
O que, em tese, permite que o atleta reaja rapidamente e tente a defesa. Veja como ocorre essa
relação da defesa com o bloqueio!
Sistema defensivo para duplas no vôlei de praia.
Apesar de na praia ser muito importante o domínio de todos os fundamentos, as duplas muitas
vezes se completam, e os pontos fortes de um correspondem aos pontos fracos do outro.
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O vôlei de praia
Veja as diferenças entre o vôlei de quadra e o de praia e os principais pontos para aprendizagem do
vôlei de praia.

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Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
Há diferenças entre o vôlei de quadra e o de praia. Assinale a alternativa que apresenta uma
característica própria do vôlei de praia.
A Troca de vantagens.
B 25 pontos por set.
C Jogo em sexteto.
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Parabéns! A alternativa D está correta.
Uma das diferenças entre o vôlei de quadra e o de praia é a área da quadra de jogo, que na
praia é um pouco menor.
Questão 2
Os fundamentos do vôlei de praia são os mesmos do praticado na quadra. No entanto, o
jogador da praia precisa ser mais completo com relação à execução desses fundamentos.
Sobre esse assunto, assinale a alternativa que apresenta a justificativa correta.
Parabéns! A alternativa B está correta.
D Dimensões da quadra de 16 x 8 metros.
E Linha de 3 metros.
A O jogo realizado em quartetos dificulta a mobilidade dos jogadores.
B O jogo em duplas implica realizar as diversas ações do jogo.
C O bloqueador é determinado previamente.
D Joga na praia somente os jogadores que não seguiram carreira na quadra.
E Os jogadores da praia são mais baixos e precisam compensar essa deficiência.
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O jogo em duplas reduz a possibilidade de especialização. Afinal, nas várias ocasiões de jogo,
todos os fundamentos são postos à prova em uma partida de vôlei de praia.
Considerações �nais
Neste conteúdo, apresentamos todos os aspectos relacionados ao voleibol, desde a sua criação
nos Estados Unidos, passando pela descrição dos seus fundamentos, seus sistemas táticos e o
vôlei de praia. No entanto, saiba que ensinar o voleibol é muito difícil, uma vez que esse esporte é
baseado em movimentos aprendidos. Cabe ao profissional de educação física utilizar recursos que
aumentem o contato do aluno com a bola e oportunize a participação, mesmo daqueles com
menor habilidade.
Vimos que um ótimo recurso para introduzir o jogo de voleibol nos seus aspectos técnicos e táticos
é o minivôlei. Podem ser utilizados materiais sofisticados ou um simples elástico para a rede, mas
invista em bolas de diferentes texturas e pesos para facilitar a manipulação. Foram dadas algumas
alternativas de adaptação das regras para viabilizar um aprendizado consistente, mas saiba que o
único limite para realizar adaptações que tornem o aprendizado mais efetivo e motivante é a sua
imaginação.
Como última recomendação, se o seu intuito é atuar em equipes de voleibol em qualquer nível,
invista seu tempo na aprendizagem das posições 1 a 6 e como elas se ajustam nos diferentes
sistemas táticos. Essa é a única forma para que você saiba lidar com o voleibol competitivo.
Podcast
Para encerrar, ouça um resumo sobre os principais tópicos abordados.
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Referências
BIZZOCCHI, C. O voleibol de alto nível:da iniciação à competição. 2. ed. São Paulo: Manole, 2008.
BOJIKIAN, J. C. M. Ensinando voleibol. São Paulo: Phorte, 2003.
FÉDÉRATION INTERNATIONALE DE VOLLEYBALL. Regras do jogo: regras oficiais de voleibol 2017-
2020. Aprovadas pelo 35º Congresso da FIVB de 2016. Consultado na internet em 14 abr. 2022.
LARANJEIRA, E. C. Metodologia do ensino de voleibol. Santa Catarina: Uniasselvi, 2017.
MACIEL, R. Voleibol: sistema de jogo 5x1. Rev Dig Educ Fís Deportes, v. 16, n. 160, p. 1-5, 2011.
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Confira o que separamos especialmente para você!
Para saber um pouco mais sobre o voleibol, leia o artigo Estudo dos indicadores de rendimento
em voleibol em função do resultado do set, de Rui Marcelino, Isabel Mesquita, Jaime Sampaio e
José Cicero Moraes.
Para saber mais sobre o ataque, leia o artigo Uma análise dos fatores que influenciam o ataque
no voleibol masculino de alto nível, de Cláudio Miranda da Rocha e Valdir José Barbanti.
Para conhecer um pouco mais sobre as ações de um levantador, leia o artigo Análise da
organização ofensiva dos levantadores campeões da superliga de voleibol, de Cristino Julio
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Alves da Silva Matias e Pablo Juan Greco.