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AULAS DE MECÂNICA Extraído de: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL – UFRGS Escola de Engenharia – Departamento de Engenharia Civil, DECIV Usuario 1 Aula 1 1 GENERALIDADES 2 CONCEITOS FUNDAMENTAIS DA MECÂNICA _______________________________________ 1 GENERALIDADES 1.1 CONCEITO Mecânica é o ramo das ciências físicas que se preocupa com as condições de repouso ou movimento de corpos sob a ação de forças. 1.2 APLICAÇÕES Cálculo estrutural; Projeto de máquinas; Escoamento de fluidos; Comportamento molecular e atômico dos elementos; Instrumentação elétrica. 1.3 DIVISÕES a) Mecânica dos Corpos Rígidos; b) Mecânica dos corpos deformáveis; c) Mecânica dos fluidos. Divisões da Mecânica dos Corpos Rígidos a) Estática: corpos em repouso ou movendo-se em velocidade constante (corpos em equilíbrio). b) Dinâmica: corpos em movimento acelerado. Divide-se em: i) Cinemática: estuda a geometria do movimento sem se preocupar com suas causas; ii) Cinética: estuda o movimento relacionando-o a suas causas (forças aplicadas). 1.4 HISTÓRICO - Arquimedes (287-212 a.C.): equilíbrio de alavancas. - Galileu Galilei (1564-1642): pêndulos e corpos em queda libre; medidas precisas de tempo: Dinâmica. - Isaac Newton (1642-1727): leis fundamentais do movimento; lei universal da atração gravitacional: Mecânica Newtoniana. - Euler; D’Alembert; Lagrange: técnicas apra aplicação das leis fundamentais. - Einstein (1879-1955): Teoria da relatividade: Mecânica Relativista. 2 CONCEITOS FUNDAMENTAIS DA MECÂNICA 2.1 ESPAÇO: Região geométrica ocupada por corpos cujas posições são descritas por medidas lineares e angulares, em relação a um sistema de coordenadas. 2.2 TEMPO: Medida da sucessão de eventos. Além da posição no espaço, o instante em que ocorre cada evento deve ser conhecido. 2.3 MASSA: Medida da inércia de um corpo, ou seja, é a resistência à variação de movimento. 2.4 FORÇA: É a ação de um corpo sobre o outro. Esta ação pode ser: a) por contato; b) à distância. É caracterizada por: a) intensidade; b) direção; c) sentido; d) ponto de aplicação 2 2.4.1 Forças Externas e Internas 2.4.2 Forças Ativas e Reativas 2.4.3 Forças Concentradas e Distribuídas 2.5 PARTÍCULA OU PONTO MATERIAL: Porção da matéria que pode ser considerada como ocupando um único ponto no espaço (despreza-se sua forma e dimensão). 2.6 CORPO RÍGIDO: É uma combinação de um grande número de partículas que ocupam posições fixas relativamente uma às outras. O corpo se desloca rigidamente, isto é, não há deformação! OBSERVAÇÕES a) A divisão da mecânica dos corpos rígidos em estática e dinâmica existe por razões prática e didáticas. A estática é um caso particular (mais simples) da dinâmica (aceleração é nula). b) o conceito de corpo rígido (e seus possíveis movimentos) é de grande importância pois é a base em que se desenvolve as equações de equilíbrio de um corpo. P Q P A B d P A B d P A B d P R 3 Aula 2 3 PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DA MECÂNICA 4 SISTEMAS DE UNIDADES ______________________________________ 3 PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DA MECÂNICA 3.1 LEI DO PARALELOGRAMA Duas forças atuantes sobre uma partícula, P, podem ser substituídas por uma única força, chamada força resultante, FR: Generalização: Princípio do Polígono. ou onde 3.2 PRINCÍPIO DA TRANSMISSIBILIDADE A condição de repouso ou movimento de um corpo rígido não se altera quando se modifica o ponto de aplicação de uma força sobre a mesma linha de ação. onde, r, é a reta suporte, linha de ação ou direção da força. Obs.: Considerando-se as situações A e B abaixo, segundo o princípio da transmissibilidade, temos que ambas são equivalentes na Mecânica dos Corpos Rígidos mas não 21 FFFR !!! += 2F ! 1F ! RF ! P 1F ! 2F ! 3F ! = = 21 FF !! + 3F ! R ! 1F ! 2F ! 3F ! = 1 F ! 2F ! 3F ! R ! 321 FFFR !!!! ++= F ! r r F ! = 4 são na Mecânica dos Corpos Deformáveis, pois existem materiais que resistem a esforços de compressão e tração de forma diferenciada. 3.3 PRIMEIRA LEI DE NEWTON Uma partícula permanece em repouso ou continua a mover-se em linha reta à velocidade constante se nenhuma força isolada ou não-equilibrada atua sobre ela. É a lei da inércia. 3.4 SEGUNDA LEI DE NEWTON Uma partícula submetida a uma força, F, (cuja resultante é diferente de zero) sofrerá uma aceleração, a, na direção da força. Por conseguinte, a aceleração: i) é proporcional à força, F; ii) é inversamente proporcional à massa da partícula. 3.5 TERCEIRA LEI DE NEWTON Para toda força atuante sobre uma partícula, esta exercerá uma força reativa de mesma intensidade e direção, mas com sentido contrário. 3.6 LEI DA ATRAÇÃO GRAVITACIONAL DE NEWTON Duas partículas de massa, m1 e m2, são mutuamente atraídas por forças iguais e opostas de intensidade, F, dada por onde G = constante universal de gravitação, valendo 6,673.10-11 N.m2/kg2 r = distância entre os centros das partículas Caso particular: atração da terra sobre uma partícula localizada em sua superfície. A força exercida pela terra sobre a partícula é definida como seu peso, P. Chamando: M = massa da terra (5,983.1024 kg) m = massa da partícula R = raio médio da terra (6,38.106 m) e definindo g = G M / R2, o peso da partícula é dado por P = m g. O valor de g varia com a posição da partícula. Para partículas sobre a superfície da terra, adota-se g ≈ 9,81 m/s2. F -F F -F A B amF ! ! = F ! F ! 2 21 r mmGF = 5 4 SISTEMAS DE UNIDADES 4.1 GRANDEZA Tudo o que pode ser medido. 4.2 EQUAÇÃO DE DEFINIÇÃO Explica uma grandeza, em palavras, em função de outras mais simples. Exemplo: 4.3 DIMENSÃO Relaciona-se com grandezas fundamentais. São expoentes. Exemplo: [V] = L1 T-1 4.4 GRANDEZAS FUNDAMENTAIS São grandezas do cotidiano: • Massa, Força • Comprimento • Tempo SISTEMA DE GRANDEZAS FUNDAMENTAIS UNIDADES M F L T SI kg - m s SISTEMA TÉCNICO - kgf m s SISTEMA INGLÊS - lb ft sec Logo: Força no S.I.: 1 N = 1 kg x 1 m/s2 Massa no S.T.: 1 kgf = ? x 1 m/s2 1 UTM (Unidade Técnica de Massa) Massa no Sistema Inglês: 1 lb = ? x 1 ft/sec2 1 slug 4.5 TRANSFORMAÇÕES DE UNIDADES ATRAVÉS DE EQUAÇÕES DIMENSIONAIS Tempo DistânciaVelocidade = Dimensões Grandezas Fundamentais ( ) ( )cbacba TLMyTLMx 222111 = cba T T L L M Myx = 1 2 1 2 1 2 Num mesmo Sistema de Unidades Exemplo 1: Distância: 3,5 km = ? cm 3,5 km = x cm x = 3,5 (km/cm)1 = 3,5 . 103 m / 10-2 m x = 3,5 . 105 = 350.000,00 6 Aula 3 5 COMPONENTES CARTESIANAS DE UMA FORÇA NO PLANO 5.1 VETORES UNITÁRIOS 5.2 EQUILÍBRIO DE UMA PARTÍCULA _______________________________________ 5 COMPONENTES CARTESIANAS DE UMA FORÇA NO PLANO Em muitos problemas de engenharia é desejável decompor uma força em duas componentes: 5.1 VETORES UNITÁRIOS São vetores de módulo igual a 1, orientados segundo os eixos cartesianos. Logo, Então, 5.2 EQUILÍBRIO DE UMA PARTÍCULA 5.2.1 Condição para o Equilíbrio Objetos considerados como partículas só podem ser submetidos a sistemas de forças concorrentes, isto é, todas as forças passam pelo ponto em que está a partícula: A condição de equilíbrio de uma partícula (obedecendo à primeira lei de Newton) pode ser enunciada como: “Quando a resultante de todasas forças que atuam sobre uma partícula é zero, tem-se o equilíbrio”. Então, iFF xx !! = y x θ O yF ! xF ! F ! sCartesiana sComponente :, yx FF !! yx FFF !!! += y x i ! j ! 1== ij !! jFF yy !! = jFiFF yx !!! += 1F ! 2F ! 3F ! 4F ! FFFFFFR !!!!!! Σ=+++= 4321 0=ΣF ! ( ) 0=+Σ jFiF yx !! ( ) ( ) 0=Σ+Σ jFiF yx !! ⇒ 7 Então, as condições necessárias e suficientes para o equilíbrio de uma partícula no plano são: ∑ Fx = 0 ∑ Fy = 0 5.2.2 Diagrama de Corpo Livre É um esquema que mostra todas as forças exercidas sobre um determinado ponto material, convenientemente escolhido. Exemplo: Diagrama representativo de uma situação física real O Diagrama de Corpo Livre (DCL) será: Onde: P = m . g = 75 . 9,81 = 736 N TABx = TAB cos 50o; TABy = TAB sen 50o TACx = TAC cos 30o; TACy = TAC sen 30o Segundo as condições de equilíbrio: ⊕→ Σ Fx = 0 : - TABx + TACx = 0 - TAB cos 50o + TAC cos 30o = 0 ⊕↑ Σ Fy = 0 : TABy + TACy – 736 = 0 TAB sen 50o + TAC sen 30o – 736 = 0 Resolvendo-se o sistema de duas equações e duas incógnitas, surge que TAB = 647 N TAC = 480 N Resp. 75 kg 30o 50o B C A 30o 50o TAC TAB P A y x 8 Aula 4 6 ESTÁTICA DOS CORPOS RÍGIDOS 6.1 SISTEMAS DE FORÇAS COPLANARES 6.1.1 Momento de uma Força em Relação a um Ponto 6.1.2 Teorema de Varignon _______________________________________ 6 ESTÁTICA DOS CORPOS RÍGIDOS 6.1 SISTEMAS DE FORÇAS COPLANARES 6.1.1 Momento de uma Força em Relação a um Ponto No caso abaixo, o somatório vetorial das forças aplicadas ao corpo rígido, é uma condição necessária, mas não é suficiente para o seu equilíbrio. Uma condição relacionada à tendência de giro deve ser satisfeita, surgindo o conceito de momento de uma força em relação a um ponto O. Mo = F.r.sen θ = F.d O momento é uma grandeza vetorial porque possui: módulo, direção, sentido e ponto de aplicação. Para a figura acima temos: Direção: perpendicular ao plano π Sentido: dado pela regra da mão direita Ponto de aplicação: o ponto O. Alterando-se o ponto de aplicação, muda-se momento. No plano, em problemas que envolvam sistemas de forças coplanares, o momento em O é representado por uma seta curva que indica o sentido de rotação induzido pela força. ∑ = 0F! F ! F ! π O d r F ! oM ! θ θ Eixo contido em π Eixo perpendicular a π kMM oo !! = 9 6.1.2 Teorema de Varignon “A soma dos momentos de todas as forças de um sistema de forças concorrentes em relação a um dado ponto, é igual ao momento criado pela resultante do sistema em relação ao ponto”. FR.d = F1.d1 + F2.d2 oM ! O d F ! Anti-horário: Positivo Horário: Negativo 1F ! 2F ! RF ! P d d1 d2 10 Aula 5 6.1.3 Conjugado 6.1.3.1 Decomposição de uma força em uma força e um conjugado 6.1.3.2 Simplificação de um sistema de forças e conjugados 6.1.3.3 Simplificação adicional de um sistema de forças _______________________________________ 6.1.3 Conjugado O conjugado, binário ou par é o momento produzido por duas forças iguais, opostas e não-colineares. M = F.(a + d) – F.a M = F.d Se a resultante das forças é nula, tem-se o chamado “momento puro”. Neste caso, o conjugado tem o mesmo valor para todos os pontos, ou seja, é um vetor livre. O feito de um conjugado pode ser reproduzido por um conjugado equivalente: M = F.d = 2F.d/2 Num sistema com um número n de conjugados, pode ser realizada a soma vetorial dos conjugados existentes, obtendo-se o conjugado resultante. 6.1.3.1 Decomposição de uma força em uma força e um conjugado Aplicando, no ponto desejado, um sistema de duas forças de módulo e direção iguais ao da força original a decompor, mas de sentidos contrários, mantém-se o equilíbrio alterando-se a configuração de forças. x z y x y O O d a F ! − F ! M π π M M F ! − F ! F ! 2 F ! 2− d d/2 ∑ = = n i iR MM 1 = = A B A B B d F ! − F ! F ! F ! F ! M ! 11 M = F.d 6.1.3.2 Simplificação de um sistema de forças e conjugados Pode-se reduzir um sistema de forças e conjugados que atua sobre um corpo rígido em uma única força resultante, que atua em um ponto arbitrário, O, e em um único conjugado resultante. 6.1.3.3 Simplificação adicional de um sistema de forças Um sistema de forças pode ser simplificado a uma única força resultante: MR = FR.d ∑ = = n i iR FF 1 !! ∑ = = n i iR MM 1 !! 5M ! 4M !3F ! 1F ! 2F ! O d1 d2 d3 5M ! 4M ! 3M ! 1M ! 2M ! 1F ! 2F ! 3F ! O RM ! RF ! O = = RM ! RF ! O = O RF ! RF ! RF ! − d O RF ! d R R F M d = 12 Aula 6 6.1.4 Equilíbrio de corpos rígidos no plano 6.1.5 Vínculos e reações ________________________________________ 6.1.4 Equilíbrio de Corpos Rígidos no Plano Um corpo rígido está em equilíbrio quando as forças externas que atuam sobre ele formam um sistema de forças equivalente nulo. Para o plano: Σ Fx = 0 Σ Fy = 0 3 condições de equilíbrio Σ Mz = 0 6.1.5 Vínculo e Reações A função dos vínculos (apoios ) é a de restringir movimentos do corpo, provocando reações nas direções dos movimentos impedidos. Tipos: a) Apoio Simples (rolete): é um apoio de 1a classe pois impede 1 movimento. b) Articulação Plana (rótula): é um apoio de 2a classe pois impede 2 movimentos. c) Engaste: é um apoio de 3a classe pois impede 3 movimentos. Representação: R V H Representação: H V M Representação: 13 Aula 7 6.2 SISTEMA DE FORÇAS ESPACIAIS 6.2.1 Componentes Retangulares 6.2.2 Momento de uma Força: Formulação Vetorial 6.2.3 Teorema de Varignon ________________________________________ 6.2 SISTEMA DE FORÇAS ESPACIAIS 6.2.1 Componentes Retangulares 6.2.2 Momento de uma Força em Relação a um Ponto: Formulação Vetorial O momento de uma força em relação a um ponto pode ser expresso em termos de um produto vetorial: onde, Mx = ry.Fz – rz.Fy My = -(rx.Fz – rz.Fx) Mz = rx.Fy – ry.Fx 6.2.3 Teorema de Varignon Para três dimensões, matematicamente, temos: kFz ! jFy ! iFx ! x y z F ! θx θy θz = = = zz yy xx FF FF FF θ θ θ cos cos cos 222 zyx FFFF ++= kFjFiFF zyx !!!! ++= [ ]kjiFF zyx !!!! θθθ coscoscos ++= x z y O π d θ F ! oM ! r! oM ! F ! r!O x z y A ( ) ( ) ( )kzzjyyixxkrjrirr OAOAOAzyx !!!!!!! −+−+−=++= kFjFiFF zyx !!!! ++= kMjMiM FFF rrr kji FrM zyx zyx zyxO !!! !!! !!! ++= =×= 1F ! 2F ! 3F ! r! z x y O P P RF ! r! O z x y = =×+×+× 321 FrFrFr !!!!!! ( )=++× 321 FFFr !!!! ∑× i iFr !! ∑ ×= RO FrM !!! 14 Aula 8 6.2.4 Momento de uma Força em Relação a um Eixo 6.2.5 Momentos Axiais Coordenados _________________________________________ 6.2.4 Momento de uma Força em Relação a um Eixo (Momento Axial) Vetorialmente, também podemos colocar uma equação que representa o momento axial, Ma, acima O momento em O é calculado como: O momento axial que atua no eixo a-a é a projeção de Mo sobre este eixo, e o seu módulo pode ser calculado como: Ma = Mo cos θ = ua Mo cos θ onde ua é um vetor de módulo unitário. Logo, pela definição de produto escalar entre dois vetores, ou seja: vem que π d a a F ! 1F ! eF ! au ! aM ! au ! : vetor unitário 1F ! : componente paralela ao eixo a-a eF ! : componente eficaz. Está contidano plano π. Módulo de aM ! : Ma = Fe . d 0 A a a b b θ oM ! aM ! 1M ! F ! r! FrM o !!! ×= θcosuvvu =• !! u! v! θ oaa MuM !! •= 15 Logo, Em álgebra vetorial, esta combinação de produto escalar e vetorial, produzindo o escalar Ma, é chamada de Produto Misto de três vetores. Em componentes cartesianas: ou, finalmente: onde a primeira linha da matriz é composta pelas componentes do vetor unitário que define a direção do eixo a-a; a segunda linha são as componentes do vetor posição, traçado de qualquer ponto O do eixo a-a até qualquer ponto A da linha de ação da força; a última linha é composta pelas componentes do vetor força. Analisando os resultados encontrados acima, podemos concluir que o vetor posição poderá ser traçado de qualquer posição sobre o eixo a-a até a força, produzindo sempre o mesmo resultado, ou seja, o momento axial Ma. A seguir, demonstra-se esta afirmação: Se, ao contrário, supormos que ao adotar vetores posição diferentes teremos momentos axiais diferentes, então estes momentos segundo a figura ao lado seriam calculados como: Ainda, podemos verificar que possibilitando-nos escrever que ou seja: donde tiramos que Ma’ = Ma, o que rejeita a suposição e confirma a afirmação feita, afinal, a primeira parcela da soma anterior é sempre nula. Isto decorre porque o produto vetorial de dois ( )FruM aa !!! ו= ( ) •++= zyx zyxazayaxa FFF rrr kji kujuiuM !!! !!! ( ) =ו= zyx zyx azayax aa FFF rrr uuu FruM !!! a a O O’ r! F ! 'r! au ! ( )FruM aa !!! ו= ( )FruM aa !!! ו= '' rOOr !! += → '' × +•= → FrOOuM aa !!! '' [ ]FruFOOuM aaa !!!!! ו+ ו= → '' 16 vetores é um vetor perpendicular a eles e o produto escalar de dois vetores perpendiculares é zero. 6.2.5 Momentos Axiais Coordenados Os momentos axiais coordenados são os momentos da força, F, em relação aos eixos x, y e z, ou seja, são as componentes ortogonais cartesianas do momento Mo. Ainda, observa-se que: Além disso, conhecidos os três momentos axiais coordenados, tem-se diretamente o momento polar e vice-versa. FrM o !!! ×= kMjMiMM zyxo !!!! ++= α β γ x y z F ! r! kM z ! iM x ! jM y ! O oM ! ( ) zyxoox MMMMMiFriM .0.0.1cos ++==•=ו= α!!!!!! βcosooy MMjM =•= !!! γcosooz MMkM =•= !!! 17 Aula 9 6.2.6 O Momento de um Conjugado no Espaço: Notação Vetorial 6.2.7 Decomposição de uma Força em uma Força e um Conjugado no Espaço 6.2.8 Simplificação de um Sistema de Forças e Conjugados no Espaço _______________________________________ 6.2.6 O Momento de um Conjugado no Espaço: Notação Vetorial O momento produzido pelo conjugado (binário de forças) é equivalente ao momento de cada uma de suas forças calculado em relação a um ponto qualquer, O, do espaço. Este resultado indica que o conjugado é um vetor libre, pois o seu momento depende somente do vetor-posição dirigido entre as forças e não dos vetores-posição que ligam o ponto O a cada uma das forças. 6.2.7 Decomposição de uma Força em uma Força e um Conjugado no Espaço No caso geral, quando o corpo rígido é observado em três dimensões, é muitas vezes conveniente formular o método usando-se vetores. 6.2.8 Simplificação de um sistema de Forças e Conjugados no Espaço É sempre possível reduzir-se um sistema de forças e conjugados que atua em um corpo rígido em uma única força resultante que atue em um ponto arbitrário O e um único conjugado resultante. ( ) ( )FrFrM BAo !!!!! ×+−×= ( ) FrrM ABo !!!! ×−= FrM o !!! ×= BA rrr !!! =+ AB rrr !!! −=∴ F ! F ! − Ar ! Br ! r!B A O π O A z y x F ! Ar ! = O A z y x F ! Ar ! F ! F ! − = O P z y x F ! M ! A FrM A !!! ×= 2F ! 1F ! 3F ! 4M ! 5M ! O 1r !2r ! 3r ! = 2F ! 1F ! 3F ! 4M !5M ! O RF ! RM ! O = 2M ! 3M ! 1M ! θ iR FF !! Σ= iR MM !! Σ= 18 Aula 10 6.2.9 Simplificação Adicional de um Sistema de Forças e Conjugados no Espaço: Casos Particulares 6.2.10 Equilíbrio de Corpos Rígidos no Espaço ________________________________________ 6.2.9 Simplificação Adicional de um Sistema de Forças e Conjugados no Espaço: Casos Particulares Considerando o sistema espacial genérico abaixo, onde todas as forças e conjugados atuantes foram resumidos a uma situação estaticamente equivalente em que somente uma força e momento resultantes estão atuando, podem ocorrer várias situações possíveis. Estas situações são as quatro possibilidades para a configuração final do sistema espacial acima, em termos de resultantes, e estão listadas a seguir: a) Força resultante nula e momento resultante também nulo: este é um sistema em equilíbrio; b) Força resultante não nula e momento resultante nulo: é um sistema de forças concorrentes; c) Força resultante nula e momento resultante não nulo: sistema equivalente a um conjugado; d) Força e momento resultantes não nulos: Aqui, há ainda duas possibilidades: d1) A força e o momento resultantes atuam perpendicularmente entre si; d2) A força e o momento resultantes não são perpendiculares entre si. Num sistema onde ocorre a situação d1), é possível obter uma resultante única, como é demonstrado abaixo: MR = FR . d d = MR / FR Isto poderá sempre ser aplicado nas seguintes situações: a) Sistema de Forças Coplanares O O 1F ! 2F !1M ! 2M ! 1r ! 2r ! RM ! RF ! = = RF ! RF ! RM ! d O P O = x x y y O O 1F ! 2F ! 3F ! 1r ! 2r ! 3r ! ∑= i iR FF !! ( )∑ ×= i iiR FrM !!! 19 b) Sistema de Forças Paralelas A situação d2) seria o caso mais geral. Para este caso, tem-se que A combinação acima (força colinear com conjugado) é chamada de torçor. O torçor tende a causar uma translação ao longo de seu eixo e uma rotação em torno deste eixo. 6.2.10 Equilíbrio de Corpos Rígidos no Espaço Ocorre quando a força resultante e o momento resultante atuantes num corpo forem nulos. Vetorialmente: Escalarmente, resultam seis condições de equilíbrio: ΣFx = 0; ΣFy = 0; ΣFz = 0 ΣMx = 0; ΣMy = 0; ΣMz = 0 O 1r ! 2r ! 3r ! 1F ! 2F ! 3F ! y x z y x z O ∑= i iR FF !! ( )∑ ×= i iiR FrM !!! O RM !RF ! θ onde se observa que o ângulo interno entre as grandezas é diferente de 90 graus. Logo, tem-se que providenciar uma decomposição do momento em duas componentes: uma contida no plano e outra paralela à força. O RM !RF ! θ 1M ! 2M ! O RF ! 2M ! d P RF Md 1= 0== ∑ i iR FF !! 0==∑ i iR MM !! ( ) ( ) ( ) 0!!!!! =++=∑ ∑∑∑ kFjFiFF zyxi ( ) ( ) ( ) 0!!!!! =++=∑ ∑∑∑ kMjMiMM zyxi UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE SO SUL – UFRGS Escola de Engenharia Departamento de Engenharia Civil – DECIV MECÂNICA – LISTA DE EXERCÍCIOS DA ÁREA 1 Prof. Alexandre Pacheco 1 A carga em A origina uma força de 200 N no cabo AB. Expresse esta força em forma vetorial cartesiana, atuando em A e dirigida para B. Res.: F[44,7; 77,5; 178,9] N 2 Os estais da antena CA e CB exercem forças de FA=500 N e FB=700 N, respectivamente, no ponto C. Expresse a resultante dessas duas forças, atuando em C, como um vetor. Qual o módulo e direção dessa resultante? Res.: FR[-64,1; -166,7; - 979,5] N; FR=995,6 N; θ=93,7o; α=99,6o; β=169,7o. 3 As barras de uma treliça são conectadas a uma placa de reforço. Determine os módulos de F e T para que ocorra o equilíbrio. 4 A porta é mantida aberta por meio de duas correntes. Se a tração em AB e CD é FA=300 N e FC=250 N, respectivamente, expresse cada uma dessas forças em forma vetorialcartesiana. Res.: FA[0; 285,2; -93] N; FC[159,3; 183,2; -59,7] N 5 Os três blocos da figura têm as massas indicadas e são ligados por cabos. Se estes passam por pequenas polias sem atrito, determine a flecha s para que haja equilíbrio. Res.: 204,2 mm 1 m 1 m s 5 kg 5 kg 7 kg 10 kN T F 5 kN 30o 45 o 45o z x y 36 m 18 m 36 m 15 m A B C z x y 30o 1,5 m 2,5 m 1 m 0,5 m A B C D x y z 120o 120o 30o A B UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE SO SUL – UFRGS Escola de Engenharia Departamento de Engenharia Civil – DECIV MECÂNICA – LISTA DE EXERCÍCIOS DA ÁREA 1 Prof. Alexandre Pacheco 6 Determine a altura h para a montagem da armação AB, de modo que uma tração de 300 N seja produzida em cada uma das barras OA e OB. Supõe-se que o esforço em cada barra atue ao longo de seu eixo. Res.: 709,7 mm 7 Se θ = 30o , determine os módulos de FA e FB necessários para manter a esfera de massa m = 10 kg em equilíbrio. 8 Determine o módulo e a direção da força P necessária para manter o sistema de forças concorrentes em equilíbrio. Res.: P=1,61 kN; α=136,2o, β=128,3o; γ=72o. 9 A massa de 10 kg é sustentada por um poste AO e pelos cabos AB e AC. Se a força no poste atua ao longo de seu eixo, determine as forças em AO, AB e AC, para que haja equilíbrio. Res.: FB=69,7 N; FC=57 N; FO=209 N 10 As extremidades dos três cabos estão amarradas a um anel em A e às arestas de uma placa uniforme de 200 kg. Determine a tração em cada cabo para que haja equilíbrio. θ 3 4 FB FA B A C 1 m 2 m 2 m 4 m y O z x 6 m 10 m 5 m 2 m 2 m 1,5 m 3,5 m 5 m 3,5 m x y z h 1 m A B O 50 kg P z x y F3 = 0,5 kN F2 = 0,75 kN F1 = 2 kN (-1,5 m; 3 m; 3 m) 45o 45o 120o UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE SO SUL – UFRGS Escola de Engenharia Departamento de Engenharia Civil – DECIV MECÂNICA – LISTA DE EXERCÍCIOS DA ÁREA 1 Prof. Alexandre Pacheco 11 A chaveta em B evita que o braço A deslize em relação ao eixo fixo s. Determine o momento que a força de 800 N cria em relação a B. Res.: 139,9 Nm (horário) 12 Se os cabos AB e CD suportam forças de 800 N e 600 N, respectivamente, determine a posição adequada do cabo AP e o módulo da força T nele desenvolvida de modo que a tração nos três estais originem uma força resultante única de FR [-216; 0; -1800] N que atue no ponto O. Res.: 717,1 N; x=2,38 m; y=5,92 m. 13 Determine as componentes horizontal e vertical da reação em A e da reação em B necessárias para suportar a treliça. Faça F1 = 600 N, F2 = 2 kN, F3 = 1 kN e a = 3 m. Res.: NB = 9,9 kN; Ax = 7,6 kN; Ay = 4 kN 14 Determine as trações nos cabos de sustentação BC e DEF e a reação da viga no plano inclinado liso A. Res.: T = 1,57 kN; F = 2,78 kN; NA=0 15 Uma válvula de alavanca é usada para manter uma pressão de segurança em uma caldeira. Se a pressão máxima permitida da caldeira é de 2 MPa, determine a massa m necessária do bloco C que deve ser suspenso pelo gancho, de modo que a alavanca fique no limiar de sua rotação para cima. Como informação, a caldeira exerce uma pressão uniforme de 2 MPa no tampão circular B como mostrado. Res.: m = 16 kg 45o F1 F2 F3 A B a a a a 200 mm 50 mm A B C 20 mm y x 100 mm 200 mm 800 N 30o 45o A B 50mm 45o 1 1 1 1 E C D F B A 3 m 1 m 2 m 5 kN 1 m z 6m 4m B P(x, y) D A 800 N T O 5m 3m y x y x C 600 N UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE SO SUL – UFRGS Escola de Engenharia Departamento de Engenharia Civil – DECIV MECÂNICA – LISTA DE EXERCÍCIOS DA ÁREA 1 Prof. Alexandre Pacheco 16 O compactador de 25 kg deve subir o degrau de 100 mm. Compare os módulos da força P necessária para: (a) empurrá-lo e (b) puxá-lo sobre o degrau se, em cada caso, a força estiver orientada de 30o ao longo da barra AB, como mostrado. Res.: 213,4 N puxando; 1640 N empurrando. 17 A tubulação está submetida à ação de um torsor em B e de um conjugado em A. Reduza esse sistema a um torsor resultante único e especifique seu ponto de aplicação ao longo do eixo do trecho CD da tubulação, medido a partir do ponto C. Res.: FR [-40; 0; 0] N MR [-40; 0; 0] N.m 0,35 m 18 Substitua os dois torsores F1=300 N, M1=100 N.m e F2=200 N, M2=180 N.m, e a força F3=100 N, que atuam na tubulação, por um sistema força-conjugado equivalente que atue no ponto O. Faça a=0,5 m, b=0,6 m e c=0,8 m. P A B B A P 100 mm x y z M1 F1 F2 M2 45o a b c C F3 B A O z x y 0,5 m 0,3 0,3 0,25 0,25 0,8 m 0,6 m 0,7 m B A 80 N 80 N 30 N 30 N D UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL - UFRGS Escola de Engenharia – Departamento de Engenharia Civil, DECIV Primeira Verificação – Turma C Nome: No: Data: 1 No croquis abaixo representa-se uma viga metálica que está rigidamente fixada à superfície horizontal em sua extremidade esquerda e rotulada em sua extremidade direita e no meio do seu vão. Dois blocos de concreto repousam sobre a viga. O bloco maior possui uma massa de 500 kg e o menor, 250 kg. Ainda, como peso próprio da viga, pode ser adotada uma carga distribuída de 100 N/m. Considerando uma aceleração da gravidade de 9,81 m/s2, é pedido: a) O modelo matemático representativo; b) O diagrama de corpo livre e c) As reações vinculares. Obs.: Faça uma abordagem escalar! 5 m 5 m 8 m x y z 600 N 500 N 400 N 100 N 2 m A B O C 2 A placa abaixo é submetida a quatro forças paralelas. Através de uma abordagem vetorial, pede-se: a) A força resultante; b) O momento resultante para que FR atue no ponto A; c) O momento resultante para que FR atue no ponto O; d) A posição da força resultante única estaticamente equivalente ao sistema de forças dado e e) O momento axial atuante no eixo diagonal que passa pelos pontos A e C da placa. θ =40o 1,5 m 1 m 2 m 0,5 m UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL – UFRGS Escola de Engenharia – Departamento de Engenharia Civil, DECIV Primeira Verificação – Turma A Nome: No: Data: 1 Para a estrutura treliçada representada no croquis ao lado, onde todas as barras possuem 2 m de comprimento, pede-se: a) o modelo matemático representativo; b) o diagrama de corpo livre; c) As reações vinculares e; d) As solicitações nas barras AB, AC. Obs.: O peso próprio das barras pode ser desprezado frente ao peso proporcionado pelo bloco de concreto suspenso de 500 kg de massa. Considere g = 9,81 m/s2. 2 No poste estaiado representado no croquis ao lado atua uma força de 1000 N. Determine: a) A reação no apoio A e as forças nos cabos; b) Demonstre que a reação em A só possui a componente em z; c) O momento axial da força de 1000 N em torno de um eixo que passe pelos pontos A e D. 150o A B C D Solução Escalar! x z y 1 m 1 m 6 m B D C A 1000 N Solução Vetorial! 4 m 21 Aula 12 7 CENTRO DE GRAVIDADE E CENTRÓIDE 7.1 CENTRO DE GRAVIDADE E CENTRO DE MASSA 7.2 CENTRO DE GRAVIDADE E CENTRÓIDE ________________________________________ 7 CENTRO DE GRAVIDADE E CENTRÓIDE 7.1 CENTRO DE GRAVIDADE OU BARICENTRO E CENTRO DE MASSA DE UM SISTEMA DE PARTÍCULAS A viga da esquerda,abaixo, encontra-se em equilíbrio estático e submetida à ação da força peso devido a cada uma das esferas posicionadas sobre o seu vão. A viga da esquerda representa uma situação estaticamente equivalente onde apenas uma única esfera é considerada. Como P = P1 + P2 + P3, a posição de P pode ser determinada segundo o teorema de Varignon: ou, para n partículas: Para o caso mais geral, portanto, o baricentro G tem coordenadas que podem ser dadas pelas seguintes expressões: Porém, o centro de gravidade, G, depende da existência de um campo gravitacional para a sua definição. Já o centro de massa não: ∑ = = 3 1i iR OO MM 332211 PxPxPxPxG ++= 321 332211 PPP PxPxPxxG ++ ++ = ∑ ∑ = = = n i i n i ii G P Px x 1 1 ∑ ∑ = = = n i i n i ii G P Px x 1 1 ∑ ∑ = = = n i i n i ii G P Py y 1 1 ∑ ∑ = = = n i i n i ii G P Pz z 1 1 ∑ ∑ = = = n i i n i ii m m mx x 1 1 ∑ ∑ = = = n i i n i ii m m my y 1 1 ∑ ∑ = = = n i i n i ii m m mz z 1 1 P1 P2 P3 x1 x2 x3 x y O P xG x y O G: Baricentro = 22 Estas coordenadas surgem quando é feito Pi = mi g, nas expressões anteriores. 7.2 CENTRO DE GRAVIDADE E CENTRÓIDE DE UM CORPO Seja o arame abaixo: Admitindo-se que, na expressão os ∆xi tendam a zero, fica-se com Se o arame estiver no espaço: A linha de ação de P passará sempre por G, que não faz parte, necessariamente, do arame. Se peso específico, γ, é dado por onde V é o volume, temos que ∑ ∑ = = ∆ ∆ = n i i n i ii G P Px x 1 1 x y O L xi ∆Pi x y O xG P G = ∆xi ∫ ∫ ∑ ∑ = ∆ ∆ = = →∆ = →∆ P P n i ix n i iix G dP xdP Plim Pxlim x i i 1 0 1 0 ∫ ∫ = P P G dP xdP x ∫ ∫ = P P G dP ydP y ∫ ∫ = P P G dP zdP z dV dP =γ ∫ ∫ ∫ ∫ == V V V V C dV xdV dV xdV x γ G x y z xG zG P ∫ ∫ = V V C dV ydV y ∫ ∫ = V V C dV zdV z 23 Ainda, Ou seja, o centróide é o centro geométrico do corpo, dependendo inteiramente de suas propriedades geométricas. OBSERVAÇÕES a) Nos casos em que a figura tenha um eixo de simetria, o centróide estará localizado sobre este eixo: b) Para corpos homogêneos (peso específico constante) e aceleração da gravidade constante, o Centro de Gravidade, o Centro de Massa e o Centróide são coincidentes. c) A integral é conhecida como momento estático da área A em relação ao eixo y. Analogamente, é o momento estático da área A em relação ao eixo x. d) Quando o centróide de uma área está situado sobre um eixo coordenado, o momento estático da área em relação a este eixo é nulo. ∫ ∫ = A A C dA xdA x ∫ ∫ = A A C dA ydA y ∫ ∫ = A A C dA zdA z ∫ ∫ = L L C dL xdL x ∫ ∫ = L L C dL ydL y ∫ ∫ = L L C dL zdL z ∫ A xdA ∫ A ydA 24 Aula 13 8 CORPOS COMPOSTOS 9 TEOREMAS DE PAPPUS E GULDINUS _________________________________________ 8 CORPOS COMPOSTOS Muitas vezes é possível dividir um corpo em várias partes, com formas mais simples, cuja posição do centro de gravidade seja conhecida. Este procedimento dispensa (quase sempre) o uso da integração. 9 TEOREMAS DE PAPPUS E GULDINUS Estes teoremas são utilizados para a determinação de áreas ou volumes de sólidos de revolução. Superfícies de Revolução: são gerados pela rotação de uma curva em torno de um eixo fixo. Corpos de Revolução: gerados pela rotação de uma área em torno de um eixo fixo. z y x ΣP yG xG = z y x P1 P4 P3 P2 G1 G2 G3 G4 ∑ ∑ = = = n i i n i ii G A Ax x 1 1 ∑ ∑ = = = n i i n i ii G A Ay y 1 1 25 TEOREMA I: A área de uma superfície de revolução é igual ao comprimento da curva geratriz multiplicada pela distância percorrida pelo centróide da curva, durante a geração da superfície. Como surge que A = 2π yG L e 2πyG é a distância percorrida pelo centróide da linha L. TEOREMA II: O volume de um corpo de revolução é igual à área geratriz multiplicada pela distância percorrida pelo centróide da área, durante a geração do corpo. Como surge que V = 2π yG A e 2πyG é a distância percorrida pelo centróide de A. Os teoremas de Pappus-Guldinus oferecem um modo simples de calcular a área de superfícies de revolução e o volume de corpos de revolução. Também podem ser utilizados, inversamente, para determinar o centróide de uma curva plana quando a área da superfície gerada pela curva é conhecida, ou para determinar o centróide de uma área plana quando o volume do corpo gerado pela área é conhecido. y dL x dA yG x L 2πyG C ydLdA π2= ydLdA π2= ∫ =L G LyydL y dA x dV yG x A 2πyG C ydAdV π2= ∫= A ydAV π2 ∫ =A G AyydA 26 Aula 14 10 MOMENTO DE INÉRCIA DE MASSA 11 MOMENTO DE INÉRCIA DE ÁREA 12 MOMENTO DE INÉRCIA DE ÁREAS COMPOSTAS _______________________________________ 10 MOMENTO DE INÉRCIA DE MASSA Para um corpo de massa m: No limite, 11 MOMENTO DE INÉRCIA DE ÁREA 11.1 MOMENTO DE INÉRCIA DE CHAPAS DELGADAS E HOMOGÊNEAS Para uma chapa de espessura t e massa específica ρ, constantes: dm = ρ dV = ρ t dA Então, A integral na expressão acima é conhecida como Momento de Inércia de uma Área ou Momento de Segunda Ordem. 11.2 MOMENTOS DE INÉRCIA RETANGULAR E POLAR A’ A m r O tempo necessário para que uma massa m venha a girar, ao ser submetida a um conjugado, em torno de um eixo A-A’, será proporcional à massa m e ao quadrado da distância r. Logo, a medida de inércia do sistema, r2m, é denominada de Momento de Inércia da massa m em relação ao eixo A-A’: mrI 'AA 2 = A A’ r2 r3 r1 m ∆m2 ∆m3 ∆m1 !+∆+∆+∆ 321 mrmrmr :Inércia 23 2 2 2 1 ∫= dmrI AA' 2 Momento de Inércia do Corpo em Relação a AA’ área 'AAA massa AA' tIdArtI ρρ == ∫ 2 y x y x x A dA Os momentos de inércia do elemento dA em relação aos eixos x e y são: dIx = y2 dA dIy = x2 dA 27 Portanto, os momentos de inércia de A em relação aos mesmos eixos são: que são os momentos retangulares de inércia. O momento de inércia de dA em torno do pólo O (eixo z) é, portanto, dIz = r2dA. O momento de inércia de toda a área em torno de O: que é o momento polar de inércia. Como r2 = x2 + y2, Ainda, Jo, Jx e Iy são sempre positivos e têm como unidade a dimensão do comprimento com expoente 4, ou seja: m4, mm4, etc. 11.3 TEOREMA DOS EIXOS PARALELOS OU TEOREMA DE STEINER A segunda parcela da última expressão deve ser nula porque o momento estático em relação a um eixo baricêntrico é sempre zero. Ou seja, 11.4 RAIO DE GIRAÇÃO Os raios de giração kx, ky e kz são definidos através das expressões: ou seja, Ainda 12 MOMENTO DE INÉRCIA DE ÁREAS COMPOSTAS É calculado fazendo-se o somatório de momentos de inércia de áreas de formas mais simples. ∫= Ax dAyI 2 ∫= Ay dAxI 2 ∫= Az dAzJ 2 yxz IIJ += y’ x’ x y r y’ yG xG x’ dA C A ( ) dAy'ydI Gx 2+= ( )∫ += A Gx dAy'yI 2 ( )∫ ++= A gG dAyy'y'y 22 2 ∫∫∫ ++= AGAGAx dAydA'yydA'yI 22 2 Ix’ 0 A AyII G'xx 2+= AxII G'yy 2+= ArJJ 'zz 2+= A Ik xx = A I k yy = A Jk zz = AkI xx 2 = AkI yy 2 = AkJ zz 2 = 2 y 2 x 2 z kkk += 28 Aula 15 13 PRODUTO DE INÉRCIA DE ÁREAS _______________________________________ 13 PRODUTO DE INÉRCIA DE ÁREAS O produto de inércia de um elemento de área dA, localizado em um ponto de coordenadas x e y, é definido como dIxy = x y dA Para toda a área, O produto de inércia pode ser negativo, positivoou nulo. Será nulo sempre que qualquer um dos eixos de referência for um eixo de simetria: 13.1 TEOREMA DOS EIXOS PARALELOS O produto de inércia para dA: Para toda a área: ∫= A xy xydAI 0)( =−+ dAyxxydA y -y x y x x y x´ y´ y´ x´ yG xG G O dA dAyyxxdI GGxy ´)´)(( ++= ∫ ++= A GGxy dAyyxxI ´)´)(( ∫ +++= A GGGGxy dAyxyxyxyxI ´)´´´( dAyxII GGyxxy += ´´ ∫∫∫∫ +++= AGGAGAGAxy dAyxdAxydAyxdAyxI ´´´´ 0 0 29 Aula 16 14 MOMENTO DE INÉRCIA DE ÁREAS EM RELAÇÃO A EIXOS INCLINADOS ________________________________________ 14 MOMENTO DE INÉRCIA DE ÁREAS EM RELAÇÃO A EIXOS INCLINADOS O produto de inércia encontra uso quando é necessário calcular o momento de inércia de uma área em torno de eixos inclinados: Desenvolvendo: Empregando as expressões trigonométricas: vem que ou Analogamente, De modo similar, escreve-se o produto de inércia em relação aos eixos inclinados: ou ∫ ∫ −== A Ax dAxydAyI 22' )sencos(´ θθ ∫ ∫ −== A Ay dAxydAxI 22' )cossen(´ θθ ∫ +−= Ax dAxxyyI )sensencos2cos( 2222' θθθθ ∫ +−= Ay dAxxyyI )cossencos2sen( 2222' θθθθ 2 2cos1sen 2 θθ −= 2 2cos1cos2 θθ += θθθ 2sensencos2 = dAxxyyI Ax ) 2 2cos12sen2cos1( 22' θθ θ θ − +− + = ∫ dAxyxyxyA )2sen2cos22( 2222 θθ −−++= ∫ θθ 2sen2cos 22' xy yxyx x I IIII I − − + + = θθ 2sen2cos 22' xy yxyx y I IIII I + − − + = ∫ ∫ ++== A Ayx dAxyxydAyxI )sencos)(cossen('''' θθθθ θθ 2cos2sen 2'' xy yx yx I II I + − = Ainda, observa-se que Ix’+ Iy’ = Ix + Iy = Jo, ou seja, o momento de inércia polar é independente da direção dos eixos x’e y’. x y x' y' θ x y x sen θ y sen θ y cos θ y' x' 30 Aula 17 16 EIXOS E MOMENTOS PRINCIPAIS CENTRAIS DE INÉRCIA ______________________________________ 16 EIXOS E MOMENTOS PRINCIPAIS CENTRAIS DE INÉRCIA Para se determinar os valores extremos de Ix’e Iy’ (máximo ou mínimo), funções de θ, deriva-se em relação a θ e iguala-se a zero. Simbolizando este ângulo crítico por α, temos: Logo, os ângulos correspondentes aos valores extremos são: onde αp1 e αp2 identificam os Eixos Principais de Inércia da área A em relação ao ponto O. Estes eixos estão separados de 90o e a eles correspondem os momentos de inércia máximo e mínimo. Estes momentos de inércia são chamados de Momentos Principais de Inércia da Área A em relação ao ponto O. Logo, para cada ponto O, tem-se eixos principais diferentes com orientação e valores diferentes; Para O coincidente com G (centróide da área A), os eixos principais são chamados de Eixos Principais Centrais de Inércia e os momentos principais correspondentes a estes eixos são chamados de Momentos Principais Centrais de Inércia. A substituição dos Ângulos encontrados em tg2α=2Ixy/(Iy-Ix) na equação que fornece Ix’y’ mostra que o produto de inércia é sempre nulo para os eixos principais de inércia. Ainda, a substituição do sen2α e do cos2α, obtidos de tg2α=2Ixy/(Iy-Ix), nas equações que fornecem Ix’ e Iy’, obtém-se as intensidades dos momentos principais de inércia: Como o produto de inércia em relação a qualquer eixo de simetria é nulo, um eixo de simetria é sempre um eixo principal de inércia para a área. θθ 2sen2cos 22' xy yxyx x I IIII I − − + + = 02cos22sen)(' =−−−= θθ θ xyyx x III d dI 022)( =−− xyyx ItgII θ )( 2 2 xy xy II I tg − =α Para cada valor da tangente temos dois valores de θ que satisfazem a relação, uma vez que 2α 2α+π )2(2 παα += tgtg αα =1p 22 π αα +=p 2 2 , 22 xy yxyx mínmáx I IIII I + − ± + = UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL - UFRGS ESCOLA DE ENGENHARIA - DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL LISTA DE EXERCÍCIOS DA ÁREA II - Prof. Alexandre R. Pacheco θ θ R x y 1 Com o auxílio de expressões tabeladas, localize o centro de massa do arame homogêneo dobrado em forma de arco de circunferência. R = 300 mm; θ = 30o. 50 x x 150 mm y 150 mm 15 mm B A 15 mm 2 Determine a distância y ao eixo centroidal xx da seção reta da viga. No cálculo, despreze as dimensões da solda em A e B. y x a 5a a a 2a 12a 3 Localize o centróide da seção reta da viga. Faça a = 25 mm. y x 45o 150 mm L 200 mm 400 mm 100 mm B A C 4 Determine o comprimento do segmento AB do arame de modo que o centróide do corpo composto esteja localizado no ponto C. y x z 200 mm 400 mm 100 mm 5 Localize o centro de gravidade da barra homogênea. x x 175 mm 175 mm 200 mm y 6 Determine a distância y ao eixo centroidal xx da seção reta da viga. Todas as espessuras iguais a 15 mm. 37,5 37,5 x x 150 mm 120 mm 20 mm y x 20 mm 20 mm 50 mm 50 mm 7 Determine a coordenada y do centróide C da seção reta da viga. Em seguida calcule o momento de inércia da área em relação ao eixo xx. x x 120 mm y 35 mm B A 15 mm 50 mm 8 Determine o momento de inércia da seção reta da viga em relação ao eixo xx que passa pelo centróide C. Nos cálculos despreze as dimensões das soldas em A e B. y = 90,5 mm. 60 mm 60 mm x y 20 20 20 20 9 Determine o momento de inércia polar da área da placa em relação à origem das coordenadas, C, localizada no centróide. x y 10 10 100 mm 29 mm C 29 mm 100 mm 10 Determine o produto de inércia da cantoneira em relação aos eixos x, y, cujas origens estão localizadas no centróide C. Suponha que todos os cantos sejam vivos. x 250 mm C C 41 41 15 15 125 mm 125 mm Ar = 4 130 mm2 Ic = 6 300 000 mm2 11 Determine o momento de inércia da seção reta da viga em relação ao eixo centroidal xx. Os valores padronizados do momento de inércia Ic, da área Ac e da posição do centróide das vigas em U encontram-se indicados na figura. A A 100 mm 250 420 30 60 30 840 mm 80 Seção A-A 12 A roda de aço tem um diâmetro de 840 mm e a seção reta mostrada na figura. Determine a massa total da roda se ρ = 3 Mg/m3. r 50o a c b 13 A barragem circular é feita de concreto. Determine a massa total da barragem se o concreto tem ρ = 2,5 Mg/m3. Faça a = 3 m, b = 10 m, c = 1,5 m e r = 20 m. C u x y v 20o y 150 mm 150 mm 10 40 10 14 Determine a coordenada y do centróide e calcule os momentos de inércia Iu e Iv da viga em U. Os eixos u, v têm suas origens no centróide C. Nos cálculos suponha que todos os cantos sejam vivos. RESPOSTAS: Exercício Solução 1 xG = 124,0 mm; yG = 0 mm 2 154,4 mm 3 xG =0 mm; yG = 40,97 mm 4 77,3 mm 5 xG = 147,4 mm; yG = 178,1 mm; zG = 49,1 mm 6 80,1 mm 7 13 760 000 mm4 8 20 700 000 mm4 9 926 600 mm4 10 11 109 950 000 mm4 12 82,7 kg 13 1071,7 Mg 14 y = 10,26 mm, Iu = 5 060 000 mm4, Iv = 34 790 000 mm4 INFORMAÇÕES ADICIONAIS: ELEMENTO INFORMAÇÕES Arco de Circunferência xG = r/θ sen θ Setor Circular xG = 2(r/θ sen θ)/3 yG = 0 Ix = 1/4 r4 (θ - 1/2 sen 2θ) Iy = 1/4 r4 (θ + 1/2 sen 2θ) θ θ r L=2θ r xG θ θ r A=θ r2 x y UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL - UFRGS Escola de Engenharia - Departamento de Engenharia Civil (DECIV) Segunda Verificação - Prof. Alexandre Pacheco Nome: No: Data: Questão 1: Para a peça homogênea representada na figura abaixo, considere as seguintes dimensões: h1 = 5 cm; h2 = 12 cm; D1 = 30 cm; D2= 60 cm. Responda os items solicitados a seguir: a) Determine a distância do baricentro da área hachurada até o eixo de revolução da peça; (1,00) b) Empregando o 2o teorema de Pappus e Guldinus, determine o volume da peça; (1,00) h1 h2 D1 D2 A A Seção A-A Questão 2: Considerando o perfil "C" ao lado, e o sistema de eixos indicados, determine: a) O momento de inércia em relação ao eixo x; b) O momento de inércia em relação ao eixo y; c) O produto de inércia; d) O momento de inércia em relação ao eixo x quando este estiver inclinado de 30o; e) As coordenadas do baricentro; f) As direções principais centrais de inércia; g) Os momentos principais centrais de inércia; Obs.: - O cantos do perfil podem ser considerados vivos; - Valor dos itens: a) até e) = 1,00; f) e g) = 1,50 - Dimensões: e1 = 2 cm; e2 = 4 cm; e3 = 4 cm; d = 12 cm; h = 30 cm. e1 e2 e3 h y x d UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL - UFRGS Escola de Engenharia - Departamento de Engenharia Civil (DECIV) Segunda Verificação - Prof. Alexandre Pacheco Nome: No: Data: Questão Única: Num projeto de engenharia, há a ocorrência de elementos estruturais cujas seções transversais apresentam a geometria representada no croquis da FIGURA 1. Considerando esta seção transversal, onde A = 10; B = 2,5; C = 15 cm; R = 15, responda aos itens solicitados a seguir. Para auxiliá-lo nos cálculos, considere as informações tabeladas no QUADRO 1. a) Determine a posição do centróide em relação ao sistema de coordenadas dado. (2,00) b) Calcule os valores dos momentos de inércia em relação aos eixos x e y, dados. (2,00) c) Quanto vale o produto de inércia da seção transversal em relação aos mesmos eixos? (1,00) d) Responda por que o momento de inércia polar, Jo, independe da inclinação dos eixos x e y mas depende da posição da origem do sistema de coordenadas, O. (1,00) e) Quais seriam os valores de momentos de inércia máximo e mínimo se as soluções encontradas por você no item b) e c), acima, fossem, respectivamente, Ix = 1 x 106 cm4; Iy = 1 x 105 cm4 e Ixy = -2 x 104 cm4? (1,00) f) Admitindo que você tivesse encontrado como soluções do item a) os valores xG = -5 cm e yG = 40 cm, quais seriam os valores dos momentos de inércia centroidais para a seção transversal dada? Considere também os valores fornecidos na questão anterior. (1,00) g) Determine os momentos principais centrais de inércia se os valores encontrados no item anterior fossem IxG = 1 x 107 cm4; IyG = 1 x 106 cm4 e IxGyG = 1 x 105 cm4. (1,00) h) Admitindo-se os valores fornecidos no item anterior, calcule as direções centrais principais. (1,00) Semicírculo: Baricentro: Momento de Inércia: R x y π3 4RyG = 8 4RI x π = QUADRO 1 - Informações adicionais 2R R A C A x y FIGURA 1 - Seção transversal. Unidade: cm O B B furo 32 Aula 19 17 CINEMÁTICA DE UMA PARTÍCULA 17.1 MOVIMENTO CURVILÍNEO 17.2 MOVIMENTO RETILÍNEO 17.3 MOVIMENTO CIRCUNFERENCIAL 18 CINEMÁTICA PLANAR DE UM CORPO RÍGIDO 18.1 TRANSLAÇÃO 18.2 ROTAÇÃO 18.3 MOVIMENTO PLANO GERAL ABSOLUTO _______________________________________ 17 CINEMÁTICA DE UMA PARTÍCULA 17.1 MOVIMENTO CURVILÍNEO O vetor ∆r, medido desde um ponto P até um ponto P’(x+∆x, y+∆y, z+∆z), tende ao deslocamento ∆S ao longo da curva de trajetória. Logo, o deslocamento é dado por porque Então, a velocidade média de uma partícula que executa o deslocamento acima é dada por: Por conseguinte, sua velocidade instantânea, medida num determinado ponto da curva de trajetória, é dada quando a variação ∆t tende a zero: Quanto à aceleração, ou seja, a variação da velocidade da partícula no tempo, tem-se que: z y x P’ P )tt(r ∆+! )t(r! S (trajetória) O ∆S r!∆ )t(r)tt(rr !!! −∆+=∆ r)t(r)tt(r !!! ∆+=∆+ t rvméd ∆ ∆ = ! ! dt rd t rlimv t !! ! = ∆ ∆ = →∆ 0 z y x v! P O S Logo, a velocidade instantânea é tangente à trajetória S. Ainda, o seu módulo é a velocidade escalar da partícula: dt dS t Slim t rlimv tt =∆ ∆ = ∆ ∆ = →∆→∆ 00 Uma determinada posição na trajetória S pode ser definida pelas coordenadas P(x, y, z) ou pelo vetor posição )t(rr !! = 33 A componente tangencial da aceleração diz respeito à variação de intensidade do vetor velocidade, enquanto que a componente normal (radial), à variação de sua direção. Seus módulos estão correlacionados com o módulo da aceleração por: 17.2 MOVIMENTO RETILÍNEO Se, a partícula desenvolve uma trajetória retilínea (ρ = ∞, an = 0), tem-se que, escalarmente, para a posição S: Velocidade Instantânea: Aceleração Instantânea: Ainda, para o caso particular em que a aceleração é constante, tem-se que Logo, e Portanto, Finalmente, S P P’ v ! 'v! t vaméd ∆ ∆ = ! ! 2 2 0 dt rd dt vd t vlima t !!! ! == ∆ ∆ = →∆ Aceleração instantânea: S P ta ! na ! a! A grandeza vetorial aceleração possui um sentido que aponta para dentro da curva da trajetória. Assim, duas componentes, uma tangencial e outra normal, sempre serão verificadas: dt dvat = ! ρ 2van = ! 22 nt aaa += t t+∆t S ∆S O P P’ v dSdt dt dSv =⇒= a dvdt dt dva =⇒= vdvadS = constantea == dt dv ⇒=−⇒=∫ ∫ dtad 0t0 atvvvvvo atvv += 0 atvv dt dS +== 0 ( ) ⇒+=−⇒+=∫ ∫ 2 dtdS 2 00 t 0 0 attvSSatv S So 2 2 00 attvSS ++= ( ) ⇒−=−⇒=⇒= ∫ ∫ 21)a( ddSa 2020v0 vvSSvvvdvadS S S v o )(2 0 2 0 2 SSavv −+= 34 17.3 MOVIMENTO CIRCUNFERENCIAL Ainda, quando uma partícula percorre a trajetória circular, tem-se um movimento que define uma velocidade escalar, uma aceleração tangencial e uma aceleração normal para o ponto. Estas se correlacionam com as grandezas anteriores assim: Da mesma forma, pode-se particularizar para a situação em que a aceleração angular seja constante, resultando expressões semelhantes às encontradas anteriormente: 18 CINEMÁTICA PLANAR DE UM CORPO RÍGIDO 18.1 TRANSLAÇÃO Ocorre quando qualquer reta pertencente ao corpo conserva a mesma direção durante o movimento. Ou seja, todos o pontos do corpo rígido em translação deslocam-se com a mesma velocidade e aceleração. Posição do ponto B: S dS O r A P P’ dθ θ dt dθ ω = 2 2 dt d dt d θω α == ⇒=⇒= dt dr dt dSrddS θθ ωrv = ⇒==== r)( αωω dt dr dt rd dt dvat αrat = ⇒=== 2 222 ω ω r r r r van 2ωran = tαωω += 0 2 2 00 tt αωθθ ++= )(2 0202 θθαωω −+= z y x Br ! B O A Ar ! ABr ! ABAB rrr !!! += Velocidade: ⇒+= dt rdvv ABAB ! !! 0 AB vv !! = Aceleração: AB aa !! = A velocidade angular ω e a aceleração angular α, para ma trajetória que descreva uma circunferência são dadas por: 35 18.2 ROTAÇÃO (EM TORNO DE UM EIXO FIXO) Ocorre quando todas as partículas do corpo, exceto aquelas que estejam no eixo de rotação, deslocam-se ao longo de trajetórias circulares. Para o corpo rígido a velocidade angular e a aceleração angular de qualquer linha do corpo é sempre a mesma. Rotação em torno de O: θ2 = θ1 + φ Durante o movimento: Logo: ω = ω1 = ω2; α = α1 = α2 18.3 MOVIMENTO PLANO GERAL ABSOLUTO É uma composição dos outros dois movimentos. B2 x O x’ A2 B1 A1 y θ2 φ θ1 dt d dt d dt d φθθ += 12 0 G’ G B B’ A r SG = r θ θ SG = r θ ⇒== dt dr dt dS v GG θ ⇒== dt dr dt dv a GG ω ωrvG = αraG = 36 Aula 20 18.4 MOVIMENTO PLANO GERAL RELATIVO ATRAVÉS DO USO DE EIXOS EM TRANSLAÇÃO18.4.1 Velocidade 18.4.2 Aceleração ______________________________________ 18.4 MOVIMENTO PLANO GERAL RELATIVO ATRAVÉS DO USO DE EIXOS EM TRANSLAÇÃO A seguir, faz-se uma abordagem separada de cada um dos movimentos componentes (translação e rotação). Para isto, lança-se mão de dois sistemas de coordenadas: xy: Fixo. Usado para medições absolutas. x’y’: Fixo ao corpo. Usado para medições relativas. 18.4.1 Velocidade Na figura ao lado, percebe-se a seguinte relação: Derivando em relação ao tempo: ou A velocidade do ponto B, vB, e a velocidade do ponto A, vA, são medidas a partir do sistema xy e representam as velocidades absolutas destes pontos, enquanto que vB/A representa a velocidade de B medida por um observador em A, fixo ao sistema x’y’. Logo, para o corpo rígido abaixo, o observador vê o ponto B deslocando-se ao longo do arco zz’ com raio de curvatura rB/A. Assim, onde ω é a velocidade angular do corpo Ar ! Br ! A/Br !A B O y x x’ y’ A/BAB rrr !!! += dt rd dt rd dt rd A/BAB !!! += A/BAB vvv !!! += = + A A A B B B Av ! Av ! Av ! A/Bv ! Bv ! z z’ A/Br ! ω Movimento Plano Geral Translação Rotação em torno de A ωA/BA/B rv !! = 37 18.4.2 Aceleração Derivando-se a expressão em relação ao tempo: ou A aceleração do ponto B, aB, e a aceleração do ponto A, aA, são medidas a partir do sistema xy e representam as velocidades absolutas destes pontos, enquanto que aB/A representa a aceleração de B medida por um observador em A, fixo ao sistema x’y’. Logo: onde: Ainda: Exemplo: Os ponto A e B da barra deslocam-se sobre guias. Em determinado instante, vA = 2 m/s para baixo. Determine vB e vC neste instante. dt vd dt vd dt vd A/BAB !!! += A/BAB aaa !!! += = + A A A B B B Aa ! A/Ba ! Ba ! A/Br ! ω,α Movimento Plano Geral Translação Rotação em torno de A Aa ! Aa ! ω,α ( ) ( )nA/BtA/BA/B aaa !!! += ( ) αA/BtA/B ra =! ( ) 2ωA/BnA/B ra =! 2 m/s 0,2 m 0,1 m A B C 1 1 Para a solução do problema, pode-se adotar dois procedimentos. Primeiramente, uma abordagem via equações do movimento relativo: A A B B C C ω ω θ 45o 45o Movimento Absoluto Movimento Relativo A/Br ! 38 O movimento relativo permite que se escreva as seguintes relações: O que gera duas equações escalares: Como rB/A vale 0,2 m, obtém-se: Ainda, Para rC/A vale 0,3 m, obtém-se: A segunda maneira de se resolver este problema é exposta no próximo item. ωA/BA/B rv !! = ω ω o A/BA o A/BB senrv : cosrv : 450 450 +−=↑+ +=→+ s rad,1414=ω s mvB 2= A/BAB vvv !!! += ⇓ ⇓ ⇓ 45o A/CAC vvv !!! += ⇓ ⇓ ⇓ 45o θ ωA/BA/B rv !! = o A/CAC o A/CC senrvsenv : cosrcosv : 45 450 ωθ ωθ +−=↑+ +=→+ 0418,=θ s m,vC 163= 39 Aula 21 18.5 CENTRO INSTANTÂNEO DE VELOCIDADE NULA _______________________________________ 18.5 CENTRO INSTANTÂNEO DE VELOCIDADE NULA Pode-se obter a velocidade de um ponto qualquer de um corpo rígido escolhendo-se um pólo tal que possua velocidade nula em um determinado instante considerado. Este ponto é chamado de centro instantâneo de velocidade nula. Então, Graficamente, o centro instantâneo de velocidade nula, CI, é determinado traçando-se retas perpendiculares à linha de ação das velocidades. A intersecção destas retas localiza CI no instante de tempo considerado! Casos especiais: Exemplo: Considerando-se o exercício proposto no item anterior, a partir da determinação do centro instantâneo de velocidade nula (que é feita passando-se dois traços perpendiculares pelos vetores velocidade), pode-se chegar à solução mais facilmente: A B CI Bv ! CI/Ar ! CI/Br ! Av ! ω 0 !! =Cv CI/ACI/ACA vvvv !!!! =+=∴ ωCI/AA rv = Av ! Bv ! A B CI Av ! Bv ! A B CI C A B CI s mvA 2= Bv CIAr / ! CIBr / ! 45o sradrv CIAA / 14,1445cos2,0 2 0/ ==→= ωω !! s/m cos, sen,v rv BCI/BB 24520 24520 0 0 ==→= ω !! ( ) ( ) m,sen,cos,cos,r oooCI/C 220452045104510 22 =++= 3,16m/s, ,v rv CCCC =×=→= 1414220ω !! o o , , cos,sen 418 220 4510 =→= θθ A B C CI s mvA 2= Cv CIAr / ! 45o CI/Cr ! 0,1cos45o 0,1sen45o θ θ 40 Aula 22 19 CINÉTICA DE UMA PARTÍCULA 19.1 SEGUNDA LEI DE NEWTON 19.2 EQUAÇÃO DO MOVIMENTO PARA UMA PARTÍCULA 19.3 EQUAÇÃO DO MOVIMENTO PARA UM SISTEMA DE PARTÍCULAS _______________________________________ 19 CINÉTICA DE UMA PARTÍCULA 19.1 SEGUNDA LEI DE NEWTON A segunda lei de Newton (equação do movimento para uma partícula) fornece a base da cinética: Para mais de uma força atuando sobre a partícula: Por analogia com a estática, o equilíbrio dinâmico ocorrerá quando: que é a condição conhecida como Princípio de D’Alembert. 19.2 EQUAÇÃO DO MOVIMENTO PARA UMA PARTÍCULA a) Coordenadas retangulares amF ! ! = amFF R !!! ==∑ 0=−∑ amF !! am!− RF ! P Vetor Inércia x y z ΣFx P O ΣFy ΣFz k ! j ! i ! amF ! ! =∑ ( )kajaiamkFjFiF zyxzyx !!!!!! ++=++ ∑∑∑ = = = ∑ ∑ ∑ zz yy xx maF maF maFLogo, 41 b) Coordenadas normal e tangencial 19.3 EQUAÇÃO DO MOVIMENTO PARA UM SISTEMA DE PARTÍCULAS A figura abaixo representa um conjunto de n partículas distribuídas num domínio limitado pela linha pontilhada onde uma única partícula genérica, i, é evidenciada, juntamente com a partícula que trabalha como baricentro de todo o sistema: Pelo Princípio de D’Alembert: Para as diversas partículas do sistema, segundo a Terceira Lei de Newton, as forças internas se anulam. Logo, Pela definição de centro de massa: cuja derivada fornece Logo, Conclui-se, portanto, que se pode substituir o sistema de partículas por uma única partícula de massa m = Σmi, posicionada no centro de massa do sistema. z x y i G ir ! Gr ! iF ! ∑ if! → i Partícula de massa mi →∑ fi! Forças internas devido à ação das outras partículas. → Fi ! Força externa devido à ação gravitacional, de contato, elétricas, ... i iF ! ∑ if! = i iiam ! iiii am fF !!! ∑ =+ am F iii ∑∑ = !! rm rm iiG ∑= !! ∑= iiG am am !! am F Gi !! =∑ amF ! ! =∑ ( )nnttnntt uauamuFuF !!!! +=+∑∑ = = ∑ ∑ nn tt maF maF Logo, x y z ΣFt P O ΣFn nu ! tu ! 42 Aula 23 20 CINÉTICA PLANAR DOS CORPOS RÍGIDOS 20.1 EQUAÇÕES CINÉTICAS PLANARES 20.1.1 Equação do movimento de translação 20.1.2 Equação do movimento de rotação _______________________________________ 20 CINÉTICA PLANAR DOS CORPOS RÍGIDOS 20.1 EQUAÇÕES CINÉTICAS PLANARES 20.1.1 Equação do movimento de translação Recai-se na mesma situação da aula anterior, i.e., do sistema com n partículas, obtendo-se a seguinte equação para o movimento de translação para um corpo rígido: 20.1.2 Equação do movimento de rotação O momento das forças que atuam na partícula i, em relação ao baricentro G: Para todo o corpo: Quando n → ∝, mi → dm e substituindo rGi pela dimensão genérica r: 0=−∑ amF !! x y G 1F ! Ga ! ω, α 2F ! O = G iF ! ∑ if! i iam ! G i = = ∑ ∑ yy xx maF maF x y G ω, α O i xG yG ∑ if! iF ! x y G ω, α O i xG yG αGiirm Giiam Gii rm 2ω ( ) ( )[ ]nGitGiGi aaaa !!!! ++= ( ) α2GiiiG rmM =( )∑∑ = 2GiiG rmM α dmrM mG ∫∑ = 2α IG αGG IM =∑ Para um corpo rígido com massa m em movimento plano geral, pode-se definir dois tipos de movimento: o movimento de translação e o de rotação. analisados a seguir.43 Aula 24 20.2 APLICAÇÃO GERAL DA EQUAÇÃO DO MOVIMENTO 20.2.1 Translação de um Corpo Rígido 20.2.2 Rotação de um Corpo Rígido em Torno de um Eixo Fixo 20.2.3 Movimento Plano Geral de um Corpo Rígido _______________________________________ 20.2 APLICAÇÃO GERAL DA EQUAÇÃO DO MOVIMENTO As três equações escalares que descrevem o movimento plano geral de um corpo rígido são: Estas equações são conhecidas como Equações Cinéticas Planares. Para aplicação destas equações na solução de problemas é conveniente desenhar os diagramas de corpo livre e cinético no instante considerado. 20.2.1 Translação de um Corpo Rígido Na translação, temos que α = 0, ω = 0 Assim, as equações cinéticas planares ficam: Reduzindo-as para o ponto A, qualquer, temos: = = = ∑ ∑ ∑ αGG Gyy Gxx IM maF maF P G 1F ! A 2F ! Diagrama de Corpo Livre x y G Gyma IG α A Gxma Diagrama Cinético c b = = = ∑ ∑ ∑ 0G Gyy Gxx M maF maF =−= = = ∑∑∑ ∑ ∑ 0cmabmaM maF maF GyGxA Gyy Gxx 44 20.2.2 Rotação de um Corpo Rígido em Torno de um Eixo Fixo Os diagramas são: As equações do movimento resultam que: A equação do momento pode ser substituída por um somatório de momentos em relação a qualquer ponto do corpo, desde que se tome em consideração os momentos gerados por IG α, maGt e maGn em relação ao ponto escolhido. Em muitos problemas é conveniente somar momentos em relação ao pino O (para eliminar Fo). Pelo diagrama cinético: ou O termo entre parênteses representa o momento de inércia do corpo em relação ao eixo fixo de rotação que passa por O: IO G O 1F ! 2 F ! 3F !Gr ! Gna Gta α, ω αGGt ra = ωGGt rv = ( ) 222 ωω ρ GGnG G GnGn ra r ra va =→=→= G O 1F ! 2 F ! 3F ! oF ! Gnma Gtma IG α P Diagrama de Corpo Livre G O Gr Diagrama Cinético = == == ∑ ∑ ∑ α α ω GG GGtt GGnn IM rmmaF rmmaF 2 αGGGtOkOO IrmaM MM +=→= ∑∑∑ Momentos do Diagrama Cinético ( )α2GGO mrIM +=∑ IO 45 As três equações de movimento para o corpo ficam: Como método para solução de problemas, sugere-se: 1) Desenhar D.C.L. e cinético; 2) Calcular IG ou IO; 3) Aplicar as três equações do movimento em relação a um sistema de coordenadas xy ou nt; 4) Usar as equações da cinemática para completar as soluções: Aceleração variável: Aceleração constante: 20.2.3 Movimento Plano Geral de um Corpo Rígido Em alguns problemas pode ser conveniente somar os momentos em relação a algum ponto A, diferente de G. Em geral, isso é feito para eliminar forças desconhecidas do somatório de momentos. Neste caso, as 3 equações são: = == == ∑ ∑ ∑ α α ω OO GGtt GGnn IM rmmaF rmmaF 2 dt d ;dd ; dt d θ ωωωθαωα === ( )02022000 22 1 θθαωωαωθθαωω −+=++=+= ;tt ;t [ ] [ ] ++= = = ∑ ∑ ∑ cmabmaIM maF maF GyGxGA Gyy Gxx α x y G Gyma IG α A Gxma Diagrama Cinético c b 46 Aula 25 20.3 PROBLEMAS DE ROLAMENTO COM ATRITO ______________________________________ 20.3 PROBLEMAS DE ROLAMENTO COM ATRITO Problemas que envolvem rodas ou cilindros que rolam sobre uma superfície plana áspera. Dependendo das cargas que atuam, o corpo pode: a) Rolar sem deslizar; b) Deslizar a medida que rola. Quando um disco rola sem escorregar, não ocorre movimento relativo entre o ponto do disco que está em contato com o chão e o próprio chão. O módulo da força F de atrito pode ter qualquer valor, desde que não exceda o valor máximo F = µe N (µe : coeficiente de atrito estático). F é determinado independentemente de N. Quando o escorregamento está iminente, a força de atrito alcança seu valor máximo F = µe N e pode ser obtida de N. Quando o disco rola e escorrega ao mesmo tempo, há um movimento relativo entre o ponto do disco em contato com o chão e o mesmo, e a força de atrito terá módulo Fc = µc N (µc : coeficiente de atrito cinético). Resumindo, • Rolamento sem deslizamento: F ≤ µe N; aG = r α • Rolamento com deslizamento iminente: F = µe N; aG = r α • Rolamento e deslizamento: F = µc N; aG e α são independentes! Q P F N G G m aG IGα 1. A escada uniforme de 10 kg AB mostrada na Fig. abaixo tem seu centro de massa em G. Se ela é largada a partir do repouso na posição mostrada, determine as reações normais em A e B neste instante. Para o cálculo, suponha que a escada é aproximada por uma barra delgada uniforme, e que os pontos de contato em A e B são lisos. 2. Determine a velocidade do gancho (desenho abaixo) em A se a extremidade do cabo em B é puxada para baixo com uma velocidade vB = 6m/s. 3. O bloco B repousa sobre uma superfície lisa (desenho abaixo). Se o coeficiente de atrito entre A e B é µ = 0,5, determine a aceleração de cada bloco quando (a) F = 10 N e (b) F = 20 N. 4. Desprezando os efeitos do atrito e da massa da polia e do fio, determine a aceleração com que o bloco B do desenho abaixo descerá. Qual é a tensão no fio? 5. O pêndulo mostrado na figura abaixo consiste de uma barra delgada e um disco com um furo no mesmo. A barra tem uma densidade de 7000 Kg/m3 e uma área de seção transversal de 400 mm2, e o disco tem uma densidade de 8000 kg/m3 e uma espessura de 10 mm. Calcule o momento de inércia do pêndulo em relação a um eixo perpendicular à página e passando através (a) do pino em O e (b) do centro de massa G do pêndulo. B vB A o y 1 m • G Área 400 mm2 250 mm 125 mm Espessura 10 mm • A UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL - UFRGS ESCOLA DE ENGENHARIA - DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL LISTA DE EXERCÍCIOS DA ÁREA III - Prof. Alexandre R. Pacheco F A 2 Kg B 5 Kg 1,5m B 1,5m G A 30o 2 Kg • • • B 3 Kg 6. Os blocos A e B mostrados na figura abaixo têm uma massa de 10 e 100 Kg, respectivamente. Se ambos partem do repouso, determine a distância percorrida por A no instante em que a velocidade de B se torna 2 m/s. 7. Determine a massa do bloco A, da figura abaixo, que é necessária para que, quando o mesmo é largado do repouso, desloque o bloco B sB = 0,75 m plano inclinado acima em t = 2s. Desprese as massas das polias e dos fios. O bloco B tem uma massa mB = 5 Kg. 8. O cofre é transportado sobre uma plataforma que repousa sobre os cilindros,cada um tendo um raio r. Se os cilindros não deslizam, determine sua velocidade angular se a plataforma se desloca para a frente com uma velocidade v. 9. Determine a tensão desenvolvida sobre os dois cabos e a aceleração de cada bloco. Despreze a massa das polias e dos cabos. 10. O elevador de carga mostrado na figura abaixo é operado por um motor elétrico localizado em A. Se o motor recolhe o cabo a uma velocidade de 15 m/s, determine a velocidade com que o elevador sobe. 11. O pêndulo consiste de uma esfera de 20 Kg e uma barra delgada de 5 Kg. Calcule a reação no pino O imediatamente após a corda AB ter sido cortada. V r W • • C • • 60o A D 5 P P 5 F B C E F Movimento • • B A O Raio 1,5 mm 400 mm B 100 Kg A 10 Kg • 7 Kg 2 Kg • 12. Em um dado instante, o bloco deslizante A tem a velocidade e a desaceleração mostradas. Determine a aceleração do bloco B e a aceleração angular da barra neste mesmo instante. 13. O centro da polia está sendo levantado verticalmente com uma aceleração de 4 m/s2 no instante em que o mesmo tem uma velocidade de 2 m/s. Se o cabo não desliza sobre a superfície da polia, determine a aceleração do cilindro B no ponto C na polia. Sugestão: Observe que a polia "rola" para cima ao longo do cabo em D, sem deslizar. Portanto para determinar α, use aA = αr, como indicado pelo Exemplo 16-3. 14. O centro da roda se desloca para a direita com uma velocidade de 2 m/s e tem uma aceleração de 10 m/s2 no instante mostrado. Supondo que a roda não deslize em A, determine a aceleração dos pontos A e B neste instante. Sugestão: para determinar α, use ac = αr, como indicado pelo resultado do Exemplo 16-3. 15. Determine a velocidade de cada bloco quando t = 2s depois que os blocos são largados a partir do repouso. Qual é tensão no cabo? Despreze a massa do cabo e das polias no cálculo. Os blocos têm uma massa mA = 4 Kg e mB = 8 Kg. 16. Um bloco A de 5 kg é preso à corda que é enrolada em torno da borda de um cilindro de 15 kg. Determine a velocidade do bloco 2s após o mesmo ter partido do repouso. Despreze o peso da corda. • B 45o • A VA = 1,5 m/s aA = 16 m/s2 300 mm 0,5 m B C vc = 2 m/s ac = 10m/s2 A • • aA = 4 m/s2 vA = 2 m/s C • A 80 mm D B • • • A B 17. Determine a força TA que deve ser aplicada ao cabo em A para conferir ao bloco B de 8 Kg uma aceleração para cima de 400 mm/s2. Suponha que o cabo não desliza sobra a superfície do disco de 20 Kg. Calcule a tensão no segmento vertical da corda que suporta o bloco e explique porque esta tensão é diferente daquela em A. O disco é pinado em seu centro C e é livre para girar. 18. O refrigerador tem uma massa m = 200 Kg e um centro de massa em G. Determine a máxima força constante F que pode ser aplicada à corda tracionante CD sem fazer o refrigerador virar. As rodas em A e B têm massa despresível e rodam livremente. Admita a = 0,6 m, b = 0,8 m e d = 0,35 m. 150 mm C • A TA B D F C a G •••• b B A d 20o d Respostas: (1) NA = 42,9 N; NB = 31,8 N (2) 2 m/s (3) (a) aA = aB = 1,43 m/s2 (b) aA = 5,10 m/s2; aB = 1,96 m/s2 (4) 5,89 m/s2; 11,8 N (5) IG = 1,83 kg m2 (6) 3,53 m (7) 13,74 kg (8) ω = v / 2r (9) TA = 54,9 N; TB = 27,5 N aA = 1,96 m/s2; aB = 3,92 m/s2 (10) vF = -5 m/s (para cima) (11) Rx = 0,00; Ry = 27,81 N (12) 25 rad/s2 anti-horário; 5,21 m/s2 para baixo (13) aB = 8 m/s2 para cima; aC = 50,63 m/s2 (9,09o c/ horizontal) (14) aA = 8 m/s2 para cima aB = 20,59 m/s2 (29,1o c/ horizontal) (15) vA = 6,54 m/s vB = 13,08 m/s T = 26,2 N (16) 7,84 m/s (17) TA = 85,7 N (18) 1075,5 N UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL – UFRGS Escola de Engenharia – Departamento de Engenharia Civil, DECIV Terceira Verificação de MECÂNICA – ENG 01156 Prof. Alexandre Pacheco Nome: No: Data: 1 Escreva sobre as equações de equilíbrio cinético de um corpo rígido, identificando cada parcela e fazendo considerações sobre variantes originadas da adoção de diferentes tipos de sistemas de coordenadas ou da ocorrência de diferentes tipos de movimentos desenvolvidos pelo corpo. (4,00) 2 A roda da figura abaixo se desloca para a direita no instante mostrado. Supondo que a roda não deslize em A, determine a aceleração dos pontos A e B neste instante. Admita um raio R da roda de 500 mm. (3,00) 3 Determine a força que deve ser aplicada ao cabo em A para conferir ao bloco B de 8 kg uma aceleração para cima de 400 mm/s2. Suponha que o cabo não desliza sobre a superfície do disco de 20 kg. O disco possui um raio de 150 mm, é pinado em seu centro C e é livre para girar. (2,00) 4 No problema anterior, por quê a força no segmento vertical da corda que suporta o bloco é diferente daquela aplicada em A? (1,00) A B C v = 4 m/s at = 20 m/s2 R TA B A Observação Importante: O momento de inércia de massa de um disco em relação a um eixo perpendicular que passe pelo seu baricentro é: ½ m R2 onde m é a massa e R é o raio do disco. Capa Aula1 Aula2 Aula3 Aula4 Aula5 Aula6 Aula7 Aula8 Aula9 Aula10 Aula 11 - Lista de Exercícios Avaliação Aula12 Aula13 Aula14 Aula15 Aula16 Aula17 Aula18 - Lista de Exercícios Avaliação Aula19 Aula20 Aula21 Aula22 Aula23 Aula24 Aula25 Aula26 - Lista de Exercícios
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