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Resenha - Documentario "Elena"

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RESENHA CRITICA DO DOCUMENTÁRIO “ELENA” 
Elena, de 2012, é um Filme documentário brasileiro, que por meio vídeos 
antigos, traz a história da Jovem atriz que percorrendo seu sonho de se tornar 
atriz de cinema, acaba findando a própria vida por conta de um adoecimento 
psíquico. A história é narrada e dirigida pela Irmã caçula, Petra, a qual a todo 
momento, demostra profunda identificação com Elena, chegando a dizer que ela 
era produto de sua irmã “Você me criou para ser atriz”. 
A obra funciona como uma espécie de reconstrução da memória, em torno da 
figura de Elena, que de maneira até egóica, também é parte da construção da 
própria Irmã, Petra, que revela a profunda influência da mais velha em sua 
personalidade. Trazendo um misto de memórias tão prazerosas quanto 
dolorosas que cursam para um sentimento de angustia que parece ser irrefreável 
“as vezes sinto que vou encontrar seu rosto na rua, ao dobrar a esquina”. 
As memorias trazem as características que de maneira crescente, vão tomando 
forma e progredindo no acometimento de Elena que é lembrada muitas vezes 
como uma pessoa cheia de sonhos e expectativas, se torna cada vez mais 
depressiva e frustrada aos olhos de amigos e aos registros em vídeos, cartas e 
diários, até o estado melancólico que a faz arranca de todos, a sua vida própria. 
Avaliando que tanto o processo de luto quanto de melancolia recai na 
perspectiva freudiana como tipos de perdas, sendo estas, diferentes entre sí, 
onde um o objeto é perdido e com ele, parte do sujeito, e outro, o eu se auto 
persegue, é possível observar que parte desse processo de adoecimento visível 
no material compilado pelo documentário, trás o ponto de vista, tanto do luto, 
vindo da família, amigo e da irmã caçula, Petra sentido pela perca de Elena, 
como desta própria, que mediante ao auto sufrágio da qual se submete, traz a 
relação melancólica visível em seus atos em busca de um cobrança e criticidade 
excessiva o consigo mesmo. 
O filme é relevante ao contexto atual e bom em trazer uma perspectiva de pós-
luto, que ainda atinge as pessoas próximas, mas que aceitado e superado, 
converge para a construção de uma positividade ao redor da figura do sujeito 
perdido. Não só dentro do filme, é importante salientar a importância da quebra 
do tabu ao respeito do adoecimento psíquico depressivo e das consequências 
quando não há a identificação e tratamento do sujeito, reforçando também que 
a perda deve ser superada, mas que pode ser evitada. O filme não passa tão 
longe de romantizar a perda de Elena, mas faz parte da construção da figura que 
agora passa a ser um exemplo, tanto de coisas boas, como, de coisa ruins.

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