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Avaliação pré-anestésica

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Avaliação pré-anestésica
Objetivos
Preparar o paciente para o procedimento – verificar, por exemplo, a presença
de hemoparasitosas e caso haja, tratar para que se possa realizar o
procedimento;
Reduzir suspensão de cirurgia; 
Estimar riscos e melhorar desfechos – por ex: paciente cardíaco
Estabelecer técnica anestésica – qual é a melhor técnica indicada para o
paciente;
Definir o estado físico ASA ( classificação de risco anestésico );
Aplicar termo de consentimento livre esclarecido.
 
Termo de consentimento livre esclarecido
É um termo de autorização que trata do consentimento do proprietário de que há
riscos envolvidos na anestesia. É importante discutir alternativas e possíveis
complicações com o tutor. Tem a função de resguardar tanto tutor quanto o médico
veterinário.
Fatalidades
Cães: 47%
Gatos: 61% 
Coelhos: 64%
Pós operatório – índice de óbitos na recuperação
Fatores que aumentam a probabilidade de morte
ASA e procedimentos de urgência
Idade ( animais > 12 anos tem aumento de 7x de risco de morte )
Peso ( animais < 5kg tem um aumento de 8x mais risco do que animais entre 5 e
15kg)
Combinação de fármacos na indução e manutenção da anestesia ( anestesia IV +
halotano acarretam em um aumento de 5.8x o risco de morte )
Brodbelt DC, Blissitt KJ, Hammond RA,
Neath PJ, Young LE, Pfeiffer DU, Wood JL.
The risk of death: the confidential enquiry
into perioperative small animal fatalities.
Vet Anaesth Analg. 2008 Sep;35(5):365-73.
doi: 10.1111/j.1467-2995.2008.00397.x.
Epub 2008 May 5. PMID: 18466167.
Fonte
1. Paciente hígido – saudável, OSH; orquiectomia, conchectomia
2.
Paciente com afecção sistêmica discreta – neonatos, geriátricos,
gestantes, obesos, cardiopatas compensados, infecções localizadas
3.
Paciente com afecção sistêmica moderada – desidratação
moderada/hipovolemia, anorexia, anemia, fraturas complicadas,
doenças crônicas descompensadas
4.
Paciente com afecção sistêmica grave - choque, toxemia,
hipovolemia severa, torção gástrica, doença cardíaca
5.
Paciente sem expectativa de sobrevivência nas 24h: apresenta
decúbito lateral, falência múltipla de órgãos, choque em fase
terminal, traumatismo craniano
Classificação de risco anestésico - ASA
Pilares da avaliação pré-anestésica
Histórico clínico
Exame físico
Exames complementares
Histórico clínico
• Histórico médico atual – queixa principal
• Histórico médico recente e pregressa – sintomas e enfermidades concomitantes,
uso de medicações e alergias
• Anestesias prévias e complicações
• Histórico ambiental e de manejo – responsáveis pelo ambiente e manejo, contato
com outros animais
Avaliação clínica
Exames complementares
Cardiopatia em felinos - cardiomiopatias
• Espécie
• Sexo
• Idade
• Raça
Exame físico
• Mucosa
• Frequência cardíaca ( bpm )
• Ausculta cardíaca
• Ausculta respiratória
• Hidratação
• Temperatura ( ºc )
• Peso
• Inspeção
• Palpação e percurssão
• Sistema locomotor
• Avaliação da cavidade oral – entubação 
Exames de imagem: US, Raio X, ECG ( frequência; arritmias ), ECO ( morfologia
)Exames de sangue: hemograma – ht, plaquetas, PPT -, albumina, bilirrubina, alt,
fosfatase alcalina, ureia, creatinina, glicemia, urinálise, eletrólitos,
hemogasometria, coagulação. 
*É possível também se utilizar do SNAP 4DX, que é um teste rápido que detecta
erlichiose, anaplasmose, doença de lyme e dirofilariose. 
Sinais clinicos: intolerância ao exercício, cansaço fácil, sopro, tosse ( muito raro
devido ao posicionamento anatômico do coração que não comprime os brônquios ).
Muita das vezes é subdiagnosticada devido ao comportamento noturno dos animais.
O ecodopplercardiograma é o melhor meio de diagnóstico possível, avalia a função
miocárdica, detecta trombos intracavitários ou condições pré-trombóticas, avalia
também a severidade da hipertrofia e dimensão das cavidades.
Laringoespasmo: os felídeos apresentam reflexo laringotraqueal e a intubação
pode estimular esse reflexo, levando ao laringoespasmo. Ocorre o fechamento
das aritenoides, o que dificulta a intubação. É possível fazer uma anestesia
local/bloqueio periglótico utilizando lidocaína a 2%, cerca de 0,1 a 0,2ml, fazendo
assim uma dessensibilização das aritenóides. 
Particularidades anestésicas
Felinos
Metabolização hepática
Laringoespasmo
Excitação por opióides
Recuperação
Temperamento/manipulação
Metabolização hepática: os gatos são mais pré-dispostos às intoxicações devido
à sensível hemoglobina susceptível à oxidação ( Fe2+ entra contato com fármaco,
oxida e vira Fe3+, que não carreia oxigênio, convertendo hemoglobina em
metahemoglobina, levando à formação de corpúsculos de Heinz, que sensibiliza
a hemácia, resultando em anemia hemolítica ). Gatos possuem uma deficiência
nas enzimas da família glucuronil transferase que aumentam a meia vida dos
fármacos, levando à uma toxicidade aumentada e efeitos adversos.
*Acesso à via aérea: medir
o tubo – até a altura da
escápula, usar tubo 3.0 ou
3.5;
Recuperação: gatos possuem baixo peso corporal, dificultando assim a
habilidade de manter temperatura, levando a uma hipotermia por depleção da
atividade adrenérgica, excitação pós-operatório, ambientes estressantes 
Excitação por opioides: os gatos possuem dificuldade de metabolizar opioides e
podem apresentar efeitos no trato digestório intestinal, hipertermia, midríase,
euforia e excitação. 
Temperamento/manipulação: gatos são animais extremamente sensíveis, por
isso é importante que o pós e o pré-operatório ajam de maneira catfriendly, a
fim de não agitar o animal.
*Sinais de metahemoglobina:
edema de face, cianose, dispneia 
A extubação do gato precisa ser
precoce, começou a mexer é
preciso extubar para evitar
laringoespasmo.
Caninos
Raças pequenas
Raças grandes
Braquicefálicos
Galgos
Raças pequenas: costumam ser animais mais estressados, de difícil contenção,
difícil acesso venoso e a fluidoterapia, em animais menores de 5kg, precisa ser
através de bomba de infusão para não causar edema pulmonar por excesso de
fluidoterapia. Costuma ser necessário fazer doses mais altas por conta de um
metabolismo mais agitado, mais rápido
Raças grandes: são animais que geralmente não é necessário fazer doses muito
altas devido ao metabolismo mais degavar e mais sensíveis a sedação porque
tendem a serem mais vagotônicos.ex: Acepromazina: 0,02 a 0,05mg/kg – pode
causar hipotensão, vasodilatação esplênica – pode-se usar 0,02 em cães grandes. A
dose depende da condição clínica e temperamento. Fácil acesso de vias aéreas e
acesso venoso. Volumes maiores de fármacos, dificuldade de massagem cardíaca
Braquicefálicos: apresentam narinas estenosadas, palato mole prolongado, eversão
de sacos laríngeos, hipoplasia/estenose traqueal ( usar tubos menores ), estímulo
vagal – bradicardia/hipotensão; arritmia
Galgos: apresentam fisiologicamente albuminas em quantidades mais baixas (1,2 –
2.0 ), o que gera uma dificuldade maior no carrreamento dos fármacos para ser
metabolizado, depressão do sistema nervoso, levando a uma demora na
recuperação pós-cirurgica e anestésica e a menor quantidade de tecido adiposo
interfere na habilidade de manter temperatura. Calcular dose relacionando às
particularidades.
A extubação do cão é tardia,
quando o animal já estiver
quase consciente. 
Cães pequenos ou felinos ( 1 a 5kg ): 4-6h
Cães de porte médio ( 10 a 20kg ): 6-8h
Cães de porte grande ( acima de 20kg ) ou idosos: 8-10h
Neonatos: não fazem jejum
Bovinos: 48h de comida e 24h de água
Pequenos ruminantes: 24h de comida e 12h de água
Equinos: 12h de comida e não faz jejum hídrico
Jejum - cães e gatos
Não se faz jejum de
medicações e hídrico com
exceção de anti-hipertensivos e
antiplaquetários. Para enjoo, é
possível ofertar maropitant 
 trans-anestésico para evitar
enjoos após a anestesia.
Jejum equinos x bovinos
Sexo/estado reprodutivo
Fêmeas no cio apresentam maior produção de fibrinolisina, que impede a conversão
de fibrinogênio em fibrina, que é essencial para a circulação, causando maiores
sangramentos.

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