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FERTILIDADE DO SOLO
A Faculdade Multivix está presente de norte a sul do 
Estado do Espírito Santo, com unidades presenciais 
em Cachoeiro de Itapemirim, Cariacica, Castelo, 
Nova Venécia, São Mateus, Serra, Vila Velha e Vitória, 
e com a Educação a Distância presente 
em todo estado do Espírito Santo, e com 
polos distribuídos por todo o país. 
Desde 1999 atua no mercado capixaba, 
destacando-se pela oferta de cursos de 
graduação, técnico, pós-graduação e 
extensão, com qualidade nas quatro 
áreas do conhecimento: Agrárias, Exatas, 
Humanas e Saúde, sempre primando 
pela qualidade de seu ensino e pela 
formação de profissionais com consciência 
cidadã para o mercado de trabalho.
Atualmente, a Multivix está entre o seleto grupo de 
Instituições de Ensino Superior que 
possuem conceito de excelência junto ao 
Ministério da Educação (MEC). Das 2109 
instituições avaliadas no Brasil, apenas 
15% conquistaram notas 4 e 5, que são 
consideradas conceitos de excelência em 
ensino. Estes resultados acadêmicos 
colocam todas as unidades da Multivix 
entre as melhores do Estado do Espírito 
Santo e entre as 50 melhores do país.
 MISSÃO
Formar profissionais com consciência cidadã para o 
mercado de trabalho, com elevado padrão de quali-
dade, sempre mantendo a credibilidade, segurança 
e modernidade, visando à satisfação dos clientes e 
colaboradores.
 VISÃO
Ser uma Instituição de Ensino Superior reconhecida 
nacionalmente como referência em qualidade 
educacional.
R E I TO R
GRUPO
MULTIVIX
R E I
2
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
3
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
BIBLIOTECA MULTIVIX (Dados de publicação na fonte)
Moisés Pollak Júnior
Fertilidade do Solo / POLLAK JUNIOR, MOISÉS.. - Multivix, 2022
Catalogação: Biblioteca Central Multivix 
 2022 • Proibida a reprodução total ou parcial. Os infratores serão processados na forma da lei. 
4
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
LISTA DE QUADROS
UNIDADE 1
 Quadro 1 – Diferenciação do solo fértil com o solo produtivo 23
 Quadro 2 – Critérios de definição dos elementos essenciais para o 
crescimento e desenvolvimento vegetal 25
UNIDADE 2
 Quadro 1 - Relação do nutriente, do tipo de transporte e da forma de 
aplicação do fertilizante. 34
UNIDADE 3
 Quadro 1 – Categorias da acidez e da alcalinidade, segundo o pH do solo 53
 Quadro 2 – Principais diferenças do uso da calagem e gessagem 57
 Quadro 3 – Principais benefícios da presença de matéria 
orgânica no solo 59
UNIDADE 4
 Quadro 1 – Exemplos de tabela de recomendação da quantidade de 
nitrogênio a ser aplicado no café arábica e na banana. 76
 Quadro 2 – Classes de disponibilidade de P considerando o teor de 
argila do solo 82
 Quadro 3 – Classes de disponibilidade de K considerando a CTC 
do solo a pH 7 82
 Quadro 4 – Classes de disponibilidade de P considerando a textura do solo 
e a cultura 83
 Quadro 5 – Classes de disponibilidade de K considerando a cultura 83
5
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
UNIDADE 5
 Quadro 1 – Lista de fertilizantes utilizados como fonte de cálcio na 
produção agrícola 89
 Quadro 2 – Lista dos principais micronutrientes essenciais para o 
desenvolvimento vegetal e como se apresentam na natureza 96
 Tabela 1 – Lista dos micronutrientes distribuídos pela categoria de 
absorção empregada pela planta com maior eficiência 98
6
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
LISTA DE FIGURAS
UNIDADE 1
 Figura 1 – Representação da composição do solo formada pelos três 
estados: físico (componentes sólidos), líquido (água) e gasoso (ar). 16
 Figura 2 – Triângulo para determinação das classes de textura dos 
horizontes dos solos 17
 Figura 3 – Representação esquemática das formas de agregados 
que podem apresentar a estrutura do solo 18
 Figura 4 – Diferença da porosidade entre um solo arenoso, argiloso 
ou somente com silte. 20
 Figura 5 – Diferença da porosidade entre um solo arenoso, argiloso 
ou somente com silte 21
 Figura 6 – Disponibilidade dos nutrientes, em forma iônica, no solo 26
UNIDADE 2
 Figura 1 – Indicação da interceptação radicular 30
 Figura 2 – Movimentação da água na planta, demonstrando a relação 
solo-planta-atmosfera e como ocorre o fluxo de massa que carrega 
os nutrientes 32
 Figura 3 – Efeito da quantidade de água no efeito difusivo do fósforo 
no solo. 35
 Figura 4 – Comportamento do deslocamento osmótico, do maior 
potencial para o menor potencial, sem pressão sendo exercida. 36
 Figura 5 – Comportamento do deslocamento osmótico quando há 
alguma pressão sendo exercida 37
 Figura 6 – Faixas de disponibilidade dos nutrientes no solo em 
função do pH 39
 Figura 7 – Componentes da acidez potencial do solo – acidez 
trocável e não trocável 40
 Figura 8 – Exemplo de uma análise de solo. 41
7
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
 Figura 9 – Graus de acidez, alcalinidade e neutralidade encontrados na 
maioria dos solos agrícolas 42
 Figura 10 – Demonstração esquemática da acidez potencial (fase 
sólida, com presença de íons H+ e Al) e acidez ativa (fase líquida, com 
predomínio de íons H+). 44
 Figura 11 – Componentes da acidez do solo 45
 Figura 12 – Curvas de neutralização de solos agrícolas com diferentes 
capacidades de tamponamento do pH 47
UNIDADE 3
 Figura 1 – Determinação do potencial hidrogeniônico (acidez) e 
hidroxiliônico (alcalinidade) e sua relação 52
 Figura 2 – Realização da calagem, na preparação do solo para 
cultivo, para correção da acidez do solo 55
 Figura 3 – Origem da matéria orgânica do solo 58
 Figura 4 – Substrato com esterco bovino misturado 61
 Figura 5 – Preparo do solo para plantio (A) com a aplicação de 
adubo orgânico posteriormente (B) 63
UNIDADE 4
 Figura 1 – Disponibilidade de nutriente no solo considerando 
o nível crítico 68
 Figura 2 – Ciclo do nitrogênio no solo 69
 Figura 3 – Nódulos formados pelas bactérias fixadoras de nitrogênio 70
 Figura 4 – Sequência esquemática das transformações de 
mineralização e imobilização do nitrogênio 71
 Figura 5 – Esquema do processo de mineralização e imobilização, 
demonstrando a participação dos microrganismos heterotróficos 
(biomassa microbiana) no processo 72
 Figura 6 – Reações químicas da nitrificação 73
 Figura 7 – Representação simplificada das formas de P nos solos 78
 Figura 8 – Esquema ilustrativo das formas de potássio no solo 81
8
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
UNIDADE 5
 Figura 1 – O principal sintoma da deficiência em cálcio nos frutos: 
podridão estilar ou fundo-preto 90
 Figura 2 – Ciclo simplificado do enxofre no solo 91
 Figura 3 – Um dos principais sintomas da deficiência em enxofre 
nas folhas: clorose generalizada 93
 Figura 4 – O principal sintoma da deficiência em magnésio: 
amarelamento das folhas, em tomateiro 95
 Figura 5 – Adubação de micronutriente 100
UNIDADE 6
 Figura 1 – Aplicação de fertilizantes na pré-semeadura (à esquerda) 
e em cobertura (à direita) 105
 Figura 2 – Fertilizante mineral (à esquerda) e produção de 
fertilizantes orgânicos (à direita) 106
 Figura 3 – Esquema ilustrativo da compatibilidade entre os fertilizantes 107
 Figura 4 – Aplicação de fertilizantes a lanço, de forma manual (à 
esquerda) e mecanizada (à direita) 109
 Figura 5 – Aplicação dos fertilizantes em cobertura 110
 Figura 6 – Diagrama geral dos aspectos econômicos do uso 
de adubos 112
 Figura 7 – Demonstrativo da contribuição do agronegócio no PIB 
brasileiro em 2020 113
 Figura 8 – Barrilrepresentando a Lei do Mínimo 114
 Figura 9 – Representação do manejo 4C 116
 Figura 10 – Compostagem (A), adubação verde (B) e produção de 
biofertilizantes 118
 Figura 11 – Soja em sistema de plantio direto. A seta indica a palhada 
entre as linhas da soja. 120
9
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
10
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA 12
1 FÍSICA E FERTILIDADE DO SOLO 15
INTRODUÇÃO DA UNIDADE 15
1.1 O QUE É FÍSICA DO SOLO? 15
1.2 CONHECENDO A FERTILIDADE DO SOLO 22
2 CORRELAÇÃO SOLO-PLANTA 29
INTRODUÇÃO DA UNIDADE 29
2.1 TRANSPORTE DE NUTRIENTES NO SOLO 29
2.2 REAÇÃO NO SOLO 38
3 ACIDEZ E MATÉRIA ORGÂNICA 51
INTRODUÇÃO DA UNIDADE 51
3.1 CORREÇÃO DA ACIDEZ 52
3.2 O QUE É MATÉRIA ORGÂNICA? 58
4 ADUBAÇÃO NPK 67
INTRODUÇÃO DA UNIDADE 67
4.1 NITROGÊNIO 68
4.2 FÓSFORO E POTÁSSIO 77
5 MICRONUTRIENTES E OUTROS ELEMENTOS 87
INTRODUÇÃO DA UNIDADE 87
5.1 AÇÃO DO CÁLCIO, ENXOFRE E MAGNÉSIO 87
5.2 MICRONUTRIENTES 96
6 AVALIAÇÃO DA FERTILIDADE DO SOLO E SUA INFLUÊNCIA NA ECONO-
MIA 103
INTRODUÇÃO DA UNIDADE 103
6.1 RECOMENDAÇÃO DE ADUBAÇÃO 103
6.2 ASPECTOS ECONÔMICOS E IMPLICAÇÕES ECOLÓGICAS DO USO DE 
CORRETIVOS E FERTILIZANTES 111
1UNIDADE
2UNIDADE
3UNIDADE
4UNIDADE
5UNIDADE
6UNIDADE
11
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
ATENÇÃO 
PARA SABER
SAIBA MAIS
ONDE PESQUISAR
DICAS
LEITURA COMPLEMENTAR
GLOSSÁRIO
ATIVIDADES DE
APRENDIZAGEM
CURIOSIDADES
QUESTÕES
ÁUDIOSMÍDIAS
INTEGRADAS
ANOTAÇÕES
EXEMPLOS
CITAÇÕES
DOWNLOADS
ICONOGRAFIA
12
FERTILIDADE DO SOLO
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A disciplina Fertilidade do Solo tem como objetivo proporcionar a compreen-
são e o aprofundamento do seu conhecimento acerca do solo. Nesta discipli-
na, em específico, busca-se associar os conhecimentos adquiridos nos estu-
dos do solo com novas informações referentes à fertilidade do solo.
Para tanto, vale destacar que o estudo da fertilidade do solo compreende o 
conhecimento básico da interação solo-planta e sobre como é realizada a dis-
ponibilidade de nutrientes, fato essencial para entender a realização de uma 
adubação adequada. De posse desses conhecimentos, é possível realizar um 
enriquecimento do solo, suficiente para maximizar a produtividade agrícola 
de uma propriedade. Obviamente, não podemos nos esquecermos de verifi-
car as implicações ecológicas que uma adubação pode ocasionar no solo. 
Interessante nosso tema de estudos, não é mesmo? E não se preocupe, pois, 
neste material, você terá a oportunidade de entender o funcionamento de 
todos os processos e, consequentemente, estar capacitado para selecionar 
os nutrientes necessários e como recomendar a adubação adequada. Vamos 
iniciar nossos estudos?
13
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
FERTILIDADE DO SOLO
UNIDADE 1
OBJETIVO 
Ao final desta 
unidade, 
esperamos que 
possa:
14
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
FERTILIDADE DO SOLO
> Compreender as 
propriedades físicas do 
solo.
> Entender o que é 
fertilidade do solo.
> Compreender como 
os nutrientes se 
disponibilizam no solo.
15
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
FERTILIDADE DO SOLO
1 FÍSICA E FERTILIDADE DO SOLO
INTRODUÇÃO DA UNIDADE
Esta unidade abordará os conhecimentos teóricos dos componentes físicos 
que estão presentes na composição do solo, assim como o conceito e a im-
portância da fertilidade, bem como revelar como esses componentes podem 
influenciar a qualidade de produção agrícola.
A compreensão acerca do modo como o solo é estruturado e como funciona 
a disponibilidade dos nutrientes, além da forma como esses componentes 
interagem com a planta, possibilitam adotar atitudes mais complexas, como 
a adubação. Assim, entender por que e como adubar em um cultivo permitirá 
estabelecer qual será o melhor método de complementação nutricional. 
Nesta disciplina, você irá identificar todos os procedimentos mencionados, 
conforme as unidades forem avançando. Desse modo, esta unidade propor-
cionará uma reflexão sobre a importância de conhecer os conceitos e a fun-
ção da promoção da fertilidade em um solo. Este conteúdo está organizado 
em dois tópicos: o que é física do solo, em que você entenderá os conceitos de 
textura, estrutura, densidade, porosidade e umidade; e conhecendo a fertili-
dade do solo, que consiste em compreender a importância e as categorias de 
fertilidade, elementos essenciais às plantas e à disponibilidade de nutrientes.
1.1 O QUE É FÍSICA DO SOLO?
Para entender a física do solo, precisamos recapitular o conceito de solo. O 
solo é a parte superficial resultante das intempéries que ocorrem na crosta 
terrestre, formando um sistema complexo, composto por numerosos com-
ponentes sólidos (minerais e orgânicos), água e ar, tornando-se, assim, um 
sistema em estado de equilíbrio. Esse estado de equilíbrio origina um sis-
tema trifásico: estado físico (componentes sólidos), estado líquido (água) e 
estado gasoso (ar).
16
FERTILIDADE DO SOLO
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
FIGURA 1 – REPRESENTAÇÃO DA COMPOSIÇÃO DO SOLO FORMADA PELOS TRÊS 
ESTADOS: FÍSICO (COMPONENTES SÓLIDOS), LÍQUIDO (ÁGUA) E GASOSO (AR).
Fonte: Molina (2017, p. 44).
#PraTodosVerem: composição do solo: água, ar, matéria orgânica e minerais.
A física do solo busca estudar as propriedades e os processos desse compo-
nente, ou seja, o estado e o transporte de todas as formas de matéria e energia 
presentes no solo. Dito de outra forma, refere-se ao estudo da dinâmica dos 
componentes físicos do solo e o modo como estes se comportam no sistema 
trifásico. É importante mencionar que a interação entre as partículas do solo 
é regida e explicada pelos mesmos princípios da física que coordenam a in-
teração de outras partículas, como átomos e moléculas (FINKLER et al., 2018). 
Nesse sistema, as principais características físicas que atuam são: textura e 
estrutura; densidade e porosidade; e umidade. Vamos conhecer um pouco 
mais de cada uma dessas características.
Para uma boa introdução ao tema, assista ao vídeo 
sobre física do solo. Para acessá-lo, clique aqui. 
https://www.youtube.com/watch?v=vglGMhqIuS0
17
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
FERTILIDADE DO SOLO
1.1.1 TEXTURA E ESTRUTURA
Os solos são constituídos, basicamente, por três partículas minerais: areia, sil-
te e argila. A textura de um solo é representada pela distribuição percentual 
dessas partículas, as quais, com base nessa composição, podem apresentar 
diversificadas texturas.
FIGURA 2 – TRIÂNGULO PARA DETERMINAÇÃO DAS CLASSES DE TEXTURA DOS 
HORIZONTES DOS SOLOS
Fonte: Santos et al. (2013, p. 19).
#PraTodosVerem: triângulo de classificação da textura conforme a quantidade de partículas 
(argila, areia e silte) presentes.
Você pode entender melhor como funciona 
o triângulo textural, explorando o material 
“Propriedades de solo II – Textura, cor e porosidade”. 
Para acessá-lo, clique aqui. 
http://proedu.rnp.br/bitstream/handle/123456789/586/Aula_03.pdf?sequence=3&isAllowed=y 
18
FERTILIDADE DO SOLO
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
A estrutura do solo é a propriedade física que define os arranjos presentes 
pelas ligações das partículas do solo entre si, ou seja, a junção de unidades 
estruturais formadas por areia, silte, argila e outros compostos que estejam 
presentes, como a matéria orgânica. Esse arranjo é definido como agrega-
do de partículasdo solo. Conforme a disposição desses agregados, diferentes 
estruturas do solo serão criadas, as quais podem influenciar a circulação de 
água pelo solo.
FIGURA 3 – REPRESENTAÇÃO ESQUEMÁTICA DAS FORMAS DE AGREGADOS QUE 
PODEM APRESENTAR A ESTRUTURA DO SOLO
Fonte: Adaptada de Capeche (2008).
#PraTodosVerem: os formatos que as estruturas de solo podem apresentar: laminar, 
prismática, colunar, granular e blocos (angular e subangular).
De acordo com Silva (2015), os solos bem estruturados apresentam melhor 
suporte em relação à precipitação e à ação de máquinas e de implementos 
agrícolas, permitindo, dessa forma, a melhor produção das culturas.
1.1.2 DENSIDADE E POROSIDADE
Como já estudado anteriormente, a densidade consiste no quociente entre a 
massa e o volume. No caso do solo, trata-se da relação existente da massa de 
uma amostra de solo seca pela soma dos volumes ocupados pelas partículas 
e poros, conforme demonstrado a seguir.
19
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
FERTILIDADE DO SOLO
Sendo:
 = densidade (kg.m-3)
ms = massa seca do solo (kg)
V = volume total do solo (m3)
Há diversas metodologias que possibilitam obter os dados para o cálculo da 
densidade do solo, destacando-se: o método do cilindro volumétrico, o méto-
do da proveta, o método do torrão parafinado e o método por monólito.
Método do cilindro
A massa é obtida pela pesagem, e o volume, por coleta de amostras de 
solo, com estrutura indeformada e o auxílio de um cilindro de volume 
interno já identificado (TEIXEIRA et al., 2017).
Método da proveta
Obtém-se a massa por pesagem após compactação da amostra de solo 
em uma proveta até o volume predeterminado (TEIXEIRA et al., 2017).
Método do torrão parafinado
Por meio da pesagem, obtém-se a massa, sendo o volume 
determinado a partir do deslocamento de líquido após a 
impermeabilização de um torrão com parafina fundida (TEIXEIRA et 
al., 2017).
No caso da porosidade, é influenciada pela textura do solo, uma vez que é 
determinada pela relação entre o volume de espaços vazios e o volume total 
de uma amostra de solo. Com isso, a porosidade acaba relacionando-se com 
outras características do solo, como o nível de compactação, a locomoção dos 
seres vivos presentes, como a minhoca, e sua capacidade de armazenar água.
20
FERTILIDADE DO SOLO
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
FIGURA 4 – DIFERENÇA DA POROSIDADE ENTRE UM SOLO ARENOSO, ARGILOSO OU 
SOMENTE COM SILTE.
Fonte: Antônio (2009, on-line).
#PraTodosVerem: distribuição das partículas de areia, argila e silte, representando a 
porosidade do solo.
De forma resumida, podemos dizer que a densidade e a porosidade são in-
versamente proporcionais, ou seja, quanto maior a densidade, mais elevadas 
a compactação e a estrutura degradada, o que, por consequência, reduzirá a 
sua porosidade total. Diante de uma baixa porosidade total, o crescimento do 
sistema radicular apresenta maiores restrições e, afetando, então, o desenvol-
vimento das plantas.
Em associação com a densidade e a porosidade 
de um solo, há a compacidade, determinada pelo 
agrupamento cerrado das partículas de um solo, 
seja decorrente de sua formação pedogenética 
ou de seu manejo. Essa compacidade pode se 
apresentar em diferentes graus, conforme o 
número de camadas do solo, com densidades altas 
e porosidades baixas.
A compactação do solo, para o setor agrícola, é 
extremamente relevante, em razão das grandes 
dificuldades que ela gera para os produtores 
no momento de cultivo. Esse fato ocorre por 
causa da interferência que o processo confere ao 
desenvolvimento das culturas.
21
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
FERTILIDADE DO SOLO
1.1.3 UMIDADE
A umidade do solo é determinada pela razão entre a massa da água (Ma) e a 
massa da parte sólida (Ms), existentes em volume de solo determinado (CA-
PUTO, 2017). De forma sucinta, a umidade do solo é a quantidade de água que 
está presente no solo. O conhecimento desse atributo favorece a redução do 
consumo de água, permitindo aplicações controladas e pontuais para suprir 
apenas a quantidade hídrica necessária às culturas.
FIGURA 5 – DIFERENÇA DA POROSIDADE ENTRE UM SOLO ARENOSO, ARGILOSO OU 
SOMENTE COM SILTE
Fonte: Silva (2019, p. 16).
#PraTodosVerem: divisão do solo em ar, água e sólido. A fórmula expõe que a umidade é 
obtida da divisão da massa de água pela massa sólida. 
Para conhecer a umidade do solo, existem diversificadas metodologias, in-
cluindo algumas que podem ser realizadas em campo, destacando-se: méto-
do da estufa, método da frigideira, método Speedy, entre outros.
Método da estufa
Método tradicional, preciso e confiável, além de simples, o qual 
necessita, apenas, de determinar a massa de uma amostra em seu 
estado natural e após o processo de secagem em estufa a 105-110°C. 
22
FERTILIDADE DO SOLO
MULTIVIX EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
Método da frigideira
Consiste na secagem de uma amostra de solo por meio de uma 
frigideira em um fogareiro, sendo rápido e simples, principalmente, 
pela praticidade de ser realizado no campo.
Método Speedy
Realizado por aparelho medidor de pressão de gás patenteado em 
nível mundial, conhecido como Speedy.
1.2 CONHECENDO A FERTILIDADE DO SOLO
A fertilidade do solo busca entender os aspectos relacionados com a dinâmi-
ca, o suprimento e a disponibilidade dos nutrientes das plantas. Esse processo 
possibilita o manejo eficiente do solo e dos cultivos, viabilizando a adesão de 
técnicas que fornecem nutrientes, como a adubação, garantindo uma eleva-
da produtividade, a partir da redução no custo de produção. Todavia, o papel 
da fertilidade do solo consegue abranger, devido à sua importância, aspectos 
que vão além da produtividade agrícola, os quais, como consequência, ofere-
cem menor impacto ambiental (BRANDÃO et al., 2021).
Como você pôde perceber, a fertilidade do solo é essencial para o sucesso da 
produção, mas você saberia dizer como ela se apresenta no campo? É isso 
que vamos ver a seguir.
1.2.1 IMPORTÂNCIA E TIPOS DE FERTILIDADE 
DO SOLO
Sabe-se que a maioria dos solos existentes, infelizmente, apresenta baixa 
qualidade no que diz respeito à fertilidade. Diante dessa realidade, os solos 
necessitam de investimento, como o uso de corretivos ou fertilizantes para 
a construção ou a recuperação da fertilidade, com a finalidade de obter ga-
nhos na produtividade. Além de garantir maior produtividade, o uso desses 
insumos é de fundamental importância, uma vez que asseguram melhor 
aproveitamento de áreas já desmatadas ou degradadas, minimizando os 
impactos ambientais.
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De acordo com Lopes e Guilherme (2007), cerca de 50% ou mais dos aumen-
tos de produção e produtividade das culturas deve-se ao manejo adequado e 
efetivo da fertilidade do solo.
Você vai perceber, ao logo de suas atividades profissionais, que é muito co-
mum confundir-se o solo fértil com um solo produtivo. No quadro a seguir, 
vamos identificar as diferenças entre eles.
QUADRO 1 – DIFERENCIAÇÃO DO SOLO FÉRTIL COM O SOLO PRODUTIVO
Solo Fértil Solo Produtivo
Contém todos os nutrientes essenciais em 
quantidade adequada e balanceada
Localizado em região com quantidade de 
água e luz satisfatória
Apresenta boas características físicas e 
biológicas
Ausência de pragas e doenças
Está livre de elementos tóxicos Ausência de qualquer outro impedimento 
ao crescimento vegetal
Disponibiliza boas condições hídricas
Fonte: Adaptado de Lopes e Guilherme (2007).
#PraTodosVerem: listagem comparativa na definição de solo fértil e solo produtivo.
Nesse contexto, é importante identificar o tipo de fertilidade presente no solo, 
a fim de garantir a melhor recomendação no fornecimentode nutrientes e, 
ainda, se há necessidade de realizar a prática de manejo.
Para tanto, veremos, a seguir, que há quatro tipos de fertilidade do solo, a sa-
ber: natural, atual, potencial e operacional.
Fertilidade natural
É a fertilidade de formação, ou seja, de origem do solo. Esse é o tipo de 
fertilidade de um solo que nunca tenha sido utilizado pelo homem.
Fertilidade atual
É a fertilidade verificada após a utilização de práticas de manejo 
pelo homem. Esse tipo, geralmente, já sofreu algum processo de 
incorporação de nutrientes.
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Fertilidade potencial
A fertilidade manifesta-se conforme alguma condição estabelecida. 
Nessa situação, há alguma característica interferindo na real capacidade 
do solo para o fornecimento de nutrientes, como os solos ácidos.
1.2.2 ELEMENTOS ESSENCIAIS ÀS PLANTAS
É de nosso conhecimento que há inúmeros elementos, quimicamente, em 
uma amostra de solo, e o mesmo ocorre ao se analisar as plantas. Portanto, 
qualquer elemento que se encontre disponível no solo, possivelmente, pode 
ser absorvido pela planta. Desse modo, não é obrigatório que os elementos 
que estejam disponíveis no solo sejam essenciais para a nutrição das plantas; 
por essa razão, deve-se identificar quais deles são fundamentais para o cres-
cimento e o desenvolvimento delas.
Assim, fica a pergunta: como ter a certeza de que um elemento é essencial 
para o desenvolvimento da planta? Pensando nisso, Arnon e Stout (1939) de-
finiram critérios para definir o que torna um elemento essencial ao desenvol-
vimento vegetal, conforme exposto no quadro abaixo.
Além desses três tipos, há, ainda, a fertilidade 
operacional, estimada pela determinação dos 
teores de nutrientes por meio de extratores 
químicos, ou seja, por soluções químicas que 
mostram, a partir da reação, as quantidades dos 
nutrientes. É comum ser correlacionada com as 
fertilidades natural e atual do solo, porém, nem 
sempre se mostra exatamente igual a elas.
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QUADRO 2 – CRITÉRIOS DE DEFINIÇÃO DOS ELEMENTOS ESSENCIAIS 
PARA O CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO VEGETAL
Critérios para definir a essencialidade de um nutriente
A planta não completa o seu ciclo de vida caso esse elemento esteja ausente
A planta necessita, obrigatoriamente, desse elemento, e, caso ele esteja ausente, 
ocasionará uma deficiência nutricional específica
O elemento é parte integrante de uma molécula essencial para o desenvolvimento da 
planta
São aqueles que entram, obrigatoriamente, na composição e/ou participam da sua 
fisiologia
Fonte: Adaptado de Arnon e Stout (1939).
#PraTodosVerem: listagem dos critérios para definição da essencialidade dos nutrientes.
Com base nesses critérios, apenas 17 dos elementos químicos se classificam 
como essenciais, estando divididos em dois grandes grupos: macro e micro-
nutrientes. Assim, os elementos essenciais para o desenvolvimento das plan-
tas são: C, H, N, O, S, P, K, Ca, Mg, Zn, Cu, Fe, Mn, Ni, Cl, B e Mo.
Além dos elementos essenciais, estão presentes 
na solução do solo componentes considerados 
elementos benéficos. São elementos que se 
encontram em concentrações muito baixas que, de 
alguma forma, auxiliam o crescimento vegetal, no 
entanto, não são essenciais ao processo (MENDES, 
2007). Até o momento, os elementos Al, Co, Ni, Se, Si, 
Na, V mostraram-se benéficos, sob determinadas 
condições especiais, auxiliando as plantas na 
absorção dos elementos essenciais.
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1.2.3 DISPONIBILIDADE DE NUTRIENTES
Como foi visto, as plantas necessitam de diversos nutrientes, os quais podem es-
tar presentes no solo, naturalmente, ou sendo acrescidos pelo manejo, como a 
adubação. A questão é que os nutrientes devem estar disponíveis para as plan-
tas, contudo, diversos fatores podem influenciar a dinâmica desses nutrientes 
no solo, promovendo a diversidade na disponibilidade desses nutrientes.
FIGURA 6 – DISPONIBILIDADE DOS NUTRIENTES, EM FORMA IÔNICA, NO SOLO
Fonte: De Bona (2016, p. 9).
#PraTodosVerem: demonstração de como os íons dos nutrientes se localizam na região 
radicular da planta. 
Dessa forma, em função do fator transporte, a disponibilidade do teor de um 
nutriente determinado dependerá dos aspectos físicos do solo que possam 
interferir na mobilidade dos íons. Dentre os aspectos que possam interferir, 
destacam-se a textura, o nível de compactação do solo (porosidade) e a umi-
dade do solo. 
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CONCLUSÃO
Esta unidade teve como objetivo a abordagem dos conceitos relacionados à 
física e à fertilidade presentes nos solos, tendo como principal intuito fortale-
cer e redirecionar seus conhecimentos para o manejo essencial de um cultivo: 
a adubação.
Restou evidente, em nossas abordagens, a importância do conhecimento 
que profissionais do setor necessitam ter para compreender a interação dos 
compostos presentes no solo.
Neste material, foi apresentado, ainda, o modo como as características físicas 
influenciam a disponibilidade dos nutrientes, assim como o uso da água de 
forma racional, conforme a categoria de estrutura e porosidade do solo. Além 
disso, foi possível verificar os motivos pelos quais os componentes são essen-
ciais para o desenvolvimento das plantas.
A partir do conteúdo desta unidade, você pôde compreender como funciona 
a correlação solo-planta, tema que será abordado na próxima unidade.
Assim, aproveite este espaço para fazer suas anotações referentes ao conteú-
do desta unidade e se preparar para o próximo conteúdo.
Você sabia que a disponibilidade dos nutrientes 
também pode sofrer influência da planta? Estudos 
reconhecem que a própria planta apresenta papel 
essencial na aquisição dos nutrientes, alterando e, 
em alguns casos, controlando a disponibilidade de 
nutrientes no solo.
UNIDADE 2
OBJETIVO 
Ao final desta 
unidade, 
esperamos que 
possa:
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> Entender a distribuição e 
a absorção dos nutrientes 
por meio do sistema solo-
planta.
> Adquirir os conceitos de 
acidez e como ela atua no 
pH do solo.
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2 CORRELAÇÃO SOLO-PLANTA
INTRODUÇÃO DA UNIDADE
Esta unidade abordará os diferentes mecanismos de transporte de nutrientes 
no solo, que são o fluxo de massa, a difusão e a osmose, tão importantes para 
a nutrição das plantas. Além disso, veremos alguns aspectos da acidez e do 
pH, que são tópicos essenciais para a fertilidade do solo, estando diretamente 
relacionados com a movimentação e a disponibilização dos nutrientes para 
as plantas. 
Nesse contexto, vamos aprender que os nutrientes precisam estar no solo nas 
suas formas iônicas e que, por isso, é necessária a manutenção da acidez em 
níveis adequados. Normalmente, à medida que a raiz das plantas cresce, há 
absorção dos nutrientes no trajeto de crescimento. No entanto, com o tem-
po, há um decréscimo da quantidade desses elementos próximos às raízes e, 
com isso, os nutrientes precisam se movimentar até as raízes das plantas para 
que, assim, sejam absorvidos. 
Dessa forma, ao final do estudo desta unidade, você entenderá como os nu-
trientes se movem no solo e como são absorvidos pelas plantas. Além disso, 
você vai entender qual a relação que há entre a acidez, o pH e a disponibili-
dade dos nutrientes. Com isso, fica claro que esta unidade é de suma impor-
tância, visto que é imprescindível conhecer os fatores, dentro da fertilidade 
do solo, que favorecem ou limitama produtividade. Para isso, é fundamental 
conhecer as relações solo-planta que existem.
Contamos com a sua participação ativa para atingir os nossos objetivos pro-
postos para esta unidade.
2.1 TRANSPORTE DE NUTRIENTES NO SOLO
As raízes das plantas conseguem captar os nutrientes ao longo do seu pro-
cesso de crescimento (Figura 1). No entanto, a concentração dos elementos 
no solo ao redor do sistema radicular tende a diminuir, conforme se desen-
volvem. Assim, o transporte do nutriente no solo é imprescindível para a ab-
sorção dos elementos e, consequentemente, para a manutenção da nutrição 
das plantas (NOVAIS; MELLO, 2007). 
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Interceptação radicular
Representa uma forma de absorção de apenas uma pequena parcela 
do nutriente total requerido (MARSCHNER, 1995). Por esse motivo, 
o mecanismo em questão não é, muitas vezes, considerado no 
transporte de nutrientes. Isso pode ser explicado pelo fato de esse 
mecanismo de absorção de nutrientes não aceitar trocas diretas 
entre as partículas edáficas e as raízes das plantas, havendo sempre 
a necessidade do meio líquido, para que a absorção radicular ocorra 
(RUIZ et al., 1999; VILLAR, 2007).
FIGURA 1 – INDICAÇÃO DA INTERCEPTAÇÃO RADICULAR
Fonte: Ferri (1979) apud Machado (1997, p. 7). 
#PraTodosVerem: imagem ilustrativa do pelo absorvente para a interceptação pelas raízes.
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No geral, os principais mecanismos de transporte de nutrientes são: fluxo de 
massa, difusão e osmose. A seguir, veremos cada um desses em detalhes.
2.1.1 FLUXO DE MASSA
O fluxo de massa (FM) é uma consequência da existência de um potencial hí-
drico no solo. A diferença desse potencial é responsável pela movimentação de 
massa de água em direção ao sistema radicular, arrastando os nutrientes que 
estão na solução do solo. Ou seja, ocorre uma movimentação do local onde o 
potencial é maior para o local onde o potencial é menor. Dessa forma, o FM irá, 
sempre, seguir o fluxo transpiracional das plantas (NOVAIS; MELLO, 2007).
Sendo assim, no geral, pode-se dizer que o FM consiste na quantidade de nu-
trientes (íons) que chega até a rizosfera (região radicular das plantas), em de-
corrência da absorção de água pelas plantas. Essa taxa de absorção de água 
é função direta de dois fatores: demanda atmosférica e controle interno das 
espécies vegetais. Dessa forma, a planta, no processo transpiratório, bombeia 
a água que está em contato com a raiz e, consequentemente, a água que se 
encontra longe migra, seguindo o potencial matricial. E, nesse fluxo, os nu-
trientes vêm junto com a água para a rizosfera. Nesse cenário, quando a con-
centração do elemento na solução do solo é elevada (eis a importância da 
adubação), o fluxo de massa é essencial para suprir as necessidades nutricio-
nais das plantas (Figura 2) (VILLAR, 2007; MCELRONE et al., 2013). 
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FIGURA 2 – MOVIMENTAÇÃO DA ÁGUA NA PLANTA, DEMONSTRANDO A RELAÇÃO 
SOLO-PLANTA-ATMOSFERA E COMO OCORRE O FLUXO DE MASSA QUE CARREGA OS 
NUTRIENTES
Fonte: Mcelrone et al. (2013, on-line).
#PraTodosVerem: imagem esquematizada do fluxo transpiracional das plantas.
No transporte por fluxo de massa, o potencial 
hídrico no solo vai seguir sempre a sequência: solo 
> sistema radicular > folhas > atmosfera, o que 
estabelece o fluxo transpiracional das espécies 
vegetais (Figura 2).
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Nesse cenário, é importante destacar que, para que ocorra esse movimen-
to, é necessária a presença de água no solo, que atua como um veículo de 
íons (NOVAIS; MELLO, 2007; BATISTA et al., 2018). Dessa forma, em condi-
ções de déficit hídrico, é de se esperar que haja uma diminuição da ab-
sorção de nutrientes que são transportados por FM, tais como o cálcio e o 
nitrogênio, por exemplo. 
Por outro lado, quando a concentração dos elementos na solução do solo es-
tiver baixa, é possível constatar que a quantidade de íons que chega até a 
região da rizosfera fica aquém da necessidade das plantas. Assim, não é pos-
sível suprir a demanda nutricional das espécies vegetais. Porém, quando ana-
lisamos as plantas, principalmente para determinação de elementos espe-
cíficos (como o fósforo), é possível identificar que a quantidade do nutriente 
no interior da planta é maior do que a quantidade estimada pelo transporte 
por FM. Nesse cenário, é possível concluir que algo está contribuindo para o 
transporte desse dado elemento da solução, que se encontra longe da raiz, 
até a proximidade da rizosfera. A esse fenômeno de transporte se dá o nome 
de difusão ou fluxo difusivo (VILLAR, 2007; BATISTA et al., 2018).
2.1.2 DIFUSÃO
No geral, o transporte de nutrientes por difusão é caracterizado pela movi-
mentação de íons em direção à raiz, em decorrência do gradiente de con-
centração promovido pelo sistema radicular; enquanto o FM, como vimos no 
tópico anterior, está associado ao gradiente de potencial hídrico, que é pro-
vocado pela absorção de água pelas espécies vegetais. Sendo assim, pode-se 
assumir que a difusão é o movimento dos íons dos nutrientes das regiões de 
maior concentração para as regiões de menor concentração (VILLAR, 2007; 
PAULINO et al., 2015).
Nutrientes por fluxo de massa
No geral, são transportados por fluxo de massa os nutrientes mais 
móveis no solo. Como exemplos, podemos citar o cálcio e o nitrogênio.
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Nutrientes por difusão
São transportados por difusão, de modo geral, os elementos menos 
móveis, os elementos que apresentam baixas concentrações na fase 
líquida e os elementos que são altamente exigidos pelas plantas. 
Como principais exemplos, podemos citar o fósforo e o potássio.
No geral, ao contrário do FM, o processo de transporte por difusão é mais 
lento e ocorre, basicamente, na vizinhança do sistema radicular. Dessa forma, 
esse tipo de movimento é fortemente influenciado pelos fatores do solo (sis-
temas coloidais) e da planta (crescimento e morfologia do sistema radicular). 
Sendo assim, a análise de como os nutrientes são transportados e absorvidos 
pelas plantas deve ser entendida como fator primordial para o processo de 
fertilização das espécies vegetais, visto que esse conhecimento é fator-chave 
para reduzir a limitação produtiva imposta pela falta do nutriente (NOVAIS; 
MELLO, 2007). Em outras palavras, em termos mais práticos, o conhecimento 
sobre o transporte do nutriente tem implicações diretas na localização e na 
forma de aplicação dos fertilizantes (Quadro 1) (VILLAR, 2007).
QUADRO 1 - RELAÇÃO DO NUTRIENTE, DO TIPO DE TRANSPORTE E DA 
FORMA DE APLICAÇÃO DO FERTILIZANTE.
Nutriente
Transporte (%)
Aplicação do adubo
FM Difusão
N 99 0 Distante, em cobertura
Fósforo 4 94 Próximo das raízes
Potássio 25 72 Próximo das raízes, em cobertura (parte)
Os valores que faltam para completar 100% correspondem à interceptação radicular.
Fonte: Malavolta et al. (1997).
Além disso, é importante destacar que, assim como no FM, a água tem pa-
pel fundamental para o transporte por difusão. Dessa forma, práticas como 
irrigação têm se mostrado de grande importância para o aumento da dispo-
nibilização de nutrientes essencialmente transportados por difusão, como o 
fósforo (Figura 3). O fluxo difusivo desse elemento é diminuído em condições 
de solo seco, de forma que ele tende a ficar adsorvido aos coloides do solo 
(NOVAIS; MELLO, 2007; VILLAR, 2007). 
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Portanto, é importanteverificar e destacar que a movimentação por difusão 
depende, basicamente, da diferença de concentração do elemento na solu-
ção da rizosfera e da solução do solo longe da raiz, assim como do teor de 
umidade do solo, do fator tortuosidade, do poder tampão do solo e, também, 
da superfície radicular (NOVAIS; MELLO, 2007).
FIGURA 3 – EFEITO DA QUANTIDADE DE ÁGUA NO EFEITO DIFUSIVO DO FÓSFORO NO 
SOLO.
SECA SECA
Filme
de água
H2PO4-
Difusão
Adsorção
Raiz
Filme de água
mais delgado
Colóide
Fonte: Abud et al. (2018, p. 21).
#PraTodosVerem: gráfico mostrando a relação da difusão do fósforo e do teor de água no 
solo.
Quando esse processo de transporte de nutrientes por difusão ocorre por 
meio de uma membrana permeável à água e impermeável a solutos (semi-
permeável), esse movimento de transporte é denominado osmose, sendo 
um processo extremamente importante na absorção dos nutrientes e, con-
sequentemente, na nutrição das plantas (VILLAR, 2007; BATISTA et al., 2018).
2.1.3 OSMOSE
Antes de abordar, diretamente, a osmose, é imprescindível entender o con-
ceito de potencial hídrico (ψw), que representa o potencial químico da água, 
o qual, em outras palavras, indica a energia livre associada. No geral, em siste-
mas classificados como osmóticos, a água tende a se deslocar das regiões de 
maior ψw (maior energia) para as regiões de menor ψw (menos energia livre). 
Sendo assim, o comportamento de deslocamento, até atingir o equilíbrio, 
sem exercer qualquer pressão sobre o sistema, ocorre como demonstrado na 
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Figura 3. O deslocamento segue da zona de maior ψw, ou seja, da água pura, 
com maior energia livre, para a zona de menorψw, que apresenta a solução de 
sacarose a 0,1 M e, com isso, apresenta menor energia livre (CORREIA, 2014). 
FIGURA 4 – COMPORTAMENTO DO DESLOCAMENTO OSMÓTICO, DO MAIOR POTENCIAL 
PARA O MENOR POTENCIAL, SEM PRESSÃO SENDO EXERCIDA.
Fonte: Correia (2014, p. 12).
#PraTodosVerem: esquema ilustrativo, com bolinhas azuis, que representam a água, 
bolinhas vermelhas, que representam a presença da sacarose, e uma seta ilustrativa do 
deslocamento osmótico da água pura para a água com sacarose.
Diante do exposto, o processo de transporte denominado osmose indica o 
movimento de um solvente, como a água, por meio de uma membrana clas-
sificada como permeável. Como foi apresentado no fluxo em massa, o trans-
porte dos nutrientes ocorre em virtude de gradiente de pressão; no trans-
porte por difusão, o movimento ocorre em decorrência de um gradiente de 
concentração; já na osmose, os dois tipos de gradiente vistos anteriormente 
vão influenciar no transporte. Dessa forma, nesse modo de movimentação 
dos íons, tanto a direção quanto a taxa de fluxo de água são determinados 
pela soma das duas forças: gradiente de pressão e de concentração. Diante 
disso, pode-se expressar a osmose pela equação (TAIZ; ZEIGER, 2004; COR-
REIA, 2014): 
Osmose = função (gradiente de pressão + gradiente de concentração)
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Na prática, a força que impulsiona o deslocamento ou a movimentação da 
água é expressa como gradiente de potencial químico ou como um gradien-
te de ψw. Sendo assim, nesse cenário, é possível definir que o movimento 
de água, por meio de uma membrana vegetal com permeabilidade seletiva, 
é realizado em decorrência desse gradiente de potencial hídrico. No geral, 
esse transporte de água ocorre a favor do gradiente, ou seja, de uma região 
de maior pressão para uma de menor. Esse tipo de transporte a favor é de-
nominado transporte passivo. No entanto, quanto há presença de pressão, 
em decorrência da barreira seletiva das membranas celulares, o movimento é 
denominado como ativo, e passa a ter um deslocamento diferente (Figura 5) 
(FERREIRA, 1992; HOPKINS, 2000; CORREIA, 2014).
FIGURA 5 – COMPORTAMENTO DO DESLOCAMENTO OSMÓTICO QUANDO HÁ ALGUMA 
PRESSÃO SENDO EXERCIDA
Fonte: Correia (2014, p. 13). 
#PraTodosVerem: esquema ilustrativo com bolinhas azuis, que representam a água, 
bolinhas vermelhas, que representam a presença da sacarose, e uma seta ilustrativa do 
deslocamento osmótico da água com sacarose para a água pura, mostrando que houve 
mudança no sentido do deslocamento em função da pressão.
Como as espécies vegetais apresentam paredes vegetais rígidas, ocorrem 
variações importantes no potencial de pressão no interior das células e essa 
pressão vai contribuir para que haja alteração no valor do potencial hídrico. 
Dessa forma, há mudança no deslocamento osmótico (Figura 4) (TAIZ; ZEI-
GER, 2004; CORREIA, 2014).
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2.2 REAÇÃO NO SOLO
A reação do solo interfere diretamente nos processos biológicos, químicos e 
físico-químicos no solo. Um dos principais processos consiste na disponibili-
dade dos nutrientes e dos elementos tóxicos, visto que há uma relação direta 
entre a disponibilidade e o pH do solo (Figura 6) (IPNI, 1998; BATISTA et al., 
2018; FINKLER et al., 2018).
Para a fixação do conteúdo de difusão e osmose, 
assista ao vídeo elaborado pelo Departamento de 
Fisiologia e Biofísica da UFMG. Acesse: https://www.
youtube.com/watch?v=vsZGNtJ6tkk. Acesso em 16 
de abril de 2022
Mas o que condiciona a acidez? As variações do 
pH estão diretamente relacionadas com a adição 
ou a remoção das bases no solo (Ca+2, Mg+2, K+) por 
fatores naturais e/ou de manejo, que originam íons 
H+. Quanto mais H+, mais ácido é o meio. Além disso, 
os solos brasileiros apresentam, naturalmente, 
elevados níveis de Al+3 e baixos níveis de cálcio e 
magnésio. 
https://www.youtube.com/watch?v=vsZGNtJ6tkk
https://www.youtube.com/watch?v=vsZGNtJ6tkk
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FIGURA 6 – FAIXAS DE DISPONIBILIDADE DOS NUTRIENTES NO SOLO EM FUNÇÃO DO 
PH
Fonte: INPI (1998, p. 37).
#PraTodosVerem: gráfico com as faixas de disponibilidade dos nutrientes, mostrando que a 
faixa ideal de pH está compreendida entre 6,0-6,5.
2.2.1 ACIDEZ TROCAVEL E NÃO TROCÁVEL
A diferença entre a acidez trocável e não trocável é apresentada na Figura 
7, com a forma de identificação de qual acidez é estabelecida a partir do 
extrator utilizado. No geral, sais de ácidos fortes (ex.: cloretos ou nitratos de 
potássio) extraem a acidez trocável do solo, que consiste, basicamente, no 
alumínio trivalente. Já para a extração da acidez não trocável são utilizados 
sais de ácidos mais fortes misturados a bases classificadas como tamponan-
tes (BATISTA et al., 2018).
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FIGURA 7 – COMPONENTES DA ACIDEZ POTENCIAL DO SOLO – ACIDEZ TROCÁVEL E 
NÃO TROCÁVEL
Fase sólida 
CTC
Argila 
Húmus
Sesquióxidos
- Ca
- Al
AIO -H
- COO -Al
- COO -H
O -H
FeO -H
AlO -H
Acidez
trocável
Acidez
não
trocável
Fonte: Raij e Quaggio (1983) apud Batista et al. (2018, p. 16).
#PraTodosVerem: imagem ilustrativa das ligações de H e Al na acidez trocável e não trocável 
do solo.
Diante do exposto, no geral, a acidez trocável considera, em sua análise, tan-
to o H+ (hidrogênio) quanto o Al+3 (Alumínio), que estão adsorvidos nas su-
perfícies coloidais do solo por forças eletrostáticas (minerais de argila) (Figu-
ra 6). Como se sabe, o alumínio apresenta um destacado papel na acidez dos 
solos, por ser considerado fitotóxico, e o seu teor no solo representa parte 
da acidez denominada acidez nociva (NOVAIS; MELLO, 2007; VILLAR, 2007; 
BATISTA et al., 2018). 
Por outro lado, a acidez não trocável consiste nos íons H+ da fase sólida que 
compõem uma parte da acidez potencial. Nesse cenário, esse tipo de acidez, 
praticamente, não causa danos aocrescimento das espécies vegetais. Na prá-
tica, em solos ricos em matéria orgânica e, consequentemente, que apresen-
tam grandes concentrações de H+, essa acidez não trocável representa, ape-
nas, a necessidade de maior quantidade de calcário, visando aumentar o pH 
do solo, visto que apresenta um maior poder tampão (BATISTA et al., 2018). No 
geral, esses íons de H+ estão unidos por ligações covalentes com as frações 
orgânicas e minerais do solo, o que signfica dizer que são mais difíceis de se-
rem rompidas (INPI, 1998). 
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FERTILIDADE DO SOLO
FIGURA 8 – EXEMPLO DE UMA ANÁLISE DE SOLO. 
Fonte: PrezottI e Guarçoni, (2013, p. 15).
#PraTodosVerem: tabela de análise de solo, com indicação circular, em vermelho, sobre a 
quantidade de alumínio presente no solo analisado.
Em um cenário no qual os valores de pH do solo se encontram próximos de 
6,0, ainda é possível ter acidez não trocável, mas não há mais acidez trocável 
(ou nociva), visto que todo o alumínio presente no solo já foi precipitado na 
forma de Al(OH)3. Em termos mais práticos, mesmo com a acidez não trocá-
vel, não há efeitos deletérios às espécies vegetais (RAIJ, 1991; INPI, 1998; BATIS-
TA et al., 2018).
Nas análises de rotina laboratoriais, a acidez trocável 
é, muitas vezes, representada como Al+3 trocável ou 
acidez nociva, visando destacar o efeito prejudicial 
deste no desenvolvimento normal da maior parte 
das culturas agrícolas produzidas. 
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FERTILIDADE DO SOLO
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2.2.2 ACIDEZ ATIVA E POTENCIAL
A acidez ativa consiste nos íons H+ que se encontram dissociados na solução 
do solo, sendo facilmente medida pelo pH, a partir da utilização de instru-
mentos denominados pHmetros. No Brasil, as medições mais comuns são o 
pH em água e o pH em solução de CaCl2 a 0,01M. De acordo com os valores 
de pH, é possível indicar a acidez ativa no solo (Figura 8) (BATISTA et al., 2018).
FIGURA 9 – GRAUS DE ACIDEZ, ALCALINIDADE E NEUTRALIDADE ENCONTRADOS NA 
MAIORIA DOS SOLOS AGRÍCOLAS
Fonte: INPI (1998, p. 32).
#PraTodosVerem: escala indicativa de acidez, variando do pH 4 (acidez muito forte), 
passando pelo pH 7 (neutralidade) e atingindo o pH 9 (alcalinidade do solo).
Para entender mais sobre os resultados de análises 
de solo, com ênfase na acidez, leia o “Guia Prático 
para Interpretação de Resultados de Análises 
de Solo”, disponibilizado pela Embrapa, no link: 
https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/infoteca/
bitstream/doc/1042994/1/Doc206.pdf.
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FERTILIDADE DO SOLO
Quais os fatores que influenciam essas variações do pH do solo? No geral, 
os principais são: material de origem do solo, precipitação, decomposição da 
matéria orgânica do solo (MOS), o tipo de cultura e a adubação nitrogenada 
(INPI, 1998; NOVAIS; MELLO, 2007).
Material de origem
Tipo de rocha que deu origem ao solo. Geralmente, solos oriundos de 
material de origem básica tendem a apresentar valores de pH mais 
altos, sendo o inverso também verdadeiro.
Precipitação
A água da chuva, passando pelo solo, tem o poder de lixiviar os 
nutrientes básicos (ex.: Ca+2, Mg+2), o que promove o aumento do pH.
Decomposição da MOS
Promove a formação de ácido carbônico e água, contribuindo para 
formar bicarbonatos solúveis, que são facilmente perdidos pelo 
processo de lixiviação (ex.: pela chuva ou irrigação), aumentando pH.
Tipo de cultura
Existem culturas que, na colheita, removem mais as bases do solo do 
que outras. Ex.: espécies leguminosas (ex.: alfafa) tendem a remover 
maiores quantidades de bases do que as espécies não leguminosas 
(ex.: milho, algodão).
O pHmetro consiste no potenciômetro de 
hidrogênio, que mede o pH com facilidade e êxito. 
Existem vários modelos disponíveis no mercado.
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Adubação nitrogenada
Altas doses de nitrogênio (adubação mineral e/ou orgânica, fixação de 
N) promovem o aumento da acidez do solo. Sendo assim, a fertilização 
deve ser realizada com cautela.
Por outro lado, a acidez potencial refere-se aos íons H+ dissociáveis de várias 
fontes no solo, sendo, normalmente, estimada pelos teores de H+ e Al3+. Como 
vimos no tópico anterior, essa acidez potencial pode ser dividida em duas for-
mas: (1) forma trocável (conhecida como acidez trocável), sendo representada 
pelos íons de alumínio (Al3+) e apenas uma pequena porção de íons H+ trocá-
veis adsorvidos ao material coloide do solo; (2) forma não trocável (conhecida 
como acidez não trocável), constituída pelos íons H+ que são dissociáveis de 
diversas fontes, tais como os que se encontram ligados, covalentemente, a 
compostos da MOS, aos minerais de argila e aos íons de alumínio (Figura 9) 
(BATISTA et al., 2018; FINKLER et al., 2018).
FIGURA 10 – DEMONSTRAÇÃO ESQUEMÁTICA DA ACIDEZ POTENCIAL (FASE SÓLIDA, 
COM PRESENÇA DE ÍONS H+ E AL) E ACIDEZ ATIVA (FASE LÍQUIDA, COM PREDOMÍNIO 
DE ÍONS H+).
Fonte: Batista et al. (2018).
#PraTodosVerem: dois quadros, sendo o primeiro demostrando barras azuis como a 
fase sólida do solo, em que os íons estão ligados. No segundo, há presença de íons de 
hidrogênio soltos no quadro, indicando que ficam livres na solução do solo.
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FERTILIDADE DO SOLO
FIGURA 11 – COMPONENTES DA ACIDEZ DO SOLO
Fonte: Lopes et al. (1991, p. 3)
#PraTodosVerem: sequências de setas e indicações sobre as ligações químicas que ocorrem 
no solo e suas respectivas representações de acidez.
Resumindo para fixação:
Acidez ativa = H+ da solução do solo
Acidez trocável = Al+3 trocável + H+ trocável (quando 
houver)
Acidez não trocável = H+ de ligação covalente
Acidez potencial = Al+3 trocável + H+ trocável (quando 
houver) + H+ de ligação covalente.
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2.2.3 TAMPÃO DO SOLO
O poder tampão (ou capacidade tampão) consiste na resistência que o solo 
apresenta em ter o seu pH modificado, quando tratado a partir da aplicação 
de bases ou ácidos, visando aos ajustes. Dessa forma, quanto maior a acidez 
potencial (a acidez com presença de H+ e Al+3 ligado a fração sólida do solo), 
maior será o poder tampão do solo, ou seja, são grandezas diretamente pro-
porcionais. No geral, os solos que apresentam maior quantidade de argila e/
ou de teor de matéria orgânica tendem a apresentar maior poder tampão, em 
decorrência da maior quantidade de cargas no solo, quando comparados a so-
los mais arenosos e pobres em MOS (RAIJ, 1991; IPNI, 1998; BATISTA et al., 2018).
Sendo assim, a importância do conhecimento sobre o poder tampão determi-
nado solo justifica-se pela necessidade de determinação da adição de calcário 
ou gesso agrícola, visando ao ajuste do pH a níveis adequados, para promover 
a disponibilização dos nutrientes às plantas, conforme visto anteriormente. 
Isso tem implicações, inclusive, na frequência de realização de análises quí-
micas do solo, como objetivo de avaliar a acidez, pois, quanto maior o poder 
tampão, maior será o espaço de tempo entre um manejo de ajuste do pH e 
outro. A Figura 11 mostra curvas de neutralização obtidas em diferentes tipos 
de solo, demonstrando o que foi explicado sobre os contrastantes dos solos 
com diferente poder tampão (PROCHNOW, 2014).
Para entender mais sobre a acidez do solo, leia o 
capítulo ”Acidez e basicidade”, no livro ”Química e 
Fertilidade do Solo”, disponível na Biblioteca Digital.
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FIGURA 12 – CURVAS DE NEUTRALIZAÇÃO DE SOLOS AGRÍCOLASCOM DIFERENTES 
CAPACIDADES DE TAMPONAMENTO DO PH
Fonte: Raij (2011, apud Prochnow, 2014, p. 1).
#PraTodosVerem: gráfico da relação do pH com a quantidade de calcário necessária a ser 
aplicada para o ajuste da acidez.
Como pode ser observado na Figura 11, o solo que apresenta um poder tam-
pão mais baixo demanda menor necessidade de aplicação de CaCO3 para 
atingir o mesmo pH que um solo que apresenta maior poder tampão. Por 
exemplo, enquanto o solo B precisa de 2 t/ha, o solo E precisa de 15 t/ha, um 
valor quase oito vezes maior. Dessa forma, é necessário estar sempre atento 
para não aplicar mais produtos do que o necessário no solo, visto que o au-
mento excessivo do pH (acima de 7) promove a diminuição da disponibilida-
de de vários nutrientes importantes para as plantas, principalmente os micro-
nutrientes (PROCHNOW, 2014; BATISTA et al., 2018).
Todas essas informações são relevantes, visto a importância da correção da 
acidez do solo. Assim, para que a correção seja realizada de forma adequada, 
o uso correto dos materiais químicos (assim como as quantidades corretas) 
são pontos-chave e fundamentais para o manejo bem-sucedido da produção 
agrícola. Isso porque a correção da acidez, promove inúmeras melhorias nas 
propriedades físicas, químicas e biológicas dos solos, além de influenciar po-
sitivamente a disponibilização dos nutrientes para as culturas, reduzir a toxici-
dade do alumínio, entre outros benefícios (PROCHNOW, 2014).
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CONCLUSÃO
Nesta unidade, objetivou-se entender os detalhes do transporte, da distribuição 
e da absorção dos nutrientes, a partir do sistema solo-planta-atmosfera. Além 
disso, trabalhamos conceitos para que você adquirisse conhecimento sobre 
acidez, pH e sua relação com a disponibilidade dos nutrientes para as plantas.
Vimos, neste estudo, que os nutrientes tendem a se movimentar, principal-
mente, por três vias: fluxo de massa, difusão e osmose. Cada um desses nu-
trientes, como vimos, apresenta uma forma de deslocamento, a partir de de-
terminado gradiente. Essa movimentação dos nutrientes no solo é de suma 
importância para a nutrição vegetal, visto que o processo de absorção por 
interceptação radicular apresenta ínfima contribuição. Assim, a partir do ve-
ículo principal, que é a água, os nutrientes chegam á rizosfera e podem ser 
captados pelas espécies vegetais.
No entanto, para que os nutrientes fiquem disponíveis para ser absorvidos, é 
necessário que a acidez do solo esteja dentro dos parâmetros necessários: o 
pH precisa estar na faixa de 6,0-6,5. Em situações de análise de solo, na qual 
há determinação de pH abaixo dessa faixa, é indicado o manejo com calcário 
e/ou gesso, visando ao ajuste.
Para entender mais sobre conceitos básicos e a 
forma de resolver os problemas com acidez nos solos, 
leia o capítulo “Calagem do solo”, no livro “Química e 
Fertilidade do Solo”, disponível na Biblioteca Digital. 
Dessa forma, você já estará se preparando para o 
tema da Unidade 3 desta disciplina.
Para entender mais, na prática, como o ajuste do 
pH pela utilização de calcário influencia os atributos 
do solo (e na produtividade da cultura da soja), 
leia o trabalho desenvolvido por Teloeken (2018), 
disponível em: https://rd.uffs.edu.br/bitstream/
prefix/2558/1/TELOEKEN.pdf.
https://rd.uffs.edu.br/bitstream/prefix/2558/1/TELOEKEN.pdf
https://rd.uffs.edu.br/bitstream/prefix/2558/1/TELOEKEN.pdf
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UNIDADE 3
OBJETIVO 
Ao final desta 
unidade, 
esperamos que 
possa:
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> Adquirir o conhecimento 
relacionado às técnicas de 
calagem e de gessagem, 
para a correção da acidez 
do solo.
> Compreender a atuação 
da matéria orgânica para 
a qualidade da fertilidade 
do solo e como aplicá-la na 
adubação.
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3 ACIDEZ E MATÉRIA ORGÂNICA
INTRODUÇÃO DA UNIDADE
Nesta unidade, você conhecerá as principais características referentes à aci-
dez, à alcalinidade e à neutralização da acidez do solo, assim como a sua im-
portância para o setor agrícola. Além disso, conhecerá algumas fontes de ma-
téria orgânica e sua relevância para o rendimento na produção vegetal.
Para entender a ação e os efeitos da acidez do solo, é necessário compreender 
como funciona o pH, fator que serve como indicador do grau de acidez ou de 
alcalinidade do solo. A compreensão desse fator auxilia na busca de soluções 
para controlar tanto a acidez como a alcalinidade, por meio de práticas de 
manejo como a calagem e a gessagem.
A partir da correção da acidez do solo, é possível adequar e tornar esse solo 
propício ao cultivo das culturas que necessitam de um pH específico para o 
seu desenvolvimento.
Além da acidez, outro fator determinante para a fertilidade do solo e a produ-
ção é a matéria orgânica, a qual é responsável pelo fornecimento de nutrien-
tes essenciais para o crescimento e o desenvolvimento vegetal.
Desse modo, esta unidade proporcionará uma reflexão sobre a importância 
de conhecer os conceitos e a função da acidez e da matéria orgânica presente 
no solo. Este conteúdo está organizado em dois tópicos:
• correção da acidez, em que você entenderá os conceitos de acidez, os 
aspectos dos solos ácidos e como corrigir a acidez por meio da calagem e 
da gessagem;
• matéria orgânica, que consiste em compreender a importância da adubação 
orgânica e as formas de aplicação da adubação orgânica.
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3.1 CORREÇÃO DA ACIDEZ
Para realizar a correção da acidez, primeiramente, precisamos entender o que 
é pH. O pH é o potencial de acidez ou de alcalinidade do solo, ou seja, a con-
centração de íons livre de hidrogênio (H+), para acidez, e a concentração de 
íons de hidroxila (OH-), para alcalinidade, os quais estão presentes na solução 
do solo (Figura 1). O pH é responsável pela caracterização do comportamento 
químico do solo, visto que ele afeta diretamente a disponibilidade das subs-
tâncias e dos compostos químicos atuantes no solo. O método para a deter-
minação de pH é o potenciométrico, em que a amostra pode ser diluída em 
água ou em cloreto de cálcio (FINKLER, 2018).
FIGURA 1 – DETERMINAÇÃO DO POTENCIAL HIDROGENIÔNICO (ACIDEZ) E 
HIDROXILIÔNICO (ALCALINIDADE) E SUA RELAÇÃO
Potencial hidrogeniônico pH = - log [H+]
Potencial hidroxiliônico pOH - log [OH-]
Relação entre pH e pOH pH + pOH = 14
Entendendo o pH
Fonte: Elaborada pelo autor (2022).
#PraTodosVerem: o potencial hidrogeniônico (pH) é verificado pela concentração de H+ , e o 
potencial hidroxiliônico, pela concentração de íons OH-, além de sua relação.
O pH pode ser influenciado por diversas razões: características da rocha de 
formação do solo, presença de matéria orgânica, regime pluvial, manejo e 
práticas agrícolas, entre outros.
É essencial compreender a origem da acidez presente nos solos ácidos, pois 
isso facilita a identificação da acidez presente e, assim, torna-se possível reali-
zar a calagem de forma correta.
Para uma boa introdução do tema, clique no link 
e assista ao vídeo sobre o pH e como ele pode 
influenciar a produção agrícola Acesse: https://
www.youtube.com/watch?v=77zOeQwuNtg.
https://www.youtube.com/watch?v=77zOeQwuNtg
https://www.youtube.com/watch?v=77zOeQwuNtg
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3.1.1 SOLOS ÁCIDOS
Como já relatado, o pH determina a acidez do solo. Os solos ácidos são aque-
les que possuem alta concentração de íons livres de hidrogênio (H+) em sua 
solução aquosae apresentam o valor de pH inferior a 7,0 (Quadro 1).
QUADRO 1 – CATEGORIAS DA ACIDEZ E DA ALCALINIDADE, SEGUNDO O 
PH DO SOLO
 Valor de pH Categoria
Abaixo de 4,5 Extremamente Ácido
4,6 — 5,0 Ácido — Muito Forte
5,1 — 5,5 Ácido — Forte
5,6 — 6,0 Ácido — Médio
6,1 — 6,5 Ácido — Fraco
6,6 — 6,9 Ácido — Muito Fraco
7,0 (107) Neutro
7,1 — 7,5 Alcalino — Muito Fraco
7,6 — 8,0 Alcalino — Fraco
8,1 — 8,5 Alcalino — Médio
8,6 — 9,0 Alcalino — Forte
9,1 — 9,5 Alcalino — Muito Forte
Acima de 9,5 Extremamente Alcalino
Fonte: Adaptado de Osman, (2013, p. 107).
#PraTodosVerem: quadro com os valores de pH e as categorias de acidez e alcalinidade do 
solo para cada valor referente.
Que tal entender, na prática, como ocorre a 
determinação do pH do solo?
A seguir, você terá acesso a um material com 
atividades que possibilitam determinar o pH do 
solo. Acesse o link e amplie o seu conhecimento! 
http://www.escola.agrarias.ufpr.br/arquivospdf/
experimentotecasolos7.pdf
Lembre-se: faça as atividades acompanhado de 
alguém responsável, caso você seja menor de idade.
http://www.escola.agrarias.ufpr.br/arquivospdf/experimentotecasolos7.pdf
http://www.escola.agrarias.ufpr.br/arquivospdf/experimentotecasolos7.pdf
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É importante saber quais fatores são responsáveis por originar os solos ácidos. 
O primeiro deles está associado ao seu material de origem e aos processos de 
intemperismo que atuaram sobre ele, como o clima, a vegetação e a topo-
grafia. Esses processos auxiliam a redução do pH (aumento da acidez), com o 
passar do tempo (BRANDÃO et al., 2021).
 No entanto, é muito comum a acidificação do solo ser acelerada por ativida-
des agrícolas, como a aplicação de fertilizantes. Esse modo de acidificação já 
se tornou uma preocupação para o manejo sustentável dos sistemas agro-
nômicos e florestais, pois atinge cerca de 30% dos solos do planeta (STRAWN; 
BOHN; O’CONNOR, 2015). 
Esse tipo de acidificação ocorre em razão da alta exploração do solo por cultu-
ras de alta produtividade, as quais exigem o emprego de quantidades eleva-
das de fertilizantes, responsáveis pela alteração de outros atributos químicos 
do solo. Conforme a composição desse elemento, são responsáveis pela re-
dução da capacidade de troca catiônica e da quantidade de bases trocáveis, 
além de favorecer o aumento do teor de alumínio trocável (MELEM JÚNIOR; 
MAZA, 2002; MERTEN; MARTEL; RICHART, 2019).
Acidez ativa
Medida da acidez ou basicidade relativa do solo. Determina a 
solubilidade de muitas substâncias e fornece o ambiente de solução 
do solo(BRANDÃO et al., 2021).
Acidez trocável
Responsável pela capacidade imediata de tamponamento do solo e 
auxilia na determinação da quantidade de calcário necessária para o 
aumento do pH (OSMAN, 2013).
Acidez residual
Explica o comportamento geral ácido-base do solo, como alterações 
na acidez do solo, e pode ser considerada nos cálculos das taxas de 
correção do solo (BRANDÃO et al., 2021).
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A acidificação dos solos afeta o crescimento e o desenvolvimento das plan-
tas, pois a quantidade de nutrientes e de compostos químicos presentes na 
solução do solo são diretamente afetados pelo pH; quando este apresenta 
baixo valor, atuará em outras propriedades do solo, simultaneamente, como a 
toxicidade de determinados elementos e a atividade microbiana ativa no solo.
3.1.2 CALAGEM
Como prática de manejo para ajustar o pH do solo, isto é, corrigir a acidez e 
manter o solo com condições adequadas para o cultivo, utiliza-se o procedi-
mento conhecido como calagem. A calagem é realizada no decorrer da pre-
paração do solo para a realização de um cultivo agrícola, por meio da adição 
de materiais alcalinos que neutralizam a acidez do solo (OSMAN, 2013).
FIGURA 2 – REALIZAÇÃO DA CALAGEM, NA PREPARAÇÃO DO SOLO PARA CULTIVO, 
PARA CORREÇÃO DA ACIDEZ DO SOLO
Fonte: Trani et al. (2013, p. 18).
#PraTodosVerem: trator realizando a calagem no solo para corrigir a acidez antes de realizar 
o cultivo.
Há, ainda, a acidez potencial, estimada pela soma 
da acidez trocável com a acidez não trocável 
(residual). O produtor deve buscar corrigir a maioria 
da acidez potencial, isto é, a acidez trocável, uma 
vez que é a mais prejudicial ao crescimento e ao 
desenvolvimento da maioria das plantas.
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Para esse procedimento, utiliza-se como material de neutralização, na maio-
ria das vezes, carbonatos e bicarbonatos, e, às vezes, óxidos e hidróxidos de 
cálcio e magnésio (OSMAN, 2013). Em razão do baixo custo e da facilidade de 
aquisição e manuseio, os carbonatos são considerados os materiais calcários 
mais utilizados (BRANDÃO et al., 2021).
Em alguns solos que sofreram alto grau de intemperização, a quantidade de 
calcário, mesmo que pequena, pode ser suficientes para exibir melhorias no 
crescimento das plantas, muito mais em virtude da nutrição aprimorada de 
cálcio ou magnésio do que somente pela mudança no pH (MAGDOFF; WEIL, 
2004; OSMAN, 2013).
Para obter o calcário, é realizada a moagem da rocha 
calcária, constituída por carbonato de cálcio (CaCO3) 
e/ou carbonato de magnésio (MgCO3). Dessa 
forma, torna-se habitual, nos calcários utilizados no 
manejo agrícola, a presença dos elementos cálcio e 
magnésio. 
De acordo com Strawn, Bohn e O’Connor (2015), em 
certas situações, como no caso de solos que exibem 
certa deficiência em cálcio, ocorre a indicação do 
uso de calcita, pois esse elemento apresenta maior 
concentração de carbonato de cálcio. Já em outra 
situação, quando o solo também possui deficiência 
de magnésio, além da de cálcio, opta-se pelo uso 
da domilita, pois ela apresenta altas concentrações 
de cálcio e magnésio. Contudo, a domilita tem um 
custo mais elevado. 
Para o conhecimento mais aprofundado da 
temática, confira a Unidade B de Fertilidade do solo 
e nutrição de plantas, disponível neste link. 
https://repositorio.ufsm.br/bitstream/handle/1/16178/Curso_Agric-Famil-Sustent_Fertilidade-Solo-Nutricao-Plantas.pdf?sequence=1&isAllowed=y
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3.1.3 GESSAGEM
Uma prática de manejo muito utilizada nas camadas subsuperficiais no solo 
é a gessagem, que consiste na aplicação de gesso agrícola (CaSO4.2H2O) no 
solo, obtido por resíduos da produção de fertilizantes oriundos de rochas fos-
fatadas. Contudo, a gessagem não pode ser confundida com a calagem, uma 
vez que apresentam objetivos diferentes.
QUADRO 2 – PRINCIPAIS DIFERENÇAS DO USO DA CALAGEM E GESSA-
GEM
Calagem Gessagem
CaCO3.MgCO3 originado de rocha 
calcária
CaSO4.2H2O originado de rocha fosfatada
Neutraliza a acidez Não neutraliza a acidez
Atua somente na camada superficial 
(0-20 cm)
Atua em várias camadas subsuperficiais (20-
40, 40-60, 60-80 cm)
É indicada para solos com elevada 
acidez em superfície
É indicada para solos com elevado teor 
de Al3+ e/ou baixos teores de Ca e Mg em 
profundidade
Neutraliza a acidez e aumenta a CTC 
e a disponibilidade dos nutrientes em 
superfície
Diminui a saturação de Al em profundidade, 
melhora o ambiente radicular abaixo dos 
primeiros 20 cm, aumenta a absorção de água 
e nutrientes nas camadas subsuperficiais 
Fonte: Adaptado de Brandão et al., (2021, p. 249).
#PraTodosVerem: quadro comparativo das características das práticas de manejo para o 
solo: calagem e gessagem.
Conforme o quadro apresentado, somente a calagem promove a neutraliza-
ção da acidez do solo. Contudo, a gessagem mostra-se eficiente para a produ-
tividade agrícola. O gesso utilizado é uma excelente fonte de Ca e S, além de 
reduzir a saturação de alumínio presente no solo, propiciando melhor absor-ção de água e nutrientes pelo ambiente radicular das plantas.
É importante destacar que a gessagem só deve ser utilizada quando real-
mente for necessária. O uso inadequado desta prática pode auxiliar a perda 
das bases (cátions) por lixiviação, reduzindo a capacidade de alcance destas 
bases para as raízes das plantas. Deve-se tomar muito cuidado com essa situ-
ação, principalmente, nos solos arenosos. 
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3.2 O QUE É MATÉRIA ORGÂNICA?
A fertilidade é totalmente influenciada pelo teor de matéria orgânica existen-
te no solo. Esse teor é gerado como resultado do metabolismo dos organis-
mos vivos ou de sua própria decomposição (realizada por micro-organismos). 
Assim, a matéria orgânica, na verdade, é o agrupamento dos organismos vi-
vos e do material que está sofrendo decomposição, ou seja, a flora e a fauna 
existentes no solo, assim como a degradação de restos animais e das folhas e 
raízes das plantas mortas. 
FIGURA 3 – ORIGEM DA MATÉRIA ORGÂNICA DO SOLO
Fonte: Wikimedia Commons.
#PraTodosVerem: ilustração dos restos orgânicos que se transformarão em matéria 
orgânica e darão origem ao húmus.
De acordo com Brandão et al. (2021), o gesso não 
necessita de incorporação, apenas que seja aplicada 
a dose necessária sobre o terreno, completamente. 
Recomenda-se a aplicação, no mínimo, após 
três meses de ter sido realizada a calagem. É 
importante que a calagem tenha sido feita, pois, 
com a neutralização do pH, ela reduz a chance de 
que ocorra a lixiviação dos elementos, reduzindo, 
assim, o gasto de produção, a partir do incremento 
de produtividade.
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A quantidade de matéria orgânica presente no solo sofre variação conforme 
o intervalo de tempo. Isso ocorre devido ao fator de transformação rápida dos 
restos orgânicos pela ação da temperatura elevada e pela alta incidência de 
chuvas ( SILVA, 2015). Origina-se, a partir daí, um material rico em nutrientes e 
que possui uma elevada densidade de cargas negativas, as quais favorecem 
a permanência dos nutrientes catiônicos presentes no solo (SANTOS; SILVA, 
2010). Esse material orgânico sofre dois processos: a humificação, que origi-
nará o húmus, e a mineralização, que é um processo biológico essencial, res-
ponsável pelo fornecimento de nutrientes considerados importantes (macro 
e micronutrientes) para o crescimento das plantas (BARROS, 2020).
3.2.1 IMPORTÂNCIA
Como já citado, a matéria orgânica é a principal influência para a fertilida-
de do solo, no entanto, há outros fatores que demonstram uma importância 
maior sobre a matéria orgânica (Quadro 3). Nota-se que a matéria orgânica 
vai desde a estruturação do solo, passando pelo aumento da biota edáfica até 
a disponibilização de nutrientes, por meio da mineralização do material orgâ-
nico pelos micro-organismos (BARROS, 2020). 
QUADRO 3 – PRINCIPAIS BENEFÍCIOS DA PRESENÇA DE MATÉRIA 
ORGÂNICA NO SOLO
Benefícios da matéria orgânica
É uma fonte completa de nutrientes para as 
plantas e os organismos
Contribui para a Capacidade de Troca de 
Cátions (CTC) do solo
Aumento do transporte e, por consequência, 
da disponibilidade de micronutrientes 
catiônicos
Redução da toxicidade de alumínio e 
metais pesados; logo, pode substituir, 
temporariamente, a função do calcário
Redução das perdas por lixiviação Estabilização do pH do solo, reduzindo a 
acidez presente.
Modifica a ação de pesticidas no solo e altera 
efeitos alelopáticos
Solo com maior capacidade de retenção 
de água
Redução dos problemas com salinidade Melhoria na estruturação do solo: aeração 
e permeabilidade
Redução da erosão do solo pelo impacto da 
chuva
Maior estabilidade da temperatura do 
solo
Fonte: Adaptado de Neto et al. (2001, p. 230).
PraTodosVerem: quadro com a listagem dos benefícios da matéria orgânica na composição 
do solo.
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Nos solos brasileiros, a Matéria Orgânica do Solo (MOS) é essencial, pois os solos 
tropicais se apresentam com elevado estado evolutivo e com baixa fertilidade. 
Assim, a MOS é responsável por fornecer quantidade gradativa e importante 
de nutrientes à nutrição mineral de plantas. Além disso, a MOS contribui com a 
conservação do solo e da água, tendo em vista que solos com alto teor de ma-
téria orgânica apresentam estruturas com maior grau de desagregação; logo, 
evita os efeitos erosivos no solo e, por consequência, garante a conservação do 
solo e da qualidade das águas nos grandes aquíferos (LUCENA et al., 2019).
A matéria orgânica mostra-se, ainda, uma fonte fundamental para a manu-
tenção e a qualidade da vida no solo, visto que os processos bioquímicos ocor-
rem devido à biologia e à diversidade microbiana do solo, demonstrando um 
papel importante nos sistemas de produção.
MOS Alta
Geralmente, relacionada com o encharcamento do solo, auxiliando o 
retardamento da transformação dos restos orgânicos presentes.
MOS Média
Solos que apresentam teor moderado são os mais adequados para a 
produção agrícola e que, geralmente, possuem bons teores de argila 
e areia.
MOS Baixa
Baixa presença de matéria orgânica demonstra baixa atividade 
microbiológica do solo, exigindo aplicações de adubação orgânica para 
enriquecer a microbiota local.
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3.2.2 ADUBAÇÃO ORGÂNICA
Além da utilização dos nutrientes providos dos adubos orgânicos, estes po-
dem ser reciclados no próprio sistema de produção, tornando o sistema mais 
sustentável e reduzindo a poluição ambiental.
As propriedades praticam a pecuária, em criações como aves, suínos e bovi-
nos, acabam gerando uma elevada quantidade de resíduos orgânicos de alto 
valor nutritivo (Figura 4), que, aplicados de forma correta, permitem o menor 
uso de fertilizantes minerais e a redução do impacto ambiental. Além disso, 
dependendo da quantidade aplicada, os resíduos orgânicos permitem me-
lhorias na estrutura do solo: aeração e permeabilidade.
FIGURA 4 – SUBSTRATO COM ESTERCO BOVINO MISTURADO
Fonte: Loureiro et al., (2007 p. 4).
#PraTodosVerem: ilustração da mistura de um substrato com o esterco bovino.
Contudo, salienta-se que, devido à baixa concentração de nutrientes presen-
tes nos resíduos orgânicos, o volume aplicado de resíduos deverá ser maior, 
quando comparado ao uso de fertilizantes minerais, a fim de que a quantida-
de de nutrientes seja suprida pela planta.
Ressalta-se que é fundamental aplicar, racionalmente, o material orgânico, as-
sim como qualquer outro tipo de fertilizante, ou seja, utilizar somente o neces-
sário para atender à demanda de nutrientes das culturas utilizadas. O excesso 
de material acarreta, em alguns casos, a toxicidez de algum elemento químico 
presente, além de poder ocasionar a contaminação de recursos hídricos. 
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Esterco bovino e equino
São os mais ricos em fibras. Ajudam a desenvolver organismos que são 
antagonistas de fungos causadores de doenças de solo (WEINÄRTNER 
et al., 2006).
Esterco suíno
Este material é caracterizado pela boa quantidade de nitrogênio (N) 
e de zinco (Zn). Sua composição varia conforme a criação do animal 
(WEINÄRTNER et al., 2006).
Entre os materiais utilizados, destacam-se, como já 
relatado no decorrer da Unidade, resíduos orgânicos 
oriundos da produção da pecuária. Um material que 
demonstra fácil acesso e baixo teor de umidade é a 
cama de frango de corte. Por apresentar baixo teor 
de umidade, facilita a aplicação no solo, exigindo 
menos mão de obra e equipamentos. No entanto, 
esse recurso não pode ser usado com a aplicação 
de dejetos

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