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Prova GA Psicologia Cognitiva

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Disciplina: PSICOLOGIA COGNITIVA Ano/Semestre: 2021/2 
Curso: GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA Profª. Carine Metz 
AVALIAÇÃO GRAU A 
Nome do (a) aluno (a): Maria Ilaine Seitenfus 
 
Leia atentamente o caso clínico abaixo. 
 
 A paciente Eloisa tem 44 anos e é casada há 15 anos. Atualmente, reside com o marido Pedro 
(40 anos) e com a filha dele (20 anos), fruto de seu outro casamento. Formou-se na faculdade de 
engenharia, mas não atua em sua área, trabalhando com secretária de uma empresa por um salário 
que considera pequeno. 
 Eloisa procurou terapia alegando estar muito triste e sem motivação para realizar as atividades 
que fazia antes. Segundo ela, o problema começou há aproximadamente 1 ano, momento em que 
passou a ter insônia, tristeza, irritabilidade e falta de vontade de sair para trabalhar. Embora não 
reconheça uma causa clara para o problema, considera que foi nesta época em que começou a ficar 
mais incomoda com as atitudes de seu marido. Segundo ela, “ele é uma pessoa que não sabe guardar 
dinheiro, está sempre fazendo empréstimos e pedindo dinheiro a ela”. Eloisa também alega que tem 
medo de destruir a família e terminar com o marido, referindo: “dificilmente conseguirei outro 
marido”. Considera-se “uma pessoa feia, gorda e estúpida, alguém a quem não vale a apena namorar, 
ou casar”. Além disso, diz que se deixasse do marido sua mãe a mataria. Conta que quando falou sobre 
isso com a mãe, ela disse que, caso se separasse, não seria mais filha dela, pois na família mulheres 
não se separam nunca. 
 No trabalho, Eloisa acha que não consegue fazer as coisas direito. Trabalha sempre além do 
horário, e realiza todas as atividades que são destinadas a ela, ainda assim se considera “uma pessoa 
incapaz”. Percebe que os colegas abusam de sua boa vontade boa parte do tempo, designando a ela 
tarefas que não lhe cabem. Na última semana em que isso ocorreu, percebeu isso claramente quando 
uma colega, que também é secretária, pediu para ela digitar um material. Teve vontade de negar, mas 
não conseguiu. Em situações como essa, acha que “se ela não fizer, perceberão que ela é uma pessoa 
que não faz nada direito, então não irão mais gostar dela”. Após executar essas tarefas, no entanto, 
ela sente culpa, pensando que não deveria ter feito desta forma. Por não se considerar boa no que faz, 
a paciente nunca solicitou uma promoção, temendo que além de não a promoverem, poderiam dizer 
a ela as verdades as quais ela não gostaria de escutar. Diz que sabe que no fundo eles não acham que 
ela possa ter outra função, mas não têm coragem de dizer a ela. Ultimamente, tem percebido queda 
em sua motivação e produtividade no trabalho, sentindo-se casada e com dificuldades de lidar com os 
problemas que surgem, considerando-se, assim, ainda pior do que antes. Apresenta queixas de 
intensas dores de cabeça, hipertensão e diabetes (inclusive fazendo uso de medicação). 
 Após um tempo de terapia revela que, há aproximadamente dois anos, apaixonou-se por um 
colega de trabalho, mais velho do que ela. Ele pedia para que ela fizesse o trabalho dele, mas ela não 
se importava. Não achava ele bonito, mas tinha atração por ele, mesmo assim não se permitiu dizer 
isso a ele em função do casamento, pois não se percebe traindo o marido. Considera que, “apesar de 
terem defeitos, as pessoas são boas e merecem créditos”. Acredita que, “não pode decepcionar os 
outros”. Assim, acabou “matando” aquilo que sentia e considera que isso a deixou muito triste. Por 
outro lado, diz que “nunca foi feliz, considerando-se uma pessoa com humor sempre igual, que não 
comemora muito as coisas na vida, que nunca ficou feliz com nada, nem com o casamento”. Também 
quando se disse apaixonada, referia-se muito mais a uma paixão com dor, do que a algo que fizesse 
feliz. 
 Na infância a mãe de Eloisa teve 7 filhos, em função disso não tinha como dar atenção para as 
filhas (histórico de negligência, violência psicológica e física). Conseguiu desenvolver uma relação boa 
com a mãe apesar disso, mas esta sempre a comparava negativamente com as irmãs. Atualmente, a 
mãe ainda faz isso, interferindo no relacionamento dela, e dizendo que ela é uma péssima madrasta. 
As afirmações da mãe, são apoiadas por sua cunhada que diz que essa é pouco caprichosa, e que não 
cuida de sua casa direito. Sobre a mãe, acha que a ela já “está idosa e merece desconto pelo que faz e 
o que fala, considerando-a uma pessoa muito importante para ela”. 
 A busca de terapia traz algumas esperanças em relação ao futuro, pois acredita que a 
terapeuta, “irá ajudá-la a encontrar uma saída para o seu trabalho e o seu casamento. Diz que com a 
terapia gostaria de encontrar forças para tomar as atitudes necessárias para melhorar sua vida, e que 
espera que a terapeuta lhe diga o que fazer com relação ao marido e ao trabalho”. 
 
1) Diagnóstico Ateórico: (0,4) 
Eixo I:Depressão maior recorrente 
Eixo II: Transtorno de ansiedade generalizada/ transtorno de humor / transtorno de personalidade 
dependente. 
Eixo III: dores de cabeça, hipertensão, diabetes ( faz uso de medicação) 
Eixo IV: Problemas com a relação primária: a mãe e consequentemente outros relacionamentos 
 
2) Tríade cognitiva (0,6) 
Visão de si: não faço nada direito , não se considera boa no que faz, se acha feia, gorda e estúpida, 
sentimento de incapacidade, não merece ser amada. 
Visão dos outros: Ninguém gosta de mim, todos se aproveitam de mim, só vão gostar de mim se eu 
fizer algo em troca. 
Visão do futuro: alguma esperança, acredita que a terapia irá ajudar ela a encontrar forças para 
tomar atitudes necessárias para resolver seus problemas. 
 
3) Conceitualização Cognitiva (1,0) 
a) Dados relevantes da infância: 
Mãe de Eloisa tinha 7 filhos, não conseguia dar atenção ( histórico de negligência, violência 
psicológica e física), tinha uma relação boa, mas a mãe vivia a comparando com as irmãs. 
b) Situação problema: 
Ela acredita que foi na época que começou a se incomodar com as atitudes do marido não guarda 
dinheiro, vive fazendo empréstimos e está sempre pedindo dinheiro. 
c) Pensamento Automático: 
ninguém gosta de mim, não mereço ser amada, vou ficar sozinha. 
d) Significado do pensamento: 
 impotência, incapacidade, não consegue agir diante das situações que a perturba. 
e) Emoção: 
 Tristeza, medo, culpa, raiva 
f) Crença central: 
Sou incapaz 
g) Crenças Intermediárias: 
Nunca vou fazer nada sozinha, nunca vou fazer nada direito. 
h) Estratégias compensatórias: 
Não consegue realizar as tarefas de casa como antes, falta de vontade de sair para trabalho, trabalha 
sempre além do horário, aceita tarefas que não gostaria de fazer, fazendo as tarefas dos outros,não 
deixa do marido pois acredita que não vai arranjar ninguém. 
 
4) Ao avaliar as situações de seu cotidiano, a paciente descrita no caso clínico comete algumas 
distorções cognitivas. Diga o que são distorções cognitivas e especifique qual (is) Eloisa mais comete. 
(0,5) 
Distorções cognitivas são erros na interpretação da realidade. Eloisa acredita que é seu marido a 
causa de todos os problemas, que ela não é capaz de nada, que os outros se aproveitam dela, que 
ela não faz nada direito. Não termina o casamento pois acredita que não irá arranjar outro marido, 
que irá focar sozinha. 
 
5) A terapia cognitiva pode ser recomendada à paciente Eloisa? Por quê? (0,5) 
A terapia cognitiva pode ser recomendada para a paciente. Porque ajuda a melhorar os sintomas 
da depressão, em um curto tempo, através de técnicas de regulação emocional, através de 
mudanças de comportamento e questionamentos eficientes dos pensamentos. Depois que os 
sintomas estão mais controlados e os pensamentos mais flexibilizados, ela irá conseguir se sentir 
mais segura, e apta para enfrentar o seu transtorno no dia a dia e também começar o 
questionamento das suas crenças que são a base do seu transtorno.Depois de ligar a sua crença 
central ela fica preparada para enfrentar as suas possíveis recaídas. Pois irá lidar com os seus 
problemas de uma maneira mais eficiente. A depressão e a ansiedade estão sempre presentes na 
nossa vida, é a intensidade e frequência que nos faz mal, a terapia ajuda a diminuir essa intensidade, 
esse peso a mais que damos pois, não nos questionamos e agimos no automático. 
 
 
6) Desenvolva a estrutura de uma primeira sessão a ser realizada com Eloisa e inclua os aspectos que 
sejam importantes na avaliação. (0,5) 
Essa estrutura de tratamento é necessária para trabalhar com o paciente para que alcance os seus 
objetivos, melhore seu transtorno e ter uma melhora mais duradoura. Nos ajuda a guiar nosso 
paciente para que se torne seu próprio terapeuta. Para que saiba como melhorou e o que precisa 
fazer caso os sintomas retornem. 
Na prática ajudamos com a queixa dela com uma pergunta: o que te traz aqui? Fizemos uma 
anamnese mais estruturada ou com um questionário mais aberto, sabendo um pouco de cada área 
da vida dela, por exemplo, familiar, conjugal, social, hobbies, espiritual, acadêmica, profissional, 
autoconceito e outras que sejam importantes para ela. Se há fatores biológicos, genéticos e médicos, 
pontos fortes do paciente. Fazendo uma avaliação da vida, conseguimos ter mais dados para 
entender ou desenvolver hipóteses, como cada área da vida afeta a queixa inicial, ou como a queixa 
inicial afeta cada área da vida. 
Depois de termos todos os dados desenhamos o modelo cognitivo para explicar como a terapia 
cognitiva-comportamental funciona e como podemos ajudá-la. Esse modelo cognitivo mostra que 
não é a situação que causa as reações emocionais, comportamentais e fisiológicas, mas sim as 
interpretações das situações dos eventos que causam isso. Esse modelo cognitivo com os dados dela, 
nos ajuda a explicar como a terapia cognitiva-comportamental enxerga o seu funcionamento e como 
podemos ajudar no seu problema. Através de uma reestruturação cognitiva e da resolução de 
problemas. Com tudo isso reforçamos a ela que podemos ajudar, ajuda a entender que o problema 
dela tem solução, isso dará esperança e estimula a voltar nas próximas sessões, aqui nesse momento 
estamos criando um vínculo, e com isso um ajudando o outro nas sessões. 
Colaborativamente montamos uma lista de dificuldades e metas para ajudar a guiar o tratamento e 
nosso estudo como profissional. Metas precisam ser realistas, simples e claras, ajuda no 
fortalecimento da crença do paciente de que ele possui solução. Cada processo da terapia é 
desenhado para maximizar a colaboração do paciente e terapeuta. Nas próximas sessões: Revisar 
o humor, Fazer uma ponte com a última sessão, revisar as tarefas , fazer a agenda, trabalhar itens 
da agenda, fazer resumos periódicos e final, Fornecer feedback. 
Resumindo : estabelecer rapport e confiança com o paciente, normalizar suas dificuldades e instalar 
esperança. Familiarizar o paciente com o tratamento, educando-o a respeito de seus transtornos, 
do modelo cognitivo e do processo da terapia. Coletar dados adicionais que ajudem a conceituar o 
paciente. Desenvolver uma lista de objetivos. Começar a resolver um problema importante para 
ativar comportamentalmente o paciente. 
 
7) Mencione e explique duas técnicas que você utilizaria no tratamento da Eloisa. (0,5 
 
Ativação comportamental 
Pacientes deprimidos, estão desmotivados e inativos, permanecendo grande parte do tempo 
deitados e sentindo-se incapazes de praticar muitas atividades que faziam antes. Motiva-los e torná-
los mais ativos pode ser uma forma de melhorar o humor. A atividade física produz uma sensação 
prazerosa, funcionando como reforço para melhorar o humor. Podemos começar avaliando as 
atividades que a paciente fez durante a semana e monitorar o humor, usando isso para motivar o 
paciente a continuar fazendo. 
Registro de pensamentos automáticos 
 O processo é identificar os pensamentos disfuncionais automáticos, pode ser facilitado com um 
registro desses pensamentos, pois a visão dos pensamentos escritos da um empenho maior em 
corrigir as cognições desadaptativas. A habilidade de identificar é a primeira etapa para a realização 
das intervenções específicas. 
O questionamento socrático demanda uma habilidade técnica mais refinada. O propósito dessa 
técnica é convidar o paciente a pensar sobre seus pensamentos por meio de perguntas, estimulando-
o a refletir sobre elas e adotar novas alternativas de compreensão do seu significado, construídos 
junto com o terapeuta. O foco é o paciente pensar de uma forma mais flexível , por isso deve ser 
construído de uma forma colaborativa. Precisamos ajudar o paciente a avaliar esses pensamentos, 
buscando evidências a favor e contra os pensamentos e responder de maneira mais 
funcional. Precisamos ajudar o paciente aceitar que o pensamento está ali, ele não te causará 
nenhum mal, deixando ele ir embora sozinho. No caso também temos uma emoção exagerada 
podemos trabalhar com a regulação emocional, relaxamento muscular, respiração relaxada, 
minsdfulness, uso imaginário e o controle da respiração, para reduzir a ansiedade, ajuda o paciente 
a observar e aceitar sem julgamento suas experiências internas, sem avaliar ou tentar mudá-las. 
 
8) Marque M para MITO e V para VERDADE: (0,5) 
(M) A TCC é reducionista. 
(V) A TCC visa a ressignificar os esquemas desadaptativos e disfuncionais. 
(M) O tratamento é focal e diretivo, sempre consistindo em exatamente 16 sessões. 
(M) O terapeuta na TCC diz como o paciente deve agir, ou seja, mostra o que é certo ou errado. 
(M)Disfunções cognitivas são erros de interpretação. 
 
9) Por que o terapeuta costuma compartilhar o modelo cognitivo-comportamental com o paciente, 
assinale a alternativa correta: (0,5) 
a) Para ser ético e transparente. 
b) Para que o paciente se torne um especialista no modelo e possa efetivar o processo de empirismo 
colaborativo. 
c) Para que o paciente possa compreender como se dará o processo da terapia, sentindo-se motivado 
e apto para, então, entender o teste empírico da realidade. 
d) Para que o paciente possa compreender como se dará o processo de terapia e para que se efetive 
o processo de empirismo colaborativo, no qual, o paciente atua ativamente com o terapeuta. 
 
10) Marque a alternativa que melhor descreve os antecedentes teóricos e filosóficos desta abordagem 
clínica. (0,5) 
a) Humanismo, Psicanálise, Comportamentalismo. 
b) Psicologia Cognitiva, Gestalt, Funcionalismo, Racionalismo. 
c) Comportamentalismo, Humanismo, Psicologia Cognitiva. 
d) Comportamentalismo, Darwinismo, Funcionalismo, Psicologia Cognitiva, Gestalt. 
 
11) Fernanda é casada, tem 30 anos e é enfermeira de um grande hospital. Ela procura terapia por 
causa de sua ansiedade social. Embora seus pacientes e amigos gostem muito dela, Fernanda se sente 
inadequada e desajeitada com outras pessoas. Acredita que os amigos e pacientes gostam dela porque 
não a conhecem realmente. Na infância, teve muitos problemas com a mãe alcoolista, que costumava 
humilhá-la, além de aparecer frequentemente embriagada em lugares públicos. Os escândalos da mãe 
em frente à escola faziam com que Fernanda se sentisse envergonhada e evitasse levar os amigos a 
sua casa pelo medo do que a mãe pudesse fazer. As experiências traumáticas e repetidas com sua mãe 
contribuíram para o esquema desadaptativo, o qual é o responsável por suas dificuldades sociais e 
pela visão negativa de si mesma. Identifique abaixo o esquema de Fernanda. (0,5) 
a) Privação/vergonha. 
b) Abuso. 
c) Sentimentos de abandono. 
d) Agressividade. 
e) Nenhuma das alternativas.

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