a administração econômico financeira

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A administração econômico-financeira
Apresentação
Nesta Unidade de Aprendizagem, refletiremos sobre como a administração econômico-financeira 
afeta as instituições de ensino no cenário brasileiro. 
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Analisar a situação econômico-financeira das instituições de ensino brasileiras.•
Explicar como ocorre o processo e o fluxo das principais operações financeiras.•
Reconhecer que a educação é o primeiro e o mais importante de todos os direitos sociais da 
pessoa humana.
•
Desafio
Hoje, os reflexos deixados pela economia fizeram com que as famílias, geralmente enquadradas nas 
classes sociais A, B e C, reduzissem o número de filhos; consequentemente, menos alunos vão às 
escolas e poucas matrículas são efetivadas, assim as salas ficam cada vez mais vazias.
Há também os impactos da qualidade do ensino, fazendo com que os alunos percam a motivação, 
interesse e comprometimento pelas aulas, elevando de forma significativa, a quantidade de alunos 
que preferem deixar a escola para outras atividades que julgam mais interessantes, dentre elas, o 
trabalho precoce. Frente a esse contexto educacional, redija um texto dissertativo, discutindo o 
tema “A redução do número alunos matriculados nas escolas particulares, como um reflexo da 
economia.”
Para resolver este desafio, você deverá produzir um texto dissertativo, conforme enunciado. Para 
tanto, deverá utilizar o formulário anexo, onde consta o tema da redação. Seu texto deve conter de 
15 a 20 linhas e apresentar introdução, desenvolvimento e conclusão. Ao final, coloque seu nome 
como identificação da autoria.
Formulário 
Orientações para elaboração do texto dissertativo: 
1) Seu texto deverá apresentar introdução, desenvolvimento e conclusão. 
2) Não use a 1ª pessoa, ao manifestar sua opinião. 
3) Evite que seu texto apresente uma sequência de afirmações vagas, sem evidências. 
4) Evite juízos de valor imprecisos e subjetivos, sem informações sobre a realidade. 
5) Evite frases feitas e expressões corriqueiras. 
6) Evite gírias e vícios de linguagem. 
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Infográfico
Neste infográfico, podemos compreender a importância de um processo de gestão eficaz onde o 
mantenedor busca uma administração mais inteligente da instituição de ensino privado, cujo 
objetivo principal é lucrar, além de fornecer instrumentos praticáveis para que, acima de tudo, seja 
mantido o foco na base da sua atividade principal que é a educação.
Conteúdo do livro
As principais rotinas das operações financeiras das instituições de ensino também podem gerar 
resultados positivos ou negativos no processo de gestão. Acompanhe um trecho da obra Gestão 
educacional: uma nova visão, de Sônia Simões Colombo. O livro serve de base teórica para a nossa 
Unidade de Aprendizagem. Leia os seguintes tópicos: "Introdução", "A importância de um processo 
de gestão eficaz" e ainda "Sistemas gerenciais como instrumento de gestão".
Boa leitura!
G393 Gestão educacional : uma nova visão [recurso eletrônico] / Sonia Simões
Colombo ... [et al.]. – Dados eletrônicos. – Porto Alegre : Artmed, 2007.
Editado também como livro impresso em 2004.
ISBN 978-85-363-1259-0
1. Administração Educacional. I. Colombo, Sonia Simões. II. Título.
CDU 371
Catalogação na publicação: Juliana Lagôas Coelho – CRB 10/1798
INTRODUÇÃO
Nos últimos anos, mais precisamente desde a criação do Plano Real, temos obser-
vado que, embora convivendo com uma moeda teoricamente estabilizada e com
inflação controlada em níveis suportáveis, houve uma quebradeira geral de em-
presas, e o Brasil vem despontando como um dos primeiros nesta categoria. Nes-
te universo, padeceram também muitas instituições particulares de ensino. De
duas uma: ou elas não deram a ênfase necessária, a importância precisa às ques-
tões administrativas, econômicas, financeiras e pedagógicas em seus negócios, ou
simplesmente fecharam os olhos para todas as coisas que ocorriam a sua volta.
Notadamente, ao mesmo tempo em que muitos agravantes econômicos apon-
tavam para uma redução do poder aquisitivo de toda a sociedade, o número de
instituições de ensino privado crescia no país, motivado precisamente por duas
situações específicas. A primeira delas foi a demonstração da única eficiência ad-
ministrativa de seus gestores – uma vez que a maioria emergiu de salas de aulas
ou de sociedades empresariais familiares ao invés de provirem de outros mode-
los de estruturas empresariais – e que foi provocada pela valorização do atributo
principal de seu produto, a educação propriamente dita. Já a segunda situação foi
a tão provada deficiência do governo em não conseguir atender a demanda do se-
tor educacional no país qualitativa e quantitativamente. Daí o crescimento do
mercado educacional privado.
Mas como, infelizmente, no Brasil, o ensino ainda é visto pela população como
despesa e não como investimento e estímulo para a competitividade, foram pou-
Capítulo 9
Administração Econômico-Financeira
Donizete Fernandes
154 SONIA SIMÕES COLOMBO & COLS.
cos os que souberam tirar proveito dessa visão oportunista. Já os demais não qui-
seram, não souberam ou fingem não saber que atualmente a discussão de alguns
temas em sala de aula, como emoção, pensamento estratégico, motivação, com-
portamento e diferenças culturais, é fundamental e indispensável para o desen-
volvimento dos alunos como seres competitivos e cidadãos cônscios de seus de-
veres e obrigações em uma sociedade, além do apontamento do ativo intangível
que pode ser transformado em diferencial para aquela instituição que valorizar
tais aspectos, tornando-se referência de mercado frente às demais.
Ainda que seja dado o devido tratamento de importância a tais assuntos, bus-
cando por resultado tanto uma instituição de ensino diferenciada quanto uma co-
letividade mais adaptada ao contexto econômico mundial, o emprego de tal arti-
fício vem sendo pouco utilizado, e portanto, apesar do contínuo crescimento esti-
mulado pela atual economia global, o diferencial de sala de aula não é mais sufi-
ciente para desencorajar o aumento da concorrência.
Significa dizer que aquilo que, por um período, foi sinônimo de crescimento
positivo para este mercado – mesmo porque a concorrência é um aspecto relevan-
te de qualquer um –, hoje já não o é mais e talvez não o seja no futuro, caso os
mantenedores não se apoiem em eficazes ferramentas, como o planejamento es-
tratégico e a adequada gestão financeira e econômica da instituição de ensino,
buscando, com elas, manter e prosperar os negócios, que acreditamos tenham si-
do iniciados com um propósito muito maior.
Somada a todas as situações anteriores, acompanhamos também o aumento
dos tributos para desespero da categoria. Como, então, equilibrar suas contas,
tendo que arcar com os custos de um lado e de outro? A resposta mais comum se-
ria aumentar o valor da prestação de serviços educacionais, certo? Errado!
Hoje, os reflexos deixados pela economia fizeram com que as famílias, geral-
mente enquadradas nas classes sociais A, B e C, reduzissem o número de filhos e,
por sua vez, a escola está ficando com salas de aula ociosas, mesmo sabendo que
o seu crescimento deveu-se a uma necessidade social premente de uma época, co-
mo dissemos, em que não se confiava no serviço desempenhado pelo governo.
Contudo, o mantenedor da educação privada que ainda luta e tenta sobrevi-
ver neste cenário, deve cuidar para que, ao menos, na ausência de uma adminis-
tração competente, não corra o risco de ver sua instituição de ensino ser minada e
conduzida ao fracasso estratégico, ocasionado pela má gestão e pela inevitável
mortalidade empresarial, dentre outros fatores que vamos abordar.
Nosso empenho, ao observar esta realidade, está em voltar nosso olhar não só
para a questão da educação, que, em nossa opinião, é o primeiro e o maisimpor-
tante de todos os direitos sociais e de imenso valor para a cidadania e a dignida-
de da pessoa humana, mas também principalmente para a defesa de sua manu-
tenção especificamente por meio do crescimento e da continuidade da instituição
de ensino particular. Em defesa disso, alertamos o mantenedor para que se preo-
cupe mais com suas características empreendedoras, procurando dar à instituição
de ensino um tratamento diferenciado quanto aos aspectos administrativos e fi-
GESTÃO EDUCACIONAL 155
nanceiros, buscando, sempre que necessário, o apoio de parceiros especializados
em terceirização de serviços específicos, bem como o conhecimento que ele pró-
prio não possui nas questões relacionadas à gestão empresarial.
Isso se dá mesmo porque, além do lucro como objetivo das instituições é ne-
cessário também que se estabeleçam metas. Para torná-las factíveis, propomos a
elaboração do planejamento financeiro, que na visão de Ross e colaboradores
(1995), “estabelece as diretrizes de mudanças nos empreendimentos, devendo in-
cluir: a identificação das metas financeiras, a análise das diferenças entre essas
metas e a situação financeira corrente, além de propor um enunciado de ações ne-
cessárias para que a instituição atinja seus objetivos”.
O planejamento financeiro inicia-se com a elaboração do orçamento, instru-
mento imprescindível a toda instituição e que serve para prever as necessidades
econômicas e financeiras, visando a estabelecer, da forma mais precisa possível,
como se espera que transcorram os negócios, geralmente em um prazo mínimo
de um ano. Os orçamentos são uma previsão e abrangem documentos de traba-
lhos detalhados, essenciais para a administração da instituição de ensino.
Depois de elaborado e aprovado o planejamento financeiro de forma global, é
muito importante que o mantenedor, além de planejar, acompanhe e analise as
operações que demonstram os resultados, de tal sorte que todas as pessoas envol-
vidas na obtenção desse resultado estejam sensibilizadas para a relevância da efi-
cácia em um processo de gestão, ainda que apoiado, como dissemos, por possí-
veis parceiros muitas vezes ocultos ao conhecimento específico da rotina do esta-
belecimento.
Por fim, nossa contribuição com esta obra é orientar o mantenedor na busca de
uma administração mais inteligente da instituição de ensino privado, cujo objeti-
vo principal é lucrar, mas também dar instrumentos praticáveis para que, acima
de tudo, seja mantido o foco na base da sua atividade principal: a educação.
O FLUXO DAS PRINCIPAIS OPERAÇÕES FINANCEIRAS
Assim como em qualquer outra empresa, as principais rotinas das operações fi-
nanceiras das instituições de ensino também podem gerar resultados positivos ou
negativos no processo de gestão. Por essa razão, abordaremos e daremos ao man-
tenedor, neste tópico, uma visão ampla do processo e do fluxo das principais ope-
rações financeiras, ilustrando os procedimentos, os controles e a manutenção dos
resultados planejados.
Faturamento e Recebimentos
O faturamento tem por origem (e está amparado em) um contrato entre as partes
interessadas em que um vínculo comercial ocorra. Ou seja, o contrato é um com-
promisso que determina, entre outras coisas, quem é o contratante, quais são os
valores, as formas de pagamento e a data de vencimento da contraprestação de
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serviços. Logo, o contrato de prestação de serviço é parâmetro geral para a emis-
são, o envio e a cobrança das mensalidades, devendo ser arquivado e conservado
de maneira segura e com acesso restrito. Por meio do contrato de prestação de
serviços, estabelece-se quem e quanto deve ser faturado. Um outro elemento fun-
damental de amparo ao contrato é a perfeita manutenção do cadastro do aluno,
e/ou seu responsável legal, que deverá ser utilizado pela instituição de ensino
numa eventual ação de cobrança.
Estabelecendo normas e procedimentos
Uma das formas para que as instituições evitem riscos, perdas ou dissabores, é es-
tabelecer normas e procedimentos para os assuntos relacionados à entrega dos
boletos e às formas de recebimentos. Para tanto, é necessário detalhar todas as
operações integrantes de cada processo, questionando especialmente aquelas si-
tuações que são mais delicadas, como por exemplo:
• Como validar informações para ter a certeza de que todos os boletos de co-
brança foram devidamente emitidos, enviados e entregues aos alunos?
• Qual a melhor forma de entregar ou enviar boletos: mensalmente na sala de
aula, via internet ou na sala de aula de uma única vez, por meio de um car-
nê com todas as parcelas a serem pagas?
• Qual o custo, o risco e, por fim, o que se ganha ao receber mensalidades na
tesouraria da instituição?
• A política para cobrança de multas e juros e/ou descontos está sendo devi-
damente aplicada de forma a possibilitar a consistência dos dados?
• Como combater a inadimplência sem perder alunos, quando muitos são os
métodos ou procedimentos para efetivar a cobrança?
• Qual a melhor forma de cobrança de inadimplentes e, se for a melhor forma,
como medir os resultados para o estabelecimento de ensino?
• Qual o momento adequado, indicador ou referência, para intensificar a ação
de cobrança para os inadimplentes de forma a conseguir realizar o recebi-
mento?
• Sabe-se que os custos com a cobrança são elevados e burocráticos, qual é
mais eficaz e barato? É bom terceirizar os serviços de cobrança?
• Quando devemos parcelar ou receber em forma de permutas? Neste caso,
quais documentos são necessários?
• Como administrar eficazmente cheques recebidos para vencimentos futuros?
Ora, é muito salutar que a instituição faça tais questionamentos, mas isso também
traz a hipótese de que uma política de cobrança muito agressiva irrite aqueles
158 SONIA SIMÕES COLOMBO & COLS.
Bem ou mal, qualquer empresa, independente de seu ramo de negócio, tem
sempre a necessidade de manter um capital de giro. Porém, também é importan-
te lembrar que ele não deve ser um recurso de apoio. E uma das ações que podem
auxiliar o mantenedor a se livrar aos poucos da necessidade de manutenção de
um capital de giro é a redução do prazo médio de recebimento e de estocagem de
determinados produtos. O contrário também é válido, ou seja, o aumento do pra-
zo médio do pagamento aos fornecedores e de despesas provisionadas inibe a ne-
cessidade do capital de giro.
Os Bens Patrimoniais
Os bens patrimoniais são aqueles passíveis de substituição em razão do desgaste
pelo uso ou da necessidade de modernização. Essas situações devem ser previs-
tas no planejamento inicial ao mesmo tempo em que se trabalha com o fluxo de
caixa normal da instituição. Assim, o controle dos bens patrimoniais deverá refle-
tir diretamente na administração econômica e financeira, uma vez que uma das
coisas que a maioria das empresas não controla, até por falta de conhecimento, é
a ocorrência de dispêndios oriundos de quebras, perdas ou extravios. Isso é expli-
cado porque a realidade dos fatos é que poucos mantenedores conhecem o valor
real do seu patrimônio e, nesse valor, deixam de considerar os bens móveis e imó-
veis, tangíveis e intangíveis.
Relatórios Eficientes e Resultados Desejados
Ao considerar que tudo foi planejado e disciplinado, é importante medir os resul-
tados obtidos para avaliar se a instituição de ensino de fato atingiu o resultado
desejado. Este é um momento em que relatórios eficientes devem demonstrar e
comparar os dados para permitir que o mantenedor tenha uma visão geral e cla-
ra da empresa. Porém, na hipótese de não se alcançar o resultado desejado no pe-
ríodo específico, a administração deve analisar os fatos para adotar as ações ne-
cessárias e conciliar a situação atual àquela descrita no planejamento, ao que cha-
mamos de medidas corretivas para um efetivo controle. Por isso, de nada adian-
ta encher a mesa de listagens analíticas se elas não permitem uma visão global da
administração econômica e financeira do estabelecimento.
A IMPORTÂNCIA DE UM PROCESSO DE GESTÃO EFICAZDe acordo com o que mencionamos, a administração engloba as atividades de
planejar, organizar, dirigir e controlar. De fato, o que se espera é que a atividade a
ser desenvolvida em primeiro lugar seja o planejamento. Mas infelizmente isso
não espelha a realidade da maioria das instituições de ensino particular no Brasil.
Para que se tenha uma gestão eficiente e eficaz, planejamento e controle de-
vem estar alinhados. A instituição que utilizar o planejamento para a tomada
GESTÃO EDUCACIONAL 159
de decisões certamente consumirá muito menos recursos para corrigir os resul-
tados indesejados e evitar enganos que possam conduzi-la à mortalidade em-
presarial.
Mortalidade Empresarial
O processo de mudança que o mundo vem experimentando nos últimos anos tem
provocado alterações significativas nas carreiras das pessoas em qualquer tipo de
empresa. Em primeiro lugar, em função da necessidade de maior preparo profis-
sional para acompanhamento das exigências de mercado; depois, pela abertura
econômica mundial e pela concorrência dos produtos externos, além do impacto
da tecnologia que exige novos conhecimentos para que seja mantida a emprega-
bilidade. E finalmente, em último lugar, o surgimento de novos empreendedores,
que em vista do desejo de liberdade e de novas perspectivas de mercado, foram
também impulsionados para isso.
Possuir um negócio próprio atraiu uma parcela significativa de pessoas que
buscou, nessa iniciativa, realizar um grande sonho. Mas a inabilidade ou a ausên-
cia de experiência fez com que aumentasse o risco de um fracasso, tanto pelo mau
gerenciamento como pela má condução dos negócios, tratados também como se
um sonho fossem. Na maioria das vezes, isso acontece pela falta de avaliação de
todas as circunstâncias que a administração exige.
Para se ter uma idéia, somos líder mundial de abertura de novas empresas. Da
população na faixa etária entre 18 e 64 anos que possui negócio próprio, o Brasil
apresenta a maior proporção, como pode ser observado na tabela seguinte. Em
compensação, também é o primeiro em número de empresas que fecham suas
portas até o terceiro ano.
Fonte: Sebrae
Apesar do grande interesse pela atividade empresarial própria, como constatado,
as estatísticas mostram um resultado nada otimista sobre as vantagens das pe-
quenas e médias empresas, quando comparadas às de grande porte.
POPULAÇÃO COM MORTALIDADE DE EMPRESAS
NEGÓCIO PRÓPRIO ATÉ O 3o ANO
PAÍS % PAÍS %
BRASIL 12,3 BRASIL 56.0
EUA 9.8 PORTUGAL 44.0
AUSTRÁLIA 8.1 EUA 40.0
CANADÁ 6.2 REINO UNIDO E FRANÇA 38.0
ARGENTINA 6.1 FINLÂNDIA 37.0
ALEMANHA 3.8 ITÁLIA 34.0
ISRAEL 2.6 NORUEGA 32.0
SUÉCIA 1.9 DINAMARCA 31.0
JAPÃO 0.9 ALEMANHA E ESPANHA 30.0
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lização de recursos informatizados proporciona o compartilhamento dessas infor-
mações de forma eficiente e confiável. Isso certamente proporciona economia de
horas de trabalho e agilidade nos registros e na tomada de decisão embasada em
informações consistentes para o estabelecimento de ensino, por isso deve ser le-
vado em conta pelo mantenedor.
Fraudes
As empresas brasileiras estão perdendo cada dia mais dinheiro com fraudes co-
metidas por seus funcionários, segundo estudo realizado em 2002 pela GBE Peri-
tos & Investigadores Contábeis. Conforme a análise, 26% das empresas brasilei-
ras perdem em média 7% de seu faturamento anual devido às fraudes. Em pes-
quisa realizada em 1997 pela mesma empresa, esse índice era da ordem de 1,6%
do faturamento.
Normalmente, a empresa que é vítima de fraudes não faz queixa oficial do fa-
to. Segundo estudo da KPMG, empresa de auditoria, somente 9% das fraudadas
tornam público o assunto. Essa atitude decorre de não quererem se expor ou de
as fraudes ocorrerem no caixa 2 das empresas, o que, se divulgado, compromete-
ria a imagem e exporia a instituição a situações indesejáveis.
Ao serem cruzados os dados da GBE e da ACFE, descobriu-se que o crime pre-
ferido dos empregados que assaltam o caixa das empresas no Brasil é a corrup-
ção. Neste item se enquadram os crimes em que os fraudadores usam a influên-
cia de seus cargos para conseguir algum benefício. Mais de 56% das investigações
identificaram um cenário de corrupção dentro das empresas.
Não existe uma forma de se eliminar a fraude, o que existem são medidas pa-
ra inibi-la, minimizá-la e controlá-la, das quais podem ser citadas, conforme pes-
quisa da GBE, a política de contratação, a conduta ética nos negócios, a utilização
da contabilidade para controlar suas operações, o treinamento, os canais de co-
municação claros, o código de ética para os funcionários, os trabalhos sociais e a
punição.
Infelizmente, como as fraudes são difíceis de serem descobertas internamente,
já ocorreram casos de instituições de ensino serem obrigadas a encerrar suas ati-
vidades em função de fraudes cometidas por funcionários tidos como de confian-
ça. Sistemas integrados de gestão tendem a eliminar as possibilidades de fraudes,
porque apresentam relatórios emitidos para a direção os quais confrontam dados
e informações que apontam inconsistências e registram as decisões e as pessoas
que as tomaram.
SISTEMAS GERENCIAIS COMO INSTRUMENTO DE GESTÃO
Em tempos de instabilidade econômica e com a latente necessidade de manter a
instituição competitiva, os mantenedores devem estar sensibilizados de que a
utilização de um adequado sistema é fator determinante para acompanhar e
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projetar resultados em tempo oportuno, de tal maneira que a empresa se man-
tenha competitiva utilizando-se de informações instantâneas que lhe assegurem
tomadas de decisões.
Ao planejar as oportunidades de investimentos, o grau de endividamento e os
recursos necessários, as instituições devem observar os dados históricos e acom-
panhar a realização daquilo que foi planejado. Desta forma, os sistemas contri-
buem para elaboração, acompanhamento e projeção de informações essenciais ao
processo de administração da área econômica e financeira de uma instituição.
Dentre eles, podemos citar o planejamento orçamentário, o fluxo de caixa, as con-
tas a receber, as contas a pagar, bem como os demais assuntos tratados até aqui.
Histórico de Dados e Informações
Para a instituição de ensino, como em qualquer outro tipo de empresa, a manu-
tenção de dados e informações históricas é fundamental para considerar as hi-
póteses da necessidade de rastrear, comparar ou projetar resultados sobre as in-
formações econômicas e financeiras. O rastreamento de informações pode ter
início através de dados armazenados nos sistemas de informática da instituição
de ensino.
Por exemplo, os valores recebidos e pagos pelas instituições geram inúmeras
informações a serem consultadas para esse fim, tais como a data e o valor dos re-
cebimentos e pagamentos, a realização da operação em dinheiro ou em cheque, a
identificação de quem efetuou o registro no sistema e assim por diante.
No processo de acompanhamento e análise dos resultados financeiros, muitas
vezes há necessidade de comparar um período com outro, como o comportamen-
to da inadimplência ou do fluxo de caixa realizado no mês de maio do ano de
2002 em relação ao mesmo período de 2003. Neste caso, todos os dados e informa-
ções armazenados servirão de referência não somente para análise, mas também
para projeção de resultados futuros.
Aumentando a Competitividade e Reduzindo os Custos
Em uma administração moderna, algumas perguntas podem ser feitas para com-
preender as causas e os efeitos que tornam uma instituição de ensino mais com-
petitiva que outra, ou que tenha um custo menor quando ambas forem compara-
das. No entanto, cabe aos profissionais responsáveis pela área econômica e finan-
ceira priorizar o alinhamento estratégico do negócio, realizando e apresentando à
administração, anualmente, um planejamento econômico e financeiro. Já a redu-
ção de custos é a segunda maior preocupação desses profissionais, mesmo saben-
do que, muitas vezes, é preciso investir para economizar no futuro. Assim pen-
sando,os mantenedores devem sempre se questionar sobre:
• Como ser competitivo se a instituição não dispõe de informações de pronto
ou, para obtê-las, é necessário aguardar dias ou semanas?
Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para 
esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual 
da Instituição, você encontra a obra na íntegra.
 
Dica do professor
A administração econômico-financeira tanto quanto o projeto pedagógico é um dos mais 
importantes pilares das instituições de ensino. É preciso que o gestor saiba administrar a escola, 
principalmente com o aumento da competitividade no mercado. Para saber mais sobre este 
assunto, assista ao vídeo a seguir.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/fc88f281e548b9bd66ef2abf8c30723b
Exercícios
1) No cenário brasileiro hoje, é necessário que os mantenedores, além de dar a devida 
importância a assuntos como emoção, pensamento estratégico, motivação, comportamento 
e diferenças culturais, 
apoiem-se em eficazes ferramentas como o planejamento estratégico e a adequada gestão 
econômico-financeira das instituições de ensino. Nesse sentido, entendemos que o 
planejamento financeiro:
A) estabelece as diretrizes de mudanças nos empreendimentos.
B) identifica as metas pedagógicas.
C) analisa as diferenças entre metas e situação pedagógica.
D) define ações necessárias ao campo pedagógico, para que a instituição atinja suas metas.
E) estabelece que o mantenedor é responsável pelo planejamento das operações pedagógicas 
da instituição.
2) As operações que envolvem as contas a pagar de uma instituição não dependem, 
simplesmente, dos registros dos pagamentos, das datas de vencimento e da emissão de 
cheques. Para que este processo de pagamentos seja bem sucedido, é necessário 
estabelecer políticas internas, a saber:
A) Aprovar gastos ou investimentos sem estarem previstos no planejamento.
B) Definir as pessoas responsáveis pelo tratamento dos assuntos estratégicos da instituição de 
ensino.
C) Aprovar os pagamentos a serem feitos, função que pode ser cumprida por qualquer 
departamento da escola.
D) Ignorar procedimentos para validar os pagamentos efetuados.
E) Estagnar o acompanhamento e a manutenção do fluxo de caixa previsto versus o fluxo de 
caixa realizado.
3) 
As atividades inerentes ao processo de administração 
econômico-financeira são representadas por inúmeras tarefas merecedoras de muita 
atenção. Na aquisição de um sistema adequado que venha realmente a contribuir para 
redução de altos custos administrativos é fundamental que o(s) sistema(s):
A) operacional forneça aos empresários relatórios com análises para a tomada de decisão.
B) operacionais sejam manuseados ou operados por todas as pessoas dentro das instituições.
C) gerenciais sejam operados apenas por um único membro.
D) gerencial trabalhe no sentido de validar dados, informações e até de bloquear operações.
E) gerenciais aumentem o custo da escola em várias frentes como mão de obra, consultoria, 
planejamento estratégico e financeiro.
4) Uma das formas para que as instituições de ensino evitem riscos, perdas ou dissabores é 
estabelecer normas e procedimentos para os assuntos relacionados à entrega dos boletos e 
às formas de recebimento. Para tanto, é necessário ficar atento para:
A) Validar informações e ter a certeza de que todos os boletos de cobrança foram devidamente 
emitidos, enviados e entregues aos alunos.
B) Radicalizar a forma de entregar ou enviar boletos.
C) Administrar com desleixo cheques recebidos para vencimentos futuros.
D) Deixar em aberto parcelamentos ou recebimentos em forma de permutas.
E) Combater a perda de alunos na efetivação de cobranças de mensalidade.
5) O processo de mudança que o mundo vem experimentando nos últimos anos tem provocado 
alterações significativas nas carreiras das pessoas em qualquer tipo de empresa. Diante 
desse contexto, é necessário haver:
A) pouca demanda de novos empreendedores.
B) avaliação de parte das circunstâncias situacionais que a administração exige.
C) inabilidade ou ausência de experiência para diminuir o risco de um fracasso.
D) tecnologias estagnadas de conhecimento.
E) um maior preparo dos profissionais para acompanhamento das exigências de mercado.
Na prática
Veja agora uma situação prática sobre a administração 
econômico-financeira de uma escola.
Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor: