Buscar

TCC Filisofia 20-02-2023

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1
HISTÓRIA DA FILOSOFIA E SEUS PERÍODOS DE ASCENSÃO 
OLIVEIRA, ----------------------------- ¹
RU: ----------
RESUMO
O presente artigo tem por objetivo mostrar a importância da Filosofia na educação, e a maneira que o professor deve apresentar estes conteúdos em sala de aula e as opiniões de autores. As visões, de vida e do mundo vêem passando por constantes mudanças, principalmente no que se refere à educação. Vemos-nos diante de grandes desafios que são cruciais para a criação de novos objetivos e práticas. Nos dias atuais, a busca é por um novo ensino que se responsabiliza pelo revés escolar, pela falta de qualidade e que defenda e ajude a construir um conjunto de ensino público capaz de descobrir intelecção, e os talentos das crianças/jovens, nunca descobertos nem e incentivados na escola. A Filosofia quer que sejamos mais abertos ao que é novo, procurando circunscrever espaços que têm relevância para da Educação. Como e de que modo ensinar Filosofia nas escolas para crianças, adolescente e jovem em nos dias atuais? Buscar um ensino adequando com a idade de cada grupo, respeitando as experiências individuais, aberto ao questionamento, a angustia, e ao novo. Incluir a filosofia num processo educacional por meio de uma sistematização lúdica é o melhor método de tornar sujeito mais consciente e responsável. A filosofia tem como princípio que as pessoas possuem apetite pela verdade, e se esse apetite não for introduzido prematuramente no período educacional, pode gerar em longo prazo um pensamento comodista que irá somar pouco na vida do sujeito e das pessoas que os rodeiam. Devem proporcionar um grande entendimento em relação à história e o ensino da Filosofia, que questionem a falta de práticas. O ensino da Filosofia deve ser organizado de modo que passe primeiro pela etapa da comoção de professo/mediador de conhecimentos que precisa ter instrumentos para essa intervenção. De qualquer modo, os conteúdos devem ser apresentados de maneira temática, numa tentativa de torná-los mais próximos da realidade vivida pelos alunos. 
Palavras-Chave: Filosofia; Educação; História da Filosofia e Ensino.
1- INTRODUÇÃO
No enquadramento da educação para crianças, adolescentes e jovens devem ser e preparados para a argumentação e comparação de convicções. A Filosofia traduz-se na investigação com o julgamento, o que é de extrema importância para que a criança, adolescente e o jovem estudante possam compreender a relevância atribuída a todos os conteúdos. A filosofia mostra um engajamento em sustentar a aquisição aos saberes socialmente, elaborados, posto que estes concebam como meios para a socialização, o exercício da cidadania e a atuação no sentido de reformular os conhecimentos, as imposições de crenças e valores. Através da educação estamos tratando do ato de educar, acompanhar, e também de desenvolver as potencialidades de cada aluno. Articular sobre o ensino da filosofia, da sua relevância e do seu enfrentamento pela liberdade, é manifestar transformação educativa. Oferecer ao aluno chance de meditar dentro do educandário, é dar o ensejo de exercer a pratica do seu pensamento. 			 Assim sendo, cria espaços para uma educação especulativa com crianças, adolescentes e jovens é eminentemente situar-se diante da realidade social, é sair do conceito comum e ir de encontro com a consciência crítica. Não somente no ensino da filosofia, mais também de todos os conteúdos, pois a filosofia por si só, não despertará o aluno para as mudanças de comportamentos e atitude diante do mundo. 												O rumo da transformação na educação, começa pela educação especulativa, passa pela elucidação e estabelece na intrínseca correspondência entre saber, poder e transformação, isto passa pela autonomia do sujeito. Aspirando-se deste conceito, compreende a importância da filosofia não somente para os alunos, como também para os professores. Em primeiro lugar, para ensinar é preciso que o professor tenha óbvio para si, para suas pretensões, seus objetivos e suas insatisfações. Só depois de olhar bem para dentro de si, o professor deve olhar para o aluno como sujeito em constante transformação, buscando a potencialidade de cada aluno, ampliando a sua competência, por meio orientação e de acordo com a capacidade de cada um. 
A filosofia deve estar voltada para a condição do ser humano, para encontrar possibilidades capazes de melhorar a vida da humanidade, de exercer mudança na vida prática, inserida na vivência cotidiana. Através do fazer educativo, a filosofia pode ajudar na busca da transformação da realidade da sociedade humana para uma vida mais satisfatória. Sendo assim, a prática filosófica deve ser conceituada como um o esforço da consciência humana para compreender a realidade, isso significa que, a ânsia de buscar o conhecimento da realidade em sua totalidade e a inquietude de entender o significado essencial das coisas. 					O estudante deve ser estimulado a meditar a respeito do mundo que os rodeia, a ter consciência da realidade que ela faz parte. È indispensável ao docente à entrega como especialista nas suas interdependências, onde sua missão não pode ser uma atividade desanimada, e sim um acréscimo na sua pratica educativa. Refletir a Filosofia no Brasil requer uma análise em suas origens. È necessário fazer uma investigação desce o seu descobrimento para entender as vertentes a ela dada, assim podendo então traçar novas direções para o país. 
 Este estudo foi elaborado a partir de pesquisas bibliográficas, buscou informações junto às literaturas existentes. Segundo Gil (1991, p. 35), a pesquisa bibliográfica é elaborada a partir de material já publicado, constituído principalmente de livros, artigos de periódicos e atualmente com material disponibilizado na Internet. Ela constitui uma excelente técnica para fornecer ao pesquisador a bagagem teórica, de conhecimento, e o treinamento científico que habilitam a produção de trabalhos originais e pertinentes. 
 2- DESENVOLVIMENTO
2.1- HISTÓRIA DA FILOSOFIA E SEUS PERÍODOS DE ASCENSÃO
 A palavra filosofia é de origem grega e significa amor à sabedoria. Ela surge desde o momento em que o homem começou a refletir sobre o funcionamento da vida e do universo, procurando solução para as grandes questões da existência humana, através de explicações racionais para tudo aquilo que era explicado através da mitologia, oferecendo caminhos, respostas e, sobretudo, propondo novas perguntas, num diálogo permanente com a sociedade e a cultura do tempo em que faça parte. As constantes transformações nos modos de conhecer podem ampliar os campos de investigação da Filosofia, fazendo com que venha surgir novas disciplinas filosóficas, assim como podem diminuir esses campos, como no século XVIII, onde se desligam da Filosofia a biologia, a física e a química, e no século XX, as chamadas ciências humanas como a psicologia, a antropologia e a história. 		A filosofia antiga costuma ser apresentada em grandes períodos que a conduzem. Precisamos primeiramente reconhecer os períodos principais da filosofia grega. São estes períodos que definiram os campos de investigação filosófica na Antiguidade, onde o do ápice da filosofia acontece durante o apogeu da cultura e das sociedades gregas, durante a Grécia clássica. 						A filosofia grega está dividida em quatro períodos. O primeiro período foi o pré-socrático ou cosmológico que apresenta filósofos como Tales de Mileto, Pitágoras de Samos, Parmênides de Eléia, Anaxágoras de Clazômena, e outros. Neste período que surgiu a primeira corrente do pensamento na Grécia Antiga por volta do século VII a.C. Esta corrente de pensamento vem explicar de maneira racional e de modo sistemático a origem, a estruturação, e a transformação da natureza, uma vez que explicando a natureza, a filosofia explica a origem e as mudanças dos seres humanos, afirmando que não existe criação do mundo, isto é, nega que o mundo tenha surgido do nada. Buscando explicar tudo através da razão e do conhecimento científico. 									O segundo período chamadode Socrático ou Antropológico (século V e IV a.C.) foi um período de grande desenvolvimento cultural e científico. O fulgor das cidades, e também do sistema político democrático grego. Este período possibilitou um terreno favorável para o desenvolvimento do pensamento. Época esta dos sofistas e do grande pensador Sócrates. Período voltado para o conhecimento do homem, em particular do lado espiritual e de sua capacidade para conhecer a verdade. 											Sócrates e Platão consideram as opiniões e as percepções sensoriais, ou imagens das coisas, defendidas pelos sofistas, como fonte de erro, mentira e falsidade, formas imperfeitas do conhecimento que nunca alcançam à verdade plena da realidade. Como Sócrates não deixou textos, suas idéias foram difundidas por seus discípulos, sendo Platão o mais importante deles. 					O período Sistemático foi marcado pelo principal filósofo Aristóteles de Estagira, que era discípulo de Platão. Neste período, a filosofia não era um saber específico sobre algum tema, mas sim, uma maneira de conhecer todas as coisas, apresentado metodologias distintas para cada campo de coisas que conhece, demonstrando uma diferença entre esses conhecimentos, distribuindo-os numa escala que vai dos mais simples inferiores aos mais complexos e superiores. 		Aristóteles classifica os campos de conhecimento filosófico em ciências produtivas onde todas as atividades humanas técnicas e artísticas resultam num produto ou numa obra; a ciência pratica que estuda o comportamento ético do ser humano; a ciência teoréticas, contemplativas ou teóricas, que são as coisas divinas e da natureza, como exemplo temos a física, a biologia, a psicologia, a matemática, a metafísica, a teologia. Para Aristóteles, a metafísica e a teologia são o ponto forte da filosofia, pois são destas que derivam todos os outros conhecimentos. 		O quarto e último período da Filosofia antiga intitula-se período Helenístico. Época da filosofia constituída por grandes recursos e fundamentos, com esclarecimentos abrangentes sobre a natureza, o homem e as relações entre ambos, com o divino e predominando também a preocupação com a ética.	Marcam-se nesse período quatro sistemas: o ceticismo, a dúvida deve estar sempre presente, pois o ser humano não consegue conhecer nada de maneira exata e segura; o epicurismo que defendiam que o bem era originário da prática da virtude. O corpo e a alma não deveriam sofrer para chegar-se ao prazer; o estoicismo que defendiam a razão a qualquer preço. Os fenômenos exteriores a vida, deviam ser deixados de lado, como à emoção, o prazer e o sofrimento. O último sistema deste período foi o neoplatonismo, que se caracteriza pelas teses plenas da superioridade do ser divino, da emanação e do regresso do mundo, a Deus pela introjeção continua do homem. Esse período representa o final da hegemonia política e militar grega, no qual Roma passa a expandir seus territórios, suscitado a orientação da filosofia, visto que os filósofos helênicos passam a ter contato com a cultura oriental. 	Filosofia Patrística: Patrística é o nome dado à filosofia cristã dos primeiros sete séculos, elaborada pelos Padres ou Pais da Igreja. Os primeiros teóricos, daí o nome Patrística. A Filosofia Patrística, do século I ao século VII, começou devido aos esforços dos Padres e Apóstolos para abordar o Cristianismo com o pensamento filosófico dos gregos e romanos, tendo como objetivo a evangelização. A Filosofia Patrística divide-se em Patrística Grega, ligada à Igreja de Bizâncio e Patrística Latina, ligada à Igreja de Roma, sendo obrigada a adotar ideias desconhecidas para os filósofos greco-romanos, tais como a ideia de criação do mundo, de pecado original, de Deus como trindade una, de encarnação e a morte de Deus. Introduziu também sobre a ideia de homem interior, isto é, da consciência moral e do livre-arbítrio, pelo qual o homem se torna responsável da existência do mal no mundo. 	Os Padres naquela época infundiam os pensamentos cristãos por meio de mandamentos, à vista disso é que se ergue a oportunidade de conciliar razão e fé, através de três posições principais: os que julgavam fé e razão irreconciliáveis e a fé superior à razão. 											Filosofia Medieval ou Escolástica; do século VIII até o século XIV, debatia as mesmas questões que a Filosofia Patrística, juntamente com alguns outros acrescidos. Foi nesse período que surgiu a Filosofia Cristã ou Teologia que tinha como temas as provas da existência de Deus e da alma, com evidencias racionais da existência do infinito criador e do espírito humano imortal. 				Uma característica marcante desse período foi à rivalidade, que tinha por finalidade mostrar os pensamentos filosóficos, onde se ostentava uma matéria e está devia ser contraposta ou acolhida por contextos bíblicos ou pelas autoridades certificadas que eram Platão, Aristóteles, um Papa ou um Santo. 				Filosofia da Renascença; Vai desde o século XIV ao Século XVI, está dividida em três grandes linhas de pensamento: a primeira prova de Platão, do neoplatonismo e da descoberta dos livros do Hermetismo; nela se destaca a ideia da Natureza como grande ser vivo; a segunda vem dos pensadores florentinos, que valoriza a vida ativa; a terceira é a que recomendava o melhor do homem como criador do seu próprio destino, tanto através dos conhecimentos quanto através da política, das técnicas e das artes. 							Filosofia Moderna; do século XVII até meados do século XVIII, conhecida também como o Grande Racionalismo Clássico, é caracterizada por três grandes mudanças intelectuais: surgimento do sujeito do conhecimento, ou seja, a Filosofia começa pela reflexão, pela volta do pensamento sobre si para conhecer sua capacidade; a segunda é que para os modernos as coisas exteriores, natureza, vida social e política, podem ser conhecidas desde que sejam consideradas representações, isto é, pensamentos elaborados pelo sujeito do conhecimento; a terceira vem da realidade a partir de Galileu, que é afamada como um sistema racional de mecanismos físicos, cuja estrutura profunda e indivisível é matemática. A realidade é um sistema de casualidades racionais que podem ser conhecidas e transformadas pelo homem. 								Filosofia da Ilustração ou iluminismo; iniciou em meados do século XVIII até o início do século XIX. Período de grande interesse pelas ciências que se confrontam com conceito de evolução. A biologia terá um lugar central no pensamento ilustrado dado que, é alusivo ao campo da filosofia da vida. As artes são revelações por impecabilidade da elevação da ascensão de uma civilização. 				Filosofia Contemporânea; teve início em meados do século XIX, até os dias de hoje. No século XIX, Hegel afirma que a razão, a verdade e os seres humanos são essenciais e necessariamente históricos, levando a ideia de progresso, onde o presente melhor e superior, se comparado ao passado, e o futuro será melhor e superior, se comparado ao presente. 							Durante o século XX várias correntes de pensamentos agiram ao mesmo tempo. O surgimento da filosofia analítica marcou uma nova divisão entre modos de se fazer filosofia. Os próprios filósofos analíticos adulteram o termo Filosofia continental para relatar diversas convenções filosóficas oriundas da Europa Continental, principalmente da Alemanha e da França. 					A história nos mostra como a filosofia se adapta de acordo com os fatos históricos acontecidos em cada período da nossa história. A mudança de objetivos de estudos também pode ser percebida em cada sociedade. Para cada sociedade, existe uma filosofia diferente.
 2.2 - A EVOLUÇÃO DO HOMEM POR MEIO DA FILOSOFIA
O homem é um sujeito que questiona a vida, e pode questioná-la incessantemente. A forma de questionar é diferente de sujeito para sujeito, ainda assim o particular mistério mantém-se. Segundo Aristóteles (384-322 a C.), todos os homens desejam naturalmente o conhecimento. Não obstante, muitos se perdem nesta incumbência longitudinal da vida, possivelmente por não conhecerem o caminho. É necessário buscar contextualizara filosofia de maneira compreensível e real, entender o que realmente ela é refletindo o seu sentido para a vida. O conhecimento abstrato e pratica estão ligados pela filosofia, e o êxito da filosofia abstrata, não dar a nós esclarecimento de que seremos sábios. 				A filosofia apresenta-se como uma forma de conhecimento que possibilita a compreensão de sua vivencia. É um campo de conhecimento, e quando usurpamos dele, compreendemos relativamente à unissonância dos seres humanos, das coisas mais fáceis as mais complicadas. O processo de meditar não é exclusivamente individual, mas igualmente processo que possui complemento coletivo. Não agimos por agir. Agimos por certa finalidade, que pode ser mais ampla ou restrita; as finalidades mais amplas são aquelas que se referem ao sentido da existência, busca o bem da sociedade, lutar pela emancipação dos oprimidos, e assim por diante. Isso porque e certo que a vida só tem sentido se vivido em função de valores dignos e dignificantes (HUSSERL, 1965). 									Cada um tem seu modo particular entender o mundo, e nenhuma pessoa anda no escuro, sem saber aonde vai ou porque vai. Só pode andar a partir de um conhecimento do mundo e de uma realidade. Cada um vive de convicções de mundo deferentes, andam e comportam segundo uma interpretação inconsciente que dão à vida. Neste seguimento, podem dizer que todo homem e filósofo, cada um tem sua filosofia de vida, e se orienta por ela. Quando falamos em filosofia de vida queremos dizer que esse direcionamento diário inconsciente pode ocorrer da massificação, do senso comum, que adquirimos e acumulamos espontaneamente. (Husserl 1965). 											È impossível viver sem meditar, e uma das individualidades do ser humano e o dever de não conhecer a natureza a fim de poder mudá-la pelo trabalho, mas o dever de compreender-se a si próprio. Não é possível, vida humana consciente de si mesma sem o pensamento filosófico, sema meditação crítica ica sobre o que é real. 	Não há um homem padrão que sirva de modelo para todos seguirem. Há uma circunstância humana que resulta do conjunto das relações humana, de sua inclinação como homem. Para HUSSERL, 1965, este ponto é importante, pois afasta qualquer tentativa de estabelecer a existência de uma natureza humana fixa e imutável, ou de estabelecer distinções entre os homens com base em qualquer aspecto extrínseco, como a raça, a cor, ou religião. 						O Ser humano, assim como os demais seres vivos, se esforça para se preservar numa das coisas que diverge dos outros organismos, ele produz os meios para sua existência, reestruturando e transformando os bens naturais disponíveis. Segundo COTRIN1993, ao colocar-se no mundo o homem, cria uma ligação entre o indivíduo que quer conhecer e o objeto a ser conhecido. O indivíduo transforma-se mediante o novo saber, e o objeto também se transforma, pois, o conhecimento lhe dá sentido. 												O homem é um ser empreendedor da natureza, e a natureza é o fruto desse empreendedor. Ao empreender por meio de sua laboração produtiva na natureza, com seu trabalho, promovendo sua existência por meio da apropriação e incorporação dos bens naturais transformados, o ser humano não cria só vínculos individuais com a natureza, pois ao mesmo tempo em que cria relações técnicas de produção, vai instaurando relações interindividuais, relações com os outros seres humanos, e cria a estrutura social. O ser humano encontra-se, e se firma no mundo, não como um simples elemento da realidade total, mas sim como um indivíduo no qual essa realidade se transforma. Ao elucidar e mudar a veracidade, o ser humano se junta com outros seres humanos envolvidos na mesma incumbência, é o que chamamos de confronto com outros indivíduos. 						Visto que quando alguém fala e recebe a fala do outro, acontece o reconhecimento mais alto do outro como sujeito. No momento que o homem reconhece o outro e com ele conversa para encontra um significado para o mundo e para a existência, nasce uma história. “ Dar um sentido ao mundo no diálogo das consciências, é existir plenamente como homem e, portanto, existir plenamente como sujeito do processo histórico “(HUSSERL, 1965 s/p). 
Com nossas forças, incorporamos uma filosofia, e a ela nos ajeitamos de tal maneira bem ou mal em nossa ansiedade de entender e de adormecer a essência. Quando o conhecimento vai restaurando o mundo e a tendência de modificação chega às partes mais franjes da vida humana, só quem vive à margem da vida sem interesse, paixões, amor e sem ódios pode julgar que dispensa uma filosofia atordoante da hora presente. 
Entretanto, a maior parte da filosofia volta-se mais para a maneira pela qual conhecemos as coisas do que propriamente para as coisas que conhecemos, sendo essa uma segunda razão pela qual a filosofia parece precisar de ideias. As discussões relacionadas a critérios definitivos das verdades podem determinar, na medida em que recomendam a aplicação de um dado critério, quais as proposições que na prática sentenciamos serem verdadeiras.
Não é obrigação da filosofia especular objetivos ocultos e preliminar da realidade, mas interpretar uma realidade carente de objetivos através da capacidade de construção de figuras e imagens a por intermédio dos elementos isolados da realidade. Por mais que ignoremos, a filosofia tem exercido uma brilhante atuação indireta até mesmo sobre a vida de gente que nunca ouviu falar nela. 			Implicitamente, tem sido repassada por meio de discursos, literatura, jornais, revistas também da tradição oral, chegando a toda visão do mundo. Teoricamente foi por meio da ascendência, que a religião cristã tornou o que é hoje. No campo da política, a interferência dos princípios filosóficos tem sido persuasiva. É indiscutível negar que a influência da filosofia em cima da política muitas vezes pode ser terrível. Os filósofos alemães do século XIX podem ser parcialmente responsabilizados pelo desenvolvimento de um nacionalismo intensificado e que depois veio a adotar forma muito pervertidas. Contudo, há certeza de que essa responsabilidade tem sido frequentemente muito exagerada, sendo difícil determiná-la exatamente, o que se deve ao fato de aqueles filósofos terem sido obscuros. 
Todavia, se uma filosofia precária pode exercer interferência terrível em cima da política, com as filosofias de afável qualidade pode acontecer o contrário. Uma boa filosofia, ao influenciar favoravelmente a política, pode gerar uma prosperidade incapaz de ser alcançada sob a égide de uma filosofia inferior (HUSSERL,1965).
2.3 - FILOSOFIA DO BRASIL ANTIGO AO ATUAL
 Certamente os pregadores jesuítas foram os autores da primeira forma do ensino da Filosofia no Brasil no decorrer do período colonial. Todavia, nem todos os brasileiros tinham acesso ao ensino. Isto era exclusividade dos grandes proprietários de terras, que possuíam representatividade e a classe dominante, tinham acesso ao mesmo. Aos pobres, escravos, negros, índios e proletariado; só era proporcionado um ensino de caráter religioso que visava só os interesses do clero e da introdução da língua portuguesa.
Os jesuítas não se limitaram ao ensino das primeiras letras; além do curso elementar eles mantinham os cursos de Letras e Filosofia, considerados secundários, e o curso de Teologia e Ciências Sagradas, de nível superior, para formação de sacerdotes. No curso de Letras estudava∙se Gramática Latina, Humanidades e Retórica; e no curso de Filosofia estudava∙se Lógica, Metafísica, Moral, Matemática e Ciências Físicas e Naturais. (BELLO,p 2 1998)
 Anteriormente não havia interesse em formar pessoas com capacidade de livre‐pensamento, nem tão pouco, uma classe que possuísse um olhar crítico para as questões políticas, educacionais e sociais. 							 Aparece o Padre Manuel da Nóbrega, nascido em Sanfins, em 1517, com 27 anos de idade é ordenado na Companhia de Jesus, vem para o Brasil em 1549, na primeira missão jesuíta realizada na América. Ao chegar ao Brasil começou um trabalho de catequização dos índios. Em 1580, instituino colégio de Olinda o estudo de Filosofia, com poucos conhecimentos e recursos literários. Nesta época, destaca‐se também o Padre José de Anchieta, nascido na ilha de Tenerife, no arquipélago das Ilhas Canárias em 1534. Chegou ao Brasil em 1553 e começou a realizar uma importante função: fundou a Vila de São Paulo, participou na expulsão dos franceses em 1567 e lutou para que não houvesse exploração no trabalho dos senhores, sobre os colonizados e escravos. 									Os jesuítas coordenaram o ensino por aproximadamente 210 anos. No decorrer deste período, construíram uma grande estrutura e dominavam o ensino no país onde possuíram aproximadamente 36 missões, 17 colégios e seminários, pequenos estabelecimentos de ensino instalados nas aldeias, enfim, com algumas exceções: Escola de Arte e Edificações Militares na Bahia, Seminários São José e São Pedro e Escolas de Filosofia, todo o sistema educacional era mantido e direcionado pelos jesuítas. (THEOBALDO, 2008)						 Apareceu também o Marques de Pombal, Sebastião José de Carvalho e Melo, de família aristocrata e rica, estudou Direito em Coimbra e prestou o Serviço Militar. Durante o tempo em que esteve como primeiro ministro fez muitas mudanças em seu país. Isto fez com que se levantassem muitos adversários em relação a sua forma de administrar. O que mais chama‐nos a atenção é a repugnância que ele criou com os Jesuítas. Esta repugnância, ocorreu exclusivamente porque estes se apresentaram como sendo seus maiores adversários por alguns motivos, dentre eles vale ressaltar, os jesuítas contestaram ao seu casamento com uma protestante e herdeira do duque de Cumberland; Pombal dava privilégios aos judeus que contribuíssem com a reconstrução de Lisboa, após o grande terremoto. 			Sua ação contraria aos jesuítas foi bastante intensa e culminou com a expulsão destes de várias localidades, principalmente dos territórios colonizados. Este período foi considerado como período de trevas para o Brasil, porque estava carente de um sistema de ensino sistematizado, de estruturas educacionais definidas e entregue a pessoa leigas. Após este período considerado negro para o Brasil, um tempo de construção e de expectativa em dias melhores ergue-se no cenário. 			Segundo o Dicionário Básico de Filosofia, dois notáveis personagens levantam-se para mudar o ensino e a visão filosófica em nosso país. Os primeiros a desenvolverem um pensamento filosófico no Brasil foram os portugueses Silvestres Pinheiros Ferreira (1769‐1846), que lecionou no Rio de Janeiro e foi autor de Preleções filosóficas (1813) e o franciscano nascido no Rio de Janeiro, frei Montalverne (1784‐ 1858). (JUPIASSÚ, MARCONDES, 2006, p.10). Na verdade, o trabalho filosófico coordenado pelos jesuítas foi algo considerável, e ao mesmo tempo cauteloso. 										Silvestre Pinheiro Ferreira, natural de Lisboa, nasceu em 31/12/1769, lecionou aulas de Filosofia em Lisboa e posteriormente assumiu a catedral na Universidade de Coimbra, teve divergências e é obrigado se exilar em Londres, depois Holanda, Alemanha, por fim, vem para o Brasil onde exerce algumas missões diplomáticas, além de ministrar aulas de filosofia nos tempos vagos. (RODRÍGUEZ, 2004) Silvestre Pinheiro Ferreira, foi muito importante no desenvolvimento de algumas áreas da filosofia, em especial na filosofia da linguagem. Autor da obra, Preleções Filosóficas; da Teodicéia, expressão originária do grego theós que significa Deus e dike que significa justiça, que em síntese significa justiça de Deus; e do direito, onde influenciou muito a questão política no Brasil. 					Diferentemente, não se pode deixar de citar a influência do Frei Montalverne. Ocupou posição de destaque junto ao governo e gozava de grande prestígio junto aos religiosos. Entrou cedo no Convento de São Francisco de Assis de Monte Alverne, cursou teologia e filosofia. Em seguida ingressou como presbítero na Ordem dos Franciscanos e pregador oficial Real. Dentre as contribuições deixadas por estes homens pode‐se citar: o desenvolvimento da filosofia da linguagem, o que permitiu discutir e pensar melhor as diferenças entre o ser humano e demais seres; um novo pensar sobre os saberes; o desenvolvimento do ser cidadão diante do governo representativo ou dos direitos constitucionais, administrativos e das gentes; entre outras. 											Com a chegada dos filósofos, Diogo Feijó (1784), Benjamin Constant Botelho de Magalhães (1833), Tobias e Luis Pereira Barreto (1839 e, 1840); Euclides da Cunha (1866); Ernani Fiori e Evaristo de Moraes Filho (1914). Em 1921: Henrique Cláudio de Lima Vaz (Antropologia Filosófica); Paulo Freire (Pedagogia da Libertação) e Darci Ribeiro (Antropologia e Sociologia); Roque Spencer Maciel de Barros e Antonio Paim (1927); Nelson Saldanha (1933); Marilena Chauí (1941), entre tantos outros, surge no Brasil uma nova fase. 						Com a chegada dos filósofos, Diogo Feijó (1784), Benjamin Constant Botelho de Magalhães (1833), Tobias e Luis Pereira Barreto (1839 e, 1840); Euclides da Cunha (1866); Ernani Fiori e Evaristo de Moraes Filho (1914). Em 1921: Henrique Cláudio de Lima Vaz (Antropologia Filosófica); Paulo Freire (Pedagogia da Libertação) e Darci Ribeiro (Antropologia e Sociologia); Roque Spencer Maciel de Barros e Antonio Paim (1927); Nelson Saldanha (1933); Marilena Chauí (1941), entre tantos outros, surge no Brasil uma nova fase.						 Mendes, inauguram a Sociedade Positivista do Rio de Janeiro, que posteriormente foi transformada em Apostolado Positivista do Brasil; em 1931, cria o Estatuto das Universidades Brasileiras; em 1983, foi criada a ANPOF, Associação Nacional de Pós‐Graduação em Filosofia; em 1996, foram introduzidas as de aulas de Sociologia e Filosofia no Ensino Médio, e ainda permanece até os dias atuais, através do artigo 36 da Lei 9394, da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.
3 - A FILOSOFIA NO BRASIL DE HOJE
	Certamente há uma necessidade de um pensar filosófico mais aprimorado nos dias atuais. Os incentivos dos pensadores desde princípio da colonização até os dias de hoje foram grandes valia. Não podemos dizer que foram eficientes, pois isto seria incoerência e imaturidade. Primeiro porque precisa‐se educar o povo com relação à necessidade de situar-se à frente das circunstâncias, não sendo só executores de regras e leis, mas se tornarem críticos diante das problematizações. E isto implica em afirmar que há necessidade de um povo com olhar filosófico. 		Para pensar, falar e escrever de forma clara e crítica, para se comunicar de forma eficaz, a forma original, soluções criativas para os problemas, para desenvolver argumentos sólidos para um ponto de vista, para apreciar uma vista diferente da sua, para analisar material complexo, e para investigar questões difíceis de uma forma sistemática. (RENALDO, 2010)						Conclui ser esta uma necessidade fundamental para o Brasil atual ampliar um olhar crítico, visto que infelizmente tem em sua maioria, um povo acomodado diante de situações que são apresentadas, e ao mesmo tempo, encontra‐se paralisados á frente de ações e debates que precisava participar.				Em segundo lugar, precisa‐se de universidades mais voltadas para o delineamento das veias filosóficas em vez de serem só adestradores de opiniões. Carece‐se de universidades mais comprometidas com o avanço científico, do que com educadores que são apenas mediadores de conhecimentos. 				As universidades precisam apropriar-se de uma função importantíssima neste momento da história brasileira. Ela é a principal responsável por elevar questionamentos relacionados às mais variadas correntes filosóficas e a sua aplicabilidade nas indagações atuais. Precisa colocar-se como manancial de comunicação que pensará os novos rumos políticos, sociais e educacionais da nação. È árduo, diante de uma política governamental marcada desde a colonização para uma resistência ao educar filosófico. É algo complicado de estabelecido e ao mesmo tempo difícil, disso tem‐se a consciência. 						 Ao estudar um dos livros de Morin que fala sobre a complexidade,ele diz que o problema é: “temos de entrar nas duas caixas pretas. É considerar a complexidade organizacional e a complexidade lógica. Aqui, a dificuldade não está apenas na renovação da concepção do objeto, está na reversão das perspectivas epistemológicas do sujeito”. (MORIN, 2007, p. 35‐36)				Compete à universidade criar uma nova escola de filósofos que não aceitam a situação atual, mas sim que está disposta a revirar estruturas pré‐determinadas e pré‐estabelecidas, que necessitam de mudanças. Filósofos são pessoas com um novo olhar, saindo de uma realidade existente e real, que não se acomoda aos problemas existentes e que procura trazer uma luz para as questões difíceis. 
 Segundo Charles Feitosa: O filósofo é chamado a dar a sua opinião e a dar uma luz, mas muitas vezes estes problemas urgentes são apenas sintomas de questões mais fundamentais e mais difíceis. (MORIN, 2007, p.35‐36)
Em terceiro lugar, entende ser este o momento em que precisa‐se acordar para um novo olhar filosófico, já estamos a uma pequena distância dos países desenvolvidos e de grande potencial filosófico. Necessita‐se de pensadores que venham se tornar idealizadores das novas indagações sociais, políticas e educacionais, não de homens que venham defender seus próprios interesses. 		 Em quarto e último lugar, necessita‐se de um posicionamento, a frente do cenário político corrompido, que não possui interesse em um povo educado e crítico, características iniciais do Brasil império. Ações estas contempladas em posturas de líderes políticos de nossa nação.
Por cerca de três anos tramitou na Câmara e no Senado Federal um projeto de lei complementar que substituía o citado artigo 36 da LDB, instituindo a obrigatoriedade das disciplinas Filosofia e Sociologia nos currículos do ensino médio. Após aprovação nestas duas instâncias do Poder Legislativo Federal, o projeto foi vetado em outubro de 2001 pelo então presidentes Fernando Henrique Cardoso. Os argumentos que sustentaram o veto foram basicamente dois, já mencionados: a) a inclusão das disciplinas de Filosofia e Sociologia implicariam incremento orçamentário impossível de ser arcado pelos estados e municípios; b) não haveria suficientes professores formados para fazer frente às novas exigências da obrigatoriedade da disciplina. (FÁVERO, et al. 2004, p. 261).
 Enfim, é tempo do Brasil, que almeja ser uma das grandes potências mundiais, começar a agir como uma delas, e isto só acontecerão se adotarmos uma nova postura filosófica. 
3.1 - FILOSOFIA E SUA CONTRIBUIÇÃO PARA FORMAÇÃO HUMANA
	A filosofia ajuda no desenvolvimento da mente mais crítica, com pensamentos, reflexões e com habilidades mais interrogativas pelo aluno. A filosofia amplia a visão de mundo, expande o grau cognitivo e intelectual, abre a perspectiva para a o novo, proporcionando mais entendimentos, com compreensão, e observação da realidade e a partir do momento que se compreendem os sentidos da vida, abre um novo mudo de possibilidades e oportunidades de lutar para uma sociedade mais justa e humanizada. 								A forma filosófica de conhecimento se apresenta como a busca ilimitada de mais sentido, de mais significação. Transforma-se então a filosofia num esforço do espírito com vistas a dar conta da significação de todos os aspectos da realidade, com a maior profundidade possível, e sempre em relação à significação da existência do homem. É a tentativa de compreender o sentido mais radical das coisas. Independentemente de sua utilização imediata. Esse sentido é o modo pelo qual as coisas se apresentam ao espírito, modo propriamente humano da consciência se apropriar delas. Ter consciência, para o homem, identifica-se com o dispor de sentido, o que constitui para ele a compreensão da realidade. Compreender é, pois, reconhecer, no nível da subjetividade, nexos que vinculam, com determinada coerência entre si, elementos da realidade experiência da a partir do próprio processo vital. (SEVERIVO 2008 p.24-24) 				Segundo Edgar Morin (2003, p.48), se deve “integrar (na educação do futuro) a contribuição inestimável das humanidades, não somente a filosofia e a história, mas também a literatura, a poesia, as artes”. Desta maneira, gerando ideias e conteúdo para o desenvolvimento da informação, da leitura e da escrita. Dessa forma, o fazer do educador deve passar pelo ato de motivar, incentivar e acompanhar o desenvolvimento de seus alunos. 					As práticas educativas devem levar os alunos à difusão de sua capacidade de pensar, principalmente na sua própria vida, levando-os a valorizarem a si mesmos, reconhecendo o seu potencial, adquirindo auto-estima e liberarem o poder que têm dentro de si próprios. Para que isso aconteça, o educador deve assumir a função de estimulador para seus alunos, para despertar suas habilidades. É muito importante desenvolver também nos alunos a meditação observadora, autônoma e emancipada. 											A construção do entendimento auxilia os alunos a descobrirem suas potencialidades, e suas as qualidades pessoais e de grupo, criando uma educação que ultrapassa as barreiras do individualismo, estimulando-os ao diálogo e a ação na sociedade que estão inseridos. O fazer educativo deve auxiliar o a construir valores concretos e não apenas transmitir conhecimentos ou informações abstratas. Quando tentamos um adestramento no diálogo como fenômeno humano, se nos revela algo que já poderemos dizer ser ele mesmo: a palavra. Mas, ao encontrarmos a palavra, na análise do diálogo, como algo mais que um meio para que ele se faça, se nos impõe buscar, também, seus elementos constitutivos. Essa busca nos leva a surpreender, nela, duas dimensões: ação e reflexão (FREIRE, 2005, p. 89). 		Em tese, a partir da segunda década do século XXI, o sistema educacional de certa maneira não prepara o aluno para compreender a significação de todos os aspectos da realidade, mas sim para o acúmulo de informações e técnicas universitárias, sendo assim, a pratica educativa não conduz o indivíduo para a leitura e observação crítica do mundo.
[...] ou se pensa e se reflete sobre o que se faz e assim se realiza uma ação educativa consciente, ou não se reflete criticamente e se executa uma ação pedagógica a partir de uma concepção mais ou menos obscura e opaca existente na cultura vivida no dia-a-dia e assim se realiza uma ação educativa com baixo nível de consciência (LUCKESI, 1993, p.32).
 A escola não é a única instituição formadora do ser humano, no entanto ele deve chamar para si a total responsabilidade, pois é possuidora de uma missão fundamental, que é de construir indivíduos conscientes determinados e capazes de pensar por si só. A escola tem por finalidade assegurar a educação do ser humano através do processo formativo, para que este possa ser capaz de conceber imagem de si mesmo e do outro, de compreender-se no mundo e na história, colaborando no desenvolvimento ético e cidadão de todo ser humano. Assim sendo, toda aprendizagem escolar deve atender a uma educação global do sujeito, a qual, o efeito não pode ser alcançado sem levar em conta a construção de cidadãos observadores. 											Na realização da tarefa educativa, a filosofia se faz presente a tomo momento, e a escola não pode deixar de unir o ensino escolar as fontes do saber e da cultura. A escola não alcança seus propósitos se não estiver a alerta a liberdade de consciência, senso do coletivo e sendo do universal, que sãos os valores que representam a sociedade do século XXI. 						Quanto mais as instituições de ensino dar sinais de abertura para o mundo contemporâneo, melhor será a formação de sujeitos responsáveis e observadores do processo de transformação e defesa da liberdade e do bem-estar social, e isto só será perceptível, as instituições de ensino efetivamente se mostrarem inseridas na sociedade, e com valores correlacionados a cultura contemporânea capaz de entender as mais variadas situações de corrupção que passa toda humanidade.
CONSIDERAÇOES FINAIS
 A filosofia oportuniza o acesso uma vidamais integral e junta outras manifestações do espírito humano, como a arte, a literatura, a religião, é um convite à transcendência (KOHAN, 1999). Deve ter um lugar especial na vida humana, porque além de possibilitar a racionalidade, sempre esteve na origem das mudanças eficazes na história da humanidade. Tem como determinação a universalidade das coisas, desde as origens às causas primeiras até as últimas. Tudo o que se fala a respeito da vida, refere-se à Filosofia, tornando-se um ponto de partida para sua reflexão. A filosofia ajuda a descobrir as perspectivas desconhecidas e incompreensível para o homem que pouco questiona sobre os sentidos das coisas. A Filosofia é uma atividade humana indispensável. Pode nos livrar do conceito de juízos antecipados, de uma abordagem superficial da realidade, fruto da limitação da compreensão humana, sustentada por aparências, às quais o homem se apega facilmente.	 Se a filosofia está começando a encontrar um lugar no ensino é porque educadores descobriram que os jovens podem se encantar com ela e que ela contribui significativamente para seu desenvolvimento educacional. Talvez em nenhum outro lugar a Filosofia seja mais bem-vinda do que na sala de aula. Toda disciplina parece ser mais fácil de aprender quando seu ensino é inspirado pelo princípio aberto, crítico e de rigor lógico característico da Filosofia, ajudando os alunos a refletirem efetivamente sobre os valores que constantemente são importantes para eles. 										É preciso que criar espaços para o ensino da Filosofia desde as séries iniciais, porque quanto mais cedo colocarmos nossas crianças em contato com a reflexão filosófica, mais críticos elas se tornarão. É preciso afrontar a instigação da Filosofia, para compreendermos sua fascinação e seu enigma, contraindo responsabilidade de passar da opinião e da simples crença ao conhecimento. 	Precisamos imediatamente de uma renovação no cenário político, educacional, social e filosófico, não só de pessoas, mas de ideias. Precisamos adotar uma visão filosófica sistematizada, voltada para a consciência e não para as disputas de ideais. 									Entendemos que este nunca foi e nunca será o objetivo da classe dominante, pois levar um povo ao questionamento e ao pensar, é tornar os indivíduos críticos, o que poderá se tornar uma ameaça a seus interesses políticos, econômicos e filosóficos. Porém, sem esta nova perspectiva será impossível conquistarmos um nível mais elevado como nação.									Por fim, é tempo do Brasil, que almeja ser uma das grandes potências mundiais, começar a agir como uma delas, e isto só acontecerão se adotarmos uma nova postura filosófica. 
REFERÊNCIAS
BELLO, José Luiz de Paiva. História da Educação no Brasil – Período Jesuítico
COTRIN, Gilberto.Fundamentos da Filosofia: ser,saber e fazer. 8ª ed.São Paulo
FÁVERO, Altair Alberto, et al. Cad. Cedes, Campinas, vol. 24, n. 64, p. 257‐284, set./dez. 2004
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. (Coleção Leitura). São Paulo: Paz e Terra, 1996. p. 29-32-41-136.
HUSSERL,Edmund.A filosofia como ciência do rigor.Coimbra:Atlântica, 1965.
KOHAN, Walter O. & WUENSCH, Ana Míriam (orgs.) Filosofia para crianças: a tentativa pioneira de Matthew Lippman. Petrópolis: Vozes, 2000. (Col. Filosofia na Escola, vol. 1).
JUPIASSÚ, Hilton e MARCONDES, Danilo. Dicionário básico de filosofia – 4 ed. Atual – Rio de Janeiro: Jorge Zahar. Ed.2006, p. 109.
LUCKESI,C.C. Filosofia da educação.São Paulo:Cortez,1991.
MORIN, Edgard. Introdução ao pensamento complexo – Tradução de Eliane Lisboa – Porto Alegre‐ RS, 3ª edição, Editora Sulina, 2007, p. 35‐36.			
SEVERlNO, Antônio J. “Filosofia e ciências humanas no ensino de 2º grau: uma abordagem antropológica da formação dos adolescentes”. In: QUEIROZ, José J. (org.) Educação hoje: tensões e polaridades. São Paulo: FECS/USF, 1997.
.

Continue navegando

Outros materiais