Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
11/03/2023 03:32 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?cd=mpbBYMX5RUeq48SNg9BOuQ%3d%3d&l=hRkXu6KEWMuOvA%2b5To3xlA%3d%3d&lc=1H%2bhLFPWbX%2f3fjrOvbGk2A%3d%3d 1/65 ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADOESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO FUNDAMENTOS DOFUNDAMENTOS DO CONCRETO ARMADOCONCRETO ARMADO Autor: Me. Guilherme Perosso Alves Revisor : Bruno Pere ira dos Santos I N I C I A R RGX ON 11/03/2023 03:32 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?cd=mpbBYMX5RUeq48SNg9BOuQ%3d%3d&l=hRkXu6KEWMuOvA%2b5To3xlA%3d%3d&lc=1H%2bhLFPWbX%2f3fjrOvbGk2A%3d%3d 2/65 introduçãoIntrodução Algumas vantagens do concreto na construção, como a sua capacidade de adaptar-se a diversas formas, o colocam em posição de destaque. Isso também leva a uma preocupação cada vez maior na engenharia: a qualidade e durabilidade das estruturas. Dependendo das condições à qual o concreto é exposto, os agentes deletérios podem prejudicar o seu desempenho. Nesse sentido, o dimensionamento das peças deve englobar todos os conhecimentos, que se iniciam pelos constituintes, no projeto, analisando as várias solicitações a serem suportadas, e �nalizam-se na execução. Deve-se aperfeiçoar cada uma dessas etapas, melhorando os critérios de projeto, a seleção dos materiais e a qualidade da execução. Nesta unidade, você estudará as ações que contribuem para a resistência das estruturas, cuja �nalidade é garantir obras duráveis e econômicas. RGX ON 11/03/2023 03:32 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?cd=mpbBYMX5RUeq48SNg9BOuQ%3d%3d&l=hRkXu6KEWMuOvA%2b5To3xlA%3d%3d&lc=1H%2bhLFPWbX%2f3fjrOvbGk2A%3d%3d 3/65 Os elementos construtivos que formam a composição estrutural de uma edi�cação devem apresentar boas características em termos de resistência às solicitações que lhe são impostas, bem como a durabilidade frente aos mecanismos e deterioração do meio ambiente em que são edi�cados. A partir desse pensamento, é possível dizer que os materiais constituintes das estruturas de concreto armado devem possuir essas mesmas características. Nesse sentido, algumas Constituição doConstituição do Concreto SimplesConcreto Simples RGX ON 11/03/2023 03:32 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?cd=mpbBYMX5RUeq48SNg9BOuQ%3d%3d&l=hRkXu6KEWMuOvA%2b5To3xlA%3d%3d&lc=1H%2bhLFPWbX%2f3fjrOvbGk2A%3d%3d 4/65 de�nições básicas da constituição do concreto enquanto material devem ser esclarecidas, a começar pelos materiais que, combinados, dão origem ao concreto simples. O concreto simples pode ser de�nido um material compósito essencialmente formado por aglomerantes e agregados. Os aglomerantes, como o cimento Portland, são capazes de envolver e aglutinar os agregados (areia e brita). Essa mistura em proporção controlada, chamada de traço, adquire coesão e resistência, permitindo-o servir como material de construção (MEHTA; MONTEIRO, 2014). Segundo Mehta e Monteiro (2014), o cimento Portland pode ser entendido como um aglomerante hidráulico, isto é, um material de elevada �nura com propriedades ligantes quando em contato com a água e que depois de endurecido não se decompõe. O principal elemento do cimento Portland é o clínquer, um material obtido da mistura de rocha calcária britada e moída e de argila, com eventuais corretivos. Essa mistura é submetida à temperatura de 1.450 ºC e posterior resfriamento, e, em seguida, cerca de 3% a 5% de sulfato de cálcio são incorporados ao clínquer moído com a �nalidade de regular o seu enrijecimento (tempo de pega), originando o cimento Portland comum. Quando outros minerais (adições) são adicionados ao clínquer no processo de moagem, algumas das suas propriedades são modi�cadas, dando origem aos chamados cimentos Portland compostos (CINCOTTO, 2011; BATTAGIN, 2011). As adições minerais mais utilizadas são �ler calcário, a escória de alto-forno, os materiais pozolânicos e carbonáticos, e o tipo de incorporação norteará a nomenclatura do cimento comercial (ABCP, 2019, on-line). Dentre os diferentes tipos de cimento e suas composições, podemos visualizar clicando no botão a seguir. RGX ON 11/03/2023 03:32 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?cd=mpbBYMX5RUeq48SNg9BOuQ%3d%3d&l=hRkXu6KEWMuOvA%2b5To3xlA%3d%3d&lc=1H%2bhLFPWbX%2f3fjrOvbGk2A%3d%3d 5/65 Os cimentos Portland compostos são os mais empregados em edi�cações habitacionais no Brasil, e o tipo de adição varia dependendo da região do Brasil e disponibilidade. Para estruturas de concreto armado, o CPV-ARI acaba se destacando por permitir maior velocidade entre operações executivas (forma e desforma), especialmente no segmento de estruturas pré-moldadas. No que se refere aos agregados, esses ocupam cerca de 70% do volume do concreto e são os materiais de menor custo da mistura. Dependendo das suas dimensões características (φ), os agregados podem ser classi�cados, de acordo com a NBR 7211 (ABNT, 2005) em: agregados miúdos: 0,075mm < φ < 4,75mm; agregados graúdos: φ ≥ 4,75mm; Comercialmente, é comum encontrar as britas com a seguinte numeração e dimensão máxima: brita 0 – 9,5 mm (pedrisco); brita 1 – 19 mm; brita 2 – 38 mm; Os agregados também podem ser classi�cados quanto à sua origem em naturais (areias de rios e pedregulhos) e arti�ciais (cascalho ou seixo rolado). Os agregados arti�ciais são aqueles resultantes de algum processo de britagem e trituração. Alguns exemplos desses agregados podem ser visualizados na Figura 1.1. RGX ON 11/03/2023 03:32 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?cd=mpbBYMX5RUeq48SNg9BOuQ%3d%3d&l=hRkXu6KEWMuOvA%2b5To3xlA%3d%3d&lc=1H%2bhLFPWbX%2f3fjrOvbGk2A%3d%3d 6/65 Deve-se perceber que, como o papel dos agregados é basicamente ocupar vazios, diminuindo o consumo dos materiais cimentíceos e devendo obrigatoriamente serem potencialmente inertes, a sua caracterização para a engenharia se dá mais em termos físicos do que químicos. Vantagens e Desvantagens do Concreto Armado Figura 1.1 – Agregados graúdos comercialmente encontrados no Brasil Fonte: Bastos (2019, p. 15). RGX ON 11/03/2023 03:32 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?cd=mpbBYMX5RUeq48SNg9BOuQ%3d%3d&l=hRkXu6KEWMuOvA%2b5To3xlA%3d%3d&lc=1H%2bhLFPWbX%2f3fjrOvbGk2A%3d%3d 7/65 O concreto simples, segundo Bastos (2019), é dotado de elevada resistência mecânica aos esforços de compressão, tornando-o um material adequado para a fabricação de elementos estruturais submetidos à compressão, como os pilares. Contudo, a sua fragilidade e reduzida resistência à tração, quando comparada à compressão, prejudica o seu uso isolado em elementos submetidos totalmente ou parcialmente solicitados à tração é limitado. Segundo o mesmo autor, para contornar essas limitações, o aço é empregado em conjunto com o concreto e convenientemente posicionado na peça de modo a resistir às tensões de tração. O aço também trabalha bem quando solicitado à compressão. A composição de barras de aço intencionalmente posicionadas é denominada de armadura, que envolvida pelo concreto simples dá origem ao concreto armado. Na Figura 1.2, a concretagem de uma peça de concreto armado pode ser visualizada. RGX ON 11/03/2023 03:32 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?cd=mpbBYMX5RUeq48SNg9BOuQ%3d%3d&l=hRkXu6KEWMuOvA%2b5To3xlA%3d%3d&lc=1H%2bhLFPWbX%2f3fjrOvbGk2A%3d%3d 8/65 O concreto armado combina as qualidades do concreto (durabilidade e boa resistência à compressão) com as do aço (ductilidade e resistência à tração e à compressão elevadas), o que permite a execução de peças com maior diversidade em termos de formas e volumes, com relativa rapidez e facilidade. As vantagens do concreto armado foram discutidas por Pinheiro, Muzardo e Santos (2003), das quais podem ser elencadas: Moldabilidade, permitindo maior diversidade de formas e de concepções arquitetônicas. Figura 1.2 - Preenchimento de fôrma com concreto Fonte: Roman023 / 123RF. RGX ON 11/03/2023 03:32 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?cd=mpbBYMX5RUeq48SNg9BOuQ%3d%3d&l=hRkXu6KEWMuOvA%2b5To3xlA%3d%3d&lc=1H%2bhLFPWbX%2f3fjrOvbGk2A%3d%3d9/65 Boa resistência mecânica a diversos tipos de solicitação, desde que a peça tenha sido corretamente dimensionada. Monolitismo, isto é, todo o conjunto trabalha quando a peça é solicitada. Baixo custo de mão de obra, visto que não exige elevado nível de quali�cação. Etapas executivas conhecidas em quase todo o país. Rapidez de execução, principalmente no caso de peças pré-moldadas. O concreto forma uma camada protetora da barra, prevenindo a oxidação. O mesmo autor elenca algumas restrições do concreto armado, conforme a seguir: Baixa resistência à tração. Possibilidade de ruptura frágil, isto é, de forma brusca e sem aviso, dependendo do esforço incidente. Inabilidade de restringir �ssurações. Peso próprio elevado. Custo de fôrmas para os processos de moldagem. Possibilidade de corrosão das armaduras em caso de exposição das barras ou ine�ciência de cobrimento da camada de concreto. Propriedades do Concreto Como o concreto é uma mistura em proporção adequada de diferentes materiais, as suas características e propriedades �nais resultam da sinergia entre os seus constituintes, assim como diferem substancialmente daquelas apresentadas por cada uma das fases isoladamente. As RGX ON 11/03/2023 03:32 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?cd=mpbBYMX5RUeq48SNg9BOuQ%3d%3d&l=hRkXu6KEWMuOvA%2b5To3xlA%3d%3d&lc=1H%2bhLFPWbX%2f3fjrOvbGk2A%3d%3d 10/65 principais propriedades do concreto são: “resistência à compressão, resistência à tração e módulo de elasticidade” (HELENE, ANDRADE, 2007, p. 21), e essas são aferidas a partir de ensaios bastante especí�cos que podem ser destrutivos ou não. Resistência à Compressão Em canteiros de obra, a resistência característica à compressão é especi�cada para os 28 dias (f ), sendo esse valor o parâmetro básico no dimensionamento dos elementos como vigas, lajes, pilares etc. O f deve ser especi�cado pelo projetista, quando da etapa de planejamento (HELENE; ANDRADE, 2007). No Brasil, a resistência à compressão é aferida por ensaios de compressão realizados por prensa hidráulica (Figura 1.3) em corpos de prova cilíndricos de dimensões 10x20 cm ou 15x30 cm, segundo as NBR 5738 (ABNT, 2015) e NBR 5739 (ABNT, 2018). ck ck RGX ON 11/03/2023 03:32 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?cd=mpbBYMX5RUeq48SNg9BOuQ%3d%3d&l=hRkXu6KEWMuOvA%2b5To3xlA%3d%3d&lc=1H%2bhLFPWbX%2f3fjrOvbGk2A%3d%3d 11/65 Segundo a NBR 6118 (ABNT, 2014, p. 23), “[...] quando não for indicada a idade, as resistências referem-se à idade de 28 d. A estimativa da resistência à compressão média, f , correspondente a uma resistência f especi�cada, deve ser feita conforme indicado na ABNT NBR 12655”. Após ensaiada uma amostra relativamente signi�cante em termos estatísticos e de controle à compressão axial, obtém-se um grá�co com os valores de f que deve ser correlacionado ao número total das amostras ensaiadas. Essa curva recebe o nome de curva estatística de Gauss (Figura 1.4). Figura 1.3 – Ensaio de compressão axial Fonte: Elaborada pelo autor. cmj ckj c RGX ON 11/03/2023 03:32 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?cd=mpbBYMX5RUeq48SNg9BOuQ%3d%3d&l=hRkXu6KEWMuOvA%2b5To3xlA%3d%3d&lc=1H%2bhLFPWbX%2f3fjrOvbGk2A%3d%3d 12/65 Na curva de Gauss, dois valores importantes podem ser extraídos: a resistência média do concreto à compressão (f e resistência característica do concreto à compressão f . De acordo com a NBR 12655 (ABNT, 2015), o f é a média aritmética de f para o conjunto de amostras ensaiadas e é utilizado na determinação do f : Analisando a curva de Gauss, percebe-se que desvio-padrão (Sd) na verdade corresponde ao afastamento entre a coordenada horizontal de f e o arqueamento da curva. O valor 1,65 equivale ao quantil de 5%, ou seja, do total de amostras ensaiadas, somente 5% dessas possuem f < f . Figura 1.4 – Curva de Gauss para a resistência à compressão do concreto Fonte: Elaborada pelo autor. cm) ck cm c ck = − 1, 65.Sdfck fcm cm c ck RGX ON 11/03/2023 03:32 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?cd=mpbBYMX5RUeq48SNg9BOuQ%3d%3d&l=hRkXu6KEWMuOvA%2b5To3xlA%3d%3d&lc=1H%2bhLFPWbX%2f3fjrOvbGk2A%3d%3d 13/65 Resistência à Tração Os conceitos relativos à resistência do concreto à tração direta (f ) são análogos aos de resistência à compressão. Assim, a resistência média do concreto à tração (f ) é obtida da média aritmética dos resultados e a resistência característica à tração (f ou f ) corresponde à probabilidade de 5% dos valores não serem alcançados pelos resultados de um mesmo lote de concreto ensaiado. “Três normalizados são utilizados no Brasil para a aferição dessa propriedade: tração direta, compressão diametral e tração na �exão” (PINHEIRO; MUZARDO; SANTOS, 2003, p. 3). O resumo dos aspectos desses ensaios pode ser veri�cado no Quadro 1.1. ct ctm ctk tk Quadro 1.1 – Ensaios para veri�cação da resistência à tração do concreto Fonte: Pinheiro, Muzardo e Santos (2004, p. 26). RGX ON 11/03/2023 03:32 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?cd=mpbBYMX5RUeq48SNg9BOuQ%3d%3d&l=hRkXu6KEWMuOvA%2b5To3xlA%3d%3d&lc=1H%2bhLFPWbX%2f3fjrOvbGk2A%3d%3d 14/65 Como os resultados obtidos nos dois últimos ensaios diferem do ensaio de referência (tração direta), coe�cientes de conversão podem ser empregados. Considera-se a resistência à tração direta f =0,9.f ou f =0,7.f , respectivamente. Na falta de ensaios, os valores de resistência à tração direta podem ser obtidos, com valores em MPa, por meio do f . f = 0,7 f e f = 1,3 f sendo: f = 0,3 f para f de 20 MPa a 50 MPa. f = 2,12 ln (1+0,11.f ) para f de 55 MPa a 90 MPa. Os valores de E e f são dados em MPa. ct ct,_sp ct ct,f ck ctk,inf ctm ctk,sup ctm ctm ck 2/3 ck ctm ck ck ci ck RGX ON 11/03/2023 03:32 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?cd=mpbBYMX5RUeq48SNg9BOuQ%3d%3d&l=hRkXu6KEWMuOvA%2b5To3xlA%3d%3d&lc=1H%2bhLFPWbX%2f3fjrOvbGk2A%3d%3d 15/65 reflitaRe�ita A resistência à tração indireta geralmente não é empregada para o controle tecnológico do concreto; já os resultados de ensaios de resistência à tração na �exão são mais empregados para esse �m. Na realidade, nenhum dos ensaios é capaz de aferir a resistência real do concreto por não representarem a realidade de um elemento estrutural solicitado em obra, no entanto eles servem como parâmetros para estimar tal comportamento. Uma revisão crítica dos conceitos relacionados a esses ensaios permite enxergar as suas limitações. Fonte: Balbo (2013, on-line). RGX ON 11/03/2023 03:32 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?cd=mpbBYMX5RUeq48SNg9BOuQ%3d%3d&l=hRkXu6KEWMuOvA%2b5To3xlA%3d%3d&lc=1H%2bhLFPWbX%2f3fjrOvbGk2A%3d%3d 16/65 Módulo de Elasticidade O módulo de elasticidade é a propriedade relacionada à deformação que o concreto experimenta quando da ação de tensões (geralmente de compressão). Os concretos mais resistentes geralmente deformam menos que os concretos de baixa resistência, logo, possuem maiores valores de módulos de elasticidade. O módulo de elasticidade depende das características e dos materiais componentes dos concretos, como o tipo de agregado, teor de pasta de cimento, entre outros aspectos (PINHEIRO; MUZARDO; SANTOS, 2003). Sabe-se que, pela Lei de Hooke, a relação entre tensão e deformação, para determinados intervalos, pode ser considerada linear (σ = E.ε), sendo “σ” a tensão, “ε” a deformação especí�ca e “E” o módulo de elasticidade. Para o concreto, contudo, a expressão “E” é aplicada apenas para a parte retilínea da curva tensão-deformação ou, quando não houver uma parte retilínea, a expressão é aplicada tangente à curva na origem. Nesse caso, tem-se o módulo de elasticidade tangente inicial (E ), segundo a NBR 6118 (ABNT, 2014), conforme a Figura 1.5, e que pode ser obtido pelo ensaio normatizado pela NBR 8522 (2017). ciRGX ON 11/03/2023 03:32 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?cd=mpbBYMX5RUeq48SNg9BOuQ%3d%3d&l=hRkXu6KEWMuOvA%2b5To3xlA%3d%3d&lc=1H%2bhLFPWbX%2f3fjrOvbGk2A%3d%3d17/65 De acordo com a NBR 6118 (ABNT, 2014, p. 24), quando não existirem dados mais precisos sobre o módulo de deformação do concreto aos 28 dias de idade, essa propriedade pode ser estimada por meio da seguinte expressão: E = α .5600.f para f de 20 MPa a 50 MPa. E = 21,5.10 .α . para f de 55 MPa a 90 MPa. Os valores de E e f são dados em MPa e considerando os valores de α : α = 1,2 para basalto e diabásio; Figura 1.5 – Módulo de elasticidade tangente inicial (E ) Fonte: Elaborada pelo autor. ci ci E ck 1/2 ck ci 3 E ck ci ck E E RGX ON 11/03/2023 03:32 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?cd=mpbBYMX5RUeq48SNg9BOuQ%3d%3d&l=hRkXu6KEWMuOvA%2b5To3xlA%3d%3d&lc=1H%2bhLFPWbX%2f3fjrOvbGk2A%3d%3d 18/65 α = 1,0 para granito e gnaisse; α = 0,9 para calcário; α = 0,7 para arenito. O módulo de elasticidade secante (E ) deverá ser calculado pela expressão: E = α .E sendo: α = 0,8+0,22.≤1,0 O módulo de elasticidade secante (E ) é utilizado nas análises elásticas dos projetos estruturais, especialmente para determinação de esforços solicitantes e veri�cação de limites de serviço, como o de deformação excessiva, conforme a NBR 6118 (ABNT, 2014). Conhecer os mecanismos de deformação do concreto é importante do ponto de vista estrutural, principalmente nos cálculos de �echas em lajes e vigas, na avaliação da estabilidade global da edi�cação etc. Curva de Tensão x Deformação do Concreto à Compressão A NBR 6118 (ABNT, 2014, p. 26), em seu item 8.2.10.1, esclarece que, no caso em que as “[...] tensões de compressão forem menores que 0,5.f , pode-se admitir uma relação linear entre tensões e E E E cs cs i ci i cs c RGX ON 11/03/2023 03:32 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?cd=mpbBYMX5RUeq48SNg9BOuQ%3d%3d&l=hRkXu6KEWMuOvA%2b5To3xlA%3d%3d&lc=1H%2bhLFPWbX%2f3fjrOvbGk2A%3d%3d 19/65 deformações, adotando-se para módulo de elasticidade o valor secante dado pela expressão constante em 8.2.8”. No mesmo item, a norma NBR 6118 (ABNT, 2014) especi�ca que, “[...] para análises no estado-limite último, pode ser empregado o diagrama tensão-deformação idealizado”, como mostrado na Figura 1.6, a seguir. “Os valores dos parâmetros de deformação especí�ca de encurtamento do concreto no início do patamar plástico (ε ) e da deformação especí�ca de encurtamento do concreto na ruptura (ε ) Figura 1.6 – Diagrama tensão-deformação idealizado Fonte: ABNT – NBR 6118 (2014, p. 26). c2 cu RGX ON 11/03/2023 03:32 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?cd=mpbBYMX5RUeq48SNg9BOuQ%3d%3d&l=hRkXu6KEWMuOvA%2b5To3xlA%3d%3d&lc=1H%2bhLFPWbX%2f3fjrOvbGk2A%3d%3d 20/65 deverão ser”, segundo a NBR 6118 (ABNT, 2014, p. 26): Para concretos de classes até C50: ε = 2,0‰ (2 mm/m) ε = 3,5‰ (3,5 mm/m) Para concretos de classes C55 até C90: ε = 2‰ + 0,085‰ ⋅(f – 50) ε = 2,6‰ + 35‰ ⋅ [(90 – f )/100] Apesar da deformação do concreto convencional ser de 2 ‰ , adotam-se valores de deformação máxima até 3,5‰ (para concretos até o C50) que podem variar até 5 ‰ para seções triangulares. A então chamada deformação última de 3,5‰ é um indicativo que nas regiões mais comprimidas o concreto pode sofrer até 3,5 mm de deformação para cada metro de extensão da peça. Propriedades do aço Estrutural As barras e �os de aço produzidos para compor as estruturas de concreto armado são caracterizadas segundo as recomendações da NBR 7480 (ABNT, 2007). Os aços com diâmetro c2 cu c2 ck 0,53 cu ck 4 RGX ON 11/03/2023 03:32 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?cd=mpbBYMX5RUeq48SNg9BOuQ%3d%3d&l=hRkXu6KEWMuOvA%2b5To3xlA%3d%3d&lc=1H%2bhLFPWbX%2f3fjrOvbGk2A%3d%3d 21/65 nominal igual ou superior a 5 mm (Φ ≥ 5 mm) são obtidos exclusivamente por laminação a quente, enquanto que os �os de aço possuem Φ ≤ 10 mm obtidos por tre�lação ou processo equivalente. O aço é constituído por minério de ferro (Fe O ) com a adição em até 2% de carbono, podendo conter outros materiais. Os aços estruturais são fabricados com teores de carbono entre 0,4 e 0,6% e, de acordo com o valor característico da resistência de início de escoamento (f ), podem ser classi�cados como CA-25, CA-50 e CA-60. As letras “CA” indicam a aplicação (concreto armado) e o número indica o valor de f , em kgf/mm ou kN/cm . Por indicação da NBR 6118 (ABNT, 2014, p. 28), item 8.3, os seguintes valores gerais das propriedades dos aços podem ser considerados: “massa especí�ca = 7.850 kg/m ; coe�ciente de dilatação térmica = 10 /ºC entre – 20ºC e 150 ºC; módulo de elasticidade Es = 210 GPa (210.000 MPa)”. 2 3 yk yk 2 2 3 -5 RGX ON 11/03/2023 03:32 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?cd=mpbBYMX5RUeq48SNg9BOuQ%3d%3d&l=hRkXu6KEWMuOvA%2b5To3xlA%3d%3d&lc=1H%2bhLFPWbX%2f3fjrOvbGk2A%3d%3d 22/65 saiba maisSaiba mais Você sabia que existem mais de 3.500 tipos de aços e que mais de 2.600 foram desenvolvidos somente nos últimos 20 anos? Esse dado nos dá uma ideia de quão rápida se dá a evolução e inovação no setor da construção brasileira. Geralmente, os aços empregados em elementos estruturais no Brasil são os de média de alta resistência mecânica. Além da resistência, deve-se sempre considerar o escoamento (deformação) do aço a ser utilizado. Assim, os principais parâmetros de um aço para a engenharia são resistência, tenacidade de ductilidade. Acesse o link a seguir e saiba mais a respeito disso. Acesso em: 30 jan. 2020. ACESSAR RGX ON https://www.sienge.com.br/blog/como-especificar-aco-estrutural/ 11/03/2023 03:32 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?cd=mpbBYMX5RUeq48SNg9BOuQ%3d%3d&l=hRkXu6KEWMuOvA%2b5To3xlA%3d%3d&lc=1H%2bhLFPWbX%2f3fjrOvbGk2A%3d%3d 23/65 Tipo de Super�ície Aderente A superfície das barras e �os de aço contribui em um dos aspectos mais importantes que balizam o dimensionamento das estruturas de concreto armado: a aderência do aço no concreto. Essas superfícies podem ser lisas, entalhadas ou conter saliências (mossas). A con�guração e a geometria das saliências ou mossas devem satisfazer as especi�cações da NBR 6118 (2014), e a mesma especi�ca os valores da capacidade aderente entre o aço e o concreto (η ), veri�cados na Tabela 1.1. Tabela 1.1 – Valores do coe�ciente de aderência η1 Fonte: ABNT – NBR 6118 (2014, p. 29). Os aços estruturais são comercializados em barras com 12 m de comprimento, com tolerância de até 9%, podendo em alguns casos ter comprimento não inferior a 6 m. Também podem ser fornecidos em rolos. As barras nervuradas devem possuir marcas de laminação em relevo com a 1 RGX ON 11/03/2023 03:32 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?cd=mpbBYMX5RUeq48SNg9BOuQ%3d%3d&l=hRkXu6KEWMuOvA%2b5To3xlA%3d%3d&lc=1H%2bhLFPWbX%2f3fjrOvbGk2A%3d%3d 24/65 identi�cação do produtor, a categoria do aço e o diâmetro nominal. Os diâmetros nominais são padronizados pela NBR 7480 (ABNT, 2007). Grá�ico de cálculo do aço estrutural A NBR 6118 (ABNT, 2014), em seu item 8.3.6, permite a utilização o diagrama tensão-deformação simpli�cado (Figura 1.7) para cálculo nos Estados-Limites de Serviço e Último, tanto para aços com patamar de escoamento quanto aqueles sem patamar. Figura 1.7 – Diagrama tensão-deformação para aços de armaduras passivas Fonte: ABNT – NBR 6118 (2014, p. 29). RGX ON 11/03/2023 03:32 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?cd=mpbBYMX5RUeq48SNg9BOuQ%3d%3d&l=hRkXu6KEWMuOvA%2b5To3xlA%3d%3d&lc=1H%2bhLFPWbX%2f3fjrOvbGk2A%3d%3d 25/65 As deformações últimas (e ) são limitadas a 10‰ para a tração e 3,5‰ para a compressão devido aos valores máximos de deformação do concreto. “O módulo de elasticidade do aço (E ) é dado pela tangente do ângulo a = 210.000 MPa”, segundo a NBR 6118 (ABNT, 2014, p. 29). Considerando a Lei de Hooke no trecho elástico, a deformação inicial de escoamento correspondente à tensão inicial é dada por: Deve-se perceber que o dimensionamento de um elemento estrutural deve considerar não apenas os carregamentos que a ele são impostos, mas tambémcomo a energia desses carregamentos é absorvida pelo corpo estrutural da peça e nos re�exos dessa absorção energética em termos de possíveis deformações que possam ser originadas. A relação tensão x deformação sempre será um dos principais balizadores da análise estrutural. praticarVamos Praticar u s =εyd fyd Es RGX ON 11/03/2023 03:32 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?cd=mpbBYMX5RUeq48SNg9BOuQ%3d%3d&l=hRkXu6KEWMuOvA%2b5To3xlA%3d%3d&lc=1H%2bhLFPWbX%2f3fjrOvbGk2A%3d%3d 26/65 O concreto simples pode ser de�nido como um material compósito composto por aglomerante, agregados miúdos e graúdos e água, e a mistura resulta em um material resistente à compressão. Diante dessa de�nição do concreto e sabendo que, no que se refere à tração, o concreto tem um comportamento tipicamente frágil ou não dúctil, qual dos ensaios a seguir é utilizado para quali�car a resistência à tração do concreto? MEHTA, P. K; MONTEIRO, P. J. M. Concreto: microestrutura, propriedades e materiais. 2. ed. São Paulo: IBRACON, 2014. a) Ensaio de compressão com carregamento nos terços. b) Ensaio de tração diametral. c) Ensaio de compressão axial por prensa hidráulica. d) Ensaio de tração na compressão diametral. e) Ensaio de tração simples do aço. RGX ON 11/03/2023 03:32 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?cd=mpbBYMX5RUeq48SNg9BOuQ%3d%3d&l=hRkXu6KEWMuOvA%2b5To3xlA%3d%3d&lc=1H%2bhLFPWbX%2f3fjrOvbGk2A%3d%3d 27/65 Os elementos estruturais das edi�cações devem ser projetados para que todas as ações verticais e horizontais que possam provocar efeitos signi�cativos sejam resistidas. Entre as ações verticais, podem ser elencadas: as ações provenientes do peso próprio de lajes, vigas e pilares; o peso dos Ações, Combinação dasAções, Combinação das Ações e Qualidade dasAções e Qualidade das Estruturas de ConcretoEstruturas de Concreto ArmadoArmado RGX ON 11/03/2023 03:32 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?cd=mpbBYMX5RUeq48SNg9BOuQ%3d%3d&l=hRkXu6KEWMuOvA%2b5To3xlA%3d%3d&lc=1H%2bhLFPWbX%2f3fjrOvbGk2A%3d%3d 28/65 revestimentos e das paredes; ações decorrentes da utilização, cujos valores são variáveis e dependem da �nalidade da construção; e outras ações especí�cas, por exemplo, o peso de mobília e equipamentos. Quanto às ações horizontais, destacam-se a ação do vento e do empuxo em subsolos. O caminho das ações verticais se inicia nas lajes, que suportam, além de seus pesos próprios, outras ações permanentes e variáveis de uso. As lajes transmitem essas ações para as vigas sobre as quais se apoiam, e as vigas direcionam essas ações para outras vigas e pilares. Os pilares recebem as reações das vigas e as transferem para os andares inferiores e, �nalmente, para os elementos de fundação e o solo. O mesmo mecanismo pode ser aplicado às ações horizontais que devem ser absorvidas por toda a estrutura até o solo. De acordo com a NBR 8681 (ABNT, 2004, p. 1), as ações são “[...] causas que provocam o aparecimento de esforços ou deformações nas estruturas. Do ponto de vista prático, as forças e as deformações impostas pelas ações são consideradas como se fossem as próprias ações” e podem ser classi�cadas como permanentes, variáveis, excepcionais e acidentais. As ações permanentes “[...] ocorrem com valores constantes ou de pequena variação em torno de sua média, durante praticamente toda a vida da construção. A variabilidade das ações permanentes é medida num conjunto de construções análogas”. As ações variáveis “[...] apresentam variações signi�cativas em torno de sua média, durante a vida da construção”. As ações excepcionais “[...] têm duração extremamente curta e muito baixa probabilidade de ocorrência durante a vida da construção, mas que devem ser consideradas nos projetos de determinadas estruturas”. RGX ON 11/03/2023 03:32 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?cd=mpbBYMX5RUeq48SNg9BOuQ%3d%3d&l=hRkXu6KEWMuOvA%2b5To3xlA%3d%3d&lc=1H%2bhLFPWbX%2f3fjrOvbGk2A%3d%3d 29/65 As cargas acidentais “[...] são as ações variáveis que atuam nas construções em função de seu uso (pessoas, mobiliário, veículos, materiais diversos etc.)”. (ABNT – NBR 8681, 2004, p. 18). Além da própria NBR 8681, devem também ser consultadas as normas NBR 6120 (ABNT, 2019). Alguns valores mínimos a serem adotados para as cargas acidentais verticais em diferentes edi�cações são listados no Quadro 1.2. RGX ON 11/03/2023 03:32 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?cd=mpbBYMX5RUeq48SNg9BOuQ%3d%3d&l=hRkXu6KEWMuOvA%2b5To3xlA%3d%3d&lc=1H%2bhLFPWbX%2f3fjrOvbGk2A%3d%3d 30/65 Local Carga (Kgf/m²) Edifícios residenciais Dormitórios, salas, copa, cozinha e banheiro 1,5 Despensa, área de serviço e lavanderia 2,0 Cozinha não residencial A ser determinada em cada caso, porém no mínimo 3,0 Escadas Com acesso ao público 3,0 Sem acesso ao público 2,5 Escritório Salas de uso geral e banheiro 2,0 Forros Sem acesso a pessoas 0,5 Galeria de arte A ser determinada em cada caso, porém no mínimo 3,0 Galeria de lojas A ser determinada em cada caso, porém no mínimo 3,0 RGX ON 11/03/2023 03:32 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?cd=mpbBYMX5RUeq48SNg9BOuQ%3d%3d&l=hRkXu6KEWMuOvA%2b5To3xlA%3d%3d&lc=1H%2bhLFPWbX%2f3fjrOvbGk2A%3d%3d 31/65 Quadro 1.2 – Valores mínimos das cargas verticais Fonte: Adaptado de ABNT – NBR 6120 (2019, p. 3). Os valores mínimos de carregamento são norteadores dos possíveis valores a serem considerados em termos de cargas verticais para diferentes espaços e materiais, mas nem sempre correspondem à realidade. Em obras de grande porte, recomenda-se uma investigação mais apurada. Valores Representativos Pela NBR 6118 (ABNT, 2014, p. 64), as ações são quanti�cadas por seus valores representativos, que podem ser: a) Os valores característicos conforme de�nido em 11.6.1; b) valores convencionais excepcionais, que são os valores arbitrados para as ações excepcionais; c) valores reduzidos, em função da combinação de ações, como: Veri�cações de estados-limites últimos, quando a ação considerada combina com a ação principal. Os valores reduzidos são determinados a partir dos valores característicos pela expressão ψ F , que considera muito baixa a probabilidade de ocorrência simultânea dos valores característicos de duas ou mais ações variáveis de naturezas diferentes (ver 11.7); – veri�cações de estados-limites de serviço. Estes valores reduzidos são determinados a partir dos valores característicos pelas expressões ψ F e 0 k 1 k RGX ON 11/03/2023 03:32 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?cd=mpbBYMX5RUeq48SNg9BOuQ%3d%3d&l=hRkXu6KEWMuOvA%2b5To3xlA%3d%3d&lc=1H%2bhLFPWbX%2f3fjrOvbGk2A%3d%3d 32/65 ψ F , que estimam valores frequentes e quase permanentes, respectivamente, de uma ação que acompanha a ação principal. Os valores representativos se con�guram em ferramentas da mais alta importância ao engenheiro projetista, visto que, por meio desses valores, é possível prever diferentes cenários de solicitações em uma edi�cação, devendo o engenheiro atentar-se sempre à pior hipótese. Combinação de Ações As ações combinadas incidentes em uma edi�cação podem ser classi�cadas em: combinações últimas e de serviço, como veri�cado no quadro a seguir. Um carregamento é de�nido pela combinação das ações que têm probabilidades não desprezíveis de atuarem simultaneamente sobre a estrutura, durante um período preestabelecido. A combinação das ações deve ser feita de forma que possam ser determinados os efeitos mais desfavoráveis para a estrutura; a veri�cação da segurança em relação aos estados-limites últimos e aos estados-limites de serviço deve ser realizada em função de combinações últimas e de combinações de serviço, respectivamente (ABNT – NBR 6118, 2014, p. 66). 2 k RGX ON 11/03/2023 03:32 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?cd=mpbBYMX5RUeq48SNg9BOuQ%3d%3d&l=hRkXu6KEWMuOvA%2b5To3xlA%3d%3d&lc=1H%2bhLFPWbX%2f3fjrOvbGk2A%3d%3d 33/65 O cálculo das combinações das ações, últimase de serviço, deve considerar as equações presentes nos itens 11.8.2.4 (Combinações últimas usuais) (ABNT – NBR 6118, 2014), conforme a Figura 1.8. Além disso, deve-se atentar-se também aos valores para combinações usuais, de serviço, que estão presentes no item 11.8.3.2 da NBR 6118 (ABNT, 2014), conforme a Figura 1.9. RGX ON 11/03/2023 03:32 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?cd=mpbBYMX5RUeq48SNg9BOuQ%3d%3d&l=hRkXu6KEWMuOvA%2b5To3xlA%3d%3d&lc=1H%2bhLFPWbX%2f3fjrOvbGk2A%3d%3d 34/65 De acordo com a NBR 6118 (ABNT, 2014, p. 64), “[...] os valores de cálculo F das ações são obtidos a partir dos valores representativos, multiplicando-os pelos respectivos coe�cientes de ponderação γ . As ações devem ser majoradas pelo coe�ciente γ , cujos valores encontram-se mostrados nas Tabelas 11.1 e 11.2” da NBR 6118 (ABNT, 2014, p. 64). Figura 1.9 – Combinações de serviço Fonte: ABNT – NBR 6118 (2014, p. 69). d f f RGX ON 11/03/2023 03:32 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?cd=mpbBYMX5RUeq48SNg9BOuQ%3d%3d&l=hRkXu6KEWMuOvA%2b5To3xlA%3d%3d&lc=1H%2bhLFPWbX%2f3fjrOvbGk2A%3d%3d 35/65 praticarVamos Praticar Ao considerar o projeto de uma laje maciça, o projetista deve atentar-se que o peso próprio desse tipo de elemento é resultante de uma composição dos pesos do concreto simples e do aço estrutural. De acordo com NBR 6118 (ABNT, 2014), esse peso próprio pode ser considerado de 25 kN/m³ para concretos armados convencionais. Tomando esse valor como verdadeiro, o peso próprio para 1m² de uma laje em balanço e com espessura constante será de: a) 2,5 kN/m² b) 25kN/m c) 2,5 kN/m d) 0,25kN/m e) 25kN/m². 3 3 3 RGX ON 11/03/2023 03:32 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?cd=mpbBYMX5RUeq48SNg9BOuQ%3d%3d&l=hRkXu6KEWMuOvA%2b5To3xlA%3d%3d&lc=1H%2bhLFPWbX%2f3fjrOvbGk2A%3d%3d 36/65 A concepção estrutural consiste em escolher os elementos estruturais a serem utilizados e de�nir suas posições, a �m de formar um sistema estrutural que seja capaz de absorver e redirecionar os esforços resultantes das ações atuantes, transmitindo-as para o solo por meio dos elementos de fundação (BASTOS, 2019). A solução �nal adotada deve atender aos requisitos especi�cados nas normas técnicas. Concepção Estrutural eConcepção Estrutural e Pré-DimensionamentoPré-Dimensionamento RGX ON 11/03/2023 03:32 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?cd=mpbBYMX5RUeq48SNg9BOuQ%3d%3d&l=hRkXu6KEWMuOvA%2b5To3xlA%3d%3d&lc=1H%2bhLFPWbX%2f3fjrOvbGk2A%3d%3d 37/65 Posicionamento dos Pilares A locação dos pilares geralmente é iniciada pelos cantos do edifício e, em seguida, pelas áreas comuns a todos os pavimentos, como escadas e elevadores, por �m, posicionam-se os últimos pilares nas extremidades e os internos, buscando posicioná-los no interior das paredes divisórias e evitando a sua localização nos espaços internos dos ambientes. A melhor composição dos pilares é aquela em que eles possuem o melhor alinhamento possível, formando pórticos com as vigas de respaldo que os unem. Essa composição contribui substancialmente na estabilidade global do edifício. Usualmente, os pilares são posicionados para resultarem em distâncias entre eixos compreendidas entre 4 m e 6 m. Distâncias elevadas entre pilares podem resultar em vigas muito robustas, com dimensões incompatíveis e aumentam custos da construção. Por outro lado, pilares muito próximos podem interferir nos elementos de fundação, prejudicando toda a concepção estrutural. Deve-se adotar 19cm para a menor dimensão da seção transversal do pilar e escolher a direção da maior dimensão, de modo a garantir maior travamento da estrutura, nas duas direções. Deve-se também veri�car a interferência dos pilares posicionados nos demais pavimentos que compõem toda a edi�cação como no caso de garagem ou se o arranjo não afeta o interior das áreas sociais, como recepção, sala salão de festas etc. RGX ON 11/03/2023 03:32 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?cd=mpbBYMX5RUeq48SNg9BOuQ%3d%3d&l=hRkXu6KEWMuOvA%2b5To3xlA%3d%3d&lc=1H%2bhLFPWbX%2f3fjrOvbGk2A%3d%3d 38/65 Posicionamento das Vigas e Lajes Uma vez que o posicionamento preliminar dos pilares seja �nalizado, segue-se para o planejamento da disposição das vigas. Além daquelas que ligam os pilares, outras vigas podem vir a ser necessárias, seja para delimitar os painéis de laje, seja para suportar o peso de uma parede divisória (PINHEIRO; MUZARDO; SANTOS, 2003). É comum, por questões estéticas, que a largura das vigas seja compatibilizada com a largura das paredes de alvenarias, evitando ressaltos. As alturas das vigas são restringidas pelos espaços disponíveis nas paredes devido à abertura das portas e janelas. Como as vigas delimitam as lajes, as suas disposições devem considerar os menores vãos para lajes, ou seja, entre 3,5 m e 5,0 m. O posicionamento e as dimensões das lajes �cam, portanto, de�nido pela composição de vigas. “A identi�cação dos elementos se dá por meio de numeração, sendo realizada da esquerda para a direita e de cima para baixo. Assim, a numeração das lajes (L1, L2, L3, etc.), das vigas (V1, V2, V3, etc) e dos pilares (P1, P2, P3, etc)” é executada (PINHEIRO; MUZARDO; SANTOS, 2003, p. 28). Geralmente, cotas parciais e totais são inseridas em cada direção, posicionadas fora do contorno do desenho, para facilitar a visualização. Pré-Dimensionamento RGX ON 11/03/2023 03:32 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?cd=mpbBYMX5RUeq48SNg9BOuQ%3d%3d&l=hRkXu6KEWMuOvA%2b5To3xlA%3d%3d&lc=1H%2bhLFPWbX%2f3fjrOvbGk2A%3d%3d 39/65 O pré-dimensionamento dos elementos estruturais é uma etapa necessária para que se possa estimar o peso próprio das estruturas, que é parcela importante a ser considerada no cálculo das ações permanentes. Laje A espessura das lajes, segundo Pinheiro, Muzardo e Santos (2003, p. 13), pode ser obtida com a expressão: onde: d = altura útil da laje φ = diâmetro das barras c = cobrimento nominal da armadura h = d + + c φ 2 RGX ON 11/03/2023 03:32 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?cd=mpbBYMX5RUeq48SNg9BOuQ%3d%3d&l=hRkXu6KEWMuOvA%2b5To3xlA%3d%3d&lc=1H%2bhLFPWbX%2f3fjrOvbGk2A%3d%3d 40/65 Cobrimento nominal da armadura (c) é o cobrimento mínimo (cmin) acrescido de uma tolerância de execução (Δc): c = cmin + Δc “Nas obras correntes, Δc ≥ 10mm, além disso, o valor do cobrimento mínimo deve considerar também a classe de agressividade do ambiente em que a estrutura está inserida”, conforme a NBR 6118 (ABNT 2014, p. 18). Veja a seguir: RGX ON 11/03/2023 03:32 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?cd=mpbBYMX5RUeq48SNg9BOuQ%3d%3d&l=hRkXu6KEWMuOvA%2b5To3xlA%3d%3d&lc=1H%2bhLFPWbX%2f3fjrOvbGk2A%3d%3d 41/65 Para lajes com bordas apoiadas ou engastadas “a altura útil pode ser estimada por meio da expressão” (BASTOS, 2019, p. 12): d = (2,5 – 0,1.n) . l*/100 onde: est I = { }lx 0, 7ly RGX ON 11/03/2023 03:32 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?cd=mpbBYMX5RUeq48SNg9BOuQ%3d%3d&l=hRkXu6KEWMuOvA%2b5To3xlA%3d%3d&lc=1H%2bhLFPWbX%2f3fjrOvbGk2A%3d%3d 42/65 n = número de bordas engastadas lx = menor vão ly = maior vão A NBR 6118 (ABNT, 2014) recomenda que as seguintes espessuras mínimas sejam respeitadas em lajes maciças: 7 cm para cobertura não em balanço; 8 cm para lajes de piso não em balanço; 10 cm para lajes em balanço; 10 cm para lajes que suportem veículos de peso total menor ou igual a 30 kN; 12 cm para lajes que suportem veículos de peso total maior que 30 kN; 15 cm para lajes com protensão apoiadas em vigas, com o mínimo de l/42 para lajes de piso biapoiadas e l/50 para lajes de piso contínuas; 16 cm para lajes lisas e 14 cm para lajes-cogumelo, fora do capitel. “Para o cálculo e o dimensionamento das lajes que estiverem em balanço, os esforços solicitantes a serem considerados devem ser multiplicados por um coe�ciente adicional, cujos valores são retirados da Tabela 13.2 da NBR 6118” (ABNT, 2014, p. 74). Uma vez �nalizadoo pré- dimensionamento da laje, parte-se para o mesmo processo em vigas e pilares. Viga RGX ON 11/03/2023 03:32 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?cd=mpbBYMX5RUeq48SNg9BOuQ%3d%3d&l=hRkXu6KEWMuOvA%2b5To3xlA%3d%3d&lc=1H%2bhLFPWbX%2f3fjrOvbGk2A%3d%3d 43/65 A estimativa para a altura das vigas pode ser dada pelas expressões: tramos internos: h = (lo/12) tramos externos ou vigas biapoiadas: h = (lo/10) balanço: h = (lo/5) Recomenda-se a padronização das alturas das vigas do projeto (máximo de duas alturas diferentes), a �m de otimizar os trabalhos de armação e escoramento. Pinheiro, Muzardo e Santos (2003), a relação entre a altura total e a altura útil para uma viga com armadura longitudinal em uma única camada é dada pela expressão: onde: c = cobrimento φt = diâmetro dos estribos φl = diâmetro das barras longitudinais Observe na imagem a seguir: est est est h = d + c + φt + φl 2 RGX ON 11/03/2023 03:32 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?cd=mpbBYMX5RUeq48SNg9BOuQ%3d%3d&l=hRkXu6KEWMuOvA%2b5To3xlA%3d%3d&lc=1H%2bhLFPWbX%2f3fjrOvbGk2A%3d%3d 44/65 Pilar O pré-dimensionamento dos pilares é iniciado estimando a sua carga, e isso é realizado por meio da determinação das áreas de in�uência em que as cargas serão, devido ao posicionamento das peças, absorvidas por cada pilar em particular. Basicamente, divide-se a área total do pavimento em diversas áreas de in�uência, relativas a cada pilar (BASTOS, 2019). A área de in�uência por pilar pode ser obtida dividindo-se as distâncias entre os seus eixos entre intervalos que variam de 0,45l a 0,55l, dependendo da sua posição, conforme a seguir (Figura 1.13): RGX ON 11/03/2023 03:32 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?cd=mpbBYMX5RUeq48SNg9BOuQ%3d%3d&l=hRkXu6KEWMuOvA%2b5To3xlA%3d%3d&lc=1H%2bhLFPWbX%2f3fjrOvbGk2A%3d%3d 45/65 Conforme Pinheiro, Muzardo e Santos (2003, p. 37): 0,45l: pilar de extremidade e de canto, na direção da sua menor dimensão; 0,55l: complementos dos vãos do caso anterior; 0,50l: pilar de extremidade e de canto, na direção da sua maior dimensão. As áreas do balanço são consideradas acrescidas das respectivas áreas das lajes adjacentes, tomando-se, na direção do balanço, largura igual a 0,50l, sendo l o vão adjacente ao balanço. Figura 1.13 – Determinação das áreas de in�uência dos pilares Fonte: Pinheiro, Muzardo e Santos (2003, p. 37). RGX ON 11/03/2023 03:32 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?cd=mpbBYMX5RUeq48SNg9BOuQ%3d%3d&l=hRkXu6KEWMuOvA%2b5To3xlA%3d%3d&lc=1H%2bhLFPWbX%2f3fjrOvbGk2A%3d%3d 46/65 Segundo o mesmo autor, depois que a força nos pilares foi estimada pelo processo das áreas de in�uência, o coe�ciente de majoração da força normal (α) deve ser determinado: α = 1,3 para pilares internos ou de extremidade, na direção da maior dimensão; α = 1,5 para pilares de extremidade, na direção da menor dimensão; α = 1,8 para pilares de canto. Sendo possível determinar a área de seção transversal do pilar por meio da expressão: onde, de acordo com Pinheiro, Muzardo e Santos (2003): Ac = área da seção de concreto (cm ). α = coe�ciente que leva em conta as excentricidades da carga. A = área de in�uência do pilar (m ). n = número de pavimentos-tipo. (n+0,7) = número que considera a cobertura, com carga estimada em 70% da relativa ao pavimento- tipo. fck = resistência característica do concreto (kN/cm ). Ac = 30.α.A.(n+0,7) fck+0,01.(69,2−fck) 2 2 2 RGX ON 11/03/2023 03:32 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?cd=mpbBYMX5RUeq48SNg9BOuQ%3d%3d&l=hRkXu6KEWMuOvA%2b5To3xlA%3d%3d&lc=1H%2bhLFPWbX%2f3fjrOvbGk2A%3d%3d 47/65 praticarVamos Praticar No pré-dimensionamento de uma laje, um dos primeiros passos é arbitrar um valor para a altura útil deste elemento. Diante disso, qual o valor estimado da altura útil (d) de uma laje maciça totalmente engastada em todos os lados? Geometria da laje: RGX ON 11/03/2023 03:32 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?cd=mpbBYMX5RUeq48SNg9BOuQ%3d%3d&l=hRkXu6KEWMuOvA%2b5To3xlA%3d%3d&lc=1H%2bhLFPWbX%2f3fjrOvbGk2A%3d%3d 48/65 a) 4,2 mm. b) 42 cm. c) 2,1 cm. d) 4,2 cm. e) 21 mm. Figura - Laje hipotética Fonte: Elaborada pelo autor. RGX ON 11/03/2023 03:32 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?cd=mpbBYMX5RUeq48SNg9BOuQ%3d%3d&l=hRkXu6KEWMuOvA%2b5To3xlA%3d%3d&lc=1H%2bhLFPWbX%2f3fjrOvbGk2A%3d%3d 49/65 No presente tópico, serão abordadas questões fundamentais relacionadas ao dimensionamento de lajes maciças. De acordo com Pinheiro, Muzardo e Santos (2003), as lajes são classi�cadas como elementos bidimensionais, ou seja, aqueles em que duas dimensões (comprimento e largura) são consideravelmente superiores à terceira, isto é, à espessura. Também é comum encontrar Lajes Maciças deLajes Maciças de Concreto ArmadoConcreto Armado RGX ON 11/03/2023 03:32 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?cd=mpbBYMX5RUeq48SNg9BOuQ%3d%3d&l=hRkXu6KEWMuOvA%2b5To3xlA%3d%3d&lc=1H%2bhLFPWbX%2f3fjrOvbGk2A%3d%3d 50/65 denominações como placas. Destinam-se a receber a maior parte das ações aplicadas numa construção: pessoas, móveis, pisos, paredes etc. As ações são comumente perpendiculares à superfície da laje, podendo ser divididas em distribuídas na área, distribuídas. “As ações das lajes geralmente são transmitidas para os apoios das bordas, isto é, as vigas, mas eventualmente também podem ser transmitidas diretamente aos pilares” (BASTOS, 2019, p. 1). “A chamada laje maciça é a peça em que toda a espessura é composta por concreto, contendo armaduras longitudinais e transversais, geralmente com espessuras de 7 cm a 15 cm, sendo projetadas para os mais variados tipos de construção” (BASTOS, 2019, p. 1). “As lajes podem ser classi�cadas com relação ao seu formato geométrico, aos tipos de vínculos nos apoios, quanto à direção, etc. Uma classi�cação bastante usual em lajes maciças é aquela referendada na direção (ou direções) da sua armadura principal” (PINHEIRO; MUZARDO; SANTOS, 2003, p. 41). Para essa classi�cação existem dois casos: laje armada em uma direção ou laje armada em duas direções. Laje Armada em uma Direção De acordo com Pinheiro, Muzardo e Santos (2003), as lajes armadas em uma direção têm relação entre o lado maior e o lado menor superior a dois, ou seja: λ = > 2 ℓy ℓx RGX ON 11/03/2023 03:32 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?cd=mpbBYMX5RUeq48SNg9BOuQ%3d%3d&l=hRkXu6KEWMuOvA%2b5To3xlA%3d%3d&lc=1H%2bhLFPWbX%2f3fjrOvbGk2A%3d%3d 51/65 onde: lx = vão menor (Figura 1.14). ly = vão maior. Os esforços solicitantes de maior magnitude ocorrem na direção do menor vão, chamada direção principal. Na outra direção, os esforços solicitantes são bem menores, sendo desprezados nos cálculos. “Os esforços solicitantes e as �echas são calculados supondo-se a laje como uma viga com Figura 1.14 – Determinação das áreas de in�uência dos pilares Fonte: Pinheiro, Muzardo e Santos (2003, p. 42). RGX ON 11/03/2023 03:32 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?cd=mpbBYMX5RUeq48SNg9BOuQ%3d%3d&l=hRkXu6KEWMuOvA%2b5To3xlA%3d%3d&lc=1H%2bhLFPWbX%2f3fjrOvbGk2A%3d%3d 52/65 largura de 1 m, segundo a direção principal da laje, como se verá adiante” (PINHEIRO; MUZARDO; SANTOS, 2003, p. 42). Laje Armada em Duas Direções Para as lajes armadas em duas direções, os esforços solicitantes são importantes segundo as duas direções da laje (BASTOS, 2019). A relação entre os lados é menor que dois, tal que: Vãos Efetivos “Os vãos efetivos das lajes nas suas principais direções devem seguir as recomendações do item 14.6.2.4 da NBR 6118” (ABNT, 2014, p. 89), sendo calculados pela expressão: l = l +a +a sendo: a igual ao menor valor entre (t1/2 e 0,3h) e a igual ao menor valor entre (t /2 e 0,3h), conforme �gura a seguir: λ = ≤ 2 ℓy ℓx ef o 1 2 1 2 2 RGX ON 11/03/2023 03:32 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?cd=mpbBYMX5RUeq48SNg9BOuQ%3d%3d&l=hRkXu6KEWMuOvA%2b5To3xlA%3d%3d&lc=1H%2bhLFPWbX%2f3fjrOvbGk2A%3d%3d53/65 Descobrir os vãos efetivos das vigas é tarefa da mais alta importância, visto que, quanto maiores sejam os vãos, maior altura será demandada da seção transversal das vigas, o que implica diretamente na distribuição dos esforços e na sua vinculação com os demais elementos. Vinculação nas Bordas das Lajes As lajes possuem três tipos de apoio: paredes divisórias, vigas ou pilares de concreto armado. Desses, as vigas são as mais comuns. Para o cálculo dos esforços solicitantes e das deformações nas Figura 1.15 – Determinação das áreas de in�uência dos pilares Fonte: ABNT - NBR 6118 (2014, p. 90). RGX ON 11/03/2023 03:32 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?cd=mpbBYMX5RUeq48SNg9BOuQ%3d%3d&l=hRkXu6KEWMuOvA%2b5To3xlA%3d%3d&lc=1H%2bhLFPWbX%2f3fjrOvbGk2A%3d%3d 54/65 lajes, portanto faz-se necessário o estabelecimento dos vínculos da laje nos apoios, sejam eles pontuais, sejam lineares (PINHEIRO, MUZARDO, SANTOS, 2003, p. 47). Em função da complexidade deste problema, algumas simpli�cações são aceitas: Os três tipos comuns de vínculo das lajes são o apoio simples, o engaste perfeito e o engaste elástico. Como as tabelas usuais para cálculo das lajes só admitem apoios simples, engaste perfeito e apoios pontuais, a vinculação nas bordas deve se resumir apenas a esses três tipos (PINHEIRO; MUZARDO; SANTOS, 2003, p. 47). De acordo com a sua vinculação de bordas, as lajes podem ser, segundo Pinheiro, Muzardo, Santos (2003): Simplesmente apoiadas: o apoio simples surge nas bordas onde não existe ou não se admite a continuidade da laje com outras lajes vizinhas, podendo ser uma parede de alvenaria ou uma viga de concreto. Perfeitamente engastadas: no caso de lajes em balanço ou nas bordas onde há continuidade entre duas lajes vizinhas. Além disso, quando duas lajes contínuas de espessuras muito diferentes são vizinhas, considera-se que a laje de menor espessura está engastada na laje mais espessa e esta, por sua vez, é considerada simplesmente apoiada na laje de menor espessura. Elasticamente engastadas: no caso de apoios intermediários em lajes contínuas, surgem momentos �etores negativos. A ponderação feita entre os diferentes valores dos momentos nesses apoios conduz ao engastamento elástico. RGX ON 11/03/2023 03:32 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?cd=mpbBYMX5RUeq48SNg9BOuQ%3d%3d&l=hRkXu6KEWMuOvA%2b5To3xlA%3d%3d&lc=1H%2bhLFPWbX%2f3fjrOvbGk2A%3d%3d 55/65 Devido à variedade de combinações possíveis em termos de vínculos nas quatro bordas de uma laje retangular, as lajes recebem números que diferenciam as combinações de vínculos nas bordas, conforme visualizado na �gura a seguir. “As tabelas utilizadas no dimensionamento das lajes consideram as bordas livres, apoiadas ou engastadas, com o mesmo tipo de vínculo ao longo de toda a extensão dessas bordas” (BASTOS, 2019, p. 33). Na prática da construção, outras situações podem surgir; nesses casos, deve-se utilizar um critério para cada caso especí�co, por exemplo: pode ser que a laje tenha uma das suas bordas parcialmente engastada e parcialmente apoiada. Figura 1.16 – Classi�cação das lajes em funçãodos vínculos nas bordas Fonte: Adaptada de Pinheiro, Muzardo e Santos(2003, p. 44). RGX ON 11/03/2023 03:32 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?cd=mpbBYMX5RUeq48SNg9BOuQ%3d%3d&l=hRkXu6KEWMuOvA%2b5To3xlA%3d%3d&lc=1H%2bhLFPWbX%2f3fjrOvbGk2A%3d%3d 56/65 Um critério aproximado é indicado no quadro a seguir: Figura 1.17 – Caso especí�co de vinculação Fonte: Pinheiro, Muzardo e Santos (2003, p. 45). RGX ON 11/03/2023 03:32 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?cd=mpbBYMX5RUeq48SNg9BOuQ%3d%3d&l=hRkXu6KEWMuOvA%2b5To3xlA%3d%3d&lc=1H%2bhLFPWbX%2f3fjrOvbGk2A%3d%3d 57/65 Quadro 1.3 – Critério para simpli�cação de bordas parcialmente engastadas e apoiadas Fonte: Pinheiro, Muzardo e Santos (2003, p. 45). Essa consideração nem sempre é a mais apurada para o cálculo e dimensionamento das lajes. Em obras de maiores portes, recomenda-se um estudo mais aprofundado. praticarV P ti RGX ON 11/03/2023 03:32 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?cd=mpbBYMX5RUeq48SNg9BOuQ%3d%3d&l=hRkXu6KEWMuOvA%2b5To3xlA%3d%3d&lc=1H%2bhLFPWbX%2f3fjrOvbGk2A%3d%3d 58/65 pVamos Praticar O cálculo dos esforços solicitantes incidentes em uma laje deve considerar o estabelecimento dos vínculos desse elemento nos apoios, sejam eles pontuais, sejam lineares. Das alternativas a seguir, pode-se dizer que é um tipo de apoio de laje: a) Apoio duplo. b) Engaste simples. c) Engaste elástico. d) Engaste plástico. e) Engaste duplo. RGX ON 11/03/2023 03:32 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?cd=mpbBYMX5RUeq48SNg9BOuQ%3d%3d&l=hRkXu6KEWMuOvA%2b5To3xlA%3d%3d&lc=1H%2bhLFPWbX%2f3fjrOvbGk2A%3d%3d 59/65 indicações Material Complementar RGX ON 11/03/2023 03:32 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?cd=mpbBYMX5RUeq48SNg9BOuQ%3d%3d&l=hRkXu6KEWMuOvA%2b5To3xlA%3d%3d&lc=1H%2bhLFPWbX%2f3fjrOvbGk2A%3d%3d 60/65 LIVRO Concreto: ciência e tecnologia – Volumes I e II G.C. Isaia Editora: Ibracon ISBN: 978-85-98576-16-9 Comentário: O livro trata da tecnologia do concreto enquanto material em diversas linhas de pensamento, passando pela microestrutura (composição química, hidratação dos grãos de cimento, morfologia de estruturas cristalinas, etc), bem como do concreto em escala macroestrutural (desenvolvimento das propriedades mecânicas do concreto nos estados fresco e endurecido). O livro ainda aborda as fases de execução das estruturas de concreto armado, relacionando os principais problemas originados em cada etapa do ciclo construtivo. RGX ON 11/03/2023 03:32 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?cd=mpbBYMX5RUeq48SNg9BOuQ%3d%3d&l=hRkXu6KEWMuOvA%2b5To3xlA%3d%3d&lc=1H%2bhLFPWbX%2f3fjrOvbGk2A%3d%3d 61/65 FILME Megaconstruções: aeroporto internacional de Hong Kong Ano: 2003 Comentário: Megaconstruções é uma série do Discovery Channel que mostra construções de grande porte que já foram ou estão sendo construídas. Para assistir ao �lme, acesse o vídeo disponível em: A C E S S E RGX ON 11/03/2023 03:32 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?cd=mpbBYMX5RUeq48SNg9BOuQ%3d%3d&l=hRkXu6KEWMuOvA%2b5To3xlA%3d%3d&lc=1H%2bhLFPWbX%2f3fjrOvbGk2A%3d%3d 62/65 conclusão Conclusão Nesta unidade, �cou clara a importância de uma boa concepção estrutural no processo do dimensionamento de lajes, vigas e pilares, a disposição desses elementos e a vinculação entre esses, bem como das suas dimensões preliminares. Todo o procedimento de cálculo que seguirá é diretamente afetado por essas decisões. Nesse sentido, é preciso pontuar a importância de obedecer às recomendações normativas, a �m de que o processo de maior con�abilidade seja dotado. A NBR 6118 (ABNT, 2014), além de ser um documento direcionador dos serviços referentes ao projeto e execução de estruturas de concreto armado, também se con�gura em uma ferramenta salvaguardo do pro�ssional. referências RGX ON 11/03/2023 03:32 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?cd=mpbBYMX5RUeq48SNg9BOuQ%3d%3d&l=hRkXu6KEWMuOvA%2b5To3xlA%3d%3d&lc=1H%2bhLFPWbX%2f3fjrOvbGk2A%3d%3d 63/65 Referências Bibliográ�cas ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CIMENTO PORTLAND. Tipos de cimento. Disponível em: https://abcp.org.br/cimento/tipos/. Acesso em: 10 dez. 2019. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5738: Concreto – Procedimento para moldagem e cura de corpos de prova. Rio de Janeiro, 2005. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5739: Concreto – Ensaios de compressão de corpos-de-prova cilíndricos. Rio de Janeiro, 2018. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS.NBR 6118. Projeto de estruturas de concreto – Procedimento. Rio de Janeiro, 2014. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6120: Cargas para o cálculo de estruturas de edi�cações. Rio de Janeiro, 2019. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 7211: Agregados para concreto – Especi�cação.Rio de Janeiro, 2009. RGX ON https://abcp.org.br/cimento/tipos/ 11/03/2023 03:32 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?cd=mpbBYMX5RUeq48SNg9BOuQ%3d%3d&l=hRkXu6KEWMuOvA%2b5To3xlA%3d%3d&lc=1H%2bhLFPWbX%2f3fjrOvbGk2A%3d%3d 64/65 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 7480: Aço destinado a armaduras para estruturas de concreto armado – Especi�cação. Rio de Janeiro, 2007. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 8522: Concreto – Determinação dos módulos estáticos de elasticidade e de deformação à compressão. Rio de Janeiro, 2017. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 8681: Ações e segurança nas estruturas – Procedimento. Rio de Janeiro, 2004. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 12655. Concreto de cimento Portland – Preparo, controle, recebimento e aceitação — Procedimento. Rio de Janeiro, 2015. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 16697: Cimento Portland – Requisitos. Rio de Janeiro, 2018. BALBO, J. T. Relations between indirect tensile and �exural strengths for dry and plastic concretes. Revista IBRACON de Estruturas e Materiais, São Paulo, v. 6, n. 6 Dec. 2013. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1983-41952013000600003&script=sci_arttext&tlng=pt. Acesso em: 14 jan. 2020. BASTOS, P. S. S. Fundamento do Concreto Armado: notas de aula. Bauru: Universidade Estadual Paulista, abr. 2019, Disponível em: http://wwwp.feb.unesp.br/pbastos/concreto1/Fundamentos%20CA.pdf. Acesso em: 10 dez. 2019 RGX ON http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1983-41952013000600003&script=sci_arttext&tlng=pt http://wwwp.feb.unesp.br/pbastos/concreto1/Fundamentos%20CA.pdf 11/03/2023 03:32 Ead.br https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?cd=mpbBYMX5RUeq48SNg9BOuQ%3d%3d&l=hRkXu6KEWMuOvA%2b5To3xlA%3d%3d&lc=1H%2bhLFPWbX%2f3fjrOvbGk2A%3d%3d 65/65 BATTAGIN, A. F. Cimento Portland. In: ISAIA, G.C. (Ed.). Concreto: Ciência e Tecnologia. São Paulo, Instituto Brasileiro do Concreto (IBRACON), 2011, v. 1, p. 184-232. CINCOTTO, M. A. Reações de Hidratação e Pozolânicas. In: ISAIA, G. C. (Ed.). Concreto: Ciência e Tecnologia. São Paulo, Instituto Brasileiro do Concreto (IBRACON), 2011, v. 1, p. 381-413. HELENE, P. ; ANDRADE, T. Concreto de Cimento Portland. In: ISAIA, G. C. (ed.). Materiais de Construção Civil e Princípios de Ciência e Engenharia de Materiais. São Paulo, Instituto Brasileiro do Concreto (IBRACON), 2007, v. 2. p. 905-944. MEHTA, P. K.; MONTEIRO, P. J. M. Concreto: microestrutura, propriedades e materiais. 2. ed. São Paulo: IBRACON, 2014. PINHEIRO, L. M.; MUZARDO, C. D.; SANTOS, S. P. Fundamentos do concreto e projeto de edifícios: Pré-dimensionamento. Notas de Aula do departamento de engenharia de estruturas da Escola de Engenharia de São Carlos na Universidade de São Paulo. São Carlos, 2003.
Compartilhar