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1 - O que é uma leitura crítica: É aquela que permite ir além do “dito”, além do “exposto”; ler nas “entrelinhas”. 2- Para ser bem compreendido, um texto precisa atingir os seguintes fatores: O pragmático, o semântico conceitual e o formal. 3- Subjetividade é entendida como o espaço íntimo do indivíduo (mundo interno) com o qual ele se relaciona com o mundo social (mundo externo), resultando tanto em marcas singulares na formação do indivíduo quanto na construção de crenças e valores compartilhados na dimensão cultural que vão constituir as experiências histórica e coletiva dos grupos e populações. Espaço íntimo do indivíduo / mundo interno / mundo social / mundo externo / dimensão cultural / histórica / coletiva. 4- A estrutura textual compreende: A unidade, a organicidade e a forma. 5- O texto é coerente, quando: As ideias devem ser elaboradas segundo critérios que possibilitem perfeita relação, visando ao entendimento entre emissor e receptor. 6- O texto seria o produto físico e o discurso um processo eficaz, dinâmico de expressão e interpretação: Texto / Produto físico / Discurso / Processo. 7- Sobre os gêneros resumo e resenha, podemos afirmar que: (assinale V p/verdadeiro e F p/ Falso) I. Resumo é a condensação fiel das ideias ou fatos contidos no texto. III. A resenha deve apresentar as ideias básicas do texto, avaliando-o, evidenciando para o leitor os pontos fracos e fortes da obra. IV. A resenha deve conter: título, referência bibliográfica da obra, alguns dados bibliográficos do autor da obra resenhada, resumo, ou síntese do conteúdo e a avaliação crítica. 8 - Defina polifonia e intertextualidade. Intertextualidade: Nenhum texto vem do nada, o texto é uma pesquisa, um conjunto de textos já existentes. A intertextualidade é a correção de textos já existentes. Polifonia: são diversas vozes responsáveis pelas diferenças de pensamento, pelos diferentes pontos de vistas ou diferentes posições ideológicas que compõem algum enunciado, em determinado local/espaço enunciativo. 9- O que são recursos lexicais? É o conjunto de palavras que pertence a uma mesma área de conhecimento. 10- Um vocabulário restrito, pode ser ampliado a partir de: Castigos, não físicos, para promover a prática do estudo. 11- O que é uma leitura crítica: É aquela que permite ir além do “ dito” , além do “ exposto” ; ler nas “ entrelinhas” . 12- Tendo como referência as proposições de Vergílio Ferreira, podemos afirmar que a língua é importante, principalmente em decorrência de dois motivos, que são: Por ser um instrumento de manifestação comunitária e histórica, bem como marca do reconhecimento do indivíduo. b) Por ser um instrumento de manifestação individual e social, bem como marca do reconhecimento de um povo. c) Por ser um instrumento de manifestação política e sociológica, bem como marca do reconhecimento de uma comunidade. d) Por ser um instrumento de manifestação regional e nacional, bem como marca do reconhecimento do ser humano. CORRETAS 13- Também são formas de linguagem não verbal: As cores, a dança, a música e as artes em geral. 14-A leitura passa a ser fundamental para: O domínio das múltiplas estruturas contidas nos textos, as quais são responsáveis pelo sentido. 15- A linguagem é um fenômeno: Psicológico, educacional, social, histórico, cultural, político e, sobretudo, ideológico. 16- Segundo Paulo Freire, a compreensão do texto a ser alcançada por sua leitura crítica implica: Na percepção das relações entre o texto e o contexto. [CORRETA] 17- A ação de ler o mundo é enriquecida na medida em que: O educando enfrenta progressivamente numerosos e variados textos. [CORRETA] 18- Baseado nas ideias de Bakhtin (s/d.), responda: o que é um sistema de linguagem? Correspondem no texto tudo o que é repetido e reproduzido e tudo que pode ser repetido e reproduzido, tudo o que pode ser dado fora de tal texto (o dado). Concomitantemente, porém, cada texto (como enunciado) é algo individual, único e singular, e nisso reside todo o seu sentido (a sua intenção em prol da qual ele foi criado). É aquilo que nele tem relação com a verdade, com a bondade, com a beleza, com a história. 19- Defina o nível metaplícito de processamento de sentido. Este nível de entendimento do texto trata-se de quem está lendo, qual a sua compreensão sobre o assunto. O leitor precisa estar ciente de que texto está lendo, de que assunto trata o texto para conseguir situar-se no assunto, pois não basta ler um texto e acreditar que sabe do que fala, pois o autor sempre escreve destinado ao seus leitores, assim precisa saber quem escreveu o texto, conhecer um pouco de suas obras e possuir um conhecimento prévio do assunto a ser tratado pelo autor no texto. R: metaplícito corresponde ao sentido construído através da contextualização feita pelo leitor com relação ao que é lido. O leitor precisa valer-se de conhecimentos para perceber a intenção do autor. 20- Polifonia indica: As diversas vozes responsáveis pelas diferentes formas de pensar, pelos diferentes pontos de vista ou diferentes posições ideológicas que compõem algum enunciado, em determinado local/espaço enunciativo. 21- Leia as afirmações propostas a seguir: II – O texto não é um aglomerado de frases. IV – Todo texto contém um pronunciamento dentro de um debate de escala mais ampla. [CORRETA] 22- De acordo com as ideias de Kleiman (1996), é correto afirmar sobre o significado de um texto: Não se limita ao que apenas está nele; seu significado resulta da interseção com outros. 23- São níveis da fala: De formalidade e de informalidade. 24- Para compreender e interpretar um texto é preciso: Conhecimento do sistema linguístico, conhecimento do contexto sócio-histórico-cultural e conhecimento dos mecanismos de produção de sentidos. 25- Por que a língua pode ser entendida como um produto social? (3 a 5 linhas) Pelo simples fato de que a língua permite que as pessoas se comuniquem e formem uma comunidade, um grupo de falantes que se comunicam entre si com o mesmo significado. Compreende-se que a língua nos trás uma ideia de liberdade, com a qual possamos transmitir o que pensamos e compreender o que querem nos mostrar, não basta articular a ideia em pensamentos, precisamos tranmitir atraves de um código, que é utilizado por vários e que unem os mesmos entre sí, que é chamado de língua. 26- De que maneira um leitor crítico avalia um texto? Observando o que o texto se porpõe a nos mostrar, pensando sempre em que maneira pode chegar a reflexão profunda do texto estudado. 27- Além do campo da comunicação social, a linguagem também é relevante no campo individual, porque: O ser humano integra-se com os outros a partir das leituras que faz individual e coletivamente, bem como a partir do contexto que o cerca ao expressar o seu pensamento.. 28- O homem saiu de seu estado primário natural e chegou em estado mais avançado a partir do: I - Uso da língua. 29- No campo da linguagem, o século XX é considerado muito importante. Ianni (1999) confirma esta afirmação ao dizer que é século em que se dá o "giro linguístico". Isso acontece em decorrência: Da importância e da influência dos problemas de linguagem, com os quais se defrontam a filosofia, a literatura e as ciências sociais. 30- Qual das linguagens apresentadas a seguir pode ser considerada a mais importante: Nenhuma das linguagens, pois elas não possuem importância por si apenas e necessitam de requisitos complementares para sua completa interpretação. 31- Para Ianni (1999), a língua é: Produto social e, ao mesmo tempo, condição de sociabilidade de interação humana. 32- Ler: É o estabelecimento de relações dentro de contextos, de vivências de mundo. Portanto, não é um ato mecânico de decodificação! 33- Aponte as característicasdas coerências: figurativa e argumentativa. Na coerência figurativa, é quando o autor se propõe a utilizar-se de figuras para ilustrar a sua ideia, sem fugir do tema. Já a coerência argumentativa é quando o autor se prevalece de argumentações para afirmar e discutir com o leitor sobre o seu tema, geralmente validando o seu ponto de vista. 34- Dialetos são: I - Marcas determinantes referentes a diferentes regiões. 35- Resenhar e resumir significa, respectivamente: Resenhar significa fazer uma relação das propriedades de um objeto, enumerar cuidadosamente seus aspectos relevantes e descrever as circunstâncias que o envolvem. Resumo; é uma redução do texto original, procurando captar suas ideias essenciais, na progressão e no encadeamento em que aparecem no texto. Fazer uma relação das propriedades de um objeto, enumerar cuidadosamente seus aspectos relevantes e descrever as circunstâncias que o envolvem / Reduzi-lo ao seu esqueleto essencial. 36- GIRIA pertencem ao vocabulário especifico de certos grupos, como os surfistas, cantores de rap, tatuadores, entre outros. JARGOES estão relacionados com PROFISSIONALISMO. Gírias / Jargões / Profissionalismo. 37- De acordo com Costa Val (1999), para que um texto seja considerado texto, é necessário que possua relações: Sociocomunicativa, semântica e formal. 38- Em um texto existem palavras que assumem a função de conectivo ou de elemento de coesão, de alguns exemplos de cada grupo: a) Preposições: a, ante, após, até, com, contra, de, desde. b) Conjunções: más, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto. c) Pronomes: eu, tu, ele, nós, eles, dela, sua, seu. d) Advérbios: aqui, acolá, hoje, ontem, muito, pouco. 39- De que maneira um leitor crítico avalia um texto? - R: Através da coesão, da consistência, coerência, concisão, clareza, cadência do mesmo. 40- A língua falada é um recurso: Que precisa apresentar correção gramatical. [CORRETA] 41- Segundo Saussure a língua não é: ? a) Produto social da faculdade de linguagem e um conjunto de convenções necessárias adotadas pelo corpo social, para permitir o exercício dessa faculdade nos indivíduos. b) Um tesouro depositado pela pratica da fala em todos os indivíduos pertencentes a mesma comunidade. c) Um sistema gramatical que existe virtualmente em cada cérebro ou, mais exatamente, nos cérebros dum conjunto de indivíduos. d) Incompleta em ninguém e) Nenhuma das alternativas. 42- Qual é a diferença entre clareza e coerência textual? Clareza: a mensagem principal deve ser entendida facilmente pelo leitor. Coerência: o texto deve seguir uma sequência lógica, deverá haver harmonia entre as frases, pensamento e parágrafos. 43- Cite e explique 3 variedades ou variações linguísticas: Variações históricas: apresenta transformações ao longo do tempo. A questão da ortografia, por exemplo, farmácia era grafada com ph. Variações regionais: são marcas determinantes em determinadas regiões. Ex: mandioca, aipim e macaxeira. Aqui também estão ligados os sotaques, dialetos. Variações sociais ou culturais: ligadas aos grupos sociais de uma maneira geral e também ao grau de instrução de uma determinada pessoa. Ex: gírias, jargões e linguajar caipira. 44- São categorias de argumentação: questão com a mesma resposta repetida. Classe textual e escala textual 45- As variações linguísticas históricas decorrem: Do dinamismo que a língua apresenta, dos sofrimentos e transformações ao longo do tempo 46- As variações sociais ou culturais estão diretamente ligadas: Aos grupos sociais de uma maneira geral e também ao grau de instrução de uma determinada pessoa. 47- Uma argumentação por autoridade tem base: Na opinião de quem entende do assunto, de uma autoridade 48- Segundo Orlandi, o leitor: Não apreende meramente um sentido que está lá, ele atribui sentido ao texto e isto lhe traz informações , conhecimentos, etc. 49- Porque, no século xx, instalou-se e generalizou-se a chamada “crise das palavra”? A partir da desconstrução da realidade que as vanguardas do início do século XX propuseram, é que podemos perceber também uma crise da palavra. Os discursos começam a mudar. O século XX, sob muitos aspectos, foi todo ele uma controvérsia sobre a linguagem, em todos os sentidos. Juntamente com grandes transformações sociais e avassaladoras rupturas históricas em curso no século XX, instala- se assim um momento expressivo de transição em todos os setores da sociedade, que particularmente reflete-se no campo das comunicações e no uso da palavra, seja ela escrita ou falada. 50- O que diferencia um texto de um aglomerado de frases? Um texto deve ter coerência e coesão, o receptor deve ser capaz de perceber seu significado, e não somente um aglomerado de frases. 51- Fiorin (2002) afirma que, as frases: Não têm significado autônomo: num texto, o sentido de uma frase é dado pela correlação que ele mantém com as demais. [CORRETA] Cagliari (1990). Desde que nascemos, estamos imersos de alguma forma nos mundos da linguagem, da fala e da língua. Crescemos dentro da nossa família ouvindo - na maioria das vezes - nossos pais falarem conosco observando gestos e sinais, então as palavras, a linguagem, o nome das coisas existentes no mundo começam a ser importantes. Vale lembrar que, o homem começou a enviar suas tentativas comunicacionais (mensagens) por meio da linguagem não verbal, inicialmente nas rochas, utilizando instrumentos que pudessem riscar e deixar gravadas suas mensagens. Depois, surgiram os ideogramas (desenhos que representavam ideias) e, mais tarde, o alfabeto. O primeiro alfabeto era bem reduzido... Ele era composto por 24 sinais consonantais que, apesar de não terem evoluído para um sistema totalmente alfabético, já marcavam de forma proficiente o início do sistema de escrita (BINDI, 2014). A linguagem humana se destaca grandemente sob dois aspectos, a saber: • O social: marcado pela língua, isto é, sistema de linguagem que compreende um sistema de fonemas (de formas/de frases) além do sistema semântico (o significado). • O individual: marcado pelo discurso que surge a partir do momento em que começamos a falarou a escrever. Pretti (1987, p.12) também discorre sobre a importância da língua ao afirmar que: Sons, gestos, imagens, diversos e imprevistos cercam a vida do homem moderno, compondo mensagens de toda ordem [...] transmitidas pelos mais diferentes canais, como a televisão, o cinema, a imprensa, o rádio, o telefone, o telégrafo, a internet, os cartazes de propaganda, os desenhos, a música e tantos outros. Em todos, a língua desempenha um papel preponderante, seja em sua forma oral, seja através de seu código substitutivo, escrito. E, através dela, o contato com o mundo que nos cerca é permanentemente atualizado. A prática da leitura nos enreda desde o momento em que começamos a “entender” o mundo que nos envolve. Com a vontade de entender quem somos, buscamos na leitura (de textos escritos, orais e não- verbais) as respostas que almejamos, ou seja, a leitura nos abraça de forma a proporcionar um passeio pelo imaginário, pelo mundo mágico, pelas fantasias e pela realidade que nos cerca! A leitura crítica é aquela que permite ir além do “dito”, além do “exposto”; ler nas “entrelinhas” é uma forma de ler criticamente. Mas será que estamos preparados para fazer tal leitura (EDUCADORES DE SUCESSO, 2010). “De maneira geral o leitor crítico irá conscientemente ou inconscientemente avaliar o original por diversos diferentes aspectos, como por exemplo: • Coesão ou Continuidade: [...] refere à integração entre frases, parágrafos, capítulos, e tramas do livro, indicando se o autor consegue manter uma narrativa onde os elementos estão sempre conectados. • Consistência: a consistência se refere à qualidade da obra demanter a mesma “voz” ou forma narrativa em sua totalidade, ou dentro de cada trama que eventualmente justifi que “vozes” diferentes. • Coerência: a coerência se refere à capacidade do autor de criar uma realidade coerente para sua história, sem “surpresas” que pareçam não se encaixar na realidade apresentada. • Concisão: a concisão se refere à qualidade do texto de ser conciso, não apresentando “pontas soltas” ou divagações que não contribuem para a história como um todo. • Clareza: a clareza indica se o texto é ou não facilmente lido. • Cadência: a cadência, ou ritmo, do texto é resultante da velocidade de leitura sugerida pela fl uidez e clareza do texto, e pela organização das tramas e capítulos” (UOL, 2014). Paulo Freire (1985, p. 11-12): A leitura do mundo precede a leitura da palavra, daí que a posterior leitura desta não possa prescindir da continuidade da leitura daquele. Linguagem e realidade se prendem dinamicamente. A compreensão do texto a ser alcançada por sua leitura crítica implica na percepção das relações entre o texto e o contexto. Ezequiel T. Silva (1983, p. 46): Optar pela leitura é, então, sair da rotina, é querer participar do mundo criado pela imaginação de determinado escritor. Ler é basicamente, abrir-se para novos horizontes, é ter possibilidade de experenciar outras alternativas de existência, é concretizar um projeto consciente, fundamentando na vontade individual. Sgarbi (2009) nos lembra que: Lemos, não só a linguagem verbal (fala e escrita), como, também a linguagem não verbal. Quando olhamos para uma pintura, uma escultura ou quando observamos as reações do nosso corpo ou, ainda, quando assistimos a um filme, também, estamos fazendo leituras. Niveis de leitura de um texto: Ângela Kleiman (1995, p.13): O leitor utiliza na leitura o conhecimento que ele já sabe, o conhecimento adquirido ao longo de sua vida. É mediante a interação de diversos níveis de conhecimento como o conhecimento linguístico, o textual, o conhecimento de mundo, que o leitor consegue construir o sentido do texto. O ato de ler aciona uma série de ações no pensamento do leitor, por meio das quais ele pode extrair novas informações ou remetê-las às informações anteriores. Na interação com essas informações, aqui denominadas de conhecimento prévio, o leitor pode mantê-las, modificálas ou desenvolvê-las durante a assimilação do conteúdo, pois “[...] quando um leitor é incapaz de chagar à compreensão através de um nível de informação, ele ativa outros tipos de conhecimentos para compensar as falhas momentâneas” (KLEIMAN, 1999, p. 17). LINGUAGUAGEM, LINGUA E FALA Linguagem- é todo sistema de sinais convencionais que nos permite realizar atos de comunicação. Pode ser verbal (aquela cujos os sinais são as palavras, escritas e falada) e não verbal (aquela que utiliza outros sinais que não as palavras. Os sinais empregados pelos surdos-mudos, o conjunto de sinais de trânsito, mímica, sons, etc., constituem tipos de linguagem não verbal). Língua- é um conjunto de palavras organizadas por regras gramaticais. É um tipo de linguagem; é a única modalidade de linguagem baseadas em palavras. O alemão e o português por exemplo, são línguas diferentes. No entanto, a língua é a linguagem verbal utilizada por um grupo de indivíduos que constitui uma comunidade. Fala- é a realização concreta da língua, feita por um indivíduo da comunidade num determinado momento. É um ato de expressão individual que cada membro pode efetuar com o uso da linguagem. Níveis de linguagem -Linguagem Formal, culta ou padrão - Faz uso das normas gramaticais. Trata-se de uma linguagem mais formal, que segue os princípios da gramática normativa. É empregada na escola, no trabalho, nos jornais e nos livros em geral. -Linguagem coloquial ou popular - Utiliza Gírias, Regionalismos etc. É a linguagem empregada no cotidiano. Geralmente é informal, incorpora gírias e expressões populares e não obedece às regras da gramática normativa. -Linguagem profissional ou técnica - Técnica ou científica. É a linguagem que alguns profissionais,como advogados, economistas, médicos, dentistas etc. utilizam no exercício de suas atividades. -Linguagem artística ou literária -É uma linguagem Literária ou poética. Éa utilização da linguagem com finalidade expressiva pelos artistas da palavra ( poetas e romancistas, por exemplo) alguns gramáticos já incluem este item na linguagem culta ou padrão. MODALIDADES ORAL E ESCRITA [...] por trás de cada texto está o sistema da linguagem. A esse sistema correspondem no texto tudo o que é repetido e reproduzido e tudo que pode ser repetido e reproduzido, tudo o que pode ser dado fora de tal texto (o dado). Concomitantemente, porém, cada texto (como enunciado) é algo individual, único e singular, e nisso reside todo o seu sentido (a sua intenção em prol da qual ele foi criado). É aquilo que nele tem relação com a verdade, com a bondade, com a beleza, com a história (BAKHTIN, s/d). A linguagem falada, também conhecida como coloquial, é a maneira mais comum de nos expressarmos em nosso dia a dia. Ela é, via de regra, informal, logo sem muita correção gramatical. Distinção ente a modalidade oral e escrita: FALA ESCRITA -Espontãnea, -Planejada -Evanescente -Duradoura -Grande apoio contextual -Ausência de apoio contextual -Face a face -Interlocutor distante -Repetições/redundâncias -Controle de sintaxe/das repetições/ truncamentos/desvios da redundâncias -Predomínio de orações coordenadas -Predomínios de orações subordinadas A linguagem não verbal é toda e qualquer comunicação em que não se usa palavras para explicar a mensagem desejada, ou seja, é quando fazemos uso de imagens, figuras, desenhos, símbolos, dança, tom de voz, postura corporal, pintura, música, mímica, escultura e gestos como meio de comunicação etc. A linguagem escrita só veio a existir muito depois da falada. Ela objetiva reproduzi-la utilizando-se dos signos (lembra-se do que são?) que compõem nossa língua. Além disso, a linguagem escrita, quando utilizada com maestria, é capaz de agregar em, seu sentido, várias das características da linguagem não verbal Marcushi (2001, p.17)-Oralidade e escrita são práticas e usos da língua com características próprias, mas não suficientemente opostas para caracterizar dois sistemas linguísticos em uma dicotomia. Ambas permitem a construção de textos coesos e coerentes, ambas permitem a elaboração de raciocínios abstratos e exposições formais e informais e variações estilísticas, racionais, dialetais e assim por diante. As limitações e os alcances de cada uma estão dados pelo potencial do meio básico de sua realização: som de um lado e grafia de outro, embora elas não se limitem a som e grafia [...] Estrutura compreende a unidade, organicidade e forma.: a) Unidade: a redação constitui-se de um só assunto; deve-se organizar em função de um só núcleo temático. Ter unidade é fazer com que o texto siga um “único” fio condutor de ideias, desenvolver a ideia que deseja. b) Organicidade: as partes da redação (introdução, desenvolvimento e conclusão) devem ser organizadas como um todo e articuladas de forma coerente e lógica. Quando as partes de um texto se encaixam, a leitura do texto flui de maneira clara. c) Forma: é a maneira de se apresentar o conteúdo. O tema poderá ser abordado de forma descritiva, narrativa ou dissertativa. Quando solicitar ao aluno uma descrição, evidentemente não se pode admitir a forma dissertativa, se a solicitação for uma cartacomercial, não cabe ao aluno escrever um poema, um conto ou um texto narrativo/descritivo. Cada forma textual deve ser adequada ao que está sendo solicitado. TEXTUALIDADE, MECANISMO DE CONTRUÇÃO E ELEMENTOS GRAMATICOS DO TEXTO Para Ulisses Infante (1996,p.49), “ a palavra texto provém do latim textum, que signifi ca tecido, entrelaçamento. O texto resulta de um trabalho de tecer de entrelaçar várias partes menores a fi m de se obter um todo inter-relacionado” Percebe-se, então, que há diferenças nos conceitos demonstrados pelos autores; para Val, o texto tem um signifi cado maior, pois ela ressalta que o texto, não é só um discurso falado ou escrito, mas, além disso, ele comunica, dá sentido e tem uma forma de ser expresso. É importante ressaltarmos, também, que Costa Val faz sua defi nição de texto enfocando o discurso, permitindo, assim, enxergar que o texto é uma unidade de linguagem em uso e que o que as pessoas têm para dizer uma às outras não são palavras nem frases isoladas, são textos. Vale lembrar que escrever não significa apenas preencher o papel com frases, pois do mesmo modo que a frase não pode ser vista como um amontoado de palavras, também não podemos dizer que o texto é um simples amontoado de frases, uma vez que ao escrever um texto, esse precisa ser claro, conciso e objetivo para parecer lógico, para se compreensível. Muitas vezes, as maiores dificuldades estão na concretização das ideias no papel, pois escrever pode não ser fácil para muitas pessoas e ainda não inventaram “mágicas” e fórmulas para apreender a escrever. Na verdade, esse é um trabalho que depende muito do interesse e empenho de cada um. Ângela Kleiman (1996,p.26): O significado de um texto não se limita ao que apenas está nele; seu significado resulta da interseção com outros. Assim, a intertextualidade refere-se às relações entre os diferentes textos que permitem que o texto derive seus significados de outros. Os textos incorporam modelos, vestígios, até estilos de outros textos e de outros gêneros. O Kleimam (1999, p.25-26): A ativação do conhecimento prévio e, então, essencial à compreensão,pois é o conhecimento que o leitor tem sobre o assunto que lhe permite fazer as inferências necessárias para relacionar diferentes partes descritas do texto num todo coerente. O conhecimento linguístico, o conhecimento textual, o conhecimento de mundo devem ser ativados durante a leitura para poder chegar ao momento da compreensão, momento esse que passa desapercebido, em que as partes descritas se juntam para fazer um significado. Um texto será bem compreendido quando ele atingir os seguintes fatores: O pragmático tem a ver com seu funcionamento enquanto atuação informacional e comunicativa; O semântico-conceitual é a base da coerência do texto; O formal refere-se à sua coesão Texto é unidade linguística comunicativa fundamental, produto de uma atividade verbal humana, que possui sempre caráter social, está caracterizado por seu campo semântico e comunicativo, assim por sua coerência profunda e superfi cial, devida à intenção (comunicativa) do falante criar um texto íntegro, e à sua estruturação mediante os conjuntos de regras: as próprias de nível textual e as do sistema da língua.” (BERNÁRDEZ, 1982, p. 85). LER E ARGUMENTAR CRITICAMENTE Precisamos “ler” o mundo não é mesmo? Mas lê¬-lo com um olhar crítico! Charaudeau (2006), afirma que a leitura do mundo, com o foco voltado à criticidade, é uma tarefa árdua, na medida em que para ser crítico, o leitor, por meio de um olhar subjetivo de avaliação, legitima, ou não, o que leu/viu e ao mesmo tempo aprecia os efeitos que os fatos analisados exercem sobre a vida humana. Lúcia Santaella (1996, p. 35), “toda linguagem é ideológica porque, ao refletir a realidade, ela necessariamente a refrata”. Ou seja, atrás de todo ato comunicativo há persuasão. Assim, retomando o conceito de texto já trabalhado nesta disciplina muitas vezes, temos que a unidade de comunicação não é o signo, a palavra ou o traço, mas a organização deles numa matéria significante, como o texto. O signo só é ele mesmo dentro de uma cadeia organizada em texto e é através da organização dessa cadeia de signos que a mensagem se realiza. Argumentar é a arte de convencer e persuadir. Convencer é saber gerenciar informação, é falar à razão do outro, demonstrando, provando. Persuadir é saber gerenciar relação, é falar à emoção do outro. A origem dessa palavra está ligada à preposição Subjetividade é entendida como o espaço íntimo do indivíduo (mundo interno) com o qual ele se relaciona com o mundo social (mundo externo), resultando tanto em marcas singulares na formação do indivíduo quanto na construção de crenças e valores compartilhados na dimensão cultural que vão constituir a experiência histórica e coletiva dos grupos e populações. A psicologia social utiliza frequentemente esse conceito de subjetividade e seus derivados como formação da subjetividade ou subjetivação. O termo polifonia indica as diversas vozes responsáveis pelas diferentes formas de pensar, pelos diferentes pontos de vista ou diferentes posições ideológicas que compõem algum enunciado, em determinado local/espaço enunciativo. A intertextualidade é, dessa maneira, a relação que se faz com outros textos, em que a pessoa se baseia em outras obras e autores para escrever o seu texto, é uma espécie de “ajuda” e um forma de conhecer os pensamentos, as ideias e conhecimentos dos diversos autores A intertextualidade, em sentido limitado, pode ser vista como a relação que um texto mantém com outros, pré-existentes. Nesse caso a fonte pode estar explicitamente posta no texto, com citação de fonte, inclusive, ou tratar-se de textos anteriormente produzidos que devem ser percebidos e reconstruídos pela lembrança do interlocutor (o que “conversa” com outro) para que os sentidos possam se estabelecer. Segundo Ângela Kleiman (1996,p.26): O significado de um texto não se limita ao que apenas está nele; seu significado resulta da interseção com outros. Assim, a intertextualidade refere-se às relações entre os diferentes textos que permitem que o texto derive seus significados de outros. Os textos incorporam modelos, vestígios, até estilos de outros textos e de outros gêneros. Argumentação por autoridade Nesse caso, usamos a “voz” de outro (e outro que goze de prestígio) para referendar o que pensamos, ou seja, uma argumentação por autoridade tem base na opinião de quem entende do assunto, de uma autoridade. Nele fazemos uso da “lição” de pessoa conhecida e reconhecida em determinada área ou determinado assunto para corroborar com a tese/ ideia que nos propusemos a defender. Resumo é uma condensação fiel das ideias ou dos fatos contidos no texto. Resumir um texto significa reduzi-lo ao seu esqueleto essencial sem perder de vista três elementos: a) cada uma das partes essenciais do texto; b) a progressão em que elas se sucedem; c) a correlação que o texto estabelece entre cada uma dessas partes. Platão e Fiorin (2002), aconselham que, para fazer um bom resumo, é necessário: a) Ler uma vez o texto ininterruptamente, do começo ao fim. b) Realizar uma segunda leitura é sempre necessária. Mas esta, com interrupções, com o lápis na mão, para compreender melhor o significado das palavras difíceis. c) tentar fazer uma segmentação do texto em blocos de ideias que tenham alguma unidade de significação. d) Fazer a redação final com suas palavras (não copiar pedaços do texto), procurando não só condensar os segmentos, mas encadeá-los na progressão em que se sucedem no texto e estabelecer as relações entre eles. Resenhar significa fazer uma relação das propriedades de um objeto, enumerar cuidadosamente seus aspectos relevantes e descrever as circunstâncias que o envolvem. Resumo; é uma redução do texto original, procurando captar suas ideias essenciais, na progressão e noencadeamento em que aparecem no texto.