Saúde Mental, Direitos Humanos e Sistema Penal - Edição 2023 Questionário 3

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3. A produção dos anormais, loucura e normatização social  Questionário 3
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Questão 1
Completo
A partir das compreensões acerca do conceito de periculosidade trabalhadas no
artigo de Fernanda Otoni de Barros Brisset relacione os conceitos abaixo às suas
definições:
A. Monomania Homicida
B. Concepção de loucura, na Grécia Antiga
C. Concepção de loucura, do final da Antiguidade (Galeno, 210 d.C)
D. Indivíduo intrinsecamente Perigoso
E. Concepção pineliana da loucura como “alienação mental”
Ficção conceitual chave que sela a parceria direito-
psiquiatria enlaçando defesa social e periculosidade criminal
e que permite criar uma nova tecnologia de controle: a
medida de segurança.
Conjugação entre o déficit permanente (concepção herdeira
das interpretações galênicas sobre as afecções mentais) e as
manifestações do mal moral (ideia presente nas
classificações patológicas dos manuais dos inquisidores
medievais) – doença que impede o indivíduo de ser
responsável por seus atos de violência, crueldade e maldade.
Afecções nervosas decorrentes de um déficit orgânico
causado por lesões do encéfalo, portanto, permanente.
Ficção conceitual que inaugurou a proto-história da
psiquiatria Criminal, no início do século XIX, a partir da
necessidade dos juristas de saberem por que punir.
Resposta do sujeito trágico, humana, possível de acontecer
dentre tantas outras, por obra dos deuses ou dos conflitos do
homem, resultante em acontecimentos trágicos, não
confundidos com qualquer natureza perigosa ou doença.
Entendiam que tais atos foram causados pela doença deles.
A
E
C
D
B
Questão 2
Completo
Assinale V para Verdadeiro ou F para Falso nas seguintes assertivas:
A construção dos degenerados é considerada por Foucault
como resultado de todo um processo que desloca a questão
do crime para o criminoso, transformando a questão de “qual
é o crime? ” para uma outra: “o que leva um indivíduo a ser
criminoso?”. Ou seja, o crime deixa de ser uma violação das
regras e passa a ter uma conotação ligada à natureza do
indivíduo desviante constituindo a figura do monstro moral.
A importância da obra foucaultiana que analisa a formação
do grupo dos Anormais, cujo medo obcecou o final do século
XIX, foi a de delimitar cientificamente três figuras desviantes
– o monstro humano, o indivíduo incorrigível e a criança
masturbadora -, que ao serem diferenciadas e
compreendidas como degenerescências humanas
forneceriam as bases para uma nova ciência penal e
psicopatologia crítica.
A universidade exerceu um importante papel de escutar
demandas sociais emergenciais no campo da atenção em
saúde mental que levaram à criação de Programas de
Atenção ao Paciente Judiciário como PAI-PJ e Desʼmedida.
Quando uma pessoa tem transtorno psíquico diagnosticado
E algum conflito com a Lei, o estigma do criminoso se
sobrepõe ao de louco configurando a criação de uma figura
abjeta perante a sociedade que, em função disso, deve ficar
excluída dos direitos que a Lei 10.216/01 da Reforma
Psiquiátrica garante àqueles pacientes cujos adoecimentos
não os levaram ao crime.
No curso “A gênese dos Anormais” (1974-75) Foucault parte
da noção da monomania homicida, criação do início do
século XIX, para justificar a parceria entre a psiquiatria e o
direito como incubadora responsável pela gestação e
concepção da noção de indivíduo perigoso.
V
F
V
F
V
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