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PRATICA DE OBRAS II

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Curso Técnico de Edificações – Módulo III – Prática de Obras II – Prof. Maxbel Cabral 
1/7 
 
Prática de Obras 2 
1. REVESTIMENTOS DE PAREDES 
 
1.1. Função 
A função principal de um revestimento de parede é proteger as 
alvenarias contra a chuva e a umidade, e também estéticas, 
embelezando as fachadas e ambientes que compõem a construção. 
Os primeiros revestimentos aplicados à alvenaria são as massas grosa 
e fina, que também serve de base para aplicação de pinturas, azulejos 
ou outros revestimentos. 
No caso de alvenaria aparente, visa-se certa economia ou um apelo 
estético, porém neste caso tanto os blocos como as massas de 
assentamento e a própria execução deverão ser de excelente qualidade, 
pois o matérial de fechamento ficará exposto a ação do tempo. 
O revestimento mais popular é o de argamassa de cimento, cal e areia, 
pela sua economia e simples execução. Normalmente aplicamos três 
camadas: chapisco, emboço (massa grossa) e reboco (massa fina). 
 
 
 
Curso Técnico de Edificações – Módulo III – Prática de Obras II – Prof. Maxbel Cabral 
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2. CHAPISCO 
É um revestimento rústico empregado nas superfícies de alvenaria, 
pedra ou concreto, a fim de facilitar o revestimento, dando maior pega, 
devido à superfície porosa. Pode ser acrescido de adesivo para 
argamassa. 
O chapisco é uma argamassa de cimento e areia média e grossa sem 
peneirar no traço 1:3. 
Consumo de materiais por m² é de cimento = 2,25 kg e areia 0,0053 m³. 
Deve ser lançado sobre a parede previamente umedecida com auxílio 
da colher, em uma única camada de argamassa. 
Os tetos, independentemente das características de seus materiais, e as 
estruturas de concreto devem ser previamente preparados mediante a 
aplicação de chapisco. Este chapisco deverá ser acrescido de adesivo 
para argamassa a fim de garantir a sua aderência. 
A camada de chapisco deve ser uniforme, com pequena espessura e 
acabamento áspero. 
A cura do chapisco se dá após 24 horas da aplicação, podendo assim 
aplicar o emboço. 
O chapisco pode ser ainda usado como acabamento rústico, para 
revestimento externo. Outro recurso de aplicação é o uso de vassoura 
ou peneira para salpicar a superfície. 
 
 
 
 
 
Curso Técnico de Edificações – Módulo III – Prática de Obras II – Prof. Maxbel Cabral 
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3. EMBOÇO – Revestimento grosso 
A argamassa usada no emboço, também chamada de massa grossa, é 
a mesma usada no assentamento dos tijolos comuns. 
Quando a obra se localiza em região onde a cal virgem é acessível, 
aconselha-se empregá-la como aglomerante. Após hidratá-la (leite de 
cal), misture-a com a areia média, o que dará uma excelente 
argamassa, dispensando-se o uso do cimento. Porém, se a superfície 
for receber um recobrimento pesado (azulejos, ladrilhos, pastilhas, 
pedras etc.), recomenda-se o acréscimo de cimento à mistura. 
A cal virgem, quando se tem facilmente, é um material eficiente e barato, 
porém um tanto trabalhoso e perigoso em seu manejo. Deve ser 
preparada com uma semana antes de ser empregada para garantir que 
atinja uma plasticidade adequada e tem a questão da ‘queima da cal’ 
que é o desprendimento de calor durante a reação com a presença de 
água, que pode causar queimaduras num usuário desprevenido. 
A cal virgem tem como substituta a cal hidratada (saco de 20 kg), mais 
acessível e prática de manusear. Prepara-se a mistura da cal hidratada 
com a areia média, mais água. A proporção é de 160 a 200 kg (8 a 10 
sacos) para um metro cúbico de areia, dependendo da qualidade da cal. 
No caso de reforço da massa, acrescenta-se cimento (cerca de 100 a 
150 kg – 2 a 3 sacos). 
 
A aplicação é de cima para baixo, ou seja, do telhado para os alicerces. 
Sobre os andaimes são colocados caixotes ou padiolas (60 litros de 
argamassa). O pedreiro transfere a massa com a colher para a 
 
 
 
Curso Técnico de Edificações – Módulo III – Prática de Obras II – Prof. Maxbel Cabral 
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desempenadeira voltada para cima, preenchendo-a, e com a colher 
retira e aplica esse material na superfície a ser revestida. Tal superfície 
deve estar molhada. É importante que se saiba que a parede deve ser 
previamente umedecida para que haja aderência entre a argamassa e o 
tijolo. Umidade em excesso não permitirá a fixação, pois a massa 
escorrerá da parede. No entanto paredes completamente secas também 
não dão resultado adequado, pois o tijolo absorverá repentinamente a 
água existente na mistura e, da mesma forma, esta se desprenderá. 
O revestimento é iniciado por meio de guia, que são faixas verticais 
distanciadas em 2,50 m. Elas servem como referência para o prumo e o 
alinhamento do revestimento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Curso Técnico de Edificações – Módulo III – Prática de Obras II – Prof. Maxbel Cabral 
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O espaço entre os calços da mesma guia é preenchido com argamassa 
em excesso, passando-se uma régua entre os dois calços , com 
movimentos de vai e vem, retirando-se o excesso de massas deixando 
uma faixa alinhada e a prumo. O mesmo se fazendo para as outras 
guias. O painel entre as guias será preenchido com argamassa em 
excesso. 
A seguir, o pedreiro fará correr uma régua apoiada entre as guias e, com 
movimento lateral de vai e vem (sarrafear), retira o excesso de massa. 
Ao correr a régua, perceberá onde existe falha (falta de massa), atirando 
nesse ponto, mais argamassa, torna a correr a régua, retirando o 
excesso. A superfície final, apesar de alinhada e aprumada, será 
porosa, o que é benéfico, pois facilitará a aplicação da próxima camada. 
A uniformidade, a obediência ao prumo e ao alinhamento tem uma 
importância fundamental nesse revestimento grosso, pois o fino 
(acabamento) será aplicado a seguir e numa espessura muito fina. A 
espessura do emboço numa parede bem alinhada e aprumada não deve 
passar dos 2 cm. 
 
Atualmente temos produtos especialmente desenvolvidos com o objetivo 
de baratear a construção ou então reduzir o seu prazo. 
Um desses produtos é o cimento de alvenaria. Essa argamassa nada 
mais é que um cimento com uma resistência menor que o cimento 
comum, pois não é de uso estrutural. É embalado em sacos de papel de 
40 kg de aproximadamente 35 litros. 
Seu preparo é igual ao da argamassa tradicional. Recomenda-se que, 
após estar pronta, descanse por 15 minutos antes da sua aplicação, 
permitindo a absorção da água pelo pó calcário, favorecendo a 
plasticidade, a aderência e a retenção de água. 
 
 
 
Curso Técnico de Edificações – Módulo III – Prática de Obras II – Prof. Maxbel Cabral 
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Seu traço em volume para emboço interno ou externo é 1:4 (cimento de 
alvenaria : areia). Esse traço equivale a um consumo de 295 Kgf de 
desse aglomerante por metro cúbico de argamassa. 
Seu rendimento para 2 cm de espessura é de: 
 1 m de argamassa: 50 m² 
 1 sc de argamassa: 7 m² 
Outro produto utilizado é o denominado ‘Qualimassa’. É uma massa 
pronta de cimento e areia, que vem acondicionada em sacos de papel 
de 50 kg, pronta para o uso, bastando acrescentar água. 
Seu rendimento é de 2,7 m para cada saco de 50 kg e espessura de 1 
cm de revestimento e seu consumo de água é de 7 litros por saco. 
É preciso ter extremo cuidado na separação e guarda desse material, 
para não ser confundido com o cimento estrutural. Sua armazenagem 
segue os mesmos critérios do cimento comum. 
Esses produtos semiprontos tem sua aplicação ideal em reformas ou em 
obras com problemas de espaço para estocar material. 
 
4. REBOCO – Revestimento fino 
Reboco ou revestimento fino ou massa fina é a camada que vem dar 
acabamento final às paredes. Com espessura de 5 mm e composta por 
cal hidratada e areia no traço 1:2, esta camada permite um acabamento 
liso e uniforme. 
A areia utilizada deverá estar peneirada e os grãos serão provenientes 
de areia grossa, consequentemente mais duros, o que dá ao 
revestimento um maior grau de dureza. 
Nas regiões onde há obtenção de cal virgem,faremos massa de cal com 
areia no traço 1:2, obtida pela mistura de pasta e areia fina peneirada. 
Sua aplicação, seja cal virgem ou hidratada, deverá ser com 
desempenadeira bem cheia de argamassa, que será espremida e 
arrastada contra a parede, fazendo ficar bem fixada à parede. Deve-se 
ter o cuidado de se molhar o emboço antes da aplicação da argamassa 
do reboco. 
O acabamento é feito com desempenadeira em movimentos circulares, 
borrifando-se água sobre a massa por meio de uma brocha, o que dá 
por fim numa superfície uniforme. Também para revestimento fino, 
existem no mercado inúmeros fabricantes de massa fina industrializada. 
 
 
 
Curso Técnico de Edificações – Módulo III – Prática de Obras II – Prof. Maxbel Cabral 
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5. Traços para argamassas de revestimento (por lata) 
APLICAÇÃO TRAÇO 
Rendimento por saco 
de cimento de 50 kg 
DICA 
Chapisco 
1 lata de cimento 
3 latas de areia 
30 m² 
O chapisco é a base 
do revestimento. Sem 
ele as outras 
chamadas de 
revestimento podem 
descolar da parede ou 
do teto. Em alguns 
casos, como em 
muros, pode ser o 
único revestimento. A 
camada de chapisco 
deve ser a amis fina 
possível. 
Emboço 
1 lata de cimento 
2 latas de cal 
8 latas de areia 
17 m² 
O emboço serve para 
regularizar a superfície 
da parede ou do teto. 
Sua espessura deve 
variar de 1 a 2 cm. 
Reboco 
1 lata de cimento 
2 latas de cal 
9 latas de areia 
35 m² 
Esta camada de 
acabamento de parede 
ou de teto deve ser a 
mais fina possível. 
 
NOTA IMPORTANTE: este material foi montado pelo professor e é meramente didático para o auxílio do estudo de seus alunos em sala de aula. Não deve ser 
reproduzido nem divulgado em hipótese alguma, por trata-se de uma obra composta também por apanhados de informações, de bibliografias e de apostilas técnicas de 
outros profissionais. 
 
 
 
Curso Técnico de Edificações – Módulo III – Materiais de Construção – Prof. Maxbel Cabral 
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Prática de Obras 2 
6. REVESTIMENTOS DIVERSOS 
 
6.1. PASTOSOS (PRONTOS OU A PREPARAR) 
Alguns dos revestimentos a serem estudados são mais adequados a 
áreas externas de edificações ou internas, quando houver um apelo 
mais decorativo. 
Tais revestimentos costumam ser empregados por atenderem a dois 
fatores: 
 A dificuldade que se tem na execução da pintura externa em obras 
de grande porte e, 
 A garantia de cinco anos prevista no Código de Edificações 
(qualidade do serviço). 
Pelas suas maiores resistências às intempéries, no caso dos 
revestimentos externos, esses compensam o investimento inicial em 
relação ao uso da pintura comum, pois a vida útil é bem superior. 
 
7. MASSA RASPADA 
Como o nome indica, tal revestimento tem como acabamento final um 
aspecto de rusticidade, porém apresentando-se homogêneo e contínuo. 
Sua embalagem são sacos de 50 kg, rendendo 1,8 kg por milímetro de 
espessura aplicado por m. 
Sua aplicação é sobre emboço bastante molhado, ou seja, substituindo 
o reboco. Com uma desempenadeira grande aplica-se o material 
‘esticando-o’ (espessura entre 8 a 10 mm) de forma ininterrupta em todo 
o pano previsto a ser revestido, evitando-se emendas. A raspagem da 
massa aplicada é feita com uma régua rígida de aço (dimensões 5 por 
40 cm) em movimentos semelhantes ao de um limpador de para-brisa 
da esquerda para direita. Primeiramente no sentido horizontal depois 
vertical. Assim vai-se obtendo um resultado rústico na superfície, como 
o esperado. 
O procedimento descrito acima deverá ser feito quando a massa estiver 
no ponto apropriado. 
Seu preparo deve ser feito bem misturado à água limpa (3 : 1 de água). 
E no caso de cores distintas, usar masseira para cada uma delas. 
 
 
 
Curso Técnico de Edificações – Módulo III – Materiais de Construção – Prof. Maxbel Cabral 
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Este material depois de preparado deve ser utilizado num prazo máximo 
de cinco horas. 
 
 
8. MARMORIZADO – IMITAÇÃO DE MÁRMORE 
Nessa técnica existem vários produto de base mineral, alguns muito 
semelhantes à massa raspada tanto no preparo e rendimento, diferindo 
na aplicação e seu acabamento final visa assemelhar-se ao mármore ou 
mesmo ao concreto aparente. 
Para sua aplicação o emboço (fundo) deve estar bem sarrafeado e 
molhado ou pode-se utilizar um ‘primer’ (rolo) antes da aplicação do 
produto (duas demãos num intervalo de 6 horas). Aplica-se o produto 
com uma desempenadeira de aço inoxidável em duas demãos (intervalo 
6 horas). Depois de curado (+ 6 horas), faz-se uma terceira aplicação 
com movimentos aleatórios, que dará o aspecto marmorizado e 
aguarda-se a secagem. Agora com uma desempenadeira inoxidável 
devidamente limpa, pressiona-se a parede em movimentos aleatórios 
conseguindo-se assim o brilho desejável. 
 
 
 
 
Curso Técnico de Edificações – Módulo III – Materiais de Construção – Prof. Maxbel Cabral 
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9. ACRÍLICOS 
Podem ser de dois tipos: 
 Granulares e 
 Texturizados 
 
Granulares – revestimentos compostos por grãos de mármore ou 
dolomita, tratados e pigmentados industrialmente e aglutinados com 
resina. 
O produto deve ser aplicado sobre o emboço (1 : 3 : 8) em volume, com 
tempo de cura de 30 dias. Após o emboço curado deverá ser aplicado 
uma camada de líquido selador e as demãos necessárias seguirão às 
instruções do fabricante e o tempo de espera é de 6 horas. 
A fachada a ser revestida deverá ser dividida em painéis menores, 
possibilitando que cada painel seja executado de uma vez. A divisão dos 
painéis é feita com fita crepe no sentido vertical. Ao término de um 
painel, após estar completamente seco, aplica-se a fita sobre seu limite 
para que o próximo painel a ser executado fique com uma emenda 
perfeita em relação ao anterior. 
Esse material é aplicado e espalhado com desempenadeira de aço 
isenta de ferrugem e o excesso retirado com desempenadeira de 
plástico. Em geral a espessura adequada é de 3 mm. O consumo desse 
produto é de 4 a 6 kg por m² aplicado. 
 
 
 
 
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Texturizados – são produtos 100% acrílicos, de média camada e hidro-
repelentes e com pigmentos de alta resistência aos raios UV (anti-
desbotamento). Possuem alto poder de aderência e durabilidade. Sua 
aplicação é nas mesmas condições dos granulares. 
A primeira aplicação é feita com rolo de lã e seu tempo de secagem é de 
6 horas. A posterior com rolo alveolar (espuma com superfície furada). 
As aplicações são sempre na mesma direção (de baixo para cima na 
vertical). 
O aspecto mais ou menos fechado da textura é em função do número 
de passadas do rolo alveolar. O rendimento do produto é em torno de 
1,2 kg/m². 
 
 
 
10. GESSO 
O pó de gesso é misturado em água limpa, até a consistência de pasta 
que permita que seja espalhada pela alvenaria com a utilização de 
desempenadeira de aço lisa ou com jateamento e alisado com 
desempenadeira. O procedimento lembra em muito o emboço e reboco 
de argamassa, sendo necessário o uso de guias (mestras) de prumo e 
de nivelamento. 
Por ser um material hidrófilo recomenda-se que seja aplicado em 
paredes cujas duas faces sejam internas à construção. 
Cuidados também devem ser tomados com relação ao contato com 
caixas esmaltadas das tomadas e interruptores, pois em contato com o 
gesso, enferrujam provocando manchas em torno desses pontos de 
instalação. O ideal é o uso de caixas plásticas. 
 
 
 
 
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11. CANTONEIRAS 
Um recurso para reforçar os cantos vivos das paredes, é o uso de 
cantoneiras de chapa galvanizada ou de alumínio, garantindo reparos 
adequados com o passar do tempo. 
A colocação é feita antes do revestimento de alvenaria, sendo fixadas 
com argamassa de cimento e areia (traço 1 : 3). 
 
12. REVESTIMENTO RÚSTICO 
É comum que parte dos alicerces fiquem aparentes acima dosolo e 
devem levar um revestimento especial, já que estão sujeitos a ação de 
respingos de chuva. A água respingada costuma carregar consigo pó, 
sujando a parede até certa altura. Por isso é recomendável revestir tal 
superfície – até uns 50 centímetros – com um revestimento de proteção. 
Uma opção barata e eficiente é o revestimento rústico. 
Trata-se de argamassa de cimento e areia grossa (traço 1 : 3) aplicada 
atirando-a de encontro à parede por meio de uma peneira com malha de 
1,5 mm. Mesmo sendo um revestimento de aspecto irregular, quando 
aplicado com perícia tem bom aspecto. Este revestimento é bastante 
forte e impermeável, protegendo a parede contra a penetração de água. 
 
NOTA IMPORTANTE: este material foi montado pelo professor e é meramente didático para o auxílio do estudo de seus alunos em sala de aula. Não deve ser 
reproduzido nem divulgado em hipótese alguma, por trata-se de uma obra composta também por apanhados de informações, de bibliografias e de apostilas técnicas de 
outros profissionais. 
 
 
 
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Prática de Obras 2 
6. REVESTIMENTOS NOBRES 
 
6.1. CERÂMICOS, GRANITOS & MÁRMORES, PASTILHAS E 
PEDRAS DECORATIVAS 
 
 
 
7. CERÂMICOS 
Ultimamente estes materiais são assentados com argamassa pronta, 
uma mistura de cimento CP-32, areia classificada e aditivos especiais. 
Podendo ser aplicado sobre o emboço, concreto limpo, blocos de 
concreto ou blocos sílico-calcários bem alinhados e molhados antes da 
aplicação. Diluído em água numa proporção de 1 : 4 (um volume de 
água para quatro de volumes do produto). Aplicado com 
desempenadeira dentada, tendo esse material estendido tempo de 
utilização de 15 minutos em áreas interna e de 5 em áreas externas. 
Azulejos e ladrilhos são aplicados a seco, ou seja, sem imersão prévia 
em água. 
Cerâmica – 7,5 x 7,5 cm e 10 x10 cm: revestimento com acabamento 
em textura acetinada ou textura brilhante em cores variadas, com 
excelente resistência à ação do tempo e à abrasão. Sua aplicação deve 
ser em superfície previamente emboçada. 
Recomenda-se a aquisição de mais 10% além do previsto para área de 
cobertura. Este excedente é suficiente para cortes e eventuais 
manutenções. 
No recebimento do material na obra, recomenda-se verificar se todas as 
embalagens têm a mesma referência e indicação de tamanho, cor e 
classificação. Na ocasião da aplicação das peças retire-as de diferentes 
 
 
 
Curso Técnico de Edificações – Módulo III – Materiais de Construção – Prof. Maxbel Cabral 
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caixas ao mesmo tempo (5 ou 6 caixas de cada vez) e as misture, 
conseguindo assim um melhor visual de conjunto. 
Alguns fabricantes as entregam em forma de painel. Peças de 7,5 x 7,5 
cm de tamanho vêm em painéis de 16 peças. Peças de 10 x 10 cm, 
painéis de 9 peças. 
 
 
 
CERÂMICA EXTRUDIDA (Tipo Gail) 
Apresenta grande variedade de acabamentos, dimensões e cores, 
possibilitando inúmeras opções de uso. 
 Categoria Industrial – desenvolvida para resistir a ataques 
mecânicos, corrosivos, óleos, graxas, produtos químicos, abrasão, 
bactérias, germes e variações térmicas; 
 Categoria Comercial – desenvolvida para atuar em áreas de 
tráfego intenso (lanchonetes, shoppings, bancos etc.); 
 Categoria Ouro Preto – utilizada em tanto em edificações 
comerciais quanto em residências, onde requer padrão superior de 
acabamento. 
 Categoria Esmaltada – desenvolvidas para suportar as mais 
severas condições de utilização. 
 Categoria Brickskin – apresenta acabamento semelhante ao 
tijolo aparente, podendo ter as peças assentes na vertical ou horizontal. 
Existem peças especiais de acabamento para serem aplicadas nas 
quinas das paredes, fazendo o revestimento parecer realmente com o 
tijolo à vista. 
 
 
 
 
Curso Técnico de Edificações – Módulo III – Materiais de Construção – Prof. Maxbel Cabral 
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As juntas de espaçamento deverão ter entre 7 a 9 mm entre as placas 
cerâmicas. Esse trabalho será facilitado com o uso de um gabarito 
(cantilhão ou escantilhão). O revestimento será aplicado conforme 
determinar o fabricante da argamassa pronta, não se esquecendo de 
que deverão estar a prumo e em nível. O assentamento deve ser 
iniciado de baixo para cima, corrida a primeira fiada apoiada em um 
sarrafo. As peças não serão molhadas antes do assentamento. Para se 
criar o berço adequado para o rejuntamento, é necessário que se deixe 
uma junta com 8 mm de profundidade, e a argamassa para o 
rejuntamento deverá ser composta de uma parte de cimento portland 
para duas partes de pó de quartzo e deve se iniciar o rejuntamento 24 
horas após o assentamento, adicionando água o suficiente para dar 
plasticidade à argamassa. Feito isso, a argamassa deve ser aplicada por 
meio de desempenadeira, removendo-se o excesso com a mesma 
desempenadeira em movimento diagonal em relação às juntas. O 
rejuntamento deve ficar cheio, compactado, polido e nivelado com a 
superfície das placas cerâmicas. Resíduos não devem ser deixados, 
tanto de argamassa ou de rejuntamento. Serão removidos ainda em 
estado úmido por intermédio de uma esponja umedecida sempre com 
água limpa. 
 
 
 
GRANITO & MÁRMORES 
Bastante usados em obras de alto padrão, as placas de granito e 
mármores possuem uma variedade muito grande de cores, permitindo 
as mais variadas opções de acabamento. 
 
 
 
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A superfície pode ser polida, lustrada, rústica ou levigada. 
O assentamento poderá ser feito com argamassa de cimento e areia, 
traço 1 : 2, para peças de pequenas dimensões. 
Há também a opção da fixação por meio de parafuso e bucha como 
reforço de fixação para as peças, porém as cabeças de parafusos ficam 
aparentes, dando um aspecto desagradável. 
Para placas de grandes dimensões há um sistema bem mais eficiente. 
Nesse processo as placas são encaixadas em suportes de aço 
galvanizado e aço inoxidável, fixos nas fachadas por meio de 
chumbadores ‘parabolt’, por uma ranhura no topo da placa. Esse 
sistema permite um ajuste para que as placas fiquem corretamente 
aprumadas entre si. É um sistema muito superior ao tradicional, pois 
elimina o uso de argamassa de assentamento, telas de fixação e 
regularizações. 
 
 
 
PASTILHAS 
Trata-se de um revestimento bastante difundido num passado recente e 
hoje em dia, porém que esteve durante um tempo um tanto em desuso. 
Por ser um produto durável e de preço mais acessível que outros tipos 
de revestimento, popularizou-se, sendo uma boa opção de acabamento. 
São pequenas peças de material coladas sobre papel grosso ou 
plástico, formando painéis que auxiliam sua colocação. As pastilhas se 
apresentam em duas dimensões: 2,5 x 2,5 cm ou 4 x 4 cm, podendo ter 
acabamento esmaltado ou não. 
Sua aplicação se faz sobre emboço ainda fresco. Depois se marca no 
centro da parede dois pontos de nível (nível de mangueira). Entre as 
marcas em nível estende-se a linha de pedreiro, que será batida contra 
a camada de argamassa pronta, marcando-se desta maneira o nível na 
 
 
 
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parede. Com auxílio do prumo, traça-se uma linha perpendicular à linha 
de nível, obtendo-se um esquadro perfeito que servirá de referência ao 
serviço de colocação das pastilhas. 
A aplicação já foi um processo um tanto complicado com o uso de um 
caixote onde se aplicava uma nata de cimento branco e depois se 
apoiava as pastilhas com o lado do papel grosso para cima. O prumo e 
o nível eram inclusive garantidos com o uso desse caixote como 
instrumento auxiliar na fixação do painel à parede. Hoje se faz a 
aplicação diretamente sobre a massa de fixação já na parede, 
observando-se as linhas de prumo e nível traçadas. 
Retiramos o papel grosso oufolha plástica após a colocação e secagem 
das placas fixadas. Caso a placa seja fixada em papel, o retiramos com 
a ajuda de uma solução de soda cáustica (250 g para 5 litros de água). 
Com o auxílio de uma brocha, molhamos o papel, no sentido de cima 
para baixo, até que fique bem úmido. Após 5 minutos e, com a ponta da 
colher de pedreiro ou uma espátula de aço, retira-se todo o papel com 
cuidado de não descolar as pastilhas. Os excessos de cola ainda 
presentes nas pastilhas retiram-se com uma lavagem de água. 
O rejuntamento é feito com nata de cimento branco, utilizando-se um 
rodo de borracha, sem cabo. Todas as juntas serão preenchidas não 
deixando excesso de nata sobre as peças. Depois de tudo seco, se 
limpa o pó com o auxílio de uma estopa úmida. 
A limpeza final é executada com uma solução de ácido muriático na 
proporção 5 : 1 (cinco partes de água para uma de ácido). 
 
 
 
PEDRAS DECORATIVAS 
Comumente usadas pra revestimento de muros, embasamentos e 
detalhes de fachadas ou paredes. São assentadas diretamente sobre a 
alvenaria, com argamassa de cimento e areia no traço 1 : 3. 
 
 
 
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Os tipos mais comuns são: granito, quartzo branco ou rosa, pedra 
mineira, pedra São Tomé, itacolomi e dolomita. 
 
 
 
NOTA IMPORTANTE: este material foi montado pelo professor e é meramente didático para o auxílio do estudo de seus alunos em sala de aula. Não deve ser 
reproduzido nem divulgado em hipótese alguma, por trata-se de uma obra composta também por apanhados de informações, de bibliografias e de apostilas técnicas de 
outros profissionais. 
 
 
 
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Prática de Obras 2 
8. INSTALAÇÃO PREDIAL DE ÁGUA 
 
Neste estudo serão abordados os seguintes trabalhos: 
 
 Captação; 
 Distribuição; 
 Águas pluviais; 
 Rede de esgoto. 
 
8.1. Captação – Água Fria – pode ocorrer uma de duas alternativas: 
 
 Em rede existente de distribuição de água na rua; 
 Não existindo, obtenção por perfuração de poço. 
 
Alimentação do reservatório 
Para qualquer das o primeiro objetivo é a alimentação do reservatório. 
Este normalmente está sobre o forro da edificação, por ser o mais 
indicado para sua colocação. A distribuição da água da caixa para os 
aparelhos será por gravidade. 
 
 
 
 
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Água de rede 
Quando a água é obtida via rede pública, obrigatoriamente, é feita pelo 
cavalete. Cavalete é o dispositivo que permite a colocação do 
hidrômetro, medidor de consumo d’água. O cavalete deverá estar 
abrigado. Este abrigo tem as seguintes medidas livres 80 x 80 x 30 cm 
(largura, altura e profundidade, respectivamente). 
 
 
 
A entrada será sempre com cano de ¾”. Em casos especiais será 
concedida entrada de maior diâmetro. 
Do cavalete, a água será levada para o reservatório, alimentando na 
passagem: 
 torneira de jardim e quintal; 
 torneira da pia da cozinha; 
 torneira para filtro (cozinha ou copa); 
 torneira de tanque. 
 
 
 
 
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Água de poço 
Quando a água é proveniente de poço, nosso objetivo imediato e único 
é a alimentação do depósito. Qualquer torneira alimentada pela bomba 
só receberia água com esta funcionando. A exceção são as torneiras de 
jardim para rega de plantas que alimentadas pela bomba terão maior 
 
 
 
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pressão. Neste caso, recomenda-se colocar um registro que vede a 
subida da água ao reservatório. 
 
 
O acionamento ideal para bomba é o elétrico, havendo outras soluções 
das quais a mais usada nas áreas rurais afastadas é o cata-vento. 
Existem também bombas manuais, cujo funcionamento é por alavanca 
em movimentos de vai-e-vem. 
 
 
 
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Das bombas elétricas destacam-se dois tipos principais: 
 
 centrífuga; 
 de pistão. 
 
A bomba centrífuga é de funcionamento com jato contínuo. As de uso 
domiciliar têm motor ¼ ou ⅓ de HP; tem altura máxima de sucção de 7 
m e de elevação de 21 m. Altura de sucção compreende a diferença de 
nível entre a superfície de água do poço e a bomba, elevação é a 
condução da água da bomba até o reservatório. O limite de sucção de 7 
m tem a desvantagem de que se o poço tiver uma profundidade maior a 
bomba deverá ser instalada no seu interior, dificultando consertos e 
reparos quando necessários. A vantagem desse tipo de bomba é que 
silenciosa, um fator importante para domicílios. Outra vantagem é que 
atende a torneiras de jardim por sê-la de jato contínuo. 
 
 
 
A bomba a pistão tem jato intermitente, logo não atende a alimentação 
direta de torneiras de jardim. Também apresenta ruído desagradável, 
porém sua grande vantagem está na capacidade de sucção muito maior, 
solucionando o problema de poços profundos. 
 
 
 
 
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De preferência a alimentação via bomba deve ser de um único 
reservatório. No caso de se alimentar dois (principal e secundário), 
teremos de usar um sistema de dois registros (R1 e R2). 
Para alimentar o principal, é necessário abrir o R1 e fechar o R2. Vice 
versa para a água da caixa secundária. Cuidado apenas para não deixar 
os dois registros fechados, pois levaria a queimar a bomba por não 
haver água circulante. 
 
 
 
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A ligação da bomba poderá ser por chave ou interruptor manual ou por 
automáticos especiais. Na ligação automática são colocados dois 
dispositivos, um no reservatório e outro na válvula do poço.o da bomba 
liga sempre que a água baixar de um determinado nível e se desliga 
quando o reservatório enche. 
 
 
 
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O automático do poço tem a função de só ligar a bomba quando o nível 
d’água estiver acima da válvula, protegendo a bomba de funcionar a 
seco e queimar. O uso de automático é pratico, porém arriscado, pois 
basta um mau funcionamento de um deles para que todo o sistema deva 
ser desligado. Automático do reservatório desligando = caixa vazia. 
Automático do reservatório não desligando = caixa transbordando e forro 
inundado. Automático do poço não desligando com nível baixo = motor 
da bomba queimado. Logo se conclui que vale o trabalho de acionar via 
chave ou interruptor para ligar ou desligar. 
 
NOTA IMPORTANTE: este material foi montado pelo professor e é meramente didático para o auxílio do estudo de seus alunos em sala de aula. Não deve ser 
reproduzido nem divulgado em hipótese alguma, por trata-se de uma obra composta também por apanhados de informações, de bibliografias e de apostilas técnicas de 
outros profissionais. 
 
 
 
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Prática de Obras 2 
8. INSTALAÇÃO PREDIAL DE ÁGUA – continuação 1 
 
8.2. Distribuição – Do reservatório aos aparelhos – existem dois 
sistemas básicos: 
 
 Por sangramento; 
 Por pendentes. 
 
Na verdade nenhum dos dois sistemas é indicado como solução 
adequada. O que normalmente se faz é um sistema misto onde pode 
tender mais para um ou para outro, de acordo com a necessidade do 
projeto. 
No sistema de distribuição por sangramento a saída da caixa d’água é 
única, se distribuindo sucessivamente a novas alimentações para cada 
um dos aparelhos. Esse sistema privilegia a economia de canalização, 
porém com baixa eficiência nos aparelhos. Bastaque se acione a 
válvula de descarga para que se comprometam todas as saídas de água 
nos outros aparelhos. 
 
Sistema de distribuição por pendentes compreende uma saída da caixa 
para cada aparelho. Um exagero e por isso não se aplica rigidamente. O 
 
 
 
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sistema é antieconômico pelo excesso de registros desnecessários e 
grande metragem de canalização. 
 
Na prática adotam-se os dois sistemas combinados (misto), havendo 
mais que uma saída da caixa d’água, mas também existindo algumas 
derivações no encanamento. Quanto mais o sistema misto tender para 
de pendentes, melhor será seu funcionamento, porém mais caro será o 
sistema pelo maior consumo de registros, tubos, conexões e mão de 
obra. 
 
 
 
 
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Fica a critério de cada profissional adaptar o sistema mais adequado à 
verba disponível. Uma boa norma é combinar, em cada saída da caixa, 
dois ou três aparelhos de uso não simultâneo e consumo econômico 
dentro do possível. 
A distribuição para cozinha (pia e filtro, no mínimo) deve estar sempre 
independente (saída própria), para que possa ser usada 
simultaneamente com as peças dos banheiros, em especial nos casos 
de construções de dois pavimentos, em que a cozinha está no térreo e o 
banheiro no superior, a abertura da torneira da pia roubaria toda a água 
dos aparelhos no caso de uma saída comum. 
 
 Eventualmente a cozinha poderá ter sua saída em comum com os 
aparelhos de um lavabo, caso esteja também no andar térreo. 
 
8.3. Água quente 
Um desejo e até uma necessidade em determinadas regiões é que se 
tenha a saída de água quente em certos aparelhos, em especial nos 
banheiros. Soluções não faltam, porém umas mais completas que as 
outras e também bem mais caras. 
As soluções mais usuais são encontradas com o gás e com a energia 
elétrica. 
 
 
 
 
 
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Resumo dos processos de aquecimento: 
 
Aquecimento a gás 
 
O sistema a gás de baixa pressão usa um aquecedor adequado, capaz 
apenas de fornecer água quente pelo próprio aparelho, não havendo 
distribuição pela canalização. Uma solução simples, porém incompleta. 
Devemos ter uma tubulação levando gás até onde será instalado o 
aparelho (cozinha ou banheiro). No aquecedor entrará gás e água, 
processando-se o aquecimento. 
Com o aquecedor a alta pressão, a solução será mais completa, pois a 
saída o aparelho se dará por canalização, conduzindo, sob pressão, a 
água aquecida para qualquer aparelho que se deseje. Os aparelhos 
normalmente atendidos serão: chuveiro, banheira e lavatório. 
O gás para esses aquecedores poderá ser o de rua, ou também o 
liquefeito fornecido em botijões. 
 
 
 
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Para que o sistema a gás com alta pressão funcione bem, é necessário 
que haja bom desnível entre ele e a caixa d’água, que deve estar a uns 
4 m acima do nível do piso do banheiro, evitando assim o 
superaquecimento ou o aquecedor se desligará automaticamente por 
insuficiência de vazão. 
O aquecimento central a gás (boiler) é um sistema altamente 
dispendioso e deverá ser colocado fora da casa para prevenir acidentes 
e é uma ampliação do sistema anterior. 
 
Aquecimento por energia elétrica 
O aquecedor central elétrico (boiler), geralmente é colocado no forro. 
Munido de um pequeno reservatório (50 a 200 litros) com revestimento 
refratário para manutenção do calor. Imerso na água do reservatório 
existe uma resistência envolta num tubo. É essa resistência , quando 
ligada, quem faz o aquecimento da água. A água vinda do reservatório 
entra no aparelho por baixo, saindo aquecida na sua parte superior. 
Esse sistema garante que só sairá água quente, quando esta puder ser 
substituída pela mesma quantidade de água fria. O que também garante 
que a resistência não venha a queimar. O aquecedor deve estar num 
nível abaixo ao reservatório para receber água por gravidade. 
 
Outro sistema que vem se vulgarizando é o de aquecedor solar. O 
sistema de aquecimento solar é composto por dois elementos básicos: o 
coletor solar, que aquece a água, e o reservatório térmico (ou ‘boiler’), 
 
 
 
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que armazena a água aquecida. A água circula entre o reservatório 
térmico e os coletores solares. Os coletores com superfície enegrecida 
captam o calor do sol e o transferem para a água que circula no interior 
da serpentina dos coletores solares. Aquecida, a água retorna ao 
reservatório térmico (boiler) e ali fica armazenada até que seja 
consumida. É preciso também haver uma caixa d'água fria para 
alimentar o reservatório térmico, podendo ser exclusiva (o que é mais 
recomendado) ou não. 
 
Lembremos que todos esses sistemas exigem cuidados sérios. Não 
devemos negligenciar em hipótese alguma as recomendações de 
instalação e segurança fornecidas pelos fabricantes. 
 
8.4. Dispositivo de emergência no reservatório 
As caixas d’água devem ter dois dispositivos de emergência, ladrão e 
saída de limpeza. O ladrão é uma saída na parte superior, acima do 
nível fixado pela boia, para permitir livre escoamento das águas quando 
a boia deixar de fechar no ponto fixado. Esse dispositivo evita que se 
inunde o forro. A saída de limpeza deve estar exatamente no fundo da 
 
 
 
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caixa para que por ela escoem os depósitos de impurezas quando se 
quer processar a sua limpeza. 
 
 
Essas duas saídas podem se encontrar, descendo posteriormente pela 
mesma tubulação, havendo um registro na saída de limpeza. Essa 
tubulação poderá descarregar no esgoto, na banheira, ou Box do 
chuveiro. 
 
Quando se processar a limpeza da caixa, todos os outros registros 
(outras saídas) devem estar fechados para que as impurezas só escoem 
pelo tubo de limpeza. Depois de terminada a limpeza, devemos 
 
 
 
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descarregar água por todos os aparelhos e torneiras para que alguma 
impureza que porventura tenha penetrado nos encanamentos não tenha 
tempo de constituir depósito. 
 
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reproduzido nem divulgado em hipótese alguma, por trata-se de uma obra composta também por apanhados de informações, de bibliografias e de apostilas técnicas de 
outros profissionais. 
 
 
 
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Prática de Obras 2 
8. INSTALAÇÃO PREDIAL DE ÁGUA – continuação 2 
 
 
 
8.5. Aparelhos Sanitários 
 
Resumo dos aparelhos mais utilizados, incluindo peças de embutir: 
Nos banheiros Nas cozinhas 
Na área de 
serviço 
Acessórios 
Banheira Pia com tampo Tanque Saboneteiras 
Lavatório Filtros Porta-papel 
Bacia Porta-toalhas 
Bidê Cabides 
Chuveiro 
Armário com 
espelho 
Ducha Exaustor 
 
Depósito de 
água* 
* caixas d’água sobre o forro. 
 
A escolha do tipo e modelo das peças ficará a cabo do proprietário ou 
do projetista. Ao construtor interessa apenas a definição do que foi 
escolhido para que possam ser deixados instalados as partes de 
alimentação e esgotamento das peças. 
 
Diâmetros da rede de alimentação das peças 
É definido no projeto de instalação hidráulica, bem como a posição de 
saída das tubulações. 
 
 
 
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Diâmetros das tubulações dos principais aparelhos: 
PeçasDiâmetros 
Bacia sanitária c/ válvula de 
descarga 
1 ½ 
Bacia sanitária c/ caixa de 
descarga 
½ 
Lavatório ½ 
Bidê ½ 
Chuveiro ½ ou ¾ 
Pia de cozinha ½ ou ¾ 
Tanque ½ 
Filtro ½ 
Torneira de jardim ½ 
Ramal domiciliar (pequenas 
residências) 
¾ 
 
Indicação da altura de saída para de cada aparelho (alimentação): 
Peças Altura dos tubos de alimentação (m²) 
Bacia sanitária 0,30 
Lavatório 0,60 
Banheira 0,50 
Bidê 0,15 
Chuveiro 2,10 a 2,30 
Pia da cozinha 1,20 
Tanque 1,20 
Filtro 1,80 
Torneira de jardim 0,75 
Caixa de descarga 2,20 
Caixa de descarga embutida 1,40 
Caixa acoplada 0,30 
Registro p/ banheira 0,80 
Registro p/ chuveiro 1,30 
Válvula de descarga tipo ‘Hydra’ 1,10 
 
 
 
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Indicação das distâncias recomendadas para as tubulações de 
esgotamento (medidas entre o centro das tubulações e parede acabada 
– bacias sanitárias e bidês, e do centro da tubulação de esgotamento e 
o piso acabado – pias de cozinha e lavatórios): 
Peças Distancias recomendadas 
Bidê 0,20 
Bacia sanitária c/ válvula de 
descarga 
0,26 
Bacia sanitária acoplada 0,22 
Bacia sanitária c/ caixa de 
descarga 
0,10 
Bacia sanitária c/ caixa de 
descarga acoplada 
0,10 
Lavatório 0,50 
Pia de cozinha 0,50 a 0,70 
Tanque 0,50 
 
 
8.6. Tubos e conexões 
 
Rede de água fria e água quente 
Os tubos e conexões para redes de distribuição de água fria e água 
quente em instalações prediais são de PVC, cobre e ferro galvanizado. 
Os mais utilizados nas tubulações e conexões, atualmente. São água 
fria: tubos de PVC e água quente: PVC ou cobre. 
Acontecem de construtoras utilizarem o cobre como instalação também 
de água fria, que apesar de gerar um custo inicial a mais, se faz bem 
menor quanto à manutenção. 
 
Tubos de PVC 
O PVC rígido é o material mais utilizado nas redes de distribuição de 
água fria e isso se deve principalmente às vantagens desse produto: 
facilidade na instalação, alta resistência à pressão, leveza, facilidade de 
manuseio e transporte, durabilidade, menor perda e baixo custo. 
Tubos de PVC para instalações prediais de rede de água fria são da 
linha hidráulica e classificam-se pelo tipo de junta: roscáveis e soldáveis. 
 
 
 
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O sistema de junta roscável (cor branca) permite a montagem e 
desmontagem das ligações, sem danificar os tubos e conexões, o que 
permite um reaproveitamento de todos os materiais utilizados em outras 
instalações. 
O sistema de junta soldada (cor marrom) não permite o 
reaproveitamento das conexões já utilizadas, porém tem a vantagem de 
transformar a junta em ponto de maior resistência e proporcionará maior 
rapidez de execução, dispensando algumas ferramentas especiais de 
aperto. 
 
 
Diâmetros das linhas hidráulicas: 
Tubos e conexões linha 
hidráulica soldada (mm) * 
Tubos e conexões linha 
hidráulica roscada (“) 
20 ½ 
25 ¾ 
32 1 
40 1 ¼ 
50 1 ½ 
75 2 
85 3 
100 4 
*os tubos são fornecidos em barras de 6 m de comprimento, c/ ponta e bolsa. 
 
 
 
 
 
 
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Execução das juntas (soldada e roscável) 
Os tubos deverão ser cortados com serras de ferro ou serrotes de 
dentes pequenos, perpendicularmente ao eixo longitudinal, para que 
sejam evitados vazamentos provocados pela má condição de soldagem 
ou dificuldade de corte da rosca. Após o corte dos tubos, as pontas 
deverão ser chanfradas com uma lima, sendo esta uma operação 
simples, porém importante para se obter um bom resultado. 
 
Materiais necessários (junta soldada): 
 Serra de ferro ou serrote 
 Lima meia cana murça 
 Lixa de água nº 320 
 Pincel 
 Papel absorvente 
 Solução limpadora 
 Solda para PVC 
 
A solda, quando aplicada na superfície dos tubos, dissolve uma 
pequena camada de PVC e, ao encaixarem-se as duas partes, ocorre a 
fusão das duas paredes, formando um único conjunto. Após 
devidamente esquadrejadas e chanfradas, deve-se tirar o brilho das 
paredes da bolsa e da ponta a serem soldadas para facilitar a ação da 
solda, utilizando-se a lixa nº 320. Só não lixe demais, para não criar 
folga entre o tubo e as bolsas. Limpar a ponta e a bolsa com a solução 
limpadora. A solda será sempre aplicada com pincel chato em camada 
bem fina e uniforme na bolsa, cobrindo seu terço inicial e outra camada 
um pouco mais larga na ponta do tubo. Encaixar em seguida a ponta da 
bolsa até que se atinja o seu fundo, sem torcer. O excesso de solda 
deverá ser removido, utilizando papel absorvente. Deixar secar para 
utilizar o tubo. 
Para instalar os registros ou conexões galvanizadas na linha de PVC, 
utiliza-se o adaptador ou luva SEM (rosca metálica) nas peças 
metálicas, utilizando-se a fita veda-rosca para garantir a estanqueidade. 
Em seguida, soldam-se as pontas dos tubos nas bolsas das conexões 
de PVC. 
 
 
 
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Importante: nunca fazer a operação inversa, pois o esforço de torção 
pode danificar a soldagem, ainda em processo de secagem. Nunca se 
deve utilizar a tubulação imediatamente e se deve aguardar ao menos 
uma hora para a secagem. 
No caso de submeter a tubulação a teste de pressão, aguardar pelo 
menos 24 horas. 
 
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reproduzido nem divulgado em hipótese alguma, por trata-se de uma obra composta também por apanhados de informações, de bibliografias e de apostilas técnicas de 
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Prática de Obras 2 
8. INSTALAÇÃO PREDIAL DE ÁGUA – continuação 3 
 
Execução das juntas (soldada e roscável) – continuação 
No caso de junta roscada, são necessários os seguintes materiais: 
 Serra ou serrote 
 Morsa 
 Tarraxa para tubos de PVC 
 Fita veda-rosca 
 
A preparação do tubo é igual àquela para juntas soldáveis. 
O tubo deve ser fixado na morsa, evitando o excesso de aperto que 
pode causar deformação do tubo e consequentemente defeito na rosca. 
Em seguida, encaixar a tarraxa pelo lado da guia na ponta do tubo. Faça 
uma pequena pressão na tarraxa, girando uma volta para a direita e 
meia volta para esquerda. Repetir essa operação até atingir o 
comprimento da rosca desejada, sempre mantendo a tarraxa 
perpendicular ao tubo. 
Para garantir a vedação e também evitar o enfraquecimento do tubo, o 
comprimento da rosca no tubo deve ser ligeiramente menor que o 
comprimento da rosca interna nas conexões. Antes da utilização, a 
rosca deve ser limpa e envolta com fita veda-rosca. 
 
 
 
 
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Conexões de PVC 
As conexões tem finalidade de possibilitar a união de tubos de diâmetros 
iguais ou diferentes e tubos de materiais diferentes. As mais utilizadas 
são: 
redução cruzeta luva curva joelho 
cap junção nípel plugue tê 
 
 Adaptador = conexão que permite a conexão de tubos de 
PVC soldáveis aos registros, válvulas e torneiras. 
 Redução = conexão que permite unir dois tubos ou peças 
de diâmetros diferentes. 
 Cap (terminal) = conexões utilizadas nas pontas dos tubos por 
não possuírem continuidade ou ligações com outros tubos, peças ou 
conexões. 
 Cruzeta = conexão que permite a união de quatro tubos 
de mesmo diâmetro. 
 Curva = conexão que permite o desvio da direção de um 
tubo a 45° ou 90°. Diferenciam-se dos joelhos porque possuem um raio 
de curva maior, também chamados de “curva larga”. 
 Joelho = conexão que permite o desvio de direção de 
tubo, a 45° ou 90°, também conhecidoscomo cotovelos ou curvas. 
 Junção = conexão que permite a instalação de um tubo, 
derivando-se do tubo principal de 45°. 
 Luva = conexão que permite unir dois tubos de 
diâmetros iguais. 
 Nípel = conexão que permite a união de dois tubos ou 
peças de mesmo diâmetro com rosca interna. 
 Plugue = conexão que permite a vedação temporária da 
ponta de um tubo ou de uma conexão. As conexões existem nos tipos 
roscáveis. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Detalhes de ligação de alguns aparelhos (água fria) 
 Lavatório 
 
 
 Válvula de descarga e Chuveiro 
 
Os tubos de cobre e ferro galvanizado são trabalhados da mesma forma 
que os tubos de PVC roscáveis e as conexões existentes apresentam a 
mesma utilização das de PVC. 
 
 
 
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Cobre – tubos e conexões 
 
 
Ferro Galvanizado – tubos e conexões 
 
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Prática de Obras 2 
8. INSTALAÇÃO PREDIAL DE ÁGUA – continuação 4 
 
Esgoto 
Essa rede destina-se ao recolhimento das águas servidas. É de grande 
importância e responsável por muita preocupação em obras prontas, 
quando não bem planejada e executada. 
Fatores positivos, que influem numa rede bem planejada e executada: 
 Bitola suficiente para a vazão de cada ramal e tronco; 
 Declividade adequada para um bom escoamento; 
 Eliminação, tanto quanto possível, de curvas acentuadas 
(preferível substituir curva de 90° por duas de 45°); 
 Abundância de caixas de inspeção e desentupimento 
(principalmente nas curvas); 
 Base sólida para apoio das manilhas ou tubos, evitando recalques; 
 Boa conexão entre manilhas ou tubos para que vazamentos não 
venham a solapar o terreno sob a rede provocando recalques; 
 Se possível, colocação de caixa de gordura na cozinha, evitando 
que substâncias gordurosas ocasionem depósitos nas paredes internas 
dos tubos diminuindo o diâmetro; 
 Uso adequado da rede, não jogando nas bacias panos ou papéis 
que não sejam apropriados. 
A rede é formada de ramais e um tronco. Os ramais se destinam a 
recolher as águas servidas dos aparelhos, levando-as para o tronco; 
este encaminha-se para a rua ou para a fossa. Os tubos que compõem 
o chamado esgoto secundário e os tubos de ventilação são de PVC. Os 
tubos que compõem o esgoto primário poderão ser de PVC ou manilha 
de barro vidrado. 
 
Tubos de PVC – linha sanitária 
Esses tubos e conexões permitem a opção ao sistema de acoplamento, 
como: juntas elásticas com anel de borracha ou junta soldada. 
A bolsa de dupla atuação, nos diâmetros 50, 75 e 100 mm, permite 
escolher o sistema de junta mais adequado para cada situação da obra. 
 
 
 
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Os tubos são fabricados com ponta e bolsa ou ponta lisa, na cor branca, 
nos comprimentos de 3 a 6 m. 
 
A canalização de esgoto, que vai desde a ligação ao coletor público ou 
da fossa séptica até as caixas sifonadas, tem o nome de “esgoto 
primário”, que é caracterizado pela existência de gases provenientes da 
decomposição dos materiais orgânicos. 
O restante dos trechos, depois de cada caixa sifonada até os pontos de 
ligação às peças sanitárias ou aos ralos secos, tem o nome de “esgoto 
secundário”, em que não há a presença de gases. 
 
 
 
A função da caixa sifonada é a de desconectar o esgoto secundário do 
esgoto primário por uma camada d’água, chamado de “fecho hídrico”. 
Para garantir a eficiência do sistema, a lamina de água do fecho hídrico 
deter no mínimo 5 cm. A importância do sistema de ventilação numa 
canalização é a de proteger o fecho hídrico, compensando a variação de 
pressão interna da tubulação. 
 
 
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Quando ocorre a descarga de um vaso sanitário, movimenta-se grande 
volume de água em alta velocidade. Isto pode provocar a formação de 
um vácuo na tubulação e pode succionar a água do fecho hídrico. Outro 
fenômeno é o rompimento do fecho por aumento da pressão interna da 
tubulação. 
Para evitar esses problemas é necessário uma tubulação que compense 
essas variações de pressão interna. A tubulação que protege o fecho 
hidráulico tem o nome de “tubulação de ventilação” e deve estar 
localizada entre o vaso sanitário e a caixa sifonada. 
 
 
 
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Para permitir a opção entre a junta soldada e a junta elástica, a bolsa 
dos tubos sanitários e das conexões destinada a esgoto primário, 
apresenta dois diâmetros internos. Na extremidade inicial, numa faixa de 
3 cm, o diâmetro é menor e no meio desta área existe um sulco para 
alojar o anel de vedação. 
 
No fundo da bolsa, o diâmetro é um pouco reduzido e se destina a junta 
soldada. A escolha do sistema de junta é feita de acordo com sua 
preferência, porém, em certos casos, exige-se a junta elástica, tais 
como: 
 Coluna de ventilação 
 Coluna de captação de águas pluviais 
 
São esses locais que sofrem grandes variações de temperaturas e a 
consequente movimentação da tubulação ou ponto de concentração 
dos esforços. Nunca se deve utilizar os dois sistemas de juntas numa 
mesma bolsa. 
 
 
NOTA IMPORTANTE: este material foi montado pelo professor e é meramente didático para o auxílio do estudo de seus alunos em sala de aula. Não deve ser 
reproduzido nem divulgado em hipótese alguma, por trata-se de uma obra composta também por apanhados de informações, de bibliografias e de apostilas técnicas de 
outros profissionais. 
 
 
 
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Prática de Obras 2 
9. – Contratos 
 
Quando um cliente recorre a um técnico para execução de um 
determinado serviço, estabelece-se automaticamente um contrato entre 
ambos. Mesmo na ausência de documentos, podemos dizer que existe 
um contrato, neste caso, verbal. 
A experiência mostra que as incertezas da época trazem a necessidade 
de uma troca de documentos, evitando acidentes e incidentes durante o 
tempo, relativamente longo, de vigência do contato; de fato, não 
podemos comparar o tempo de duração de uma obra com o de um 
simples conserto de uma torneira; para obras de certa duração, o 
contrato evitará uma longa série de dúvidas, de diferenças de 
interpretação e também de incidentes (inclusive no caso de falecimento 
de uma das partes). Por isso, quando um engenheiro exige de um 
cliente a assinatura de um contrato, não está demonstrando 
desconfiança de sua pessoa, mas sim agindo com prudência. 
Qualquer contrato é, basicamente, composto dos seguintes itens: 
a. Indicação e descrição das partes contratantes; 
b. Obrigações (deveres) e direitos de cada uma das partes 
contratantes; 
c. Indicação de valor do contrato, multa para a parte que não 
respeitá-lo, sede, data e assinatura. 
 
Modalidade de contrato 
 
De maneira geral, podemos dizer que existem apenas dois tipos de 
contrato: 
a. Por administração; 
b. Por empreitada; 
c. Preço-alvo. 
Na prática, esses, três primeiros básicos, poderão ser combinados, 
surgindo um quarto tipo de contrato: 
d. O misto. 
 
 
 
 
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No contrato por administração, o técnico só negociará a sua atividadeprofissional; desta forma, não assinará responsabilidade por 
quantidades e preços de materiais e mão de obra empregados na 
construção. 
No contrato por empreitada, a responsabilidade do profissional será 
total sobre os custos envolvidos. Ele deverá entregar a obra pronta, a 
troco de uma importância total previamente combinada. 
O misto fica um ponto intermediário entre as modalidades anteriores, 
isto é, serão estipuladas condições em que o preço global poderá ser 
alterado: aumento ou diminuição do preço dos materiais, criação de 
novas imposições legais que onerem o trabalho ( aumento de salário-
mínimo etc.). o contrato misto é variável, podendo aproximar-se mais do 
tipo por administração ou por empreitada, conforme se aumente ou 
diminua a responsabilidade econômica do profissional. 
No contrato com preço-alvo, o profissional fixa o valor mínimo do custo 
da obra (como num contrato por empreitada), entretanto fixa um prêmio 
para o caso de conseguir atingir um valor menor que o preço 
preestabelecido (alvo). Esse valor geralmente é definido como 50% da 
economia obtida. 
Cada um dos modelos poderá sofrer pequenas variações, dependendo 
de acordos entre as partes. 
 
NOTA IMPORTANTE: este material foi montado pelo professor e é meramente didático para o auxílio do estudo de seus alunos em sala de aula. Não deve ser 
reproduzido nem divulgado em hipótese alguma, por trata-se de uma obra composta também por apanhados de informações, de bibliografias e de apostilas técnicas de 
outros profissionais. 
 
 
 
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Prática de Obras 2 
10. – Contratos (continuação) 
 
Características principais 
 
Contrato por administração 
 
a. O profissional será remunerado com uma porcentagem sobre a 
despesa total da obra. 
b. O proprietário custeará todas as despesas, no valor da época em 
que feitas. 
c. O orçamento prévio, feito pelo profissional, terá apenas valor 
informativo, não constituindo termo de responsabilidade sobre 
qualquer dos itens: quantidade e custo unitário de materiais e 
custo de mão de obra. Portanto, orçamentos apresentados por 
dois ou mais profissionais não servem para estabelecer 
concorrência, já que nada significa a apresentação de um custo 
total inferior. 
 
Contrato por empreitada 
 
Nesse contrato o profissional se obriga a construir determinada obra por 
um preço também determinado. Poderá haver alteração do preço desde 
que haja alteração no serviço a ser executado e com entendimentos 
prévios entre as partes. Por isso, conclui-se que são partes importantes 
desse contrato, as plantas e o memorial descritivo, pois descrevem 
satisfatoriamente o que vai ser construído. Não se pode fixar um preço à 
execução de um objeto indeterminado; por isso num contrato de 
administração, essas peças são anexadas ao contrato apenas para 
completá-lo, enquanto que na empreitada são as peças principais. 
Nessa modalidade, portanto, além das indicações das partes, as 
obrigações e deveres de cada uma, as importâncias a serem pagas e a 
forma parcelada do pagamento juntam-se às plantas e ao memorial 
descritivo completo. 
 
 
 
 
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Providências importantes nos contratos por empreitada: 
 
a. Memorial descritivo bem detalhado e completo; 
b. Condições de pagamento que permitam comprar materiais com 
antecedência, prevenindo-se, dessa forma, contra aumentos de 
preço; 
c. Indicação clara e firma no contrato, de que qualquer modificação 
nos planos originais só poderá ser feita após acordo entre as 
partes, para o novo preço que vigorar. Esse acordo deverá ser 
feito por escrito, assinado por ambas as partes e anexado ao 
contrato original. Não esquecer de combinar a forma de 
pagamento para esses acréscimos de preços; 
d. Efetuar contrato de mão de obra e geral e para compra de 
materiais, logo após a assinatura de contrato, para garantir os 
preços vigentes que servirão de base para o orçamento; 
e. Nas conversações com o cliente, não admitir absolutamente que 
pequenas alterações no serviço possam ser feitas sem cálculo e a 
redação de anexos no contrato para o reajuste de preço, e 
também, em hipótese alguma, deixar esses cálculos para o final 
da obra (letra c); 
f. Os trabalhos da obra devem ser feitos em ritmo acelerado, já que, 
com atrasos os preços dos materiais poderão sofrer alta e a mão 
de obra também encarecerá. 
 
Contrato a preço-alvo 
 
Nesta modalidade, os procedimentos são os mesmos de um contrato de 
empreitada, todos os cuidados e procedimentos são idênticos, 
entretanto, após a definição do custo da obra, as partes acordam um 
prêmio para o profissional responsável, caso consiga uma economia no 
custo total da obra. 
Geralmente, o prêmio é de 50% do valor da economia, sendo assim as 
duas partes se beneficiam do esforço de contratação. 
Esta modalidade é interessante, pois, numa obra por empreitada, a 
elaboração do orçamento, o engenheiro geralmente é conservador nos 
custos, pois após combinado o preço, o valor da construção passa a ser 
 
 
 
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responsabilidade do contratado. Com esta modalidade, o engenheiro ou 
profissional responsável pode ter essa atitude conservadora, entretanto, 
caso consiga custos menores na época da contratação, repassará parte 
desse desconto ao cliente. 
É uma modalidade que está em plena evolução, sendo muito usada, 
pois reflete uma boa vontade de atingir o melhor resultado financeiro do 
empreendimento. 
 
Contrato misto 
 
Esse contrato se dá quando o profissional se responsabilizar 
parcialmente pelo custo de determinado setor da obra. Os exemplos 
mais comuns do sistema misto ocorrem quando o engenheiro se 
compromete a construir por um preço fixo, desde que: 
 
a. Os salários dos operários não sofram aumentos durante os 
trabalhos; 
b. Os preços dos materiais também não sofram variações; neste 
caso, também será feito reajuste; isso quer dizer que a 
responsabilidade assumida é apenas com a quantidade de 
material e não com o custo. 
 
Poderá haver também sistema misto quando o próprio engenheiro se 
torna um empreiteiro da mão de obra, cabendo ao cliente o risco de 
variação de preços apenas do material, já que os trabalhos são 
contratados por preço fixo. O sistema misto é o mais freqüente em obras 
públicas, quase que o único possível. 
 
 
 
 
NOTA IMPORTANTE: este material foi montado pelo professor e é meramente didático para o auxílio do estudo de seus alunos em sala de aula. Não deve ser 
reproduzido nem divulgado em hipótese alguma, por trata-se de uma obra composta também por apanhados de informações, de bibliografias e de apostilas técnicas de 
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Prática de Obras 2 
11. – Contratos com mão de obra 
 
Nos trabalhos de uma construção, temos a necessidade de estabelecer 
contratos com operários de diferentes especialidades: pedreiros, 
encanadores, eletricistas, carpinteiros, pintores etc. A lista é bastante 
longa, principalmente quando ingressamos nos trabalhos de 
acabamento, em que aparecem graniteiros, estucadores, limpadores, 
raspadores etc. 
Em princípio, duas são as formas principais de contrato com os 
operários: 
a. Por hora; 
b. Por tarefa. 
 
Contrato por hora 
 
Os operários, trabalhando por hora, poderão ser contratados pelo 
proprietário ou pela construtora. 
No primeiro caso, o escritório funcionará apenas como fiscal e 
controlador da mão de obra e o proprietário se transformará em 
empregador. Devendo, portanto, registrar-se como tal junto aos órgãos 
competentes: INSS e Ministério do Trabalho. 
No segundo caso, o empregador será o escritório da construtora,cabendo, portanto, a este toda a responsabilidade perante as 
repartições. 
A situação do escritório de construções para com o cliente ou 
proprietário será a de um empreiteiro que, previamente, deverá elaborar 
um contrato especificando as condições. 
 
Contrato por tarefa 
 
Os operários, trabalhando por tarefa, terão um regime de empreitada 
entre eles e o cliente, ou entre eles e a construtora. O operário funciona 
como contratado e o proprietário como contratante, nos casos de 
construção por administração. Nos casos de construção por empreitada, 
 
 
 
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o engenheiro ou o escritório ocupará o lugar do cliente como 
contratante. 
É impraticável o contrato individual com cada operário, por isso, eles 
serão agrupados conforme a sua especialidade. 
Assim, aparece como chefe de um grupo aquele que se transforma em 
responsável pelo contrato, recebendo o nome de empreiteiro. Caberá, 
pois, a este toda a ligação com o escritório e toda a responsabilidade 
perante os órgãos controladores do trabalho (INSS, MT etc.). 
Geralmente o empreiteiro é um antigo operário que, pelas suas 
qualidades, sobressaiu entre os demais. 
Já aparecem, agora, mestres saídos de escolas profissionais de 
tecnologia que, esperamos, irão melhorar o nível dessa classe 
profissional. 
Estabelecem-se assim diversos contratos entre cliente ou o escritório, 
de um lado, e os empreiteiros das diversas especialidades do outro. 
Na prática, quaisquer das modalidades sendo aplicada, as vantagens 
variam de acordo com o maior ou menor desenvolvimento do escritório 
que a executa. 
Numa obra de grande porte, onde a necessidade de trabalho será de 
centenas de operários, será quase impossível encontrar um empreiteiro 
para se responsabilizar por tal quantidade, que naturalmente envolve 
risco e o emprego de grande capital. Nesses casos, portanto, não 
haverá outra solução senão a contratação dos operários por hora. 
Para obras menores, onde os grupos poderão ser bem caracterizados 
em suas especialidades, o sistema mais vantajoso, quer para o cliente 
quer para o engenheiro, será o de empreitada. 
Em obras pequenas, a remuneração do escritório de construção não 
comporta a permanência constante de fiscal de obra. Assim, operários 
trabalhando por hora poderão ficar ociosos, apresentando baixo 
rendimento. 
Um cálculo simples (valores hipotéticos) poderá exemplificar: em uma 
construção de 200 m2, o custo total provável será: 200 x R$ 1.000,00 = 
R$ 200.000,000; com porcentagem de 12% de administração, o 
escritório receberá sobre os R$ 200.000,00 = R$ 24.000,00 e a obra terá 
duração de 10 meses. 
 
 
 
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Para pagar um bom fiscal de obra, despenderemos cerca de R$ 
12.000,00 (10 meses a R$ 1.200,00), o que será um absurdo, além do 
fato de, talvez, ser necessário um segundo fiscal para fiscalizar o 
primeiro. 
Nas empreiteitadas de mão de obra, o empreiteiro terá todo o interesse 
de fazer seus operários contratados renderem o máximo. 
Com a construção de uma residência, toda a mão de obra poderá ser 
empreitada, sendo comum a divisão nos seguintes empreiteiros: 
1 Pedreiro: encarregado de todos os trabalhos de pedreiro, 
excluídos aqueles especializados, tais como: canteiro (colocador de 
pedras), graniteiro (encarregado dos pisos e revestimentos de granilito) 
etc. 
2 Carpinteiro: encarregado em confeccionar as formas de concreto 
armado, do madeiramento para forros, da estrutura de telhados, e da 
colocação das esquadrias de madeira. 
3 Encanador: encarregado dos trabalhos de hidráulica em geral 
(distribuição de água, rede de esgotos, funilaria de telhado, condutores, 
águas pluviais e ligação de gás). 
4 Eletricista: encarregado das instalações de luz (força) e telefone. 
5 Pintor: encarregado dos trabalhos de pintura em geral. 
6 Limpador e raspador: encarregado da limpeza final e raspagem 
de pisos de madeiras (tacos, tabuas corridas etc.). 
Além desses, que são os mais comuns e cujos trabalhos envolvem 
maior número de operários, surgem aqueles que executam trabalhos 
ainda mais especializados e que não estão em todas as obras – 
marmoristas, graniteiros, estucadores (trabalhos com gesso), canteiros 
(colocadores de revestimentos e pisos de pedras) etc. 
 
NOTA IMPORTANTE: este material foi montado pelo professor e é meramente didático para o auxílio do estudo de seus alunos em sala de aula. Não deve ser 
reproduzido nem divulgado em hipótese alguma, por trata-se de uma obra composta também por apanhados de informações, de bibliografias e de apostilas técnicas de 
outros profissionais. 
 
 
 
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Prática de Obras 2 
12. – Contrato entre o cliente e o empreiteiro para mão de obra de 
pedreiro 
 
Quando pretendemos entregar os trabalhos de obra para 
subempreiteiros; o principal contrato é para serviços de pedreiro; 
primeiro, porque é o que tem mais serviços e segundo, porque é o 
empreiteiro que mais tempo permanece na obra. É o que, na maioria 
dos casos, inicia a obra e nela permanece até os seus últimos trabalhos 
e, durante esse período, não interrompe um dia sequer sua atividade. 
Por esse motivo, o pedreiro pode ser considerado como preposto do 
engenheiro, ou mestre geral, e serve de coordenador para todos os 
trabalhos, inclusive aqueles de outros empreiteiros: encanadores, 
eletricistas etc. 
No título de seu contrato deve constar as características de localização 
do serviço, nomes e endereços do contratante (proprietário) e do 
contratado (empreiteiro); convém ainda especificar os números de 
registro da empreiteira na prefeitura (para o pagamento do ISS – 2% 
sobre o total), no Ministério da fazenda, do CPF e no INSS. 
Durante a execução da obra, devemos exigir que o empreiteiro exiba 
comprovante de quitação com o INSS, pois o critério usado por esse 
instituto é irrevogável para com o proprietário, isto é, sempre que o 
empreiteiro não efetuar os pagamentos devidos, o proprietário será 
responsabilizado pela dívida. Caso não pague, não receberá no final da 
obra a devida quitação, sem a qual não poderá registrar o imóvel recém-
construído nos cartórios do registro de imóveis. A falta desse registro 
impossibilita venda e aluguel do imóvel. 
Na descrição do serviço, devemos dar preferência às especificações 
numeradas com frases curtas e precisas, evitando mal-entendidos. 
Devemos lembrar que as plantas de obra fazem parte do contrato e, por 
isso, não há necessidade de mencionar medidas em geral e descrever 
detalhes exagerados, que constarão nos desenhos. 
Nesse contrato, ao empreiteiro caberá o fornecimento de 
madeiramentos para andaime e as ferramentas para a sua própria 
atividade, inclusive betoneira, se houver necessidade. 
 
 
 
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Preço e condições de pagamento. A citação de um preço fixo é o que 
caracteriza esse contrato como de empreitada; as condições de 
pagamento podem ser mais bem discriminadas. Mesmo que seja feita a 
menção de parcelas conforme o andamento do serviço, como por 
exemplo, e tratando-se de construção de um só pavimento, sugerimos 
as seguintes parcelas: 
1. No respaldo dos alicerces 10% 
2. No respaldo do telhado 20% 
3. Na cobertura do telhado 10% 
4. Toda a obra com revestimento grosso e fino 15% 
5. Com todos os pisos prontos 10% 
6. Com todos os revestimentos especiais* 10% 
7. Na conclusão total dos serviços 15% 
8. Quinze dias após a entrega dos serviços, prestação final 20% 
*azulejos, pastilhas etc. 
 
Com esse parcelamento, consegue-se um duplo objetivo: o empreiteiro 
estará recebendo pagamentos pouco inferiores ao serviço executado,sem ser obrigado a empatar grande capital, já que, em geral é pessoa 
ou empresa com pouca capacidade financeira. 
Verificando-se os subtotais recebidos e acumulando-os, temos: 
a. No respaldo dos alicerces: 10%; 
b. No respaldo do telhado, portanto com toda a alvenaria levantada: 
30%; 
c. Com a obra coberta: 40%; 
d. Com todo revestimento de cal (cimento) e areia pronto: 55%; 
e. Com todos os pisos e revestimentos especiais prontos: 75%. 
Nesse ponto, a obra estará com os trabalhos de mais importância 
já concluídos, porém falta uma série de pequenos remates, que 
nos obrigam assegurar uma parcela de 25% para a conclusão; 
f. Na entrega dos trabalhos, o empreiteiro deverá receber ainda 
25%, porém a prudência manda efetuar o pagamento de 15%, 
guardando os restantes 10% por um pequeno prazo (cerca de 15 
dias), tempo necessário e suficiente para verificação e efetuar 
experiências diversas. É um meio de cobrirmos a necessidade de 
pequenos consertos e remates logo após a entrega da obra. 
 
 
 
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Outro tipo de contrato parcela ainda mais os pagamentos, sempre tendo 
em vista a ausência de capital por parte dos empreiteiros modestos: 
1ª parcela =5% abertas as valas dos alicerces, concluídas as 
brocas e concretada a sapata corrida; 
2ª parcela = 5% alicerces prontos e impermeabilizados; 
3ª parcela = 5% paredes do andar térreo na altura do 1º andaime 
(1,5m); 
4ª parcela = 5% paredes no nível da laje; 
5ª parcela = 5% laje pronta; 
6ª parcela = 5% paredes no nível do 1º andaime acima da laje; 
7ª parcela = 5% paredes no nível do telhado; 
8ª parcela = 10% telhado e forro prontos; 
9ª parcela = 15% massa grossa e fina, interna e externamente, e 
também azulejos prontos; 
10ª parcela = 20% todos os pisos prontos e com todas as partes de 
embutidos nos devidos lugares para os trabalhos 
de eletricista, com os fios passados nos 
condutos, e o de encanador; 
11ª parcela = 10% obra pronta; 
12ª parcela = 10% 20 dias após. 
 
Prazo de início e de entrega dos trabalhos 
A fixação do prazo para início e entrega dos trabalhos é necessário, 
para evitar o prolongamento exagerado da obra, por 
desleixo ou incapacidade do empreiteiro. No entanto, 
não devem ser levadas com rigidez as palavras do 
contrato; tais palavras são mais de advertência e aviso. 
Quanto às assinaturas no contrato, apenas as assinaturas do 
contratante (proprietário) e do contratado (empreiteiro) 
são indispensáveis; o engenheiro ou empresa 
construtora quando assina, apenas o faz como 
testemunha. 
 
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