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Aula 01
CBM-ES (Soldado) Biologia - 2022
(Pós-Edital)
Autor:
André Vieira Peixoto Davila
14 de Abril de 2022
15973785777 - Marcos Alves de Souza
 
 
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Sumário 
1 – As células organizadas em tecidos ............................................................................................................... 2 
1.1 Conceitos básicos em histologia ................................................................................................................ 3 
2 – Tecido Epitelial ............................................................................................................................................. 5 
2.1 – O Epitélio de revestimento, ou simplesmente epitélio. ........................................................................... 6 
2.2 – As Glândulas. ...................................................................................................................................... 13 
3 – O Tecido Conjuntivo ................................................................................................................................... 18 
3.1 – Tecido conjuntivo propriamente dito. ................................................................................................... 20 
3.1.1 – Tecido conjuntivo frouxo ............................................................................................................... 22 
3.1.2 – Tecido conjuntivo denso. ............................................................................................................... 22 
3.2 Tecidos conjuntivos especiais .................................................................................................................. 24 
3.3 – O tecido conjuntivo fluido. ................................................................................................................... 26 
3.4 – O tecido conjuntivo de sustentação – ossos e cartilagens. ................................................................... 28 
Cartilagens ................................................................................................................................................ 28 
Ossos ......................................................................................................................................................... 30 
4 – O Tecido Muscular ...................................................................................................................................... 34 
4.1 – Músculo Estriado Esquelético ................................................................................................................ 35 
4.2 – Músculo cardíaco – o músculo do coração. .......................................................................................... 36 
4.3 – Músculo liso. ......................................................................................................................................... 37 
5 – Tecido Nervoso ........................................................................................................................................... 38 
6 – Exercícios Comentados ............................................................................................................................... 44 
7 - Questões propostas ..................................................................................................................................... 48 
8 - Gabarito ..................................................................................................................................................... 61 
 
André Vieira Peixoto Davila
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1 – AS CÉLULAS ORGANIZADAS EM TECIDOS 
 
 Em nosso corpo há trilhões de células, organizadas em cerca de 200 tipos especializados diferentes. 
Com a ação da evolução, a seleção natural favoreceu as células que se organizavam em grupos e 
compartilhavam funções específicas, pois elas conseguiam manter seu ambiente interno com maior 
estabilidade, em relação às células que viviam sozinhas. 
 Portanto, depois de sua concepção (a fecundação dos ovócitos), as células se diferenciam e se 
especializam formando tecidos, que irão se agrupar formando nossos órgãos. Essa especialização ocorre 
em praticamente todos os organismos multicelulares, mas vamos focar aqui nos tecidos humanos, cujas 
características são compartilhadas entre muitos animais. Podemos definir os tecidos como sendo formados 
por famílias de células que compartilham características morfológicas, estruturais e funcionais. Com 
exceção do sistema nervoso, que é formado quase integralmente por tecido nervoso, todos os demais 
sistemas e órgãos do corpo são formados por misturas dos tecidos que iremos estudar. Veja na imagem 
abaixo um exemplo marcante! 
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Figura 1: Corte histológico da língua, mostrando diferentes tecidos que formam o órgão. Fonte: https://mol.icb.usp.br/index.php/1-B-3-
tecido-epitelial-de-revestimento/. 
 
 Há quatro tipos de tecidos humanos que precisamos conhecer e que são classificados quanto às 
duas morfologias, funções, localizações e origens embriológicas. São eles: tecido epitelial, tecido 
conjuntivo (também conhecido como conectivo), tecido muscular e tecido nervoso. Eles formam 
basicamente todos os órgãos e sistemas de nosso corpo. Essa classificação é didática e bastante prática, 
mas com o desenvolvimento do conhecimento histológico e citológico, verificou-se que ela pode por vezes 
engessar o estudo de células específicas. Por exemplo, acreditava-se anteriormente que somente glândulas 
apresentavam células secretoras em sua composição, o que atualmente se sabe não ser uma exclusividade 
deste tipo de tecido. 
 Antes de iniciarmos, precisamos entender as técnicas que são utilizadas nos estudos de histologia. 
 
1.1 Conceitos básicos em histologia 
 
 A observação de tecidos ocorre sobre lâminas de vidro que recobrem uma fina fatia de tecido, que 
mede entre 5 e 10 micrometros de espessura, coberta por uma lamínula. Essa fatia de tecido é fixada e 
corada para que se gere contraste com a luz permitindo diferentes tipos de visualizações. A esse aparato se 
dá no nome de preparação histológica. 
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 A fixação pode ocorrer por congelamento (método físico) ou pela imersão em solução de 
formaldeído (método químico) após os quais se corta o tecido em um aparelho denominado micrótomo. 
Estes cortes são chamados de cortes histológicos. 
A coloração mais comumente utilizada nos cortes histológicos é a de Hematoxilina e Eosina (HE). A 
hematoxilina atua como corante básico e a eosina como corante ácido, permitindo distinguir núcleos e 
citoplasmas. Os núcleos coram em azul escuro ou roxo e o citoplasma rosa. 
São outros tipos de corantes histológicos: 
 
• Corantes básicos ou catiônicos (+) ligam-se a moléculas com carga negativa como o DNA e o RNA (-) 
Basofilia - estrutura corada é basófila (núcleo, ácidos nucleicos, retículo endoplasmático rugoso, 
matriz extracelular da cartilagem). Exemplo: azul de metileno, azul de toluidina, hematoxilina, orceína, 
lugol, verde-jánus B, violeta de genciana. 
• Corantes ácidos ou aniônicos (-) ligam-se a moléculas com carga positiva (+) como proteínas 
presentes no citoplasma. 
Acidofilia - estrutura corada é acidófila ou eosinófila (citosol, mitocôndrias, fibras colágenas). 
Exemplo: Eosina, ácido periódio Schiff (PAS) e ácido ósmico. 
• Neutros efeito tintorial sobre as estruturas que não revelam acidofilia nem basofilia. Exemplo: 
vermelho neutro.Quando se analisam preparações histológicas precisamos lembrar que estamos examinando uma 
estrutura que é tridimensional de forma bidimensional, isso gera a necessidade de compreensão da 
disposição espacial do que se está analisando, e do entendimento de que: aquilo que se observa na lâmina 
é uma espécie de projeção em corte de uma parte da estrutura real. 
Além disso, os cortes dificilmente representam o todo de onde aquele material foi retirado, sendo 
difícil determinar o que havia antes ou depois daquela secção de tecido. 
 
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2 – TECIDO EPITELIAL 
 
O tecido epitelial, ou epitélio, tem como principais funções: 
1. Cobertura e proteção de superfícies de áreas expostas do corpo, bem como de 
passagens e cavidades; Controle da permeabilidade; secreção. 
Neste sentido, teremos o epitélio recobrindo praticamente todos os órgãos internos e suas 
aberturas. Para se lembrar desta função, recorde-se de que a epiderme da pele é formada por tecido 
epitelial. 
Temos então a sua presença na superfície externa do tubo digestivo, no interior dos vasos 
sanguíneos, recobrindo as cavidades do coração, na superfície externa do tubo respiratório incluindo boca 
e narinas, no trato reprodutivo e excretor etc. 
Qualquer substância que entre no corpo deve passar por uma barreira de epitélio. Portanto, ele 
tem esta função, de transportar e controlar o que entra e o que sai dos tecidos do corpo. 
O epitélio pode também estar associado a uma rede de neurônios formando um neuroepitélio que 
tem função sensitiva, estando presente, por exemplo, nas narinas, promovendo o sentido olfativo. 
Ademais, os epitélios protegem mecanicamente a superfície revestida e ainda impedem a sua 
dessecação. 
2. Formar as glândulas que secretam substâncias. 
 
 O tecido epitelial pode se especializar e apresentar a função de secretar substâncias para o meio 
externo ou interno do corpo (como já relatamos anteriormente, essa função não lhe é exclusiva). Nesses 
casos eles formam as glândulas secretoras de nosso sistema. Você se recorda que falamos de uma 
organela bastante ativa em células secretoras? Lembra-se qual é? 
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 Ademais, as células que formam as glândulas têm grande atividade anabólica, formando substâncias 
para secreção. Em alguns casos, elas servem somente como passagem, não sintetizando propriamente o 
material que será secretado, como ocorre nas glândulas sudoríparas ao produzirem suor. 
 Tendo em vista essas duas funções principais, classificaremos o tecido epitelial como: epitélio 
quando a função principal é o recobrimento ou revestimento das superfícies; e epitélio glandular ou de 
secreção quando a função principal for a secreção de substâncias. Necessário informar que alguns epitélios 
de revestimento também apresentam capacidade secretora. Portanto, essa classificação é meramente 
didática. 
 Vamos ver as principais características destes dois tipos de tecido. 
 
2.1 – O Epitélio de revestimento, ou simplesmente epitélio. 
 
 As células do epitélio de revestimento podem se organizar de duas formas: em camada simples ou 
em múltiplas camadas (estratos). No primeiro caso, o tecido se caracteriza por compor uma única camada 
de células. No segundo caso, teremos mais de uma camada de células, apresentando-se em estratos, o 
que lhe confere o nome de epitélio estratificado. Adiante teremos uma tabela relacionando as regiões 
onde podemos encontrá-los no corpo. As células são classificadas quanto ao seu formato, podendo se 
apresentar de forma achatada, sendo o tecido chamado de epitélio escamoso (formato de escamas, 
também chamado de pavimentoso), apresentando núcleos achatados; podendo se apresentar em cubos, 
sendo denominado epitélio cúbico que apresenta núcleos circulares; ou em células alongadas, em 
formatos de paralelepípedos ou prismas, chamado de epitélio colunar, que irá apresentar os núcleos 
elípticos. Podemos ainda encontrar um tipo de epitélio chamado de pseudoestratificado. Nele todas as 
células se encontram em contato com a lâmina basal, mas devido à variabilidade morfológica, quando o 
observamos em cortes histológicos tem-se a impressão de se tratar de um epitélio com múltiplas camadas 
de células, quando na verdade há uma só. Podemos encontrar esse tipo de epitélio no sistema respiratório 
(nasal, traqueia e brônquios). 
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 Um outro tipo de epitélio que foge à classificação acima é chamado de epitélio de transição. Ele 
tem esse nome pois suas células mudam o aspecto morfológico, tornando-se turgidas ou achatadas de 
acordo com o meio. Ele ocorre na bexiga e em outros locais ocos do sistema urinário. Quando a bexiga está 
cheia, a camada superficial do epitélio se apresenta com células achatadas. Mas quando está vazia, 
apresenta as células espessas, formando em sua superfície uma abóboda ou cúpula. 
Tipicamente, o tecido será classificado quanto à quantidade de camadas e quanto ao formato das 
células. Nos casos de tecidos estratificados, utiliza-se como padrão o formato da camada de células mais 
afastada da lâmina basal, ou seja, mais superficial, para sua classificação. Outros nomes podem ser 
encontrados como mesotélios que consistem nos tecidos pavimentosos simples das cavidades pleural, 
peritoneal e pericárdica, endotélios que consistem no tecido que reveste vasos sanguíneos e linfáticos e 
coração. 
 
 
Figura 2: acima temos os três tipos de epitélio simples: escamoso (pavimentoso), cúbico e colunar (esquerda para a direita). 
 
 
Figura 3: os epitélios estratificados: escamoso (pavimentoso), cúbico e colunar (da esquerda para a direita). 
 
 
 
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Veja na tabela abaixo as regiões onde encontramos os diferentes tipos de epitélio. 
 
Escamoso ou 
pavimentoso 
simples 
Cúbico 
simples 
Colunar 
simples 
Escamoso 
ou 
pavimentoso 
estratificado 
Cúbico 
estratificado 
Colunar 
estratificado 
Pseudoestratificado 
colunar 
Cavidade 
pleural, 
pericárdio, 
peritônio, 
cavidades 
cardíacas, 
vasos 
sanguíneos, 
alvéolos dos 
pulmões 
Revestime
nto de 
glândulas, 
rins, dutos 
renais, 
Estômago, 
intestino, 
vesícula 
biliar, 
dutos 
coletores 
dos rins 
Pele 
(epiderme), 
boca, 
garganta, 
esôfago, 
reto, anus, 
vagina 
Alguns 
dutos como 
gandulas 
sudoríparas 
Faringe, 
epiglote, 
anus, uretra, 
glândulas 
mamarias, 
dutos de 
glândulas 
salivares 
Cavidade nasal, 
traqueia 
brônquios, 
porções do trato 
reprodutivo 
masculino. 
 
 
 Em todos estes tipos de epitélio teremos características comuns às células: 
1. Conexão mecânica entre as células por meio de junções intercelulares especiais. 
 As junções intercelulares podem se apresentar de três formas: 
• Junções de ancoragem: de forma geral, elas apresentam proteínas que ancoram no citoesqueleto 
das células determinadas estruturas que juntam células vizinhas. Tipicamente são formadas por 
desmossomos (que se ligam a filamentos intermediários como queratina), junções aderentes (que 
se ligam a filamentos de actina) e hemidesmossomos (que ligam as células à membrana basal). 
• Junções de oclusão: formadas por proteínas que geram um verdadeiro cinto oclusivo e 
parcialmente impermeável ao redor da membrana, juntando células vizinhas e gerando espaços 
fisicamente separados, permitindo que as membranas apresentam configuraçõesde proteínas 
distintas nas porções divididas por este tipo de junção celular. É comum em células do epitélio 
intestinal. 
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• Junções comunicantes: formadas por proteínas chamadas conexinas, que geram a ligação das 
membranas e um canal de comunicação química entre os citoplasmas. São comuns em sinapses 
químicas. 
De fato, se estamos falando de um tecido que recobre uma superfície, temos que ter as células 
bastante interligadas, para que não se formem buracos entre elas. Portanto, neste tipo de tecido teremos 
células interligadas fisicamente por estas junções que comentamos. 
 2. Polaridade. 
 As células dos epitélios apresentam-se presas em uma camada de macromoléculas chamada lâmina 
basal que é composta por proteínas e proteoglicanas. A lâmina basal interage com fibras da matriz dos 
tecidos conjuntivos adjacentes, formando uma membrana basal. A ligação das células do epitélio a essa 
membrana faz com que exista uma diferenciação funcional entre a face superior das células (voltadas 
para o meio externo) e a porção inferior (presa à membrana). Essa diferenciação também ocorre no 
citoplasma, onde a disposição das organelas (mais afastadas ou próximas da membrana basal) gera regiões 
com funções específicas. 
Neste contexto, temos as microvilosidades presentes nas células do epitélio intestinal que 
aumentam a superfície de absorção e os cílios, que podem ser encontrados nos epitélios do trato 
respiratório, funcionando como um motor mecânico que joga muco para cima, no sentido das aberturas 
do corpo, para expulsar substâncias indesejadas que possam eventualmente entrar no tubo respiratório e 
nos pulmões. Ambas essas diferenciações de membrana ocorrem em regiões específicas das células, 
evidenciando a polarização externamente. 
3. Avascularidade 
Em geral, tecidos epiteliais não são vascularizados, ou seja, não tem vasos sanguíneos. Eles recebem 
nutrientes e gases necessários para respiração por difusão ou absorção ativa a partir dos capilares que o 
circundam e que estão presentes nos tecidos conjuntivos adjacentes. 
4. Regeneração. 
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Tecidos epiteliais são em geral expostos a meios onde há passagem de substâncias que podem gerar 
danos mecânicos à camada externa, arrancando ou destruindo células superficiais. Imagine a superfície do 
seu intestino, onde há passagem do bolo alimentar. Por isso as células necessitam de regeneração 
contínua. Células tronco presentes nos tecidos, próximo da lâmina basal, entram em mitose e recompõem 
a camada celular perdida. Locais com grande abrasão tipicamente apresentam epitélio estratificado. Nas 
camadas mais internas desse epitélio, ou seja, próximo à lâmina basal, pode-se encontrar grande atividade 
mitótica. 
5. Células justapostas, com pouco ou nenhum material extracelular entre elas. 
 Quando analisamos preparações citológicas deste tipo de tecido notamos as seguintes 
características comuns aos epitélios: 
1. As células separam uma região vazia, sem material biológico, de uma região com aspecto diferente. 
2. As células são justapostas, ou seja, muito unidas, próximas umas das outras. 
3. Praticamente não se observa material extracelular. 
4. Não se observam vasos sanguíneos. 
 Veja na imagem abaixo um exemplo corado em hematoxilina e eosina. O material apresenta em 
rosa uma porção acidófila, por ter afinidade com o corante eosina, que cora o citoplasma. A hematoxilina 
é basófila e corou os núcleos. Abaixo da camada mais rosada, há uma camada com células mais esparsas, 
que podem ser identificadas pelos seus núcleos em azul, além da presença de material filamentoso 
(parecendo filamentos). A camada mais rosada é composta por tecido epitelial de revestimento. A camada 
filamentosa é composta por tecido conjuntivo. Estes dois tipos de tecidos são comumente encontrados 
assim. Um tecido epitelial sempre se apoia sobre uma membrana basal que está sobre um tecido 
conjuntivo. Nos sistemas digestivo, respiratório e urinário, essa camada de tecido conjuntivo é chamada de 
lâmina própria. Nas regiões internas do corpo, entre outras cavidades, a união do epitélio com a lâmina 
própria é chamada de mucosa. 
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Figura 4: Corte de uma porção de mucosa oral, mostrando tecido epitelial estratificado pavimentoso. Esse tipo de tecido ocorre em locais 
com alta abrasão (passagem de alimento, bolo fecal, etc). Fonte: https://mol.icb.usp.br/index.php/2-7-tecido-epitelial-de-revestimento/. 
 
 
Figura 5: corte de um rim, mostrando epitélio cúbico simples ao redor dos túbulos renais. Em vermelho, ao redor dos tubos, evidencia-se a 
membrana basal, corada com PAS (Ácido periódico Schiff) que cora polissacarídeos. Fonte: https://mol.icb.usp.br/index.php/2-12-tecido-
epitelial-de-revestimento/. 
 
Tecido epitelial estratificado 
pavimentoso 
Tecido conjuntivo 
Epitélio cúbico 
simples 
Lúmen dos 
túbulos 
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Figura 6: corte histológico corado em HE de um intestino delgado. Fonte: https://mol.icb.usp.br/index.php/2-17-tecido-epitelio-de-
revestimento/. 
 
 
Figura 7: epitélio pseudoestratificado na traqueia. Fonte: https://mol.icb.usp.br/index.php/2-28-tecido-epitelial-de-revestimento/ 
 
 
Tecido conjuntivo 
Microvilosidades 
Epitélio colunar (ou 
prismático) simples 
Célula 
caliciforme 
produtora de 
muco 
Tecido 
conjuntivo 
Cílios 
Epitélio 
pseudoestratificado 
respiratório 
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 2.2 – As Glândulas. 
 
 Algumas células do tecido epitelial podem apresentar especializações no sentido de secretarem 
substâncias importantes para o corpo. Estas células formam as glândulas. As células das glândulas se 
arranjam em uma única camada, mas com disposição tridimensional. Importante lembrar que tecidos 
epiteliais de revestimento também podem apresentar células secretoras como: epitélio intestinal, epitélio 
respiratório e epitélio estomacal, todos apresentando células secretoras de muco (alguns autores chamas 
as células caliciformes produtoras de muco no tecido respiratório de glândulas unicelulares). Assim, a 
definição adequada de glândula seria de um agrupamento tridimensional de células epiteliais secretoras. 
Elas podem ser microscópicas ou bastante grandes como o fígado e as glândulas salivares. 
 Podemos ter dois tipos de glândulas no corpo, a depender da localidade onde seja secretado o seu 
produto: glândulas exócrinas e endócrinas. 
Glândulas endócrinas secretam substâncias para regiões intersticiais, ou seja, para 
fluidos de dentro do corpo, como o sangue. 
 São exemplos de glândulas endócrinas a tireoide e a glândula pituitária, que secretam hormônios 
na corrente sanguínea que os distribuem pelo corpo. Temos também o pâncreas que secreta o suco 
pancreático rico em enzimas digestivas e secreta os hormônios insulina e glucagon. 
Glândulas exócrinas secretam suas substâncias para regiões externas, por meio de 
dutos secretores que fazem com que os produtos da secreção (gerados nas porções 
secretoras) sejam depositados na superfície dos epitélios. 
 São exemplos de glândulas exócrinas as glândulas sudoríparas, as glândulas salivares, glândulas 
mamárias e glândulasque secretam enzimas digestivas na superfície do tubo intestinal. 
 As glândulas podem ainda ser classificadas quanto ao arranjo e tipo de células, presença ou 
ausência de dutos e ainda suas ramificações, ou quanto ao tipo de secreção. 
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 Quanto às ramificações, elas podem ser simples - quando há um duto único que pode ser ligado a 
mais de uma porção secretora (no caso, será simples e ramificada) - ou compostas, quando há mais de 
uma unidade secretora ligada a dutos que se unem formando um único duto secretor. 
 
Figura 8: um esquema mostrando a glândula mamária composta. Temos o tecido especializado na secreção acima, que irão produzir o 
líquido e secreta-lo no ducto que se externaliza no mamilo. Fonte Wikicommons. 
 
 
Células secretoras 
Mamilo 
Ducto 
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Figura 9: Glândula exócrina no esófago. Fonte: https://mol.icb.usp.br/index.php/3-3-tecido-epitelial-glandular/. 
 
 
Figura 10: corte de uma glândula salivar sublingual. Fonte: https://mol.icb.usp.br/index.php/3-9-tecido-epitelial-glandular/. 
 
 
 Glândulas exócrinas grandes como pâncreas e glândulas salivares apresentam em sua formação 
algumas particularidades que devem ser conhecidas. Essas glândulas são formadas pelos tecidos secretores 
que se organizam em regiões funcionais chamadas de parênquimas. Estes, são envolvidos por tecido 
Duto excretor 
Porção secretora 
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conjuntivo que dá suporte, nutrição e controle à glândula. Essa porção de tecido conjuntivo é chamada de 
estroma. Interessantemente, estes dois termos podem ser utilizados para estruturação de diversos órgãos. 
 
 
Figura 11: Corte de uma parótida. Fonte https://mol.icb.usp.br/index.php/3-20-tecido-epitelial-glandular/. 
 
 
 
 As glândulas endócrinas podem ser cordonais ou foliculares. No primeiro caso, as células 
secretoras se organizam em placas envolvidas por capilares, onde depositam suas secreções (exemplos: 
adrenais, paratireoides, adenoipófise, pâncreas - ilhotas). As glândulas foliculares são formadas por esferas 
de epitélio simples cúbico chamadas de folículos. Um exemplo desse tipo de glândula é a tireoide. 
Estroma 
Parênquima 
Dutos 
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Figura 12: corte de Ilhotas de Langerhans pancreáticas. Fonte: https://mol.icb.usp.br/index.php/3-21-tecido-epitelial-glandular/. 
 
 
 
 
Figura 13: Corte da tireoide, mostrando os folículos cheios de secreção. Fonte: https://mol.icb.usp.br/index.php/3-22-tecido-epitelial-
glandular/. 
 
 
 
 
Células secretoras 
Capilares 
Ácinos 
pancreáticos - 
porção exócrina 
Folículos 
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3 – O TECIDO CONJUNTIVO 
 
 O tecido conjuntivo conecta o tecido epitelial ao resto do corpo. Ele é formado pelo mesoderme 
embrionário que, depois de diferenciado forma o mesênquima, um tipo de tecido primitivo que pode 
formar outros tecidos conjuntivos. As células do mesênquima, ou células mesenquimais podem ser 
encontradas nos organismos por toda a sua vida, sendo células tronco que podem repor ou formar os 
tecidos conjuntivos do corpo. 
 Ele apresenta três características básicas: 
• Células especializadas, 
• Substância fundamental e 
• “Fibras” proteicas extracelulares. 
 
A substância fundamental e as fibras extracelulares formam a matriz extracelular que reveste as 
células do tecido. A substância fundamental é composta por glicosaminoglicanas e proteoglicanas 
(macromoléculas) que não se organizam em fibras (ou filamentos), tornando-se pouco visíveis nas 
preparações citológicas, em geral, sendo representada pelo vazio em muitas preparações. Já as fibras 
extracelulares são formadas por proteínas de comprimentos e espessuras variáveis que podem ser 
visualizadas nas preparações citológicas, formando uma matriz extracelular filamentosa ou fibrilar. Veja 
na imagem abaixo uma preparação histológica de um mesentério, a porção de tecido que conecta os 
intestinos à cavidade peritoneal. Note-se a grande quantidade de fibras na matriz extracelular. Essas fibras 
proteicas podem ser de colágeno, elastina ou reticulares, como veremos adiante. 
 
 
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Figura 14: Corte de um mesentério. Em vermelho fibras de colágeno, em azul fibras de elastina. Fonte: https://mol.icb.usp.br/index.php/4-
6-tecido-conjuntivo/. 
 
 
Diferente do tecido epitelial, o tecido conjuntivo é bastante vascularizado, apresentando muitos 
capilares e vasos. 
 
 São funções específicas do tecido conjuntivo: 
 
1. Estruturar/Sustentar o corpo. 
2. Transportar fluidos e materiais dissolvidos. 
3. Proteger órgãos. 
4. Promover suporte, envolver e conectar tipos diferentes de tecido. 
5. Armazenar energia na forma de triglicérides. 
6. Defender o corpo de invasores externos. 
 
 As células dos tecidos conjuntivos podem ser classificadas como residentes e transitórias. As 
residentes são persistentes, ficam no tecido (exemplos: fibroblastos, macrófagos, mastócitos, células 
mesenquimais, osteócitos, condrócitos, adipócitos). As transitórias (ou transientes) passam pelos tecidos, 
sendo originárias do sangue (exemplos: neutrófilos, linfócitos). 
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Este tipo de tecido pode se apresentar fisicamente de três formas no corpo: Tecido conjuntivo 
propriamente dito, tecido conjuntivo fluido (sangue) e tecido conjuntivo de sustentação. 
Alguns autores consideram ainda subtipos de tecidos como: mucoso, elástico, adiposo e reticular, 
também chamados de tecidos conjuntivos especiais. 
 
3.1 – Tecido conjuntivo propriamente dito. 
 
É o mais comum, encontrado em praticamente todo o corpo, mais especificamente na pele, ao redor 
e no interior dos órgãos e nas paredes dos vasos sanguíneos. 
O tecido conjuntivo propriamente dito apresenta uma serie de células especializadas embebidas na 
matriz que se assemelha fisicamente a um gel líquido ou xarope. São células comuns a este tipo de tecido 
os fibroblastos e os adipócitos. Os fibroblastos, sempre presentes neste tipo de tecido, são responsáveis 
pela produção de componentes da matriz (secretam colágeno, por exemplo), podendo consumir esses 
componentes, a depender de sinalização do corpo. Os adipócitos apresentam reserva de gorduras 
(triglicérides) que serão utilizadas para gerar energia. 
Células envolvidas nas respostas imunológicas também se encontram presentes neste tecido, como: 
macrófagos, mastócitos e linfócitos. Os macrófagos são células que promovem a destruição de agentes 
que invadem o tecido. Os mastócitos são células carregadas de grânulos de histamina e heparina. A 
histamina é responsável por iniciar processos inflamatórios. A heparina é um anticoagulante que melhora 
o fluxo sanguíneo local, atuando também nos processos inflamatórios. Os linfócitos são responsáveis pela 
liberação de anticorpos e por outros processos da resposta imune. 
Os melanócitos produzem melanina,um pigmento que cora a pele, também estão neste tipo de 
tecido, mais especificamente na derme, uma porção da pele situada imediatamente abaixo da epiderme, 
que por sua vez é formada por tecido epitelial. 
A matriz deste tecido apresenta três tipos de fibras principais: o colágeno, as fibras reticulares e as 
fibras elásticas. O colágeno é formado por uma cadeia de proteínas fortemente unidas, conferindo-lhe 
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grande resistência. É o principal componente proteico de tendões, ligamentos e ossos. É o principal 
componente da matriz do tecido conjuntivo propriamente dito. 
As fibras reticulares formam uma rede que mantém algumas estruturas no lugar, promovendo 
sustentação interna para alguns órgãos como o fígado e o baço. As fibras elásticas são compostas por uma 
proteína chamada elastina. São encontradas, por exemplo, nas interconexões vertebrais, nos pulmões e 
nos mesentérios. 
O tecido conjuntivo propriamente dito pode se apresentar de duas formas principais no corpo, que 
dependem da proporção entre células e matriz extracelular: tecido conjuntivo frouxo ou tecido conjuntivo 
denso, que pode ser modelado ou não modelado. Veremos a importância de cada um deles. 
 
 
Figura 15: imagem de um tecido conjuntivo propriamente dito típico, do tipo denso não modelado. Notam-se as fibras de colágeno coradas 
em rosa e os núcleos dos fibroblastos em azul (maioria). Fonte: https://mol.icb.usp.br/index.php/4-14-tecido-conjuntivo/. 
 
 
 
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3.1.1 – Tecido conjuntivo frouxo 
 
 O tecido conjuntivo frouxo apresenta constituição solta, apresentando bastante espaço entre as 
fibras na sua matriz. De fato, apresenta muitas células e matriz com poucas fibras de colágeno. É 
conhecido como um material de preenchimento. 
 Ele permite certa movimentação, mas tem pouca resistência. Gases e líquidos se difundem 
facilmente. 
 
 
Figura 16: um corte de uma vilosidade intestinal. Fonte: https://mol.icb.usp.br/index.php/4-31-tecido-conjuntivo/. 
 
3.1.2 – Tecido conjuntivo denso. 
 
Tecido conjuntivo denso modelado 
 
 O tecido conjuntivo denso regular ou modelado apresenta sua matriz mais compacta e repleta de 
fibras de colágeno. Poucas células são nele observadas. Ele está presente nos tendões que ligam músculos 
e ossos, nos ligamentos que ligam ossos a ossos e nas aponeuroses que ligam músculos achatados e 
Tecido 
conjuntivo 
frouxo 
Epitélio de 
revestimento 
colunar simples 
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amplos entre si ou em ossos do esqueleto. As aponeuroses estão presentes no crânio, na lombar e no 
abdômen. Podemos encontrá-lo ao redor de órgãos como fígado, rins e baço, formando uma estrutura 
fibrosa grossa chamada de cápsula. Pode ser encontrado também ao redor de ossos e cartilagens 
formando o periósteo e o pericôndrio, respectivamente. 
 
 
Figura 17: corte de um testículo, mostrando tecido conjuntivo denso modelado formando uma capsula. Fonte 
https://mol.icb.usp.br/index.php/4-35-tecido-conjuntivo/. 
 
Tecido conjuntivo denso não modelado. 
 
 Há outro tipo de tecido conjuntivo denso denominado tecido conjuntivo denso irregular ou não 
modelado. Ele se apresenta organizado em geral como um filme que reveste partes do corpo. Sua matriz é 
rica em colágeno e poucas células podem ser observadas. Suas fibras se orientam de forma difusa e 
diversa, o que confere bastante resistência a trações e pressões mecânicas. 
Tecido conjuntivo 
denso modelado 
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Ele fortalece e dá suporte a superfícies que sofrem estresse de todas as direções possíveis. 
Podemos ver um exemplo deste tecido na figura 15, anterior, na qual há um corte histológico da camda 
reticular da derme. 
 
3.2 Tecidos conjuntivos especiais 
 
Podem se apresentar como tecido areolar, tecido adiposo ou tecido reticular. Alguns autores os 
classificam como subtipos de tecidos conjuntivos frouxos. 
 O tecido areolar é encontrado entre a pele e os músculos. Já reparou que se você puxar sua pele 
para fora você não vai trazer o músculo junto? Isso ocorre por conta da natureza solta do tecido areolar 
que se encontra sob a pele. O tecido apresenta fibras de elastina que promovem essa elasticidade. 
 O tecido adiposo é a nossa camada de gordura. O tecido adiposo tem como funções a proteção 
contra choques mecânicos, o isolamento térmico e o estoque de energia na forma de triacilglicerois 
(triglicérides). Ele se apresenta de duas formas: tecido adiposo branco e tecido adiposo marrom. O tecido 
adiposo branco está presente nos adultos e apresenta uma cor amarelada. O tecido marrom apresenta 
maior vascularização e muitas mitocôndrias o que lhe confere esta cor amarronzada. Este tipo de tecido 
fornece energia na forma de calor de forma mais rápida principalmente em quem ele é mais comum: nas 
crianças. 
 As células deste tecido funcionam como verdadeiros balões, se desinflando quando as reservas de 
gordura são necessárias no metabolismo do corpo – para o seu funcionamento, por exemplo quando 
estamos em jejum. No entanto, ao nos alimentarmos, esses adipócitos se enchem novamente, renovando 
as reservas. A matriz do tecido é composta por fibras reticulares (colágeno III) e é pouco visível. 
 
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Figura 18: Corte histológico de tecido adiposo. Fonte: https://mol.icb.usp.br/index.php/5-2-tecido-adiposo/. 
 
 O tecido reticular está presente no baço e no fígado, formando o seu preenchimento. Também 
pode ser encontrado nos linfonodos e na medula óssea. 
 
 
Figura 19: fibras reticulares do baço. Fonte: https://mol.icb.usp.br/index.php/4-12-tecido-conjuntivo/. 
 
 
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3.3 – O tecido conjuntivo fluido. 
 
 Os representantes deste tecido são o sangue e a linfa. O sangue é o tecido responsável pelo 
transporte de gases e nutrientes e sua distribuição pelo corpo. Apresenta um componente líquido 
chamado de plasma, que contém majoritariamente água e proteínas, e um componente figurado 
composto por células especializadas: 
• eritrócitos - células vermelhas, bicôncavas e anucleadas, cuja principal função é o transporte 
de oxigênio. Seu citoplasma é repleto de hemoglobina. Elas não apresentam mitocôndrias e 
obtêm energia por processos fermentativos. Medem cerca de 7micrômetros. 
• leucócitos - células brancas, nucleadas, envolvidas na defesa imune. Histologicamente, 
podemos dividir esses tipos celulares em granulócitos - basófilos, neutrófilos e eosinófilos - e 
agranulócitos - linfócitos, monócitos. Os granulócitos apresentam grânulos citoplasmáticos e 
os núcleos lobados, sendo chamados também de polimorfonucleados. Os agranulócitos 
apresentam núcleos não segmentados, o que lhes confere a classificação de 
mononucleados. 
• Plaquetas - não são células, mas sim fragmentos de uma célula maior chamada de 
megacariócito, presente na medula onde ocorre a hematopoese. São importantes para o 
processo de coagulação sanguínea. 
 A linfa é um líquido que está presente no sistema linfático, composto por vasos que percorremo 
corpo, distribuindo-a. Está relacionado à distribuição de nutrientes, toxinas e à resposta a infecções. 
 O sangue geralmente é examinado em lâminas por meio de esfregaços, corados por corantes do 
tipo Romanovsky, composto por um corante básico, um ácido e um metacromático (azul de metileno, 
azurB e Eosina). Este tipo de coloração permite que diferentes tipos celulares sejam visualizados na mesma 
preparação. 
 
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Figura 20: um neutrófilo, um eosinófilo e um basófilo. Note as granulações no citoplasma. Os núcleos são lobados. Ao redor das células 
observamos alguns eritrócitos. Fonte: https://mol.icb.usp.br/index.php 
 
 
Figura 21: um linfócito, um monócito e uma plaqueta. Fonte: https://mol.icb.usp.br/index.php. 
 
 Quando uma infecção acontece, em geral, no tecido conjuntivo haverá grande infiltração de células 
de defesa provenientes do sangue. Na imagem abaixo podemos notar a presença de grande quantidade de 
células do sistema imune. 
 
 
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Figura 22: uma preparação histológica onde se notam muitos linfócitos. Seta indica um plasmócito, produtor de anticorpos. Seu núcleo 
parece uma roda de carroça. Fonte: https://mol.icb.usp.br/index.php/4-26-tecido-conjuntivo/. 
 
 
3.4 – O tecido conjuntivo de sustentação – ossos e cartilagens. 
 
Cartilagens 
 
 A principal função deste tecido é a sustentação. Sem ossos e cartilagens não seria possível termos o 
tamanho e a mobilidade que temos. 
 
A cartilagem consiste em uma matriz de gel que contém glicosaminoglicanas - 
polissacarídeos (açucares) presos a proteínas - e de células chamadas condrócitos que 
se situam em pequenas câmaras chamadas de lacunas. Ela não contém vasos, é 
avascular. A nutrição e formação acontecem a partir do pericôndrio, uma camada de 
tecido conjuntivo denso que a envolve. Não existe pericôndrio na superfície de 
cartilagens articulares e nem ao redor de fibrocartilagens. 
 
linfócito B 
diferenciado = 
plasmócito 
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A cartilagem pode ser formada a partir de seu interior por secreção de matriz e divisão dos 
condrócitos (intersticial), ou a partir de sua superfície, por secreção de matriz e acréscimo de condrócitos 
situados no pericôndrio (desenvolvimento aposicional). 
O desenvolvimento intersticial ocorre somente no início do desenvolvimento do organismo. Em 
estágios avançados de desenvolvimento, a matriz já se encontra rígida o suficiente para impedir a divisão 
de condrócitos, de forma que predomina o desenvolvimento aposicional. No desenvolvimento aposicional, 
células com potencial de diferenciação encontradas no pericôndrio se diferenciam em condroblastos, que 
podem ser consideradas uma espécie de célula tronco do tecido cartilaginoso. Os condroblastos se 
diferenciam em condrócitos que são adicionados à superfície da cartilagem. 
Quando os condrócitos se dividem no interior da cartilagem, eles tendem a ficar muito próximos 
devido à rigidez da matriz. Formam-se então lacunas próximas que são chamadas de grupos isógenos. 
Podem se apresentar como: 
• Cartilagens hialinas – presentes na cartilagem nasal, nas regiões entre as costelas, no esterno e nas 
cartilagens das articulações. São as mais comuns no corpo. Apresentam colágeno tipo II. 
• Cartilagens elásticas – formam o pavilhão auricular (as orelhas), cartilagens da laringe e da 
epiglote. Apresentam colágeno tipo II e fibras elásticas. 
• Cartilagens fibrosas, ou fibrocartilagens – Apresentam colágeno tipo I. Presentes nos discos 
intervertebrais, entre as articulações, ao redor dos tendões e entre os ossos da pélvis (ou pelve). 
Apresentam grande quantidade de colágeno o que confere a ela grande resistência a choques e a 
compressão. Está presente entre os joelhos, na rótula, prevenindo o contato entre os ossos da 
perna. 
A matriz das cartilagens apresenta muitos radicais ácidos, sendo corada por corantes básicos. 
Assim, nas preparações com hematoxilina e eosina, a matriz tipicamente cora de azul. 
Note que as cartilagens se apresentam como peças cartilaginosas, de formas e tamanhos muito 
variados. 
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Figura 23: cartilagem hialina da traqueia. Fonte: https://mol.icb.usp.br/index.php/6-3-tecido-cartilaginoso/. 
 
 
Ossos 
 
 
Os ossos são estruturas que combinam uma matriz extracelular inorgânica composta 
principalmente de hidroxiapatita, um sal contendo fósforo e cálcio, associada a fibras 
de colágeno. De uma maneira semelhante a estruturas de concreto armado, nossos 
ossos nos proporcionam rigidez, com a hidroxiapatita agindo como um “concreto”, e 
flexibilidade, com o colágeno atuando como “vergalhões de aço”. 
 
 Os ossos apresentam células chamadas osteócitos, que se organizam ao redor de aberturas por 
onde passam vasos sanguíneos. Estes vasos fornecem oxigênio e nutrientes às células. Encontramos ainda 
células chamadas de osteoblastos, secretoras de matriz óssea e osteoclastos (multinucleados) que 
reciclam a matriz, consumindo-a. Estes são os tipos principais de células deste tecido. 
 Os ossos apresentam uma diferença importante em relação às cartilagens. Eles se reorganizam no 
decorrer da vida. Podendo se fortalecer em pontos de maior exigência formando calos ósseos. Diferente 
das cartilagens que, em geral, não se desenvolvem ou se reorganizam nos adultos. Para se lembrar deste 
detalhe, basta pensarmos que atletas como jogadores de futebol e corredores, depois de um determinado 
Pericôndrio 
Cartilagem 
hialina 
Condrócito 
Grupos 
isógenos 
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tempo de carreira, passam a apresentar dores nos joelhos o que exige que passem por procedimentos 
cirúrgicos, que pode antecipar as suas aposentadorias. Estas cirurgias em geral estão associadas a danos 
nas cartilagens dos joelhos. Quando quebramos um osso, diferentemente, apenas imobilizamos a região 
danificada ou inserimos pinos metálicos para mantê-los imóveis até que os ossos se regenerem. 
Devido a esta característica (regeneração), os ossos apresentam elevada carga metabólica exigindo 
aportes de oxigênio maiores do que as cartilagens. O desenvolvimento do osso ocorre de forma 
aposicional. 
A maioria dos ossos apresenta uma camada de tecido conjuntivo que os envolve chamada de 
periósteo. Camadas de células recobrem também as porções internas dos ossos, chamadas de endósteo. 
Nos ossos longos apresentam-se cartilagens hialinas sobre finas camadas de ossos compactos 
presentes nas regiões articulares. A organização compacta é encontrada em regiões corticais dos ossos, ou 
seja, nas suas porções próximas à superfície. Internamente, no interior da diáfise, a haste do osso, existe 
uma constituição oca, onde ocorre a medula óssea, produtora de tecido sanguíneo. No interior das 
epífises, ou seja, nas extremidades dos ossos longos, encontramos uma organização esponjosa, 
predominando trabéculas ósseas que são cavidades macroscopicamente visíveis. 
O tecido ósseo adulto se encontra organizado em camadas organizadas de matriz, que formam 
lamelas (ou camadas). Assim, este tipo de tecido é chamado de lamelar. Diferentemente, no feto a matriz 
é organizada de forma irregular, sendo o tecido chamadode primário ou não-lamelar. As lamelas no 
tecido ósseo secundário (adulto) podem se organizar em chapas ou em curvas, formando tubos (ocorre em 
diáfises de ossos longos, tipicamente). A organização em tubos concêntricos de lamelas, com os osteócitos 
entremeando-as, é chamado de osteon ou sistema de Havers. Os túneis formados nos centros dessa 
organização lamelar permitem a passagem de vasos e nervos. Eles são chamados de canais de Havers. Há 
nos sistemas de Havers dos ossos longos alguns canais transversais ao eixo dos tubos, chamados de canais 
de Volkmann. Eles comunicam canais de Havers adjacentes. 
Os ossos longos apresentam uma região situada entre a diáfise e a epífise denominada metáfise ou 
disco epifisário. Essa região pode ainda ser chamada de cartilagem de crescimento ou cartilagem de 
conjugação. Essa região é formada por cinco zonas, sendo quatro delas formadas por tecido cartilaginoso e 
a mais próxima da diáfise formada por tecido ósseo. Neste tecido ocorrem divisões de condrócitos (sim! 
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De células de tecido cartilaginoso...) cujo acúmulo sobre as porções mais próximas à diáfise faz com que as 
epífises sejam empurradas, resultando no crescimento longitudinal da diáfise e, portanto, do osso longo. 
Histologicamente, os ossos são acidófilos ou eosinófilos, corando em rosa quando se utiliza a 
preparação Hematoxilina Eosina (HE). 
 
 
 
 
 
 
Figura 24: tecido ósseo trabecular. Fonte: https://mol.icb.usp.br/index.php/7-3-tecido-osseo/. 
 
Tecido ósseo 
Osteoblastos do 
endósteo 
Osteócitos 
Osteoclasto 
Tecido 
conjuntivo 
frouxo 
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Figura 25: um osso lamelar. Os prolongamentos a partir dos osteócitos são chamados de canalículos. Por eles passam substâncias que 
nutrem as células em meio à matriz óssea. Fonte: https://mol.icb.usp.br/index.php/7-12-tecido-osseo/ 
 
 
 
Figura 26: corte transversal de uma diáfise. Fonte: https://mol.icb.usp.br/index.php/7-18-tecido-osseo/. 
 
Osteon 
Lamelas externas 
formando 
sistema 
circunferencial 
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Figura 27: disco epifisário. Fonte: https://mol.icb.usp.br/index.php/7-26-tecido-osseo/. 
 
 
4 – O TECIDO MUSCULAR 
 
O tecido muscular é responsável basicamente por todo o movimento do corpo e de substâncias 
dentro dele. Ele apresenta células especiais denominadas fibras musculares, com propriedades de gerar 
contração devido a interação entre proteínas actina e miosina. Essa interação pode gerar o encurtamento 
das fibras num processo de contração ou apenas gerar tensão (tônus), quando não há encurtamento. 
Há três tipos de tecidos musculares distintos: músculos estriados esqueléticos, músculos lisos e 
músculos estriados cardíacos. 
Em geral, estruturas neste tecido recebem o prefixo "sarco" ou "mio" para sua designação: Sarcolema 
(membrana plasmática das fibras), sarcoplasma (citoplasma das fibras), reticulo sarcoplasmático (reticulo 
endoplasmático que armazena cálcio). 
Epífise 
Sentido do 
crescimento 
Região 
cartilaginosa 
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4.1 – Músculo Estriado Esquelético 
 
Os músculos esqueléticos são responsáveis pela movimentação do nosso esqueleto. São 
componentes principais do nosso sistema muscular. Poucos não estão ligados ao esqueleto, como os 
orbiculares. Apresentam-se sob controle voluntário. 
São constituídos por células bastante longas e cilíndricas podendo chegar a até 30cm de 
comprimento, que apresentam muitos núcleos situados na periferia das fibras – multinucleadas - e que são 
incapazes de se dividir. Quando há morte ou dano nestas células, novas fibras são geradas a partir de 
células tronco musculares chamadas de mio satélites ou células satélites. 
 Nas células há filamentos das proteínas actina e miosina que se organizam em unidades de 
contração chamadas sarcômeros ou miômeros. Estas unidades dão a este tipo de músculo seu aspecto 
estriado quando visualizados em microscópios ópticos. 
 
 
Figura 28: As fibras musculares estriadas esqueléticas vistas em microscópio. Note as estrias nas fibras. Daí seu nome, estriado. Fonte 
Wikicommons. 
 
Fibra muscular 
Fibras de 
colágeno 
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As fibras musculares são envolvidas por tecido conjuntivo frouxo que forma uma camada chamada 
de endomísio. Grupos de fibras são reunidos em fascículos, que são envolvidos por tecido conjuntivo 
denso, formando o perimísio. O músculo todo, formado por conjuntos de fascículos, é envolvido por uma 
camada de tecido conjuntivo modelado chamada de epimísio. 
 
4.2 – Músculo cardíaco – o músculo do coração. 
 
 Estruturalmente, o músculo estriado cardíaco é composto por fibras cilíndricas curtas, podendo 
apresentar aparentes ramificações geradas pela intercalação irregular destas fibras. Onde elas se 
intercalam encontram-se junções de adesão e comunicantes chamadas de discos intercalares. Elas 
também apresentam um ou dois núcleos situados na porção mediana da célula (podem conter mais). 
Um tipo especial de célula, chamada de célula marca passo, faz com que as fibras se contraiam de 
forma uniforme. Estas contrações podem ser aumentadas por tecido nervoso, mas não controladas de 
forma voluntária, portanto, estas células podem se contrair rapidamente, mas involuntariamente. 
 Este tipo de tecido não se regenera com eficiência. 
 
 
Figura 29: corte histológico de músculo cardíaco visto em microscópio. Autor Dr. S. Girod, Anton Becker. 
Núcleo 
Fibra muscular 
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Figura 30: corte longitudinal de fibras musculares cardíacas, seta indicando um disco intercalar. Fonte: https://mol.icb.usp.br/index.php/8-
8-tecido-muscular/. 
 
4.3 – Músculo liso. 
 
 Este tecido tem este nome por não apresentar a organização dos filamentos de actina e miosina 
como os dois outros tipos, o que faz com que ele não tenha a aparência estriada. Suas células são 
fusiformes (em forma de fuso, semelhante a uma elipse com as extremidades afiladas) e pequenas, 
apresentando somente um núcleo de formato ovalar em geral centralizado. Sua contração é involuntária. 
Ele apresenta melhor capacidade de regeneração do que os músculos cardíacos. 
 Está presente nas paredes de vasos sanguíneos arteriais, ao redor dos tratos digestivo, 
respiratório, cardiovascular e reprodutivo. 
 
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Figura 31: Seta indica segmentos de músculo liso em corte do intestino delgado. Fonte: https://mol.icb.usp.br/index.php/8-12-tecido-
muscular/. 
 
 
 
Figura 32: Da esquerda para a direita: músculo esquelético, músculo liso e músculo cardíaco. Fotografias de miscroscopia de tecidos 
musculares. Fonte wikicommons. 
 
 
5 – TECIDO NERVOSO 
 
Grande parte deste tecido se concentra no cérebro e na medula espinhal, mas ele se estende a 
todos os locais do corpo. 
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O tecido nervoso é composto basicamente por dois tipos de células: neurônios e células da Glia ou 
neuroglia. As células da neuroglia apresentam funções distintas como nutrição, suporte, isolamento, 
reparação e fagocitose no tecido nervoso. No sistema nervoso central, encontramos astrócitos 
(sustentação e nutrição), oligodendrócitos (isolamento de axônios) e células da microglia (fagócitos que 
agem como macrófagos). Importante notar que estes tipos de células não apresentam a capacidade de 
despolarização de membrana como os neurônios. Histologicamente, astrócitos são observados em 
impregnação metálica que em geral fica com fundo amarelado. Os oligodendrócitos são corados por 
impregnação metálica que gera fundo rosado. Eles apresentam formato semelhante aos astrócitos mas 
com menos prolongamentos. 
 
 
Figura 33: dois astrócitos em corte de cérebro corado com impregnação metálica. À direita um astrócito em aumento médio. Fonte 
https://mol.icb.usp.br/index.php/9-8-tecido-nervoso/. 
 
Os neurônios são células especializadas e responsáveis pela condução do impulso nervoso. Sua 
organização e o acionamento de diferentes padrões deste tipo de célula é o que gera nossa consciência, 
cognição e armazena informações. Qualquer movimentação da musculatura esquelética depende de 
acionamento (ou estímulo) por estas células nervosas. Os neurônios podem ser bastante longos, alguns 
chegando a até 1m de comprimento. Eles apresentam prolongamentos bastante longos chamados de 
axônios. As células apresentam ainda um grande corpo celular, chamado de pericário, onde estão algumas 
organelas e o núcleo. A partir desse corpo, podem se apresentar prolongamentos conhecidos como 
dendritos, que são responsáveis pela comunicação entre neurônios e que tendem a reduzir de diâmetro e 
se ramificar conforme se afastam do corpo celular. Os axônios têm como função a condução do impulso 
nervoso a longas distâncias. As membranas plasmáticas dos neurônios podem ser despolarizadas, quando 
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ocorre algum estímulo mecânico, voltaico ou químico. Essa despolarização é transmitida pela membrana 
da célula em grandes velocidades e pode passar para células vizinhas por meio das sinapses. Estas 
consistem em espaçamentos entre as células onde neurotransmissores serão secretados (sinapse química) 
ou em conexões físicas entre células (sinapses físicas). 
O conjunto de axônios forma as fibras neuronais ou fibras nervosas e o conjunto destas, forma os 
nervos. Essas fibras são compostas por axônios envolvidos por outras células do tecido nervoso. Esse 
revestimento é formado por olidentrócitos no sistema nervoso central e por células de Schwann no 
sistema nervoso periférico. Esses tipos de células de revestimento produzem uma substância chamada 
mielina, que isola as membranas dos axônios gerando um efeito acelerante na condução dos impulsos 
nervosos. Esse efeito é gerado pela condução saltatória dos impulsos. 
Os neurônios podem diferir quanto a sua estrutura, podendo ser classificados como: 
• Neurônios unipolares: formados por um corpo e um axônio. Podem ser encontrados no 
epitélio olfativo e células da retina. 
• Neurônios bipolares: possuem um dendrito, um corpo celular e um axônio, sendo 
encontrados em estruturas sensitivas. 
• Neurônios pseudounipolares: encontrado nos gânglios sensitivos medulares, levando 
estímulos sensoriais ao sistema nervoso central. Apresenta um corpo celular e um 
prolongamento contínuo, mas que se comporta como dendrito e axônio. 
• Neurônios multipolares: Predominantes no sistema nervoso central, apresentam corpo 
celular, diversos dendritos e um axônio. 
O sistema nervoso é dividido anatomicamente em sistema nervoso central e sistema nervoso 
periférico. Histologicamente, o sistema nervoso central é contido por membranas chamadas meninges, 
praticamente não sendo encontrado tecido conjuntivo em seu interior. Deferentemente, o sistema nervoso 
periférico apresenta revestimento por tecido conjuntivo. Observa-se em ambas essas divisões a presença 
de agrupamentos de corpos celulares em determinadas regiões como o córtex do cérebro, nos núcleos 
internos do cérebro, a porção central da medula e os gânglios, onde se apresenta uma coloração cinzenta, 
chamada genericamente de substância cinzenta. Os nervos constituídos pelos axônios apresentam aspecto 
mais claro, formando uma substância branca. Essa substância se apresenta histologicamente com poucos 
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núcleos (majoritariamente pertencentes a células da glia) e grande quantidade de material fibroso 
intercelular, organizadamente disposto, representado por prolongamentos dos neurônios. 
 
 
 
 
 
 
Figura 34: Esquema de um neurônio. Fonte Wikicommons. 
 
 
 
 
 
 
Dendritos 
Corpo 
celular 
Núcleo 
Axônio 
Contato com outras 
células 
Célula da bainha de 
mielina 
Núcleo 
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Figura 35: Corte de cérebro corado com HE. Nota-se grande quantidade de capilares. A substância rosa entre as células é composta por 
dendritos e axônios de outras células. Na preparação nota-se à direita um neurônio com grande granulação citoplasmática, representada 
por Retículo Endoplasmático Granular (ou ergastoplasma), chamada de Substância de Nissl. Fonte: https://mol.icb.usp.br/index.php/9-5-
tecido-nervoso/ 
 
 
Figura 36: Corte transversal de um nervo à esquerda e um corte longitudinal à direita. As fibras são mielinizadas. Entre elas encontra-se 
tecido conjuntivo frouxo. Ao redor do nervo, encontra-se uma camada de células chamada de perineuro, bem delineada na imagem da 
esquerda. Fonte: https://mol.icb.usp.br/index.php/9-29-tecido-nervoso/ 
 
 
Neurônio 
multipolar 
Neurônio 
multipolar Nucléolo 
Neurônio 
com 
substância 
de Nissl 
(tigroide) 
Célula da 
Neuroglia 
Capilares 
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Figura 37: um corte longitudinal de um nervo, indicando a bainha de mielina e o axônio em seu interior. Note na preparação que a bainha 
parece um tênue tubo que envolve o axônio, apresentado como um filamento em coloração mais escura. Fonte: 
https://mol.icb.usp.br/index.php/9-34-tecido-nervoso/. 
 
 
 A melhor forma de observar os prolongamentos neuronais se dá corando o material por meio de 
impregnação metálica. Veja na figura abaixo. 
 
Figura 38: Corte de um cerebelo corado por impregnação metálica. Setas apontam corpo celular. Fonte: https://mol.icb.usp.br/index.php/9-
6-tecido-nervoso/. 
Axônio 
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6 – EXERCÍCIOS COMENTADOS 
 
1. (UFRJ 2002) Os tecidos são conjuntos de células semelhantes na forma e que desempenham o 
mesmo tipo de função. Sobre os tecidos analise as afirmativas abaixo: 
I. o tecido muscular liso é formado por células alongadas e afinadas nas pontas, tem contração voluntária e 
forma os músculos presos aos ossos. 
II. o tecido epitelial de revestimento é constituído por células firmemente unidas umas as outras e 
desempenha a função de revestir e proteger as superfícies externas do corpo e as cavidades internas dos 
órgãos. 
III. O tecido ósseo apresenta substânciaintercelular calcificada. No entanto as células se mantém vivas pois 
recebem nutrientes e oxigênio através de vasos sanguíneos localizados em uma rede de canais que passam 
por dentro do osso. 
A(s) afirmativa(s) correta(s) é/são somente: 
 
a)I 
b)III 
c)I e II 
d)II eIII 
e)I, II e III 
 
Comentário: 
O tecido muscular liso é formado por células fusiformes, que são alongadas com as extremidades finas. Ele 
está presente por exemplo em nosso intestino. Sua contração é involuntária. Ele não está preso aos ossos 
como é o caso da musculatura esquemática. Portanto I está incorreto. As demais estão corretas. Resp. d. 
 
 
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2. (UFRJ 2002) O tecido nervoso é responsável pela capacidade do animal de receber, interpretar e 
responder aos estímulos do ambiente e do interior do seu próprio corpo. Essas propriedades devem-se a 
uma célula altamente especializada, o neurônio representado a seguir. 
 
 
Na figura acima I, II e III são, respectivamente: 
 
a) corpo celular, axônio, dendritos 
b)dendritos, corpo celular e axonio 
c)axônio, corpo celular e dendritos 
d)dendritos, axônio e corpo celular 
e)axônio, dendritos e corpo celular. 
 
Comentário 
Na figura temos representado um neurônio, estando apontados os dendritos em I, o axônio responsável 
pela transmissão do impulso elétrico em III e o corpo celular onde estão organelas e núcleo em II. Resp. b. 
 
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3. (UFRJ 2002) O músculo cardíaco, também chamado de miocardio, possui células: 
a)alongadas, cilindricas e unidas, com estrias transversais, contrações rápidas e voluntárias 
b)alongadas e isoladas, sem estrias transversais, e contração lenta e involuntária 
c)alongadas e ramificadas, com estrias transversais, contração rápida e involuntária 
d)curtas e ramificadas com estrias transversais contração rápida e voluntária 
e)curtas e unidas, sem estrias transversais, contração lenta e involuntária. 
 
Comentário 
 O músculo cardíaco apresenta células ramificadas e alongadas, que podem se contrair rapidamente sob 
controle independente ou seja involuntário. Nelas são visíveis as fibras de actina e miosina, formando as 
estrias que somente não são visíveis na musculatura lisa. Resp. c 
 
 
4. (UFRJ 2002) o tecido encontrado nos tendões e nos ligamentos que une os osso entre si 
caracteriza-se por apresentar material intercelular com: 
a)grande quantidade de fibras colagenas orientadas em uma direção formando feixes resistentes e de 
pouca elasticidade 
b)pouca quantidade de fibras de colageno muito elásticas orientadas em varias direções formando feixes 
resistentes 
c)grande quantidade de fibras elásticas que se deformam facilmente quando sujeitas a força de tração 
d)grande quantidade de células armazenadoras de gordura formando feixes resistentes e flexiveis 
e)pouca quantidade de feixes constituídos de fibras elásticas e de constituição gelatinosa. 
 
Comentário: 
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Os tendões e ligamentos são constituídos por tecido conjuntivo denso, formado por grande quantidade de 
feixes de colágeno, muito resistentes. Resp.a 
 
 
5. (NUCEPE 2012) No sistema esquelético, acerca da cartilagem, é correto afirmar que: 
a)existe um único tipo, cartilagem hialina 
b)é uma forma especial de tecido conjuntivo, no qual a composição da matriz não determina sua função 
c)as células são denominadas condrócitos e formam estruturas circulares ao redor de lacunas 
d)não há vascularização por isso as peças são pequenas e geralmente envolvidas pelo periósteo (tecido 
conjuntivo) 
e)tem função de suporte, faz parte das superfícies articulares e serve como molde para o crescimento 
ósseo. 
 
Comentário: 
Existem vários tipos de cartilagens, estudamos aqui ao menos três: hialina, elástica e fibrosa. Suas 
diferenças estão relacionadas à composição da matriz. São formadas por condrócitos que estão no interior 
de câmaras chamadas de lacunas. As cartilagens não são vascularizadas e estão envolvidas pelo 
pericôndrio. Portanto, estão erradas todas as alternativas. Resp.e 
 
 
 
 
 
 
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7 - QUESTÕES PROPOSTAS 
 
1. (FUMARC 2013) A creatina é o principal composto de reserva do fosfato altamente energético 
necessário para o metabolismo muscular. Sobre a creatina e creatinina, NÃO é correto 
afirmar:) 
 
A A maior reserva corporal de creatina está nos adipócitos. 
B Ao perder água, a creatina forma sua amida cíclica, creatinina. 
C É sintetizada no fígado, a partir de arginina, glicina e da metionina. 
D O conteúdo normal de creatinina corporal em homens normais é proporcional à massa muscular. 
 
 
2. (PROGESP UFRR 20016) Os tecidos conjuntivos formam-se do mesênquima e têm como 
característica grande substância intercelular. Fazem parte dos tecidos conjuntivos: 
A tecido adiposo, tecido ósseo, tecido epitelial; 
B tecido cartilaginoso, tecido ósseo, tecido epitelial; 
C tecido adiposo, tecido ósseo, tecido conjuntivo propriamente dito; 
D tecido adiposo, tecido conjuntivo propriamente dito e epiderme; 
E tecido hematopoiético, tecido adiposo e tecido epitelial. 
 
 
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3. (CESMAC 2017) Considerando a prática de exercício físico, não é correto afirmar que o 
aumento de massa muscular ocorre em tecidos cujas: 
A células são longas, cilíndricas e multinucleadas, dispostas em feixes com estrias transversais. 
B miofibras são ricas em sarcômeros, estes compostos por filamentos de actina e miosina. 
C contrações são rítmicas e involuntárias, sendo constituídos por células alongadas e ramificadas. 
D fibras musculares dependem de um potencial de ação para despolarizar a membrana plasmática. 
E células são mononucleadas, sem sarcômeros, mantidas juntas através de fibras reticulares. 
 
 
4. (FAPEC 2020) Histologia é a ciência que estuda os tecidos, que são agrupamentos de células e 
determinadas estruturas que desempenham funções específicas organismos multicelulares. 
Existem 4 tipos de tecidos. São eles: 
A Epiteliais, Conjuntivos, Musculares e Nervoso. 
B Adiposo, Reticular, Cartilaginoso e Ósseo. 
C Cartilaginoso, Ósseo, Musculares e Nervoso. 
D Epiteliais, Reticular, Musculares e Nervoso. 
E Epiteliais, Musculares, Adiposo e Nervoso. 
 
5. (AOCP 2019) Os tecidos conjuntivos são responsáveis pelo estabelecimento e pela 
manutenção da forma do corpo. Este papel mecânico é dado por um conjunto de moléculas 
que conecta as células e os órgãos, dando, dessa maneira, suporte ao corpo. O enunciado diz 
respeito a qual estrutura do tecido conjuntivo? 
A Matriz extracelular. 
B Fibroblastos. 
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C Célula-tronco hematopoética. 
D Célula mesenquimal indiferenciada. 
 
6. (AOCP 2019) Constituído por células poliédricas justapostas, entre as quais há pouca 
substância extracelular, este tecido pode ser divido em dois grupos principais, de acordo com 
sua estrutura e função: de revestimento e glandular. O enunciado refere-se ao tecido 
A conjuntivo. 
B nervoso. 
C epitelial. 
D adiposo. 
 
 
7. (FUNCAB 2014) Tecidoconjuntivo resistente, que se distribui por todo corpo; permite que o 
corpo conserve sua forma natural e mantém os órgãos vitais em posição adequada. Esse 
tecido chama-se: 
A músculo 
B bainha 
C fáscia 
D aponeurose 
E retináculo 
 
 
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8. (IFMT 2019) Os tecidos epiteliais, ou epitélios, são tecidos animais que cobrem o lado externo 
do corpo e revestem órgãos e cavidades no interior do corpo. Sobre os epitélios, assinale a 
opção INCORRETA. 
A A epiderme é um tecido epitelial que faz parte da pele, protege e reveste a superfície do corpo e certos 
órgãos internos. 
B A chamada mucosa gástrica corresponde ao epitélio cilíndrico simples do estômago. 
C Os tecidos epiteliais glandulares produzem e liberam substâncias como hormônios, enzimas, saliva, leite 
entre outras. 
D Os tecidos epiteliais possuem grande quantidade de substâncias intercelulares. 
E Uma característica importante dos tecidos epiteliais é a ausência de vasos sanguíneos. 
 
9. (UNIRV - GO 2017) A respeito do tecido epitelial, podemos afirmar: 
 
I – Reveste internamente as cavidades. 
II – O epitélio da epiderme é classificado como estratificado pavimentoso queratinizado. 
III – Faz contato direto com o tecido conjuntivo subjacente que serve apenas para a sustentação. 
 
É correto afirmar que apenas: 
A O item I é verdadeiro. 
B Os itens I e II são verdadeiros. 
C O item II é verdadeiro. 
D Os itens I e III são verdadeiros. 
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10. (CETRO 2013) Assinale a alternativa que apresenta as células especializadas responsáveis pela 
produção do pigmento que dá cor à pele humana. 
A Mastócitos. 
B Plasmócitos. 
C Melanócitos. 
D Queratinócitos. 
E Eosinófilos. 
 
11. (COSEAC 2015) O tecido cartilaginoso se caracteriza por: 
A apresentar abundante material intercelular. 
B ser formado por células justapostas e de formato poliédrico. 
C apresentar células com riqueza de microvilosidades. 
D ser formado por células com citoesqueleto abundante. 
E apresentar células com citoplasma altamente ramificado. 
 
12. (COSEAC 2015) Os discos intercalares são encontrados em células do tecido: 
A muscular liso. 
B muscular cardíaco. 
C conjuntivo. 
D epitelial. 
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E ósseo. 
 
13. (COSEAC 2015) O tecido epitelial é dividido primariamente em epitélios: 
A simples e compostos. 
B simples e estratificados. 
C mórficos e amórficos. 
D coráveis e não coráveis 
E glandular e de revestimento. 
 
14. (VUNESP 2014) A pele é formada pela epiderme e derme. A epiderme é a região mais externa 
da pele e é formada por células achatadas, sendo que as mais superficiais, quando morrem, 
formam camadas de queratina, que atuam 
A como barreira elétrica. 
B como lubrificante. 
C reduzindo a desidratação 
D na captação de sensações de pressão. 
E na reserva de energia. 
 
15. (FDRH 2008) As células que formam o tecido ósseo são os ___________ , que se situam em 
lacunas no interior da matriz óssea, os ___________ , que produzem a parte orgânica da 
matriz e os __________, que são células gigantes multinucleadas, relacionadas com a 
reabsorção do tecido ósseo. 
Assinale a alternativa cujas palavras completam correta e respectivamente as lacunas da frase acima. 
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A osteoblastos – osteoclastos – osteócitos 
B osteoblastos – osteócitos – osteoclastos 
C osteoclastos – osteoblastos – osteócitos 
D osteócitos – osteoclastos – osteoblastos 
E osteócitos – osteoblastos – osteoclastos 
 
16. (CESPE/CEBRASPE 2020) Um tecido pode ser definido como um conjunto de células 
especializadas, iguais ou diferentes entre si, que realizam determinada função em um 
organismo multicelular. As figuras a seguir representam alguns dos tecidos encontrados no 
corpo humano. 
 
 
 
 
 
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Internet: <https://brasilescola.uol.com.br>; <https://www.estudopratico.com.br>. 
Considerando-se as figuras precedentes, é correto afirmar que o tecido cuja principal função é o 
isolamento térmico do corpo está representado na figura 
A 17A1-IV. 
B 17A1-V. 
C 17A1-VI. 
D 17A1-VII. 
E 17A1-VIII. 
 
17. (CESPE CEBRASPE 2021) Com relação a tecido conjuntivo, julgue os itens seguintes. 
 
I O tecido conjuntivo cartilaginoso é constituído por condrócitos. 
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II O tecido conjuntivo ósseo é formado por eritrócitos que atuam na circulação de oxigênio pelo corpo 
humano. 
III O tecido conjuntivo adiposo armazena grande quantidade de energia do organismo na forma de 
triglicerídios. 
 
Assinale a opção correta. 
 
A Apenas o item I está certo. 
B Apenas o item II está certo. 
C Apenas os itens I e III estão certos. 
D Apenas os itens II e III estão certos. 
E Todos os itens estão certos. 
 
 
18. (CESPE CEBRASPE 2013) Considerando que os tecidos biológicos são o conjunto de células 
especializadas que realizam determinada função em organismos multicelulares, julgue o item 
a seguir, com base na histologia vegetal e animal. 
 
O tecido muscular liso, que reveste os tubos sanguíneos, como artérias e veias, apresenta sarcolema, 
uma organela responsável pelo armazenamento de cálcio. 
 
Certo 
Errado 
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19. (CESPE CEBRASPE 2013) Considerando que os tecidos biológicos são o conjunto de células 
especializadas que realizam determinada função em organismos multicelulares, julgue o item 
a seguir, com base na histologia vegetal e animal. 
O tecido cartilaginoso é um tecido ricamente vascularizado e pode ser encontrado nas superfícies 
articulares, absorvendo choques e facilitando o deslizamento dos ossos. 
 
Certo 
Errado 
 
20. (CESPE CEBRASPE 2013) Considerando que os tecidos biológicos são o conjunto de células 
especializadas que realizam determinada função em organismos multicelulares, julgue o item 
a seguir, com base na histologia vegetal e animal. 
Os prolongamentos ramificados de um neurônio são denominados dendritos, cuja função é a de receber 
impulsos nervosos. 
 
Certo 
Errado 
 
21. (CESPE CEBRASPE 2017) Com relação às características das células epiteliais, assinale a opção 
correta. 
A Células alongadas que contêm grande quantidade de filamentos citoplasmáticos de proteínas contráteis 
constituem o tecido epitelial. 
B Os adipócitos são células do tecido epitelial que podem ser encontradas isoladas ou em pequenos 
grupos, apesar de a maioria delas formar grandes agregados. 
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C Células poliédricas, ou seja, células de muitas faces, justapostas e com pouca substância extracelular 
entre elas constituem os epitélios. 
D Células do tecido epitelial, como os fibroblastos, originam-se localmente a partir de uma célula 
mesenquimal indiferenciada e permanecem toda sua vida no tecido.