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Primeiros Socorros: Fratura, Entorse e Luxação

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01/12/2020 UNINTER - SOCORROS DE URGÊNCIA
https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 1/15
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SOCORROS DE URGÊNCIA
AULA 6
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Profª Maria de Fátima Fernandes Vara
01/12/2020 UNINTER - SOCORROS DE URGÊNCIA
https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 2/15
CONVERSA INICIAL
Caro aluno, veremos, nesta aula, temas relevantes tanto para a prevenção quanto para
esclarecimentos em relação aos primeiros socorros, caso ocorram problemas. Assim, aprofundaremos,
no Tema 1, os conceitos de fratura, entorse e luxação. O Tema 2 abordará trauma cranioencefálico (TCE),
trauma de tórax e trauma raquimedular. O Tema 3 abordará planejamento e avaliação inicial do aluno. O
Tema 4 falará sobre local, horário, materiais e equipamentos utilizados durante as aulas de educação
física e prática de atividade física em ambientes abertos e fechados. Já o Tema 5 discutirá a adaptação
dos equipamentos para a pessoa com deficiência na prevenção de acidentes durante as aulas.
Vamos iniciar nossos estudos?
TEMA 1 – FRATURA, ENTORSE E LUXAÇÃO
Pode-se dizer que, nos casos de fratura, ocorre uma perda na continuidade do tecido ósseo. A
fratura pode ocorrer por trauma direto – por exemplo, um impacto direto nas costelas – ou por ação
indireta – por exemplo, quando a pessoa escorrega e apoia o punho no chão, mas a fratura acontece
próxima ao ombro.
Atividades como correr e saltar podem ser um fator de risco para fraturas por estresse caso sejam
realizadas sem calçado adequado, em piso inadequado e sem controle de frequência e/ou intensidade.
O osso passa, ao longo da nossa vida, por processos de produção (osteoblastos) e remodelação
(osteoclastos) graças a células específicas. Até a adolescência, a proporção de tecido produzido é maior
do que o tecido da remodelação. Da adolescência até a vida adulta, a deposição e reabsorção são
semelhantes. Com as mudanças hormonais, principalmente nas mulheres, após a menopausa, a
reabsorção óssea passa a ser maior do que a deposição óssea. Esse fato contribui para uma maior
incidência de osteoporose em mulheres (Tortora, 2016).
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A fratura pode ocorrer em virtude de queda, impacto ou movimento brusco. A osteoporose
aumenta o risco de fratura. As fraturas podem ser completas ou incompletas, expostas ou fechadas. Elas
ainda podem ser classificadas de acordo com o traço, como mostra a Figura 1.
Figura 1 – Tipos de fraturas
Crédito: Alila Medical Media/Shutterstock.
Os sintomas nos casos de fraturas podem ser:
dor;
edema no local;
crepitação;
deformidade;
impotência funcional.
Existem alguns casos específicos como:
fratura em costelas: dor e dificuldade para respirar;
fratura nas vértebras: dependendo do comprometimento na medula, paresia, paralisia ou
parestesia.
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O que fazer nos casos de fratura? Na dúvida, trate como se existisse um osso fraturado:
Caso exista um foco de hemorragia além da fratura, ele deve ser controlado primeiro para evitar o
choque hipovolêmico.
Tente acalmar a vítima.
Imobilize o segmento com suspeita de fratura. Assegure que sejam imobilizadas tanto a articulação
mais proximal ao segmento quanto a mais distal.
As talas devem ser mais longas do que as articulações proximal e distal em relação à fratura.
Para improvisar uma tala, pode-se usar qualquer material que ofereça estabilidade, como papelão
e revista enrolada.
Pode-se dizer que entorse (Figura 2) é um comprometimento em tendões e ligamentos que ocorre
em virtude de força de tração ou torção, podendo ocorrer ou não juntamente com outras lesões como
fraturas e luxação.
Movimentos que envolvem corrida, aceleração, desaceleração e saltos apresentam maior risco de
entorse (também de fratura e luxação). Para minimizar o risco, deve-se incluir o trabalho de
propriocepção no treinamento (Teixeira et al., 2019).
Figura 2 – Entorse de tornozelo
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Crédito: Cliparea L Custom Media/Shutterstock.
Em caso de entorse, você pode:
imobilizar o local da mesma forma que na fraturas;
aplicar gelo no local.
Os membros inferiores podem ser mantidos em posição antigravitacional se a entorse for em MMII
(membros inferiores devem ficar apoiados e colocados de tal forma que o pé/tornozelo fique um pouco
mais alto do que a coxa).
O que você pode ser feito para prevenir a entorse:
Utilize calçados adequados para cada ambiente.
Em caso de pisos irregulares ou mal conservados, dobre a atenção, evitando pisar em buracos.
Evite correr em pisos escorregadios.
Inclua trabalho de propriocepção para seus alunos.
Agora que você já sabe o que é fratura e entorse, vamos entender o que é luxação. Esta é
caracterizada pela perda do contato articular, com o deslocamento do osso da sua posição anatômica.
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Pode ocorrer em virtude de quedas e impactos durante a prática de esportes, podendo acometer
qualquer articulação do corpo, mas a do ombro costuma ser uma das mais comuns. Por um lado, a
articulação do ombro tem 3 graus de liberdade de movimento e grande amplitude de movimento.
Para compensar as características anatômicas da articulação do ombro, existem quatro músculos
que “abraçam” essa articulação, contribuindo para melhorar a estabilidade. Eles são conhecidos como
músculos do manguito rotador.
Como fazer para identificar uma luxação?
dor intensa no local;
edema;
impotência funcional;
deformidade no local.
O que fazer? Você pode manter o segmento imobilizado, aplicando gelo no local afetado até a
chegada de equipe de socorro especializada.
TEMA 2 – TRAUMA CRANIOENCEFÁLICO (TCE), TRAUMA DE TÓRAX E
TRAUMA RAQUIMEDULAR
O trauma cranioencefálico pode provocar repercussões em diferentes proporções, inclusive
sensoriais e funcionais. Isso porque a calota craniana protege o encéfalo (Figura 3), que, uma vez
comprometido, poderá provocar diferentes repercussões em nosso organismo. O TCE ainda é um
acidente comum e pode acontecer em qualquer ambiente.
Figura 3 – Encéfalo protegido pela calota craniana
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Crédito: Cliparea L Custom Media/Shutterstock.
As principais razões são acidentes automobilísticos, quedas e causas “violentas”, como FAF
(ferimento por arma de fogo) e FAB (ferimento por arma branca). Segundo Adekoya e Majumder, 2004,
“outras causas que também contribuem para o TCE são os acidentes ocorridos durante os esportes e a
recreação”.
Outro tópico importante é a concussão, que se trata de “um processo cerebral fisiopatológico
complexo induzido por forças biomecânicas externas que causam lesões. Originada por forças dirigidas
contra o crânio, face e/ou pescoço, a concussão normalmente resulta em disfunção neurológica rápida e
transitória” (Damiani; Damiani, 2019, p. 284). Hoje, o consenso é de que as repercussões da concussão
são fisiológicas, e não estruturais (Makdissi et al., 2014).
Para classificar o nível de comprometimento do TCE, durante o primeiro atendimento, utiliza-se a
Escala de Coma de Glasgow, mundialmente aceita. Para prestar o socorro, você deve deixar a vítima
imóvel, em decúbito dorsal, realizar o ABCDE e chamar o socorro o mais rápido possível.
O trauma no tórax também pode levar a casos graves. A maior parte dos traumatismos torácicos é
provocada por acidentes de trânsito, mas também podem ocorrer em atividades esportivas. A gravidade
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vai depender da quantidade de estruturas afetadas, bem como o quanto essas estruturas foram
comprometidas.
Sendo a região muito importante em virtude dos órgãos que abriga, o acidente com trauma detórax deverá ser considerado como grave. Em caso de ocorrência, mantenha a vítima deitada em
decúbito dorsal (ou com o tronco um pouco acima da pelve) e chame o socorro o mais rápido possível.
O TRM (trauma raquimedular) (Figura 4) é um dano que ocorre na medula espinhal, podendo
provocar a diminuição ou perda da função sensória e/ou motor. Pode ser completa ou incompleta,
dependendo do percentual de comprometimento nervoso nos diferentes níveis da coluna vertebral.
Figura 4 – Trauma raquimedular
Crédito: Blamb/Shutterstock.
Caso exista a suspeita de lesão medular, a vítima deve ficar imobilizada em decúbito dorsal. Pode-se
perguntar se ela sente as extremidades distais e pedir para movimentar os dedos. No entanto, a vítima
não deve movimentar os membros superiores ou inferiores até a chegada do socorro especializado.
TEMA 3 – PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO INICIAL DO ALUNO
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O planejamento é essencial quando o foco é a prevenção de incidentes/acidentes. Avaliar
antecipadamente os fatores de risco pode contribuir para evitar uma série de situações indesejadas. A
avaliação inicial dos alunos deve fazer parte do planejamento, pois permite obter informações básicas,
mas importantes para a elaboração das atividades – entendendo que aqui podem ser contempladas as
diversas possibilidades de atuação do professor de educação física (escolas, academias, clubes, empresas
etc.).
Nessa avaliação inicial, podem constar informações como:
Dados pessoais: importantes para a identificação do aluno e o conhecimento dos canais de
contato, caso seja necessário chamar os responsáveis.
Dados antropométricos: sendo o IMC um dos componentes da aptidão física, o conhecimento
dessas medidas contribui para traçar os riscos e estabelecer metas dentro do programa de
orientações em relação à obesidade, por exemplo (Vara; Pacheco, 2018). Além do IMC, ainda
existem outras medidas relevantes, como relação cintura/quadril e índice de iconicidade, que
também podem ser indicadores de riscos aumentados de comprometimentos cardíacos.
Condições de saúde: se o aluno apresenta alguma restrição em relação à prática de exercícios ou
algum tipo de alergia. Sempre que possível, além das informações fornecidas pelo aluno ou
responsável, deve-se solicitar a liberação médica.
Caso o aluno tenha algum comprometimento ou condição específica, deve-se conhecer as
informações para melhor adaptação das atividades, como quando o aluno tem crises
convulsivas esporádicas, por exemplo.
Avaliar se o aluno tem problemas respiratórios com indicações específicas para o exercício
físico ou orientações específicas em caso de crise.
Nível de aptidão física: essa informação pode ser reforçada com a aplicação de testes específicos
para cada componente da aptidão física: resistência muscular localizada ou resistência de força;
aptidão cardiorrespiratória; flexibilidade; composição corporal.
Os resultados dos testes que avaliam os componentes da aptidão física podem fornecer
informações importantes em relação às condições do aluno em realizar ou não determinadas
atividades. Por exemplo, o aluno fez a inscrição para uma caminhada na natureza, mas o
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professor percebeu, com a avaliação, que ele ainda não apresenta condições
cardiorrespiratórias para a respectiva atividade (Vara; Pacheco, 2018).
Outras informações podem ser solicitadas na avaliação inicial, conforme a faixa etária do aluno ou
interesse específico para a atividade que será desenvolvida. Por exemplo, é importante que os alunos
apresentem o resultado do teste de esforço antes de iniciar um programa de treinamento. A ausência
dessa informação pode omitir um risco cardíaco ao realizar atividades mais intensas (Vara; Pacheco,
2018).
Quando a avaliação não for possível de ser realizada, como no caso de atividades de recreação em
hotéis, fique atento em relação aos sinais vitais dos alunos. Por exemplo, se o aluno apresentar
dificuldade para respirar, pare a atividade (caso você esteja sozinho) e investigue o porquê do ocorrido.
Eventualmente, algumas atividades resultam em acidentes ou incidentes, com diferentes níveis de
repercussão. Para Ruppenthal (2013), “o conceito de prevenção evoluiu juntamente com a racionalidade
e a capacidade de organização da espécie humana, desenvolvendo a habilidade da antecipação e
reconhecimento dos riscos das suas atividades”.
TEMA 4 – LOCAL, HORÁRIO, MATERIAIS E EQUIPAMENTOS
Estas orientações servem para as aulas de educação física e a prática de atividade física em
ambientes abertos e fechados.
O local onde são realizadas as atividades deve ser analisado antes, sempre buscando minimizar os
riscos de acidentes. Também deve ser considerada a faixa etária dos alunos. Por exemplo, em uma aula
de canoagem, antes que os alunos se aproximem da água, todos devem colocar os coletes salva-vidas. A
orientação sobre como agir em cada ambiente e como utilizar os materiais deve fazer parte das
atividades para que o risco seja minimizado. Ainda em atividades como canoagem ou outras realizadas
na natureza, deve-se cuidar em relação à presença de animais peçonhentos.
Antes de convidar/levar os seus alunos para praticar exercício em qualquer lugar, reflita sobre as
perguntas abaixo:         
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Você conhece o local? Já o visitou? Buscou informações/referências?
É adequado para a faixa etária? Veja alguns exemplos a seguir, mas procure aprofundar as
observações para cada local e as respectivas necessidades de adequação conforme a faixa etária
dos alunos.
Evite, por exemplo, realizar uma caminhada com uma turma de idosos em pisos
escorregadios ou com buracos.
No caso de uma turma de crianças, tenha cuidado com muretas baixas.
É adequado para ser utilizado em qualquer horário?
Imagine que você planejou uma caminhada em um parque às 18h. A caminhada deveria
durar 1 hora, porém, às 18h30 já é noite naquele local e não existe iluminação nem
segurança (policiamento, por exemplo) adequados. Isso pode aumentar o risco de acidentes
(como queda em possíveis desníveis no piso) e assaltos.
Existem cuidados específicos que devem ser orientados?
Por exemplo, onde o piso é escorregadio não se deve correr.
Em virtude do risco de encontrar animais peçonhentos. não se deve aproximar-se de
determinada área.
Não se deve pendurar-se em determinado local em virtude do risco de queda.
Em caso de acidentes, é possível chamar o socorro especializado?
No caso de locais mais afastados, existe sinal de celular para que possa ser feita a ligação
para o serviço especializado?
É possível a aproximação de ambulância no local? Ou é preciso outro tipo de transporte?
Você está preparado/conhece os riscos para agir até a chegada do serviço especializado?
É seguro?
Tem/precisa de policiamento?
Existe o risco em relação a algum tipo de animal?
Existem riscos de ocorrer o fenômeno conhecido como cabeça d’água? Voltamos à primeira
pergunta: você conhece o local? Veja que todas as perguntas são importantes e devem ser
feitas antes da escolha do espaço, pois uma complementa a outra.
Além dessas orientações, o uso de equipamentos de proteção deve estar de acordo com o local e
temperatura, cada um com a sua particularidade. Um exemplo disso é quando o indivíduo resolve correr
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em ambientes muito frios, onde pode acontecer o congelamento de extremidades se as roupas e
acessórios não forem adequados.
Em relação ao horário, as atividades devem ser realizadas de tal forma que fomentem aspectos
positivos, e não riscos ao indivíduo. Dessa forma, o horário deve ser considerado, devendo ser feita a
melhor escola conforme as possibilidades do aluno. Por exemplo, deve-se evitar longa permanênciasob
sol forte, tanto pelo risco de queimaduras quanto pelo risco de insolação (além de outros, como câncer
de pele). No entanto, caso seja necessário, alguns cuidados extra devem ser considerados, como:
O aluno deve hidratar-se levando em consideração a intensidade/duração do exercício e
temperatura/exposição ao sol, por exemplo.
O aluno deve utilizar equipamentos de proteção, como óculos e bonés.
O aluno deve utilizar roupas adequadas, no caso de exposição ao sol, preferencialmente com fator
de proteção.
Conforme comentado anteriormente, a segurança também deve ser levada em consideração:
horários muito cedo ou tarde podem ser mais arriscados (pelo risco de assaltos, por exemplo).
TEMA 5 – ADAPTAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS PARA A PESSOA COM
DEFICIÊNCIA NA PREVENÇÃO DE ACIDENTES DURANTE AS AULAS DE
EDUCAÇÃO FÍSICA
Os equipamentos adaptados para que a pessoa com deficiência participe das aulas de educação
física também devem contemplar aspectos de segurança (que não aumentem o risco de acidente ou
qualquer tipo lesão). De forma geral (mas não limitada), podemos destacar:
Deficiência intelectual: as informações devem ser simples, diretas e objetivas. Certifique-se de que
o aluno compreendeu como realizar a atividade ou utilizar o equipamento com segurança.
Deficiência auditiva: caso você não fale Libras, procure falar dirigindo-se ao aluno. Também é
importante que desenvolva sinalização visual.
Deficiência visual: o aluno deve conhecer bem o ambiente para que possa realizar as atividades
com segurança e autonomia. Você pode ter um mapa em braille ou em uma adaptação em alto
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relevo como mais uma opção, além de andar pelo ambiente e conhecer os detalhes através do
tato.
Deficiência física: deve-se observar se o aluno tem paresia (diminuição da forca muscular) em
membros inferiores; se é usuário de muletas, mas consegue realizar todos os exercícios sem
adaptação; se é usuário de cadeira de rodas, deve-se ficar atento em relação à necessidade de
encosto aumentado (caso não tenha controle de tronco); se é usuário de cadeira de rodas, deve-se
atentar para a necessidade de adequação do material do assento. No caso de paralisia flácida, o
aluno não deve sentar em superfícies rígidas, que aumentam o risco de úlceras de pressão.
O capítulo 4º do art. 11 do Decreto n. 5.296/2004 aponta que a “construção, reforma ou ampliação
de edificações de uso público ou coletivo, ou a mudança de destinação para estes tipos de edificação,
deverão ser executadas de modo que sejam ou se tornem acessíveis à pessoa portadora de deficiência
ou com mobilidade reduzida” (Brasil, 2004). Sobre os estabelecimentos de ensino, o seu art. 24 indica
que os mesmos deverão oferecer “condições de acesso e utilização de todos os seus ambientes ou
compartimentos para pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, inclusive salas de
aula, bibliotecas, auditórios, ginásios e instalações desportivas, laboratórios, áreas de lazer e sanitários”
(Brasil, 2004).
A NBR 9077 determina as “condições exigíveis que as edificações devem possuir: a) a fim de que sua
população possa abandoná-las, em caso de incêndio, completamente protegida em sua integridade
física; b) para permitir o fácil acesso de auxílio externo (bombeiros) para o combate ao fogo e a retirada
da população" (ABNT, 1993). Dessa forma, existem normas que devem ser seguidas para que exista mais
segurança a todos.
NA PRÁTICA
Vimos, nesta aula, os conceitos de fratura, entorse e luxação. Deve-se considerar que, em caso de
suspeita de uma dessas condições, é preciso imobilizar as articulações adjacentes à área comprometida.
Dessa forma, sugerimos que você pratique, improvisando material para propiciar a estabilidade e
refletindo sobre onde deve iniciar e até onde deve haver a estabilização para os principais ossos do
corpo (escolha quatro ossos).
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Boa prática!
FINALIZANDO
Caro aluno, vimos, nesta aula, alguns conceitos importantes sobre prevenção e primeiros socorros.
Compreender esses conceitos é fundamental para a sua vida profissional. Por isso, vimos, no Tema 1, os
conceitos de fratura, entorse e luxação. O Tema 2 abordou trauma cranioencefálico (TCE), trauma de
tórax e trauma raquimedular. O Tema 3 abordou planejamento e avaliação inicial do aluno. O Tema 4
falou sobre local, horário, materiais e equipamentos utilizados durante as aulas de educação física e
prática de atividade física em ambientes abertos e fechados. Já o Tema 5 discutiu a adaptação dos
equipamentos para a pessoa com deficiência na prevenção de acidentes durante as aulas de educação
física.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Diretrizes de atenção à reabilitação
da pessoa com traumatismo cranioencefálico. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações
Programáticas Estratégicas. Brasília: Ministério da Saúde, 2015. Disponível em:
<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/diretrizes_atencao_reabilitacao_pessoa_traumatisco_cranioe
ncefalico.pdf>. Acesso em: 13 mar. 2020.
MAKDISSI, M.; DAVIS, G.; MCCRORY, P. Updated guidelines for the management of sports-related
concussion in general practice. Australian Family Physician, v. 43, n. 3, mar. 2014.
RUPPENTHAL, J. E. Gerenciamento de riscos. Santa Maria: Universidade Federal de Santa Maria,
Colégio Técnico Industrial de Santa Maria; Rede e-Tec Brasil, 2013. Disponível em:
<http://estudio01.proj.ufsm.br/cadernos_seguranca/sexta_etapa/gerenciamento_riscos.pdf >. Acesso em:
13 mar. 2020.
TEIXEIRA, V. A. et al. Avaliação dos fatores de risco da entorse em inversão em futebolistas
brasileiros e sul-coreanos. Arq. Cien. Esp., v. 7, n. 1, p. 28-32, 2019. Disponível em:
01/12/2020 UNINTER - SOCORROS DE URGÊNCIA
https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 15/15
<http://seer.uftm.edu.br/revistaeletronica/index.php/aces/article/view/3475/3816>. Acesso em: 7 mar.
2020.
TORTORA, G. J.; DERRICKSON, B. Principles of anatomy physiology. 14 ed. [S.l.]: [s.n.], 2016.
VARA, M. de F. F.; PACHECO, T. Educação física e populações especiais. Curitiba: InterSaberes,
2018.

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