PORTIFÓLIO O PAPEL DA ASSISTÊNCIA SOCIAL NA VIOLÊNCIA DOMÉSTICA EM RELAÇÃO ÀS MULHERES.

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Vitoria da silva oliveira
O PAPEL DA ASSISTêNCIA SOCIAL NA VIOLÊNCIA DOMÉSTICA em relação Às mulheres.
Guaçuí/ES
2021
Guaçuí/ES
2021
Vitoria da silva oliveira
O PAPEL DA ASSISTêNCIA SOCIAL NA VIOLÊNCIA DOMÉSTICA em relação Às mulheres.
Trabalho apresentado ao Curso Serviço Social da UNOPAR- Universidade Norte do Paraná, primeiro semestre para as disciplinas: Metodologia Científica, Responsabilidade Social e Ambiental, Homem, Cultura e Sociedade, Psicologia e Políticas Públicas.
Professores: Maria Luzia Mariano, Maurilio Bergamo, Maria Gisele de Alencar, Mayra Campos.
Guaçuí/ES
2021
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO..............................................................................................5
2. DESENVOLVIMENTO..................................................................................6
2.1- A violência doméstica contra a Mulher..................................................6
2.2- A lei Maria da Penha..............................................................................7
2.3- Formas de violência doméstica..............................................................7
2.4- Pandemia covid-19 e a violência doméstica..........................................8
2.5- Como o assistente social atua contra a violência doméstica.................9
3. CONCLUSÃO................................................................................................11
4. REFERÊNCIAS..............................................................................................12
1. INTRODUÇÃO
Neste trabalho estaremos apresentando o seguinte tema: O papel do Assistente Social contra a violência doméstica em relação às mulheres, mesmo na atualidade em que vivemos continua ocorrendo a violência doméstica, um acontecimento de ¨algo comum¨, que existe no cotidiano de várias famílias no mundo inteiro. Existe várias formas de violência doméstica contra a mulher, ou seja (física, psicológica, sexual, patrimonial e moral).
 
“Toda hora é hora de fazer o que é certo”. - Martin Luther King
A temática dele é o seguinte: não importa o preço a pagar, mesmo que a condição seja desfavorável, faça o certo. Falando sobre fazer o certo, lembramos da Lei Maria da Penha, sancionada em 7 de agosto de 2006, n.º 11.340 Art. 1º Esta Lei cria mecanismos para coibir e prevenir a violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos do § 8º do art. 226 da Constituição Federal, da Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Violência contra a Mulher, da Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher e de outros tratados internacionais ratificados pela República Federativa do Brasil; dispõe sobre a criação dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher; e estabelece medidas de assistência e proteção às mulheres em situação de violência doméstica e familiar.
A violência doméstica afeta em todas as classes sócias, etnia, raça, orientação sexual, religião, idade, renda, cultura, nível de educação. Diante disso as agressões não só acontecem dentro de casa, da mesma forma acontece nas ruas, nos trabalhos, nas escolas, entre outras. No entanto a primeira instituição familiar, e o primeiro grupo social em que o ser humano tem contato é a família, e quando acontece violência doméstica, envolve pessoas com o sem vínculo familiar.
2. DESENVOLVIMENTO.
2.1- A violência doméstica contra a Mulher.
A Violência contra a Mulher, é um tipo de comportamento que envolve a violência e a intimidação do agressor com a vítima, causando medo e constrangimento, e atinge todo o país e cultura. Esses ataques ocorreram na casa da família, por isso são difíceis de detectar e solucionar, porque embora os relacionamentos violentos e abusivo, eles ainda contêm relacionamento de emoção, amor e dependência financeira entre outras. Nas relações íntimas, o agressor dispõe de uma particular proximidade afetiva e de um leque de conhecimento e estratégias para controlar a vítima.
No passado a violência doméstica era tratada como um problema familiar, tais agressões que ocorria dentro dos seus lares, era visto como algo normal de acontecer em um relacionamento, não era visto como um crime, e muito menos como uma violação dos direitos humanos. No Brasil as principais vítimas de violência doméstica são contra mulheres negras, e um dos motivos é por causa da sua raça e pelo gênero, o racismo estar ligado as etnias e raças. O racista tem em sua mente que ele é superior, e diferente de uma pessoa negra, o preconceito e machismo, dificulta ainda mais na vida das mulheres negras.
Segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, 1.206 mulheres foram vítimas de feminicídio em 2018 e 61% delas era negra (soma de pretas e pardas, de acordo com classificação do IBGE). Feminicídio é o termo que define o assassinato de mulheres cometido em razão do gênero. Ou seja, quando a vítima é morta por ser mulher. A violência parou de ser só um problema familiar, e sim começou a ser uma responsabilidade do Estado.
2.2- A lei Maria da Penha Artigo 7 da Lei nº 11.340 de 07 de agosto de 2006
 
É uma lei no Brasil que tem como objetivo principal prever punições adequadas e prevenir a violência doméstica contra a mulher. Quando as violações das mulheres ocorrem no ambiente doméstica e familiar, a punição e a violação se torna cada vez mais severas. A lei Maria da Penha não contempla apenas os casos de agressão física, também estão previstas as situações de violência psicológica, como afastamento dos familiares e amigos, ofensas, destruição de bens pessoais, objetos, documentos, difamação e calúnia.
As Violências é causada pela a desigualdade social entre Homens e Mulheres, diante dessa situação causa muita descriminação sexual inúmeras vezes, por esse motivo esse acontecimento se repete muito mais do que imaginamos. Os homens ainda são considerados seres superiores e se mantém mais poderosos perante a sociedade, enquanto as mulheres são consideradas incapazes de ter opinião própria, frágil, submissas, dona de casa, sem pensamentos próprios entre outros. A sociedade ainda continua sendo patriarcado e machista, dando mais poder para os homens, causando a rivalidade entre homens e mulheres, aumentando o índice de violências, estupro, assédio, diferença salarial, entre o sexo oposto.
 2.3- Formas de violência doméstica.
 
Diante disso define a violência contra a mulher como “qualquer ato ou conduta baseada no gênero, que cause morte, dano ou sofrimento físico, sexual ou psicológico à mulher, tanto no ambiente público como no ambiente privado¨.
Física: Qualquer ato que ofenda a integridade ou saúde corporal da mulher. 
Exemplo: Espancar, atirar objetos, sacudir e apertar os braços, estrangulamento ou sufocamento, lesões com objetos cortantes ou perfurantes, ferimentos causados por queimaduras ou arma de fogo e tortura.
Psicológica: Atos que causem dano emocional e diminuição a autoestima, prejudicando e perturbando o pleno desenvolvimento da mulher, ou degradar ou controlar suas ações, comportamentos, crenças e decisões. Vivemos em uma cultura de violência em que relações abusivas e relações tóxicas são frequentes. Isso adoece e prejudica todas as áreas da nossa vida. 
Exemplo: Constrangimento, manipulação, humilhação, vigilância constante, chantagens, limitação do direito de ir e vir entre outras.
Sexual: Trata-se de qualquer conduta que tira os direitos sexual da mulher. 
Exemplo: Obriga a manter a participar de relação sexual não desejada mediante intimidação, ameaça, coação ou uso de força, inclui também retirar os seus direitos reprodutivos.
Patrimonial: A violência que ataca diretamente a dependência financeira da mulher, como o objetivo de ter o controle sobre ela. 
Exemplo: Atos como controle de dinheiro, deixar de pagar pensão alimentícia, destruir documentos pessoais, furto, extorsão, estelionato, entre outros atos que venha impedir a mulhera ter acesso aos recursos para satisfazer suas necessidades. 
Moral: Ficar falando coisas que não são verdadeiras sobre a mulher.
 Exemplo: Acusá-la de traição, expor sua intimidade, diminuir a mulher pela forma como ela se veste, fazer críticas mentirosas, entre outros atos de calúnia, difamação ou injúria.
 
 2.4- Pandemia covid-19 e a violência doméstica.
É conhecimento geral que a pandemia vem causando o aumento da violência doméstica contra as mulheres no Brasil 2020. Além disso veio causando uma crise econômica, afetando muitas famílias. Um dos piores tipos de violência, pois ataca diretamente a dependência financeira. As mulheres são uma das primeiras a serem demitidas, por achar que elas não têm mais funcionalidade na empresa. Diante disso as mulheres acabam perdendo seus empregos, sendo assim tornando-se dependentes de seus maridos. 
As empresas devem se conscientizar que a violência doméstica, é uma questão que ocorre em muitas famílias, e é um assunto muito sério e ao mesmo tempo muito delicado de falar, diante disso eles tem que começar a se planejar, e criar um método para ajudar seus funcionários que vivem nessa situação em seus lares. 
E nessa situação o machismo e o patriarcado andam juntos, porque o homem começa a pensar que ele tem o controle da vida mulher, por ele estar sustentando a casa. Muitas mulheres não conseguem sair de seus relacionamentos abusivos, por não terem o controle financeiro do lar, ou por estarem totalmente dependentes do marido, após saírem dos empregos, e dedicarem-se a casa\ famílias\ filhos. 
Ocorreu inúmeras denúncias pelas delegacias virtuais, além de existir o ligue 180 ou disque 100, e por ter aumentado as denúncias o governo criou as novas plataformas de atendimento, criando contatos no WhatsApp que pode mandar mensagens em silencio, sem que o agressor saiba, ou por um aplicativo chamado ¨ Direitos Humanos Brasil¨, o aplicativo pode envio de vídeos e fotos, áudios para te ajudar, e além disso também tem atendimento para as pessoas com deficiência auditivas, por meio de chamada de vídeo por libras( Língua Brasileira de Sinais)
Atualmente existe a delegacia especialmente em defesa das mulheres, que trabalham apenas mulheres no local, porém não é todas as cidades que existe. Geralmente quando a mulher chega na delegacia normal, e por serem poucas mulheres que trabalham é difícil ser atendida por mulheres, e a vítima acaba sendo atendida por homens, eles não têm sensibilidade com a mulher e muito menos empatia, muitas vezes as vítimas são maltratadas por causa do cansaço, indiferença e desrespeito. Não é fácil ser uma vítima e ainda lidar com os julgamentos de quem está fora da relação, e que acredita que ela sofre porque quer, se a mulher chegou ali é porque ela precisa de ajuda e não ser julgada, quem é culpado é o agressor não a vítima. 
 2.5- Como o assistente social atua contra a violência doméstica.
 
O profissional de assistente social, estar na aplicação das necessidades da sociedade em educação, saúde, seguridade social, habitação e cultura. Eles estão capacitados fornecer os direitos de encaminhamento e as diretrizes de informações necessárias.
Para a violência doméstica contra a mulher, este é um desafio para os assistentes sócias, pois a maioria das famílias na sociedade atual sofrem violência e necessidade de apoio profissional, vivemos em um mundo que muitas pessoas não tem o entendimento dos seus direitos, e acaba sendo violado e não sabem como usar a lei para lhe ajudar. No entanto, as violências domésticas também ocorrem com crianças, jovens e até idosos e é um tema muito complexo. 
Ainda convém lembrar que existe uma unidade do governo gratuito, para ajudar e informar pessoas que passam pela a violência doméstica e outros assuntos. O CREAS- Centro de Referência Especializado de Assistência Social, é responsável por fornecer acolhimento e orientação profissional contínua e apoio ás pessoas e famílias cujos os direitos foram violados de alguma forma. Além disso no CREAS existe a assistência de um psicólogo, advogado, educador social, pedagogo dentre outros, todos especializados para dá o devido atendimento que a vítima merece.
A intervenção e participação no serviço social para as mulheres vítimas de violência: entrevistas, incluindo a primeira entrevista para ter acesso a informação. Naquele momento, as mulheres explicam as suas vulnerabilidades e os assistentes sócias reflitam sobre as suas condutas profissionais. Outro método utilizado são as visitas domiciliares, onde as vítimas descobrem sua verdadeira situação. As ferramentas básicas são os relatórios e a opinião pública, pois contém todas as informações necessárias sobre as mulheres. E todos os pontos chaves envolvidos no evento e sua história familiar devem ter embasamento suficiente para que as questões sejam resolvidas nesses documentos. Durante o atendimento a vítima precisa do acompanhamento psicossocial, para auxiliar e construir em conjunto com a mesmas alternativas para que possam se desvincular dessa situação de violência.
3- CONCLUSÃO.
 
Através deste trabalho, chegamos aos seguintes fatos, que com o passar dos anos, a violência doméstica tornou-se mais severas, e as formas de punições contra as mulheres só aumenta no ambiente familiar. É de suma importância falar um pouco sobre as redes de proteção, e um pouco sobre a lei Maria da Penha para o conhecimento e ajuda necessária.
Atualmente, o serviço social tem um ponto de vista político ético. O principal objetivo deste conjunto é buscar o acesso afetivo aos direitos social, as questões são abrangentes e diversas área de atuação, são o atendimento ás vítimas de violência doméstica com o objetivo de informar sobre os direitos e informações que a vítima possui, para que assim seja feito o encaminhamento que ela precisa, para que assim seja feito o envio para o CREAS- Centro de Referência Especializado de Assistência Social. 
 É esse profissional que busca com uma equipe multidisciplinar um serviço mais humanizado e efetivo para as mulheres que sofrem violência doméstica, e através dos estudos foi possível analisar e identificar que é necessário ocorrer aplicação de leis mais severas, e a quebra de silencio também é necessário para essa situação que o mundo vive, porque as consequências são grandiosas, onde mulheres morrem por causa dessa erradicação desse acontecimento social.
Portanto, a batalha e a erradicação da violência contra as mulheres não só dependem de recurso humanos e financeiros, mas requer urgentemente de um olhar diferenciado por partes autoridades políticas e a luta da sociedade, a minoria não combate esse descaso.
4- REFERÊNCIAS
Brasil teve 105 mil denúncias de violência contra mulher em 2020; pandemia é fator, diz Damares
https://g1.globo.com/politica/noticia/2021/03/07/brasil-teve-105-mil-denuncias-de-violencia-contra-mulher-em-2020-pandemia-e-fator-diz-damares.ghtml
Acessar CREAS - Centro de Referência Especializado em Assistência Social 
https://www.gov.br/pt-br/servicos/acessar-creas-centro-de-referencia-especializado-em-assistencia-social
 Código Civil: Lei nº 11.340 
 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/l11340.htm
Cunha, Rogério Sanches; Pinto, Ronaldo Batista. Violência Doméstica-lei Maria da Penha (lei 11.340/2006).1°edição. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais LTDA, 2007.
Fatores de risco para violência contra a mulher no contexto doméstico e coletivo
https://doi.org/10.1590/S0104-12902008000300012
O retrato das violências contra mulheres negras 
https://pt.org.br/o-retrato-das-violencias-contra-mulheres-negras/ - :~:text=As%20mulheres%20negras%20s%C3%A3o%20as,acordo%20com%20classifica%C3%A7%C3%A3o%20do%20IBGE).
Violência doméstica e suas diferentes manifestações.
https://doi.org/10.1590/S0101-81082003000400003
 
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