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TCC - O Papel do Assistente Social Frente à Violência Doméstica Contra Mulher na Pandemia

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40
UNIVERSIDADE PAULISTA
SERVIÇO SOCIAL
GISLENE DA SILVA SANTOS – RA 1854357
NAYANDRA RAFAELLE ALMEIDA – RA 1856465
O PAPEL DO ASSISTENTE SOCIAL FRENTE À VIOLÊNCIA DOMÉSTICA CONTRA MULHER NA PANDEMIA
TABATINGA – AM
2021
GISLENE DA SILVA SANTOS – RA 1854357
NAYANDRA RAFAELLE ALMEIDA – RA 1856465
O PAPEL DO ASSISTENTE SOCIAL FRENTE À VIOLÊNCIA DOMÉSTICA CONTRA MULHER NA PANDEMIA
Trabalho de conclusão de curso para obtenção do título de graduação em Serviço Social apresentado à Unversidade Paulista – UNIP.
Orientador: Prof. Dr. José da Silva
TABATINGA – AM
2021
Ficha Catalográfica
Essa ficha deverá ser elaborada assim que concluir o conteúdo do seu TCC. Para elaborá-la, deverá acessar seu AVA >Comunidade UNIP EaD> Ficha Catalográfica > preencher o formulário > salvar a ficha e, em seguida, copiar e colar na parte inferior da terceira folha.
GISLENE DA SILVA SANTOS – RA 1854357
NAYANDRA RAFAELLE ALMEIDA – RA 1856465
O PAPEL DO ASSISTENTE SOCIAL FRENTE À VIOLÊNCIA DOMÉSTICA CONTRA MULHER NA PANDEMIA
Trabalho de conclusão de curso para obtenção do título de graduação em Serviço Social apresentado à Unversidade Paulista – UNIP.
Orientador: Prof. Dr. José da Silva
Aprovado em:
BANCA EXAMINADORA
______________________ / ____ / ____
Prof. Nome do Professor
Universidade Paulista – UNIP
______________________ / ____ / ____
Prof. Nome do Professor
Universidade Paulista – UNIP
______________________ / ____ / ____
Prof. Nome do Professor
Universidade Paulista – UNIP
À Deus, a família, por terem acompanhado durante essa caminhada dando forças para alcançar todos os objetivos, carinho e apoio irrestrito, propiciando total confiança nos sonhos concretizados.
AGRADECIMENTOS
Uma fase está sendo concretizada na longa caminhada da vida. Foi difícil, mas atingiu-se o fim almejado, em momentos de alegria, de tristeza, conquistas e frustrações, todas essas experiências fizeram parte das emoções no decorrer da vida. Como não poderia deixar de ser, a conclusão desse trabalho deve-se ao apoio, empenho, admiração e carinho de pessoas que estiveram próximos direta ou indiretamente. 
A elaboração do texto de agradecimento traz sentimentos conflituosos: apesar da alegria proporcionada em compartilhar o trabalho realizado, o receio de que nesse momento em que a pressão do tempo se acentua, possa-se deixar de mencionar a contribuição de alguém, dentre tantas pessoas que participaram dessa empreitada. No decorrer deste trabalho conseguiu-se contar com a colaboração de algumas pessoas a quem seria satisfatório de registrar os sinceros agradecimentos. 
Primeiramente, agradeço a Deus, acima de tudo, por ter permitido diversas situações no proceder da vida, sempre iluminando o caminho e a vida a quem tantas vezes procurou-se refúgio e regozijou-se nEle. Posteriormente, a família que constantemente incentivam em seguir os sonhos, por sempre estarem próximos. Pois continuamente, inspiram a seguir a formação acadêmica. Aos professores da instituição, que contribuíram ampliando os conhecimentos no âmbito profissional.
“O isolamento social está servindo para duas coisas: Perceber o quanto sou importante e o quanto você é desprezível”. 
(Roseli Mathias Barbosa)
RESUMO
Este trabalho analisa o papel do assistente social frente à violência doméstica contra mulher na pandemia. Tal abordagem se faz necessária devido à relevância de identificar a violência a partir da perspectiva de garantia de direitos, criar espaços de discussões nos serviços acerca de estratégias de enfrentamento a esse tipo de manifestação de violência, especialmente, nesse contexto de pandemia, visto que algumas formas cotidianas de combate à violência doméstica estão inoperantes. O objetivo desta pesquisa é evidenciar como o papel do assistente social frente à violência doméstica contra mulher na pandemia pode impactar com a adoção de medidas de prevenção na incidência desta natureza, diante dos subsídios interventivos que pode operar no fortalecimento na autonomia da mulher para sair da situação de violência e sujeição. Para tanto, será conceituado, discutido e delimitado o papel do assistente social, violência doméstica contra a mulher com base nos dispositivos legais de proteção, bem como assinalado a vulnerabilidade da mulher à violência doméstica. Este propósito será conseguido mediante o estímulo de debate entorno da linha de pesquisa em Seguridade e Assistência Social, ainda atinge-a através de análise esmiuçada de artigos de revisão bibliográfica, materiais publicados, abordagem de pesquisa qualitativa, assim como levantamentos teóricos e conteúdos específicos correlatos ao tema central do trabalho, além de consultas à legislação e órgãos competentes. A pesquisa evidenciou a importância do aprofundamento do Assistente Social a essa temática, pois é quem irá mediar, intervir através de informação e dar orientação a mulheres que são vítimas de violência que por consequência têm seus direitos infringidos.
 Palavras-chave: Assistente Social. Violência. Violência Doméstica. 
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO	10
2 O PAPEL DO ASSISTENTE SOCIAL JUNTO A VIOLÊNCIA DOMÉSTICA 	13
3 VIOLÊNCIA DOMÉSTICA CONTRA A MULHER COM BASE NOS DISPOSITIVOS LEGAIS DE PROTEÇÃO	19
4 VULNERABILIDADE DA MULHER À VIOLÊNCIA DOMÉSTICA 	30
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 	36
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS	38
1 INTRODUÇÃO
A pandemia acolhida pelo novo coronavírus, SARS-CoV-2, oriunda da China, espalhou-se rapidamente pelo espaço terrestre, acarretando consigo problemáticas, sendo muitos casos que desafiam as mulheres. O isolamento social, uma das medidas preventivas de disseminação da doença Covid-19, tem sido usada, pois se identifica êxito na diminuição da incidência de novos casos de contaminação. No entanto, neste contexto de isolamento, tem-se desenvolvido, globalmente, o número de ocorrências de violência doméstica contra mulher. Os impactos do isolamento social têm alastrado significativamente às mulheres vítimas de violência doméstica.
Nesse sentido, a violência, ocasionada em âmbito doméstico ou comunitário, perpetrada ou tolerada pelo Estado é compreendida como um dos principais obstáculos para a garantia dos direitos humanos e das liberdades fundamentais de mulheres. Entre os tipos de violência que acometiam as mulheres há vinte anos, foram destacadas as discriminações e as violências físicas, psicológicas, econômicas e sexuais. 
Em decorrência disso, o presente estudo tem como tema o papel do assistente social frente à violência doméstica contra mulher na pandemia, na qual a violência contra mulher e suas formas de enfrentamento tem ganhado grande visibilidade pela sociedade, sendo discutida em diversos campos, sobretudo, pelas políticas públicas que compreendem os impactos deste fenômeno, por esse motivo, tem-se criado mecanismo de assistência e proteção às mulheres. Tomando como base a presente argumentação, o trabalho verifica o seguinte problema: como o papel do assistente social frente à violência doméstica contra mulher na pandemia pode impactar com a adoção de medidas de prevenção na incidência desta natureza?
Em função do problema de pesquisa proposto, o estudo tem por objetivo analisar a hipótese levantada: o papel do assistente social frente à violência doméstica contra mulher na pandemia pode impactar com a adoção de medidas de prevenção na incidência desta natureza.
Diante de tal agitação, procurou-se nesta pesquisa analisar a efetividade do papel do assistente social frente à violência doméstica contra mulher na pandemia para que seja possível combater à violência contra as mulheres e adotar ações de prevenção e repressão de agravos, assim como de assistência e garantia de direitos às mulheres em condição de violência. Com efeito, é relevante a pesquisa em função de identificar a violência a partir da perspectiva de garantia de direitos,criar espaços de discussões nos serviços acerca de estratégias de enfrentamento a esse tipo de manifestação de violência, especialmente, nesse contexto de pandemia, visto que algumas formas cotidianas de combate à violência doméstica estão limitadas ou inoperantes.
	Nessa perspectiva, como bem complementam Teles e Melo, concernente as características de violência:
Violência se caracteriza pelo uso da força, psicológica ou intelectual para obrigar outra pessoa a fazer algo que não está com vontade; é constranger, e tolher a liberdade, é incomodar, é impedir a outra pessoa de manifestar seu desejo a sua vontade, sob pena de viver gravemente ameaçada ou até mesmo ser espancada, lesionada ou morta. É um meio de coagir, de submeter outrem ao seu domínio, é uma violação dos direitos essenciais do ser humano (TELES E MELO, 2003, p.15).
Infere-se que violência, expõe concepções em diversas camadas sociais, na qual não está limitada aos aspectos físicos, mas sim em fatores psicológicos e emocionais, ou seja, nem sempre violência é fundamentada em agressões físicas, pois há casos de cunho social, onde a relação de poder sobre o outro contribui bastante para o desenvolvimento de dominação e subordinação entre os sujeitos.
Assim, o objetivo geral deste estudo é evidenciar como o papel do assistente social frente à violência doméstica contra mulher na pandemia pode impactar com a adoção de medidas de prevenção na incidência desta natureza, diante dos subsídios interventivos que pode operar no fortalecimento na autonomia da mulher para sair da situação de violência e sujeição. Motivo este que se resolveu realizar o estudo sobre o referido tema, principalmente a problemática em questão. Para tanto, será conceituado, discutido e delimitado o papel do assistente social, violência doméstica contra a mulher com base nos dispositivos legais de proteção, bem como assinalado a vulnerabilidade da mulher à violência doméstica.
Nesse viés, convém enumerar de forma sintetizada, o que foi pesquisado para tornar evidente este trabalho. O Capítulo 1 apresenta a delimitação do papel do Assistente Social procurando contextualizar a figura do profissional em Serviço Social como interventor que implica no estímulo à sociabilidade da família, no sentido de ruptura com o isolamento social para demonstrar o importante instrumento profissionalmente em processos sociais e institucionais no enfrentamento da violência conjugal o que significa materializar a ética que compromete assistentes sociais na luta por direitos sociais na perspectiva de uma sociedade emancipada.
No esboço do Capítulo 2, através da incidência do fenômeno, observou-se a origem e conceito de Violência na Lei n° 11.340 de 2006, conhecida como Lei Maria da Penha, que dispõe de providências para proteger as mulheres, especificando os principais tipos de vitimização sofridas por mulheres e quais os encaminhamentos e consequências dessas violências.
Em fim, no Capítulo 3, vem à questão da dimensão de Vulnerabilidade da Mulher à Violência Doméstica, sendo conceituados e analisados, assim como apontar os aspectos que contribuem à violação aos direitos e garantias as vítimas de violência doméstica, que devido à incidência de agravo diante dos controles legais e atos normativos, cujo objetivo é evitar a violação (infringi-la).
Para atingir o que fora proposto, será conseguida mediante o estímulo de debate entorno da linha de pesquisa em Seguridade e Assistência Social, ainda atinge-a através de análise esmiuçada de artigos de revisão bibliográfica, materiais publicados, abordagem de pesquisa qualitativa, assim como levantamentos teóricos e conteúdos específicos correlatos ao tema central do trabalho, além de consultas à legislação e órgãos competentes. Além dos argumentos levantados, esta pesquisa é acompanhada por uma curiosidade particular, pois o autor se interessa por assuntos de natureza do papel do assistente social frente à violência doméstica contra mulher na pandemia. Verificar os referenciais teóricos com criticidade e aplicá-los em um estudo prático é, no mínimo, suma realização como experiência de conclusão de uma etapa acadêmica.
Por conseguinte, a estrutura do trabalho, segue o seguinte roteiro ― primeiramente ― traz-se o elemento textual com fundamentação de concepções e ideias de autores como: Gil (2008), Saffioti (2015), Teles e Melo (2003) e entre outros. Os referidos autores contribuíram para a consolidação de conceitos de assistente social, violência, bem como de violência doméstica contra mulher ― em seguida ― se demonstra a metodologia utilizada para que melhor se identifique os caminhos e métodos de pesquisa ― na sequência ― verifica-se o problema: como o papel do assistente social frente à violência doméstica contra mulher na pandemia pode impactar com a adoção de medidas de prevenção na incidência desta natureza ― finalizando ― a resolução do problema aqui proposto.
2 O PAPEL DO ASSISTENTE SOCIAL JUNTO A VIOLÊNCIA DOMÉSTICA
Nesse capitulo, trataremos da atuação do assistente social frente a esse fenômeno social. Onde o Assistente Social trabalha nas instituições que prestam atendimento às vítimas de agressão. Historicamente, o Serviço Social conquistou grandes avanços como profissão a partir das conquistas dos movimentos feministas, e a violência contra a mulher é um enfrentamento constante no cotidiano tanto profissional como pessoal. O movimento feminista tem como finalidade lutar pelos direitos das mulheres, esse é um dos motivos da visibilidade da questão da violência contra a mulher. 
O Serviço Social obteve grandes barreiras e com relações contraditórias com base no capitalismo, conservadorismo e com influência da Igreja Católica. Dessa forma a burguesia era a classe dominante e o profissional do Serviço Social atuava de acordo com suas demandas e com características doutrinárias, onde o mesmo possuía caráter assistencialista, com objetivos apenas a favor da expansão do capital, através da exploração da força de trabalho.
Segundo Iamamoto:
A profissão não se caracteriza apenas como nova forma de exercer a caridade, mas como forma de intervenção ideológica na vida da classe trabalhadora, com base na atividade assistencial; seus efeitos são essencialmente políticos: o enquadramento dos trabalhadores nas relações sociais vigentes, reforçando a mútua colaboração entre capital e trabalho (IAMAMOTO, 2007, p. 20).
A profissão manteve-se aliada aos interesses da classe dominante até meados dos anos 1960, quando surgiu um movimento para repensar a profissão e seus objetivos, isto é, a categoria começa, portanto, a repensar a sua atuação, a mudança do foco do projeto ético-político para a resolução dos problemas socais da classe trabalhadora, e uma atuação crítica e questionadora do posicionamento e atuação tradicional da profissão. 
Atualmente, o Serviço Social possui um posicionamento ético-político, onde seu principal objetivo em sua categoria é lutar para efetivação do acesso aos direitos sociais. O objeto de trabalho do Assistente Social é as múltiplas expressões da questão social, que atua em várias áreas de atuação como o atendimento às vítimas de violência doméstica. 
A capacidade do Assistente Social que atua através do diálogo e da intervenção é de que a violência atinge todas as classes, raças e etnias. E seu papel como profissional diante a questão da violência contra a mulher é utilizar de seus instrumentos e técnicas para diminuir os impactos sofridos pela vítima de violência doméstica, na qual o profissional orienta as mulheres sobre como sair dessa situação vivida por essas mulheres violentadas, o assistente social também visa não só o combate, mas a prevenção desse tipo de violência.
Com isso, o Serviço Social passa a intervir nas necessidades de ordem social como um espaço especializado na prática, “e que historicamente a profissão adquire esse espaço quando o Estado passa a interferir sistematicamente na questão social” (GUERRA, p.18). O assistente social desenvolve trabalho nas mais diversas Políticas Sociais, junto aos usuáriosdessas políticas. 
O Assistente Social diante a realidade de suas demandas cumpre suas ações de acordo com o código de Ética profissional, realiza com competência e responsabilidade suas ações profissionais em seu cotidiano. Conforme Bonetti, sobre a questão do respeito do profissional ao usuário, o Código de Ética frisa: 
Art.5º, b) garantir a plena informação e discurso sobre as possibilidades e consequências das situações apresentadas, respeitando democraticamente as decisões dos usuários, mesmo que sejam contrarias aos valores e ás crenças individuais dos profissionais, resguardados os princípios deste Código (BONETTI, 2008. p. 221). 
De acordo com o Código de Ética o assistente social tem o compromisso de respeitar o usuário diante dos seus valores conforme rege as leis determinada pela Ética do profissional. 
O Assistente Social tem como compromisso auxiliar na defesa dos direitos dos usuários, vivenciando novos conceitos, tomando novas iniciativas e desvinculando do passado, e adotando nova estratégia metodológica da atualidade como forma de assistência à sociedade.
Em função disso, é consenso entre os estudiosos que o Serviço Social é reconhecido como uma profissão predominantemente feminina, o que torna a dimensão de gênero um dos componentes fundamentais da identidade profissional. Saffioti (2015) pondera que o conceito de gênero não se resume a uma categoria de análise, é também uma categoria histórica. “Cada feminista enfatiza determinado aspecto do gênero, havendo um campo, ainda que delimitado, de consenso: o gênero é a construção social do masculino e do feminino” (p.47). 
Por certo, constituem elementos que podem ser reproduzidos pelos assistentes sociais em suas intervenções.
[...] a assistência social foi se constituindo como um espaço de atuação feminina, inclusive como uma alternativa à vida doméstica/familiar, ao passo que se abria a possibilidade da profissionalização para as mulheres, por ser considerada uma extensão de seus papéis domésticos - ainda que também se constituísse com uma alternativa à vida apenas doméstica - e um cumprimento de seu papel na sociedade. Nesse sentido, a assistência social é construída como espaço ocupacional essencialmente feminino, absolutamente associada aos papéis conservadores de gênero cobrados da mulher, sendo, portanto, parte estruturante da divisão sexual do trabalho na sociedade patriarcal capitalista (CISNE, 2015, p.47).
Efetivamente, o Serviço Social que à época de sua institucionalização, na década de 1930, não dispunha de bases sólidas no campo teórico para análise da profissão, intervinha junto aos problemas sociais a partir do olhar moralizador sobre as classes demandantes. Dessa maneira, a natureza atribuída ao trabalho profissional trouxe importantes consequências à profissão, como a subalternidade diante das outras profissões, aliado à baixa remuneração, desprestígio social e lacunas quanto ao campo teórico. Dentre as temáticas negligenciadas, está a questão de gênero, bem como, a sua influência no trabalho profissional dos assistentes sociais, que não raro, são afetadas, por circunstâncias discriminatórias.
A invisibilização atribuída à questão da violência doméstica contra as mulheres pode estar associada ao processo de instauração do Serviço Social que, sob as bases da assistência social tradicional, aliadas à doutrina religiosa (Igreja Católica), consolidou o entendimento sobre as relações de gênero nitidamente incompatível com as análises, propostas e modelo defendido pelos movimentos de mulheres, especialmente de viés feminista (RODRIGUES, 2004).
Considerando que o Serviço Social constitui espaço estratégico para a construção e viabilização das políticas voltadas ao enfrentamento da violência contra as mulheres, delimitamos três dimensões de análise dos documentos capazes de apontar os principais desafios percebidos nos relatórios associados ao trabalho profissional frente ao fenômeno da violência doméstica contra as mulheres,
As especificidades que conformam o fazer profissional do Serviço Social conferem nesse contexto, um lugar estratégico a esses profissionais na implantação de uma política de prevenção e combate à violência contra a mulher. Em termos concretos, todavia, somente como exceção essas questões colocam-se como objeto de intervenção para o Assistente Social. Tendência que tem tido como principal consequência a não identificação dessas ‘problemáticas’ enquanto relacionadas às relações de gênero e no caso específico da violência contra a mulher, na invisibilização dessa queixa e por consequência, a inexistência de registros e procedimentos que articulem estratégias de prevenção e assistência à essas mulheres atendidas pelo Serviço Social (RODRIGUES, 2004, p.7).
Diante da exploração do cenário trabalhista, que alcança as mulheres de forma mais intensa, a disputa por outro projeto societário marca a trajetória do Serviço Social no sentido da mudança dessa realidade. É evidente, que as relações de gênero, imbricadas às dimensões de raça e classe são elementos estruturantes e ao mesmo tempo, antagônicos. Uma tríade que determina a exploração do trabalho por meio da divisão de classe e da divisão sexual e racial do trabalho.
 É preciso lembrar, que após o Movimento de Reconceituação, a profissão mudou seu foco de investigação e debate, orientando suas ações na busca de uma sociedade igualitária. Dessa forma, o Serviço Social foi ganhando espaço dentro da divisão sóciotécnica do trabalho, assim vem sendo cada vez mais requisitado para atuar em diversas áreas. O Serviço Social trabalha embasado em três dimensões: a dimensão ético-política, a dimensão teórico-metodológica e a dimensão técnico-operativa.
Afirma Silva que:
O Movimento de Reconceituação vem, portanto questionar as estruturas sociais, sugerindo um Serviço Social com uma prática vinculada às lutas e interesses de classes populares. Ao se estabelecer a possibilidade do vínculo da prática do Serviço Social com as classes populares, indica-se a perspectiva de transformação social enquanto exigência da própria realidade social, dada a situação de dominação e exploração político econômica em que vivem essas classes. Tal perspectiva implica, para o Serviço Social, colocar como horizonte de sua prática o movimento de transformação da própria realidade. (SILVA, 2006, p. 89).
É evidente, que a atuação do Assistente social diante desse objeto de trabalho consiste em estudar a realidade e compreender através das vivencias e experiências as situações em que esses usuários se encontram e identificar quais são suas necessidades. No que diz respeito ao trabalho realizado na temática de violência contra a mulher, é necessário que o profissional enraíze seus conhecimentos sobre essa realidade social, além de compreender as múltiplas expressões dessa natureza (LISBOA; PINHEIRO, 2005).
Diante do cotidiano do Assistente Social surgem diversas demandas, e para que ocorra ação profissional é utilizada determinadas instrumentalidades, as quais estão embasadas em três tipos de instrumentos, que são: a base teórico-metodológica, o instrumental técnico-operativo e ético-política. Conforme Lisboa e Pinheiro (2005), esta base teórico-metodológica consiste no conjunto de conhecimento que propicia a aproximação do objeto de trabalho. 
Explicita-se na base teórico-metodológica que é de grande relevância, pois para que o profissional entenda a realidade é necessária a base teórica, onde primeiro estuda concepções e obtém conhecimento aprofundado de várias questões sociais. Que através desse embasamento compreende-se e explica-se a dinâmica da vida social.
Na visão da dimensão ética- política está relacionada a respeito dos valores morais, nessa base que mostramos que não somos profissionais neutros, isto é, há nosso posicionamento e intencionalidade profissional diante das questões sociais. 
No ponto de vista, da dimensão técnica–operativa é base das práxis profissionais, que estão constituídos as técnicas e os instrumentos que materializam a ação profissional do AssistenteSocial. É nela que identifica a intervenção do profissional do Serviço Social, ou seja, é a nossa operacionalização da nossa pratica profissional. 
Diante dessa dimensão, podem-se destacar vários instrumentos, os quais são utilizados pelo profissional do Serviço Social na intervenção e no atendimento as mulheres vítimas de violência que são: a entrevista, que consiste na primeira conversa e a escuta qualificada, onde há o momento que a mulher expõe sua situação de vulnerabilidade, a partir disso o Assistente Social reflete sobre sua ação profissional. Ademais, outro instrumento utilizado é a visita domiciliar, onde ocorre a identificação da realidade em que a vítima se encontra. O instrumental essencial é o relatório e o parecer social, pois esses contêm todas as informações necessárias da mulher atendida, assim como a sua história familiar, enfim todos os pontos cruciais que precisam ser abordados nesses documentos têm que estar bem fundamentados para os encaminhamentos necessários. 
O Serviço Social, durante o seu exercício profissional juntamente com a mulher, deve propiciar uma reflexão crítica sobre a problemática vivenciada, além de se construir em conjunto alternativas para que se possa desvincular dessa situação de violência. Por isso, é fundamental o acompanhamento psicossocial, para que se consiga se fortalecer para superar a violência sofrida. O Assistente Social atua no atendimento às mulheres que já efetivaram a denúncia ou irá realizá-la. O acompanhamento é de suma importância na medida em que o Serviço Social tem o papel de consolidar a mulher durante esse processo.
Além disso, a situação de violência doméstica contra as mulheres exige dos assistentes sociais habilidades que precisam ser aperfeiçoadas continuamente, além da capacidade de diálogo com setores e instituições distintas. Geralmente, esta articulação fica por conta dos gestores dos serviços públicos, que nem sempre, são assistentes sociais ou tiveram formação para atuar com a referida demanda. “O grande desafio no enfrentamento da violência contra a mulher é a efetivação de uma rede de serviços que agregue os diferentes programas e projetos, consolidando uma política social de atendimento” (LISBOA e PINHEIRO, 2005, p.202). 
Dessa forma, perante a retração governamental que extorquia os trabalhadores, parecem-nos pertinentes as alianças profissionais em rede, de modo que os assistentes sociais tenham oportunidade de aproximarem-se da dimensão técnico-operativa exigida para o enfrentamento do fenômeno da violência contra as mulheres. E, paulatinamente, moldadas sob a matriz feminista marxista, possam surgir novas concepções, alinhadas à luta pela emancipação das mulheres, uma vez que tal esforço caminha na direção do Projeto Ético-Político do Serviço social, na constante luta da categoria pela emancipação humana (CISNE, 2015). Uma vez que as concepções da sociedade alcançam os profissionais de distintos setores públicos, inequívoco considerar que as relações conflituosas de gênero, ancoradas no patriarcado, igualmente estão naturalizadas, sendo conciliadas por mediadores, à medida que são identificadas. O silencio diante das opressões é consensualmente tolerado, a despeito da atribuição do assistente social que exige um profissional que enfrente os problemas e lute pela garantia dos direitos de outras pessoas. 
3 VIOLÊNCIA DOMÉSTICA CONTRA A MULHER COM BASE NOS DISPOSITIVOS LEGAIS DE PROTEÇÃO
A figura feminina foi reprimida em várias culturas e povos remotos. Sofria a submissão de seu pai, e após de casada devia obediência a seu marido, que tinha o direito de puni-la caso se sentisse contrariado, pois além de marido era seu senhor. Muitas civilizações eram patriarcais, não havia espaço para a mulher na filosofia, política e área religiosa. Seu papel se reservava a tecelagem, culinária, gestão da casa e cuidados com os filhos e o marido. Pode-se citar a Grécia Antiga que não permitiam as mulheres educação formal, não podiam aparecer em público sozinhas e não tinham direitos jurídicos.
Essa herança de submissão feminina estendeu-se ao Brasil desde os tempos coloniais até os dias atuais. No entanto, no decorrer dos tempos às mulheres têm ganhado cada vez espaço na sociedade. No cenário brasileiro, a criação do Partido Republicano Feminista em 1910, pela baiana Leo linda Daltro, que apresentou como objetivo de incitar as mulheres na luta pela conquista do voto, como também Associação Feminista, significativa interferência nas greves de 1918 em São Paulo, moveram um numero considerável de mulheres. (COSTA, 2009, p.55).
Mais adiante, o Golpe Militar em 1964 trouxe uma repressão para os movimentos os quais foram admoestados. Posteriormente, o segundo movimento feminista no Brasil, ocorreu em 1970, como uma refutação feminina quanto à ditadura. Por outro lado, a Organização das Nações Unidas, em 1975 implantou a década da mulher, sendo possível, internacionalmente, a reprodução dessa expressão como gênero, do qual já se mobilizavam em outros países, a luta pelo reconhecimento e igualdade das mulheres, assim como seus direitos reconhecidos.
Vale frisar, que nos anos de 1980, o movimento feminista transpõe as petições independentes, se associando com o Estado, segundo Costa (2009), o progresso do movimento tornaram as mulheres a fim do interesse partidário e de seus candidatos, inseriram mulheres em seus programas e plataformas eleitorais, originando assim Departamentos Femininos. A partir de então, as mulheres refletindo sobre sua representação diante do Estado, e na consolidação no papel da mulher que denotavam solicitações contundentes, essa busca na política era um alvo a ser atingir.
Perante essa junção, com parcerias estatais, foram criadas politicas voltadas para as mulheres, assim como, a primeira Delegacia Especializada da Mulher (DEAM) e o Conselho Nacional dos Direitos da Mulher (CNDM) em 1985 em Belo Horizonte, que foi uma conjuntura do movimento feministas do PMDB e o presidente Tancredo Neves, no processo de transição (COSTA, 2009, p.62). Então, com as propostas e criação de políticas para as mulheres, o CNDM, abre espaço na Assembleia Constituinte, obtendo êxito nas reivindicações e propostas feministas. Contudo, essa união do CNDM com as feministas teve a oposição do governo Sarney, que ao término de sua gestão, ordenou o fim da organização, por meio ditatorial, que não tinha relação alguma com a democracia e participação social. A primeira Casa-Abrigo para mulheres em situação de violência foi criada em 1986.
Enquanto nos anos 90, os movimentos feministas, em decorrência do autoritarismo do Estado, se encontravam abatidos, então, algumas feministas criam organizações não governamentais que visam reivindicar outra vez seu espaço na esfera política em busca dos direitos das mulheres. Dessa forma, uma grande vitória, foi a Convenção Interamericana no cenário nacional para punição e extinção da violência contra a mulher em Belém do Pará em 6 de julho de 1994, homologada pelo Brasil em 17 de novembro 1995, pelo Congresso Nacional.
No lapso temporal de 1990 até o ano de 2002, os debates atinentes a violência contra a mulher, foram debatidas nos âmbitos nacionais e internacionais, foram realizadas conferencias e convenções, do qual ganharam força e se espalhou, com o intuito e aperfeiçoar o reformular político, legislativo e executivo Instaurando assim, algumas políticas construídas pelas mulheres como: Delegacias Especializadas da Mulher, Casas-Abrigo, Centros de Referência, Centros de Reabilitação e Educação do Agressor, Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, Defensorias da Mulher, Centro de Atendimento à Mulher, Ouvidorias, Centro de Referência da Assistência Social, Centro de Referência Especializado da Assistência Social, Polícia Civil e Militar, Instituto Médico Legal, Hospitais e Serviços de Saúde voltados para o atendimento dos casos de violência sexual. A relevante vitória para as mulheres foi a criação da lei Maria da Penha sancionada em 07 de agosto de 2006, com o intuito de vincularo movimento sindical para o combate à violência contra a mulher com o objetivo de engatilhar alianças com o objetivo de construir uma sociedade igualitária, justa e democrática.
Além disso, nesse contexto de violência contra a mulher se trata do ato lesivo que resulte em dano físico, psicológico, sexual, patrimonial, motivado pelo gênero, ou seja, é praticado contra mulheres pelo fato de serem mulheres. A desigualdade de gênero é o embasamento onde as formas de violência e privação em desfavor das mulheres ganham forças e perpetuam-se. Com isso, as causas para a violência contra a mulher, podem ser estruturais, históricas, político-institucionais e culturais. No decorrer dos anos, o papel da mulher perante a sociedade foi limitado ao ambiente doméstico, dessa forma, a mulher era enxergada como uma propriedade particular do seu cônjuge, sem direito à vontade própria e sem direito à cidadania. Assim, surgiram movimentos feministas na luta pelos direitos civis das mulheres, resultando nas conquistas recentes em muitos países, conquanto ainda não completamente efetivadas em nenhum lugar do mundo. 
A violência doméstica que vem crescendo consideravelmente em tempos de pandemia, tem bases socioculturais profundas, inclusive as mulheres que decidem denunciar buscando por justiça sentem mais a reação da estrutura de desigualdade de gênero no desencorajamento, lançadas sobre a vítima ao invés do agressor. 
Conforme aponta Amanda Pimentel (2020) para o site Gênero e Número:
A violência doméstica na pandemia é um movimento global que aconteceu em quase todos os países que decretaram a quarentena, em razão das medidas restritivas, que, embora sejam necessárias para o combate à doença, trouxeram uma série de problemas para as mulheres. As medidas acabaram por impor uma limitação à locomoção e um convívio muito mais duradouro e hostil da vítima com seu agressor, que na maioria das vezes é o companheiro, namorado e marido”. (SILVA apud PIMENTEL, 2020)
Infere-se que em 2006 foi criada a Lei nº 11.340/2006 ou mais conhecida como a Lei Maria da Penha, visando criar mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos do art. 226, §8º da Constituição Federal de 1988, da Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres e da Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher. 
Cumpre enfatizar, que os artigos 5º e 7º da Lei Maria da Penha (Lei 11.340/2006) conceituam a violência doméstica e familiar. Vale destacar que, o termo “entre outras” empregadas no caput do artigo 7º, admite que além das violências citadas, pode existir outros tipos, in verbis:
Art. 5º Para os efeitos desta Lei configura violência doméstica e familiar contra a mulher qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial: 
I - no âmbito da unidade doméstica, compreendida como o espaço de convívio permanente de pessoas, com ou sem vínculo familiar, inclusive as esporadicamente agregadas; 
II - no âmbito da família, compreendida como a comunidade formada por indivíduos que são ou se consideram aparentados, unidos por laços naturais, por afinidade ou por vontade expressa; 
III - em qualquer relação íntima de afeto, na qual o agressor conviva ou tenha convivido com a ofendida, independentemente de coabitação. 
Parágrafo único. As relações pessoais enunciadas neste artigo independem de orientação sexual. (BRASIL, 2006)
(...)
Art. 7º São formas de violência doméstica e familiar contra a mulher, entre outras: 
I - a violência física, entendida como qualquer conduta que ofenda sua integridade ou saúde corporal; 
II - a violência psicológica, entendida como qualquer conduta que lhe cause dano emocional e diminuição da auto-estima ou que lhe prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento ou que vise degradar ou controlar suas ações, comportamentos, crenças e decisões, mediante ameaça, constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento, vigilância constante, perseguição contumaz, insulto, chantagem, ridicularização, exploração e limitação do direito de ir e vir ou qualquer outro meio que lhe cause prejuízo à saúde psicológica e à autodeterminação; 
III - a violência sexual, entendida como qualquer conduta que a constranja a presenciar, a manter ou a participar de relação sexual não desejada, mediante intimidação, ameaça, coação ou uso da força; que a induza a comercializar ou a utilizar, de qualquer modo, a sua sexualidade, que a impeça de usar qualquer método contraceptivo ou que a force ao matrimônio, à gravidez, ao aborto ou à prostituição, mediante coação, chantagem, suborno ou manipulação; ou que limite ou anule o exercício de seus direitos sexuais e reprodutivos; 
IV - a violência patrimonial, entendida como qualquer conduta que configure retenção, subtração, destruição parcial ou total de seus objetos, instrumentos de trabalho, documentos pessoais, bens, valores e direitos ou recursos econômicos, incluindo os destinados a satisfazer suas necessidades;
V - a violência moral, entendida como qualquer conduta que configure calúnia, difamação ou injúria. (BRASIL, 2006)
De fato, inerente à violência psicológica sofrida pela vítima, é de suma importância o acompanhamento psicológico, uma vez que o tratamento não adequado pode acarretar prejuízos e dificuldades para uma vida saudável da vítima. Por isso, é relevante citar o feminicídio - assassinato de uma mulher pela condição de ser mulher - geralmente motivado por ódio, desprezo ou o sentimento de perda do controle e da propriedade sobre as mulheres. Sobre esse ilícito, surgiu a Lei 13.104, de 9 de março de 2015, qualificando o crime de homicídio quando é cometido contra a mulher por razões da condição de sexo feminino, sendo incluído no rol dos crimes hediondos, essa é a manifestação mais grave de violência contra a mulher. Acerca da violência doméstica, observa-se que a Lei Maria da Penha, em seu artigo 5º, dispõe que a violência doméstica contra a mulher, se caracteriza a qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial. 
Destacam Machado e Gonçalves (2003) em seu livro “Violência e vítimas de crime”, o seguinte trecho:
Considera-se violência doméstica “qualquer acto, conduta ou omissão que sirva para infligir, reiteradamente e com intensidade, sofrimentos físicos, sexuais, mentais ou económicos, de modo directo ou indirecto (por meio de ameaças, enganos, coacção ou qualquer outro meio) a qualquer pessoa que habite no mesmo agregado doméstico privado (pessoas – crianças, jovens, mulheres adultas, homens adultos ou idosos – a viver em alojamento comum) ou que, não habitando no mesmo agregado doméstico privado que o agente da viol4ência, seja cônjuge ou companheiro marital ou ex-cônjuge ou ex-companheiro marital. (MACHADO; GONÇALVES, 2003, p.26 ).
O art. 22 da Lei Maria da Penha expõe as medidas protetivas para evitar a reincidência dos crimes cometidos:
Art. 22. Constatada a prática de violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos desta Lei, o juiz poderá aplicar, de imediato, ao agressor, em conjunto ou separadamente, as seguintes medidas protetivas de urgência, entre outras: 
I - suspensão da posse ou restrição do porte de armas, com comunicação ao órgão competente, nos termos da Lei no 10.826, de 22 de dezembro de 2003; 
II - afastamento do lar, domicílio ou local de convivência com a ofendida; 
III - proibição de determinadas condutas, entre as quais: 
a) aproximação da ofendida, de seus familiares e das testemunhas, fixando o limite mínimo de distância entre estes e o agressor; 
b) contato com a ofendida, seus familiares e testemunhas por qualquer meio de comunicação; 
c) freqüentação de determinados lugares a fim de preservar a integridade física e psicológica da ofendida;
IV - restrição ou suspensão de visitas aos dependentes menores, ouvida a equipe de atendimento multidisciplinar ou serviço similar;V - prestação de alimentos provisionais ou provisórios. (BRASIL, 2006).
A Lei Maria da Penha hodiernamente é reconhecida como um dos maiores e respeitados dispositivos de proteção à mulher, sendo referência na criação de outras legislações pelo mundo. Entretanto, embora a Lei tenha trazido avanços de medidas protetivas, o isolamento social decorrente da pandemia do Covid-19, fez aumentar os registros de agressões contra as mulheres. Esse novo cenário, só reforça a importância do debate sobre a violência contra as mulheres e a sensibilização da população da violência doméstica como um problema da sociedade, que deve se unir para defesa dos direitos das vítimas. 
A luta da mulher brasileira pela cidadania plena, afirma Maciel (2007), só começou a produzir resultados a partir da criação em 1922, por Bertha Lutz, da primeira Organização de Mulher a Federação Brasileira para o Progresso Feminino cuja principal palavra de ordem era a conquista do direito de voto em igualdade de condições com o homem. Após mais de dez anos de sua criação, veio à primeira vitória da organização, quando nas eleições para a Constituinte em 1934, as mulheres conquistaram o reconhecimento do direito de voto e a permissão de comparecerem ás urnas como eleitoras e candidatas.
Ante cinco décadas de árdua luta, ainda segundo Maciel (2007), numa sociedade tradicionalmente dominada pelos homens, as mulheres foram conquistando condições de igualdade, contra as mais variadas discriminações, assim mesmo depois dos inegáveis avanços da Constituição de 1988, todavia se defrontam as mulheres, com o preconceito, seu maior adversário, arraigado principalmente nos costumes de aparência, vestimenta e comportamento que foram modificados com os anos.
Nas reformas penais é possível observarmos que em alguns casos pontuais, o legislador é remetido a imaginar novos crimes, novas penas, que não tem resolvido o problema da criminalidade, pois é um fenômeno complexo, ele não diminui apenas se manteve a punição embora seja necessário na sociedade, o que resolveria o problema da criminalidade em geral seria uma mudança no processo educativo de mentalidade nas relações sociais que colocassem os valores sociais como os costumes presentes na Carta Magna em prática no dia a dia no plano das relações sociais. 
Nesse aspecto, como um reforço no combate a violência contra a mulher, foi sancionada a Lei 14.022/2020, por meio da PL 1.291/2020 da relatora Rose de Freitas (Podemos-ES). A aludida lei torna essenciais os serviços de combate à violência doméstica durante a pandemia de covid-19 e protegendo mulheres e se estendendo aos idosos, crianças e pessoas com deficiência. Apontou Iara Faria Borges (2020), em seu artigo “Lei que combate violência doméstica durante a pandemia já está em vigor” para a Rádio Senado que a criação da lei “é de grande importância. Porque nós estamos no tempo e na hora tomando as atitudes necessárias. É a construção a favor de uma mulher, presa dentro de um cenário, sofrendo as consequências da violência da cultura machista que ainda perdura. Isso não é pouca coisa”. 
Um fator de teor relevante da criação dessa nova Lei, é que obriga a celeridade ao atendimento, principalmente as demandas de maior risco à integridade da mulher, do idoso, da criança e do adolescente, criando canais gratuitos de comunicação interativos para atendimento virtual, acessíveis por celulares e computadores, ou seja, as medidas protetivas de urgência poderão ser solicitadas por meio de atendimento online, levando as medidas protetivas que já estão em vigor a serem automaticamente prorrogadas durante todo o período de pandemia em território nacional. 
Apesar disso, o atendimento presencial será obrigatório em alguns casos, como: feminicídio, lesão corporal grave ou gravíssima, lesão corporal seguida de morte, ameaça praticada com uso de arma de fogo, estupro, crimes sexuais contra menores de 14 anos ou vulneráveis e também em situações de descumprimento de medidas protetivas e/ou crimes contra adolescentes e idosos. 
A lei exige que os institutos médico-legais realizem exames de corpo de delito durante o período da pandemia em casos de violência doméstica e familiar contra mulher, criança, adolescente, idoso ou pessoa com deficiência, podendo o governo criar equipes móveis visando atendimento das vítimas de crimes sexuais. Além disso, um meio de suma importância no combate a violência contra as mulheres, são as denúncias contra o agressor na Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (DEAM). Porém, qualquer delegacia de polícia pode registrar a ocorrência e encaminhar as medidas protetivas de urgência no prazo máximo de 48 horas para os órgãos competentes, salvo impedimento técnico. 
Do mesmo modo, a violência física, representada como qualquer comportamento que ofenda a integridade ou saúde corporal da mulher, de modo que o agressor fere a vítima, com o uso da força física, podendo provocar lesões internas e externas. Esta violência pode ser manifestada de diversas formas, seja como tapas, queimaduras, estrangulamentos e até como danos à integridade decorrentes de negligência, identificados como omissão de cuidados e de proteção em situações de perigo. 
No tocante, a violência psicológica é caracterizada como qualquer conduta que cause danos emocionais e psíquicos à mulher, de modo que prejudique o seu desenvolvimento. Esta espécie de violência pode ser demonstrada principalmente através de ameaças, desvalorização, exploração, bem como por insultos constantes.
Ademais, ao se referir à violência, compreende-se que se trata de um fenômeno complexo, que existem diversas perspectivas. Entanto, destaca-se a violência contra as mulheres é um ato costumeiro no casamento, desde os tempos medievais, nos quais eram representadas pelos homens, sendo consideradas como um símbolo de desvalorização social. A figura feminina era reprimida por sua sexualidade, e restrita de diversos direitos por ser caracterizada como incapaz, inexistindo a proteção legal.
Analisa Marli da Costa e Quelen de Aquino (2011) a temática sobre o seguinte ponto de vista: “a violência contra a mulher é um problema de relevância social, pois se refere não só às questões de criminalidade, como principalmente destaca-se como verdadeira afronta aos direitos das mulheres”. 
À vista disso, refletindo um vasto problema social, criminal e de saúde pública, interpreta-se que a violência, ao longo de anos atinge principalmente as mulheres, no qual ocorre de forma oculta, minuciosa e subentendida, permanecendo presente em gestos, palavras, assim como no silêncio, de maneira que fere princípios e direitos da figura feminina. Logo, é possível considerar que, a violência doméstica contra vítimas do sexo feminino, muitas vezes parece pouco comovente, pelo fato de ser vista como algo natural para quem adquire encorajamento para praticar algum tipo de agressão. Deste modo, considera-se que independente da investida que seja interpretada como desrespeitosa e feita sem a permissão da mulher, seja esta prestada em qualquer circunstância, é inaceitável e configura violência.
Por sua vez, a Lei Maria da Penha (Brasil, 2006) é considerada como um avanço em nossa sociedade, punindo as agressões praticadas contra mulheres no âmbito doméstico seja decorrente de ação ou omissão, que possam causar lhes lesão, sofrimento físico, violência sexual, patrimonial, qualquer tipo de violência psicológica ou até mesmo a morte.
Diante dessa circunstância, a violência contra a mulher deve ser vista como um ponto central da agenda política do Estado em todos os níveis, com políticas públicas e recursos compatíveis para programas de apoio às mulheres em situação de violência, fazendo valer os Planos Nacionais de Políticas para Mulheres. 
A Lei 11.340/06 aparece, entre outros motivos, por uma perspectiva crítica em relação a criação de Juizados Especiais Criminais (JECrim) para lidar com a violência de gênero, pois havia uma constante crítica por parte do movimento feminista e de setores jurídicos no sentido dos Juizados Criminaisnão tratarem com a devida seriedade este tipo de violência. Isso contribuiria para uma banalização dessas práticas. 
De algum modo, a criação da Lei Maria da Penha, insere-se nessa ansiedade e expectativa, por ter como objetivo coibir e erradicar a violência contra a mulher por meio de ações que, de fato, punam os agressores com pena privativa de liberdade. Contudo, a superação da violência vai muito além da simples punição. Assim sendo, a Lei 11.340/06 – Lei da Violência Doméstica – Lei Maria da Penha – é apenas um passo de uma longa caminhada para assegurar a integridade física, psíquica, sexual e moral das mulheres. 
Nessa conjuntura, a Lei 11.340/06 trouxe como grande inovação a criação de Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, além de proibir penas pecuniárias e entrega de cestas básicas. Pode a punição variar de três meses a três anos de prisão, e se o juiz julgar indispensável o comparecimento do agressor em programa de recuperação e reeducação, a medida é tomada de forma impositiva.
Atualmente, a desigualdade de gênero é a principal causa de violência contra a mulher, no qual se destaca uma relação de incompatibilidade de poder, em que os comportamentos e escolhas são limitados para a figura feminina. É sabido que, as mulheres ficam ao lado do agressor por falta de recursos financeiros, constrangimento, medo, bem como para a proteção dos filhos, e sistematicamente, ocorre o feminicídio por desconsiderar a dignidade da vítima enquanto mulher.
No período de pandemia da COVID-19, conforme a nota técnica do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (2020) houve um crescimento no número de feminicídios durante a pandemia da COVID-19, vejamos:
O crescimento no número de feminicídios registrados nos 12 estados analisados foi de 22,2%, saltando de 117 vítimas em março/abril de 2019 para 143 vítimas em março/abril de 2020. No Acre o crescimento chegou a 300%, passando de 1 para 4 vítimas este ano; no Maranhão o crescimento foi de 166,7%, de 6 para 16 vítimas; no Mato Grosso o crescimento foi de 150%, passando de 6 para 15 vítimas. Apenas três UFs registraram redução no número de feminicídios no período, Minas Gerais (-22,7%), Espírito Santo (-50%), e Rio de Janeiro (-55,6%).
Caracteriza-se a violência de maneira concreta ou ameaça, pelo uso proposital da força física ou poder, podendo ser provocada contra si, outra pessoa, ou contra um determinado grupo, no qual proceda ou tenha viabilidade de proceder dano psicológico ou corpóreo, insuficiência de desenvolvimento, ou até mesmo resultar a morte. 
Vale ainda expor, que na Constituição Federal de 1988, ocorreu ampliação mais abrangente nos direitos das mulheres, e somente no ano de 2006 foi sancionada a Lei Maria da Penha para prevenção e punição da violência doméstica, tendo ainda como complemento, a criação da Lei 14.022/2020, por meio da PL 1.291/2020 da relatora Rose de Freitas, após a ascensão da pandemia provocada pelo Coronavírus e aumento relevante dos casos de violência doméstica.
Diante da pena branda aplicada aos agressores na Lei Maria da Penha, surgiu a Lei 13.104/2015 que dispõe sobre o crime de Feminicídio, esta norma veio para complementar e integrar juntamente com a Lei 11.340 (Lei Maria da Penha), a proteção da mulher. Para que seja configurado o feminicídio como qualificadora do homicídio é necessária que estejam presentes uma ou mais das circunstâncias trazidas no artigo 121, § 7º, inciso I do Código Penal (Brasil, 1940) que determina a relação intima de afeto ou parentesco, por afinidade ou consanguinidade, entre a vítima e seu agressor, sendo relações decorrentes do presente ou do passado.
No contexto, dos crimes que se enquadrarem no feminicídio a pena será aumentada de 1/3 até a metade se for praticado nas seguintes circunstâncias: a) durante a gravidez ou nos três meses posteriores ao parto; b) contra pessoa menor de 14 anos, maior de 60 anos ou com deficiência; c) na presença de ascendente ou descendente da vítima (Brasil, 2015).
A referida lei além de proteger as mulheres, trouxe também uma penalidade mais severa para seus agressores, fazendo-se necessário que o Código Penal (Brasil, 1940) brasileiro trate do crime de feminicídio, explicitamente classificado e tipificado, para pôr fim ao descaso social que cercam esse tipo de crime. Quando se tratar de violência doméstica estará respaldado pela Lei Maria da Penha, porém se dessa violência obtiver o resultado morte dessa mulher agredida será tipificado como feminicídio.
Outrossim, com a entrada em vigor da Lei 13.104/2015, o legislador também trouxe a possibilidade de caracterização do crime de feminicídio às violências praticadas nas relações entre heterossexuais ou transexuais, se tais violências forem ocasionadas por questão de gênero. Por outro lado, reconhecimento da aplicação da Lei Maria da Penha para transexuais deu-se através da decisão proferida pela 1ª Vara Criminal da Comarca de Anápolis, pela juíza Ana Cláudia Veloso Magalhães (Proc. N° 201103873908, TJGO).
Os abusos cometidos no ambiente doméstico ou fora deste é uma questão que o Brasil está enfrentando há bastante tempo e nem Lei 11.340 (Brasil, 2006) foi aceitável para diminuir os índices de agressões, fazendo-se necessário a alteração do Código Penal (Brasil,1940) trazida pela Lei 13.104/2015, na qual classificou o homicídio da mulher com uma nova figura denominada feminicídio.
O feminicídio se aplica em qualquer caso de assassinato, envolvendo a relação social ou familiar, havendo discriminação e seja gerado pela condição de ser mulher, não sendo necessária que tal delito seja tipificado pela Lei Maria da Penha (Brasil, 2006), pois esta somente prevê a relação de convívio familiar.
Com isso, uma questão importante que está sendo levantada é que a Lei deverá acompanhar a realidade da sociedade, tendo em vista que as mulheres dentro das relações domésticas ou trabalhistas possuem menos capacidade de autodefesa do que os homens, sendo raro vermos casos de violência contra o gênero masculino, buscando a lei auxiliar as mulheres vítimas de feminicídio.
Não obstante da igualdade tipificada no Caput do artigo 5° da Constituição Federal (Brasil, 1988) diz que:
Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes.
I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição;
Ao promulgar que os direitos e deveres alusivas á sociedade conjugal são exercidos igualmente pelo homem e pela mulher (artigo 226, §5°), (Constituição Federal, Brasil, 1988) assim como os dispositivos legais em evidência, não deixam dúvidas quanto à relevância que a Constituição confere ao principio da igualdade, tão ampla quanto possível entre homens e mulheres.
Diante do exposto, fica claro que o Feminicídio é o homicídio da mulher pela condição de seu gênero feminino, sua motivação se refere ao crime de ódio, justificado por uma historia de dominação da mulher pelo homem, sentindo este desprezo ou que esta perdendo “sua propriedade”.
Destare, em concordância com o artigo 7º da Lei 11.340/2006, entende-se que a violência doméstica apresenta diferentes formas, sendo estas tipificadas como violência física, psicológica, sexual, moral e patrimonial. Portanto, é possível compreender que as mulheres vítimas de agressões domésticas, sofrem principalmente a violência física e psicológica, na qual na maioria das vezes, manifestam reações pela agressão sofrida com vergonha e sofrimento. 
4 VULNERABILIDADE DA MULHER À VIOLÊNCIA DOMÉSTICA 
Durante o período pandêmico, apesar de ser uma forma mais prudente e segura para atenuar os casos de Covid-19, o isolamento social tem ocasionado diversas consequências na vida de mulheres, como para as mulheres que já sofriam, quanto as mulheres que passaram a sofrer com a violência doméstica, resultante do convívio constante junto ao agressor. As mulheres depararam-seem situações de vulnerabilidade, uma vez que estão distantes das redes de proteção social, assim reduzindo a possibilidade de buscar ajuda, além de estar em convivência constante com seu parceiro e agressor. 
Na situação de violência contra a mulher uma questão recorrente se intensificou com a pandemia. A violência doméstica, em sua grande maioria, tem como o principal agressor o próprio marido, parceiro íntimo da mulher. Vivendo em um ambiente vulnerável e inseguro, o compartilhamento do mesmo espaço durante as 24 horas do dia com o companheiro, tem sido motivo de medo para muitas mulheres. 
Segundo os dados do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMDH) para o “Estadão Conteúdo” (2020), em abril do ano de 2020, quando o isolamento social imposto pela pandemia já durava mais de um mês, o canal 180, recebeu cerca de 40% a mais de denúncias de violência contra a mulher em relação ao mês de abril em 2020. No entanto, ainda não é possível mensurar o real número de ocorrências, pois muitas mulheres tem medo de fazer a denúncia ou são impedidas pelo agressor. 
A violência sofrida pelas mulheres resulta em dores e sofrimentos e abrange diversas formas, podendo ser física, psicológica, sexual, patrimonial e moral. No entanto, essa violência pode ser evitada, embora muitas mulheres desconheçam os meios para sair da situação. Cabe ressaltar, que o Brasil está entre o quarto e quinto lugar dentre os cinco países com maior número de feminicídios do mundo, o que demonstra uma histórica perpetuação de violência de gênero e de violências fatais contra as mulheres. Com isso, a violência contra a mulher deve ser sempre debatida e combatida, desconstruindo os discursos que resultam dessa natureza, orientando os profissionais de saúde envolvidos, para que possam desempenhar seu papel, pois aceitar o silêncio é ser conivente com o agressor. 
A violência sucedida dentro dos lares representa quase um ano perdida de vida saudável, para uma em cada cinco mulheres, entre 15 a 44 anos, ocupando peso similar ao da tuberculose, do HIV, dos diversos tipos de câncer e das enfermidades cardiovasculares. Do mesmo modo, entende-se que trabalhar tendo em vista a vulnerabilidade da mulher para violência doméstica é fundamental, para que os serviços de saúde se antecipem às doenças e aos agravos decorrentes da violência.
De acordo com Munhoz e Bertolozzi (2007) A vulnerabilidade é um indicador da iniquidade e da desigualdade social que supera o caráter individualizante e probabilístico do clássico conceito de risco, ao apontar um conjunto de aspectos que vão além do individual, abrangendo aspectos coletivos e contextuais, que levam à suscetibilidade a doenças ou agravos considerando também aspectos que dizem respeito à disponibilidade ou à carência de recursos destinados à proteção das pessoas.
A vulnerabilidade tem como propósito trazer os elementos abstratos associados e associáveis aos processos de adoecimento para planos de elaboração teórica mais concreta e particularizada, em que os nexos e mediações entre esses processos sejam o objeto de conhecimento. Diferentemente dos estudos de risco, as investigações conduzidas no marco teórico da vulnerabilidade buscam a universalidade e não a reprodutibilidade ampliada de sua fenomenologia e inferência (BERTOLOZZI, 2009, p. 1326-30).
Em vista disso, o foco nessa reflexão é a violência de gênero praticada contra a mulher no espaço intrafamiliar - violência doméstica contra a mulher - mais especificamente, a relação entre a subalternidade de gênero no âmbito familiar e a vulnerabilidade para este tipo de violência.
Diante da sociedade que produz e reproduz as dimensões estruturais do sistema que oprime e explora, principalmente as mulheres, lutar por outras mulheres torna-se difícil se estas também fazem parte desse universo de oprimidas e exploradas. 
[...] a análise da exploração da mulher no mundo do trabalho não é uma questão de ordem linguística ou meramente gramatical. Ou seja, não se trata de ressaltar que além de trabalhadores, existem trabalhadoras na composição da classe. Trata-se de analisar como as mulheres sofrem uma exploração particular, ainda mais intensa do que a dos homens da classe trabalhadora, e que isso atende diretamente aos interesses dominantes (CISNE, 2018, p. 224). 
Conforme Cisne (2018), a luta pela emancipação das mulheres está associada à emancipação humana, o que não traduz uma questão isolada. Torna-se imperativa a compreensão da sociedade numa perspectiva de totalidade, considerando que o reconhecimento das particularidades da classe, que não é homogênea, é importante para manter a unidade que direciona as lutas. 
Nessa perspectiva, um dos desafios percebidos diz respeito aos profissionais do Serviço Social, que reproduzem as opressões sofridas, naturalizando tanto as próprias, quanto, ressignificando as alheias. Reúne-se às tensões provocadas pelas condições de trabalho, as tensões produzidas em razão da herança conservadora da profissão. As instituições religiosas do território foram os equipamentos mais citados como alternativa ao “apoio emocional” das mulheres em situação de violência. Nessa ótica, agindo nas lacunas deixadas pelo Estado, fomentando a ideia da mulher como pilar da união, que tem por dever sustentá-la, mesmo com o sacrifício de sua integridade física e/ou mental. 
[...] em virtude da carência de políticas voltadas às mulheres, são as instituições religiosas, principalmente neopentecostais, que acolhem essas mulheres, prestando-lhes apoio. Sem amparo estatal, essas mulheres rendem-se às orientações que em regra, voltam-se à reprodução dos papéis atribuídos a homens e mulheres, desresponsabilizando o Estado e culpabilizando as mulheres. Pelo sentido das intervenções dos assistentes sociais, percebemos que estão exaustos pelo acúmulo de tarefas que exigem posturas diferenciadas em cada situação [...] (RM.7, 2016). 
Nota-se que, enquanto o Serviço Social busca uma direção que sinaliza a emancipação da mulher, outros segmentos, presentes no cotidiano das mulheres em situação de violência, assumem a direção contrária. São a própria família e pessoas da comunidade em que vivem. Diante da obstinação à questão da violência contra as mulheres, pelas chefias, geralmente homens, a ausência de recursos logísticos, a desarticulação da rede e a falta de estrutura física para referenciarem a demandante, enfrentar as concepções conservadores torna-se complexo, embora, necessário.
Desse modo, a violência doméstica não se restringe em um fato isolado, é uma infelicidade de esfera universal que abrange milhares de mulheres, que em grande parte, permanecem omissas, dando a ilusão por parte da sociedade um desfoque dessa triste realidade. A violência doméstica existe, é real e tangível, se intensificando sem antecedentes. A teoria machista e discriminatória se implanta na sociedade de forma cultural, preconceituosa onde entende-se que o alto índice de violência contra a mulher ocorre pelas infraestruturas, baixo índice de escolaridade e de educação, fazendo latente a proliferação da ideia que fatores de risco e vulnerabilidade social estão às estatísticas das mulheres que sofrem qualquer tipo de violência.
Contudo, o fato é que a violência doméstica está em todas as esferas sociais. A mídia, frequentemente divulga crimes de ordem passionais contra a mulher ou caso de pessoas famosas que agridem suas mulheres, ou companheiras. Distingue é que as classes sociais baixas se destacam por prestarem mais queixas, dando maior lucidez as estatísticas.
Efetivamente, o instituto Patrícia Galvão, revela que 30% da população do país consideram a violência contra a mulher como um problema que mais preocupa as mulheres brasileiras, deixando de lado, outros fatores como: o câncer de mama e a AIDS. Existe também o sentimento de culpa e medo, de desvalorização, enredando as omissões de denúncias, dificultando a punição do agressor, fazendo com que assim, a violência continue. 
Fica caracterizado como Violência, o constrangimento físico ou moral impostoa alguém. Qualifica-se de distintos modos; agressão física, psicológica, contra a mulher, contra a criança e ao adolescente; pode ainda, acontecer nas ruas, no trabalho, na escola, dentro de casa, entre outras. Por conseguinte, a instituição familiar é a célula base da sociedade, o primeiro grupo social ao qual o homem tem contato, que por sua vez formam organizações civis ou não, constituindo o Estado (RIBEIRO, 2009, p.51). 
Então antes de se falar em violência doméstica, deve-se falar sobre a família, já que é a respeito da vulnerabilidade dos filhos com relação aos pais, devido resquícios de uma cultura patriarcal; o pacto de silêncio firmado dentro de casa, e por fim o desmoronamento da instituição familiar, que estará em questão neste trabalho (RIBEIRO, 2009, p. 76).
Cumpre então designar, a família como um grupo de cunho biológico, é uma instituição social no universo ideológico, a qual se entende que é constituída particularmente com o pai, a mãe, e os filhos, ou ainda, pessoas do mesmo sangue, ascendência, linhagem, entre outros meios. 
Com o passar do tempo, a natureza das relações dentro da família, foi se modificando; e sem dúvida o maior problema desta evolução foi à posição de crianças e adolescentes como “propriedade” dos pais. Antes da Lei n. 8.069/90 estes eram tidos como “objeto” de guarda, e não cidadãos (RIBEIRO, 2009, p. 56).
De tal forma, a violência doméstica não é exclusividade de nenhuma classe social, intelectual ou etnia. Atinge todos os países e culturas, de várias formas. As agressões acontecem dentro da residência da família, dificultando que sejam detectadas e solucionadas; pois apesar dos laços familiares envolverem relações de violência, contêm relações de carinho, amor e dependência.
Igualmente, a violência doméstica tem caráter interpessoal, é abuso do poder disciplinador e coercitivo, podendo se prolongar por vários meses e até anos; é um processo de completa objetivação da vítima, reduzindo-a a condição de objeto de tratamento abusivo, uma forma de violação dos direitos essenciais. 
Assim que a cada ano, a violência abrevia a vida de milhares de pessoas em todo mundo e prejudica a vida de muitas outras. Não conhece limitações geográficas, raça idade ou renda. Atinge crianças, jovens, mulheres e idosos. A cada ano é responsável pela morte de 1,6 milhão de pessoas em todo mundo. Para cada pessoa que morre devido à violência, muita outra são feridas ou sofrem devido a vários problemas físicos, sexuais, reprodutivos e mentais (CAVALCANTI, 2012).
É de ampla controversa a discussão a respeito do que pode ser considerado ato violento, analisando desde a simples palmada, até agressões com armas brancas de fogo, com instrumentos como barras de ferro, pedaços de pau, etc; além da imposição de socos, pontapés e outros. Atualmente se analisarmos os noticiários, pode-se verificar que a violência contra as mulheres; tem uma trajetória de vida marcada pelo desrespeito pelas injustiças por não terem seus direitos cumpridos e devidamente respeitados; e com tudo isso o que ocorre e um número crescente de violência praticado sem o menor pudor contra a mulher. Em nosso país essa violência acontece ainda hoje em uma proporção significantemente abusiva, são muitas as mulheres que são agredidas por seus maridos, namorados e parceiros. Uma das circunstâncias que os levam a agressão é a embriagues, ou por ciúme, ou simplesmente por achar que as mulheres são seres irracionais que não merece ter a devida importância que lhe e garantido por lei.
Convive-se em uma sociedade que as coíbem das condições ou tempo para se dedicar a uma formação cultural que permita viver dignamente, as maiorias se veem obrigadas a se submeter em trabalhos que causam violência a si, como por exemplo, as que são obrigadas a vender o que lhe tem de melhor a sua dignidade e acabam na prostituindo, muitas das vezes para zelar de sua família, e também aquelas que são diariamente violentados por seus parceiros, são violentadas psicologicamente pela sociedade que as excluem impedindo-as de pensar e lutar por uma vida mais justa, digna.
A violência contra a mulher é decorrente da desigualdade existente entre homens e mulheres, onde diante destes fatos ocorre a discriminação de sexo, pois se vive numa sociedade machista aonde o homem ainda e visto como um ser superior, e a mulher como objeto de desejo e luxo, incapaz de ter atitudes e pensamentos próprios. É lamentável ainda em um país que expõe os direitos iguais observa a mulher como sujeita a limitações, sem coragem de lutar pelos seus objetivos, é uma pena que a violência contra a mulher, assunto pouco comentado nas rodas sociais.
Diante deste fato, o dia 25 de novembro de 1981 foi instituído como o Dia Internacional da Não – Violência contra mulher. Desde então, o movimento organizado de mulheres realiza campanhas alusivo a este dia, buscando combater a violência que infringe a mulher sob as mais diversas formas. Um dos mais importantes projetos em vigor á a Lei Maria da Penha. Este projeto, fruto do movimento organizado de mulheres, teve respaldo total no Governo Lula, que envio ao Congresso em 2004 (DIREITOS DAS MULHERES, 2012, p.40).
Em suma, a violência contra a mulher é um ato de repudio e total falta de respeito com a mulher. Fato repugnante que vem ocorrendo há muitos anos, o sentimento de impunidade existente na sociedade, leva o agressor a acreditar que sua pratica criminosa permanecerá nos inquéritos policiais, contribuindo gradativamente para o aumento da violência. É indispensável dar mais atenção a esse fato, visto que a justiça ainda é lenta, isto ocorre por falta de organização mais precisa e uma punição mais justa, garantindo as vítimas de violência doméstica e familiar segurança na prevenção e tranquilidade social.
Portanto, as consequências da violência doméstica para mulher se expande em sua vida profissional, levando a ter baixo rendimento no trabalho, depressão e alto nível de estresse, se tornam comum, sobretudo, no constrangimento e na preocupação em esconder os hematomas do corpo e rosto. As doenças transmissíveis, como o HIV também se tornam um agravante não somente emocional e psicológico, mas também, moral.
Diante das considerações explícitas, uma das possibilidades de conhecer a vulnerabilidade da mulher à violência pode ser por meio de instrumentos que possam identificar a subalternidade de gênero, em especial, no âmbito intrafamiliar e das relações afetivas. Acredita-se que, desta maneira, é possível expandir as análises coerentes à violência doméstica contra a mulher, fugindo da lógica da multicausalidade e elencando indicadores ou marcadores que contemplam o processo, saúde, moléstia em sua dimensão integral, possibilitando inovações na atenção à saúde e permitindo o atendimento às necessidades de saúde das mulheres que não se limitam àquelas de ordem física, clínica e biológica.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Diante dos fatos, reafirma-se que o papel do assistente social frente à violência doméstica contra mulher na pandemia é importante para analisar a diminuição dos impactos sofridos pela vítima de violência doméstica, na qual o profissional de assistência social orienta as mulheres sobre como sair dessa situação vivida por mulheres violentadas, também visa não só o combate, mas a prevenção desse tipo de violência. Através do interesse do pesquisador foi possível analisar a relevância do entendimento dos autores referenciados levando a considerar o papel do assistente social frente à violência doméstica contra mulher, no qual se pode verificar o significado de violência e suas diversas formas praticadas pelos agressores contra as mulheres, onde foi possível identificar a intervenção do Assistente Social diante dessa problemática que ainda é bastante presente na sociedade.
Os diversos textos comentados deixam claro que o papel do assistente social frente à violência doméstica, deriva-se ao fato da sociedade brasileira haver reconhecido a violência doméstica contra a mulher como um problema público e não apenas privado. Visto que, há anosa violência doméstica ficava apenas presente no ambiente doméstico, não era questionada por quem presenciava essa violação de direitos, somente anos depois, este silêncio foi rompido, isso ocorreu através das lutas e conquistas do movimento feminista que objetivava derrubar essas barreiras de conservadorismo e patriarcalismo. De tal maneira, é evidente a importância do aprofundamento do Assistente Social a essa questão, pois é quem irá mediar, intervir através de informação e dar orientação a mulheres que são vítimas de violência que por consequência têm seus direitos infringidos. Desse modo, é esse profissional que busca com uma equipe multidisciplinar um atendimento humanizado e efetivo para as mulheres que sofrem violência doméstica, assim permite analisar e identificar que para que isso ocorra é necessária à aplicação de leis mais rígidas, a quebra do silencio, ainda é essencial, pois as consequências são significantes e a violência é alarmante, onde mulheres morrem por causa da ausência de erradicação do fenômeno social.
Sugere-se que para maior aprofundamento do assunto deste trabalho, em novas pesquisas correspondentes ao papel do assistente social frente à violência doméstica, sejam também consideradas as necessidades de combater e erradicar a violência contra a mulher, pois não dependem apenas de recursos humanos e financeiros, mas necessita urgentemente de um olhar diferenciado por parte das autoridades políticas, da presença e luta da sociedade, uma vez que a minoria não combate esse descaso, sabendo que este estudo certamente não exaure o assunto, mas anseia possibilitar a realização de reflexões mais aprofundadas, contribuindo para o amadurecimento concreto no enfrentamento da problemática aqui levantada.
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