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Grace N1 Saude do trabalhador

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A implementação de um plano de prevenção de risco de acidentes com materiais perfuro cortantes com probabilidade de exposição a agentes biológicos, visando á proteção, segurança e saúde dos trabalhadores, segundo a portaria n.º 1748 de 30 de agosto de 2011 que prevê a obrigatoriedade de implementação do Plano de Prevenção de Riscos de Acidentes com materiais perfuro cortantes.
A fim de prevenir os riscos deve-se adequar praticas de trabalho e uso de equipamentos de proteção individual; realizar ações educativas, visando à redução e prevenção de acidentes com materiais perfurocortantes; buscar trabalhar com a cultura de segurança; minimizar riscos através do uso de um controle de engenharia no ambiente ou próprio perfurocortante (uso de equipamentos com dispositivo de segurança e uso de recipientes de descarte adequado ).
Após o ocorrido e imprescindível que haja o acolhimento e registro do atendimento ao profissional acidentado; Identificar fatores de maior e menor gravidade durante histórico do acidente de trabalho e risco da exposição; Avaliar dados epidemiológicos do ambiente onde ocorreu a exposição e os dados epidemiológicos e sorológicos do paciente-fonte; Realizar teste rápido (TR) HIV do paciente-fonte; Coletar exames laboratoriais da pessoa exposta – momento zero: Sorologias: Anti-HIV, Anti-HCV, HBsAg, anti-HBs, VDRL; Bioquímicos: Hemograma, AST, ALT, Ureia, Creatinina ( se indicação de PEP); Status da pessoa-fonte: Se TR ou sorologia reagente para HIV – indicado PEP; Se TR ou sorologia não reagente para HIV – sem indicação de PEP; Se status desconhecido para HIV – avaliar caso a caso; Se TR ou sorologia reagente para HCV – indicado acompanhamento pós exposição; Se TR ou sorologia não reagente para HCV – sem indicação para acompanhamento pós exposição; Se status desconhecido para HCV – avaliar caso a caso; Se TR ou sorologia reagente para HBV – indicar profilaxia; Se TR ou sorologia não reagente para HIV, HCV, HBV: sem indicação de profilaxia e acompanhamento pós exposição – Fechamento do protocolo de atendimento como: Alta – Paciente=fonte negativo. Avaliar indicação de acompanhamento e profilaxias de acordo com status sorológico da pessoa fonte e/ou dados epidemiológicos da exposição; Checar Fluxograma se Indicação de PEP ao HIV; Indicação e prescrição da PEP – Esquema antirretroviral preferencial; Se atendimento pelo enfermeiro, proceder interconsulta com médico, quando indicação de TARV para prescrição de esquema; Registrar dados de identificação e da exposição em ficha Acidente de Trabalho com Material Biológico SINAN (Sistema de Informação de Agravos de Notificação) – Notificação Compulsória; Registrar Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) de acordo com o encaminhamento da empresa e vínculo empregatício do profissional (o empregador deve fazer a CAT). Programar retornos ambulatoriais pós exposição para acompanhamento/seguimento; Em uso de PEP: 07 dias: avaliar sinais, sintomas e reação adversa, adesão a PEP, avaliação de exames laboratoriais; 14 dias: caso necessário; 30 dias: avaliar soroconversão – Anti-HIV, avaliar adesão profilaxia PEP por 28 dias, avaliar exames laboratoriais: Hemograma, AST, ALT, Uréia, Creatinina, Anti-HIV e Anti-HBs (se houve indicação de vacinação para Hepatite B); 90 dias: avaliar soroconversão – Anti-HIV, Anti-HCV; outros exames de acordo com quadro clínico (avaliação caso a caso); 180 dias: avaliar soroconversão – Anti-HIV, Anti-HCV; outros exames de acordo com quadro clínico (avaliação caso a caso); Preencher ficha SINAN (inicio, acompanhamento e fechamento do atendimento).
Embora a contaminação por HIV, Hepatite B e C ocasionado por perfuro cortante sejam as doenças mais temidas, vale ressaltar que a Hepatite B possui maior transmissibilidade em relação á Hepatite C e com menos transmissibilidade o HIV. Existem outros tipos de micro-organismos patogênicos transmitidos por acidentes com perfuro cortantes que podem acarretar em lesões físicas psicológicas e até sociais.

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