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6 - Crimes Contra a Administração Pública - Corrupção Passiva

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Crimes Contra a Administração Pública – Corrupção Passiva
DIREITO PENAL PARTE ESPECIAL
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Produção: Equipe Pedagógica Gran Cursos Online
CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
CORRUPÇÃO PASSIVA
CAPÍTULO I
DOS CRIMES PRATICADOS POR FUNCIONÁRIO PÚBLICO CONTRA A
ADMINISTRAÇÃO EM GERAL
Corrupção passiva
Art. 317. Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda 
que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, 
ou aceitar promessa de tal vantagem:
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa.
Solicitar – iniciativa do funcionário público.
Receber ou aceitar promessa – iniciativa do particular ou outrem → corrup-
ção ativa.
Direta ou indiretamente – pode ser o próprio funcionário público a receber ou 
se utilizar de um terceiro.
A vantagem indevida pode ser de qualquer tipo, não necessariamente patri-
monial ou econômica.
Crime doloso com especial fim de agir.
Admite tentativa.
Crime de ação penal pública incondicionada.
Crime formal.
Classificações doutrinárias da corrupção passiva
• Corrupção passiva própria vs corrupção passiva imprópria.
 – Própria: finalidade de praticar ato injusto ou ilícito.
 – Imprópria: visa a prática de ato legítimo.
• Corrupção passiva antecedente vs corrupção passiva subsequente.
 – Antecedente: em razão de uma ação futura.
 – Subsequente: recompensa por um fato já ocorrido.
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Crimes Contra a Administração Pública – Corrupção Passiva
DIREITO PENAL PARTE ESPECIAL
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• Corrupção passiva política vs corrupção passiva administrativa.
 – passiva política: se for praticada por um agente político.
 – passiva administrativa: se for praticada por um funcionário púbico comum.
Corrupção passiva
Pequenas doações e presentes entregues a funcionários públicos con-
figura o crime de corrupção passiva?
1ª Corrente – Não, pois aplica-se o princípio da insignificância.
• Essa corrente vai de encontro à Súmula 599 do STJ.
2ª Corrente – Não, pois há ausência de dolo por parte do funcionário público.
• Corrente majoritária.
3ª Corrente – Sim, pois o funcionário público deve se eximir a obter qualquer 
tipo de vantagem indevida no exercício da função.
Corrupção passiva e corrupção ativa
É possível a prática de corrupção passiva sem que haja corrupção ativa?
Sim, se o particular não concordar com a solicitação da vantagem indevida 
pelo funcionário público.
Entretanto, no que tange aos verbos “receber” e “aceitar promessa”, a corrup-
ção passiva pressupõe a corrupção ativa.
CP, Art. 333. Oferecer ou prometer vantagem indevida a funcionário público, para 
determiná-lo a praticar, omitir ou retardar ato de ofício:
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa.
Regra adotada pelo Código Penal no concurso de pessoas:
Teoria monista ou unitária
CP, Art. 29. Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a 
este cominadas, na medida de sua culpabilidade.
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Crimes Contra a Administração Pública – Corrupção Passiva
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Exceção pluralística
Os crimes de corrupção passiva e corrupção ativa são uma exceção plura-
lística à teoria monista. Não haverá concurso de pessoas, os tipos penais são 
distintos.
Jurisprudência – Corrupção passiva
“O fato de o crime de corrupção passiva ter sido praticado por Promotor de 
Justiça no exercício de suas atribuições institucionais pode configurar circuns-
tância judicial desfavorável na dosimetria da pena.” (STJ, REsp 1.251.621-AM, 
julgado em 16/10/2014)
“A obtenção de lucro fácil e a cobiça constituem elementares dos tipos de 
concussão e corrupção passiva (arts. 316 e 317 do CP), sendo indevido utilizá-
-las, para exasperação da pena-base, no momento em que analisados os moti-
vos do crime – circunstância judicial prevista no art. 59 do CP.” (STJ, EDv nos 
EREsp 1.196.136-RO, julgado em 24/5/2017, Info 608)
Primeira condenação da lava-jato no âmbito do STF. (STF, AP 996/DF, Rel. 
Min. Edson Fachin, julgado em 29/5/2018 – Info 904)
Um deputado que intercedia junto ao Presidente da República para manter no 
cargo da Petrobras o diretor Paulo Roberto Costa e para tanto recebia dinheiro 
das empreiteiras.
Corrupção passiva exaurida
Art. 317 – (...)
§ 1º A pena é aumentada de um terço, se, em consequência da vantagem ou pro-
messa, o funcionário retarda ou deixa de praticar qualquer ato de ofício ou o pratica 
infringindo dever funcional.
O funcionário pratica de fato o ato para o qual tinha recebido vantagem indevida.
§ 2º Se o funcionário pratica, deixa de praticar ou retarda ato de ofício, com infração 
de dever funcional, cedendo a pedido ou influência de outrem:
Pena – detenção, de três meses a um ano, ou multa.
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Não há vantagem indevida pelo funcionário público.
Corrupção passiva privilegiada vs Prevaricação
Corrupção passiva privilegiada Prevaricação
Art. 317, § 2º Se o funcionário pratica, deixa de 
praticar ou retarda ato de ofício, com infração de 
dever funcional, cedendo a pedido ou influência 
de outrem:
Pena – detenção, de três meses a um ano, ou 
multa.
Art. 319. Retardar ou deixar de praticar, inde-
vidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra 
disposição expressa de lei, para satisfazer inte-
resse ou sentimento pessoal:
Pena – detenção, de três meses a um ano, 
e multa.
�������������������������������������������������������������Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a 
aula preparada e ministrada pelo professor Érico Palazzo. 
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do con-
teúdo ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela 
leitura exclusiva deste material.
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