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Direitos Reais sobre Coisas Alheias

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AULA 10 – DIREITOS REAIS SOBRE COISAS ALHEIAS 
 
Art. 1.225. São direitos reais: 
I - a propriedade; 
II - a superfície; (FRUIÇÃO) 
III - as servidões; (FRUIÇÃO) 
IV - o usufruto; (FRUIÇÃO) 
V - o uso; (FRUIÇÃO) 
VI - a habitação; (FRUIÇÃO) 
VII - o direito do promitente comprador do imóvel; (DE AQUISIÇÃO) 
VIII - o penhor; (GARANTIA) 
IX - a hipoteca; (GARANTIA) 
X - a anticrese. (GARANTIA) 
XI - a concessão de uso especial para fins de moradia; (FRUIÇÃO) 
XII - a concessão de direito real de uso; e (FRUIÇÃO) 
XIII - a laje (FRUIÇÃO) 
 
1. DIREITOS REAIS DE FRUIÇÃO 
Trata-se do direito de perceber os rendimentos de um bem de propriedade de terceiro e, como 
não poderia ser diferente, neste cenário institui-se uma relação jurídica entre o proprietário do 
bem e aquele que gozará dos frutos advindos do mesmo bem. 
 
1.3 USUFRUTO 
 
O Usufruto é um direito real que recai sobre coisa alheia, de caráter temporário, inalienável e 
impenhorável, concedido a outrem para que este possa usar e fruir coisa alheia como se fosse 
própria, sem alterar sua substância e zelando pela sua integridade e conservação. 
O usufrutuário poderá utilizar e perceber os frutos naturais, industriais e civis da coisa, enquanto 
o nu-proprietário possui a faculdade de dispor da mesma. 
 
USUFRUTUÁRIO: aquele que tem os atributos de usar e fruir a coisa 
NU-PROPRIETRÁRIO: tem os atributos de reivindicar a coisa ou dispor 
 
 Quem pode locar? 
 Quem pode alienar? 
 Quem pode usar? 
 Quem pode ingressar com ação reivindicatória? 
 Quem pode ingressar com ação possessória? 
 
1.3.1 Classificação do usufruto 
 
A) Quanto ao modo de constituição, o usufruto se constitui através de: lei (usufruto legal), de 
negócio jurídico (usufruto convencional) ou de usucapião. 
 
O convencional se subdivide em: usufruto por alienação (concede o usufruto a terceiro e reserva 
a nua-propriedade) e usufruto por retenção ou deducto (reserva o usufruto para si e transfere a 
nua-propriedade). 
O usufruto convencional se constitui através de negócio jurídico bilateral ou unilateral, podendo 
ser inter vivos ou causa mortis. Ou seja, poderá constituir-se entre o nu-proprietário e o 
usufrutuário ou por testamento. 
O usufruto legal é instituído por lei para a proteção de determinadas pessoas que se encontram em 
presumível estado de vulnerabilidade. A título de exemplo, o artigo 1689 do Código Civil determina 
que os pais sejam usufrutuários em relação aos filhos menores, em virtude do poder familiar. 
 
O usufruto constituído por usucapião é reconhecido expressamente pelo Código civil de 2002, em 
seu artigo 1391. Não se confunde a usucapião de usufruto com a usucapião da propriedade, pois 
sua posse não contou com o animus, mas sim a intenção de ser possuidor usufrutuário. Desta 
forma, a sentença de usucapião não privará o nu-proprietário da titularidade formal, mas apenas 
lhe limitará o domínio. 
 
B) Quanto à duração, o usufruto poderá ser temporário; quando estipulado com prazo para 
seu término ou condição resolutiva; ou vitalício, quando não há prazo estipulado para seu 
fim – durando até o fim da vida do usufrutuário. Deve-se ressaltar que a duração do 
usufruto para pessoa jurídica é de no máximo trinta anos. 
 
C) Quanto ao objeto, o usufruto poderá ser próprio, quando recai sobre coisa inconsumível e 
infungível; e impróprio (ou quase-usufruto), quando recai sobre coisa consumível ou 
fungível. Neste caso, conforme dispõe o artigo 1392, CC, o usufrutuário deverá restituir o 
nu-proprietário o valor da coisa ou outra coisa com equivalente quantidade, gênero e 
qualidade. 
 
D) Quanto à extensão, o usufruto poderá ser universal (total ou pleno), quando recai sobre 
uma universalidade de bens (herança, patrimônio, fundo empresarial); ou particular 
(parcial ou restrito), quando recai sobre apenas um bem; 
 
 
E) Quanto aos titulares, este direito real poderá ser simultâneo, quando é estipulado 
simultaneamente em nome de mais de uma pessoa; ou sucessivo, quando é estabelecido 
por prazo certo em nome de duas ou mais pessoas sucessivamente. 
 
Art. 1.391. O usufruto de imóveis, quando não resulte de usucapião, constituir-se-á 
mediante registro no Cartório de Registro de Imóveis. 
 
1.3.2 Características do usufruto 
 
 
 
 
 
 
 
1.3.3 Direitos e deveres do usufrutuário 
 
 Direitos: posse, uso, administração e percepção dos frutos; não é obrigado a indenizar o nu-
proprietário da deterioração pelo uso normal e não responde por caso fortuito e força maior. 
 Deveres: inventariar a coisa e dará caução; despesas com a conservação do bem; reparos 
ordinários; dar ciência ao nu-proprietário de qualquer ato de terceiros (dever de informação) 
 
1.3.4 Extinção do usufruto 
 
Art. 1.410. O usufruto extingue-se, cancelando-se o registro no Cartório de Registro de 
Imóveis: 
I - pela renúncia ou morte do usufrutuário; 
II - pelo termo de sua duração; 
III - pela extinção da pessoa jurídica, em favor de quem o usufruto foi constituído, ou, se 
ela perdurar, pelo decurso de trinta anos da data em que se começou a exercer; 
IV - pela cessação do motivo de que se origina; 
V - pela destruição da coisa, guardadas as disposições dos arts. 1.407, 1.408, 2ª parte, e 
1.409; 
VI - pela consolidação; 
VII - por culpa do usufrutuário, quando aliena, deteriora, ou deixa arruinar os bens, não 
lhes acudindo com os reparos de conservação, ou quando, no usufruto de títulos de 
crédito, não dá às importâncias recebidas a aplicação prevista no parágrafo único do art. 
1.395; 
VIII - Pelo não uso, ou não fruição, da coisa em que o usufruto recai (arts. 1.390 e 1.399). 
Art. 1.411. Constituído o usufruto em favor de duas ou mais pessoas, extinguir-se-á a parte 
em relação a cada uma das que falecerem, salvo se, por estipulação expressa, o quinhão 
desses couber ao sobrevivente.

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