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Do usufruto e direitos do usufrutuário

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Do usufruto e direitos do usufrutuário
No usufruto a propriedade se desmembra entre dois sujeitos:
A) Nu-proprietário: é aquele que dispõe de um bem, em razão do usufruto, mantendo a titularidade do domínio, mas perdendo o que se denomina de jus utendi e jus fruendi, ou seja, não usa e não goza, conservando apenas o conteúdo do domínio da coisa, em função do princípio da elasticidade
B) Usufrutuário: O segundo detém o domínio útil da coisa, que se verifica nos direitos de uso e gozo, e a obrigação de conservar a sua substância, em razão do mesmo princípio.
Na verdade, este desmembramento gera a posse direta do usufrutuário e a indireta do nu-proprietário. Isto ocasiona o exercício concomitante dos direitos do nu-proprietário e usufrutuário, que, em tese, se dá de forma harmônica. Assim é que, ocorrendo turbação na posse do usufrutuário, este dispõe da faculdade de protegê-la inclusive contra o proprietário. Por sua vez, o nu-proprietário poderá intentar ação de reintegração de posse caso o usufrutuário passe a esbulhar, como, por exemplo, em situação de término do usufruto e de negativa do usufrutuário em restituir a posse àquele.
Características do usufruto:
Faz-se notório relembrar que o usufruto é um direito. Esse direito tem algumas características.
Em primeiro lugar: é um direito real, ou seja, um direito sobre uma coisa (em oposição aos direitos pessoais, que são direitos em relação a uma pessoa).
Em segundo lugar: é necessariamente temporário. Se o usufrutuário for uma pessoa, a duração máxima é o seu tempo de vida, em outras palavras, o filho não herda o direito. Se o usufrutuário for uma empresa ou outra pessoa jurídica, a duração máxima é 30 anos.
Em terceiro lugar: o direito de usufruto não pode ser alienado ou transferido. Você não pode vender seu direito de usufruto ou repassa-lo para outra pessoa. É por isso, também, que, quando o usufrutuário falece, o direito de usufruto se extingue.
Em quarto lugar: o direito diz respeito à posse, e não à propriedade. Por isso, existem limitações em relação ao que o usufrutuário pode fazer com a coisa; vender ou permitir que ela se deteriore, por exemplo, não é permitido.
Modos de Constituição:
O usufruto é constituído mediante os atos da vontade ou até mesmo atos jurídicos, e pode ser adquirido por contrato, ou ser recebido através de testamento.
Nas hipóteses de vontade, ela pode ser constituída de forma onerosa como gratuita, inter vivos ou causa mortis. Na maioria das vezes o usufruto nasce de forma gratuita, por doação de reserva ou propriedade para um beneficiário ou o seu usufruto.
Outra hipótese muito comum e o testamento onde a pessoa deixa para outrem a propriedade ou faz o uso de usufruto para alguma coisa.
Pode ser constituído também por meio de usucapião, podendo ser ordinária ou extraordinária.
A última forma de constituição do usufruto e aquela por determinação legal, estabelecida em favor de certas pessoas.
Alguns exemplos de modos de constituição do usufruto:
a. Por lei - O pai e a mãe, enquanto no exercício do poder familiar, são usufrutuários dos bens dos filhos.
b. Por convenção - Quando nasce de contrato específico para sua criação, ou da reserva feita pelo doador, ou de qualquer acordo de vontades.
c. Por testamento - Quando reveste a forma deste ato de última vontade, atribuindo a uma pessoa a utilização da coisa.
d. Por ato jurídico inter vivos ou causa mortis - O ato jurídico inter vivos poderá advir de declaração de vontade bilateral ou unilateral, constituindo um negócio jurídico oneroso ou gratuito. E o ato jurídico causa mortis está representado pelo testamento e pelo legado. Essa constituição voluntária do usufruto pode dar-se por alienação ou retenção. A alienação opera-se por contrato ou testamento, quando o proprietário da coisa concede seu gozo a outrem, conservando apenas a nua propriedade. A retenção só pode dar-se por contrato, ocorrendo quando o dono da coisa transmite a alguém a nua propriedade, reservando, para si, o use a gozo dessas coisas. Se o usufruto recair sobre bens móveis basta a tradição destes; se disser respeito a imóveis é necessário o seu registro.
e. Por sub-rogação real - Quando o bem sobre o qual incide o usufruto é substituído por outro. Por exemplo, o usufruto de um crédito pode ser convertido em usufruto de coisa se o devedor pagar ao usufrutuário a coisa devida, que passa a ser propriedade do credor.
f. Por Usucapião - Aquele que, por quinze anos, sem interrupção, nem oposição, possuir como seu um imóvel, adquire-lhe a propriedade, independentemente de título e boa-fé; podendo requerer ao juiz que assim o declare por sentença, a qual servirá de título para o registro no Cartório de Registro de Imóveis.
g. Por sentença - O juiz pode conceder ao exequente o usufruto de móvel ou imóvel, quando o reputar menos gravoso ao executado e eficiente para o recebimento do crédito.
Coisas Objeto de Usufruto:
O art. 1.390 do Código Civil fala que “o usufruto pode recair em um ou mais bens, móveis ou imóveis, em um patrimônio inteiro ou parte deste, abrangendo-lhe, no todo ou em parte, os frutos e utilidades”.
A definição do objeto deve constar, com clareza, do termo constitutivo do jus in re aliena, juntamente com outros dados indispensáveis, como a identidade da pessoa beneficiada, tempo de duração e outras cláusulas que expressem a vontade das partes, isto quando a fonte for contratual.
O objeto se divide em próprio e impróprio. O próprio relaciona-se às coisas inconsumíveis e infungíveis, em que a substância é conservada e
restituída ao nu-proprietário. O impróprio, também denominado quase usufruto, recai sobre coisas consumíveis e fungíveis.
Distinção entre usufruto e fideicomisso:
Se tratando da semelhança entre Usufruto e Fideicomisso, em ambos os casos, existem dois beneficiários ou titulares, já as diferenças existem vários pontos a destacar:
O usufruto é direito real sobre coisa alheia, já o fideicomisso é espécie de substituição de testamento;
No usufruto, a competência se divide, cabendo a cada titular certos direitos (ao usufrutuário, os de usar e gozar; ao nu-proprietário, os de dispor e reaver), ao passo que no fideicomisso cada titular tem a propriedade plena do bem;
O usufrutuário e o nu-proprietário exercem simultaneamente seus direitos; o fiduciário e o fideicomissário exercem-nos sucessivamente;
No usufruto só podem ser contempladas pessoas certas e escolhidas, já no fideicomisso se permite beneficiar a prole eventual;
Espécies de usufruto:
Usufruto próprio e usufruto impróprio (ou quase usufruto):
De acordo com o artigo 1392 do Código Civil, o usufruto próprio está relacionado a bens infungíveis e inconsumíveis. Nesse caso, o usufrutuário devolverá exatamente a coisa dada em usufruto.
Já o usufruto impróprio, chamado de quase usufruto, está relacionado a bens fungíveis e/ou consumíveis.
Nesse caso, o usufrutuário adquire a propriedade e ao término do usufruto vai devolver bens do mesmo gênero, na mesma quantidade e com a mesma qualidade.
Usufruto simultâneo e sucessivo:
Usufruto simultâneo é aquele concedido ao mesmo tempo a duas ou mais pessoas. Porém, quando uma das pessoas morre, a parte do usufrutuário falecido será extinta.
Esta regra geral tem duas exceções, para resguardar o direito de acrescer:
• Se existir expressa estipulação nesse sentido.
• Se o usufruto tiver origem em testamento, desde que presentes duas condições: (i) os usufrutuários tenham sido nomeados na mesma cláusula testamentaria (conjunção) e (ii) não haver discriminação, individualização, da quota de cada usufrutuário.
De acordo com o artigo 1946 do Código Civil, se o usufruto nasceu de um ato entre vivos, a regra é que não há direito de acrescer, haverá se foi combinado no ato.
Quando o usufruto nasce por um testamento, há o direito de acrescer entre os usufrutuários, desde que presentes as duas condições anteriores.
Se forem nomeados dois usufrutuários em uma mesma cláusula do testamento e forem escritas cláusulas diferentes, não haverá direito de acrescer.Se houver discriminação da parte de cada um no usufruto, por exemplo, se escrever que deixo 50% pra cada um, não haverá direito de acrescer.
Usufruto sucessivo é aquele em que há a indicação de um sucessor. Dessa forma, após a morte do usufrutuário, o usufruto será transmitido ao sucessor.
Vale, porém, ressaltar que essa segunda nomeação é inválida, não há admissão em nosso ordenamento jurídico de usufruto sucessivo.
Direitos do usufrutuário:
O usufrutuário possui alguns direitos entre eles tem direito a posse, percepção e administração dos frutos e ao uso de acordo com art. 1.394 do Código Civil
O usufrutuário possui o direito de cobrar as dividias e perceber os frutos quando o usufruto incide em título de credito que decorre da natureza do direito real, após receber as dividas será cobrada pelo usufrutuário de forma instantânea os títulos de natureza igual, ou também poderá ser cobrado de títulos da dívida pública federal, tendo ainda clausula de atualização monetária
Sendo necessário lembrar que a regra aos frutos é de que junto ao principal vão juntos os bens acessórios, para não haver desfalque de sua quantidade.
Já para os frutos civis, determina que quando os frutos já vencidos no inicio da data do usufruto, vai pertencer ao proprietário porem se vencer no termino da data que cessa pertencera ao usufrutuário.
Mais um direito é que o usufrutuário consegue usufruir tanto como pessoa ou mediante arrendamento, porém não é permitido mudar a finalidade econômica sem antes o proprietário autorizar.
Deveres:
Agora vamos falar dos deveres que os usufrutuários tem que cumprir, umas das primeiras coisas que devemos entender é o fato do usufrutuário precisar cuidar da coisa como se ela fosse dele. Quando ocorrer algo fortuito ou com força maior, o usufrutuário não precisara indenizar o proprietário, porem se os danos forem devido ao exercício irregular ou culpa do usufrutuário será necessário que indenizem o proprietário.
O usufrutuário precisa fazer o inventario dos bens a receber antes de apropriar-se do usufruto indicando qual o estado está a coisa sendo que precisa fazer com todos bens usufruídos de acordo com art. 1.400. Qualquer lesão contra a posse da coisa, o usufrutuário tem a obrigação de informa ao dono. O usufrutuário como tem a posse da coisa poderá usar de qualquer maneira dos mecanismos para defender a coisa
Quando se trata de caução é reservado que tenha a conservação e no final a entrega da coisa do usufruto, quando usufrutuário não tiver como dar o caução ou não quiser dar o mesmo, deixara de ter o direito de gerenciar o usufruto, e assim quem passara controlar será o proprietário, que tem como obrigação dar ao usufrutuário o rendimento que eles tiverem, devendo ser retirado o valor das despesas de administração e os valores que foram acordados pelo juiz devido a remuneração do administrador.
Características e conceito do uso e distinção de uso e usufruto:
Para começarmos a falar de Uso é necessário saber que é um direito real, que serve para autorizar alguém a retirar por tempo determinado uma coisa de alheia, quando essa coisa for útil e exigirem as necessidades da pessoa ou da família.
Sabendo que é um direito real sobre coisa alheia, e tem como característica ser indivisível, temporário, incessível, intransmissível e é personalismo. É um direito que pode incidir em bens imóveis ou bens moveis, também pode recair sobre bens incorpóreos ou corpóreos, podendo ter como objeto terrenos particulares e público.
Sendo que precisa de um ato jurídico, tanto por sentença judicial, como por usucapião, estando de acordo com requisitos que são obrigatórios por lei. Interrompe-se pelos mesmos motivos do usufruto que são renúncia, prazo final, morte de usuário, consolidação entre outro.
A diferença entre o uso e o usufruto são que o uso é o direito onde o sujeito precisa usar uma coisa e com isso retira o que for necessário para necessidades suas e de sua família para o sustento. Já o usufruto vem ser o direito que a pessoa tem de desfrutar de um bem alheio, sendo necessário ser por tempo determinado, não podendo afastas sua essência.
Necessidades pessoais e da família do usuário:
Art. 1.412. O usuário usará da coisa e perceberá os seus frutos, quanto o exigirem as necessidades suas e de sua família. § 1o Avaliar-se-ão as necessidades pessoais do usuário conforme a sua condição social e o lugar onde viver.
§ 2o As necessidades da família do usuário compreendem as de seu cônjuge, dos filhos solteiros e das pessoas de seu serviço doméstico.
Trata se de um direito temporário, tal como usufruto, que tem como termo máximo, a vida de seu titular, ou mesmo o prazo estabelecido no titulo constitutivo, sendo ainda indivisível. É também personalíssimo, destinado às necessidades do usuário, não se transmitindo a seus herdeiros.
Se o direito de uso for constituído sobre uma casa, dela será excluído o direito de locação, porque a locação ultrapassa a sua necessidade e de sua família, tendo esses o direito tão somente de morar na casa, e não podendo alugá-la.
A norma jurídica descreve em necessidades pessoais, ou seja, estão excluídas necessidades comerciais ou industriais do beneficiário. O uso tem por condição, a sua condição pessoal e o local em que ele vive.
As necessidades da família do usuário compreendem as de seu cônjuge, dos filhos solteiros e das pessoas de seu serviço doméstico usuário usará da coisa e receberá os seus frutos, quando exigirem as suas necessidades e de sua família.
Bibliografia:
GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro: Direito das Coisas. v. 5, 11. ed. rev. atual. São Paulo: Saraiva, 2016. https://www.conteudojuridico.com.br/consulta/Artigos/32663/direitos-reais-de-usufruto-usoehabitaca... https://brunaroberts.jusbrasil.com.br/artigos/526617106/o-direito-real-de-usufruto https://apartamentonaplanta.comunidades.net/modos-de-constituição-do-usufruto https://www.centraljuridica.com/doutrina/112/direito_civil/usufruto.html https://www.infoescola.com/direito/usufruto/ https://www.irib.org.br/obras/o-usufrutoeo-novo-código-civilaproibicao-de-alienarodireito https://www.centraljuridica.com/doutrina/112/direito_civil/usufruto.html https://jus.com.br/artigos/25857/o-direito-real-de-usufruto

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