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PRINCÍPIOS GERAIS DO PREPARO CAVITÁRIO

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PRINCÍPIOS GERAIS DO PREPARO CAVITÁRIO 
• PREPARO CAVITÁRIO = é o tratamento biomecânico 
das lesões, pelo qual as estruturas remanescentes são 
adequadas para receberem a restauração. De modo 
que, esse procedimento objetiva remover a doença; a 
manutenção da integridade marginal; resistência 
estrutural do dente (suportar os esforços mastigatórios) 
e melhorar a retenção da restauração (a fim de que a 
restauração não caia/solte com o tempo). 
• Filosofia idealizada por Black - 1908; 
- No início do século passado a cárie era vista como 
uma doença de evolução rápida, e o único material 
restaurador disponível na época era o amálgama. 
- Extensão para prevenção - BLACK 
Na época que Black idealizou essa filosofia eram 
realizados preparos padronizados e extremamente 
grandes, na tentativa de prevenir o aparecimento de 
futuras lesões cariosas, o que levava ao desgaste 
desnecessário do dente, bem como a criação de um 
ciclo restaurador repetitivo, haja vista que, os materias 
disponíveis não apresentavam tanta qualidade. Em 
decorrência dessa sequência de fatores, o dente 
acabava sendo perdido. 
- Ao longo do tempo, com a evolução técnico-
c ientífica, foram feitas adequações em alguns pontos 
desses princ ípios propostos , pois o modo como a 
doença cárie era v isto em 1908 é muito diferente da 
forma que é v ista nos dias atuais . 
- Prevenção da extensão – ATUAL 
A filosofia antiga foi perdendo espaço para o 
conhecimento científico e evolução dos materiais, e 
agora pregava que o ideal seria uma intervenção 
mínima. A execução da restauração era realizada 
apenas quando essenciais para o controle da lesão, 
levando em conta que lesões cavitadas nem sempre 
são restauradoras. 
- A finalidade dos princípios básicos de preparo por 
Black era criar uma sequência de procedimentos que 
ela sirva de molde-guia geral para o processo de 
aprendizagem; possibilite a racionalização dos preparos 
cavitários por etapas inter-relacionadas que conduzam 
ao fim almejado; que atenda aos requisitos do material 
 
 
restaurador utilizado (garantindo resistência e retenção); 
e que atenda a filosofia da extensão para prevenção 
- Cavidade patológica = cavitação ocasionada por uma 
doença cárie; 
- Cavidade terapêutica = realização do preparo cavitário 
em uma cavitação patológica. 
 
 
 
 
Disponível em: https://pt.slideshare.net/profcelsoklein /nomenclatura-e-classific ao-de-cavid ades 
1. FORMA DE CONTORNO 
• Define a área de 
superfície do dente a ser 
incluída no preparo 
cavitário – desgaste e 
inclusão. 
Disponível em: http://www.dipaoladario.it/it/trattamenti/conservativa 
Contorno em área de cicatrículas e fissuras - oc lusal : 
 
MONDELLI J, Furuse AY, Mondelli RFL, Ishikiriama A, 
Franco EB, Mondelli AL. Fundamentos de dentística 
operatória. 2018 
- Deve-se avaliar a propagação da cárie e preservar as 
estruturas de reforço (cristas marginais) 
- Essa área é muito propensa ao acúmulo de alimentos 
e, consequentemente, formação de biofilme, 
desmineralização da estrutura dental e instalação do 
processo carioso. 
- Ao observar a área de cicatrículas e fissuras percebe-
se que ela se propaga como dois triângulos de bases 
justapostas, por esse motivo, na região de fundo de 
fissura a lesão cariosa começa a se desenvolver nas 
paredes laterais desta, ainda no nível de esmalte. 
Entretanto, ao chegar ao nível da junção amelo 
Dentística laboratorial 
 
 
dentinária essa lesão irá acompanhar o trajeto dos 
túbulos dentinários, que tendem a convergir para a 
polpa. 
- Para Black, caso haja mais de um ponto de cárie na 
superfície oclusal que tenha menos de 1mm de tecido 
sadio/distância entre si devem ser tratadas 
conjuntamente, tornar uma só cavidade. Em 
contrapartida, caso essa distância seja maior que 1mm, 
devem ser realizados dois preparos cavitários isolados. 
 
MONDELLI J, Furuse AY, Mondelli RFL, Ishikiriama A, 
Franco EB, Mondelli AL. Fundamentos de dentística 
operatória. 2018 
Contorno em áreas l isas (V,L,M,D) 
- Propagação maior em extensão que em 
profundidade; devendo avaliar a extensão para gengival 
e para vestibular/ lingual. 
 
MONDELLI J, Furuse AY, Mondelli RFL, Ishikiriama A, 
Franco EB, Mondelli AL. Fundamentos de dentística 
operatória. 2018 
- Ao observar as áreas lisas percebe-se que o formato 
de progressão da lesão cariosa se dá de forma 
diferente, tendo agora dois triângulos ápice-contra-base. 
O triângulo externo contará com base voltada para a 
parte externa/esmalte, de modo que vai sendo 
afunilado, tendendo a diminuir, pois no esmalte ela tende 
a seguir o trajeto dos prismas de esmalte. Por outro 
lado, ao chegar à dentina, a lesão passa a acompanhar 
o sentido dos túbulos dentinários. 
- Em faces proximais a lesão geralmente é vista a lesão 
grande, que tende a diminuir à medida que vai invadir a 
dentina, entretanto, após invadi-la, pode se alastrar. 
Sendo assim, considerado um problema, uma vez que, 
no esmalte se vê uma cavitação que na dentina pode 
ser maior e acompanhará o sentido dos túbulos 
dentinários. Por esse motivo é necessário avaliar a 
extensão da parede cavitária para-gengival, pois ela 
apresenta relação direta com a gengiva (que pode 
estar ao nível supra gengival, ao nível gengival ou 
subgengival). 
- O ideal é que a interface dente-material restaurador 
esteja supra-gengiva (acima do sulco gengival). 
 
MONDELLI J, Furuse AY, Mondelli RFL, Ishikiriama A, 
Franco EB, Mondelli AL. Fundamentos de dentística 
operatória. 2018 
- Abaixo do sulco gengival se encontra o espaço 
biológico (tecido de inserção supra-crestais ), que são 
todos os tecidos periodontais que estão acima da crista 
óssea alveolar, sendo uma área inviolável. 
Esse tecido é composto de epitélio juncional e fibras 
conjuntivas, que aderem a gengiva ao cemento do 
dente. Esse espaço varia de 2mm a 4mm. 
 
 
- Desse modo, o valor mínimo de distânc ia da 
restauração/parede gengival para a crista óssea alveolar 
é de 2mm, de modo que, caso apresente uma 
distância menor, o espaço biológico estará sendo 
v iolado/invadido. 
 
MONDELLI J, Furuse AY, Mondelli RFL, Ishikiriama A, 
Franco EB, Mondelli AL. Fundamentos de dentística 
operatória. 2018 
Esse problema de invasão é resolvido com a tentativa 
de distanciar essa parede gengival da crista óssea 
(indicado mais para dentes posteriores) por meio do 
“aumento da coroa c l ínica ” , que se trata dos 
procedimentos de osteotomia e/ou osteolpastia, em 
que se remove o osso para que a distância de 2mm 
seja respeitada. 
 Já para dentes anteriores é mais indicado o 
tracionamento ortodôntico do dente (a raiz é puxada 
até expor e distanciar a margem ideal do osso), pois 
nos casos de osteotomia e osteoplastia, após a 
cicatrização a gengiva tende a baixar, não tendo o 
mesmo contorno dentário, não sendo interessante 
esteticamente. 
 
 
 
- A visualização do espaço biológico é visualizada 
apenas em exames radiográficos. 
2. REMOÇÃO DA DENTINA CARIADA 
• A filosofia de remoção do tecido cariado atual é 
diferente da passada, haja vista que, Black pregava que 
deveria ter desgaste tanto de tecido cariado quanto de 
tecido sadio. Diferentemente, hoje se prega a 
intervenção mínima possível e procedimentos não 
invasivos. 
 
Disponível em: https://blog.dentalcremer.com.br 
• Remoção seletiva do tec ido cariado - indicado para 
cavidades muito profundas/que estejam na eminência 
de uma exposição pulpar; e com teste de vitalidade 
positivo: 
- Remoção do tecido desorganizado e amolecido (zona 
de cárie superficial); 
- As paredes circundantes devem estar completamente 
limpas e livres de cárie 
- Preservação do tecido cariado na parede de 
fundo/não remove (zona de cárie profunda); 
. - Assim, junto às propriedades dos materiais e o teste 
de vitalidade positivo, a cárie da parede de fundo será 
inativada e não sofrerá progressão; sendo induzida a 
remineralizar, produzir dentina esclerosa e dentina 
terciária reacional. . 
3. FORMADE RESISTÊNCIA 
• Característica dada à cavidade para que os tecidos 
remanescentes e o material da restauração sejam 
capazes de resistir às forças mastigatórias. 
- Essa forma de resistência deve ser atenta ao se 
trabalhar com o amálgama como material restaurador. 
- Não se pode deixar prismas de esmalte sem suporte 
- Paredes circundantes da caixa oclusal = em casos de 
paredes paralelas ou um pouco convergentes para 
A invasão desse espaço pode resultar em 
inflamação crônica (em longo prazo), causando a 
perda óssea, recessão gengival e a formação de 
bolsa periodontal. 
 
 
oclusal, deve-se atentar se o ângulo cavo superficial irá 
ficar sem suporte (deixar esse ângulo sempre em 90°); 
 
MONDELLI J, Furuse AY, Mondelli RFL, Ishikiriama A, 
Franco EB, Mondelli AL. Fundamentos de dentística 
operatória. 2018 
 
- Ângulo cavossuperficial em 90° (1); 
- Paredes circundantes paralelas (2); 
- Paredes V e L convergentes para oclusal (3); 
- Ângulos internos arredondados (4); 
- Parede pulpar e gengival planas, paralelas entre si e 
perpendiculares ao longo eixo do dente. 
- PROBLEMA EM AMÁLGAMA: vista por oclusal, as 
paredes V e L da caixa proximal devem formar um 
ângulo de 90° com a superfície externa do dente, pois 
nessa área o amálgama não tem resistência a 
compressão, então caso esse ângulo não seja 
respeitado e o amálgama se encontre em pequena 
espessura, ele irá fraturar facilmente, o que implicará 
em infiltração e desenvolvimento de cárie secundária. 
- Curva reversa de Hollenback = desgaste realizado nas 
paredes V e L da caixa proximal que estão com 
ângulos agudos, para deixar o ângulo reto (90°), a fim 
de evitar a fratura do amálgama como material 
restaurador. 
- Utilizando resina essa curva não se faz necessária, pois 
é um material que já conta com resistência de 
compressão e tração próxima ao dente, e esse 
material reforça a estrutura do dente, absorvendo os 
impactos. 
 
MONDELLI J, Furuse AY, Mondelli RFL, Ishikiriama A, 
Franco EB, Mondelli AL. Fundamentos de dentística 
operatória. 2018 
4. FORMA DE RETENÇÃO 
• Todo e qualquer manejo dada a restauração com a 
finalidade de evitar que ela frature/não caia, evitando o 
deslocamento por tensões mastigatórias, força de tração dos 
alimentos, diferenças de CETL. 
- Retenção mecânica (conformação das paredes): retenção 
apresentada por o amálgama, por exemplo, que está de 
acordo com a conformação das paredes. 
Cavidades simples = é levado em consideração a largura e 
profundidade da cavidade. Cavidade auto retentivas são 
aquelas que contam com profundidade maior que a largura 
VL, contando com paredes paralelas; 
Já quando a largura é maior que a profundidade essas 
cavidades não são auto retentivas, elas contam com 
retenções adicionais ou paredes convergentes para oclusal. 
 
MONDELLI J, Furuse AY, Mondelli RFL, Ishikiriama A, 
Franco EB, Mondelli AL. Fundamentos de dentística 
operatória. 2018 
- Retenção mecân ica adiciona l : 
Cavidades compostas e complexas = cauda de 
andorinha. ou caneletas proximais, que são preparos 
que ajudam a dar um reforço a mais na cavidade. 
1 
2 
3 
4 
 
 
 
MONDELLI J, Furuse AY, Mondelli RFL, Ishikiriama A, 
Franco EB, Mondelli AL. Fundamentos de dentística 
operatória. 2018 
- Inclinação das paredes V-L da caixa proximal (que 
serão disposta de forma convergente ou divergente de 
acordo com a relação de profundidade e largura. 
 
MONDELLI J, Furuse AY, Mondelli RFL, Ishikiriama A, 
Franco EB, Mondelli AL. Fundamentos de dentística 
operatória. 2018 
- Pinos retentivos também podem ser utilizados 
- M icromecân ica (adesão): Apresentada pela resina 
composta, uma vez que essa resina penetra dentro dos 
túbulos dentinários e forma o embricamento micromecânico. 
- Por atr i to do mater ia l restaurador : 
5. FORMA DE CONVENIÊNCIA 
• Etapa que visa possibilitar a instrumentação adequada 
da cavidade e a inserção do material restaurador: 
- Controle da umidade/sangramento/trabalhar com 
isolamento absoluto; 
- Separação dental para acesso a lesão; 
- Acesso a lesões proximais por oclusal ou vestibular; 
- Conveniência biológica 
6. ACABAMENTO DAS PAREDES E MARGENS DE 
ESMALTE 
• É a remoção das irregularidades e prismas de 
esmalte fragilizados pelo alisamento das paredes 
internas de esmalte da cavidade, ou no acabamento 
adequado do ângulo cavossuperficial 
- Visa oferecer uma interface mecanicamente forte 
entre o dente e a restauração; obter o melhor 
selamento possível e definir a linha de término do 
material. 
 
MONDELLI J, Furuse AY, Mondelli RFL, Ishikiriama A, 
Franco EB, Mondelli AL. Fundamentos de dentística 
operatória. 2018 
7. LIMPEZA DA CAVIDADE 
• É a remoção de detritos deixados durante a 
instrumentação, como por exemplo: raspas de dentina 
e esmalte, bactérias, pequenos fragmentos abrasivos 
dos instrumentos rotatórios, óleo, com o intuito de se 
obter uma cavidade limpa e seca. 
- Esses materiais de limpeza são classificados em dois 
grupos: 
1 . Agentes não desmineral izantes 
- Soluções germicidas: água oxigenada a 3%; hipoclorito 
de sódio líquido Dakuin 0,5%, Milton 1% 
- Soluções fluoretadas NaF 1,23%; 
(pouco utilizadas em restaurações atualmente) 
- Soluções de clorexidina 2% (limpeza de amálgama e 
limpeza adicional na resina composta); 
- Substâncias alcalinizantes: hidróxido de cálcio 
2 . Agentes desmineral izantes 
- Soluções ácidas como: ácido fosfórico 32 a 37% 
(utilizado para resina composta); EDTA 15% ph 7,3 (não 
é mais utilizado para fins restauradores); ácido 
poliacrílico a 10% (utilizado para ionômero de vidro); 
ácido bórico. 
 
 
REFERÊNCIAS: 
- MONDELLI J, Furuse AY, Mondelli RFL, Ishikiriama A, 
Franco EB, Mondelli AL. Fundamentos de dentística 
operatória. 2018

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