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FACULDADE FUTURA CONTABILIDADE INTERMEDIÁRIA APOSTILA PORTUGUÊS II VOTUPORANGA – SP 1 NOÇÕES DE COMERCIO RECONHECIMENTO DAS CONTAS DE RESULTADO: RECEITAS, CUSTOS E DESPESAS 1.1 Conceituando Contas Conta é o nome técnico que identifica cada componente do patrimônio (Bens, Direitos e Obrigações ou Patrimônio Líquido) e cada elemento de resultado (Despesas e Receitas). A função da conta é representar a variação patrimonial que um fato promove no patrimônio da empresa. Todo fato mensurável em dinheiro é representado por uma conta. É através das contas que a contabilidade consegue exercer o seu papel. Todos os acontecimentos que ocorrem diariamente na empresa (como compras, vendas, pagamentos e recebimentos) são registrados pela contabilidade em contas próprias. Imagem disponível emwww.myrp.com.br.br Assim, toda movimentação de dinheiro efetuada dentro da entidade é registrada em uma conta denominada Caixa, os objetos comercializados pela entidade são registrados em uma conta denominada Mercadorias/Estoques, e assim por diante. Exemplo: Suponha que você vá ao banco e efetue um depósito em seu próprio nome. Sendo correntista do banco, você terá uma conta aberta em seu nome, o que significa dizer que o valor depositado vai ser anotado em um registro, destinado a demonstrar todas as suas transações com o banco, chamado Conta. Da mesma forma que o banco, as empresas utilizam contas para registrar as transações ocorridas. AULAS DE 01 A 10 http://www.myrp.com.br.br/ http://www.myrp.com.br.br/ 1.2 Teoria das Contas Ao longo da história da Contabilidade, a classificação das contas tem dividido os doutrinadores entre várias respostas, resultando em formas diferentes de classificação e interpretação das contas. Isto fez com que aparecessem várias escolas defensoras de seus princípios para justificar os critérios adotados para classificação das contas. Entre as teorias apresentadas pelas escolas, três delas se tornaram as mais importantes: Teoria personalista, Teoria materialista e Teoria patrimonialista 1.3 Teoria Personalista Para a escola personalista, as contas (elementos patrimoniais) podem ser representadas por pessoas com as quais são mantidas relações jurídicas, ou seja, que se relacionam com a entidade em termos de débito e crédito. Todos os débitos efetuados nas contas dessas pessoas representam suas responsabilidades, enquanto todos os créditos representam seus direitos em relação ao titular do Patrimônio. Por essa teoria, as contas são classificadas segundo a natureza da relação jurídica que essas pessoas mantêm com o titular do Patrimônio. Na Teoria personalista, temos três tipos de contas (pessoas): a) Proprietários: consiste nos responsáveis pelas contas do patrimônio líquido e suas variações, como receitas e despesas. São, portanto, contas dos proprietários: Capital social, Receita de vendas, Custo da mercadoria vendida (CMV), ICMS sobre vendas, Devoluções de vendas, Receitas financeiras, Reserva legal, etc. b) Agentes consignatários: consiste nas pessoas (contas) a quem a entidade confia a guarda os bens (Ativo), ou seja, que representam os bens. São, portanto, contas dos agentes consignatários: Caixa, Banco, Veículos, Móveis, Terrenos, etc. c) Agentes correspondentes: consiste nas pessoas que representam as contas de direitos (Ativo) ou obrigações (Passivo). São terceiros, que se situam na posição de devedor ou credor da entidade. São, portanto, contas dos agentes correspondentes as contas em que a entidade mantém esse tipo de relação jurídica, como por exemplo, Clientes e Fornecedores. Os clientes devem à empresa o valor correspondente a suas compras a prazo e os fornecedores são credores da empresa em relação às vendas a prazo que a esta foram feitas. Daí resulta que Clientes é conta devedora e Fornecedores é conta credora. 1.4 Teoria Materialista A escola materialista se opôs a teoria personalista, defendendo que as contas representam entradas e saídas de valores e não simples relações de débito e crédito entre pessoas (excluídas as relações com terceiros).Esta é uma visão mais econômica do que vem a ser a conta, a relação entre as contas e a entidade é uma relação material e não pessoal, de sorte que a conta só deve existir enquanto houver também o elemento material por ela representado. As contas dividem-se em: a) Integrais (ou elementares): são as representativas dos bens, dos direitos e das obrigações da entidade, ou seja, ativo e Passivo Exigível. b) Diferenciais (ou derivadas): são as representativas do Patrimônio Líquido, das receitas e das despesas da entidade. 1.5 Teoria Patrimonialista É a teoria usualmente adotada no Brasil. Segundo ela, criada por Vincenzo Masi, o objeto de estudo da ciência contábil é o Patrimônio de uma entidade. A contabilidade tem como finalidade controlar este patrimônio e apurar o resultado das empresas. Estas contas se classificam da seguinte forma: a) Contas Patrimoniais: são as contas representativas dos bens e dos direitos (Ativo), das obrigações (Passivo) e do Patrimônio Líquido (PL) da entidade. b) Contas de Resultado: são as contas que representam as receitas e as despesas da entidade. 2 CLASSIFICAÇÃO DAS CONTAS Em consequência da Teoria Patrimonialista, atualmente mais usada e aceita como a mais adequada entre os contadores, as contas são classificadas em dois grandes grupos: as contas patrimoniais e as contas de resultado. 2.1 Contas Patrimoniais São aquelas contas que representam o Ativo (indica a existência de Bens e Direitos) e o Passivo (indica a existência de Obrigações e Patrimônio Líquido da entidade, formado pelo capital social, as reservas e os prejuízos acumulados). São essas contas que representam o Patrimônio da empresa, através do Balanço Patrimonial. 2.2 Contas de Resultado São as Receitas e as Despesas do período, que devem ser encerradas no final do exercício para que se apure o resultado do exercício. Este resultado, lucro ou prejuízo, será incorporado ao Patrimônio através da conta Prejuízos acumulados (quando o resultado for negativo), ou Reserva de lucros (quando o resultado for positivo).São acontecimentos que modificam a situação líquida da empresa e representam variações no Patrimônio da entidade. Estas contas não fazem parte do Balanço Patrimonial, mas permitem que o resultado do exercício seja apurado. Fonte: www.lopesmachado.com.br 2.3 Classificação das Contas quanto ao Funcionamento do Mecanismo Débito e Crédito Quanto a sua funcionalidade, as contas se dividem em: http://www.lopesmachado.com.br/ http://www.lopesmachado.com.br/ Contas Unilaterais - são aquelas que sofrem variações somente em um sentido (registro a débito ou registro a crédito). Ex: as contas de receitas serão via de regra creditadas e as de despesas debitadas. Contas Bilaterais - São aquelas que sofrem variações nos dois sentidos, aceitando tanto registro de débito quanto de crédito. Ex: Caixa, Banco Conta Movimento, Duplicatas a receber, etc. Elas podem apresentar tanto saldo devedor quanto saldo credor. Quando apresenta saldo devedor, é chamada de Conta bilateral ativa e quando apresenta saldo credor, é chamada de Conta bilateral passiva. 3 PLANO DE CONTAS Um plano existe para que possamos executar uma determinada ação. Trata-se de um projeto para utilização de contas. As contas se referem a uma designação técnica que se relaciona a um elemento patrimonial ou de resultado. Ou seja, uma conta existe para que uma transação que afete o patrimônio ou resultado seja registrada contabilmente. Consequentemente as contas patrimoniais se referem às contas de Ativo ou Passivo; e as de Resultado, às Despesas e Receitas. Qualquer situação que altereo Patrimônio de uma empresa deve ser registrada em contas apropriadas. É bom lembrar que as Contas Patrimoniais registram transações que afetam ativo, passivo e patrimônio líquido, ou seja, bens, direitos, obrigações e patrimônio líquido. Os bens e direitos são a parte positiva do Patrimônio, chamada Ativo. As obrigações são a parte negativa do Patrimônio, chamada Passivo. Já as contas de resultado registram as despesas, receitas, perdas e ganhos. Ou seja, o resultado alimenta o Patrimônio. Lembrem que o patrimônio líquido é alimentado pelo resultado, mediante a conta de lucros ou prejuízos. Se a empresa tem lucro, o alimento é positivo; se tem prejuízo, o alimento é prejudicial à empresa. Vide imagem abaixo: Esquematizando, podemos escrever: Desta forma, um Sistema de Informação Contábil requer a confecção de um Plano de Contas, como um banco de dados norteador, que permite o processamento dos dados contábeis que serão processados pelo sistema contábil e irá produzir informações nos relatórios contábeis: Diário, Razão, Livro Caixa, Balanço Patrimonial, Demonstração do Resultado do Exercício, entre outros. O Plano de Contas é o elenco projetado das contas que poderão ser utilizadas pela empresa para a realização dos registros contábeis. Desta forma, sempre que realizamos um lançamento contábil, devemos consultar o plano de contas da empresa, a fim de que possamos realizá-lo. Num sistema contábil, o plano de contas precisa ser organizado de forma ordenada, com uma codificação que permita o endereçamento adequado do registro a ser realizado. Vamos ver isto na prática, com a utilização de telas do Sistema Domínio. Antes de continuarmos, é bom destacar que a Faculdade de Ciências Contábeis da UFBA possui parceria com a Domínio Sistemas, que é uma das maiores empresas do Brasil no desenvolvimento de softwares para contabilidade. Desta forma, o aluno pode praticar os conhecimentos de Contabilidade no Laboratório de Informática da Faculdade, possuindo, inclusive, a disciplina de Informática Aplicada à Contabilidade, a qual tem, como um dos focos de atuação, a utilização do sistema domínio contábil em seus diversos módulos. Neste sentido, uma das etapas para qualquer contador é conhecer bem o plano de contas dos sistemas contábeis. Abaixo, será apresentada sucintamente a estruturação exemplificada de um plano de contas do sistema domínio contábil, a qual é bem semelhante à estruturação feita nos mais diversos sistemas de contabilidade. Utilizando as telas do Sistema Domínio, podemos verificar um exemplo de disposição adequada de algumas contas de um Plano de Contas. Percebam que a classificação 1. representa o Ativo; a classificação 1.1., o Ativo Circulante; a 1.1.1., o Disponível; a 1.1.1.01., o Caixa; e 1.1.1.01.001, a conta Caixa Geral. Esta apresentação é bem semelhante ao plano de contas tratado em nossa aula aqui neste material: Num sistema contábil informatizado, ainda, é necessário realizar indicações que possam conduzir a produção de relatórios contábeis adequados. Na tela abaixo, para cadastro de uma conta no plano de contas, é necessário indicar o tipo de conta, analítica ou sintética (veremos o que significa, daqui a pouco), e se faz parte de determinados demonstrativos, abaixo, representados como Grupos. 3.1 TÉCNICAS PARA ELABORAÇÃO 3.2 Plano de contas: o que é e como se elabora? O plano de contas, na verdade, é um guia que norteia os trabalhos contábeis de registro de fatos e atos da entidade, o qual serve de parâmetro para a elaboração das demonstrações contábeis. Em, o plano de contas é elaborado de acordo com os interesses de cada empresa e até mesmo dependendo da criatividade do contabilista, considerando-se o ramo de atividade, tamanho da empresa, sistema contábil. Não é difícil entender, por exemplo, que quanto maior o tamanho da empresa, maior a necessidade de detalhar a contabilidade através do plano de contas. Logicamente, cada empresa deverá elaborar seu plano de contas mediante adaptação a suas peculiaridades de operação, necessidades internas, externas (órgãos governamentais, fiscalização, sindicatos etc.), transações e contas específicas etc. Assim, Futuros Contadores, a elaboração de um bom Plano de Contas é fundamental no sentido de utilizar todo o potencial da Contabilidade em seu valor informativo para os inúmeros usuários. O plano de contas pode ser composto de duas partes: elenco de contas e manual de contas, especificados a seguir: 3.3 Elenco de Contas O Elenco de Contas consiste na relação das contas que serão utilizadas para o registro dos fatos administrativos decorrentes da gestão do patrimônio da empresa, bem como dos atos administrativos considerados relevantes (aqueles cujos efeitos possam se traduzir em modificações futuras no patrimônio da empresa). O Elenco de Contas envolve a intitulação (nome) e o código de cada conta. Veja, no nosso Modelo de Plano de Contas (logo mais abaixo), um Elenco de Contas no qual as contas estão classificadas em grupos e subgrupos conforme dispõe a Lei n 6.404/1976: 3.4 Critério de codificação Antes de vermos um plano de conta, precisamos entender o processo de sua codificação. Olha, Pessoal, a codificação das contas, além de agilizar naturalmente o trabalho de classificação dos documentos, é elemento indispensável para efeito do processamento de dados. No modelo de plano de contas apresentado neste material, foi adotado o seguinte critério de graduação dos códigos (exemplo: 1.1.01.01.01): Um plano de contas tem, normalmente, uma categorização que cria classes ou graus, a saber: 1ª Classe– Contas (Ativo, Passivo, Patrimônio Líquido e Resultados); 2ª Classe – Grupos de Contas (Circulante, Não Circulante); 3ª Classe – Subgrupos (Disponível, Clientes, etc.); 4ª Classe – Contas dos Grupos (Caixa, Fornecedores, Reservas); 5ª Classe – Subcontas das contas (Banco do Brasil, Itaú, etc.). 3.5 Modelo de Plano de Contas Agora, vamos a um modelo simplificado de plano de contas 18
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