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Aparelho vestibular 1 Aparelho vestibular Equilíbrio O equilíbrio refere-se a estabilidade, o sentido do equilíbrio tem dois componente, um dinâmico que fornece informações sobre nosso movimento no espaço e um componente estático que foenece a informação de se a cabeça está na vertical normal. 💡 Para manter o equilíbrio é preciso do sistema periférico visual, do sistema vestibular e o sistema de propriocepção. As informações sensorias promovidas pela orelha interna e pelos propiceptores nas articulações e músculo comunica ao encéfalo a localização das diferentes partes do nosso corpo e as informações visuais são também de extrema importância para o equilíbrio. Aparelho vestibular O sistema vestibular peeriférico é dividido funcionalmente em labirinto ósseo, labirinto membranoso e células ciliadas. O labirinto ósseo é composto por 3 canais semicirculares ( (anterior (superior), lateral (horizontal) e posterior), cóclea e vestíbulo, já o labirinto membranoso é formado pelo utrículo, sáculo e endolinfa, as células ciliadas se encontra no untrículo e do sáculo. 💡 O labirinto ósseo é preenchido por perilinfa. Labirinto membranoso Aparelho vestibular 2 O aparelho vestibular, também chamado de labirinto membranoso, é uma série intrincada de câmaras interconectadas cheias de líquido, está suspenso no labirinto ósseo e tem como função ser um sensor de movimento, uma vez que é capaz de dectar a velocidade angular da cabeça, acelaração linear e é capaz de indenticar a posição da cabeça em relação aos olhos e da cabeça em relação ao corpo. Localiza-se na orelha interna, é composto por 5 órgãos sensoriais, pela porção membranosa dos 3 canais semicirculares anterior (superior), lateral (horizontal) e posterior. Além de dois órgãos otolíticos, o utrículo e o sáculo. 💡 Os órgãos otolíticos nos informam sobre a aceleração linear e a posição da cabeça. Aparelho vestibular 3 💡 O labirinto membranoso é preenchido por endolínfa com alta concentração de K e baixa de Na, secretada pelas células epiteliais. 💡 O propósito básico de cada estrutura é transmitir a energia mecânica, derivada do movimento da cabeça, às células ciliadas. Cada célula ciliada dos órgãos vestibulares estabelece uma sinapse excitatória com a terminação de um axônio sensorial do nervo vestibular, um ramo do nervo vestibulococlear (VIII nervo craniano). Órgãos otoliticos (utrículoe sáculo) detectam a aceleração linear e a posição da cabeça Tem como função detectar os movimentos de acelaração linear (sentido antero- posterior), como por exemplo, a identificação de que um indivíduo está em um carro em movimento. Além de detectar movimento, assim se uma pessoa desloca-se lateralmente, os órgãos otoliticos detectam esse movimento. Movimentos de supero-inferior também detectável pelos órgãos otilicos, por exemplo uma pessoa dentro do elevador ser capaz de identificar se ele está subindo ou descendo. Além dos movimentos combinados de incliação estática. Cada órgão otolítico contém um epitélio sensorial, chamado de mácula, que está orientado verticalmente dentro do sáculo e horizontalmente dentro do utrículo quando a cabeça está aprumada, nela contém células ciliadas. As células ciliadas têm a presença de uma membrana gelatinosa, chamada de cúpula, são insensíveis a gravidade, ajudam a aumentar a captação da informação pelas células que estão na crista no interio da ampola. A membrana otolítica contém os cristais de carbonato de cálcio (otocônias) que faz com que as máculas sejam sensíveis à gravidade. 💡 A força para mover o cílio vem aceleração e da gravidade Aparelho vestibular 4 Quando o ângulo da cabeça muda ou quando a cabeça sofre aceleração, uma força (inércia ao movimento) é exercida sobre as otocônias que, por sua vez, exercem uma força no mesmo sentido sobre a cobertura gelatinosa, movendo-a levemente e inclinando, assim, os estereocílios das células ciliadas. Contudo, não é qualquer inclinação do estereocílio que produzirá resultado. Cada célula ciliada tem um cílio especialmente longo, chamado de cinocílio. A inclinação dos estereocílios na direção do cinocílio resulta em uma despolarização, o potencial excitatório do receptor. A inclinação dos estereocílios na direção oposta ao cinocílio resulta em hiperpolarização, inibindo a célula. 💡 Qualquer inclinação ou aceleração da cabeça excita algumas células ciliadas, inibe outras e não exerce efeito algum sobre as demais. Por meio da utilização simultânea da informação codificada pela população total de células ciliadas otolíticas, o sistema nervoso central pode interpretar todos os possíveis movimentos lineares de forma inequívoca. Aparelho vestibular 5 Canais semiciculares e a detecção da rotação Dentro dos canais semicirculares, há um líquido chamado endolínfa, esses canais detectam a aceleração rotacional em várias direções. 💡 Como os órgãos otólitos, os ductos semicirculares detectam a aceleração, mas de uma forma diferente. A aceleração angular é gerada por movimentos rotacionais repentinos e constitui-se no estímulo primário para os ductos semicirculares. O canal semicircular anterior detecta a rotação da cabeça pra frente e pra trás (”sim ”, flexão e extenção), lateral (horizontal) detecta o movimento de rotação da cabeça para direita ou esquerda quando fazemos o ”não”, por exemplo, ou quando um patinador rodopia no gelo) e o posterior detecta a movimentação da cabeça em direção ao ombro direito ou esquerdo. Em uma das extremidades de cada canal há uma câmara alargada, a ampola, a qual contém uma estrutura sensorial, chamada de crista, a qual é constituída de células pilosas e uma massa gelatinosa, a cúpula, que se estende da base ao teto da ampola, fechando-a. Os cílios das células pilosas são embebidos pela cúpula. Aparelho vestibular 6 💡 Todas as células ciliadas na ampola possuem seus cinocílios orientados no mesmo sentido, indicando que todas as células ficam excitadas ou inibidas conjuntamente. A inclinação dos estereocílios ocorre quando o ducto sofre uma repentina rotação sobre o seu eixo como uma roda; à medida que a parede do ducto e a cúpula começam a girar, a endolinfa tende a se atrasar em relação ao movimento, devido à inércia. O movimento mais lento da endolinfa exerce uma força de sentido oposto sobre a cúlpula, a qual encurva e, logo, inclina os estereocílios, os quais, por sua vez (dependendo da direção da rotação), podem excitar ou inibir a liberação de neurotransmissor das células ciliadas para as terminações axonais do nervo vestibular. Se a rotação da cabeça for mantida em velocidade constante, a fricção da endolinfa nas paredes do ducto determinará, ao final, que os dois se movam juntos, o que reduz, até cessar, o encurvamento da cúpula após 15 a 30 segundos. Quando a rotação da Aparelho vestibular 7 cabeça (e de seus ductos) finalmente cessa, a inércia da endolinfa provoca a inclinação da cúpula no sentido oposto, gerando uma resposta oposta das células ciliadas e uma sensação temporária de rotação no sentido contrário 💡 Esse mecanismo explica por que você se sente tonto e desequilibrado sempre que, assim como o faz uma criança, para de repente de girar seu corpo como um pião – seus ductos semicirculares estavam enviando a mensagem de que seu corpo ainda estava girando, agora na direção oposta.