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Problema 2: Síncope 1 🧡 Problema 2: Síncope Conceito Síncope: perda súbita breve de consciência e do tônus postural devido a hipoperfusao cerebral (baixa irrigação sanguínea no cérebro) , sendo a recuperação espontânea e completa. - Desliga-liga. Pré síncope: visão em túnel, visão desaparecendo progressivamente, com alteração de consciência em diversos graus. Principais causas Redução temporária do fluxo cerebral Risco: baixo ( reflexo: fc-vasos-PA); Alto risco ( cardíaca- marcador de morte súbita) anemia débito cardíaco extremante baixo hipersensibilidade do seio carotídeo Problema 2: Síncope 2 hipoglicemia hipotensão ortostática hipoxemia insuficiência adrenal Medicamentos que podem causar: antirritmicos antidepressivos anti-hipertensivos (Betabloqueadores, diuréticos, inibidos de enzima conversora de angiotensina, antagonista de cálcio e bloqueadores alfa-2- adrenergicos). antiparkinsonianos antipsicóticos fenotiazinas bromocroptina Fatores de risco idade maior ou igual a 45 anos história de insuficiência cardíaca história de arritmias ventriculares eletrocardiograma anormal sinais de alerta sincope durante exercício físico Síncope em posição supina História familiar de morte súbita Palpitações que ocorrem no momento da sincope Doenca arterial coronariana Problema 2: Síncope 3 Insuficiência cardíaca de qualquer etiologia Doenca cardíaca estrutural Achados do ECG Harrison divide em 3 categorias: Síncope neuromediada ( reflexa ou vasovagal) Compreende um grupo heterogêneo de distúrbios funcionais que se caracterizam por uma alteração transitória nos reflexos responsáveis pela manutenção da homeostase cardiovascular. Ou seja, vasodilatação episódica ( ou perda do tônus vasoconstritor) e bradicardia em variáveis combinações, o que resulta em uma falha temporária do controle da pressão arterial. emoções, dor, estresse, ortostatismo, etc (vasovagal) estimulacao dos seios carotídeos (após se barbear, usar gravatas apertadas, movimentos bruscos com o pescoço ( seio carotídeo ) Micção, defecação, deglutição ou tosse (situacional ) Hipotensão ortostática Em pacientes com essa causa, resultado de insuficiência autonômica, esses reflexos cardiovasculares homeostaticos estão comprometidos de maneira crônica. Acusada por queda anormal da PA durante ortostase por disfunção dos mecanismos regulatórios. insuficiência ou falha autonômica primária : doença de parkison, falha autonômica etc Insuficiência autonômica secundário: diabetes lesões na medula espinhal, etc Diminuição do volume intravascular: ingestão inadequada de líquidos, hemorragias, diarreia, vômitos intensos. Efeitos de drogas: antes anti-hipertensivos, antidepressivos etc Consumo de álcool: prejudica a vasoconstrição Problema 2: Síncope 4 Envelhecimento: aumento da prevalência de hipotensão ortostática Síncope cardíaca Pode ser decorrente de uma arritmia ou cardiopatia estrutural que causa diminuição do débito cardíaco. arritmias: bradicardia (causada pela disfunção do no sinual) e taquicardia, Principais sinais e sintomas sincope neuromediada Intolerância ortostática, como tontura, vertigem e fadiga, pode haver aspectos premonitórios de ativação autonômica em pacientes com síncope neuromediada. Tais fatores incluem diaforese, palidez, palpitações, náusea, hiperventilação e bocejos. Durante o evento da síncope, pode ocorrer mioclonia (contração, tremor ou espasmo do músculo) proximal e distal (geralmente arrítmica e multifocal), levantando a possibilidade de epilepsia. Os olhos costumam permanecer abertos e, em geral, desviam-se para cima. As pupilas costumam estar dilatadas. Podem ocorrer movimentos oculares errantes. Pode haver grunhidos, gemidos, roncos e estertores respiratórios. Pode haver incontinência urinária. A incontinência fecal é muito rara. A confusão pós-ictal também é rara, embora alucinações visuais e auditivas e sensação de morte iminente ou experiências extracorpóreas sejam algumas vezes relatadas. Hipotensão ortostática: Tontura e pré- síncope (quase desmaio), ocorrendo em resposta a uma alteração súbita da postura. No entanto, os sintomas podem estar ausentes ou ser inespecíficos, como fraqueza generalizada, fadiga, lentidão cognitiva, falseio das pernas ou cefaleia. Pode ocorrer borramento visual, provavelmente devido a isquemia retiniana ou do lobo occipital. Dor no pescoço – tipicamente na região suboccipital, cervical posterior e do ombro (“cefaleia do cabide”), mais provavelmente devido à isquemia do Problema 2: Síncope 5 músculo do pescoço – pode ser o único sintoma. Os pacientes podem relatar dispneia ortostática (que se acredita refletir desequilíbrio na ventilação-perfusão devido à perfusão inadequada dos ápices pulmonares ventilados) ou angina (atribuída a comprometimento da perfusão miocárdica, mesmo com artérias coronárias normais). Os sintomas podem ser exacerbados por exercício, ficar muito tempo em pé, aumento da temperatura ambiente ou pelas refeições. Em geral, a síncope é precedida por sintomas de alarme, mas pode ocorrer subitamente, o que sugere a possibilidade de uma convulsão ou causa cardíaca. Problema 2: Síncope 6 Classificação: Síncope neuromediada: A síncope neuromediada (reflexa; vasovagal) é a via final de um arco reflexo complexo dos sistemas nervosos central e periférico. Há uma alteração súbita e transitória na atividade autonômica eferente com aumento do fluxo de saída parassimpático mais inibição do simpático (resposta vasodepressora), resultando em bradicardia, vasodilatação e/ou redução do tônus vasoconstritor. A queda resultante na pressão arterial Problema 2: Síncope 7 sistêmica pode, então, reduzir o fluxo sanguíneo cerebral para abaixo dos limites compensatórios de autorregulação. Para gerar uma síncope neuromediada, há necessidade de um sistema nervoso autônomo funcionante, em contraste com a síncope que resulta de falha autonômica (discutida a seguir). Pode ser subdividida com base na via aferente e no gatilho provocado: O gatilho aferente pode originar-se nos sistemas pulmonar, gastrintestinal e urogenital, no coração e na artéria carótida. A via aferente do arco reflexo difere entre esses distúrbios, mas a resposta eferente via nervo vago e vias simpáticas é semelhante. Síncope vasodepressora descreve a síncope predominantemente causada por falha vasoconstritora simpática eferente; síncope cardioinibidora descreve aquela predominantemente associada a bradicardia ou assistolia devido a aumento do efluxo vagal; e síncope mista descreve aquela em que há alterações tanto vagais quanto reflexivas simpáticas. Hipersensibilidade do seio carotídeo: Variante da síncope vasovagal Queda da FC que pode ou não estar associada a um declínio da pressão arterial Pode ocorrer por dois fatores: Cardioinibitório: predomínio na queda da FC Vasodepressor: declínio da pressão arterial na ausência significativa de bradicardia. Hipotensao ortostática: Incapacidade do sistema nervoso autônomo de manter a pressão arterial adequada quando em posição ortostática. Problema 2: Síncope 8 Redução na pressão arterial sistólica de pelo menos 20 mmHg ou na pressão arterial diastólica de ao menos 10 mmHg dentro de 3 minutos com o paciente em pé ou com inclinação da mesa para cima (tilt test), é uma manifestação de falha vasoconstritora simpática (autonômica). Em muitos casos (mas não em todos), não há aumento compensatório na frequência cardíaca, apesar da hipotensão; com insuficiência autonômica parcial, a frequência cardíaca pode aumentar até certo ponto, mas isso não é o bastante para manter o débito cardíaco. Uma variante da hipotensão ortostática é a forma “tardia”, que ocorre depois que o paciente fica mais de 3 minutos na posição ereta; pode ser que isso reflita uma forma discreta ou inicial de disfunção simpática adrenérgica. Em alguns casos, ocorre hipotensãoortostática dentro de 15 segundos em pé (a chamada hipotensão ortostática “precoce”), achado que pode refletir um desajuste transitório entre o débito cardíaco e a resistência vascular periférica, e não representa insuficiência autonômica. Causas: Disfunção dos sistemas nervosos autônomos central e periférico. A disfunção autonômica de outros sistemas orgânicos (inclusive bexiga, intestinos, órgãos sexuais e sistema sudomotor) de gravidade variável frequentemente acompanha a hipotensão ortostática nesses distúrbios. Hipovolemia Uso de medicações (diuréticos, neuropatologia autonômicas primária e secundárias- diabetes, uremia, etc) e endocrinopatia (insuficiência adrenal e feocromocitoma) Síncope cardíaca: causada por arritmias e cardiopatia estrutural, podendo ocorrer de forma combinada, pois a doença estrutural deixa o coração mais vulnerável à atividade elétrica anormal. Arritmias: As bradiarritmias que causam síncope incluem aquelas devido à disfunção grave do nó sinusal (p. ex., parada sinusal ou bloqueio sinoatrial) e ao bloqueio atrioventricular (AV) (p. ex., Mobitz tipo II e bloqueio AV de alto grau e completo). As bradiarritmias Problema 2: Síncope 9 decorrentes de disfunção do nó sinusal em geral estão associadas a uma taquiarritmia atrial, distúrbio conhecido como síndrome de taquicardia-bradicardia. Cardiopatia estrutural: Cardiopatias estruturais (p. ex., valvopatia, isquemia miocárdica, miocardiopatia hipertrófica e outras, massas cardíacas como o mixoma atrial e derrame pericárdico) podem ocasionar síncope por comprometimento do débito cardíaco. A doença estrutural também pode contribuir para outros mecanismos fisiopatológicos da síncope. Por exemplo, as cardiopatias estruturais podem predispor à arritmogênese; o tratamento agressivo da insuficiência cardíaca com diuréticos e/ou vasodilatadores pode acarretar hipotensão ortostática; e pode ocorrer vasodilatação reflexa inapropriada com distúrbios estruturais, como estenose aórtica e miocardiopatia hipertrófica, possivelmente provocada por aumento da contratilidade ventricular. Diagnostico Deve-se questionar: houve realmente perda de consciência? A perda da consciência foi abrupta e de curta duração? A recuperação foi espontânea, completa e sem sequelas? Houve perda do tônus muscular? Diagnóstico etiológico: circunstâncias antes do ataque: posição: supina, sentada ou em pé Atividade: repouso, mudança postural, durante ou após o exercício, durante ou após urinar, defecar, tossir ou deglutir Fatores predisponente: locais quentes ou lotados, posição ortostática prolongada, pós-prandial, medo, dor intensa, movimentos com o pescoço. Sintomas imediatamente antes do ataque Problema 2: Síncope 10 Náuseas, vômitos, sudorese, dor abdominal, sensação de frio, aura, dor cervical ou em ombros, embaçamento visual, tontura. Palpitações Características: Tipo de queda, coloração cutânea, duração da perda de consciência, padrão respiratório , movimentos ( clonicos, tônicos, tônico-clônico, mioclonia, automatismos), duração dosmovimentos, inicio dos movimentos em relação a queda, mordedura de língua. Fim do ataque: náuseas, vômitos, sudorese, sen- diomiopatia hipertrófica levando à obstrução ao fluxo sação de frio, confusão, dor muscular, coloração da pele, de saída do ventrículo esquerdo; sinais de trauma, dor torácica, palpitações, liberação esfincteriana. Antecedentes familiares e pessoais: história familiar de morte súbita, cardiopatias congênitas, síncope; Antecedente pessoal de cardiopatia, neuropatia das síncopes como cardíaca nas seguintes situações: (doença de Parkinson, epilepsia, narcolepsia), endocrinopatia (diabetes, insuficiência adrenal), uso de medicações (anti-hipertensivos, antianginosos, diuréticos, drogas que prolongam o intervalo QT), uso de drogas lícitas e ilícitas, história pessoal de síncope. Exames realizados para o diagnóstico diferencial Avaliação inicial: Determinar se a perda transitória da consciência foi causada por síncope, identificar a causa e avaliar a possibilidade de futuros episódios e danos graves Problema 2: Síncope 11 A avaliação inicial deve incluir anamnese detalhada, questionário abrangente para as testemunhas e exame físico e neurológico completo. A pressão arterial e a frequência cardíaca devem ser medidas na posição supina e após 3 minutos em pé, para se determinar se há hipotensão ortostática. Deve ser feito um ECG se houver suspeita de síncope devido a arritmia ou cardiopatia subjacente. Anormalidades eletrocardiográficas relevantes incluem bradiarritmias ou taquiarritmias, bloqueio AV, isquemia, infarto do miocárdio antigo, síndrome do QT longo e bloqueio de ramo. Exames laboratoriais Os exames laboratoriais de rotina raramente são úteis para identificar a causa da síncope. Devem ser feitos exames de sangue quando houver suspeita de distúrbios específicos, por exemplo, infarto agudo do miocárdio, anemia e insuficiência autonômica secundária Exame do sistema nervoso autônomo: Teste da mesa inclinada, pode ser realizada em centros especializados. ( para identificar síncope neurogenica) Paciente é colocado sobre uma mesa basculante especial que permite avaliá-lo em diversas inclinações. Simultaneamente, é monitorizado com ECG, e é realizada não invasiva da pressão arterial a cada 2 minutos. Objetivo: promover sobrecarga adaptativa ao sistema nervoso autônomo do indivíduo e avaliar sua resposta. Os exames autonômicos são úteis para revelar evidência objetiva de insuficiência autonômica e também demonstrar uma predisposição para a síncope neuromediada. O exame autonômico inclui avaliações da função do sistema nervoso parassimpático (p. ex., variabilidade da frequência cardíaca à respiração profunda e manobra de Valsalva), função simpática colinérgica (p. ex., resposta de sudorese termorreguladora e teste quantitativo do reflexo axônico sudomotor) e função adrenérgica simpática (p. ex., resposta da pressão arterial a uma manobra de Valsalva e teste de mesa inclinada com medida da pressão arterial a cada batimento). Problema 2: Síncope 12 As anormalidades hemodinâmicas demonstradas ao teste da mesa inclinada podem ser úteis para distinguir hipotensão ortostática devido à insuficiência autonômica da resposta bradicárdica hipotensiva da síncope neuromediada. O teste da mesa inclinada pode ajudar a identificar pacientes com síncope decorrente de hipotensão ortostática imediata ou tardia. Deve-se considerar a massagem do seio carotídeo em pacientes com sintomas sugestivos de síncope do seio carotídeo e naqueles com > 50 anos de idade e síncope recorrente de etiologia desconhecida. Esse teste só deve ser feito com monitoração contínua do ECG e da pressão arterial, devendo ser evitado em pacientes com sopros, placas ou estenose nas carótidas. Avaliação cardíaca: A monitoração com ECG está indicada para pacientes com alta probabilidade pré-teste de arritmia como causa de síncope. Pacientes com alta probabilidade de arritmia potencialmente fatal, por exemplo, aqueles com doença estrutural ou doença arterial coronariana grave, taquicardia ventricular não sustentada, bloqueio cardíaco trifascicular, intervalo QT prolongado, padrão ECG da síndrome Brugada e história familiar de morte súbita cardíaca devem ser monitorados no hospital. A monitoração com Holter ambulatorial é recomendada para pacientes que apresentam episódios frequentes de síncope (1 ou mais por semana), enquanto o monitor de eventos (loop event recorder), que continuamente registra e apaga o ritmo cardíaco, é indicado para pacientes com suspeita de arritmias com baixo risco de morte súbita cardíaca. O monitor de eventos pode ser externo (recomendado para a avaliação de episódios que ocorrem com uma frequência > 1 por mês) ou implantável (se a ocorrência de síncope for menos frequente). Deve-se fazer uma ecocardiografia em pacientes com antecedentes de cardiopatia oucaso sejam encontradas anormalidades ao exame físico ou no ECG. Problema 2: Síncope 13 Diagnósticos ecocardiográficos que podem ser responsáveis por síncope incluem estenose aórtica, miocardiopatia hipertrófica, tumores cardíacos, dissecção da aorta e tamponamento pericárdico. A ecocardiografia também tem um papel na estratificação do risco com base na fração de ejeção ventricular esquerda. O teste de esforço com monitoração de ECG e pressão arterial deve ser realizado em pacientes que experimentam síncope durante ou logo após esforços. O teste de esforço na esteira pode ajudar a identificar arritmias induzidas por exercícios (p. ex., bloqueio AV relacionado à taquicardia) e vasodilatação exagerada induzida por exercícios. Avaliação psiquiátrica: O rastreamento de transtornos psiquiátricos pode ser apropriado em pacientes com episódios recorrentes inexplicados de síncope. O teste da mesa inclinada, com demonstração de sintomas na ausência de alteração hemodinâmica, pode ser útil para reproduzir a síncope nos pacientes em que se suspeita de síncope psicogênica. OBS: um primeiro episódio de síncope sem achados sugestivos de etiologia cardíaca ou neurológica NÃO necessita de testes além de ECG. Fisiopatologia da síndrome vasovagal Fisiopatologia fisiopatologia da síncope vasovagal ainda é complexa e não está completamente elucidada, mas o mecanismo principal parece ser de origem reflexa. a postura ereta impõe um estresse fisiológico único sobre os seres humanos, sendo assim, a maioria dos episódios de sincope ocorre em posição ortostática. A postura ortostática resulta em um acúmulo de 500 a 1000ml de sangue nas extremidades inferiores e na circulação esplênica. (-) retorno venoso para o coração e para o enchimento ventricular → (-) débito cardíaco e da PA. Problema 2: Síncope 14 Essa alteração vai provocar uma resposta reflexa compensatória iniciada pelos barorreceptores no seio carotídeo e no arco da aorta → (+) efluxo simpático (sai de dentro p/ fora) e (-) atividade nervosa vagal. Esse reflexo aumenta a resistência periférica, o retorno venoso para o coração e o débito cardíaco, limitando a queda a pressão arterial. Se essa resposta falhar ( em caso de hipotensão ortostática e transitoriamente na sincope neuromediada) ocorre a hipoperfusao cerebral. Resumindo: A PA e regulado por dois sistemas: reflexo barorreceptor ( que vai tentar restaurar a PA em questão de segundos) e o sistema renina- angiotensina-aldosterona ( que regula a PA mais lentamente). Então, quando você esta deitado e levanta de forma abrupta e o reflexo barorreceptor que vai justamente mediar para que você nao tenha uma hipoperfusao cerebral. E ai quando voce tem uma queda da PA que descarrega os barorreceptores que vão esta situados no seio carotídeo e no arco aórtico, isso acaba levando a uma redução dos impulsos aferentes liberados pelos barorreceptores através dos nervos glossofaringeo e vago ( ou seja, o barorreceptor do seio carotídeo e reativo ao aumento ou diminuição de pressao arterial, enquanto que os barorreceptores do arco sao sensíveis ao aumento de PA). Consequentemente vai haver (-) da atividade aferente dos barorreceptores → causa uma queda no estimulo nervoso vagal para o no sinusal. Em contra partida ha o aumento na atividade eferente simpática. A ativação de neurônios pré-simpáticos em resposta a hipotensão e resultado da desinibição que antes estava inibido por conta da ativação dos barorreceptores cardíacos. Tratamento adequado Para sincope neuromediada: Tranquilizar, evitar estímulos provocativos e expandir o volume plasmático com líquido e sal são os princípios fundamentais do tratamento da síncope neuromediada. Manobras isométricas de contrapressão dos membros superiores (cruzar as pernas ou dar aperto de mão e tensionar o braço) podem elevar a pressão arterial pelo aumento do volume sanguíneo central e do débito Problema 2: Síncope 15 cardíaco. Ao manter a pressão na zona de autorregulação, essas manobras evitam ou retardam o início da síncope. Fludrocortisona, agentes vasoconstritores e antagonistas β- adrenorreceptores são usados em ampla escala por especialistas para tratar pacientes refratários, embora não haja evidência consistente de ensaios clínicos controlados randomizados sobre qualquer farmacoterapia para tratar a síncope neuromediada. Como a vasodilatação é o mecanismo fisiopatológico dominante na síncope na maioria dos pacientes, o uso de marca-passo cardíaco raramente é benéfico. Exceções possíveis são pacientes mais velhos (> 40 anos) em que a síncope está associada a assistolia ou bradicardia grave e aqueles com cardioinibição proeminente devido à síndrome do seio carotídeo. Nesses pacientes, o marca-passo de câmara dupla pode ser útil, embora essa área continue incerta. Hipotensão ortostática: Primeira etapa é eliminar as causas reversíveis – em geral medicações vasoativas. Depois disso, devem ser introduzidas intervenções não farmacológicas. Essas intervenções incluem orientar o paciente quanto a mudar da posição supina para a ereta, alertar sobre os efeitos hipotensivos das refeições volumosas, instruir sobre as manobras de contrapressão isométrica que aumentam a pressão vascular (ver anteriormente) e aconselhar a elevação da cabeceira no leito para reduzir a hipertensão supina. O volume intravascular deve ser expandido pelo aumento do consumo dietético de líquido e sal. Caso essas medidas não farmacológicas falhem, deve ser instituída uma intervenção farmacológica com acetato de fludrocortisona e agentes vasoconstritores, como a midodrina, a L-di- hidroxifenilserina e a pseudoefedrina. Alguns pacientes com sintomas difíceis de tratar requerem tratamento com agentes suplementares que incluem piridostigmina, atomoxetina, ioimbina, acetato de desmopressina (DDAVP) e eritropoietina. EEG: Eletroencefalograma (harrison) Problema 2: Síncope 16 Ocorrem dois padrões de alteração; “Lento-plano-lento” - atividade de fundo normal e substituída por ondas delta lentas de alta amplitude. Isso é seguido pelo súbito achatamento do EEG – uma cessação ou atenuação da atividade cortical – seguido pelo retorno de ondas lentas e, depois, atividade normal. “Padrão-lento” - se caracteriza apenas por aumento e diminuição da atividade de ondas lentas. Obs: O achatamento do EEG que ocorre no padrão lento-plano-lento é um marcador de hipoperfusão cerebral mais grave. Apesar da presença de movimentos mioclônicos e de outras atividades motoras durante eventos de síncope, não são detectadas descargas epilépticas no EEG.
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