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3 PRODUÇÃO CIENTÍFICA E AS NOVAS PESQUISAS EM SAÚDE

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DESCRIÇÃO
A contribuição do conhecimento transformado em produção científica no desenvolvimento de novas pesquisas.
PROPÓSITO
Conhecer as formas de busca, acesso e aproveitamento dos diferentes tipos de produção científica para a construção de novas pesquisas.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
Aplicar as buscas na localização de produção científica
MÓDULO 2
Compreender o aproveitamento da produção científica em novas pesquisas
MÓDULO 3
Aplicar as regras de formatação para as referências e trabalhos acadêmicos
INTRODUÇÃO
A realização de uma pesquisa não se limita aos levantamentos realizados em campo, aos experimentos e testes em bancada ou na
varredura da literatura. É preciso que tudo seja concretizado, sendo transposto para o papel na forma escrita, nos mínimos detalhes, desde o
momento da concepção até a conclusão. Aprenderemos que, para isso, há regras e técnicas específicas para os trabalhos científicos.
Veremos que os dados de outros trabalhos realizados nos ajudam a aprofundar o conhecimento sobre o que vamos trabalhar, além de nos
mostrar o que já foi feito e o que se sabe até o momento de realizarmos nossa pesquisa.
Para isso, estudaremos onde buscar as produções adequadas e com informações relevantes para nossa pesquisa e, mais importante, como
aproveitar o conteúdo presente nas pesquisas alcançadas.
Depois de estabelecido onde buscar e como aproveitar os dados da literatura científica, conheceremos as regras que norteiam a organização
e a forma da escrita de um trabalho científico em uma produção. Ao fim, estaremos conscientes de que a redação de um trabalho científico
não é complicada, basta conhecer e aplicar as técnicas específicas.
MÓDULO 1
 Aplicar as buscas na localização de produção científica
O QUE É PRODUÇÃO CIENTÍFICA?
Produção científica é o produto obtido a partir da construção do conhecimento mediante pesquisas científicas. É de extrema importância para
o desenvolvimento de um país, pois é a via para se alcançar maior desenvolvimento social, científico e tecnológico. Para isso, é
imprescindível valorizar todos aqueles que se dedicam ao desenvolvimento da ciência e que haja pesados investimentos, tanto do setor
público como do privado, em pesquisa e desenvolvimento, como ocorre em países desenvolvidos como Estados Unidos, Inglaterra,
Alemanha e Japão.
 
Foto: Shuttrstock.com
No Brasil, as pesquisas são realizadas principalmente no âmbito das universidades públicas, fomentadas por órgãos governamentais federais
ou estaduais, como CNPq, FAPESP, FAPERJ e outras fundações estaduais de fomento à pesquisa. O setor privado tem contribuído, mas de
maneira muito tímida, para o desenvolvimento de pesquisas.
 EXEMPLO
A Natura já vem investindo há alguns anos em pesquisas de produtos naturais para o setor de cosmética, assim como empresas de
tecnologia.
A partir da produção científica, as pesquisas são divulgadas amplamente e discutidas entre os pares, o que favorece a qualidade de trabalhos
cada vez mais rigorosos com metodologias cada vez mais aprimoradas e de resultados mais consistentes.
Quando falamos de produção científica, lembramos logo de artigo científico; entretanto, há outros tipos de produção científica que também
contribuem para o desenvolvimento científico e tecnológico de um país. A seguir, são apresentados alguns.
 
Foto: Shuttestock.com
TRABALHOS EM EVENTOS CIENTÍFICOS
Os trabalhos apresentados em eventos científicos de âmbito internacional ou nacional são relevantes para divulgação de pesquisas, muitas
vezes ainda em andamento. Podem ser: resumos, resumos expandidos, artigos completos e palestras, desde que estejam divulgados em
publicação do próprio evento.
 
Foto: Shuttestock.com
NOTAS CIENTÍFICAS
São publicações curtas que trazem um ou poucos resultados relevantes de uma pesquisa.
 ATENÇÃO
Qualquer que seja o tipo de produção, o importante é que seja publicada, que tenha sido submetida ao crivo de pares e que abranja ampla
divulgação. Com isso, alcançará o maior número possível de pessoas.
Atualmente, independentemente do tipo de produção, a Internet facilitou muito o alcance e o acesso das pessoas às publicações. Bases de
busca bibliográfica facilitam, direcionam e permitem buscas de qualquer tipo de produção científica, agilizando muito o trabalho do
pesquisador ou de quem tenha interesse em determinado assunto, permitindo acesso aos trabalhos do mundo todo, desde que estejam
publicados. Essa rede facilitou e permitiu, por exemplo, a integração de centros de pesquisa e de pesquisadores, ainda que de países
distantes entre si.
 
Imagem: Shutetrstock.com
POR QUE DEVEMOS RECORRER À PRODUÇÃO CIENTÍFICA NA REALIZAÇÃO DE
NOVAS PESQUISAS?
A imersão na produção científica ocorre em alguns momentos durante uma pesquisa, com finalidades diferentes.
 
Foto: Shutterstock.com
NO INÍCIO DA PESQUISA
Para que se conheça bem sobre o objeto de estudo e tudo o que o cerca, temos que conhecer o que já foi estudado e o que se sabe até o
momento do estudo. Isso nos dará domínio sobre o tema de pesquisa. Também se pode recorrer à produção científica para definir a
metodologia do estudo.
 
Foto: Shutterstock.com
DURANTE A EXECUÇÃO DA METODOLOGIA
É comum termos que voltar à literatura, principalmente quando estamos executando experimentos ou estudos de campo. Isso nos permite
verificar ou confirmar procedimentos que possam parecer errados. Por exemplo: se estamos realizando um estudo experimental utilizando
determinada técnica empregada para certo objeto de estudo X para nosso objeto de estudo Y, é possível que encontremos discrepâncias nas
observações durante o experimento se não tivermos atenção às características dos objetos X e Y.
 
Foto: Shutterstock.com
NO MOMENTO DE DISCUTIR OS RESULTADOS DA PESQUISA
É um momento crucial que dará sustentação às nossas análises. Devemos buscar, na produção científica, elementos que sirvam de
comparação, explicação ou ilustração para nossos resultados e análises, com base em dados concretos já fundamentados e validados em
uma publicação.
O importante é que, qualquer que seja o momento em que estamos recorrendo à produção científica, devemos buscar sempre autores e
publicações cuja contribuição seja significativa para a ciência e para nossos estudos.
COMO E ONDE BUSCAR A PRODUÇÃO CIENTÍFICA EM CIÊNCIAS DA SAÚDE NA
CONSTRUÇÃO DA PESQUISA?
Tenha sempre em mente que a qualidade das produções e a relevância dos autores que você acessa e emprega na sua pesquisa trarão
credibilidade ao seu estudo e a você como pesquisador. Por isso, sempre se deve buscar autores clássicos que tratem do seu tema de
estudo, ou seja, aqueles que foram capazes de consolidar teorias ou que lançaram uma nova perspectiva sobre algum tema e cujos
conceitos, ideias e afirmações continuam vigentes.
Além dos clássicos, deve haver a contribuição de estudos mais recentes. Isso traz novos olhares sobre o mesmo assunto, além de indicar
que o tema continua a ser investigado e que o conhecimento não ficou estagnado. Mais relevante do que a quantidade é a qualidade das
referências empregadas e a contribuição efetiva que trazem para a construção do conhecimento sobre o objeto de estudo.
COMO BUSCAR A PRODUÇÃO CIENTÍFICA?

 
Foto: BLX- Bibliotecas de Lisboa / Wikimedia Commons / CC 4.0
INÍCIO DA DÉCADA DE 1990
Não faz muito tempo, as buscas bibliográficas eram realizadas em fichas nas bibliotecas públicas ou de universidades. Isso ocorria no fim do
século passado, início da década de 1990, quando os pesquisadores passavam horas, dias e semanas dentro das bibliotecas buscando as
fichas e publicações.
HOJE
A Internet e a rede de bases bibliográficas nos permitem fazer buscas em frações de segundos.
 
Imagem: Shutetrstock.com

Seja lá nas fichinhas do século passado ou hoje, você deve iniciar a sua busca sempre pelas palavras-chave, também chamadas de
descritores ou unitermos.
O QUE SÃO AS PALAVRAS-CHAVE?
São palavras ou expressões que designam um assunto ou tema, ou o próprioobjeto de estudo, usadas para localizar os estudos.
 
Imagem: Jarretera / Shutterstock.com
 EXEMPLO
Se você for fazer uma pesquisa para comparar o teor nutricional dos frutos do açaí (Euterpe oleracea) e do palmito-juçara (Euterpe edulis),
para conhecer sobre as plantas, precisará acessar as produções sobre esse tema. Se usar como palavra-chave “Euterpe”, certamente, você
vai obter de uma só vez os estudos já realizados sobre as duas espécies, e poderá escolher os que estejam mais relacionados ao seu
estudo. Porém, você poderá ampliar as suas buscas usando também os nomes vulgares “açaí” e “palmito-juçara”.
Não se deve usar frases como palavras-chave, pois isso dificultará as buscas nas bases. Quanto mais objetiva a designação da palavra-
chave, mais direta será a busca.
Lembre-se sempre de fazer as buscas por mais de uma palavra-chave, para obter o maior alcance possível das produções existentes sobre o
assunto. Com o uso das palavras-chave, você alcançará muitas fontes sobre o assunto. É nesse ponto que começa a etapa de seleção das
fontes que você deverá usar na redação do trabalho. Comece analisando os títulos de cada material para descartar aqueles que não se
relacionam com o seu estudo.
 EXEMPLO
Considerando o estudo de comparação do teor nutricional entre açaí e palmito-juçara, com a busca pelos nomes das espécies (Euterpe
oleracea e Euterpe edulis), virão estudos de toda natureza ‒ sobre exploração sustentável, usos medicinais, beneficiamento de frutos, teor de
ferro e zinco, identificação de compostos fenólicos etc. Lendo os títulos, você poderá descartar aqueles que não se relacionam diretamente
com o seu estudo e manter aqueles relacionados a teores de ferro e zinco e identificação de flavonoides, por exemplo.
Em uma segunda etapa, você deverá fazer a leitura dos resumos desses estudos para confirmar se eles realmente têm relação com o seu.
Por exemplo: se o material que você separou sobre identificação de flavonoides for um trabalho que descreve apenas a criação de uma
metodologia para a identificação dos flavonoides, sem apresentar a identificação em si, você deve descartá-lo nessa segunda etapa.
Terminada a triagem, é o momento de fazer a leitura cuidadosa e atenta para o aproveitamento.
ONDE BUSCAR AS PRODUÇÕES CIENTÍFICAS?
Estabelecidas as palavras-chave, você pode começar buscando artigos científicos a partir das bases de busca bibliográfica. As principais
são:
SCIENTIFIC ELECTRONIC LIBRARY ONLINE (SCIELO)
Você poderá fazer as buscas com termos em português, espanhol ou inglês em publicações de livre acesso.
BIBLIOTECA VIRTUAL EM SAÚDE (BVS)
Você poderá fazer as buscas com termos em português e inglês em publicações de livre acesso.
PORTAL DE PERIÓDICOS CAPES
É o portal do Ministério da Educação, que tem publicações de acesso livre e de acesso pago. As de acesso pago são permitidas a partir de
computadores identificados em instituições credenciadas pelo MEC para o portal. As buscas devem ser feitas com descritores em inglês para
se obter maior abrangência, mas também há artigos em português.
LITERATURA LATINO-AMERICANA E DO CARIBE EM CIÊNCIAS DA SAÚDE
(LILACS)
Nesta base, você pode encontrar diferentes tipos de produções científicas, como teses, dissertações, notas e artigos. As buscas podem ser
feitas a partir de descritores em português, espanhol e inglês.
NATIONAL LIBRARY OF MEDICINE (PUBMED)
As publicações são acessíveis a partir de computadores em instituições credenciadas ou por meio de pagamento pelos artigos. As buscas
devem ser feitas a partir de descritores em inglês.
PUBMED CENTRAL (PMC)
São publicações de livre acesso em ciências da saúde e biomédicas de bibliotecas de saúde americanas. As buscas devem ser feitas a partir
de descritores em inglês.
Todas essas bases são importantes e contam com publicações altamente qualificadas e conceituadas, porque revistas e jornais têm critérios
extremamente rígidos para que as publicações sejam aceitas. Entretanto, no que se refere a trabalhos acadêmicos, podemos usar outra
base, que não tem o rigor das citadas anteriormente, mas que disponibiliza produções com diferentes níveis de qualidade; cabe a você fazer
a triagem e a crítica para o seu uso.
Essa base é o Google Acadêmico, no qual a busca é feita com descritores em português e que permite o acesso a dissertações,
TCC (Trabalho de conclusão de curso.) , teses, artigos e publicações de eventos científicos.
 
Imagem: Shutterstock.com
COMO FAZER AS BUSCAS BIBLIOGRÁFICAS
Neste vídeo, apresentaremos as bases de busca bibliográfica mais usadas em ciências da saúde e explicaremos o uso de palavras-chave
para as buscas.
QUE CRITÉRIOS DEVEMOS USAR PARA SELECIONAR AS PRODUÇÕES
ADEQUADAS AO NOSSO TRABALHO?
Quando se faz a pesquisa, deve-se estabelecer alguns critérios para a seleção das produções adequadas ao trabalho. Conheça-os a seguir.
PUBLICADAS OU VALIDADAS
Primeiramente, elas precisam ser publicadas ou validadas por uma banca, como é o caso de teses e dissertações. As produções publicadas
garantem que houve a revisão e a avaliação de profissionais competentes na área de estudo, garantindo qualidade, relevância,
confiabilidade, entre outros requisitos de análise.
IDIOMA DA PUBLICAÇÃO
Outro critério que você pode definir é o idioma da publicação. Você pode restringir a busca à sua língua vernácula ou pode estabelecer mais
de uma. Normalmente, o principal idioma usado para as buscas é o inglês, que expande muito a abrangência das capturas de produções.
Hoje, mesmo as revistas brasileiras têm exigido que as publicações sejam feitas em inglês, o que expande enormemente o público que a
publicação pode atingir.
PERÍODO DE PUBLICAÇÃO
O período de publicação é outro critério que você pode estabelecer para selecionar as produções. Pesquisas de revisão bibliográfica não
devem restringir o período de publicação, pois devem fazer uma varredura em tudo o que foi publicado sobre o assunto, para que tenha
importância, significado e validade, a menos que já existam outras anteriores e que você vá atualizar os estudos.
ESCOLHA DOS AUTORES DAS PRODUÇÕES
Um critério que não fica explícito, mas que deve ser considerado, é a escolha dos autores das produções. Em toda área de estudo há autores
clássicos, que estabeleceram as bases do tema, e os autores atuais, que têm trazido as principais contribuições para o desenvolvimento
daquele campo de conhecimento. Esses não podem ser deixados de lado e os seus trabalhos devem fazer parte do seu.
Esses critérios devem ficar explícitos na metodologia do trabalho para que o leitor compreenda a abrangência da sua pesquisa e não
questione a ausência de uma ou outra citação que seria importante, mas que foi deixada de fora por causa da língua ou do período de
publicação.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. CONSIDERE UM ESTUDO QUE TEM O OBJETIVO DE “AVALIAR O CONSUMO DE POLIFENÓIS NA DIETA DE
PRATICANTES DE ATIVIDADE FÍSICA, ASSOCIANDO-O AO CONHECIMENTO NUTRICIONAL E AO TEMPO
DESPENDIDO NESSA PRÁTICA”. (FURLAN, A. DA S.; RODRIGUES, L. CONSUMO DE POLIFENÓIS E SUA
ASSOCIAÇÃO COM CONHECIMENTO NUTRICIONAL E ATIVIDADE FÍSICA. REV. BRAS. MED. ESPORTE [ON-
LINE]. V. 22, N. 6, P.461-464, 2016). 
 
MARQUE A OPÇÃO QUE APRESENTA CORRETAMENTE 3 DESCRITORES ADEQUADOS PARA ESSE
ESTUDO:
A) Consumo, polifenóis, nutricional.
B) Atividade física, polifenóis, conhecimento nutricional de polifenóis.
C) Consumo de polifenóis, atividade física, nutrição.
D) Associação de polifenóis com atividade física, atividade física associada ao consumo de polifenóis, conhecimento nutricional sobre
polifenóis.
E) Associação de polifenóis com atividade física, nutrição, consumo.
2. É BASTANTE COMUM CAPTURARMOS NA INTERNET TEXTOS SOLTOS SOBRE OS MAIS DIVERSOS
ASSUNTOS, ESCRITOS POR PESSOAS QUE INDICAM O NOME DE UM LABORATÓRIO DE INSTITUIÇÃO
PÚBLICA DE PESQUISA OU DE ENSINO SUPERIOR. NESSA SITUAÇÃO, DEVEMOS CONSIDERAR:
A) Uma produção válida e importante, que pode ser usada como fonte segura para uma pesquisa,porque foi divulgada por um laboratório de
instituição de pesquisa ou de ensino superior.
B) Uma produção válida e importante, que pode ser usada como fonte segura para uma pesquisa, apenas quando for divulgada por um
laboratório de instituição de pesquisa.
C) Uma produção válida e importante, que pode ser usada como fonte segura para uma pesquisa, apenas quando for divulgada por um
laboratório de instituição de ensino superior.
D) Não pode ser considerada uma produção válida para ser usada em uma pesquisa, pois não foi publicada, logo não teve o crivo dos pares
para avaliar a sua relevância e qualidade.
E) Não pode ser considerada uma produção válida para ser usada em uma pesquisa, pois as instituições de pesquisa ou de ensino superior
não fazem publicações.
GABARITO
1. Considere um estudo que tem o objetivo de “avaliar o consumo de polifenóis na dieta de praticantes de atividade física,
associando-o ao conhecimento nutricional e ao tempo despendido nessa prática”. (FURLAN, A. da S.; RODRIGUES, L. Consumo de
polifenóis e sua associação com conhecimento nutricional e atividade física. Rev. Bras. Med. Esporte [on-line]. v. 22, n. 6, p.461-464,
2016). 
 
Marque a opção que apresenta corretamente 3 descritores adequados para esse estudo:
A alternativa "C " está correta.
 
As palavras “consumo” e “nutricional” têm significado muito amplo e não contribuem de forma objetiva para as buscas de produção para a
pesquisa, assim como as frases longas. Embora a palavra “nutrição” não apareça nos objetivos do estudo, faz parte do universo da pesquisa.
2. É bastante comum capturarmos na Internet textos soltos sobre os mais diversos assuntos, escritos por pessoas que indicam o
nome de um laboratório de instituição pública de pesquisa ou de ensino superior. Nessa situação, devemos considerar:
A alternativa "D " está correta.
 
Para ter validade, uma produção científica precisa ser publicada, o que significa que passou pelo crivo dos pares quanto à sua relevância e
qualidade, entre outros requisitos. Muitos institutos de pesquisa e de ensino superior publicam suas pesquisas científicas em revistas ou
jornais científicos próprios.
MÓDULO 2
 Compreender o aproveitamento da produção científica em novas pesquisas
COMO FAZER O APROVEITAMENTO DOS ELEMENTOS DE
LIVROS, ARTIGOS, RESUMOS E NOTAS?
 
Foto: Shutterstock.com
É inegável que, para falar e escrever bem, é preciso ler bem e muito. Com a leitura, você adquire vocabulário diverso e amplo, além de
compreender melhor sobre os assuntos por meio do contato com as diferentes linhas de pensamento. É isso que ajuda a construir o seu
senso crítico. Dessa forma, habitue-se a ler e muito. Só isso lhe proporcionará o conhecimento necessário para a sua vida profissional.
Porém, lembre-se: nunca pare de ler, pois a construção do conhecimento é contínua e se aprimora a cada passo.
No universo científico, há diferentes formas de se aproveitar, na forma escrita, as informações que obtemos. Agora, vamos conhecer cada
uma delas.
O QUE É O APROVEITAMENTO DA LEITURA
Tudo o que você obtém de fontes bibliográficas para construir a redação do seu estudo configura o aproveitamento da leitura. Assim, é
necessária uma leitura atenciosa das fontes que você determinou como importantes e indispensáveis para o seu trabalho.
 ATENÇÃO
Vale lembrar que, durante a seleção das fontes, você já fez a leitura prévia e manteve apenas o material pertinente aos seus estudos.
O aproveitamento da leitura não implica, necessariamente, transpor todas as ideias dos autores para o seu estudo.
 EXEMPLO
Imagine que você tenha lido cinco artigos com trabalhos que avaliaram os teores de ferro e zinco dos frutos do açaí e do palmito-juçara.
Entretanto, cada estudo desses foi feito em uma região diferente, sob condições diferentes, e todos mostraram que os frutos apresentam alto
teor de ferro. Quando, no seu estudo, você for escrever que os frutos têm alto teor de ferro, basta você citar as cinco fontes, que vão lhe dar o
respaldo para o que você está afirmando.
COMPREENDEU?
Você leu cinco artigos na íntegra e o aproveitamento foi a afirmação dos cinco de que os frutos têm ferro. Obviamente, cada trabalho pode
apresentar outras informações relevantes, mas nem sempre o aproveitamento corresponde a trechos do texto em si.
Ao fazer a leitura detalhada para selecionar o que pode ser aproveitado, você deve fazer a marcação das informações que serão
aproveitadas, para depois tratá-las na construção do seu texto.
ORGANIZAÇÃO DO APROVEITAMENTO DA LEITURA (FICHAMENTO)
A organização dos dados e informações que serão aproveitados é feita, geralmente, por meio de um fichamento, que tem o objetivo de
auxiliar o pesquisador no momento de organizar as ideias na redação do seu estudo, além de apresentar todas as informações sobre a
identificação da obra ou do material. O termo “fichamento” vem da prática antiga de anotar as informações em fichas de papel. Hoje, as
anotações também são feitas em fichas, mas digitais.
 
Imagem: Shutterstock.com
As fichas são um recurso valioso para os pesquisadores, pois, além de apresentarem todas as informações, agilizam o trabalho de escrita.
 EXEMPLO
No seu levantamento sobre o valor nutricional de frutos de açaí e palmito-juçara, você obteve cinco artigos mostrando o teor de ferro dos
frutos. Você não precisa fazer uma ficha para cada artigo; você fará uma só ficha-resumo com a informação e registrará as referências dos
cinco artigos. Assim, quando incluir essa informação na sua redação, você encontrará tudo organizado em um só lugar e não precisará
recorrer a cada artigo para confirmar a informação e obter cada referência.
Dois tipos de fichamento são conhecidos:
 
Imagem: Shutterstock.com
FICHA DE TRANSCRIÇÃO
Os trechos das obras são copiados literalmente (livro, artigos, teses, legislação etc.), para depois serem aproveitados na redação.
 
Imagem: Shutterstock.com
FICHA DE RESUMO
É feito um resumo, com suas palavras, das principais ideias dos autores das obras, para depois transpor na redação.
 ATENÇÃO
É importante que, ao se fazer as anotações, já sejam utilizadas as normas que deverão ser seguidas para a elaboração do trabalho escrito.
A estrutura mínima que sugerimos para um fichamento é:
CABEÇALHO
Você pode dividir em dois títulos: um geral e um específico. Por exemplo: no seu levantamento sobre o valor nutricional de frutos de açaí e de
palmito-juçara, o título específico pode ser “Valor nutricional de frutos de açaí e de palmito-juçara”, e o título específico pode ser “Teor de ferro
e zinco”.
REFERÊNCIA
Deve ser feita já de acordo com as normas seguidas para o trabalho que está sendo escrito, normalmente, as da ABNT.
CORPO OU TEXTO DA FICHA
Traz a informação que vai ser aproveitada na redação do trabalho. É indicado que ela já seja feita na forma como ela vai ser escrita, usando
as regras de uso do argumento de autoridade.
 SAIBA MAIS
Corpo ou texto da ficha: parte em que o conteúdo é desenvolvido por meio de resumo ou citação. O corpo ou texto da ficha pode mudar,
dependendo do tipo de fichamento.
USO DE ARGUMENTO DE AUTORIDADE NO APROVEITAMENTO DO TEXTO
CIENTÍFICO
O texto científico caracteriza-se por ser unívoco, isto é, só deve permitir uma interpretação, que é a própria ideia do autor. Qualquer leitor que
faça a leitura do texto deve ter o mesmo entendimento, independentemente da sua área de conhecimento.
O uso do argumento de autoridade é o uso de informação trazida de outro autor ou autores. Isso quer dizer que aquela informação é
confirmada e substanciada e que, exatamente por isso, as fontes das informações precisam ser confiáveis e de autoridades no assunto.
Dessa forma, são empregadas as citações, como costumamos ver nos textos científicos.
 
Foto: Shutterstock.com
São conhecidos três tipos de citações, que serão descritos a seguir.
1. Citação direta ‒ também conhecida como transcrição. Nesse tipo de citação, o texto foi transcrito do original na íntegraou trechos; é o
conhecido “copia e cola”. Você deve ter muito cuidado ao fazer esse tipo de citação, especialmente se o seu trabalho for de revisão. Na área
da saúde, quando lemos artigos científicos com pesquisas de qualquer natureza, observamos que não há citações diretas. Essas citações só
devem ser usadas em casos especiais, como trechos de legislações, conceitos e definições e, mesmo assim, com extremo cuidado, pois o
risco de fazer plágio é enorme ‒ e plágio, muito além de ser errado, é crime.
AFINAL DE CONTAS, PENSE: SERÁ QUE VOCÊ NÃO É CAPAZ DE LER,
INTERPRETAR UM TEXTO E ESCREVER COM SUAS PRÓPRIAS PALAVRAS?
As citações diretas nas situações não recomendadas desvalorizam o trabalho e o pesquisador, já que podem demonstrar que ele não foi
capaz de ler com atenção e fazer a devida interpretação.
EXEMPLO 1 DE CITAÇÃO DIRETA
Observe o trecho do artigo “Consumo de polifenóis e sua associação com conhecimento nutricional e atividade física” (FURLAN;
RODRIGUES, 2016):
“De acordo com os resultados apresentados na Tabela 4 observamos que a média do consumo de polifenóis da amostra foi de 236,8 ±
111,9mg. Houve diferença significativa entre as médias de consumo do antioxidante nos diferentes tempos de atividade física (p=0,002),
demonstrando que os participantes que têm o hábito de consumirem mais alimentos de origem vegetal são aqueles que praticam atividade
física por mais tempo”.
Se usarmos o trecho “os participantes que têm o hábito de consumirem mais alimentos de origem vegetal são aqueles que praticam atividade
física por mais tempo.”, estraremos fazendo uma citação direta, porque transcrevemos exatamente o que o autor escreveu em seu artigo.
EXEMPLO 2 DE CITAÇÃO DIRETA
Vamos considerar a Nota Técnica nº 029 de 2020, da Secretaria de Saúde de Santa Catarina, com regras sobre dispensação de
antimicrobianos. Ela apresenta o seguinte trecho:
javascript:void(0)
“A anotação da dispensação deve conter informações referentes ao medicamento dispensado como nome comercial do medicamento ou
princípio ativo no caso de genérico, quantidade dispensada, lote e nº do registro da receita no livro de receituário no caso de formulações
magistrais, dados estes já previstos nas normas vigentes”.
Suponha que, para escrever o seu texto científico, só interesse parte da informação. Então, você faz a citação direta: “A anotação da
dispensação deve conter informações referentes ao medicamento dispensado [...], dados estes já previstos nas normas vigentes”. Note que,
ainda que você tenha suprimido parte do texto, ele continua sendo uma citação direta, porque você copiou o restante.
Prezado aluno: É importante que você saiba que as normas preconizadas pelo INMETRO estabelecem que as unidades de medida
devem estar separadas dos números por um espaço. No entanto, limitações tecnológicas nos fazem juntar algumas das unidades aos
números para tornar o entendimento do nosso material didático mais fácil. Assim, se você encontrar número e unidades juntos, saiba
que foi feito para melhorar a sua visualização, mas que relatórios técnicos e demais materiais escritos por você devem seguir o padrão
internacional de separação dos números e unidades.
Sempre que você fizer uma citação direta, deve seguir as normas vigentes para indicar o que foi feito, evitando a configuração de plágio.
Assim, siga as seguintes regras:
Caso a transcrição tenha até três linhas, você indica a citação usando aspas no início e no fim da transcrição, como se observa nos
exemplos 1 e 2 anteriores. Nunca use itálico, negrito ou sublinhado; apenas aspas;
Se a transcrição tiver mais de três linhas, o trecho deverá ter recuo de 4cm a partir da margem e o tamanho da letra deverá ser
reduzido em relação ao tamanho da letra do corpo do texto. Nunca use itálico, aspas, negrito ou sublinhado nesse tipo de formatação,
nem recuo de parágrafo na primeira linha. O recuo de 4cm e a redução da letra são suficientes para indicar a citação direta de trecho
com tamanho superior a três linhas, conforme exigido pela norma para indicar a transcrição. Além disso, é necessário fazer a
referência, indicando a página da qual o trecho foi retirado.
 ATENÇÃO
Caso não sejam empregadas essas regras, ficará configurado plágio, ainda que a fonte seja citada.
2. Citação indireta ‒ também chamada de paráfrase, apresenta a ideia da autoridade ou autor da obra a partir de texto livre de quem
escreve o trabalho. Isso significa que você lê o texto original da obra que selecionou e, com as suas palavras, escreve a ideia principal do
autor.
Vamos tomar como exemplo o trecho do artigo: “Consumo de polifenóis e sua associação com conhecimento nutricional e atividade
física”(FURLAN; RODRIGUES, 2016):
“DE ACORDO COM OS RESULTADOS APRESENTADOS NA TABELA 4
OBSERVAMOS QUE A MÉDIA DO CONSUMO DE POLIFENÓIS DA AMOSTRA FOI
DE 236,8 ± 111,9MG. HOUVE DIFERENÇA SIGNIFICATIVA ENTRE AS MÉDIAS DE
CONSUMO DO ANTIOXIDANTE NOS DIFERENTES TEMPOS DE ATIVIDADE FÍSICA
(P=0,002), DEMONSTRANDO QUE OS PARTICIPANTES QUE TÊM O HÁBITO DE
CONSUMIREM MAIS ALIMENTOS DE ORIGEM VEGETAL SÃO AQUELES QUE
PRATICAM ATIVIDADE FÍSICA POR MAIS TEMPO”.
Em uma citação indireta sobre a relação entre consumo de vegetais e praticantes de atividade física (ideia principal), você poderia escrever
da seguinte forma: “Verifica-se que existe uma relação direta entre os praticantes de atividade física prolongada e o consumo de maior
quantidade de alimentos de origem vegetal”. Ao fim da citação indireta, sempre devemos fazer a devida referência à fonte da qual foi tirada a
ideia ou o texto. Nesse caso, sem a indicação da página.
 ATENÇÃO
Se a referência não for feita, fica configurado o plágio.
Essa forma de citação deve ser a mais usual em trabalhos acadêmicos, monografias, TCC ou artigos científicos. Isso indica que você realizou
esforço de leitura, compreendeu a ideia do autor, fez a análise crítica e foi capaz de construir o texto com as suas próprias palavras.
3. Citação da citação é a terceira forma de citação, comumente indicada com a expressão apud. Esse tipo de citação é empregado quando
você faz o aproveitamento de uma fonte que não acessou, mas que está citada em uma obra que você selecionou. Não é recomendado na
redação científica, a não ser em casos especiais, como obras raras, obras em língua estrangeira não usual em artigos e outras obras —
como japonês, coreano, mandarim; obras muito antigas, não mais disponíveis ou acessíveis.
O uso insistente de citação da citação desvaloriza o pesquisador e seu trabalho, pois demonstra que houve um esforço de busca insuficiente
pelas fontes de informação. Com a abrangência das bases de busca disponíveis atualmente, há maior facilidade de acesso, inclusive a obras
raras digitalizadas, disponíveis livremente e em ótima resolução.
Um ponto de atenção sobre a citação da citação é a forma como deve ser indicada na redação do trabalho por meio da referência.
Veja um exemplo: considere o trecho a seguir, extraído do artigo intitulado “Fontes de acesso e utilização de medicamentos na zona rural de
Pelotas, Rio Grande do Sul, em 2016: estudo transversal de base populacional”, de Bertoldi et al. (2021):
“EM MUITAS SITUAÇÕES, O USUÁRIO NECESSITA DE MEDICAMENTOS QUE NÃO
SÃO DISTRIBUÍDOS GRATUITAMENTE, PELO SISTEMA DE SAÚDE, TENDO DE
ADQUIRI-LOS MEDIANTE PAGAMENTO, O QUE PODE COMPROMETER
SERIAMENTE SUA RENDA OU DIFICULTAR A CONTINUIDADE DE UM
TRATAMENTO MEDICAMENTOSO"
(BOING; BERTOLDI; PERES, 2011)
Se você quiser usar essa informação como citação indireta no seu trabalho, mas não tiver como obter a fonte original (BOING; BERTOLDI;
PERES, 2011), você terá que fazer o apud, da seguinte forma:
“SABE-SE QUE MUITOS USUÁRIOS NÃO TÊM COMO ADQUIRIR OS
MEDICAMENTOS PORQUE NÃO SÃO DISTRIBUÍDOS GRATUITAMENTE PELO
SISTEMA DE SAÚDE, O QUE OS LEVA A ABANDONAR O TRATAMENTO"
(BOING; BERTOLDI; PERES, 2011 apud BERTOLDI et al., 2021)
Isso significa que a ideia que você trouxe para o seu trabalho é de Boing, Bertoldi e Peres, que você leu no artigode Bertoldi e
colaboradores. Se você não colocar a referência ou omitir que não consultou o original, colocando apenas a referência de Bertoldi e
colaboradores, estará errado, pois a ideia extraída não foi deles.
Prezado aluno: É importante que você saiba que as normas preconizadas pelo INMETRO estabelecem que as unidades de medida
devem estar separadas dos números por um espaço. No entanto, limitações tecnológicas nos fazem juntar algumas das unidades aos
números para tornar o entendimento do nosso material didático mais fácil. Assim, se você encontrar número e unidades juntos, saiba
que foi feito para melhorar a sua visualização, mas que relatórios técnicos e demais materiais escritos por você devem seguir o padrão
internacional de separação dos números e unidades.
 ATENÇÃO
Em pesquisas de revisão bibliográfica, o uso de citação da citação é inapropriado, pois entende-se por revisão a coletânea, leitura, análise e
interpretação de tudo o que já foi escrito e publicado sobre determinado objeto de estudo. O apud indica que você não alcançou a obra
original, não a leu, não a interpretou e não a analisou.
O USO DE ARGUMENTO DE AUTORIDADE E OS PLÁGIOS
Neste vídeo, demonstraremos como fazer corretamente as citações e referências no texto para que a ética não seja ferida com os plágios.
PLÁGIO E ÉTICA NA PRODUÇÃO CIENTÍFICA COM SERES
HUMANOS E ANIMAIS
Qualquer que seja o estudo que realizemos, devemos seguir os preceitos da ética. A ética deve ser mantida em pesquisas com humanos e
animais e também no que diz respeito ao plágio.
O QUE É O PLÁGIO E QUAIS SÃO OS TIPOS?
 
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O plágio é uma cópia, total ou parcial, de qualquer conteúdo ou obra existente sem que sejam atribuídos os créditos aos seus autores.
Segundo Spinak (2013), o plágio é:
“A AÇÃO DE COPIAR OBRAS ALHEIAS ATRIBUINDO-AS COMO PRÓPRIAS. ISTO
VIOLA O DIREITO DE PATERNIDADE DA OBRA, QUE, ALÉM DISSO, É UM DOS
DIREITOS MORAIS. NO AMBIENTE ACADÊMICO É CONSIDERADO FALTA DE
ÉTICA E SUJEITO A SANÇÕES, INCLUSO A EXPULSÃO”.
De acordo com estudo realizado por iTenticate (2013), que é uma empresa desenvolvedora de programa de detecção de plágio, os dois tipos
mais comuns e mais graves de plágio são:
PARAFRASEAR
As ideias do autor ou autores são escritas com outras palavras, especialmente usando sinônimos das usadas pelo autor, reescrevendo
completamente o conteúdo, mas usando as mesmas ideias.
VERBATIM
Considerado o mais grave de todos, o texto do autor é totalmente copiado sem que sejam usadas aquelas normas que vimos para indicação
da transcrição, como aspas, recuo de parágrafo e a referência de onde o texto foi extraído.
O plágio é crime previsto na Lei de Direitos Autorais (Lei nº 9.610/ 1988). Quem pratica o plágio deve responder criminalmente pelo ato,
podendo ocorrer a anulação de dissertações e teses, com possível perda do título.
Atualmente, temos vários programas que nos possibilitam rastrear e confirmar os plágios em qualquer tipo de trabalho. Veja a seguir as
formas mais comuns de plágio que são encontradas.
PLÁGIO DIRETO
É a cópia feita na íntegra, do texto ou de trechos, com todas as palavras usadas pelo autor original, e sem colocar a devida referência nem
usar as normas de citação direta.
PLÁGIO INDIRETO
Quando o autor escreve com suas palavras, parafraseando algum trecho ou texto, sem fazer a devida referência ao autor original.
PLÁGIO DE FONTES
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javascript:void(0)
javascript:void(0)
Quando o autor usa trechos com as fontes da obra consultada, sem ter ido aos autores originais consultar suas obras nem fazer apud.
AUTOPLÁGIO
Quando o autor usa textos ou trechos de seus trabalhos ou pesquisas já aprovadas em novos estudos, como se fossem inéditos.
ÉTICA NO USO DE PLÁGIO EM TRABALHOS CIENTÍFICOS
Não há ética quando se usa plágio nas pesquisas ou nos trabalhos acadêmicos. Plágio é crime, logo, não deve ser usado em nenhum tipo de
trabalho. O seu uso transmite total insegurança sobre a pesquisa e a sua utilidade. Da mesma forma, a prática do plágio por pesquisadores
ou alunos demonstra a sua incapacidade dentro da pesquisa, sendo, portanto, desqualificados para o trabalho.
Esse tipo de prática é condenado nos meios acadêmico e científico. Vários já foram os casos de anulação de defesas de dissertações e
teses, e a consequente anulação dos títulos de mestre e doutor, após constatações de plágio.
 ATENÇÃO
Em qualquer nível de pesquisa, você nunca está só. Portanto, o melhor caminho é trocar ideia com o professor ou orientador, ainda que os
textos iniciais sejam incipientes, e ir construindo aos poucos um texto consistente, sem plágios
ÉTICA E ESTUDOS QUE ENVOLVEM SERES HUMANOS E ANIMAIS
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A ética em estudos com humanos, legislação pertinente e condutas a serem adotadas.
Todo estudo ou pesquisa que envolva os seres humanos como fonte de dados precisa seguir as normas vigentes relacionadas com a ética.
Consideramos dados obtidos de seres humanos:
 EXEMPLO
Informações sobre o seu conhecimento, sua experiência ou vivência, por exemplo, o conhecimento sobre plantas medicinais obtido de um
pajé em uma tribo indígena ou as respostas de alguém a um questionário ou entrevista. Também são considerados dados aqueles obtidos a
partir da coleta de fluidos corporais, tecidos, cabelo etc.
O aspecto ético da pesquisa envolvendo seres humanos diz respeito:
AO PARTICIPANTE DA PESQUISA EM SUA DIGNIDADE E AUTONOMIA,
RECONHECENDO SUA VULNERABILIDADE, ASSEGURANDO SUA VONTADE DE
CONTRIBUIR E PERMANECER, OU NÃO, NA PESQUISA, POR INTERMÉDIO DE
MANIFESTAÇÃO EXPRESSA, LIVRE E ESCLARECIDA; PONDERAÇÃO ENTRE
RISCOS E BENEFÍCIOS, TANTO CONHECIDOS COMO POTENCIAIS, INDIVIDUAIS
OU COLETIVOS, COMPROMETENDO-SE COM O MÁXIMO DE BENEFÍCIOS E O
MÍNIMO DE DANOS E RISCOS; GARANTIA DE QUE DANOS PREVISÍVEIS SERÃO
EVITADOS; E RELEVÂNCIA SOCIAL DA PESQUISA, O QUE GARANTE A IGUAL
CONSIDERAÇÃO DOS INTERESSES ENVOLVIDOS, NÃO PERDENDO O SENTIDO
DE SUA DESTINAÇÃO SÓCIO-HUMANITÁRIA.
(BRASIL, 2012a).
Diferentes tipos de pesquisa têm como fonte de dados os seres humanos:
Pesquisas experimentais
São coletados fluidos corporais. Por exemplo: durante a pandemia da covid-19, vários estudos estão sendo feitos para se conhecer
características dos indivíduos que têm a doença e relacioná-las com maior ou menor gravidade. Um deles foi a identificação do tipo
sanguíneo, a partir de amostras de sangue coletadas dos doentes.
Pesquisas etnográficas
Usam dados intelectuais de humanos. Nessas pesquisas, são feitas entrevistas ou são respondidos questionários sobre o conhecimento ou a
experiência das pessoas. Por exemplo: para se conhecer a prática do uso de plantas medicinais entre pessoas de uma comunidade ou o
consumo de anabolizantes entre praticantes de esportes.
A Resolução nº 466, de 12 de dezembro de 2012, do Ministério da Saúde, estabelece as normas para qualquer estudo que envolva seres
humanos. Uma das determinações diz respeito à obrigatoriedade de submissão das pesquisas ao Sistema CEP/CONEP, de acordo com o
caso de cada uma. O CEP é o Comitê de Ética em Pesquisa da instituição ou centro de pesquisa ao qual o pesquisador esteja vinculado e
onde será desenvolvida a pesquisa. Caso não haja um CEP na instituição, o CEP de qualquer outra instituição poderá ser indicado para
acolher, julgar e aprovar o projeto de pesquisa.
 ATENÇÃO
Sempre que a pesquisa envolver seres humanos, o projeto deve ser submetido antes de seu início, por meio da Plataforma Brasil, sistema
oficial de lançamento de pesquisas para análise e monitoramento do Sistema CEP/CONEP.
Porém, para que o projeto esteja em conformidade com as determinações da Resolução nº 466/2012, é preciso que contenha o Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), que os participantes deverão assinar após ciência dos objetivos da pesquisa, dos seus
responsáveis, dos riscos envolvidos e da forma como os seus dados serão tratados e divulgados.
Perceba que somente a assinatura do TCLE não é suficientepara a legitimidade e o atendimento à legislação em pesquisas que envolvam
seres humanos. A submissão ao CEP também é requisito primordial.
ÉTICA EM ESTUDOS COM ANIMAIS, LEGISLAÇÃO PERTINENTE E CONDUTAS A
SEREM ADOTADAS
As pesquisas que envolvem o uso de animais têm regras rígidas que precisam ser cumpridas. Percebemos que são regras um pouco
diferentes daquelas observadas para estudos com seres humanos. Todas as instituições que pretendem realizar pesquisas com animais são
obrigadas a ter a sua própria Comissão de Ética no Uso de Animais (CEUA).
 
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A responsabilidade principal da CEUA é monitorar e exigir o cumprimento da Lei nº 11.794/2008 e sua regulamentação no cuidado na
utilização dos animais. Os projetos de pesquisa que envolvam o uso de animais devem ser submetidos diretamente à CEUA da instituição
onde será desenvolvida, que é responsável por fazer a análise e aprovar ou reprovar o projeto de pesquisa.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. LEIA O TRECHO DE UM ARTIGO E DEPOIS COMO FOI FEITO O SEU APROVEITAMENTO EM UMA
PESQUISA. 
 
TRECHO ORIGINAL: 
 
“NESTE MOMENTO, O ESTADO BRASILEIRO DEVE GARANTIR PROTEÇÃO SOCIAL PARA TODA A CLASSE
TRABALHADORA, INCLUSIVE PARA A QUE ENFRENTA PROBLEMAS COM A DESREGULAMENTAÇÃO, JÁ
QUE, EM FEVEREIRO DESTE ANO, ATINGIU-SE O ÍNDICE DE 41,1% DE TRABALHADORES INFORMAIS, UM
DOS MAIORES DA HISTÓRIA DO PAÍS (ALMEIDA, 2020).” TRECHO RETIRADO DO ARTIGO: BARROSO,
BÁRBARA IANSÃ DE LIMA ET AL. A SAÚDE DO TRABALHADOR EM TEMPOS DE COVID-19: REFLEXÕES
SOBRE SAÚDE, SEGURANÇA E TERAPIA OCUPACIONAL. CAD. BRAS. TER. OCUP., SÃO CARLOS, V. 28, N.
3, P. 1093-1102, SET. 2020. 
 
CITAÇÃO: 
SABE-SE QUE, NO COMEÇO DO ANO DE 2020, O BRASIL CONTAVA COM 41,1% DE TRABALHADORES
INFORMAIS (ALMEIDA, 2020 APUD BARROSO ET AL., 2020). 
 
IDENTIFIQUE O TIPO DE CITAÇÃO:
A) Citação direta
B) Transcrição
C) Citação indireta
D) Citação da citação
E) Paráfrase
2. SOBRE OS ESTUDOS COM SERES HUMANOS E ANIMAIS, SÃO FEITAS AS SEGUINTES AFIRMATIVAS: 
 
I- PARA SE REALIZAR ESTUDOS ENVOLVENDO SERES HUMANOS, É OBRIGATÓRIO O TERMO DE
CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO. 
II- TODAS AS INSTITUIÇÕES OU CENTROS DE PESQUISA QUE FOREM DESENVOLVER ESTUDOS COM
SERES HUMANOS PRECISAM TER O SEU PRÓPRIO CEP. 
III- AO REALIZAR ESTUDOS COM ANIMAIS, BASTA APRESENTAR O TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E
ESCLARECIDO PARA A REALIZAÇÃO DA PESQUISA. 
IV- A CEUA É RESPONSÁVEL POR ANALISAR E APROVAR OS PROJETOS DE ESTUDOS QUE ENVOLVAM
ANIMAIS. 
 
ESTÃO CORRETAS:
A) Apenas I e II
B) Apenas I e IV
C) Apenas II e III
D) Apenas I, II e III
E) Apenas II, III e IV
GABARITO
1. Leia o trecho de um artigo e depois como foi feito o seu aproveitamento em uma pesquisa. 
 
Trecho original: 
 
“Neste momento, o Estado brasileiro deve garantir proteção social para toda a classe trabalhadora, inclusive para a que enfrenta
problemas com a desregulamentação, já que, em fevereiro deste ano, atingiu-se o índice de 41,1% de trabalhadores informais, um
dos maiores da história do país (ALMEIDA, 2020).” Trecho retirado do artigo: BARROSO, Bárbara Iansã de Lima et al. A saúde do
trabalhador em tempos de COVID-19: reflexões sobre saúde, segurança e terapia ocupacional. Cad. Bras. Ter. Ocup., São Carlos, v.
28, n. 3, p. 1093-1102, set. 2020. 
 
Citação: 
Sabe-se que, no começo do ano de 2020, o Brasil contava com 41,1% de trabalhadores informais (ALMEIDA, 2020 apud BARROSO
et al., 2020). 
 
Identifique o tipo de citação:
A alternativa "D " está correta.
 
Sempre que retiramos uma informação de uma obra original que não lemos, a partir de uma outra fonte, fazemos a citação da citação,
indicando de quem é a ideia e de onde a retiramos.
2. Sobre os estudos com seres humanos e animais, são feitas as seguintes afirmativas: 
 
I- Para se realizar estudos envolvendo seres humanos, é obrigatório o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. 
II- Todas as instituições ou centros de pesquisa que forem desenvolver estudos com seres humanos precisam ter o seu próprio
CEP. 
III- Ao realizar estudos com animais, basta apresentar o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido para a realização da pesquisa.
IV- A CEUA é responsável por analisar e aprovar os projetos de estudos que envolvam animais. 
 
Estão corretas:
A alternativa "B " está correta.
 
O Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) é obrigatório para todos os estudos que envolvam seres humanos, mas não é uma
exigência para estudos em animais. O CEP é responsável por analisar e aprovar estudos apenas com seres humanos, e a instituição ou
centro de pesquisa não precisa ter o seu próprio, ao contrário da CEUA, responsável pela análise e aprovação de projetos que envolvam
animais, que qualquer instituição ou centro de pesquisa que for fazer estudos em animais precisa ter.
MÓDULO 3
 Aplicar as regras de formatação para as referências e trabalhos acadêmicos
COMO REFERENCIAR AS CITAÇÕES
Quando fazemos o aproveitamento da leitura, devemos dar o devido crédito ao autor ou autores da ideia que estamos usando. Isso é feito
por meio da referência no texto, usando normas que são determinadas pela instituição, pela editora ou pelo centro de pesquisa onde o
trabalho está sendo feito e escrito.
Portanto, antes de começar a escrever um artigo ou trabalho acadêmico, procure conhecer as normas que definem como o trabalho deve ser
formatado e referenciado.
 
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Aqui, vamos adotar as normas para citação da NBR 10520:2002, que é amplamente usada nas instituições de ensino superior e nas revistas
nacionais. Devemos lembrar que o texto terá a apresentação mínima da autoria, que vai ser apresentada de forma completa numa lista de
referências ao fim do trabalho ou em nota de rodapé (MOURA, 2013).
Vamos começar especificando como são feitas as referências nos diferentes tipos de citações.
CITAÇÃO INDIRETA
Indica-se o último sobrenome do(s) autor(es) e o ano da obra.
CITAÇÃO DIRETA
Indica-se o último sobrenome do(s) autor(es), o ano da obra e a página de onde foi retirada a citação.
CITAÇÃO DA CITAÇÃO
Usa-se o termo “apud” para indicar a obra de onde o trecho foi retirado, sem ter sido lido o original.
Podemos apresentar as referências por meio de dois sistemas:
SISTEMA NUMÉRICO
É uma forma bastante empregada em trabalhos acadêmicos, dissertações, teses e artigos. Nesse tipo, as referências são apresentadas nas
citações por números arábicos sobrescritos, conforme a ordem de aparecimento no texto. Caso o mesmo autor seja referenciado em trechos
distintos ao longo do texto, receberá o mesmo número.
Exemplo: “As plantas vêm sendo usadas pela humanidade como recurso terapêutico há milênios1. Na China, há registros de que são usadas
há mais de 4000 anos2, enquanto no Brasil, devido à sua história recente, o conhecimento sobre usos de plantas medicinais começou há 500
anos1, 2”.
Vamos analisar o exemplo: 
Foram usadas duas referências, 1 e 2, e vemos que a sentença final, sobre o Brasil, está indicada com as duas referências ao mesmo tempo,
o que significa que, nas duas fontes, há a mesma informação.
SISTEMA AUTOR, DATA
É o tipo que vamos focar nos nossos estudos. Nessa referência, indicamos o último sobrenome do autor e o ano da obra.
Exemplo: “As plantas vêm sendo usadas pela humanidade como recurso terapêutico há milênios (MOURA, 2013). Na China, há registros de
que são usadas há mais de 4000 anos (DIAS, 2009), enquanto no Brasil, devido à sua história recente, o conhecimento sobre usos de
plantas medicinais começou há 500 anos (DIAS, 2009; MOURA, 2013)”.
Vamos analisar o exemplo: 
Repare que, na última sentença, a referência ficou diferente da ordem da referência numérica. Existe uma regra para isso.
 
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Assim, vamos observar as regras que devem ser seguidas para referenciar as citações. Para exemplificar, serão sinalizadas de cor cinza.
A – Quando as referências são apresentadas entre parênteses, o(s) sobrenome(s) do(s) autor(es) deve(m) vir em maiúsculas. Exemplo:“As
plantas vêm sendo usadas pela humanidade como recurso terapêutico (MOURA, 2013)”.
B – Quando a apresentação vier dentro da própria sentença, usa-se letras maiúsculas e minúsculas para o(s) sobrenome(s) do(s) autor(es) e
o ano da obra vem entre parênteses. Exemplo: “De acordo com Moura (2013), as plantas vêm sendo usadas como recurso terapêutico pela
humanidade há milênios”.
Percebeu a diferença? Qual usar? Tanto faz, não há uma regra que priorize uma ou outra. A “cadência” do texto é que vai determinar.
C – Apresentação para um autor: último sobrenome, data. Quando o último sobrenome é seguido de algum grau de parentesco, deve-se
escrever o último sobrenome e o grau de parentesco. Exemplo: Sanches Neto (1998) estabeleceu as normas para limpeza de pias em
consultórios veterinários.
D ‒ Apresentação de dois ou três autores da mesma obra: usa-se o último sobrenome de cada autor, separados por ponto e vírgula (;).
Exemplos: “A luz do Sol nas tardes de outono é menos intensa e mais fascinante (PEREIRA; BRAGA, 2019)”; “A inclinação dos raios de sol
outonal dá um brilho diferente à luz que chega até a Terra (BARROS; MEDEIROS; ALVES, 2001)”; “Pereira e Braga (2019) afirmam que a luz
do Sol nas tardes de outono é menos intensa e mais fascinante”. Repare que não há ordem alfabética na disposição dos sobrenomes, porque
eles devem ser escritos na mesma ordem em que aparecem na fonte.
E – Apresentação de mais de três autores: nesse caso, escrevemos o último sobrenome do primeiro autor da obra, seguido pela expressão
“et al.”, “e colaboradores” ou “e cols.”, seguida da data. Exemplo: “A discussão dos resultados em trabalhos científicos pode ser apresentada
junto com os resultados ou separadamente (MOURA et al., 2019)”.
F – Apresentação de legislações federais, estaduais e municipais: a chamada se dá pela palavra “Brasil”, quando for do âmbito federal, e
pelos nomes do estado e do município, quando for do âmbito estadual ou municipal. Exemplos: “A Lei de Estágio determina que a efetivação
do vínculo entre empresa concedente–estagiário–instituição de ensino se dará pela assinatura do TCLE (BRASIL, 2008)”; “O estado do Rio
de Janeiro instituiu um feriado prolongado, entre os dias 26 de março e 1 de abril, em função do agravamento da pandemia da covid-19, com
o objetivo de diminuir a circulação de pessoas (RIO DE JANEIRO, 2021)”.
ATÉ AQUI, VIMOS COMO REFERENCIAR NO TEXTO A AUTORIA DE APENAS UMA
OBRA. NO ENTANTO, COMO FAZEMOS A REFERÊNCIA DE MAIS DE UMA OBRA?
A seguir entenda as normas, os exemplos estão destacados de cor cinza.
1- Quando temos mais de uma obra de onde retiramos a mesma citação, devemos ordená-las cronologicamente, da mais antiga para a mais
recente, e separá-las por ponto e vírgula (;). Exemplo: “Desse modo, educar e capacitar os treinadores, além de desenvolver suas
competências técnicas e interpessoais, se faz de grande relevância no campo esportivo (CASSIDY; JONES; POTRAC, 2009; RODRIGUES;
PAES; SOUZA NETO, 2016)”.
2- Quando citamos duas obras do mesmo autor, de anos diferentes, no mesmo trecho, apresentamos o último sobrenome apenas uma vez,
seguido dos anos separados por ponto e vírgula, indicando duas obras distintas. Exemplo: “Para cumprir o objetivo proposto, a
contextualização, discussão e reflexão basearam-se na Sociologia Relacional de Pierre Bourdieu (1983a; 1986; 1996) e na [...]”. O mesmo é
válido quando as legislações federais têm o mesmo autor. Exemplo: “Os chás medicinais só passaram a ser considerados como recurso
terapêutico a partir da RDC 10/2010, sendo consolidado com a RDC 26/2014 (BRASIL, 2010; 2014)”.
3- Quando temos o(s) mesmo(s) autor(es) com obras de mesmo ano, ainda que citadas separadamente, devemos indicá-las com letras
minúsculas sequenciais, na ordem de aparecimento do texto. Exemplo: “Para cumprir o objetivo proposto, a contextualização, discussão e
reflexão basearam-se na Sociologia Relacional de Pierre Bourdieu (1983a; 1986; 1996)”. Essa referência indica que há outra obra de
Bourdieu, de 1983, que será citada ao longo do texto, e que será denominada Bourdieu (1983b). Vejamos outro exemplo: “No início, o
reconhecimento dos chás medicinais ainda não os considerava fitoterápicos, e a sua alegação terapêutica não era permitida nas embalagens
(BRASIL, 2010a; 2010b)”.
4- A apresentação de duas obras de dois autores diferentes com o mesmo sobrenome, de mesmo ano ou não, deve-se acrescentar a letra do
primeiro nome. Caso as letras sejam iguais, deve-se escrever o primeiro nome por extenso. Exemplo: (VIEIRA, M., 2018); (VIEIRA, A., 2020);
(MOURA, Regina, 2011); (MOURA, Rosângela, 2011).
5- A apresentação de entidades segue as mesmas regras para as referências de um autor. Exemplo: “Em decorrência da pandemia da Covid-
19, recomenda-se que sejam estabelecidos protocolos de distanciamento social e de higienização das mãos para evitar o contágio
(ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE, 2020)”. Caso haja várias citações da mesma entidade e se deseje fazê-las pela sigla, a primeira vez
que aparecer deve ser por extenso, com a sigla separada por hífen e as demais apenas pela sigla. Exemplo: “A Organização Mundial da
Saúde – OMS (2020) recomendou regras de distanciamento social e higienização das mãos para evitar o contágio pelo novo coronavírus”.
Acabamos de ver as principais normas que precisamos usar quando escrevemos nossos trabalhos científicos. Entretanto, há outras que são
empregadas com menos frequência, que você poderá consultar a qualquer momento na NBR 10520.
COMO ELABORAR A LISTA DE REFERÊNCIAS
Sempre que fazemos uma citação e a referenciamos, essa referência deve ser apresentada de forma completa em uma lista ou no rodapé
das páginas do trabalho. Isso fica a critério das normas da instituição ou da editora a que o trabalho está vinculado.
Aqui, vamos dar as regras com base na lista final de referências, mas, caso você faça as referências em nota de rodapé, as regras são as
mesmas. Tomaremos como base a NBR 6023 – 2ª edição, da ABNT (2018).
 ATENÇÃO
É importante reforçar que todas as referências citadas no texto têm que estar na lista de referências e que devem ser localizadas com
facilidade. Por isso, devem ter o mesmo elemento de entrada , que é a autoria exata e o ano da citação como mostra o exemplo a seguir
sinalizado de cor cinza.
Exemplo: “Desse modo, educar e capacitar os treinadores, além de desenvolver suas competências técnicas e interpessoais, se faz de
grande relevância no campo esportivo (CASSIDY; JONES; POTRAC, 2009; RODRIGUES; PAES; SOUZA NETO, 2016) ”.
Aqui temos o primeiro elemento de entrada, que é “CASSIDY; JONES; POTRAC, 2009”, e o segundo elemento de entrada, que é
“RODRIGUES; PAES; SOUZA NETO, 2016”. Esses mesmos autores e o ano devem estar na lista de referências; qualquer omissão de nome
ou troca do ano configura outro elemento de entrada.
Então, vamos começar definindo o que é referência. De acordo com a NBR 6023 (2018):
É UM “CONJUNTO PADRONIZADO DE ELEMENTOS DESCRITIVOS, RETIRADOS
DE UM DOCUMENTO, QUE PERMITE SUA IDENTIFICAÇÃO INDIVIDUAL”.
Assim, se são elementos padronizados, devemos conhecê-los e usá-los.
As referências apresentam elementos que são essenciais e elementos que são complementares. Além desses elementos, a padronização
ainda diz respeito à sequência de apresentação dos elementos e outras, que apresentaremos a seguir:
Deve ser empregado o mesmo tipo de letra do corpo do trabalho (aquele determinado pela instituição ou editora);
As referências devem ser digitadas com espaço simples entre linhas, alinhadas à margem esquerda e separadas uma da outra por uma
linha em branco de espaço simples;
Todos os elementos de entrada devem ser escritos em letras maiúsculas;
Atenção à pontuação, pois ela é padronizada e deve ser uniforme para todas as referências;
Deve ser dado destaque para os títulos de livros, revistas, jornais, monografias, teses etc. da seguinte forma: negrito, sublinhado ou
itálico; isto é, aquele que você usar no primeiro, tem que ser igualpara todas as referências. Essa regra não se aplica quando o
javascript:void(0)
javascript:void(0)
elemento de entrada for o próprio título;
Sempre que você usar elemento complementar, lembre-se de que terá que usar os mesmos elementos em todas as referências do
mesmo tipo;
A forma de apresentação do elemento de entrada deve ser padronizada, isto é, você poderá abreviar ou escrever por extenso os nomes
dos autores, desde que use a mesma forma em todas as referências;
Para todos os documentos obtidos on-line, deve-se descrever o endereço eletrônico completo ao fim da referência, precedido de
“Disponível em: (inserir a URL)”, seguido da data de acesso, que deve ser escrita da seguinte forma: “Acesso em: dd mm aaaa”;
Existe a possibilidade de usar abreviaturas, desde que sigam a padronização, apresentada no quadro a seguir:
ESSENCIAIS
São todas as informações necessárias para se identificar o documento ou a fonte.
COMPLEMENTARES
São detalhes do documento ou fonte que permitem uma localização mais rápida, caso o leitor tenha interesse.
Abreviatura Significado
cap. capítulo
coord. coordenador
ed. editor ou edição
Ed. editora
et al. et ali (significa “e outros”)
f. folha
n. número
org. organizador; organizadores
p. página
pt. parte
rev. revisada
s.l. sine loco (significa “sem localidade”)
s.n. sine nomine (significa “sem nome”)
Supl. suplemento
t. tomo
v. volume
 Quadro: Abreviaturas. 
Extraído de: ABNT NBR 6023 (2018, p.55).
 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
NORMAS PARA REFERENCIAR MONOGRAFIAS, ARTIGOS, LEIS
E ATOS ADMINISTRATIVOS NORMATIVOS
Algumas obras consideradas monografias pela NBR 6030, como os livros, folhetos, manual, guia, catálogo, enciclopédia, dicionário, tese,
dissertação, trabalho de conclusão de curso etc. apresentam normas diferentes do que acabamos de conhecer.
Vejamos alguns exemplos de referências:
 
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LIVROS
Elementos essenciais: autor, título, subtítulo (se houver), edição (se houver), local, editora, data de publicação e informações
complementares.
1º exemplo (somente com elementos essenciais): CARVALHO, H. F.; RECCO-PIMENTEL, S. M. A Célula. 2. ed. Barueri: Manole, 2007.
1º exemplo (com elementos complementares): CARVALHO, H. F.; RECCO-PIMENTEL, S. M. A Célula. 2. ed. Barueri: Manole, 2007.380
p. ISBN 978-85-204-2543-5.
Repare que, no exemplo, foram usados apenas dois elementos complementares: o número de páginas e o ISBN. Logo, a decisão
sobre quantos e quais elementos complementares serão usados fica a critério do autor ou de acordo com a determinação da
instituição ou editora.
2º exemplo (somente com elementos essenciais) : SAAD, G. A.; LÉDA, P. H. O.; SÁ, I. M.; SEIXLACK, A. C. C. Fitoterapia
contemporânea: tradição e ciência na prática clínica. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009.
2º exemplo (com elementos complementares em destaque) : SAAD, G. A.; LÉDA, P. H. O.; SÁ, I. M.; SEIXLACK, A. C. C. Fitoterapia
contemporânea: tradição e ciência na prática clínica. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009.Glossário: p. 385-389. Índice: p. 392-402. ISBN
978-85-352-3241-7.
Observe, nesse exemplo, que o livro tem o título “Fitoterapia contemporânea” e o subtítulo “tradição e ciência na prática clínica” e
que o subtítulo não fica em destaque como o título.
 
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TRABALHOS ACADÊMICOS
Elementos essenciais: autor, título, subtítulo (se houver), ano de depósito, tipo de trabalho (dissertação, tese, trabalho de
conclusão de curso), grau (graduação, especialização, mestrado, doutorado) e curso entre parênteses, instituição, local e data de
apresentação ou defesa.
Exemplo (somente com elementos essenciais) : TORRES, Camila Costa. A educação a distância e o papel do tutor: contribuições da
ergonomia. 2007. Tese (Doutorado em Psicologia) – Instituto de Psicologia, Universidade de Brasília, Brasília, 2007.
Exemplo (com elementos complementares em destaque): TORRES, Camila Costa. A educação a distância e o papel do tutor:
contribuições da ergonomia. Orientador: Júlia Issy Abrahão. 2007. 198 f. Tese (Doutorado em Psicologia) – Instituto de Psicologia,
Universidade de Brasília, Brasília, 2007. 
Repare que o subtítulo também não tem destaque nos trabalhos acadêmicos.
FONTES OBTIDAS ON-LINE
Os elementos essenciais são os mesmos discriminados para livros e trabalhos acadêmicos, acrescidos do endereço eletrônico e da
data de acesso.
Exemplo (somente com os elementos essenciais) : BUSS, Paulo Marchiori; FONSECA, Luiz Eduardo (org.). Diplomacia da saúde e
covid-19: reflexões a meio caminho. Rio de Janeiro: FIOCRUZ, 2020. E-book. Disponível em: https://doi.org/10.7476/9786557080290.
Acesso em: 10 abr. 2021.
Exemplo (com os elementos complementares em destaque) : BUSS, Paulo Marchiori; FONSECA, Luiz Eduardo (org.). Diplomacia da
saúde e covid-19: reflexões a meio caminho. Rio de Janeiro: FIOCRUZ, 2020. E-book (360 p). (Série Informação para ação na Covid-
19). ISBN: 9786557080290. Disponível em: https://doi.org/10.7476/9786557080290. Acesso em 10 abr. 2021.
 
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PARTE DE MONOGRAFIA
Chamamos de parte de monografia seção, capítulo, volume, fragmento e outras partes de uma obra, com autor e/ou título próprios.
Segue as mesmas regras das monografias no todo, acrescidas dos elementos essenciais: autor e título da parte, seguidos da
expressão “In:” ou “Separata de”. Ao fim da referência, deve-se fazer a descrição física da parte (seção, capítulo, volume, páginas,
fragmento etc.).
Exemplo (somente com elementos essenciais) : MELLO, M. l. Aspectos gerais de estruturas celulares. In: CARVALHO, H. F.; RECCO-
PIMENTEL, S. M. A Célula. 2. ed. Barueri: Manole, 2007. p. 1-6.
Exemplo (com elementos complementares em destaque): MELLO, M. l. Aspectos gerais de estruturas celulares. In: CARVALHO, H.
F.; RECCO-PIMENTEL, S. M. A Célula. 2. ed. Barueri: Manole, 2007. cap. 1 p. 1-6. ISBN 978-85-204-2543-5.
Observe que o título da parte não fica em destaque de negrito. O nome do livro é que fica em destaque e, mesmo vindo após um
ponto, abreviamos capítulo (cap.) com letras minúsculas, conforme determina a norma.
Quando a parte da obra foi obtida por meio eletrônico, devemos manter as mesmas regras, acrescentando, ao fim, o endereço
eletrônico seguido da data de acesso.
 
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PUBLICAÇÕES PERIÓDICAS
Aqui são considerados: artigos, editoriais, comunicação, entrevista, reportagem, resenha, partes de publicação periódica, entre
outros. Os elementos essenciais são: autor, título do artigo ou da matéria, subtítulo (se houver), título do periódico, subtítulo (se
houver), local de publicação, numeração do ano e/ou volume, número e/ou edição, tomo (se houver), páginas inicial e final e data ou
período de publicação.
Exemplo (somente com elementos essenciais) : MENDONÇA, Lenny; SUTTON, Robert. Como obter sucesso na era do código
aberto. HSM Management, São Paulo, ano 12, v. 5, n. 70, p. 102-106, set./out. 2008.
Exemplo (com elemento complementar em destaque) : MENDONÇA, Lenny; SUTTON, Robert. Como obter sucesso na era do código
aberto. Entrevistado: Mitchekk Baker. HSM Management, São Paulo, ano 12, v. 5, n. 70, p. 102-106, set./out. 2008.
 
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PUBLICAÇÕES PERIÓDICAS EM MEIO ELETRÔNICO
Devem ser seguidas as mesmas normas para material físico, vistas anteriormente, acrescidas, ao fim, do endereço eletrônico e da
data de acesso.
Exemplo (somente com elementos essenciais): SIMÕES, Marcus Vinicius et al. Chagas Disease Cardiomyopathy. Int. J. Cardiovasc.
Sci., Rio de Janeiro, v. 31, n. 2, p. 173-189, abr. 2018. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2359-
56472018000200173&lng=en&nrm=iso. Acesso em: 10 abr. 2021.
Exemplo (com elemento complementar em destaque) : SIMÕES, Marcus Vinicius et al. Chagas Disease Cardiomyopathy. Int. J.
Cardiovasc. Sci., Rio de Janeiro, v. 31, n. 2, p. 173-189, abr. 2018. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2359-56472018000200173&lng=en&nrm=iso. Acesso em: 10 abr. 2021. https://doi.org/10.5935/2359-
4802.20180011.
 
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TRABALHOS PUBLICADOS EM ANAIS E PROCEEDINGS (COLETÂNEAS DOS
TRABALHOS APRESENTADOS) DE EVENTOS CIENTÍFICOS
Entende-se como eventos científicos os congressos, simpósios, encontros, semanas acadêmicas e outros. Os elementos
essenciais são: autor, título do trabalho, seguidos da expressão “In:”, do nome do evento, da numeração do evento (se houver), do
ano e local (cidade) de realização, título do documento, local, editora, data de publicação e páginas inicial e final da parte
referenciada.
Exemplo (somente com elementos essenciais): ZUBEN, A. V.; CASANOVA, C.; BALDINI, M. B. D.; RANGEL, O.; ANGERAMI, R. N.;
RODRIGUES, R. C. A.; PRESOTTO, D. Vigilância epidemiológica da leishmaniose visceral americana (LVA) em cães no município de
Campinas, São Paulo. In: REUNIÃO DE PESQUISA APLICADA EM DOENÇAS DE CHAGAS, 26.; REUNIÃO DE PESQUISA APLICADA
EM LEISHMANIOSES, 14., 2010, Uberaba. Anais [...]. Uberaba: Universidade Federal do Triangulo Mineiro, 2010. p. 135-175.
Caso a fonte tenha sido obtida por meio eletrônico, deve-se acrescentar, ao fim, o endereço eletrônico e a data de acesso. Porém,
se foi obtido por meio de uma publicação eletrônica, como DVD, CD-ROM, deve-se acrescentar, ao fim, o DOI (caso haja) e as
informações com a descrição física do suporte.
Quando os dados foram obtidos de uma palestra, a recomendação é que sejam apresentados os seguintes elementos essenciais:
autor, título da palestra, subtítulo (se houver) e data da apresentação. Como elementos complementares, devem ser descritos o
local e o título do evento.
 
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LEGISLAÇÃO
Dentro desse tipo de fonte, devemos considerar: constituição, decreto, decreto-lei, emenda constitucional, emenda à lei orgânica,
lei complementar, lei delegada, lei ordinária, lei orgânica e medida provisória e outros. São considerados como elementos
essenciais: jurisdição, ou cabeçalho da entidade, em letras maiúsculas; epígrafe e ementa transcrita conforme publicada; dados da
publicação.
Exemplo (somente com elementos essenciais): BRASIL. Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Institui o Código Civil. Diário Oficial
da União: seção 1, Brasília, DF, ano 139, n. 8, p. 1-74, 11 jan. 2002.
Exemplo (com elemento complementar em destaque): BRASIL. Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Institui o Código Civil. Diário
Oficial da União: seção 1, Brasília, DF, ano 139, n. 8, p. 1-74, 11 jan. 2002. PL 634/1975.
Atos administrativos normativos – são eles: ato normativo, aviso, circular, contrato, decreto, deliberação, despacho, edital, estatuto,
instrução normativa, ofício, ordem de serviço, parecer, parecer normativo, parecer técnico, portaria, regimento, regulamento e
resolução. Os elementos essenciais para esse tipo de referência são: jurisdição ou cabeçalho da entidade (em letras maiúsculas);
epígrafe (tipo, número e data de assinatura do documento); ementa; dados da publicação.
Exemplo (somente com elementos essenciais) : RIO DE JANEIRO (Estado). Corregedoria Geral de Justiça. Aviso nº 309, de 28 de
junho de 2005. [Dispõe sobre a suspensão do expediente na 6. Vara de Órfãos e Sucessões da Comarca da Capital nos dias 01, 08,
15, 22 e 29 de julho de 2005]. Diário Oficial do Estado do Rio de Janeiro: parte 3: seção 2: Poder Judiciário, Rio de Janeiro, ano 31,
n. 19, p. 71, 30 jun. 2005.
Exemplo (com o elemento complementar em destaque) : WORLD HEALTH ORGANIZATION. (WHO). Control of Chagas' disease:
second report of the WHO expert committee. Geneva, 2002. (WHO technical report series, 905).
ENTENDENDO A ELABORAÇÃO DE REFERÊNCIAS DE ARTIGOS
CIENTÍFICOS E DE ATOS ADMINISTRATIVOS NORMATIVOS.
Neste vídeo, demonstraremos como elaborar referências de artigos científicos e entender quando os elementos essenciais e
complementares não estão de acordo com as normas da ABNT.
NORMAS DE FORMATAÇÃO PARA ARTIGOS CIENTÍFICOS E
TRABALHOS ACADÊMICOS
Artigos científicos são aqueles publicados em revistas científicas e outros tipos de periódicos, e geralmente seguem regras
próprias de formatação estabelecidas pelo editor, assim como os resumos submetidos a eventos científicos.
Entretanto, os artigos científicos devem conter uma linguagem objetiva, clara e concisa, pois o número de páginas é limitado. Os
resumos para eventos científicos devem obedecer ao limite do número de palavras determinado pelo evento e apresentar com
extrema objetividade os elementos determinados, priorizando objetivos, resultados e conclusões. Ao fim, devem ser descritas as
palavras-chave que, geralmente, são de 3 a 6.
 
Imagem: WhiteLife / Shutterstock.com
O resumo é feito em um só bloco textual, enquanto os resumos expandidos são divididos em subtítulos, conforme a determinação.
Os trabalhos acadêmicos compreendem teses, dissertações, TCC, monografias e qualquer trabalho elaborado para as disciplinas
durante a graduação. O uso de normatização tem o objetivo de padronizar os elementos que devem estar contidos no trabalho, bem
como definir a forma de apresentação escrita.
Vamos conhecer as normas da ABNT para os trabalhos acadêmicos, pois são usadas pela maioria das instituições. A formatação
do trabalho acadêmico não se resume a estabelecer margens, tamanho e tipo de letra e espaço entre linhas. Compreende também
as normas para as partes componentes do trabalho, como elaborar resumo, sumário e até os títulos e subtítulos que indicam os
assuntos tratados.
Dessa forma, vamos conhecer o que determinam as NBR 14724:2011, 6024:2003, 6027:2003 e 6028:2003.
NORMAS PARA APRESENTAÇÃO DO TRABALHO ACADÊMICO
O trabalho acadêmico compreende:
Capa – elemento externo obrigatório com a identificação do trabalho, com as seguintes informações, nesta ordem: nome da
instituição, nome do autor, título, subtítulo (se houver), cidade onde será apresentado e data.
Elementos pré-textuais – páginas que antecedem o texto e ajudam na identificação e localização das partes. Compreendem
elementos obrigatórios e opcionais. Devem seguir a seguinte ordem:
folha de rosto (obrigatória);
errata (opcional);
folha de aprovação (obrigatória);
dedicatória (opcional);
agradecimentos (opcional);
epígrafe (opcional);
resumo na língua vernácula (obrigatório);
resumo em língua estrangeira (obrigatório);
lista de ilustrações (opcional);
lista de tabelas (opcional);
lista de abreviaturas e siglas (opcional);
lista de símbolos (opcional);
sumário (obrigatório).
 ATENÇÃO
Embora as listas de ilustrações, tabelas, abreviaturas e siglas sejam opcionais, quando o trabalho tem um número razoável desses
elementos, é aconselhável que se façam as listas.
Elementos textuais – são o trabalho em si; todas as partes são obrigatórias e compreendem: introdução; desenvolvimento,
que se subdivide em metodologia, resultados, discussão e conclusão.
Elementos pós-textuais – apresentam informações adicionais sobre o trabalho; compreende:
referências (obrigatória);
glossário (opcional);
apêndice (opcional);
anexo (opcional);
índice (opcional).
Seguem os modelos de cada elemento com as respectivas explicações. Clique na imagem para visualizar o conteúdo. No explore
mais você encontra disponível esses modelos para o download.
 
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VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. CONSIDERE O LIVRO, CUJA CAPA É APRESENTADA A SEGUIR, COM PUBLICAÇÃO DE 2017 FEITA EM
BARUERI PELA EDITORA MANOLE. OS AUTORES SÃO: SCOTT K. POWERS E EDWARD T. HOWLEY E A
TRADUÇÃO DE BEATRIZ ARAUJO DO ROSÁRIO. MARQUE A OPÇÃO COM A FORMA CORRETA DE FAZER AREFERÊNCIA DESSE LIVRO, DE ACORDO COM AS NORMAS DA NBR 6023:2018, APENAS COM OS
ELEMENTOS ESSENCIAIS: AUTOR, TÍTULO, SUBTÍTULO (SE HOUVER), EDIÇÃO (SE HOUVER), LOCAL,
EDITORA E DATA DE PUBLICAÇÃO. 
A) SCOTT, K. POWERS; EDWARD T. HOWLEY. Fisiologia do exercício: teoria e aplicação ao condicionamento e ao desempenho. 9.
ed, Rio de Janeiro: Manole. 2017.
B) HOWLEY, E. T.; POWERS, S. K. Fisiologia do exercício: teoria e aplicação ao condicionamento e ao desempenho. 9. ed. Rio de
Janeiro: Manole, 2017.
C) HOWLEY, E. T.; POWERS, S. K. Fisiologia do exercício: teoria e aplicação ao condicionamento e ao desempenho. 9. ed.
(tradução: Beatriz Araújo do Rosário). Rio de Janeiro: Manole, 2017.
D) POWERS, S. K.; HOWLEY, E. T. Fisiologia do exercício: teoria e aplicação ao condicionamento e ao desempenho. 9. ed. Rio de
Janeiro: Manole, 2017.
E) POWERS, S. K.; HOWLEY, E. T. Fisiologia do exercício: teoria e aplicação ao condicionamento e ao desempenho. 9. ed. (tradução:
Beatriz Araújo do Rosário). Rio de Janeiro: Manole, 2017.
2. EM UM TCC APRESENTADO À BANCA EXAMINADORA, UM DOS MEMBROS TIROU PONTOS DO ALUNO
ALEGANDO QUE ESTAVAM FALTANDO AS LISTAS DE ILUSTRAÇÕES E DE SIGLAS. O ALUNO RESPONDEU
QUE PREFERIU NÃO INCLUIR ESSAS PÁGINAS, JULGANDO NÃO COMPROMETER A COMPOSIÇÃO DO
TRABALHO, JÁ QUE HAVIA DUAS FIGURAS E UMA SIGLA AO LONGO DO TRABALHO. SOBRE A DECISÃO
DO MEMBRO DA BANCA E A ARGUMENTAÇÃO DO ALUNO, MARQUE A OPÇÃO CORRETA:
A) O membro da banca está errado, já que as listas são elementos opcionais pós-textuais e o aluno está correto na sua
argumentação.
B) O membro da banca está errado, já que as listas são elementos opcionais pré-textuais e o aluno está correto na sua
argumentação.
C) O membro da banca está correto, já que as listas são elementos obrigatórios pós-textuais e o aluno está errado na sua
argumentação.
D) O membro da banca está correto, já que as listas são elementos obrigatórios pré-textuais e o aluno está errado na sua
argumentação.
E) O membro da banca está correto, já que as listas são elementos obrigatórios textuais e o aluno está errado na sua
argumentação.
GABARITO
1. Considere o livro, cuja capa é apresentada a seguir, com publicação de 2017 feita em Barueri pela Editora Manole. Os autores
são: Scott K. Powers e Edward T. Howley e a tradução de Beatriz Araujo do Rosário. Marque a opção com a forma correta de fazer a
referência desse livro, de acordo com as normas da NBR 6023:2018, apenas com os elementos essenciais: autor, título, subtítulo
(se houver), edição (se houver), local, editora e data de publicação. 
A alternativa "D " está correta.
 
Os elementos essenciais para a referência de livros são: autor, título, subtítulo (se houver), edição (se houver), local, editora e data
de publicação. A apresentação dos autores deve seguir a ordem que está no livro, pelo último sobrenome, e as iniciais do prenome
e sobrenome do meio; e o subtítulo deve ser escrito sem destaque, a indicação do tradutor é elemento complementar.
2. Em um TCC apresentado à banca examinadora, um dos membros tirou pontos do aluno alegando que estavam faltando as listas
de ilustrações e de siglas. O aluno respondeu que preferiu não incluir essas páginas, julgando não comprometer a composição do
trabalho, já que havia duas figuras e uma sigla ao longo do trabalho. Sobre a decisão do membro da banca e a argumentação do
aluno, marque a opção correta:
A alternativa "B " está correta.
 
As listas de ilustrações, tabelas, abreviaturas e siglas e de símbolos são opcionais entre os elementos pré-textuais dos trabalhos
acadêmicos e a sua ausência não deve ser considerada erro. Entretanto, é recomendável que haja listas quando o número de
ilustrações, tabelas, siglas etc. for grande.
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Aprendemos como e onde fazer as buscas por fontes bibliográficas para a composição dos trabalhos acadêmicos e científicos e as
formas de aproveitamento dos textos obtidos. Com isso, vimos que o plágio vai contra a ética da redação científica e tem que ser
evitado, seguindo as formas corretas de citação e referências. Nos trabalhos que envolvem seres humanos e animais, as normas da
conduta ética devem ser seguidas conforme os ditames legais existentes.
Estudamos que as normas de formatação, sejam de referências nas citações, da lista final ou para o trabalho acadêmico como um
todo são uma forma de padronização dos trabalhos para que tenham uniformidade nos critérios quando estiverem sendo avaliados.
A ABNT é a entidade que publica as normas de padronização para as referências e para a formatação dos trabalhos acadêmicos.
Estudamos que as referências precisam contemplar todas as citações do texto e que têm elementos essenciais e complementares.
Vimos que a padronização do formato dos trabalhos acadêmicos apresenta partes distintas, com elementos obrigatórios e outros
opcionais e que, seguindo todas as normas, você será capaz de entregar um trabalho acadêmico com apresentação adequada e
organizada, contribuindo para uma boa avaliação nesse quesito.
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 6024: informação e documentação – Numeração progressiva das
seções de um documento escrito – Apresentação. Rio de Janeiro: ABNT, 2002.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 6027: informação e documentação – Sumário – Apresentação. Rio
de Janeiro: ABNT, 2012.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 6028: informação e documentação – Resumo – Procedimento. Rio
de Janeiro: ABNT, 2003.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 6023: informação e documentação: referências: elaboração. Rio de
Janeiro: ABNT, 2018.
BRASIL. Lei no 11.794, de 8 de outubro de 2008. Regulamenta o inciso VII do § 1º do art. 225 da Constituição Federal, estabelecendo
procedimentos para o uso científico de animais; revoga a Lei nº 6.638, de 8 de maio de 1979; e dá outras providências. Brasília, DF.
Diário Oficial da União, seção 1, p. 1, 2008.
BRASIL. Resolução do Conselho Nacional de Saúde. Ministério da Saúde, nº 466 de 12 de dezembro de 2012. Brasília, DF. Diário
Oficial da União, n. 12, seção 1, p. 59, 2012a.
BRASIL. Resolução Normativa no 6 de 10 de julho de 2012 do Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal –
CONCEA. Dispõe sobre a instalação e o funcionamento das Comissões de Ética no Uso de Animais (CEUAs). Brasília, DF. Diário
Oficial da União, seção 1, p. 6, 2012b.
FURLAN, A. da S.; RODRIGUES, L. Consumo de polifenóis e sua associação com conhecimento nutricional e atividade física. Rev.
Bras. Med. Esporte [on-line], v. 22, n. 6, p.461-464, 2016.
iTHENTICATE. Research Ethics: Decoding Plagiarism and Attribution in Research. 2013. Consultado na Internet em: 15 maio 2021.
SPINAK, E. Ética editorial e o problema do plágio [on-line]. SciELO em Perspectiva, 2013. Consultado na Internet em: 13 maio 2021.
EXPLORE+
Para saber mais sobre os assuntos tratados neste conteúdo, pesquise na Internet:
Os tipos de plágio em Plagio.net.
Baixe o material de consulta Modelos de cada elemento para usar no desenvolvimento do seu trabalho.
CONTEUDISTA
Regina Braga de Moura
 CURRÍCULO LATTES
https://stecine.azureedge.net/repositorio/01886/docs/modelos_de_formata%C3%A7%C3%A3o.pdf
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