Buscar

2 Construção da Produção Científica em Ciências da Saúde

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 71 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 71 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 71 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

DESCRIÇÃO
A construção de modelos para divulgação científica e os avanços na área da saúde com o uso de mídias indexadas.
PROPÓSITO
Compreender a importância da divulgação científica para avanços em diversas realidades socioambientais a partir do impacto de artigos,
notas e outras publicações dentro da ciência e, principalmente, na sociedade.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
Identificar os meios necessários à produção de um artigo científico
MÓDULO 2
Descrever resumo e nota científica
MÓDULO 3
Reconhecer a importância da metodologia em um trabalho científico
INTRODUÇÃO
Neste conteúdo, você vai conhecer o processo de escrita e confecção de meios de comunicação científica, como artigos, notas e resumos,
observando seus impactos e sua importância para o desenvolvimento da ciência. Além disso, verá como analisar os meios de publicação e
como alcançar comunicações de qualidade em meios de grande abrangência. Por fim, conhecerá os processos metodológicos necessários
para que um trabalho científico seja elaborado e aceito para publicação.
MÓDULO 1
 Identificar os meios necessários à produção de um artigo científico
O ARTIGO CIENTÍFICO
Imagine-se descobrindo algo que pode mudar, em pequena ou larga escala, o direcionamento de uma sociedade. Uma descoberta que pode
melhorar a qualidade da vida humana ou então nos alertar sobre possíveis fatores que podem impactar a humanidade no futuro. De que
maneira você pode comunicar isso a ponto de ter alta credibilidade em seu achado e amplo espectro de alcance em sua divulgação?
Você pode até imaginar meios para essa exposição, como um canal no YouTube, uma postagem no Instagram, podcasts ou a utilização de
outras redes sociais. Mas quem vai validar sua descoberta a ponto de considerá-la real e relevante?
 
Foto: Shutterstock.com
Ter meios de comunicação com processos bem estabelecidos, mediados por profissionais qualificados, que aplicam a metodologia científica
em suas avaliações, é importante para fazer valer a informação que você quer divulgar. Para isso, existem os meios de comunicação
indexados, que divulgam artigos, notas e resumos, possibilitando a comunicação eficiente e relevante de seus dados.
Segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) :

ARTIGO CIENTÍFICO É PARTE DE UMA PUBLICAÇÃO COM AUTORIA
DECLARADA, QUE APRESENTA E DISCUTE IDEIAS, MÉTODOS, TÉCNICAS,
PROCESSOS E RESULTADOS NAS DIVERSAS ÁREAS DO CONHECIMENTO.
(ABNT, 2003)
Pela definição acima, observe que um artigo é uma publicação. O fato de ser publicado tem relação com a relevância por indexação.
E COMO SE DÁ ESSE PROCESSO?
Por uma perspectiva mais abrangente, indexar tem relação com organizar em índices, ou então em classificações. Por outro lado, há também
o sentido de se registrar alguma mídia em uma biblioteca. Entretanto, para artigos científicos, indexar tem uma relação mais restrita e
complexa. Revistas e publicações indexadas são mídias de grande rigor científico, com métodos de análise de artigos bem criteriosos
situados em plataformas que congregam uma série de dados de outros artigos publicados.
javascript:void(0)
 
Imagem: Shutterstock.com
Então, como sempre deve ser na ciência, a indexação tem compromisso com a qualidade e a precisão das informações. O fato de um
artigo apresentar autoria declarada permite a promoção do autor, mas também o expõe a questionamentos. Quando alguém se declara autor
de um artigo, torna-se responsável pelas informações que serão veiculadas, aumentando ainda mais a credibilidade do que se publica.
A apresentação da discussão de ideias, métodos, técnicas e processos é o cerne desse documento. Ele se torna um ambiente propício para
exposição, análise e debate de ideias. Na verdade, o artigo científico faz com que sua ideia tenha o potencial de alcançar todo o mundo
acadêmico e, quem sabe, modificar padrões que vigoram em uma sociedade.
De forma diferente, as revistas de divulgação científica apresentam linguagem simples e didática, levando ciência à comunidade leiga; são
publicadas mensal ou bimestralmente e distribuídas em bancas de jornais e com acesso remoto.
Há quem associe o termo ciência apenas às ciências naturais, mas todas as áreas do conhecimento são ciências. Portanto, em todas elas
podem ser construídos artigos científicos. Associe sempre esses documentos à melhor forma de expressão, a partir de métodos
consolidados, e com credibilidade das suas ideias.
 
Imagem: Shutterstock.com, adaptado por Rodrigo Oliveira e Angelo Souza
 As oito áreas do conhecimento.
ARTIGO CIENTÍFICO – BREVE HISTÓRICO
Registrar ideias em um papel não é algo recente. Na verdade, quando houve o desenvolvimento do papel, já ocorreu o primeiro registro de
ideias. Mas é claro que essa não é a origem de um artigo científico, que precisa de critérios para ser publicado. Assim, estabeleceremos
critérios para voltar no tempo e observar qual foi o primeiro artigo a veicular nos moldes atuais.
Um diário, mais precisamente um "diário dos sábios", foi a primeira revista com critério e rigor científico a ser publicada. Seu nome original é
Journal des Sçavans e sua primeira edição foi publicada em 5 de janeiro de 1665, com apenas 12 páginas, mas com muita informação
(SPINAK e PACKER, 2015). Essa revista continua sendo publicada até hoje com o nome Le Journal des Savants, tendo mais de 480
edições ao longo de todo esse tempo — com uma breve interrupção entre 1792 e 1816. Já imaginou quanta informação foi veiculada por ali?
 
Imagem: Académie des inscriptions et belles-lettres/wikimedia Commons/domínio público.
 Imagem de um dos artigos publicados na primeira revista com registro oficial.
Esse marco, fundamental para estabelecer um modo de comunicação que vigora até hoje, permitindo que as pessoas tenham acesso às
ideias e novidades do campo das ciências, resultou em um número quase incontável de publicações com periodicidade diversa, que
permeiam todo o campo da pesquisa científica.
O QUE COMPÕE UM ARTIGO CIENTÍFICO?
Para começar a pensar na escrita de um artigo científico, é preciso entender quais são os elementos que compõem esse tipo de documento.
Aqui você não irá escrever um artigo científico, mas começará a ver quais são as principais necessidades para que esse texto seja então
produzido. Inicialmente é necessário um padrão, uma escrita formal que seja reconhecida como um artigo científico. Mas, ao observar as
revistas que publicam tais artigos, percebe-se que nem sempre os mesmos elementos constituem e compõem essa produção. Veja, por
exemplo, as orientações da Revista Brasileira de Zoologia:
MANUSCRITOS
O texto deverá ser digitado em espaço duplo, com margens esquerda e direita de 3 cm, alinhado à esquerda e suas páginas devidamente
numeradas. A página de rosto deve conter:
1) título do artigo, mencionando o(s) nome(s) da(s) categoria(s) superior(es) à(s) qual(is) o(s) animal(ais) pertence(m);
2) nome(s) do(s) autor(es) com endereço(s) completo(s), exclusivo para recebimento de correspondências, e com respectivos algarismos
arábicos para remissões;
3) resumo em inglês, incluindo o título do artigo se o mesmo for em outro idioma;
4) palavras-chave em inglês, no máximo cinco, em ordem alfabética e diferentes daquelas utilizadas no título;
5) resumo e palavras-chave na mesma língua do artigo, ou em português se o artigo for em inglês, e equivalentes às do resumo em inglês. 
O conjunto de informações dos itens 1 a 5 não deve exceder a 3500 caracteres considerando-se espaços.
Os nomes de gênero(s) e espécie(s) são os únicos do texto em itálico. A primeira citação de uma taxa no texto deve vir acompanhada do
nome científico por extenso, com autor e data, e família.
Citações bibliográficas devem ser feitas em caixa alta reduzida (Versalete) e da seguinte forma: Smith (1990), Smith (1990: 128), Lent &
Jurberg (1965), Guimarães et al. (1983), artigos de um mesmo autor ou sequências de citações devem ser arrolados em ordem cronológica.
(REVISTA BRASILEIRA DE ZOOLOGIA)
Esse é apenasum fragmento de uma longa lista de recomendações para que um autor submeta seu artigo a essa revista.
Observe agora como a Revista Brasileira de Epidemiologia, em sua página de políticas, orienta os autores quanto à apresentação de seus
artigos:
RESUMO E ABSTRACT
[...] Os autores deverão apresentar no mínimo quatro e no máximo seis palavras-chave no idioma em que o manuscrito foi apresentado e em
inglês. Caso o idioma seja o inglês, as palavras-chave também devem ser enviadas em português. Esses descritores devem estar
padronizados conforme os Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) (disponíveis em http://decs.bvs.br/).
Introdução
Métodos
Resultados
Discussão
Recomenda-se que o(s) último(s) parágrafo(s) da Discussão seja(m) destinado(s) às conclusões e recomendações.
(REVISTA BRASILEIRA DE EPIDEMIOLOGIA)
REFERÊNCIAS
Devem ser numeradas de forma consecutiva de acordo com a primeira menção no texto e utilizando-se algarismos arábicos sobrescritos. A
listagem final deve seguir a ordem numérica do texto, ignorando a ordem alfabética dos autores. Não devem ser abreviados títulos de livros,
editoras ou outros. Os títulos de periódicos seguirão as abreviaturas do Index Medicus/Medline. Devem constar os nomes dos seis primeiros
autores, seguidos da expressão et al. quando ultrapassarem esse número. Sempre que disponível, o Digital Object Identifier (DOI) deve ser
informado ao final da referência(....). Comunicações pessoais, trabalhos inéditos ou em andamento poderão ser citados quando
absolutamente necessários, mas não devem ser incluídos na lista de referências, sendo apresentados somente no corpo do texto ou em nota
de rodapé. Quando um artigo estiver em vias de publicação, deverão ser indicados o título do periódico, o ano e outros dados disponíveis,
seguidos da expressão, entre parênteses, “No prelo” ou “In press”. A exatidão das referências é de responsabilidade dos autores.
(REVISTA BRASILEIRA DE EPIDEMIOLOGIA)
E ONDE ESTÁ O PADRÃO NECESSÁRIO PARA QUE HAJA PUBLICAÇÃO DE UM
ARTIGO CIENTÍFICO?
Analisando os tópicos levantados pelas duas revistas, podemos encontrar congruências entre alguns deles. Na verdade, observando um
número maior de revistas, encontraríamos as mesmas congruências, ou seja, existem elementos que são fundamentais para todo artigo
científico; os elementos que diferenciam o artigo de uma publicação em relação ao de outra têm a ver com a especificidade do assunto
abordado. Veja, então, quais são os pontos congruentes que caracterizam um artigo científico.
I
 
Imagem: Shutterstock.com, adaptado por Angelo Souza
Todo artigo começa com uma introdução, elemento fundamental para situar o leitor quanto à proposta do conteúdo. Ela dá o embasamento
necessário para que o leitor consiga conduzir a leitura, sabendo da intenção do autor e dos objetivos que ele pretendeu atingir ao escrever o
artigo.
Logo após a introdução vêm os objetivos, que podem ser divididos em objetivo geral e objetivos específicos. O objetivo geral apresenta
ao leitor a proposta mais abrangente, mais ampla do artigo. Já os objetivos específicos são propostas mais estritas, que, juntas, promovem o
alcance do objetivo geral.
 
Imagem: Shutterstock.com, adaptado por Angelo Souza
II
III
 
Imagem: Shutterstock.com, adaptado por Angelo Souza
É preciso citar também a seção de metodologia, que muitos artigos tratam como materiais e métodos. É nesse ponto que descrevemos as
referências metodológicas e os procedimentos e processos usados para chegar ao objetivo esperado ou testar as hipóteses levantadas,
sempre com o princípio da falseabilidade.
Os artigos científicos também apresentam a seção de resultados, em que os dados encontrados são demonstrados para que o leitor possa
fazer análises e algumas correlações. Nessa seção, o ideal é que os resultados sejam apenas explanados para que as análises sejam feitas
em seções posteriores, como a discussão e a conclusão.
javascript:void(0)
 
Imagem: Shutterstock.com, adaptado por Angelo Souza
IV
V
 
Imagem: Shutterstock.com, adaptado por Angelo Souza
Alguns artigos apresentam a seção de discussão. Nela, o autor apresenta o seu olhar sobre as referências que usa a partir dos resultados
obtidos. É importante compreender que o olhar do autor não tem por base uma opinião subjetiva, mas sim critérios científicos, sejam eles
concordantes ou não com seu ponto de vista. Isso valida o artigo como um instrumento imparcial do desenvolvimento da ciência.
Por último, todo artigo apresenta uma conclusão. Em alguns casos a discussão e a conclusão são trabalhadas juntas. A conclusão é
importantíssima porque é ela que define se o objetivo foi ou não alcançado, demonstrando se a questão apontada pelo autor foi solucionada.
 
Imagem: Shutterstock.com, adaptado por Angelo Souza
VI
HIPÓTESES
Trata-se de uma possível explicação para determinado fenômeno. Como sabemos, a pesquisa científica se inicia sempre com a
colocação de um problema solucionável, a nossa questão norteadora. O passo seguinte consiste em determinar uma solução possível,
formulando as hipóteses.
 SAIBA MAIS
Por mais que os artigos sejam padronizados e sigam uma proposta metodológica de divulgação de dados, é necessário destacar seus
modelos de escrita. Não existe uma única linguagem para os artigos científicos, cada revista tem a sua proposta. Ela sempre se adapta à
área, à disciplina ou ao teor da pesquisa realizada. E isso demonstra um caráter particular da própria revista que publica o artigo. Vivenciar
essa diversidade de linguagens é importante para conhecer as diversas formas de se falar de ciência.
Uma forma interessante para você começar a produzir um artigo é escrever uma proposta respeitando as orientações fornecidas por uma
revista da sua escolha. Assim, você já começa a vivenciar e participar desse processo de construção, aproveitando para treinar o
desenvolvimento da linguagem científica.
 
Imagem: USP Imagens
 Algumas das principais publicações científicas da atualidade.
ONDE PUBLICAR UM ARTIGO
Já que estamos falando de revistas, é importante entender como se publica um artigo.
 VOCÊ SABIA
Existem hoje no mundo mais de 40 mil revistas que publicam artigos científicos! É claro que nem todas elas são da área de Saúde. Dentro
dessa, são cerca de dez mil publicações, das quais aproximadamente 200 são brasileiras e pertencem às áreas de Saúde e de Ciências
Biológicas.
 
Foto: Shutterstock.com
O número pode até parecer pequeno quando se constata o tanto de revistas que são publicadas no mundo, entretanto, quando observamos
a distribuição pelos países, esse número se torna muito relevante. Isso indica que a ciência no Brasil tem nessas revistas grandes meios de
divulgação formal e também demonstra que a quantidade de publicações no nosso país é consideravelmente relevante para o
desenvolvimento sociocientífico.
Com tantas possibilidades, escolher uma revista mais bem relacionada ao tipo de pesquisa que se está fazendo é o que vai realmente indicar
o caminho para a publicação de um manuscrito. É interessante fazer uma pesquisa nas plataformas de periódicos para buscar as revistas
mais próximas da intenção temática do artigo.
 DICA
As revistas científicas apresentam uma abrangência de divulgação. Revistas bem consolidadas e de renome têm distribuição ampla e
atingem diversos pesquisadores, em diversos países. Publicando seu artigo em revistas de alto impacto, mais pessoas vão saber sobre o que
você está pesquisando, quais foram os resultados e aonde você quer chegar com a proposta de seu manuscrito.
 
Imagem: Shutterstock.com
AS CLASSIFICAÇÕES QUALIS
Uma das formas de comprovar credibilidade, abrangência e impacto é identificando a qualidade e o rigor nas análises de artigos de um
periódico.
Em 1998, a CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) desenvolveu uma forma de avaliar e classificar os
periódicos científicos globais, referenciando-os em nível de importância, veracidade e credibilidade.A partir dessa proposta, foram criadas
oito classificações: A1, A2, B1, B2, B3, B4, B5 e C.
Esses conceitos demonstram revistas de alta qualidade, com relevância e grande impacto, identificadas como A1 e A2, até aquelas
reconhecidas como revistas científicas, mas muito recentes ou que não apresentam grande impacto, identificadas por C. Essas classificações
são chamadas de Qualis e têm norteado e direcionado os investimentos das agências de fomento nos periódicos de maior qualidade.
 
Imagem: Shutterstock.com, adaptado por Angelo Souza.
 Classificação Qualis CAPES.
 COMENTÁRIO
Recentemente, em 2019, a CAPES emitiu uma revisão dos conceitos e dos critérios, criando os conceitos A3 e A4, considerados também de
alto nível. Agora existem dez conceitos Qualis.
Para buscar os periódicos e decidir o melhor lugar de publicação do artigo, é necessário acessar a Plataforma Sucupira, da CAPES. Você
pode buscar o periódico pelo ISSN ou pelo título da revista. Na plataforma, ao se deparar com alguma dessas revistas, você notará que em
um mesmo periódico há classificações distintas, que ocorrem para as diferentes áreas abordadas na publicação.
Você pode estar se perguntando: quais são os critérios para que ocorra essa classificação de cada periódico?
Como já falado, os periódicos são avaliados pelas áreas do conhecimento que ela apresenta e não pela revista como um todo. Abaixo,
demonstramos um exemplo dessa classificação atribuída à Revista Trabalho, Educação e Saúde, da Fiocruz:
 
Imagem: EPSJV/FIOCRUZ/CC-NY-BC
 Classificação Qualis CAPES 2013-2016 Revista Trabalho, Educação e Saúde, FIOCRUZ.
Se uma revista aborda artigos de duas áreas diferentes, cada área será avaliada separadamente, podendo receber diferentes classificações.
Portanto, é importante compreender que os critérios e classificações podem ser bem distintos dentro de uma mesma revista.
 COMENTÁRIO
Ainda hoje, ao observar a Plataforma Sucupira, você encontrará esse tipo de classificação temática, mas em breve isso mudará. Em função
das novas diretrizes da CAPES para a classificação de periódicos, as revistas passarão a ser avaliadas de maneira completa, e não pelos
temas que podem constar em cada edição.
Publicar um artigo não é complicado. Você precisa sistematizar sua pesquisa, escrever o artigo seguindo as instruções da revista que o
publicará e encaminhar aos revisores. Você já tem algum resultado para mostrar à comunidade científica?
OBSERVANDO AS INSTRUÇÕES AOS AUTORES.
Neste vídeo, especialista descreve uma instrução de publicação de uma revista indexada, demonstrando quais os parâmetros de análise de
um artigo para validação de sua publicação.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. UMA EQUIPE DE PESQUISA NA ÁREA DE IMUNOLOGIA ESTÁ ANALISANDO A MELHOR FORMA DE
DIVULGAR PARA A POPULAÇÃO LEIGA SUAS DESCOBERTAS SOBRE O COMPORTAMENTO DO SARS-COV-
2 A UMA VACINA EM TESTES. UM DOS MEMBROS DA EQUIPE INDICOU QUE PUBLICAR EM UMA REVISTA
DE DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA PODE SER MAIS EFICAZ DO QUE EM UM PERIÓDICO CIENTÍFICO INDEXADO.
ASSINALE A ALTERNATIVA QUE MOSTRA O MOTIVO DESSA INDICAÇÃO.
A) Revistas de divulgação científica apresentam sempre índices altos na Plataforma Sucupira, indo de Qualis B1 a A1.
B) Os periódicos indexados, mesmo sendo de fácil acesso pela população leiga, não são tão difundidos na sociedade.
C) Revistas de divulgação científica apresentam distribuição mais rápida e linguagem mais simples, sendo mais bem compreendidas pela
população leiga.
D) As revistas de divulgação científica são todas em inglês, língua falada mundialmente, e por isso podem atingir diversos países ao mesmo
tempo.
E) Os periódicos científicos indexados não apresentam tanto rigor de dados quanto as revistas de divulgação científica e podem passar uma
impressão errada dos resultados.
2. UM PESQUISADOR ENCERROU SEU PROJETO DE PESQUISA SOBRE CÉLULAS TOTIPOTENTES DE
PORÍFEROS E A RELAÇÃO COM CÉLULAS TUMORAIS, JÁ TENDO OS RESULTADOS PARA DIVULGAR PARA
A COMUNIDADE CIENTÍFICA. PARA CONSEGUIR FAZER SEUS RESULTADOS CHEGAREM A MAIS
ESPECIALISTAS DESSA ÁREA, O PESQUISADOR PRECISARÁ
A) buscar uma revista multidisciplinar que apresente um ISSN de grande abrangência de temas.
B) submeter seu manuscrito às revistas da área de Zoologia, com índices Qualis de níveis A1 e A2.
C) submeter seu artigo a revisores de diversas áreas do conhecimento para que analisem se o entendimento está claro.
D) buscar revistas de publicação mensal ou quinzenal, sem ISSN e não constando na Plataforma Sucupira, para que a divulgação seja
rápida.
E) submeter seu artigo a revistas de Zoologia de baixo espectro de abrangência, com circulação limitada, já que essa área é muito restrita.
GABARITO
1. Uma equipe de pesquisa na área de Imunologia está analisando a melhor forma de divulgar para a população leiga suas
descobertas sobre o comportamento do SARS-CoV- 2 a uma vacina em testes. Um dos membros da equipe indicou que publicar em
uma revista de divulgação científica pode ser mais eficaz do que em um periódico científico indexado. Assinale a alternativa que
mostra o motivo dessa indicação.
A alternativa "C " está correta.
 
Revistas de divulgação científica, como a Revista Fapesp, a Galileu e a Superinteressante, têm publicação mensal ou bimestral, são
distribuídas em bancas de jornais e com acesso remoto, e apresentam linguagem simples e didática, levando ciência à comunidade leiga.
2. Um pesquisador encerrou seu projeto de pesquisa sobre células totipotentes de poríferos e a relação com células tumorais, já
tendo os resultados para divulgar para a comunidade científica. Para conseguir fazer seus resultados chegarem a mais
especialistas dessa área, o pesquisador precisará
A alternativa "B " está correta.
 
Para que artigos apresentem alto impacto, a sua colocação em revistas indexadas Qualis A1 e A2 é muito importante. Se a revista for, ainda,
específica para a área, o artigo será mais bem divulgado e localizado com facilidade.
MÓDULO 2
 Descrever resumo e nota científica
O QUE É E COMO SE ESTRUTURA UM RESUMO CIENTÍFICO
Tente resumir em poucas palavras toda a pesquisa que você já fez ou um projeto que esteja encaminhando:
Será que você consegue colocar em um pequeno texto todas as ideias necessárias para divulgar seu projeto e direcionar as informações a
um público?
Ao longo de sua vida acadêmica, certamente você escutou falar em resumo. Seja na educação básica, quando seu professor de linguagens
pedia para você sintetizar um texto, seja em sua graduação, quando precisou condensar um trabalho realizado ou uma pesquisa produzida.
Mas será que esses resumos são científicos?
De modo geral, o resumo é uma apresentação abreviada de um texto, com a visão concisa dos pontos mais relevantes. Fazer um bom
resumo é muito importante: trata-se da parte mais lida de um texto acadêmico e científico, apresentado logo depois do título. Quando bem
apresentado, ele acaba envolvendo o leitor, que continua lendo e analisando o que você escreveu. Além disso, o resumo costuma ser a
primeira parte julgada de um artigo e às vezes a única a ser avaliada para a o aceite de um trabalho dentro de congressos e outros eventos.
QUAIS SERIAM AS PRINCIPAIS VANTAGENS E A IMPORTÂNCIA DE UM RESUMO
PARA O TEXTO CIENTÍFICO?
DESPERTAR O INTERESSE
AUXILIAR NA ORGANIZAÇÃO
DESTACAR O ARTIGO
DESPERTAR O INTERESSE
Em primeiro lugar, ele serve para comunicar a visão do documento. É ali que compreendemos do que trata o artigo. Além disso, ele deve
destacar pontos interessantes, relevantes e inovadores da pesquisa que você está fazendo.
AUXILIAR NA ORGANIZAÇÃO
O resumo facilita a organização para a construção do próprio artigo, funcionando como um esqueleto dos principais pontos da pesquisa.
DESTACAR O ARTIGO
Caso seja localizado em um processo de triagem de artigos, dependendo da qualidade do seu resumo, ele pode se destacar dentre tantos
outros sobre o mesmo tema. É nesse processo de triagem que o artigo será selecionado pelo leitor.
A estrutura de umresumo científico costuma ser a mesma usada em artigos científicos, teses, dissertações e na maior parte dos textos
científicos:
Objetivos do trabalho.
Metodologia adotada.
Fundamentação teórica.
Dados sobre o resultado.
Conclusão.
 
Imagem: Shutterstock.com
As orientações dos periódicos para a publicação de resumos científicos também variam. Algumas revistas pedem para que não sejam
colocados os referenciais teóricos utilizados no texto. No entanto, caso esse resumo seja escrito para figurar em uma tese, uma monografia
ou uma dissertação, você pode apresentar os referenciais teóricos usados para fundamentar o seu trabalho. Nesses tipos de manuscritos,
não há impedimento para essa inclusão.
 ATENÇÃO
É preciso consultar previamente as regras de formatação adotadas pela instituição à qual você está vinculado.
Para finalizar a estrutura do resumo, é preciso elaborar a conclusão do trabalho. É a partir da leitura do resumo que o leitor identifica se vai
realmente querer observar o trabalho para entender como você chegou àquele desfecho. Por isso, é importante que esse tipo de elemento
esteja em seu texto.
Outro elemento bastante relevante é a metodologia. Muitas vezes as pessoas buscam um artigo para entender qual método foi utilizado
para se testar uma hipótese, e não necessariamente para conhecer os resultados finais obtidos. A análise dos resultados é consequência do
método adotado e esse mesmo método pode ser utilizado em diversas outras pesquisas.
Muitas pessoas confundem o resumo científico com a introdução de um artigo. Alguns elementos são até similares, mas as diferenças são
evidentes:
A introdução não apresenta uma conclusão. Como o nome indica, ela introduz o assunto, traz o embasamento, para mostrar ao leitor sobre o
que é a pesquisa.
A introdução não encerra o assunto nela mesma, mas dá elementos para que o leitor tenha uma leitura guiada.
 
Imagem: Shutterstock.com
Um aspecto que pode ajudar bastante na escrita de um resumo é observar, em uma revista científica, os direcionamentos oferecidos para a
elaboração do texto. Isso porque ela pode definir o número de palavras que você precisa usar, como deve ser a estruturação textual, se você
terá que apresentar ou não o nome dos autores que utilizou como base para o desenvolvimento de seu projeto e de que forma os objetivos
do trabalho estarão dispostos dentro desse pequeno texto.
O resumo escrito em língua portuguesa (ou em qualquer outra língua) precisa de uma versão em inglês para poder constar nas bases de
dados de pesquisas internacionais. A partir daí, o seu trabalho e a sua pesquisa podem ser observados e, com isso, um número maior de
pessoas tem acesso ao que você quis divulgar.
javascript:void(0)
TIPOS DE RESUMOS
Podemos encontrar dois tipos de resumos científicos, quanto ao seu conteúdo:
RESUMO INDICATIVO
Demonstra o processo da pesquisa, mas não chega a nenhum resultado ou conclusão. É usado principalmente para revisões bibliográficas,
pesquisas em andamento e atualizações, e serve apenas para sinalizar e chamar atenção do leitor para a pesquisa.

RESUMO INFORMATIVO
Vem com todos os elementos estruturantes de um artigo científico, apresentando os objetivos, a metodologia, os resultados e a conclusão do
estudo. Pode ser considerado como um mini trabalho.
Quanto à forma de apresentação, um resumo pode ser:
RESUMO NARRATIVO
Apresenta, como o nome indica, um parágrafo com a narração, de forma livre, sobre o que ocorreu na pesquisa. Nesse resumo ,a leitura é
mais fluida e não há ordem específica dos dados a serem apresentados.

RESUMO ESTRUTURADO
A escrita é ordenada, promovendo uma construção sistematizada das informações. Esse tipo de resumo costuma ser solicitado pela maioria
das revistas científicas indexadas.
Mesmo que o resumo científico não tenha a mesma densidade e qualidade de um artigo científico, ele é fundamental para atrair a atenção do
leitor.
 
Imagem: Shutterstock.com
A NOTA CIENTÍFICA
De início, é preciso esclarecer que nota científica não é o mesmo que notação científica. Essa informação pode parecer desnecessária,
mas se você fizer um teste e pesquisar na internet sobre nota científica, verá que praticamente nenhum buscador vai direcioná-lo para o que
você realmente quer.
 
Imagem: Shutterstock.com
Nota expressa um breve comunicado, algo que pode ser exposto em poucas palavras ou em poucas páginas. Ela frequentemente é maior do
que um resumo, mas é menor do que um artigo científico. As notas científicas apresentam o mesmo rigor de avaliação que os artigos e
também têm o mesmo tipo de relevância na publicação de novos dados descobertos que podem auxiliar o desenvolvimento da ciência
Uma nota científica deve ser escrita quando você precisa comunicar algo, alguma descoberta dentro de um projeto, mas ela não representa
um resultado final. Também um manuscrito pode ser enquadrado como uma nota científica quando a quantidade de dados que serão
expressos nos resultados não é suficiente para configurar um artigo científico. Por isso muitos periódicos adotam a seção de notas científicas.
Pela limitação nos dados, as notas científicas representam trabalhos de caráter preliminar e muitas vezes não trazem os resultados
definitivos, mas são importantes pois sua divulgação pode embasar outros trabalhos feitos em paralelo.
javascript:void(0)
 
Foto: Shutterstock.com
 EXEMPLO
Ao trabalhar com a sistemática filogenética, pesquisadores sempre se deparam com o processo de sinonimização de algumas espécies. Ao
descobrir qualquer dado sobre esse tema, eles precisam comunicar à comunidade científica que dois nomes diferentes foram dados à
mesma espécie. Como essa é uma comunicação simples, mas precisa de todo embasamento metodológico para que se possa verificar a
veracidade dos dados, ela é, então, apresentada como nota.
Em revistas que publicam seus artigos em inglês, é comum a nota científica receber o nome short communication.
ESTRUTURA BÁSICA DA NOTA CIENTÍFICA
Como você viu, a nota científica é de grande importância para a promoção e divulgação de dados no campo da ciência, de forma que ela
pode e deve ser explorada pelos pesquisadores que querem fazer uma divulgação rápida e relevante dos resultados de suas pesquisas. Por
mais que a nota científica seja menor que um artigo, ela apresenta o mesmo rigor acadêmico na sua estruturação e avaliação. Na maior parte
das vezes, os periódicos usam os padrões de análise de um artigo científico. Isso faz com que uma nota apresente os mesmos elementos
constitutivos de um artigo, ou seja, introdução, objetivos, materiais e métodos, resultados e conclusão.
 COMENTÁRIO
Perceba que o número de seções é o mesmo de um grande artigo. Por isso, um dos fatores que diferenciam um artigo de uma nota é o
tamanho dessa comunicação. É interessante observar que a estrutura de uma nota também apresenta um resumo — mais curto, narrativo, e
em um único parágrafo.
ONDE PUBLICAR UM RESUMO E UMA NOTA CIENTÍFICA
Se você tem algo a publicar ou divulgar dentro da comunidade científica, é importante saber em quais meios essas comunicações podem ser
distribuídas.
 
Imagem: Angelo Souza
NOTAS CIENTÍFICAS
Já que uma nota científica apresenta o mesmo rigor de análise de um artigo científico, ela costuma ser publicada pelas revistas e periódicos
científicos. Aqui também vale a recomendação para observar revistas de ampla divulgação que tenham qualidade e rigor em suas análises e
uma classificação alta nos bancos de pesquisa, como, por exemplo, na Plataforma Sucupira.
 DICA
Se por acaso você tiver oportunidade de publicar uma nota em uma revista Qualis A1 ou A2, certamente alcançará boa parte da comunidade
de pesquisadores que trabalham na mesma área que você.
 
Imagem: Angelo Souza
RESUMO
Caso tenha sido escrito para acompanhar um artigo ou uma nota científica, ele será publicado junto com esses textos. No entanto, se ele foi
escrito para ser apresentado em um evento científico, como um congresso ousimpósio, esse resumo será submetido às organizações
desses eventos seguindo as instruções necessárias para a composição do texto. A partir disso, você vai elaborar a redação e então submetê-
la aos organizadores do evento. Se o resumo for aprovado, e caso você participe apresentando esse resumo para os espectadores e leitores,
seu texto será publicado em uma mídia chamada anais do evento.
Os anais são compilações de resumos e outros textos — artigos, notas, e outros comunicados — apresentados em algum evento. Por
exemplo, em um evento sobre temas diversos, como costuma ser um congresso, haverá uma publicação contendo informações de diversas
áreas da pesquisa; da mesma forma, se o evento for menor e mais específico, esse tipo de publicação ficará mais restrito quanto à
divulgação.
 DICA
A apresentação de um trabalho em um congresso e sua consequente publicação nos anais, são portas de entrada para que você seja
conhecido no campo da pesquisa. A partir daí, você pode explorar cada vez mais as mídias de divulgação.
O DILEMA EM CONSEGUIR ACESSO ÀS REVISTAS CIENTÍFICAS.
Neste vídeo, o docente irá falar sobre o aumento de revistas que liberam seus artigos apenas mediante pagamento de valores — muitas
vezes altos — freando o progresso científico.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. AO ESCREVER UM RESUMO PARA UM ARTIGO CIENTÍFICO QUE ESTAVA EM DESENVOLVIMENTO, UM
PESQUISADOR ELABOROU EM MODELO NARRATIVO UM TEXTO QUE ABORDAVA OS OBJETIVOS DE SUA
PESQUISA E OS SEUS RESULTADOS. AO SUBMETER SEU ARTIGO A UMA REVISTA CIENTÍFICA, ELE FOI
RECUSADO, TENDO COMO ARGUMENTO A FALTA DE DADOS EM SEU RESUMO. QUAL DADO PRIORITÁRIO
DEVERIA ESTAR NESSE TEXTO?
A) Metodologia.
B) Discussão.
C) Objetivos.
D) Introdução.
E) Referencial teórico.
2. UM PESQUISADOR NA ÁREA DE EPIDEMIOLOGIA ESTÁ DESENVOLVENDO UM PROJETO DE
ACOMPANHAMENTO DAS SEQUELAS DA COVID-19 EM PACIENTES JÁ CURADOS. AO LONGO DE SEU
PROJETO, ELE OBTEVE RESULTADOS PRELIMINARES QUE PODERIAM AUXILIAR NO DESENVOLVIMENTO
DE OUTRAS PESQUISAS NA ÁREA. QUAL A MELHOR FORMA DE PUBLICAÇÃO À QUAL ESSE
PESQUISADOR PODERIA SUBMETER SEUS RESULTADOS?
A) Nota científica.
B) Artigo científico.
C) Anais de congresso.
D) Resumos.
E) Comunicado científico.
GABARITO
1. Ao escrever um resumo para um artigo científico que estava em desenvolvimento, um pesquisador elaborou em modelo narrativo
um texto que abordava os objetivos de sua pesquisa e os seus resultados. Ao submeter seu artigo a uma revista científica, ele foi
recusado, tendo como argumento a falta de dados em seu resumo. Qual dado prioritário deveria estar nesse texto?
A alternativa "A " está correta.
 
Dentre os dados faltantes, o que mais contribuiu para a não aceitação do texto foi a ausência da metodologia de pesquisa. Esse dado é
fundamental em qualquer resumo, pois mostra o meio pelo qual a pesquisa foi desenvolvida e serve de referência a outros pesquisadores.
2. Um pesquisador na área de epidemiologia está desenvolvendo um projeto de acompanhamento das sequelas da covid-19 em
pacientes já curados. Ao longo de seu projeto, ele obteve resultados preliminares que poderiam auxiliar no desenvolvimento de
outras pesquisas na área. Qual a melhor forma de publicação à qual esse pesquisador poderia submeter seus resultados?
A alternativa "A " está correta.
 
Notas científicas são publicações menores, com o mesmo rigor de artigos científicos, que divulgam dados prévios de uma pesquisa em
andamento.
MÓDULO 3
 Reconhecer a importância da metodologia em um trabalho científico
LINGUAGEM CIENTÍFICA NA DESCRIÇÃO DA METODOLOGIA
Se você tivesse em mãos uma revista científica, de Qualis alto, e uma revista de divulgação científica, como você diferenciaria o tratamento
da linguagem dessas duas revistas?
A primeira, mais formal, complicada de se entender, com padrões expositivos; já na revista de divulgação científica, você poderia encontrar
uma narrativa, um texto corrido, mais simples e mais acessível.
Se imaginou essas diferenças, você não está errado. Tais revistas trabalham com uma linguagem própria, necessária para o público-alvo que
as leem. E por mais que a linguagem científica não seja tão acessível assim, ela é fundamental para o campo acadêmico. Então, vamos ver
as principais características dessa linguagem e o porquê da sua aplicação.
 
Foto: Shutterstock.com
 ATENÇÃO
Hoje, o meio acadêmico, no ambiente de pesquisa, não aceita profissionais que não dominem a linguagem. Biólogos, biomédicos,
enfermeiros, educadores físicos, entre outros profissionais da área de Saúde, se não souberem se expressar da forma adequada, não
conseguirão êxito em suas pesquisas e em seus trabalhos.
CARACTERÍSTICAS DA LINGUAGEM EM UM TEXTO CIENTÍFICO
A LINGUAGEM CIENTÍFICA DEVE SER EXPLICATIVA
Significa dizer que o texto de natureza acadêmica não é uma narração, um manual de instruções ou uma argumentação. Ele é uma
explicação e, desse modo, o texto científico deve sempre responder a algumas perguntas: o que foi realizado? Como foi realizado? Por que
foi realizado? Seguindo essas normas, você garantirá o caráter explicativo requerido para a linguagem científica.
O TEXTO CIENTÍFICO DEVE SER CLARO
A clareza é um aspecto muito importante no desenvolvimento de um texto. Ele precisa descrever de forma objetiva os tópicos de um artigo
científico, como: qual o problema de pesquisa e a temática? Quais os objetivos? Quais métodos foram utilizados? Essas informações até
podem estar presentes em um texto, mas se não forem claras e sistematizadas, ele perde o caráter científico.
O TEXTO CIENTÍFICO PRECISA SER COMPLETO
Seja um artigo, um resumo, uma dissertação, um TCC ou uma tese, é necessário que o leitor compreenda o trabalho de maneira completa
ou, então, o principal aspecto trabalhado no texto. Nenhum aspecto relevante à compreensão do trabalho deve ser omitido; por isso, os
pontos requeridos por uma revista ou periódico para a descrição devem ser cumpridos em sua integralidade.
O TEXTO CIENTÍFICO PRECISA SER IMPARCIAL
Geralmente o texto científico é neutro, mas claro que essa neutralidade tem limites e é quase impossível o autor não mostrar alguma
parcialidade em sua escrita. É preciso ter atenção para não tomar o caminho de alguma ideia específica no desenvolvimento do texto,
deixando de trabalhar o todo.
A LINGUAGEM CIENTÍFICA PRECISA SEGUIR UMA ORDEM
A ordenação dos tópicos é fundamental na elaboração de um texto científico. Não se pode, por exemplo, falar da metodologia antes de
apresentar o problema. Por isso, o sequenciamento lógico da descrição de uma pesquisa precisa ser estritamente seguido.
A LINGUAGEM CIENTÍFICA PRECISA SER ACURADA
Toda informação prestada no texto precisa ser fundamentada ou expressar a realidade dos dados. Por isso o cuidado que se deve ter com a
escolha de ideias e de vocabulário.
A LINGUAGEM CIENTÍFICA DEVE SER OBJETIVA
Um texto científico requer objetividade e, por isso, precisa apresentar apenas os dados requeridos. Esse tipo de trabalho não dá espaço para
opiniões pessoais ou comentários sem dados que os sustentem.
Essas características mostram que a metodologia de uma pesquisa precisa ser apresentada ao leitor de maneira clara, completa, objetiva,
sem omissões e seguindo um padrão informativo, que auxiliará no desenvolvimento do trabalho.
Um projeto de pesquisa deve ser pautado no método científico apresentado durante sua construção, em etapas organizadas e divididas em:
escolha do tema;
delimitação do tema;
situação-problema (contextualizar e apresentar de forma clara o problema, delimitando com exatidão o tipo de resposta esperada ao
final da investigação);
hipóteses;
justificativa;
objetivos;
suporte teórico;
metodologia; e
considerações finais.
TÉCNICAS E MÉTODOS EM PESQUISA BIBLIOGRÁFICA
Uma pesquisa não se origina do nada. Em um processo análogo à biogênese, uma pesquisa, para ser desenvolvida, necessariamente terá
como base trabalhos anteriores publicados. E é aí que entra a pesquisa bibliográfica. Trata-sede um procedimento técnico que oferece
resultados de trabalhos anteriores, dando suporte para a apuração de novos dados.
Antes de apresentarmos as características da pesquisa bibliográfica, é preciso fazer a distinção entre ela e a pesquisa documental:
PESQUISA BIBLIOGRÁFICA
Fundamenta-se na análise de materiais já publicados, com característica científica, veiculados por mídias de relevância, revistas científicas,
artigos, anais de congressos, entre outros. Esses materiais trazem tratamento de dados, com análises e conclusões obtidas após a aplicação
de metodologias sobre os resultados.

PESQUISA DOCUMENTAL
Refere-se à busca por dados crus, sem qualquer tipo de processo analítico que possa lhes dar algum direcionamento. É um tipo de pesquisa
primária, original, de simples busca de dados. Como o nome sugere, os dados são recolhidos de documentos, bancos de informações e
outros locais de armazenamento.
Um dos principais objetivos da pesquisa bibliográfica é estreitar o diálogo entre trabalhos já realizados e aquele que se pretende realizar.
Nessa pesquisa, são evocadas todas as análises já feitas sobre um certo assunto, propiciando ao pesquisador a possibilidade de
acompanhar o processo histórico do uso de diversos dados, além de inferir hipóteses sobre o que a nova pesquisa quer buscar.
COMO FAZER UMA PESQUISA BIBLIOGRÁFICA
Não se pode começar uma pesquisa bibliográfica sem um direcionamento. Seria como tentar procurar uma agulha no palheiro. Para iniciar
esse levantamento, é preciso relacionar as principais publicações científicas que trazem artigos e notas sobre o tema ou objeto da pesquisa
na qual você está trabalhando. Por isso, o primeiro passo é encontrar o seu norte de pesquisa.
 
Foto: Shutterstock.com
Hoje, o melhor local para fazer esse tipo de busca é a internet, com páginas e perfis que permitem ao pesquisador investigar possíveis
publicações. Infelizmente nem todas são de visualização gratuita, o que pode acabar atrasando a pesquisa.
Algumas vezes, uma pesquisa bibliográfica é feita apenas para a publicação de uma revisão bibliográfica, mas quase sempre o objetivo é
encontrar um referencial teórico para fundamentar o trabalho em desenvolvimento.
ETAPAS DA PESQUISA BIBLIOGRÁFICA
Não há regras para a realização de uma pesquisa bibliográfica, mas há um consenso lógico, que você verá agora:
1
DEFINA COM CLAREZA O TEMA DO SEU TRABALHO
Ter clareza sobre o que precisa buscar é importante para que o pesquisador não perca tempo analisando materiais irrelevantes.
ROTEIRIZE O PROJETO
Toda pesquisa bibliográfica é feita com uma intencionalidade. A simples definição de um tema não é suficiente para direcionar a busca. Por
exemplo, se você está estudando um tema relacionado ao desenvolvimento de herbáceas, só esse dado não será suficiente para determinar
o que precisa ser levantado. Então, roteirize, observe o que pode ser feito dentro do tema, para conseguir restringir mais o campo da
pesquisa.
2
3
ENCONTRE MATERIAIS PARA SUA PESQUISA
Esse é o momento da busca, é quando você irá às plataformas que congregam revistas científicas para iniciar o seu levantamento. Essa
busca pode ser feita pelo objeto de pesquisa, pelo tema, por aplicações metodológicas, ou seja, são diversas possibilidades. É claro que, ao
fazer esse levantamento, muitos dados aparecerão, muitas análises já realizadas serão selecionadas, e você precisará organizar esses
dados. Uma ideia é fazer uma espécie de fichamento para ajudar nesse processo.
ORGANIZE O FICHAMENTO EM UMA SEQUÊNCIA LÓGICA
Tente observar as relações entre os dados levantados e como eles podem ser consequências de outros dados. No momento da leitura, é
importante seguir alguns procedimentos para facilitar seu entendimento e o diálogo com o autor do trabalho acadêmico. Para isso, faça a
análise textual — com a finalidade de se preparar para a leitura produtiva —; a análise temática — com a finalidade de compreender a
mensagem do autor pela percepção do tema, da argumentação utilizada e da conclusão —; e a análise com a finalidade de buscar o
significado do texto em relação à disciplina ou área de conhecimento.
4
5
DESENVOLVA SEU TEXTO
Essa parte não precisa de explicações. Agora, mão na massa!
TÉCNICAS E MÉTODOS EM PESQUISA EXPERIMENTAL
Ao ler o título desta parte, talvez você tenha associado a pesquisa experimental a alguma experimentação. E você está certo! Diferentemente
da pesquisa bibliográfica, em que praticamente fazemos uma viagem ao passado para levantar dados e análises de pesquisas, na pesquisa
experimental promovemos testagens para gerar novos dados.
 
Imagem: Shutterstock.com
A pesquisa experimental se faz com a testagem de hipóteses. Em todo projeto de pesquisa, diversas hipóteses são levantadas para tentar
resolver uma situação-problema ou então responder às perguntas que geraram a pesquisa. Ela tem como objetivo dizer de que modo e por
quais causas algum fenômeno é produzido ou algum dado é obtido. Não determina uma verdade absoluta sobre o que está sendo estudado,
mas oferece conhecimento a respeito desse estudo. Como citado anteriormente, a pesquisa experimental acaba gerando novos dados.
Essa pesquisa é baseada, em parte, na tentativa e erro, e por isso é necessário manipular as variantes metodológicas para conseguirmos
analisar como o objeto de estudo se comporta dentro dessas variantes.
 EXEMPLO
Um pesquisador precisa analisar os fatores ambientais que podem influenciar na reprodução de uma espécie de ave em risco de extinção.
Para isso, ele promove um experimento com duas dessas aves em cativeiro, uma com um espaço que simula o ambiente natural, outra em
um local do qual o pesquisador retira algum componente ou então inclui novos elementos. Nós teremos, então, um experimento controle para
ser analisado junto a um experimento teste.
Esse tipo de pesquisa acaba gerando dados interessantes, mesmo que não atinja o seu objetivo, pois ao longo da realização dessa pesquisa
vários dados podem ser obtidos e publicados como notas científicas.
O QUE CARACTERIZA A PESQUISA EXPERIMENTAL?
As características da pesquisa experimental envolvem a metodologia para a construção dessa pesquisa. Uma delas é a identificação das
possíveis variáveis que podem ocorrer no fenômeno ou contexto estudado; para isolar tais variáveis, é necessário manipular algumas delas.
Outra característica é a determinação de um grupo controle, em que não haverá a manipulação de variáveis — com isso elas estarão
expostas às causas naturais. Por fim, toda pesquisa experimental conta com a aleatoriedade da distribuição de dados. Dentro da pesquisa
não se sabe quais elementos farão parte do grupo controle ou grupo experimental.
GRUPO EXPERIMENTAL
É aquele em que as variáveis vão ocorrer, ou seja, tomarão uma vacina ativa, ou terão algum medicamento aplicado, por exemplo.
 EXEMPLO
javascript:void(0)
Durante as testagens de eficácia da vacina contra a covid-19, vários voluntários foram divididos em grupo controle e grupo experimental.
Esse tipo de método é importante, pois demonstra imparcialidade na obtenção dos dados.
É importante ressaltar que uma pesquisa experimental não necessariamente ocorrerá apenas em laboratórios; ela pode ser desenvolvida em
qualquer lugar, desde que contemple as propriedades antes mencionadas (controle, manipulação e distribuição aleatória).
Caso você esteja inserido em algum projeto e intencione fazer uma pesquisa experimental, fique atento aos principais passos para a
realização desse método:
 
Imagem: Shutterstock.com
1 - Defina o problema a ser estudado – esse passo é crucial para que os outros se desenvolvam. O problema precisa ser muito bem
definido e corresponder ao real problema a ser analisado. Muitos projetos não dão certo em suas hipóteses e experimentações pois os
problemas não estão bem explicitados.
 
Foto: Shutterstock.com
2 - Levante hipóteses mensuráveis – as hipóteses elencadas precisam ter meios de medidas. Não há como definirmos hipótesesque não
possam ser testáveis. Aquilo que não pode ser testado não gera dados para a ciência.
 
Imagem: Shutterstock.com
3 - Planeje seu experimento – o planejamento metodológico da experimentação é importante para garantir que os testes que serão
realizados sejam seguidos. Dentro do planejamento, você deve elencar não somente os processos, mas também os insumos necessários
para a testagem.
 
Foto: Shutterstock.com
4 - A execução do experimento – após o preparo do terreno, é importante executar o teste e aguardar os dados que serão gerados a partir
dele.
 
Foto: Shutterstock.com
5 - Coleta e análise dos dados – a análise será feita a partir do entendimento de que a pergunta-problema foi solucionada. Disso decorrem
os dados necessários para a exposição da conclusão.
COMO A PESQUISA EXPERIMENTAL AJUDOU A SALVAR VIDAS?
Neste vídeo, o docente irá demonstrar o processo de pesquisa experimental na testagem de vacinas contra a covid-19 e como essa
experimentação foi fundamental para preservar vidas.
TÉCNICAS E MÉTODOS CIENTÍFICOS EM PESQUISA DE CAMPO
Pare o que você está fazendo, dê uma pausa na leitura, vá até a janela e olhe para fora.
 
Foto: Shutterstock.com
Sabe o que você viu? Um mundo imenso onde se pode fazer pesquisa! Ali é o campo, é a realidade acontecendo. Ali, todas as variáveis
agem de acordo com o ambiente natural e é ali que acontecem os principais fenômenos ou existem os principais elementos que você
precisará estudar. Eu sei que você agora deve estar curioso para ir a campo, mas, por enquanto, fique por aqui para entender como essa
pesquisa é realizada.
A pesquisa de campo tem um objetivo único, inserido em uma realidade também única, dentro do tema que você pesquisa. Ela relaciona o
conhecimento teórico com o que é de fato aplicado na prática em relação ao elemento que está sendo pesquisado. Pretende verificar in loco
os fenômenos relatados pela teoria. A pesquisa de campo está ligada a diversas áreas, pode ser desenvolvida em várias metodologias e se
relaciona muito bem com os estudos de caso.
javascript:void(0)
MAS O QUE É UM ESTUDO DE CASO?
 RESPOSTA
Essa técnica visa analisar um fenômeno que esteja ocorrendo em um certo ambiente, exposto a variáveis reais no contexto em que se
encontra. Esses estudos são realizados de forma intensiva e sistematizada e costumam levantar uma grande quantidade de dados.
Para que uma pesquisa de campo seja realizada em um estudo de caso, ela requer metodologias de levantamento de dados, como
entrevistas, questionários e formulários. Isso servirá para rastrear algumas inferências que o pesquisador tem sobre o assunto. Toda
pesquisa que envolva uma entrevista precisa ter suas questões já formuladas e analisadas. E essa técnica apresenta um preparo anterior
bem fundamentado, além de grande organização.
 
Foto: Shutterstock.com
A pesquisa de campo pode ser:
 
Imagem: Angelo Souza.
QUANTITATIVA-DESCRITIVA
Aqui se analisam as características dos fenômenos pesquisados, além de empregar artifícios quantitativos, com o intuito de quantificar o que
está acontecendo em campo. Essa pesquisa gera métricas e estatísticas que, por sua vez, geram dados importantes para o trabalho como
um todo.
 
Imagem: Angelo Souza.
EXPLORATÓRIA
Aqui são desenvolvidas hipóteses a partir da formulação de problemas, sem interferir no objeto que se está pesquisando, mas observando os
fatores que provocam alterações nele.
 
Imagem: Angelo Souza.
EXPERIMENTAL
Na verdade, a pesquisa experimental é uma característica da pesquisa de campo. Diferencia-se da exploratória pelo fato de nela haver
interferência no objeto com a manipulação de variáveis.
Esses três tipos se relacionam bastante entre si. De certa forma, não há como dissociar um tipo de pesquisa de outro, até porque, em parte,
eles se complementam.
 
Foto: Shutterstock.com
 ATENÇÃO
As pesquisas que envolvem seres humanos e animais precisam, na maioria dos casos, de aprovação do Comitê de Ética de Pesquisa (CEP)
e do Comitê de Ética na Utilização de Animais (CEUA), respectivamente. Além disso, pode ser necessária a aprovação de outras instâncias
legais, dependendo do local em que é realizada a coleta de dados. Assim, antes de iniciar um projeto, não deixe de perguntar e verificar,
junto à instituição ou ao professor responsável, quais pré-requisitos legais são necessários para o desenvolvimento de sua pesquisa. Essas
aprovações se encaixam na pesquisa experimental e de campo.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. AO APRESENTAR EM SUA QUALIFICAÇÃO A PESQUISA REALIZADA DURANTE O DOUTORADO, UM
ESTUDANTE TEVE QUE SOLICITAR O ADIAMENTO DE SUA DEFESA, POIS A BANCA FEZ DURAS CRÍTICAS
QUANTO À LINGUAGEM USADA PARA DESCREVER O TRABALHO. NO CASO, O ESTUDANTE QUIS INOVAR,
ESCREVENDO OS TEXTOS DE MANEIRA NARRATIVA E DIALÓGICA, CONTANDO SOBRE OS DADOS DE SUA
PESQUISA COMO SE FOSSE A NARRAÇÃO DE UM CONTO. NESSE CASO, O ESTUDANTE DEVE
REESCREVER SEU TEXTO LEVANDO EM CONSIDERAÇÃO
A) a formalidade da escrita do projeto.
B) a roteirização do projeto.
C) a imparcialidade do projeto.
D) a ordenação dos dados.
E) a objetividade da informação.
2. UM ESTAGIÁRIO DE ENFERMAGEM DESENVOLVE UMA LINHA DE PESQUISA EM QUE PRECISA
LEVANTAR A INCIDÊNCIA DE NOVAS INFECÇÕES POR COVID-19 EM UM HOSPITAL DA REDE PARTICULAR.
SEU ORIENTADOR LHE ENTREGA ALGUNS FORMULÁRIOS PARA QUE SEJAM APLICADAS ALGUMAS
ENTREVISTAS COM OS FUNCIONÁRIOS DESSE HOSPITAL. IDENTIFIQUE O TIPO DE PESQUISA QUE SERÁ
REALIZADA POR ESSE ESTAGIÁRIO.
A) Quantitativa.
B) Qualitativa.
C) Experimental.
D) De campo.
E) Bibliográfica.
GABARITO
1. Ao apresentar em sua qualificação a pesquisa realizada durante o doutorado, um estudante teve que solicitar o adiamento de sua
defesa, pois a banca fez duras críticas quanto à linguagem usada para descrever o trabalho. No caso, o estudante quis inovar,
escrevendo os textos de maneira narrativa e dialógica, contando sobre os dados de sua pesquisa como se fosse a narração de um
conto. Nesse caso, o estudante deve reescrever seu texto levando em consideração
A alternativa "A " está correta.
 
A linguagem científica preconiza o texto explicativo (e não narrativo), que siga um padrão formal de escrita.
2. Um estagiário de enfermagem desenvolve uma linha de pesquisa em que precisa levantar a incidência de novas infecções por
covid-19 em um hospital da rede particular. Seu orientador lhe entrega alguns formulários para que sejam aplicadas algumas
entrevistas com os funcionários desse hospital. Identifique o tipo de pesquisa que será realizada por esse estagiário.
A alternativa "D " está correta.
 
Pesquisas de campo conferem realidade de variáveis a um contexto. Ao entrevistar funcionários de um hospital, os dados levantados virão
sem manipulações de variáveis, como em uma pesquisa experimental.
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Neste estudo, você pôde constatar que existem diversas possibilidades de construir e divulgar a produção científica. A partir de breves
resumos, passando por notas e chegando a artigos científicos, independentemente do meio pelo qual há comunicação científica, o
acontecimento dessa comunicação é imprescindível para o crescimento da ciência. E essa comunicação deve ser feita com linguagem
apropriada e a partir de metodologias bem embasadas.
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT. NBR 6022: informação e documentação: artigo em publicação periódica
científica impressa: apresentação. Rio de Janeiro, 2003. 5 p.
BOCCATO, V. R. C. Metodologia da pesquisa bibliográfica na área odontológica e o artigo científico como forma de comunicação.
Revista de Odontologia da Universidade Cidade de São Paulo, São Paulo, v. 18, n. 3, p. 265-274, 2006.
CARDOSO, S. P. Importância e uso das revistas científicas nos contextos acadêmico e social. Revista Ciências & Ideias, [s.l.] v. 11, n.
1, 2020.
CORREA, M. D. C.; ABREU, A. S. A linguagem do texto científico: as metodologias e a potencialização do ensino aprendizagemde língua,
literatura e produção textual. 1. ed. [S.l.]: Inovar, 2020.
FERREIRA, L. M.; HOCHMAN, B.; BARBOSA, M. V. J. Experimental models in research. Acta cirúrgica brasileira, São Paulo, v. 20, supl. 2,
p. 28-34, 2005.
FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ. FIOCRUZ. Revista Trabalho, Educação e Saúde. Consultado na internet em: 14 mai. 2021.
LIMA, T. C. S. de; MIOTO, R. C. T. Procedimentos metodológicos na construção do conhecimento científico: a pesquisa bibliográfica.
Revista Katálysis, Florianópolis, v. 10, n. SPE, p. 37-45, 2007.
OLIVEIRA, J. R. S.; QUEIROZ, S. L. A retórica da linguagem científica: das bases teóricas à elaboração de material didático para o ensino
superior de química. Química Nova, São Paulo, v. 35, n. 4, p. 851-857, 2012.
REVISTA BRASILEIRA DE ZOOLOGIA. Instruções aos autores. Consultado na internet em: 6 mai. 2021.
REVISTA BRASILEIRA DE EPIDEMIOLOGIA. Instruções aos autores. Consultado na internet em: 6 mai. 2021.
SIGELMANN, E. Tipos de pesquisa: aspectos metodológicos específicos. Arquivos Brasileiros de Psicologia, Rio de Janeiro, v. 36, n. 3, p.
141-155, 1984.
SPINAK, E.; PACKER, A. L. 350 anos de publicação científica: desde o “Journal des Sçavans” e “Philosophical Transactions” até o SciELO.
SciELO em Perspectiva. Publicado em: 5 mar. 2015. Consultado na internet em: mai. 2021.
VOLPATO, E. S. N. Pesquisa bibliográfica em ciências biomédicas. Jornal de Pneumologia, São Paulo, v. 26, n. 2, p. 77-80, 2000.
EXPLORE+
Para saber mais sobre os assuntos tratados neste conteúdo:
Que tal acessar a Plataforma Sucupira? Lá você poderá encontrar revistas de diversos níveis Qualis.
Conheça o SciELO, uma biblioteca digital de artigos científicos de acesso livre.
Leia o livro Como elaborar um projeto de pesquisa, de Antonio Carlos Gil (Editora Atlas), para saber mais detalhes sobre como
elaborar um projeto de pesquisa.
CONTEUDISTA
Luiz Rafael Silva da Silva
 CURRÍCULO LATTES
javascript:void(0);

Outros materiais