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Etologia É a ciência das relações comparadas do comportamento animal, o que inclui os humanos. Assim como o corpo e outras estruturas, o comportamento é produto e instrumento do processo de evolução através da seleção natural. Os 4 porquês de Tenbenger 1) Como o comportamento se desenvolveu ao longo da vida? (Ontogênese) 2) Qual é a causa? (Fatores causais próximos) 3) Como se desenvolveu no decorrer da história evolucionária? (Filogênese) 4) Qual o motivo pelo qual teria sido selecionado naturalmente? (Causa final) Lamarckismo, Darwinismo e Neodarwinismo Lamarckismo Lei do uso e desuso; Lei da transmissão hereditária das características adquiridas; Conceito da adaptação dos organismos ao meio. Lei do uso e desuso A lei do uso e desuso consiste em afirmar que órgãos muito utilizados tendem a se desenvolver, já aqueles que não eram tão utilizados (inutilizados) sofreram atrofia. A transmissão dos caracteres adquiridos aponta que as características do uso e desuso seriam herdadas por gerações seguidas. O conceito de adaptação dos seres do ambiente trouxe um novo caminho para novas teorias sobre a evolução. Darwinismo Seleção natural Evolucionismo Oposição ao criacionismo Seleção natural A lei da seleção natural das espécies consiste em selecionar indivíduos mais adaptados a determinada condição ecológica, eliminando aqueles que não se adaptam a tais condições. Os “adaptados” são aqueles que sobrevivem e se reproduzem em determinado ambiente com determinadas condições. A teoria se baseia na evolução, na adaptação dos seres durante a história, o que se opõe a teoria criacionista que consiste em que seus criou o mundo e todos os seres. Neodarwinismo Conhecimentos de genética Recombinação genética Seleção natural A partir das décadas de 1930 e 1940, os conhecimentos sobre genética foram unidos à teoria darwinista. chegou-se à conclusão de que a seleção natural se baseava na transmissão de genes mais adequados a determinado ambiente. A variabilidade genética produz seres diferentes que carregam diferentes características entro si. A seleção natural atua permitindo a sobrevivência dos seres mais “adaptados” e a transmissão de características genéticas mais favoráveis às próximas gerações. Estudo da evolução Força da seleção natural Registros fósseis anatômicos Comparações Sinalizadores da evolução Bipedismo Expansão corporal e cerebral Fabricação de Instrumentos Caça e coleta Divisão sexual do trabalho Cooperação grupal e partilha Vinculações duradouras, ritos e símbolos Divergência (homo) 5 milhões de anos. Diferença genética de 21% entre homem e chimpanzé Revisão da Evolução Compartilhamento de ancestrais com o chimpanzé Australopithecus Aferenses Semelhança aos ancestrais: dentição, altura, cérebro pequeno Semelhança como o Homo: Organização cerebral, bipedalismo Hominizações Bipedalismo (elemento central) Teoria energética, campo de visão e liberação dos mãos Lóbulos Frontal (tomada de decisões) Temporal (linguagem e memória-verbal) Occipital (percepção visual) Linhagem Home Dentição menor e capacidade craniana ampliada Fabricação de instrumentos (atividades Dominação do fogo Rituais religiosos Homo Sapiens Neoderthalerses > Desaparecimento Capacidade verbal igual Adaptações ao clima frio Rituais; Anatomia Etologia Homo Sapiens Sapiens Rápida expansão geográfica; Artes - Pinturas rupestres O homem se distingue dos animais por seu modo de vida cultural Cultural: transmissão de informações via experiência, linguagem e outras representações simbólicas Nos primatas encontramos: adaptação ao meio via aprendizagem individual, transmissão cultural Modo de vida estritamente cultural impõe novas demandas: Relações sociais mais complexas Inteligência Uso de instrumentos Homo Habilis - o que havia de diferente Utilização de uma determinada matéria prima Processamento da carne em um local específico Tecnologia de Caciamento Locais compartilhados por grupos. Indicam planejamento Evolução do Cérebro É três vezes maior do que o esperado para um primata de nosso tamanho Não se trata de mero crescimento corporal (quoeficiente de encefalização) Especialização hemisférica Hinde Pesquisador do campo dos relacionamentos de Édipo Princípios Biológicos Características anatômicas, fisiológicas e comportamentais de uma espécie formam um conjunto adaptado A alteração de uma delas altera as demais Exemplo: Vôo dos pássaros Padrão hominídeo - Sobreposição de gerações - Dependência infantil Apego Cuidados parentais Novas estratégias ontogenéticas A linguagem é um bom exemplo da natureza combinada de nossa evolução A linguagem nasce na cultura A linguagem está relacionada com a evolução do sistema cerebral Ser humano biologicamente linguísticos Nasce com recursos cognitivos, motivacionais, fisiológicos e anatômicos para entender e usar a linguagem. O ser cultural do homem deve ser entendido como biológico O homem é criado e criatura da cultura Surge um novo paradigma que não apõe o cérebro e cultura Mas como explicar que apenas o homem apresentou essa evolução? Ambiente ecologicamente mais complexos exercem maior pressão Seletiva. Sociabilidade - reconhecimento de indivíduos Interações no tempo e no espaço, processamento de informações recíprocas Cérebro teria evoluído para resolver problemas (Piaget) Filmes: Quem quer ser um milionário: Para sempre Alice Aspectos mais complexos da cultura e bases psicobiológicas: Música, dança, arte... Apego O apego é um sistema comportamental, um comportamento extintivo. Até então a teoria mais aceitável era de impulso secundário, que Boweby vai questionar criando a teoria do apego. Foram feitos estudas experimentais com um macaquinho com uma mãe felpuda e uma mãe de arame que o alimentava. Comportamento de apego Aquilo que ocorre quando são atuadas sistemas comportamentais Os próprios sistemas comportamentais dependem da interação, de adaptabilidade Comportamento de apego é tão importante quanto o acasalamento e a parentalidade Precisamos de uma base segura para explorar e mundo Apego é qualquer forma de comportamento de apego Contextualização do trabalho de Baulby Quem foi John Bowlly? Britânico Psicólogo, psicanalista, psiquiatra. Desenvolveu estudos interdisciplinares que reúnem psicologia evolucionista, etologia e psicologia. Deseja provar que é possível a articulação entre a psicanálise e a etologia. Acaba expulso da sociedade de psicanálise por heteradoxia (oposição das padrões, normas o dogmas estabelecidos) Baulby e a teoria do apego - No final de 1949, um jovem e imaginativo psiquiatra, de orientação analítica e recentemente apontado para ser o chefe da seção da Saúde Mental da Organização Mundial de saúde, interveio. Requisitado para contribuir com as nações unidas com um estudo sobre as necessidades de crianças sem lar, Ronald Margreaves resolveu escolher um consultor, por um certo período para fazer um relatório sobre os aspectos da saúde mental concernentes a esse problema e sabendo de seu interesse nesse campo, me convidou para essa tarefa. Contextos de proposição do trabalho Mundo pós-guerra Crianças abandonadas Na década de 50 e 60 estudar como se constituem os vínculos entre humanos e qual seu impacto para a vida adulta. Etologia Contextualização do texto 5 Apresentação do contexto e da hipótese Afirmação de sua articulação com a psicanálise Apresentação do conceito de instinto e sua importância para a compreensão do comportamento humano Apresentação da teoria do apego Ponto de vista da Psicanálise Método introspectivode investigação Psicanálise tenta a explicação da personalidade em termos saudáveis e patológicos em perspectiva ontogenético Mas busca o funcionamento em uma personalidade já desenvolvida Proposto de Bowlby: descrever padrões de resposta por meio da observação de crianças. Teorias vigentes até 1958 1. Impulso secundário - vínculo secundário à alimentação 2. Sucção do dejeto primário - aprende que ligado ao seio, tá uma criatura humana, a mãe, e a partir daí relaciona-se com ela 3. Adesão ao Objeto Primário - Propensão inata a buscar contato 4. Anseio primário de retorno ao ventre. Hipótese de Bowlby Mais próxima da teoria da adesão ao dejeto primário Estudos sobre a estampagem animal, o procurar da compreensão do comportamento instintivo. Para Bowlby, comportamento de apego é produto da atividade de um sistema comportamental que tem a proximidade com a mãe como resultado previsível. Ponto de vista da psicanálise Toda neurose é uma neurose infantil Admite que até os 5 ou 6 anos estão as experiências mais importantes, e que são determinantes para o desenvolvimento da personalidade. Toma como referência os sintomas. Proposta de Bowlby: discutir o agente patogênico, no caso, a perda da figura de apego. Proposta de Bowlby Adicionar a teoria psicanalítica: Estudos evolucionistas - Introduzir a perspectiva da adaptação e da seleção natural. Estudos etológicos - Especialmente as contribuições de Lorena sobre estampagem Observação direta do comportamento da criança Segundo Bowlby vários trechos da obra de Freud apontam para a identificação do autor sobre a própria limitação. Comportamento instintivo - modelo alternativo de Bowlby Instinto não deve ser pensado em termos de posição natureza X cultura ou inato X adquirido. Advém daí a resistência em se pensar em comportamento instintivo na espécie humana. No entanto, é inegável que há regularidades no comportamento e que são importantes para a sobrevivência dos indivíduos. O que é um comportamento instintivo? Obedecer a um padrão reconhecidamente similar e previsível em quase todos os membros da espécie. Não é uma resposta simples a um único estímulo, mas a uma sequência comportamental que usualmente segue um curso previsível. Algumas de suas consequências usuais são de devido valor para a preservação do individuo e da continuidade da espécie. Muitos exemplos desses comportamentos catão presentes mesmo quando as oportunidades de aprendizagem são exíguas ou inexistentes. Proposta de Minde Comportamento deve ser considerado como: produto da dotação genética em interação com o ambiente. Conceituação dos comportamentos: Ambientalmente estáveis e instáveis Tem relação com o ambiente: Em um ambiente se apresenta em todos os membros de uma espécie. Cenas escolhidas: Lorena e o imprinting Comportamento instintivo no homem O comportamento humano é variável, mas não de modo infinito. O mesmo em outras espécies superiores não se trata de uma estereotipia e sim de um desempenho idiossincrático. Por isso deve-se pensar em sistemas de controle. Sistemas de controle Feedback a partir das respostas produzidas. Exemplo do termostato Em caso dos comportamentos temas que pensar em sistemas interligados. O comportamento deve ser pensado em termos de estrutura e ambiente que o produz • Meio ambiente de adaptabilidade somente em seu meio Estado de adaptabilidade Requer: Estrutura organizada; Resultado específico a ser desenvolvido; um meio ambiente no qual a estrutura deve apresentar o resultado. Para um processo ser adaptado, deve produzir mudança na estrutura. Deve se considerar ao analisar um animal se, em caso de mudança do ambiente, a estrutura do animal permite a sobrevivência. Etologia Função do apego Teoria proposta em contraposição da teoria do impulso secundário. Naquele tempo, era largamente aceito que a nação pela qual a criança desenvolve um forte lago com a mãe é o fato de que está o alimento. Dois tipos de impulsos são postulados, primário e secundário. O alimento é tido como primário; a relação pessoal, referida como dependência, como secundário. Essa teoria não me parecia se adaptar aos fatos (Bowby, 1990, p.33). Comportamento de apego Semelhança com processo de estampagem percebido em algumas espécies O que se observa é que um modo ofertado, mesmo fora do padrão, o que pode encadear o apego Pode-se inferir que o comportamento de apego é instintivo Aquilo que ocorre quando são ativados sistemas comportamentais, Os próprios sistemas comportamentais dependem da interação, de adaptabilidade Comportamento de apego é tão importante quanto o acasalamento e a parentalidade. Precisamos de uma base segura para explorar o mundo. Qualquer forma de comportamento de apego que resulte em proximidade pode ser considerada como componente de comportamento de apego comportamento de cuidar manifesto pelos adultos que ajudam a construir o vínculo. São observadas em várias espécies A proporção durante o ciclo vital durante o qual se manifestam de espécie para espécie. Componentes de apego Quatro espécies: Rhesus Babuíno Chimpanzé Gorila Escolhidos pois: são adaptados a uma existência terrestre; Há bons estudos de campo; dados experimentais consideráveis.
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