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GESTÃO DE PROJETO EDUCATIVO

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15
universidade pitágoras unopar anhanguera 
SISTEMA DE ENSINO A DISTÂNCIA
LICENCIATURA EM PEDAGOGIA
BEATRIZ DE ANDRADE RAMOS SILVA 
gestão do projeto educativo
a alfabetização nas séries iniciais do ensino fundamental no século xxi
Cachoeiro de Itapemirim
2022
BEATRIZ DE ANDRADE RAMOS SILVA 
GESTÃO DO PROJETO EDUCATIVO
A ALFABETIZAÇÃO NAS SÉRIES INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL NO SÉCULO XXI
Projeto Educativo apresentado à 
Universidade Pitágoras Unopar 
Anhanguera, como requisito parcial à
 conclusão do Curso de Pedagogia.
Docente supervisor: Prof. Fernanda
 Aparecida dos Santos Valerio
Cachoeiro de Itapemirim
2022
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO	4
2. OBJETIVOS	4
3. PROBLEMATIZAÇÃO	5
4. REFERENCIAL TEÓRICO	5
5. MÉTODO	11
6. CRONOGRAMA	12
7. RECURSOS	13
8. AVALIAÇÃO	13
REFERÊNCIAS	14
1. INTRODUÇÃO
Nessa produção textual será abordado sobre a alfabetização nas séries iniciais do ensino fundamental, dando destaque a como ocorrem os processos de alfabetização e letramento, que têm grande importância para o desenvolvimento pleno do aluno, visto que são essenciais para dar-se prosseguimento ao longo de sua vida acadêmica e pessoal.
Será descrito como deu-se todo o processo histórico da alfabetização em nosso país, desde a época da Antiguidade até os dias atuais, dando ênfase aos métodos mais utilizados em cada momento.
Em seguida, também será abordado sobre como acontecem os diversos níveis de aquisição da escrita e suas respectivas faixas etárias.
Veremos também sobre os tipos de avaliação da alfabetização que são realizadas durante os anos iniciais e a importância da sua aplicação nas instituições de ensino, já que o que foi feito até hoje pelo governo brasileiro ainda não é o suficiente para erradicar os problemas de defasagem na educação e o analfabetismo, e dessa forma é necessário que o governo realize mais investimentos e políticas públicas educacionais. 
Por último, será desenvolvido um projeto baseado na metodologia ativa da gamificação, que tem por objetivo o uso das estratégias de jogos nas atividades. Ao utilizar metodologia, os alunos realizarão os desafios propostos pelo professor a fim de serem recompensados no final.
2. OBJETIVOS
OBJETIVO GERAL
· Discutir como ocorre o processo de alfabetização das escolas brasileiras atualmente.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
· Compreender o que são os termos “alfabetização” e “letramento”;
· Analisar os principais métodos de alfabetização utilizados ao longo do tempo;
· Comparar os tipos de avaliação utilizados na alfabetização, percebendo a sua importância no processo de ensino-aprendizagem.
3. PROBLEMATIZAÇÃO
Atualmente em nosso cenário educacional, percebe-se que ainda há alunos com mais de 15 anos que deveriam estar alfabetizados, que o analfabetismo absoluto ainda não foi erradicado e o analfabetismo funcional ainda se faz presente também. Isso acontece devido a diversos fatores, como por exemplo, o sistema de ensino não ser totalmente eficiente, a falta de estímulos, as dificuldades socioeconômicas, etc.
Com o início da pandemia no país, houve um aumento em relação à carência da qualidade da alfabetização devido à dificuldade dos alunos que estavam matriculados, mas não tinham os recursos necessários para estudar e não conseguiam aprender efetivamente de forma remota em suas residências. Além disso, vale ressaltar que a inexperiência das escolas também contribuiu para isso, visto que todos os profissionais tiveram que improvisar para se adaptar rapidamente a essa nova mudança.
Com o retorno às aulas, percebeu-se o grande impacto que esse problema sanitário trouxe para as salas de aula, cabendo aos profissionais da educação a missão de estarem preparados para reparar aos poucos os danos causados na alfabetização em parceria com as famílias dos educandos, que se faz tão necessário. Porém, infelizmente percebe-se que nem todas as famílias têm condições de dar esse devido apoio.
Além disso, atualmente, questiona-se qual seria o “método ou técnica ideal” para alfabetizar devido aos problemas de aprendizagem ocasionados muitas vezes por falta de preparação e qualificação do docente, que tem o desafio diário de alfabetizar vários estudantes, tendo em vista que nem todos os alunos têm a mesma facilidade para aprender. Esse despreparo pode ocorrer devido a alguns motivos, como a falha na formação e o pouco tempo de experiência de trabalho.
Durante a graduação, estuda-se mais a teoria do que a prática, e, portanto, ao chegar à sala de aula, o professor se depara com a dúvida de qual seria a mais adequada metodologia a se aplicar de acordo com as dificuldades identificadas, que podem acontecer por diversos motivos. 
Diante disso, compreende-se que é imprescindível que o docente busque se especializar a fim de entender como melhorar nesse processo e que o governo invista mais também na formação continuada dos profissionais da educação e em políticas públicas educacionais a fim de tentar diminuir as taxas de analfabetismo e déficits na alfabetização. 
 
4. REFERENCIAL TEÓRICO
Para a elaboração deste seguinte trabalho foi escolhida como linha de pesquisa a docência, abordando sobre a alfabetização na primeira etapa do ensino fundamental, levando em consideração todo o seu processo histórico-social.
A alfabetização é a fase em que o indivíduo aprende o alfabeto, desenvolvendo as habilidades de leitura e escrita, além de fazer o seu uso como forma de comunicação. 
Por ser um direito que deve ser garantido a todo cidadão, é de extrema importância que as instituições escolares de educação básica sejam capazes de ofertar uma alfabetização de qualidade e que tenha significado para os estudantes.
A UNESCO (1999, p.23) descreve alfabetização como: 
conhecimento básico, necessário a todos num mundo em transformação; em sentido amplo, é um direito humano fundamental. Em toda a sociedade, a alfabetização é uma habilidade primordial em si mesma e um dos pilares para o desenvolvimento de outras habilidades. Existem milhões de pessoas, a maioria mulheres, que não têm a oportunidade de aprender (...) a alfabetização tem também o papel de promover a participação em atividades sociais, econômicas, políticas e culturais, além de ser requisito básico para a educação continuada durante a vida. 
O letramento é a capacidade de saber compreender e interpretar textos; é o mesmo que fazer o domínio sobre as práticas sociais que usam a escrita. Ele complementa a alfabetização e ambos não podem acontecer isoladamente, mas sim complementando um ao outro.
Segundo Kleiman (2005, p. 21),
O letramento abrange o processo de desenvolvimento e o uso dos sistemas da escrita nas sociedades, ou seja, o desenvolvimento histórico da escrita refletindo outras mudanças sociais e tecnológicas, como a alfabetização universal, a democratização do ensino, o acesso a fontes aparentemente ilimitadas de papel, o surgimento da internet.
A sua importância se deve ao fato de que além de saber ler e escrever, a criança também precisa compreender o significado do que está lendo e deve saber usar a linguagem dentro das práticas sociais.
Segundo Magda Soares (2010, p. 123), “Letrar é mais que alfabetizar, é ensinar a ler e escrever dentro de um contexto onde a escrita e a leitura tenham sentido e façam parte da vida do aluno”.
A alfabetização e o letramento podem ser inseridos antes do aluno começar a frequentar a escola e na etapa da educação infantil através de atividades como a contação de histórias, ao cantar músicas, nas brincadeiras, na apresentação das letras do alfabeto, ao escrever o próprio nome, etc. 
A BaseNacional Comum Curricular (BNCC), que é o documento que norteia a educação básica nas escolas de todo o país desde o ano de 2019, determina que a alfabetização tenha início no primeiro ano e ocorra até o segundo ano do Ensino Fundamental, garantindo o direito fundamental de aprender a ler e escrever. No entanto, segundo as Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica (DCNs) e o Plano Nacional de Educação (PNE), a alfabetização deve ocorrer até o final do terceiro ano do Ensino Fundamental. 
A alfabetização teve seu início ainda na época da Antiguidade, através da representação gráfica. O ensinamento da leitura e da escrita dava ênfase a aprendizagem do alfabeto, e o indivíduo aprendia apenas o seu nome e as formas das letras. O desenvolvimento iniciava-se pela identificação oral do nome de cada letra. Esse método envolvia muita repetição, além de ser um procedimento demorado sem qualquer preocupação a respeito dos significados das palavras.
Aproximadamente em 1550, no período colonial, teve-se o início dos primeiros registros sobre a educação no Brasil. Durante essa época, cabia aos jesuítas a conversão dos indígenas ao cristianismo, visto que a igreja católica tinha papel central no processo educativo. 
Nos anos 1870, com a formação da República, surgiu a primeira fase da alfabetização brasileira, devido a preocupação quanto a organização da educação. Sendo assim, deu-se origem às primeiras técnicas de ensino de leitura e escrita, através do método sintético, que consistia na aprendizagem baseada no uso demasiado da caligrafia.
Na segunda fase, que ocorreu por volta dos anos 1890, foi criado o termo “alfabetização”. Diante da necessidade de melhorar ainda mais a qualidade da educação, o método sintético deu lugar ao método analítico, que consistia em uma abordagem mais tradicional, com a leitura acontecendo através dos textos e o reconhecimento das partes.
Já na terceira fase da alfabetização, que aconteceu por volta dos anos 1920 até os anos 1970, os métodos analíticos são deixados de lado, dando lugar aos métodos mistos, no qual estuda-se o todo e as partes simultaneamente. Surgem também, os primeiros testes ABC, que classificavam o processo de ensino-aprendizado dos estudantes.
Na década de 1920 surgiu também o termo construtivismo, criado pelo teórico Jean Piaget. 
Segundo Nunes (1990), “O construtivismo é uma teoria sobre a origem do conhecimento que considera que a criança passa por estágios para adquirir e construir o conhecimento. Tem como objeto de estudo da alfabetização a língua escrita”. 
Por último, com a quarta fase da alfabetização, que iniciou-se na década de 1980 e permanece até os dias atuais, as mudanças se basearam conforme as transformações sociais e políticas que trouxeram novamente a democracia para o nosso país. No período dos anos 1980, o termo letramento passou a ser abordado pelos profissionais da área da educação. 
Atualmente, os métodos de alfabetização dividem-se em dois grupos: os sintéticos e os analíticos. O primeiro método consiste na leitura dos elementos gráficos e a leitura dos textos. Já o segundo método ocorre de forma contrária, começando a partir da leitura de palavras, frases e textos até o reconhecimento dos elementos gráficos.
O método sintético divide-se nos seguintes métodos: alfabético, fônico e silábico. No alfabético, há o reconhecimento das letras, as combinações silábicas e a soletração; no silábico, aprende-se as sílabas e depois a compreensão das palavras; e no fônico, a partir da relação entre a letra e o som, são ensinadas as vogais, as consoantes, as sílabas e as palavras.
Já o método analítico divide-se em: palavração, sentenciação e global. No método da palavração, as palavras são exploradas através da memorização, a fim de que o som seja reconhecido; na sentenciação, é explorada a oralidade através de orações simples, as quais o aluno deverá compreender para depois decompô-las em palavras e sílabas; no método global, são apresentados textos que o aluno deve memorizar e posteriormente identificar as sentenças e palavras. 
Pode-se afirmar que não existe um método ideal que faça com que todos os alunos aprendam ao mesmo tempo, visto que cada indivíduo é um ser único, que tem suas particularidades e, portanto cada estudante aprende de forma diferente e no seu tempo. Há casos em que não vai ser utilizado apenas um método, mas sim a junção de mais métodos que atendam as necessidades de cada um. Por isso, vale ressaltar a importância das instituições de ensino incentivarem a sua equipe docente a estar se atualizando constantemente através de cursos de especialização e cursos de capacitação ou formação continuada, a fim de estarem preparados para conhecer o processo de aprendizagem de todos os seus educandos e as formas apropriadas para alfabetizá-los da maneira mais eficiente. 
Segundo Emília Ferreiro e Ana Teberosky (1986) a aquisição da escrita é composta em quatro níveis de hipóteses: pré-silábico, silábico, silábico-alfabético e alfabético. 
Além desses níveis, existem outros, como a fase pictórica, a fase gráfica primitiva, a hipótese intermediária e a hipótese alfabética-ortográfica. 
Na fase pictórica, que ocorre aos 2 anos de idade, é quando acontecem os primeiros rabiscos sem sentido próprio da criança, que são as garatujas. Há mais interesse em descobrir o que acontece quando risca-se o papel com o lápis. 
Na fase gráfica primitiva, que ocorre a partir dos 3 anos de idade, a criança passa a escrever símbolos, letras e números, sem saber ainda diferenciá-los e também faz questionamentos sobre o que escreve.
Na hipótese pré-silábica, que acontece entre os 4 e 5 anos de idade, a escrita é representada apenas por desenhos, símbolos e rabiscos, que só a criança que fez é quem sabe o que representa, não possibilitando a diferenciação da grafia das palavras e a relação das letras com seus respectivos sons. Além disso, também não há a preocupação com a quantidade de letras a escrever.
Durante fase da hipótese intermediária, que acontece dos 4 aos 5 anos de idade, inicia-se a compreensão acerca da pronúncia e da escrita e a capacidade de desassociar a escrita das imagens, dos números e das letras. 
Na hipótese silábica, que vai dos 5 aos 6 anos de idade, a criança começa a representar cada letra com um som, e dessa maneira, relaciona a quantidade de sílabas e entende que cada letra corresponde a uma palavra. 
Na fase da hipótese silábico-alfabética, que ocorre entre os 6 e 7 anos de idade, a criança passa a entender que as sílabas possuem mais que uma letra, podendo trocar algumas grafias por outras. 
A etapa da hipótese alfabética, acontece dos 7 aos 8 anos de idade, e consiste na compreensão da escrita como forma de comunicação. Nessa fase, a criança já é capaz de reproduzir todos os fonemas, mesmo que algumas vezes omita algumas letras. Além disso, já conhece os sons de todas ou quase todas as letras do alfabeto.
Por último, na fase da hipótese alfabética-ortográfica, que acontece a partir dos 8 anos em diante, a criança faz a relação entre letras e grafemas e passa a escrever mais corretamente as palavras, frases e textos, de acordo com a memorização das regras de ortografia da Língua Portuguesa. 
Devido aos problemas educacionais persistentes, a avaliação externa da alfabetização no Brasil foi criada na década de 1990 e tem como principal função medir os níveis de qualidade da alfabetização e do letramento nas escolas. 
“A avaliação desempenha na prática, um papel político, portanto, deixa de ser um instrumento pedagógico, metodológico, de reorientação do processo de ensino-aprendizagem” (VASCONCELLOS, 2000, p. 42). 
 A Avaliação Nacional de Alfabetização (ANA) foi criada em 2013, e ocorre através de exames que abordam as disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática. De 2013 a 2016 avaliou os alunos do 3º ano do Ensino Fundamental das escolas públicas. Ela acontece a cada dois anos e produz indicadores sobre as condiçõesde oferta do ensino das instituições escolares. 
A partir do ano de 2019, foi integrada ao Saeb (Sistema de Avaliação da Educação Básica), e deu-se o início da sua aplicação para os alunos do 2º ano do Ensino Fundamental.
A Provinha Brasil é outro exame aplicado nas escolas públicas de todo o país. Ela foi criada pelo Ministério da Educação (MEC) em 2007, e consiste em uma avaliação diagnóstica, aplicada no início e no final do período letivo e também avalia os alunos do 2º ano do Ensino Fundamental em relação à alfabetização e o letramento e na área da Matemática.
A Prova ABC é avaliada pelo Movimento Todos pela Educação e é um exame aplicado nas instituições brasileiras de ensino público e privado, para os estudantes das turmas do 2º ano do Ensino Fundamental, a fim de diagnosticar o processo de aprendizagem nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática durante todo o ano letivo, a fim de identificar o nível de alfabetização.
Através da realização desses e de outros exames, percebe-se o quanto é significativa a diferença dos resultados, se formos comparar o desempenho nas escolas públicas com as escolas particulares, de acordo com o nível socioeconômico dos educandos. É uma situação preocupante, visto que a alfabetização é um direito que deve pertencer a todos e deveria ser ofertada com qualidade de forma igualitária. 
O Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (PNAIC), é um programa integrado foi implementado pelo governo federal no ano de 2013, e tem como objetivo garantir a alfabetização em Língua Portuguesa e Matemática de todas as crianças de até 8 anos de idade matriculadas no 3º ano do Ensino Fundamental das escolas estaduais e municipais, urbanas e rurais, além de investir na formação continuada de professores alfabetizadores e de orientadores de estudo, em diferentes níveis de conhecimento e de experiência pedagógica. 
Esse programa também é responsável pela distribuição de livros didáticos para as etapas da alfabetização, através do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) e de jogos pedagógicos.
Através dos resultados obtidos por essas e outras avaliações externas existentes, permite-se que haja reflexões acerca das práticas educativas por parte dos membros que compõem a equipe pedagógica da escola, a fim de que encontrem os pontos a serem melhorados e realizem medidas que contribuam positivamente no processo de ensino-aprendizagem dos estudantes, em busca de novos avanços.
A avaliação interna que acontece nas escolas é muito importante para que ocorra uma análise mais detalhada do desempenho de cada aluno e auxilie na superação das dificuldades, devendo deixar de ser vista como apenas um mero instrumento de memorização e reprodução. Ela não se limita a apenas a aplicação de provas, podendo acontecer também através de trabalhos, projetos, nas observações e anotações que o professor faz durante as atividades do dia a dia para saber em qual etapa da alfabetização o aluno se encontra, etc. 
Sendo assim, quanto mais antes o docente identificar as dificuldades de seus alunos e saber como intervir de maneira adequada, sabendo quais metodologias aplicar, maiores são as chances do estudante ser alfabetizado na idade correta.
	
5. MÉTODO
O projeto será composto com base na metodologia ativa da gamificação. Ela não envolve apenas os jogos eletrônicos, mas também o uso de jogos analógicos, que podem ser comprados ou confeccionados. Ao utilizar esse tipo de metodologia em sala de aula, as aulas tornam-se mais atrativas, prazerosas, interessantes e lúdicas. Sendo assim, contribuem positivamente no processo de ensino-aprendizagem.
1° MOMENTO: Apresentação das atividades 
Será feita um projeto com duração de 3 dias, de forma que cada grupo realize as atividades durante 1 dia enquanto os demais alunos de outros grupos vão poder observar. O professor deverá explicar como vai funcionar o projeto, falando sobre as atividades a serem realizadas, as regras e que a turma será dividida em 3 grupos, de forma que ao final, todos os alunos sejam premiados com medalhas de 1°, 2° ou 3° lugar. Dessa forma, ganha mais pontos o grupo que melhor se sair nas atividades.
2º MOMENTO: Realização das atividades
O primeiro jogo será um caça-palavras confeccionado pelo professor. Durante a atividade, os alunos deverão encontrar as palavras no diagrama, marcando-as com um barbante em volta das tampinhas que formam cada palavra. Após isso, cada aluno deverá fazer a leitura das palavras encontradas.
Para a segunda atividade será utilizado o jogo Ditado Ilustrado. Nesse jogo, cada aluno do grupo receberá uma plaquinha de madeira. O professor colocará as palavras e imagens em cima da mesa e os alunos deverão escolher as plaquinhas com as imagens e seus respectivos nomes, procurando encaixá-los corretamente. Os alunos farão a leitura das palavras que encaixaram e em seguida, o professor irá ditar uma frase para cada aluno com alguma palavra que encontraram e eles deverão escrever em uma folha o que foi ditado.
O terceiro jogo será um dominó. Em grupo, os alunos deverão encaixar as imagens nas suas respectivas palavras e após isso, criarão frases para algumas palavras do jogo.
Por último, o quarto jogo é o Stop. O professor irá distribuir para os alunos do grupo uma folha com as seguintes categorias: nome, cor, fruta, animal e objeto. Utilizando uma sacola contendo as letras do alfabeto, vai sortear uma letra e os alunos vão escrever as palavras que se iniciam com a letra sorteada. 
3° MOMENTO: Análise dos resultados obtidos e premiação dos grupos
Durante o decorrer da gincana, o professor irá fazer as devidas anotações em uma folha de papel. Nessas anotações vai contar a soma dos pontos obtidos por cada grupo e vai escrever como os alunos se saíram individualmente e em grupos em cada atividade proposta.
Ao final da gincana, o professor deverá apresentar para a turma os resultados obtidos pelos grupos em cada atividade e os alunos deverão fazer as somas dos grupos de cada grupo. Após isso, o professor vai chamar os grupos gradualmente para frente da turma para dar-lhes as suas medalhas conforme a pontuação obtida. Em seguida, cada aluno deverá contar o que achou da gincana e o que mais gostou.
6. CRONOGRAMA
	etapas do projeto
	período
	planejamento
	1. Reunião com a equipe diretiva – 1 dia
2. Apresentação do projeto para a equipe diretiva – 1 dia
	execução
	1. Realização do Projeto de Alfabetização – 3 dias
	avaliação
	1. Avaliação dos resultados obtidos – 1 semestre
7. RECURSOS 
· Papelão;
· Cola quente;
· Tampinhas de garrafa;
· Eva;
· Barbante;
· Canetinhas;
· Lápis;
· Borracha;
· Folhas A4;
· Jogo Ditado Ilustrado;
· Dominó de imagens e palavras.
8. AVALIAÇÃO
A avaliação ocorrerá em três etapas que acontecerão antes, durante e após a realização do projeto. Para isso, o professor deverá fazer anotações diariamente.
Anteriormente, o professor pode avaliar o desenvolvimento de cada aluno e em qual etapa da alfabetização se encontram no decorrer das atividades propostas no dia a dia. 
Durante o projeto, será avaliado não só como cada aluno realiza a leitura e a escrita de palavras e frases, mas também as dificuldades e avanços encontrados e como se dá o processo de interação individual e a participação com os grupos. 
Ao final do projeto, mediante as anotações feitas, o professor deverá analisar quais avanços ocorreram com cada aluno, quais são as dificuldades e quais medidas devem ser tomadas para que se possibilite avanços ainda maiores que contribuam positivamente no processo de aprendizagem.
REFERÊNCIAS
AMORIM, Américo N. Pedagogia, alfabetização e letramento nas escolas brasileiras, evolução histórica. Escribo, 2019. Disponível em: https://escribo.com/2019/04/05/
alfabetizacao-e-letramento-no-brasil-evolucao-historica/. Acesso em: 11 de setembro de 2022.
Bruini, Eliane da Costa. Aquisição da Escrita. Brasil Escola, 2022. Disponível em: 
https://www.google.com/amp/s/m.educador.brasilescola.uol.com.br/amp/orientacao-
escolar/aquisição-escrita.htm. Acesso em: 11 de setembro de 2022.COSTA, Luana. O que é o Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa. Portal Aprendiz, 2013. Disponível em: https://portal.aprendiz.uol.com.br/arquivo/2013/01/
24/entenda-o-pacto-nacional-pela-alfabetizacao-na-idade-certa. Acesso em: 11 de setembro de 2022.
FERREIRO, E.; TEBEROSKY, A. Psicogênese da Língua Escrita. Tradução de Diana Myriam Lichtenstein et al. Porto Alegre: Artes Médicas, 1986.
KLEIMAN, Angela. Preciso ensinar o letramento? Não basta ensinar a ler e escrever? Campinas: CEFIEL/UNICAMP, 2005. (Coleção Linguagem e Letramento em foco). 21 p. 
MARTINS, Abner. Alfabetização e Letramento: Conheça os principais métodos e saiba como aplica-los. SuperAutor, 2020. Disponível em: https://www.google.com/
amp/s/superautor.com.br/alfabetização-e-letramento-conheca-os-metodos-e-saiba-como-aplica-los/amp/. Acesso em 11 de setembro de 2022.
MEIRELES, Professora Gabriela. Baú da alfabetização. Blogspot, 2014. Disponível em: https://professoragabrielameireles.blogspot.com/2014/09/bau-da-alfabetizacao-na-antiguidade-o.html?m=1. Acesso em 12 de setembro de 2022.
NUNES, Terezinha. Construtivismo e alfabetização: um balanço crítico. Revista Educação. Belo Horizonte, n. 12, 1990. 
OLIVEIRA, Valéria. O que é ANA?. Foco Escola, 2022. Disponível em: https://ajuda.focoescola.com.br/hc/pt-br/articles/360036554474-O-que-%C3%A9-a-ANA-. Acesso em: 11 de setembro de 2022.
PROVINHA Brasil. Wikipédia, [s.d.]. Disponível em: https://pt.m.wikipedia.org/wiki/
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QUAL é a fase ortográfica? Treinamento24.com, [s.d.]. Disponível em: https:// Treinamento24.com/library/lecture/read/737314-qual-e-a-fase-ortografica. Acesso em: 11 de setembro de 2022.
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SOCIALMEDIA, AMF. Alfabetização: o processo de aquisição da linguagem escrita. Professora Maria, 2017. Disponível em: https://professoramaria.com.br/blog/?p=61. Acesso em: 11 de setembro de 2022.
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VASCONCELLOS, Celso S. Avaliação: Concepção dialética-libertadora do processo de avaliação escolar. 14 ed. São Paulo: Libertad (Cadernos Pedagógicos do Libertad – n. 3), 2000. 42 p.

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